Ordem COLEOPTERA - Acervo Digital de Obras Especiais
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30 INSETOS DO BRASIL Todos os casos até agora referidos são de Coleópteros iso- meros, com igual número de artículos tarsais nos três pares de pernas. Há, porém, um grande grupo de Coleópteros, que se manteem na divisão dos Heteromeros, por apresentarem a fórmula tarsal 5-5-4, aliás distintos de outros que também apresentam heteromeria tarsal, porém com fórmulas tarsais diferentes. Fig. 14 - Últimos articulos tarsais, 1, de Alleculidae (garras pectinadas); 2, de Macrodactylus (garras bífidas); 3, de Epi- cauta (Meloldae), garras fendidas (Lacerda fot.). Quanto aos aspecto dos artículos tarsais: geralmente são convexos em cima e mais ou menos achatados ou mesmo es- cavados em baixo. O antepenúltimo artículo pode ser inteiro ou mais ou menos profundamente escavado (bilobado) (fig. 12, 1 e fig. 13, 2, e neste caso apresenta escova em baixo, presente também nos artículos precedentes. Nos besouros aquáticos da família Dytiscidae os 3 primei- ros artículos dos tarsos anteriores dos machos são considerà- velmente dilatados, algo côncavos em baixo e aí apresentam ventosas de vários diâmetros (fig. 62). Tal estrutura per- mite o agarramento do macho à femea durante a cópula.
COLEOPTERA 31 As garras (ungues ou ungulae), apensas ao último artículo tarsal (pretarso) oferecem também ótimos caracteres taxionômicos. Podem ser conatas, quando unidas na parte basal, ou mais ou menos afastadas, como se verifica na maioria das espécies. Neste caso podem ser divergentes, quando pouco se afastam uma da outra, ou divaricadas, quando, presas aos ângulos laterais do pretarso, formam ângulo reto com o eixo deste artículo. Na maioria das espécies as garras são simples e iguais (fig. 13, 3 e 12, 3). Em muitas, porém, apresentam largo dente basal (apendiculadas) (fig. 12, 1 e 2), um ou mais dentes agudos marginais (dentadas ou serradas), ou uma série de dentículos dispostos como os de um pente (pectinadas) (fig. 14, 1). Em outros besouros uma das garras ou ambas são fendidas, fig. 14, 2 e 3) isto é, mais ou menos divididas do ápice para a base. Quando a divisão é completa o pretarso dá-nos a impressão de possuir 4 garras. Diz-se que as garras são queladas quando se podem distender completamente, de modo a tocar a parte dorsal do pretarso. Entre as garras pode haver um empodio mais ou menos desenvolvido (arolium ou onychium). PERNAS HAYES, W. P. & C. W. KEARNS 1934 .- The pretarsus (articularis) in Coleoptera. Ann. Ent. Soc. Amer., 27:21-33, 2 ests. JEANNEL, R. 1925 - Sur la morphologie des articles de la parte des in- sectes. Arch. Zool. Exp. Gen., 64 (Notes & Rev.):37-55, 14 figs. LISON, L. 1937 - Sur la structure de la région cryptosoleniée chez les Coléoptères Tenebrio molitor L. et Dermestes lar- darius L. Bull. Acad. R. Sci. Belg., (5) 23:317-327, 5 figs.
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Todos os casos até agora referidos são <strong>de</strong> Coleópteros iso-<br />
meros, com igual número <strong>de</strong> artículos tarsais nos três pares<br />
<strong>de</strong> pernas. Há, porém, um gran<strong>de</strong> grupo <strong>de</strong> Coleópteros, que<br />
se manteem na divisão dos Heteromeros, por apresentarem a<br />
fórmula tarsal 5-5-4, aliás distintos <strong>de</strong> outros que também<br />
apresentam heteromeria tarsal, porém com fórmulas tarsais<br />
diferentes.<br />
Fig. 14 - Últimos articulos tarsais, 1, <strong>de</strong> Alleculidae (garras<br />
pectinadas); 2, <strong>de</strong> Macrodactylus (garras bífidas); 3, <strong>de</strong> Epi-<br />
cauta (Meloldae), garras fendidas (Lacerda fot.).<br />
Quanto aos aspecto dos artículos tarsais: geralmente são<br />
convexos em cima e mais ou menos achatados ou mesmo es-<br />
cavados em baixo. O antepenúltimo artículo po<strong>de</strong> ser inteiro<br />
ou mais ou menos profundamente escavado (bilobado) (fig.<br />
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também nos artículos prece<strong>de</strong>ntes.<br />
Nos besouros aquáticos da família Dytiscidae os 3 primei-<br />
ros artículos dos tarsos anteriores dos machos são consi<strong>de</strong>rà-<br />
velmente dilatados, algo côncavos em baixo e aí apresentam<br />
ventosas <strong>de</strong> vários diâmetros (fig. 62). Tal estrutura per-<br />
mite o agarramento do macho à femea durante a cópula.