Ordem COLEOPTERA - Acervo Digital de Obras Especiais
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34 INSETOS DO BRASIL epipleura, outros, porém, com mais propriedade, reservam este nome para a parte mais ou menos saliente, formando ângulo diedro com a dobra elitral e que se estreita da base para o ápice do elitro (fig. 7 Ep). Em quase todos os Coleópteros os elitros são conjunta- mente arredondados na borda apical, podendo esta ser mu- tica (inerme), uni ou bi espinhosa ou serrada. Figs. 16 - (a de cima) asa de Carabidae, com célula oblonga ou oblongum (O) e 17, asa de Meloidae (Lacerda fot.). Nos Braquelitros e outros Coleópteros os elitros sâo mais ou menos encurtados e geralmente truncados na parte apical. A superfície dos elitros, como a do resto do corpo, oferece- -nos bons caracteres para a classificação das espécies. Pode ser lisa, impontuada, ou aspera, polida, brilhante ou mate. Quando esculturada, pode ser regular ou rugosa, reguada ou sulcada, raticulada, etc. Pode ser também glabra, pilosa, cer-
COLEOPTERA 35 dosa ou escamosa. As escamas podem apresentar várias co- res. As de algumas espécies, principalmente pela estrutura que apresentam, dão brilhantes cores metalicas e os insetos por elas ornados, pelas cores magníficas que possuem, tor- nam-se verdadeiras joias naturais. O Brasil é sem dúvida um dos países mais ricos em besouros dotados de tais cores. Bas- ta citar o Curculionideo Lamprocyphus germari (Boheman, 1833), de cor geral verde clara, brilhante, com maculas negras marginadas de escamas douradas. As cores que se observam nos Coleópteros podem ser clas- sificadas, de acôrdo com os principais trabalhos sôbre o assun- to (V. TOWER), nos seguintes grupos principais: 1.º Cores químicas, dependendo da localização de uma substância cromática (pigmento): coloração cuticular, colo- ração hipodermal e coloração sub-hipodermal. 2. º Cores físicas (óticas de HAGEN), resultando exclusiva- mente do desvio dos raios luminosos em contacto com a superfície do corpo ou das escamas (reflexão, refração e difração). Segundo TOWER, excetuando o branco puro, que parece devido a uma simples reflexão, não se conhece outro caso de colo- ração do exosqueleto atribuível exclusivamente a um fenô- meno físico. 3.º Cores físico-químicas, resultando também da reflexão, da refração ou da difração, porém sôbre fundo pigmenta- do. As cores brilhantes e que mais frequentemente se obser- varo nos Coteopteros são deste tipo. Se a nervação é imperceptível nos elitros dos besouros, pela forte esclerose que neles se encontra, nas asas membra- náceas ela se apresenta quase sempre perfeitamente desta- cada, sem, todavia, constituir um sistema que permita o fácil reconhecimento das famílias, como sói dar-se em insetos de outras ordens. Daí relativamente poucos autores terem se utilisado da nervação das asas para a classificação dos dife- rentes grupos de Coleópteros. Dentre os que trataram do assunto, publicando contri- buições realmente interessantes, além de COMSTOCK, pelo que se contém sua obra classica The wings of insects, mencionarei
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epipleura, outros, porém, com mais proprieda<strong>de</strong>, reservam<br />
este nome para a parte mais ou menos saliente, formando<br />
ângulo diedro com a dobra elitral e que se estreita da base<br />
para o ápice do elitro (fig. 7 Ep).<br />
Em quase todos os Coleópteros os elitros são conjunta-<br />
mente arredondados na borda apical, po<strong>de</strong>ndo esta ser mu-<br />
tica (inerme), uni ou bi espinhosa ou serrada.<br />
Figs. 16 - (a <strong>de</strong> cima) asa <strong>de</strong> Carabidae, com célula oblonga ou<br />
oblongum (O) e 17, asa <strong>de</strong> Meloidae (Lacerda fot.).<br />
Nos Braquelitros e outros Coleópteros os elitros sâo mais<br />
ou menos encurtados e geralmente truncados na parte apical.<br />
A superfície dos elitros, como a do resto do corpo, oferece-<br />
-nos bons caracteres para a classificação das espécies. Po<strong>de</strong><br />
ser lisa, impontuada, ou aspera, polida, brilhante ou mate.<br />
Quando esculturada, po<strong>de</strong> ser regular ou rugosa, reguada ou<br />
sulcada, raticulada, etc. Po<strong>de</strong> ser também glabra, pilosa, cer-