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2006 - I - Vestibular IMED

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Observações:<br />

a) O Caderno de Provas é composto de 70 questões (Língua Portuguesa<br />

- 25 questões; Literatura Brasileira - 15 questões; Conhecimentos Gerais<br />

- 30 questões) numeradas de 01 a 70.<br />

b) Ao receber o seu Caderno de Provas confira-o e certifique-se de que o<br />

mesmo esteja completo. Se não estiver chame o fiscal da sala.<br />

c) O Cartão de Respostas é personalizado e não poderá ser substituído.<br />

Só anote as respostas no Cartão quando tiver absoluta certeza de que<br />

a opção de resposta escolhida é a que você deseja assinalar. Utilize o<br />

próprio Caderno de Provas para assinalar, num primeiro momento, antes<br />

de transcrever para o Cartão de Respostas.<br />

d) Para a prova de Redação, o candidato deverá utilizar folha de papel<br />

fornecida para este fim. No Caderno de Provas há folha para rascunho.<br />

e) Na prova de Redação, o candidato terá que demonstrar sua capacidade<br />

de expressão escrita. A prova de Redação será constituída de um<br />

tema proposto para dissertação, com no mínimo 20 (vinte) e no máximo<br />

35 (trinta e cinco) linhas e deverá atender aos seguintes aspectos:<br />

a) Fidelidade ao que propõe a questão; b) Uso adequado dos recursos<br />

coesivos da linguagem escrita; c) Domínio da língua culta contemporânea<br />

e das normas de concordância e regência, além do uso de vocabulário<br />

compatível; d) Domínio das estruturas sintáticas por meio do emprego<br />

adequado dos recursos de coordenação e subordinação, bem<br />

como dos sinais de pontuação, tendo em vista um máximo de clareza e<br />

precisão expressiva; e) Legibilidade do texto e respeito às normas ortográficas<br />

em vigor.


Texto 1<br />

1 Escrever nem uma coisa<br />

2 Nem outra –<br />

3 A fim de dizer todas –<br />

4 Ou, pelo menos, nenhumas.<br />

5 Assim,<br />

6 Ao poeta faz bem<br />

7 Desexplicar –<br />

8 Tanto quanto escurecer acende os vagalumes.<br />

BARROS, Manoel de. O guardador de águas. Rio de Janeiro: Record, 1998, p.61<br />

As questões de número 1 a 3 referem-se ao texto 1.<br />

1. A expressão “A fim de” (verso 3) indica idéia de:<br />

a) finalidade.<br />

b) explicação.<br />

c) inclusão.<br />

d) proximidade.<br />

e) proporcionalidade.<br />

2. O poema fundamenta-se na oposição:<br />

a) ensino X aprendizagem.<br />

b) claridade X escuridão.<br />

c) tudo X nada.<br />

d) escrita X leitura.<br />

e) bem X mal.<br />

LÍNGUA PORTUGUESA<br />

3. O sentido não se alteraria caso a palavra “Assim” (verso 5) fosse substituída por:<br />

a) mas ainda.<br />

b) se.<br />

c) pois.<br />

d) então.<br />

e) no entanto.<br />

Texto 2<br />

As questões 4 e 5 dizem respeito ao texto 2.<br />

IOTTI. Genoveva. www.radicci.com.br


4. Considere as seguintes afirmações:<br />

I. O primeiro quadrinho justifica o estado de embriaguez de Radicci por se tratar de uma festa<br />

especial, com realização uma vez por ano.<br />

II. O pensamento de Genoveva, no segundo quadrinho, corrobora a idéia de que a “Oktoberfest”<br />

é motivadora da embriaguez de Radicci.<br />

III. No segundo quadrinho, o desânimo expressado por Genoveva retrata seu pensamento, ou<br />

seja, Radicci bebe sempre.<br />

IV. “Novemberfest”, “Dezemberfest”, “Janeirofest”, ... representam, da mesma forma que<br />

“Oktoberfest”, uma festa de origem alemã, com comidas e bebidas típicas.<br />

Está correto o que se afirma em<br />

a) I, II e III apenas.<br />

b) II e IV apenas.<br />

c) III e IV apenas.<br />

d) II, III e IV apenas.<br />

e) I e III apenas.<br />

5. Analise o papel da linguagem verbal e não-verbal na organização da história (texto 2):<br />

a) O desenho é auto-suficiente. Mesmo sem a escrita, entende-se que a embriaguez de Radicci<br />

não se deve à “Oktoberfest”, mas ao hábito de ingerir bebidas alcoólicas.<br />

b) Os desenhos e a parte escrita são interdependentes, ou seja, uma depende da outra. É pela<br />

linguagem verbal do segundo quadrinho que se entende que Radicci bebe regularmente e não<br />

apenas em razão da “Oktoberfest”.<br />

c) As falas das personagens são auto-suficientes. Mesmo sem os desenhos, entende-se que<br />

Genoveva está decepcionada porque Radicci é um alcoólatra.<br />

d) A mistura de texto verbal e não-verbal foi desnecessária nesse caso. Um não depende do<br />

outro.<br />

e) A tira perdeu qualidade com a mistura de linguagem verbal e não-verbal.<br />

Texto 3<br />

1 A cidade tornou-se uma consumidora atroz de todos os tipos de materiais<br />

2 naturais. Diariamente, consome milhares de toneladas de sólidos, líquidos e gases,<br />

3 trazendo enormes custos ambientais. Primeiro, pela extração das matérias-primas<br />

4 naturais, que faz do homem o principal agente erosivo da Terra. Segundo, pelo enorme<br />

5 desperdício de tudo e pela imensa produção de resíduos.<br />

6 A cidade destina inadequadamente na natureza milhares de toneladas de todos<br />

7 os tipos de materiais, contaminando o solo, a água e a atmosfera. A situação é tão<br />

8 grave que é difícil definir qual é a prioridade das prioridades. Os recentes furacões<br />

9 Katrina e Rita, e o furacão Catarina, de 2004, estão denominados por muitos<br />

10 pesquisadores de “catástrofes desnaturais”, pois possuem o impacto de um fenômeno<br />

11 natural, mas são induzidos pelas atividades humanas.<br />

12 Não há milagres tecnológicos nem mudanças bruscas para sanar o problema. É<br />

13 preciso agir em várias esferas. A conferência da ONU estará centrada em quatro<br />

14 temas: a) tecnologias sustentáveis; b) novas formas de governo local; c) participação<br />

15 dos cidadãos nos destinos da cidade; e d) responsabilidade das empresas e instituições.<br />

16 As ações devem buscar o desenvolvimento urbano durável, capaz de responder aos<br />

17 problemas urgentes e, ao mesmo tempo, assegurar a estratégia da sustentabilidade.<br />

RUALDO MENEGAT, Rualdo. Cidades sustentáveis. Artigo publicado em ZH. Fragmento.<br />

O texto 3 serve de base para as questões 6 a 12.


6. A respeito dos problemas que atingem<br />

as cidades, só não está de acordo com<br />

o texto o que se afirma na alternativa:<br />

a) Uma quantidade enorme de produtos são<br />

consumidos nas cidades, causando prejuízos<br />

ambientais.<br />

b) Os resíduos conseqüentes de grande e variado<br />

consumo de produtos são responsáveis<br />

pela contaminação do solo, da água e<br />

da atmosfera.<br />

c) Fenômenos naturais passam a ser tratados<br />

por “desnaturais” porque as ações humanas<br />

provocam essas ocorrências.<br />

d) Os problemas que atingem as cidades exigem<br />

não só soluções urgentes, mas também<br />

formas de sustentabilidade futura.<br />

e) O uso adequado dos bens naturais é responsável<br />

pelos enormes custos ambientais.<br />

7. Ao afirmar que “Não há milagres tecnológicos<br />

nem mudanças bruscas para<br />

sanar o problema.”, o autor defende a<br />

idéia de que<br />

I. a ONU deve responsabilizar-se pelas<br />

ações a fim de solucionar os problemas<br />

das cidades.<br />

II. são necessárias ações para o desenvolvimento<br />

urbano durável.<br />

III. é necessário planejamento e ação a longo<br />

prazo, garantindo a sustentabilidade das<br />

cidades.<br />

IV. as ações em prol da melhoria das cidades<br />

devem acontecer em várias esferas.<br />

Não está em consonância com o texto, o<br />

que se afirma em<br />

a) I e III apenas.<br />

b) I e II apenas.<br />

c) I, II e III apenas.<br />

d) II e III apenas.<br />

e) I, II, III e IV.<br />

8. Em relação ao tipo de texto, é adequado<br />

afirmar que se trata de um texto predominantemente:<br />

a) descritivo, pois descreve a atual situação<br />

das cidades, além de apresentar a maioria<br />

dos verbos no tempo presente.<br />

b) narrativo, porque conta como a cidade é prejudicada<br />

e como esse quadro pode ser revertido.<br />

c) dissertativo, uma vez que expõe uma análise<br />

a respeito de um assunto – o problema<br />

das cidades.<br />

d) instrucional, pois tem como objetivo principal<br />

dar instruções para resolver os problemas<br />

que afligem as cidades.<br />

e) comparativo, porque faz um paralelo entre<br />

as ações da natureza e as ações do homem<br />

sob o meio natural.<br />

9. Assinale a única alternativa incorreta.<br />

a) O termo “atroz”(linha 1) pode ser substituído,<br />

sem prejuízo de sentido, por “crueldade”.<br />

b) O segundo parágrafo organiza-se, predominantemente,<br />

por exemplificação.<br />

c) A relação estabelecida pela conjunção<br />

“pois” (linha 10) é de explicação.<br />

d) No terceiro parágrafo (linhas 12-17) predomina<br />

a organização por enumeração.<br />

e) É possível substituir a locução adverbial “ao<br />

mesmo tempo” (linha 17) pelo advérbio<br />

“concomitantemente”, sem alteração de sentido<br />

no texto.<br />

10. Considerando a relação entre as partes<br />

constitutivas do texto, marque a alternativa<br />

correta.<br />

a) “Agir em várias esferas” (linha 13) desempenha<br />

o papel de sujeito da oração principal<br />

“É preciso agir em várias esferas”.<br />

b) O sujeito de “consome” (linha 2) é “milhares<br />

de toneladas”.<br />

c) O último período do segundo parágrafo (linhas<br />

8 a 11) é um período formado por três<br />

orações, coordenadas e subordinadas.<br />

d) Em “As ações devem buscar o desenvolvimento<br />

urbano durável...” (linha 16), a<br />

parte aqui destacada é objeto direto constituído<br />

de uma oração coordenada, uma vez<br />

que não há preposição entre ela e o verbo<br />

da oração principal.<br />

e) O verbo “devem” (linha 16) tem três complementos:<br />

buscar o desenvolvimento urbano<br />

durável, responder aos problemas urgentes<br />

e assegurar a estratégia da sustentabilidade.<br />

11. As aspas usadas no texto (linha 10) têm<br />

a função de<br />

a) isolar informações intercaladas.<br />

b) delimitar expressões de origem estrangeira.<br />

c) destacar o emprego incomum da expressão<br />

na linguagem cotidiana.<br />

d) marcar discurso direto.<br />

e) registrar uma citação.


12. Examine as seguintes proposições quanto à sua veracidade (V) ou falsidade (F):<br />

( ) Considerando-se as normas de concordância nominal, caso “matérias-primas” (linha 3) estivesse<br />

empregada no singular, alterar-se-iam, obrigatoriamente, mais três palavras.<br />

( ) A vírgula depois de “solo” (linha 7) é de uso facultativo.<br />

( ) É possível, sem prejuízo de sentido, substituir “milagres tecnológicos” (linha 12) pelo seu<br />

singular – milagre tecnológico – sem, necessariamente, alterar “mudanças bruscas”.<br />

( ) Se o vocábulo “problemas” (linha 17) fosse substituído por “dificuldades”, ocorreria crase (a<br />

+ as), marcada pelo acento grave (às dificuldades urgentes).<br />

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, os parênteses:<br />

a) V, F, F, V<br />

b) F, F, F, V<br />

c) F, V, F, V<br />

d) F, F, V, V<br />

e) V, F, F, F<br />

Texto 3<br />

Para as questões 13, 14 e 15, considere o texto 3.<br />

13. Com base no texto, considere as seguintes afirmações:<br />

A personagem Mafalda, em suas reflexões,<br />

I. ironiza o tipo de construção frasal trabalhada nas escolas.<br />

II. mostra o quanto certas atividades de leitura atentam contra a inteligência das crianças.<br />

III. acredita que atividades de mera repetição equivalem à literatura.<br />

Corresponde à compreensão adequada do texto o que se afirma em<br />

a) I apenas.<br />

b) I e II apenas.<br />

c) II apenas.<br />

d) I e III apenas.<br />

e) II e III apenas.<br />

14. O comentário irônico de Mafalda no último quadro fundamenta-se em uma figura de<br />

linguagem evidenciada nos quadros anteriores, que é:<br />

a) hipérbole.<br />

b) metáfora.<br />

c) metonímia.<br />

d) pleonasmo.<br />

e) aliteração.


15. Quanto à sintaxe do texto 3, analise as seguintes proposições:<br />

I. As falas da tira estão estruturadas em dez orações, das quais apenas uma é subordinada.<br />

II. No segundo quadro, o sujeito é “a mesa”.<br />

III. Em “Sim, amassa só e salga a massa” (2º quadro), o período é composto por duas orações<br />

coordenadas.<br />

IV. No terceiro quadro, “sã” é predicativo do sujeito.<br />

V. No último quadro, “que” introduz uma oração subordinada substantiva predicativa.<br />

Está correto o que se afirma em<br />

a) I, II e III apenas.<br />

b) III, IV e V apenas.<br />

c) IV e V apenas.<br />

d) II e IV apenas.<br />

e) todas as proposições.<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

19<br />

20<br />

21<br />

22<br />

23<br />

24<br />

25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

30<br />

31<br />

32<br />

33<br />

Texto 4<br />

Prisões: solução ou problema?<br />

Há alguns dias, a decisão de um juiz de Contagem, região metropolitana de<br />

Belo Horizonte, causou uma polêmica que teve repercussão em todo o país. O<br />

magistrado, Livingston José Machado, expediu alvarás de soltura provisória para 16<br />

presos que estavam em uma delegacia de polícia. O juiz alegou que existiam lá 63<br />

presos em duas celas com capacidade para no máximo sete pessoas (em se tratando de<br />

um município chamado Contagem, provavelmente a conta estava certa). Citou ainda<br />

laudo da Vigilância Sanitária que constatou a disseminação no local de doenças<br />

sexualmente transmissíveis, tuberculose e hepatite. A medida foi anulada por ato do<br />

desembargador Paulo Dias, que proibiu inclusive a liberação de outros presos. A essa<br />

altura, porém, uma pergunta já estava no ar: será que não se está prendendo gente<br />

demais?<br />

Não é uma discussão exclusiva do Brasil. Aqui, a população carcerária é de<br />

cerca de 300 mil pessoas; as cadeias estão com sua capacidade ultrapassada em média<br />

em 40%. Nos Estados Unidos, contudo, a situação ainda é pior. Lá existem 2,3 milhões<br />

de prisioneiros, o que equivale à população de um Uruguai, por exemplo. E esse<br />

contingente reflete a problemática social americana. Os negros são os que<br />

proporcionalmente fornecem o maior número de presos: quase 10% dos jovens pretos<br />

(entre 25 e 29 anos) estão atrás das grades, contra 2,5% dos jovens hispânicos e 1,2%<br />

dos jovens brancos. A população carcerária cresce a um ritmo muito maior que a<br />

população geral, de tal maneira que, no futuro, a maioria dos americanos deverá estar<br />

na cadeia. O que justifica a posição daquele personagem de O Alienista, de Machado<br />

de Assis: para o doutor Simão Bacamarte havia tanto maluco no mundo que os<br />

hospícios deveriam ser reservados para os sadios.<br />

Mas funciona o encarceramento? Estudos americanos mostram que não:<br />

inexiste correlação entre diminuição do crime e aumento do número de prisioneiros.<br />

Mas a prisão tem, sim, outros resultados. Em primeiro lugar, funciona como escola<br />

para criminosos. Depois, dissemina droga e doença. Já em 1990 um levantamento feito<br />

pelo doutor Drauzio Varella no Carandiru mostrou que 17,5% daquela gente era HIV<br />

positiva. Em outras prisões, a percentagem é maior ainda. Isto sem falar no tremendo<br />

ônus que representa a manutenção do sistema prisional. Um dinheiro que poderia ser<br />

usado na melhoria das condições sociais, na criação de emprego – coisas que,<br />

estas sim, reduzem a criminalidade.<br />

O juiz de Contagem pode estar errado. Mas ao menos chamou a atenção para<br />

um problema que exige urgente solução.<br />

SCLIAR, Moacyr. www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora 22/11/2005


Para responder às questões 16 a 25, considere o texto 4.<br />

16. No terceiro parágrafo (linhas 24-32), o<br />

autor defende a tese de que<br />

a) a criminalidade não diminui devido às péssimas<br />

condições das prisões.<br />

b) as prisões disseminam as doenças sexualmente<br />

transmissíveis.<br />

c) o encarceramento é o único meio de diminuir<br />

a criminalidade.<br />

d) o sistema prisional, pela sua precariedade,<br />

custa pouco para o Estado.<br />

e) o encarceramento não resolve o problema<br />

da criminalidade.<br />

17. Segundo o texto, é possível afirmar<br />

que<br />

a) a superlotação dos presídios é um problema<br />

essencialmente brasileiro.<br />

b) a decisão do juiz Livingston José Machado<br />

baseou-se nas pesquisas sobre o fracasso<br />

do sistema prisional brasileiro.<br />

c) cerca de 40% da população brasileira vive<br />

em prisões.<br />

d) a quantidade de presos não é uma preocupação<br />

exclusiva da sociedade brasileira.<br />

e) nos Estados Unidos, o aumento da população<br />

carcerária cresce proporcionalmente ao<br />

crescimento da população.<br />

18. Cada item abaixo apresenta um argumento<br />

utilizado pelo autor do texto 4<br />

para defender sua idéia sobre o<br />

encarceramento, exceto a alternativa:<br />

a) A prisão funciona como escola para criminosos.<br />

b) A manutenção do sistema prisional custa<br />

muito caro.<br />

c) 17,5% dos presos são HIV positivos.<br />

d) A prisão dissemina droga e doença.<br />

e) O ônus das prisões seria mais produtivo se<br />

canalizado para melhoria das condições sociais.<br />

19. Há fundamentos suficientes no texto<br />

para se concluir que:<br />

a) o juiz de Contagem errou porque se baseou<br />

apenas em elementos subjetivos.<br />

b) o atual sistema prisional não está atingindo<br />

seus objetivos.<br />

c) no Brasil há um equilíbrio entre o número de<br />

presos negros e brancos.<br />

d) quanto mais aumenta o número de presos,<br />

mais diminui o número de crimes.<br />

e) a atitude do juiz Livingston José Machado é<br />

semelhante à da personagem de “O<br />

Alienista”.<br />

20. Ainda baseado no texto 4, é coerente<br />

afirmar que:<br />

a) o sistema prisional enfrenta problemas que<br />

devem ser solucionados com urgência.<br />

b) não urge uma solução para os problemas<br />

do atual sistema prisional.<br />

c) as estatísticas comprovam o excesso de<br />

presos em todos os países, exceto no Uruguai.<br />

d) a decisão do juiz de Contagem foi revogada<br />

porque seus argumentos eram inverídicos.<br />

e) a discussão sobre o problema das prisões<br />

não é extensiva a outros países.<br />

21. Na primeira sentença do texto 4, a informação<br />

“região metropolitana de<br />

Belo Horizonte”, entre vírgulas, classifica-se<br />

como:<br />

a) vocativo.<br />

b) adjunto adverbial de lugar.<br />

c) objeto direto.<br />

d) aposto.<br />

e) predicativo.<br />

22. Na oração “O juiz alegou que existiam<br />

lá 63 presos em duas celas com capacidade<br />

para no máximo sete pessoas”<br />

(linhas 4 e 5), a parte aqui sublinhada<br />

corresponde:<br />

a) a uma oração com função de objeto direto.<br />

b) a uma oração que funciona como objeto<br />

indireto.<br />

c) a uma oração que desempenha o papel de<br />

predicativo do objeto.<br />

d) a um objeto direto constituído por termos independentes.<br />

e) a um objeto indireto constituído por termos<br />

isolados.<br />

23. Ao analisar as informações a seguir,<br />

coloque “V” para as verdadeiras e “F”<br />

para as falsas.<br />

( ) Nas linhas 9 e 10, a expressão “A essa<br />

altura” indica tempo.


( ) Na linha 14, o termo “contudo” introduz<br />

uma idéia contrária.<br />

( ) Na linha 14, por estar entre vírgulas, o termo<br />

“contudo” pode ser retirado do texto,<br />

sem prejuízo da informação principal.<br />

( ) “E esse contingente”, linhas 15 e 16, refere-se<br />

aos números alarmantes de presos<br />

nos Estados Unidos.<br />

( ) Pelas informações implícitas no último<br />

parágrafo (linhas 33 e 34), só é possível<br />

a conclusão de que realmente o juiz está<br />

errado.<br />

Assinale a alternativa que apresenta a<br />

seqüência correta.<br />

a) V, V, F, F, V.<br />

b) V, V, F, V, F.<br />

c) V, V, F, F, F.<br />

d) F, F, V, F, V.<br />

e) F, F, V, V, V.<br />

24. Com relação ao emprego dos sinais de<br />

pontuação no texto 4, só não é adequado<br />

o que se afirma em:<br />

a) Na linha 18, os parênteses podem ser substituídos<br />

por travessões duplos.<br />

b) No início da linha 10, o emprego da vírgula<br />

justifica-se por separar um adjunto adverbial<br />

antecipado.<br />

c) Justifica-se o emprego da primeira vírgula<br />

na linha 31 por separar elementos enumerados.<br />

d) A idéia apresentada no último parágrafo<br />

pode constituir apenas uma sentença, desde<br />

que se substitua o ponto por uma vírgula.<br />

Nesse caso, a grafia de “Mas” seria com<br />

letra minúscula.<br />

e) Na linha 31, o uso de travessão simples<br />

pode ser substituído por parênteses também<br />

simples.<br />

25. A coesão do texto se deve, em parte,<br />

ao uso de expressões que remetem a<br />

outras. No texto 4, essa relação só não<br />

acontece entre os elementos da alternativa:<br />

a) “lá” (linha 4) – “delegacia de polícia” (linha<br />

4).<br />

b) “no local” (linha 7) – “delegacia de polícia”<br />

(linha 4)<br />

c) “Lá” (linha 14) – “Brasil” (linha 12).<br />

d) “Lá” (linha 14) – “Estados Unidos” (linha 14).<br />

e) “A medida” (linha 8) – “expedição de alvarás<br />

de soltura provisória” (linha 3).<br />

PROVA DE LITERATURA<br />

Para a questão 26, leia “Alegria, alegria”,<br />

de Caetano Veloso:<br />

Caminhando contra o vento<br />

Sem lenço sem documento<br />

no sol de quase dezembro<br />

eu vou<br />

O sol se reparte em crimes<br />

espaçonaves guerrilhas<br />

em cardinales bonitas<br />

eu vou<br />

em caras de presidentes<br />

em grandes versos de amor<br />

em dentes pernas bandeiras<br />

bomba e brigitte bardot<br />

26. Pode-se dizer, a respeito desses versos,<br />

que:<br />

a) há uma enumeração caótica, de forma<br />

metonímica.<br />

b) existe uma ordenação de coisas, de forma<br />

metafórica.<br />

c) a figura de linguagem predominante é a<br />

prosopopéia.<br />

d) o elencamento de dados como “guerrilhas”<br />

e “presidentes” torna o poema político.<br />

e) há uma nítida intenção erótica no poema.<br />

27. A respeito de José de Alencar, assinale<br />

a afirmação correta:<br />

a) Alencar inaugurou a ficção brasileira com a<br />

publicação de “Cinco Minutos”.<br />

b) Alencar foi um romancista que soube conciliar<br />

um romantismo exacerbado com certas<br />

reminiscências do Arcadismo, manifestas,<br />

principalmente, na linguagem clássica.<br />

c) A obra de José de Alencar, objetivando atingir<br />

a História do Brasil e a síntese de suas<br />

origens, volta-se exclusivamente para assuntos<br />

indígenas e regionalistas, sem incursões<br />

pelo romance urbano.<br />

d) Alencar, apesar de todo o idealismo romântico,<br />

conseguiu, nas obras Lucíola e Senhora,<br />

captar e denunciar certos aspectos profundos,<br />

recalcados, da realidade social e individual,<br />

onde podemos detectar um pré-<br />

Realismo ainda inseguro.<br />

e) O indianismo de José de Alencar baseou-se<br />

em dados reais e pesquisa antropológica,<br />

apresentando, por isso, uma imagem do índio<br />

brasileiro sem deformações ou idealismo.


28. Sobre o Realismo brasileiro, é correto<br />

afirmar:<br />

a) Foi uma estética pouco significativa no painel<br />

literário brasileiro, pois ficou afastada<br />

dos problemas nacionais, questão bastante<br />

trabalhada pelo Romantismo.<br />

b) Teve grande influência do Iluminismo francês,<br />

daí o aspecto libertário de alguns romances<br />

de nossos escritores realistas,<br />

como Machado de Assis e Raul Pompéia.<br />

c) Deu especial importância à questão cultural,<br />

buscando as raízes da cultura brasileira<br />

no folclore e nos costumes do povo.<br />

d) Embora na prosa houvesse um afastamento<br />

dos ideais estéticos do movimento romântico,<br />

que o antecedeu, o Parnasianismo,<br />

contraparte poética do Realismo no<br />

contexto brasileiro, não conseguiu se desvencilhar<br />

do sentimentalismo e de alguns<br />

temas preferidos do Romantismo, como o<br />

índio e o escravo, explorando-os com<br />

freqüência.<br />

e) Sua tendência a retratar a realidade com<br />

objetividade e imparcialidade está pautada<br />

nos postulados filosóficos e científicos que<br />

alcançaram grande popularidade no final do<br />

século XIX, como o positivismo e o<br />

darwinismo.<br />

29. As obras consideradas marcos iniciais<br />

dos movimentos literários revelam, na<br />

maioria das vezes, a temática e a estética<br />

predominantes nos diferentes períodos<br />

da nossa literatura, correspondendo quase<br />

sempre ao pensamento crítico, aos valores<br />

e à ideologia de uma época em mudança.<br />

Assinale a alternativa incorreta quanto à<br />

correspondência entre a obra e as características<br />

estéticas e históricas do período<br />

a que ela pertence.<br />

a) A Bagaceira (1928) é a primeira obra daquilo<br />

que se chamaria “romance social de<br />

30”, da segunda fase do Modernismo brasileiro,<br />

e definiu ao mesmo tempo uma<br />

direção formal - de cunho realista - e um veio<br />

temático - os engenhos do Nordeste, a seca,<br />

o retirante, o jagunço - que seriam explorados<br />

por autores como Rachel de Queiroz e<br />

José Lins do Rego.<br />

b) Paulicéia desvairada (1922), de Mário de<br />

Andrade, é uma das obras que principia o<br />

movimento modernista brasileiro e representa<br />

a defesa da concepção formal da arte,<br />

aderindo ao Cubismo e à teoria naturalista<br />

do momento, em que o autor afirma ter fundado<br />

um modo racional de criação poética,<br />

com vistas à “escrita objetiva”, num momento<br />

de grande renovação da sociedade brasileira.<br />

c) Missal e Broquéis (1893), de Cruz e Sousa,<br />

marcam oficialmente o início do Simbolismo<br />

no Brasil, movimento que se destacou<br />

pela concepção mística do mundo, pelo conhecimento<br />

ilógico e intuitivo, em oposição<br />

ao racionalismo predominante na época.<br />

d) O Mulato (1881), de Aluísio Azevedo, é a<br />

obra que dá início ao Naturalismo no Brasil<br />

e teve como característica principal a influência<br />

das teorias deterministas de Taine,<br />

positivistas de Comte e evolucionistas de<br />

Darwin, o que fez com que na literatura predominasse<br />

a crença de que as forças naturais<br />

e sociais determinam a vida dos homens.<br />

e) Suspiros poéticos e saudades (1836), de<br />

Gonçalves de Magalhães, inaugura o movimento<br />

romântico no Brasil, que se definiu<br />

pela valorização das emoções, pelo culto à<br />

natureza e pelo individualismo, em oposição<br />

à sobriedade, equilíbrio e busca de<br />

objetividade dos neoclássicos, num momento<br />

em que se buscava a definição da<br />

nacionalidade brasileira.<br />

30. Leia o poema abaixo, de Gregório de<br />

Matos Guerra, que faz parte da poesia<br />

lírica barroca, com temática religiosa.<br />

A Jesus Cristo Nosso Senhor<br />

Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,<br />

Da vossa alta clemência me despido;<br />

Porque quanto mais tenho delinqüido,<br />

Vos tenho a perdoar mais empenhado.<br />

Se basta a vos irar tanto pecado,<br />

A abrandar-vos sobeja um só gemido;<br />

Que a mesma culpa, que vos há ofendido,<br />

Vos tem para o perdão lisonjeado.<br />

Se uma ovelha perdida e já cobrada<br />

Glória tal e prazer tão repentino<br />

Vos deu, como afirmais na sacra história,<br />

Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,<br />

Cobrai-a; e não queirais, pastor divino,<br />

Perder na nossa ovelha a vossa glória.


Sobre o poema, é incorreto afirmar:<br />

a) O poema apresenta-se em forma de soneto,<br />

com uma linguagem plena de artifícios<br />

de versificação, o que faz ressaltar o conteúdo<br />

temático, que é o arrependimento do<br />

eu lírico de seus pecados, em busca do perdão<br />

de Jesus Cristo.<br />

b) A forma de expressão poética do eu lírico,<br />

neste poema, é marcada pela tensão e reflete<br />

os conflitos do homem do período barroco,<br />

que vivia as contradições entre o<br />

teocentrismo medieval e o antropocentrismo<br />

clássico.<br />

c) Percebe-se neste poema a preocupação<br />

com a forma característica ao período barroco,<br />

em que o poeta faz uso de muitos processos<br />

técnicos e expressivos, dentre eles<br />

a rima bem marcada dos versos e o uso<br />

freqüente de antíteses e inversões<br />

sintáticas.<br />

d) O poema apresenta ideais divergentes entre<br />

o humano e o divino em decorrência da<br />

oposição que havia, na época, entre a mentalidade<br />

pagã da burguesia portuguesa e a<br />

religiosidade católica da sociedade brasileira.<br />

e) O poema todo estrutura-se como uma evocação<br />

lírico-religiosa, em que o eu lírico confessa<br />

ser um pecador, no início do poema,<br />

para a seguir estabelecer um confronto de<br />

idéias entre a culpa do pecador e a clemência<br />

de Jesus, e somente no final, como último<br />

apelo, nomear-se uma “ovelha desgarrada”,<br />

evocando o perdão divino.<br />

31. Ao analisar cada afirmação, coloque<br />

“V” para verdadeira e “F” para falsa:<br />

I. ( ) Senhora é uma das obras mais famosas<br />

de José de Alencar, e um admirável<br />

romance no qual o autor retrata a<br />

história de Aurélia Camargo, moça pobre,<br />

que se torna rica graças à herança<br />

do avô, recebida aos 18 anos,<br />

quando é apresentada à sociedade<br />

fluminense.<br />

II. ( ) Seixas, ao ser apresentado a sua futura<br />

noiva, não se surpreende em ver<br />

que se trata de sua ex-namorada, pois já<br />

havia sido avisado disso pelo Sr. Lemos.<br />

III. ( ) Aurélia tinha uma infância modesta em<br />

companhia de sua mãe, viúva e<br />

sobrecarregada de tarefas. O irmão<br />

de Aurélia morre, e, com isso, sua mãe<br />

começa a se preocupar com seu futuro.<br />

Durante a infância, Aurélia convive<br />

com os galanteios de seu tio, Lemos.<br />

IV. ( ) Seixas explica para Aurélia as razões<br />

pelas quais se casará com Adelaide ,<br />

o que a deixa muito triste. Mesmo assim,<br />

consegue compreendê-lo e não<br />

guarda mágoa. Aurélia muda sua vida<br />

quando reencontra o avô e a partir do<br />

reconhecimento dele para com a nora<br />

e neta.<br />

V. ( ) Na noite de núpcias, Aurélia confessa<br />

a Fernando toda mágoa e rancor guardado<br />

durante algum tempo. Passam<br />

a viver sob aparências na sociedade,<br />

e num verdadeiro inferno sob quatro<br />

paredes. Seixas sente-se humilhado<br />

pelas atitudes de Aurélia, mas, por orgulho<br />

e amor, permanece ao seu lado,<br />

submetendo-se aos seus caprichos..<br />

A alternativa, que contém a seqüência<br />

correta é:<br />

a) V / V / V / F / F.<br />

b) V / V / F / F / F.<br />

c) V / F / F / F / V.<br />

d) V / F / V / F / V.<br />

e) V / V / F / V / V.<br />

32. A respeito do conto “O inferno atrás da<br />

pia”, de Antonio Prata, são verdadeiras<br />

as seguintes afirmações, exceto:<br />

a) “O Inferno Atrás da Pia” constitui-se de 18<br />

contos, cujos cenários são construídos com<br />

bom humor, ironia e referências do cotidiano.<br />

b) As reações comuns às “situações<br />

onipresentes” são desenvolvidas nos textos,<br />

a exemplo do cara que sentou no chiuaua e<br />

devaneios sobre as possibilidades dos brinquedos<br />

terem vida própria.<br />

c) “Cabras”, “Caderno de Viagem”, “Estive<br />

Pensando” e “As Pernas da Tia Corália” são<br />

alguns dos contos que integram o livro “O<br />

Inferno atrás da Pia”, de Antonio Prata.<br />

d) No conto “El tomba vacas”, o cenário principal<br />

é a serra de Taubaté – referida como<br />

lugar propício para “ver as vacas rolarem”.<br />

e) Diálogos e descrições de comportamento<br />

tornam as histórias próximas das mesas de<br />

jantar, almoços de família e reuniões entre<br />

amigos. É comum, em muitos momentos da<br />

leitura, semelhanças com pais, tios e conhecidos.


33. A respeito de “Senhora”, de José de<br />

Alencar, só não é adequado o que se<br />

afirma na alternativa:<br />

a) Publicado em 1875, Senhora pertence à<br />

galeria de romances urbanos, nos quais<br />

Alencar retrata a vida carioca, com sua gente<br />

e seus costumes, focalizando os problemas<br />

do amor, os dramas morais e as complicações<br />

dos casamentos impostos pelos<br />

pais no patriarcalismo de então.<br />

b) A firmeza da observação dos costumes do<br />

tempo, além de representar um aspecto de<br />

realismo e modernidade, faz do romance urbano<br />

de Alencar um verdadeiro documento<br />

de determinado momento histórico da sociedade<br />

brasileira; no caso de Senhora, o<br />

Rio de Janeiro do Segundo Reinado.<br />

c) A ascensão da burguesia transparece na<br />

obra através da prosperidade das classes<br />

liberais; sobretudo através do evento da urbanização,<br />

da evasão dos campos para as<br />

metrópoles, da burocratização gerada pela<br />

política, que faz do emprego um apêndice<br />

partidário, subvertendo a antiga estrutura<br />

brasileira hierárquica.<br />

d) “Senhora” trata também de revelar-nos o<br />

“modus vivendi” da aristocracia, que se perpetuou<br />

enquanto esta se manteve. Alencar<br />

fez uma crítica a essa sociedade e ao casamento<br />

como forma de ascensão social.<br />

e) Senhora é um romance de costumes que<br />

retrata a sociedade paulista do Segundo<br />

Reinado e conta a história de amor entre<br />

Aurélia e Fernando, moço rico, mas que, em<br />

casa, tem hábitos simples.<br />

34. O Romantismo, graças à ideologia dominante<br />

e a um complexo conteúdo artístico,<br />

social e político, caracteriza-se<br />

como uma época propícia ao aparecimento<br />

de naturezas humanas<br />

marcadas por:<br />

a) teocentrismo, hipersensibilidade, alegria,<br />

otimismo e crença.<br />

b) egocentrismo, hipersensibilidade, melancolia,<br />

pessimismo, angústia e desespero.<br />

c) etnocentrismo, insensibilidade, descontração,<br />

otimismo e crença na sociedade.<br />

d) teocentrismo, insensibilidade, descontração,<br />

angústia e desesperança.<br />

e) egocentrismo, hipersensibilidade, alegria,<br />

descontração e crença no futuro.<br />

35. Em relação ao Modernismo, só não é<br />

adequada a informação da alternativa:<br />

a) O Modernismo Brasileiro é um movimento<br />

que ocorre nos anos 60, comandada, primeiramente,<br />

pelos pintores brasileiros que<br />

expõe a arte puramente brasileira.<br />

b) No avançar dos anos 20, a pintura dos modernistas<br />

brasileiros vai misturar ao revival<br />

das artes egípcia, pré colombiana e<br />

vietnamita, elementos do Art Déco.<br />

c) São Paulo se caracteriza como o centro das<br />

idéias modernistas, onde se encontra o fermento<br />

do novo. Do encontro de jovens intelectuais<br />

com artistas plásticos eclodirá a<br />

vanguarda modernista.<br />

d) Diferentemente do Rio de Janeiro, reduto<br />

da burguesia tradicionalista e conservadora,<br />

São Paulo, incentivado pelo progresso<br />

e pelo afluxo de imigrantes italianos será o<br />

cenário propício para o desenvolvimento do<br />

processo do Modernismo.<br />

e) A Semana de Arte Moderna de 22 proporcionou<br />

as bases teóricas que contribuíram<br />

muito para o desenvolvimento artístico e intelectual<br />

da Primeira Geração Modernista<br />

e o seu encaminhamento na fase da<br />

Modernidade Brasileira.<br />

36. Sobre o Realismo / Naturalismo, só não<br />

está correto o que se afirma na alternativa:<br />

a) Pode-se dizer que uma das maiores influências<br />

sofridas foi a do Positivismo.<br />

b) Por razões de dependência cultural, nosso<br />

Realismo apresenta, de modo geral, as mesmas<br />

características do Realismo francês.<br />

c) O regionalismo, iniciado com “O sertanejo”,<br />

de José de Alencar, é um exemplo típico do<br />

Naturalismo brasileiro.<br />

d) Os naturalistas mostram, em seus romances,<br />

que o homem é determinado pelo meio<br />

e pelo momento histórico.<br />

e) O Romantismo brasileiro tem uma visão idealizada<br />

da natureza, enquanto que o Realismo<br />

tenta descrever a realidade tal como ela é.<br />

37. A respeito do romance “Senhora”, de<br />

José de Alencar, é incorreta a afirmação:<br />

a) Narrado em terceira pessoa, “Senhora” conta<br />

a história de Aurélia Camargo, que vive<br />

com sua mãe viúva e um irmão no subúrbio<br />

carioca. Ela apaixona-se por Fernando<br />

Seixas que a abandona por interesse financeiro.


) Uma herança inesperada dá à moça oportunidade<br />

de não só reconquistar o amado,<br />

mas também de se vingar dele.<br />

c) Já que Aurélia ainda não tem vinte e um<br />

anos, seu tio, Lemos, passa a ser seu tutor<br />

e responsabiliza-se por contatar Seixas, oferecendo-lhe<br />

um grande dote caso aceite casar-se<br />

com uma moça cuja identidade não<br />

pode ser revelada.<br />

d) O livro divide-se em quatro partes: O Preço,<br />

A Quitação, Posse, Resgate. Trata-se de<br />

um romance urbano.<br />

e) O tutor e tio de Aurélia é Lourenço, um homem<br />

respeitável e generoso que passa a<br />

cuidar zelosamente todos os bens e interesses<br />

da sobrinha, inclusive a reconquista de<br />

Fernando.<br />

38. Analise as assertivas a respeito da<br />

obra de Érico Veríssimo.<br />

I. Érico Veríssimo é o representante gaúcho<br />

do regionalismo modernista. Parte de seus<br />

romances – desde Clarissa até Saga, passando<br />

por Música ao longe, Caminhos cruzados<br />

e Olhai os lírios do campo – retrata<br />

a vida urbana da provinciana Porto Alegre,<br />

a crise da sociedade moderna, cuja nota<br />

marcante é a falta de solidariedade, o cotidiano<br />

caótico.<br />

II. A classificação de sua obra em temas inclui<br />

a trilogia épica “O tempo e o vento”,<br />

que remonta ao passado histórico do Rio<br />

Grande do Sul dos séculos XVIII e XIX e<br />

aborda as disputas de terra e poder das<br />

famílias Amaral, Terra e Cambará. Ana Terra<br />

e Capitão Rodrigo são personagens<br />

heróicos desse painel.<br />

III. Clássico da literatura brasileira e um líder<br />

de venda, “Olhai os lírios do campo” ganha<br />

reedição após 65 anos de sua primeira publicação.<br />

A obra divide-se em “O continente”,<br />

“O retrato” e “O arquipélago”.<br />

É adequada a informação contida em<br />

a) I apenas.<br />

b) I e II apenas.<br />

c) II e III apenas.<br />

d) I, II e III.<br />

e) I e III apenas.<br />

39. A respeito do conto “O inferno atrás da<br />

pia”, de Antonio Prata, são verdadeiras<br />

as seguintes afirmações, exceto:<br />

a) “O inferno atrás da pia” trata da descoberta<br />

de que certos impasses da vida advêm da<br />

inequívoca presença do Demônio e de como<br />

escapar ileso de suas ardilosas ciladas.<br />

b) O fato que desencadeia a venda da alma<br />

ao Diabo é tão somente uma goteira decorrente<br />

de um vazamento na pia do banheiro.<br />

c) O personagem narrador atribui, além de Diabo,<br />

os seguintes nomes ao ser oposto a<br />

Deus: Demônio, Tinhoso, Cão, Belzebu, Maldito,<br />

Satã, Lúcifer, todos escritos com letra<br />

maiúscula, marcando o valor próprio desses<br />

substantivos.<br />

d) “O inferno atrás da pia” prova simplesmente<br />

que não se deve, por orgulho, dedicar-se<br />

a tarefas para as quais não se está preparado,<br />

como, por exemplo, consertar um vazamento<br />

da pia.<br />

e) O encontro entre o personagem narrador e<br />

o Diabo aconteceu num cruzamento da Avenida<br />

Rebouças. Dali os dois seguiram juntos<br />

para consertar o vazamento na pia da<br />

cozinha.<br />

40. Leia a estrofe inicial, transcrita abaixo,<br />

do soneto “Braços”, do poeta simbolista<br />

Cruz e Sousa, e assinale a alternativa<br />

correta:<br />

Braços nervosos, brancas opulências,<br />

Brumais brancuras, fúlgidas brancuras,<br />

Alvuras castas, virginais alvuras,<br />

Lactescências das raras lactescências.<br />

a) Cruz e Sousa, neste poema, ainda não conseguiu<br />

se afastar das influências do Romantismo,<br />

estética literária que antecede o Simbolismo,<br />

haja vista a descrição minuciosa e<br />

objetiva que faz dos braços femininos.<br />

b) O elemento descrito, os braços, torna-se fluido,<br />

na medida em que a descrição do mesmo<br />

ocorre através de um processo de justaposição<br />

de imagens e de reiteração de<br />

adjetivos, que tenta fundir o concreto e o<br />

abstrato.<br />

c) A predominância do branco na descrição<br />

dos braços deixa entrever a valorização do<br />

homem branco e o preconceito contra o negro,<br />

traço marcante da poesia de Cruz e<br />

Sousa.<br />

d) Há uma gratuidade musical e imagística<br />

nesta estrofe do poema, pois a repetição<br />

de palavras sinônimas como “brancas”,<br />

“brancuras”, “alvuras” e “lactescências” e de<br />

sons como os das letras “b” e “s” não apresenta<br />

propriamente um sentido, mas se<br />

transforma em mero jogo lingüístico.<br />

e) Há a tentativa de descrição precisa e clara<br />

dos braços, o que pode ser observado na<br />

enumeração sucessiva de adjetivos usados<br />

para caracterizá-los.


PROVA DE<br />

CONHECIMENTOS GERAIS<br />

41. “O recurso ao terror por parte de quem já<br />

detém o poder dentro do Estado não pode<br />

ser arrolado entre as formas de terrorismo<br />

político, porque este se qualifica, ao<br />

contrário, como instrumento ao qual recorrem<br />

determinados grupos para derrubar<br />

um governo acusado de manter-se<br />

por meio do terror.”<br />

Em outros casos, “os terroristas combatem<br />

contra um Estado de que não fazem<br />

parte e não contra um governo (o que faz<br />

com que sua ação seja conotada como<br />

uma forma de guerra), mesmo quando<br />

por sua vez não representam um outro<br />

Estado. Sua ação aparece então como<br />

irregular, no sentido de que não podem<br />

organizar um exército e não conhecem<br />

limites territoriais, já que não provêm de<br />

um Estado.”<br />

(Bobbio, N; Mateucci, N.; e Pasquino, G. (org.)<br />

Dicionário de Política. Brasília, Ednub, 1986.)<br />

De acordo com as duas afirmações, é possível<br />

comparar e distinguir os seguintes<br />

eventos históricos:<br />

I. Os movimentos guerrilheiros e de libertação<br />

nacional realizados em alguns países<br />

da África e do sudeste asiático entre as<br />

décadas de 1950-1970 são exemplos do<br />

primeiro caso.<br />

II. Os ataques ocorridos na década de 1990,<br />

como às embaixadas de Israel, em Buenos<br />

Aires; aos EUA, no Quênia e Tanzânia; e<br />

ao World Trade Center em 2001, são<br />

exemplos do segundo caso.<br />

III. Os movimentos de libertação nacional dos<br />

anos de 1950 e 1970 na África e no sudeste<br />

asiático, e o terrorismo dos anos de<br />

1990 e 2001 foram ações contra um inimigo<br />

invasor e opressor, e são exemplos do<br />

primeiro caso.<br />

É correto o que se afirma apenas em:<br />

a) I<br />

b) II<br />

c) I e II<br />

d) I e III<br />

e) II e III<br />

42. “A globalização não apaga nem as desigualdades<br />

nem as contradições que<br />

constituem uma parte importante do tecido<br />

da vida social nacional e mundial. Ao<br />

contrário, desenvolve umas e outras, recriando-as<br />

em outros níveis, com novos<br />

ingredientes. As mesmas condições que<br />

alimentam a interdependência e a<br />

integração alimentam as desigualdades<br />

e contradições, em âmbito tribal, regional,<br />

nacional continental e global.”<br />

(Octavio Ianni. A sociedade global. Rio de Janeiro,<br />

Civilização Brasileira, 2002. p. 127.)<br />

Assinale a alternativa que NÃO está de<br />

acordo com o texto citado.<br />

a) No processo de globalização, as desigualdades<br />

e contradições fundam-se na diferenciação<br />

inerente às diversidades sociais,<br />

econômicas, políticas e culturais.<br />

b) A formação da sociedade global também<br />

aprofunda e generaliza a interdependência<br />

das nações, povos, classes, grupos e indivíduos.<br />

c) A globalização é um processo histórico-social<br />

de homogeneização liderado pelos países<br />

centrais, embora sempre estejam presentes<br />

forças inexpressivas de oposição.<br />

d) Na sociedade global, os universos culturais<br />

e materiais, reais e imaginários, entrecruzam-se<br />

e se superpõem, complementam-se<br />

e se divorciam, interagem e se antagonizam.<br />

e) À medida que a política de globalização é<br />

implementada no cenário mundial, o abismo<br />

econômico entre as nações mais desenvolvidas<br />

e as nações mais pobres torna-se<br />

cada vez mais profundo.<br />

43. O Brasil, por suas características de crescimento<br />

econômico, e apesar da crise e<br />

do retrocesso das últimas décadas, é<br />

classificado como um país moderno. Tal<br />

conceito pode ser, na verdade, questionado<br />

se levarmos em conta os indicadores<br />

sociais: o grande número de desempregados,<br />

o índice de analfabetismo, o<br />

déficit de moradia, o sucateamento da<br />

saúde, enfim, a avalanche de brasileiros<br />

envolvidos e tragados num processo de<br />

repetidas migrações (...).<br />

(Adap. VALIM, Ana. Migrações: da perda de terra<br />

à exclusão social. São Paulo: Atual, 1996, p.50.)<br />

Analisando os indicadores citados no texto,<br />

você pode afirmar que:


a) o grande número de desempregados no<br />

Brasil está exclusivamente ligado ao grande<br />

aumento da população.<br />

b) existe uma “exclusão social” que é resultado<br />

da grande concorrência entre a mão-deobra<br />

qualificada.<br />

c) o déficit da moradia está intimamente ligado<br />

à falta de espaços nas cidades grandes.<br />

d) os trabalhadores brasileiros não-qualificados<br />

engrossam as fileiras dos “excluídos”.<br />

e) por conta do crescimento econômico do<br />

país, os trabalhadores pertencem à categoria<br />

de mão-de-obra qualificada.<br />

44. Passado quase dez anos da aprovação<br />

da lei que tornou crime a prática de racismo<br />

no país, a discriminação racial continua<br />

impune no Brasil. Em São Paulo, por<br />

exemplo, só há uma condenação com<br />

base na lei, proferida em 1995 contra a<br />

radialista que fez comentários racistas no<br />

ar. No resto do país – que tem 45% de<br />

sua população de origem negra – só haveria<br />

mais duas sentenças (...). Face à<br />

impunidade, vários órgãos do Poder Judiciário<br />

e entidades de defesa dos direitos<br />

humanos indicam a necessidade de<br />

um plano de ação, para que casos de discriminação<br />

racial sejam identificados e<br />

reconhecidos pela Justiça brasileira.<br />

(Adaptado da Folha de São Paulo,<br />

23 de ago. 1998)<br />

Considerando a abordagem geográfica da<br />

questão da Justiça no Brasil – em relação<br />

ao exemplo da discriminação racial –, examine<br />

as afirmações e assinale a alternativa<br />

correta.<br />

I. Para aplicar as leis, o Poder Judiciário<br />

deve estar estruturado em todo o território<br />

nacional, de modo a tornar a justiça próxima<br />

de cada habitante. Esse fato, no Brasil,<br />

está longe de ocorrer, em especial, nas<br />

áreas afastadas dos centros mais importantes.<br />

II. A violência policial ilegal contra populações<br />

pobres – em especial, as de origem negra<br />

–, por vezes amplamente noticiada na imprensa,<br />

demonstra que alguns setores do<br />

Estado violam as leis anti-racismo dificultando<br />

ainda mais a aplicação da justiça.<br />

III. Apesar de ser expressivo no total da população,<br />

o segmento de origem negra concentra-se,<br />

em sua maioria, no Nordeste,<br />

onde primeiro se instalou o regime<br />

escravista colonial – o que explica o baixo<br />

índice de ocorrências de crimes de racismo<br />

nas outras áreas do país.<br />

IV. A introdução de equipamentos no território,<br />

que possibilitam um número maior de<br />

relações no espaço, como redes de comunicação,<br />

informação e transporte, por<br />

exemplo, contribui para melhorar o nível de<br />

respeito aos direitos humanos no Brasil.<br />

a) Somente a II e a IV estão certas.<br />

b) Somente a I e II estão certas.<br />

c) I, II e III estão certas.<br />

d) I, II e IV estão certas.<br />

e) Todas estão certas.<br />

45. A cidade reflete as contradições da sociedade<br />

que a produz. No relato de<br />

seus habitantes é possível se perceber<br />

a lógica perversa do sistema:<br />

“Quando eles se cansavam de andar pelas<br />

ruas, eles pediam:<br />

– Mãe, eu quero ir para casa!<br />

Aí eu tinha que explicar para eles: nós não<br />

temos casa, até eles se acostumar...”<br />

(Wagner Celestino. Cortiços:<br />

uma realidade que ninguém vê.)<br />

Analisando o texto anterior, podemos<br />

constatar que o (a):<br />

a) Processo de ocupação dos espaços urbanos<br />

demonstra o caráter igualitário da sociedade.<br />

b) Crescimento populacional é o grande responsável<br />

pela situação de miséria, e o controle<br />

de natalidade é a única saída.<br />

c) A atuação do Estado tem sempre a intenção<br />

de democratizar o acesso aos serviços<br />

públicos essenciais.<br />

d) A exclusão social está presente na paisagem<br />

urbana, não respeitando nem mesmo<br />

as áreas nobres.<br />

e) A especulação imobiliária promove a segregação<br />

do espaço urbanizado, gerando, assim,<br />

igualdade social.


46. Um dos grandes problemas das regiões<br />

urbanas é o acúmulo de lixo sólido e sua<br />

disposição. Há vários processos para a<br />

disposição do lixo, dentre eles o aterro<br />

sanitário, o depósito em céu aberto e a<br />

incineração.<br />

Considere as seguintes vantagens de métodos<br />

de disposição do lixo:<br />

I. Diminuição do contato humano direto com<br />

o lixo;<br />

II. Produção de adubo para a agricultura;<br />

III. Baixo custo operacional do processo;<br />

IV. Redução do volume de lixo;<br />

Aterro Depósito a Incineração<br />

sanitário céu aberto<br />

a) I I I I<br />

b) I I I I IV<br />

c) I I IV I<br />

d) I I I IV<br />

e) I I I I I I<br />

47. “Antes, eram apenas as grandes cidades<br />

que se apresentavam como o império<br />

da técnica, objeto de modificações,<br />

suspensões, acréscimos, cada vez mais<br />

sofisticados e carregados de artifício.<br />

Esse mundo artificial inclui, hoje, o mundo<br />

rural.”<br />

(SANTOS, Milton. A natureza do espaço.<br />

São Paulo: Hucitec, 1996.)<br />

Essa sofisticação técnica no meio rural<br />

pode ser identificada no seguinte exemplo:<br />

a) A presença de complexos agroindustriais<br />

restrita às grandes propriedades agrícolas<br />

dos países latino-americanos.<br />

b) A expansão da mecanização na agricultura<br />

de jardinagem praticada nas médias propriedades<br />

do Sudeste asiático.<br />

c) A produtividade da agricultura empresarial<br />

norte-americana impulsionada pela força<br />

dos mercados interno e externo.<br />

d) A atuação de uma política agrícola comum<br />

nos países europeus consolidada desde a<br />

formação do Mercado Comum Europeu.<br />

e) A crescente utilização da informática nas<br />

grandes propriedades agrárias do Brasil,<br />

agilizando as transações com o mercado internacional<br />

de grãos.<br />

48. Desde fins da década de 60, os governos<br />

passaram a financiar grandes projetos<br />

agrícolas, agroindustriais e agropecuários.<br />

Desenvolveram-se tecnologias agrícolas<br />

importadas, dando prioridade ao crescimento<br />

da produtividade agrícola, visando<br />

aumentar a produção de matérias-primas<br />

e de alimentos a fim de intensificar a política<br />

de exportações.<br />

Uma das conseqüências desse fato foi:<br />

a) A redução substancial das áreas de pastagens<br />

naturais que desde o início do século<br />

XX representavam mais de 50% das terras<br />

destinadas à agricultura do país.<br />

b) A legalização de terras tradicionalmente<br />

pertencentes a posseiros e índios que desta<br />

forma passaram a produzir em quantidades<br />

suficientes para entrar na economia de<br />

mercado.<br />

c) O aumento do trabalho familiar no campo,<br />

diminuindo de forma substancial as migrações<br />

internas, das quais o êxodo rural é um<br />

dos melhores exemplos.<br />

d) A inclusão de grandes massas camponesas<br />

no mercado de trabalho fortemente expandido<br />

pelo aumento das áreas cultivadas.<br />

e) O reforço do poder dos latifúndios fazendo<br />

com que, ao lado daquele tradicional, de<br />

grandes proprietários individuais, se desenvolvesse<br />

o latifúndio moderno, das empresas<br />

nacionais e multinacionais.<br />

49. “... o Estado foi incapaz de controlar a resistência<br />

da população excluída e de entender<br />

às demandas localizadas, que<br />

eclodiram em uma frente de conflitos expressa<br />

em movimentos sociais de base<br />

territorial.”<br />

(BECKER, B., EGLER, C. Brasil: uma nova potência<br />

regional na economia-mundo. Bertrand Brasil. P. 217)<br />

Dentre esses “movimentos sociais de<br />

base territorial”, o Movimento dos Sem-<br />

Terra é um dos mais importantes nos dias<br />

de hoje, sendo a sua atuação baseada na<br />

defesa de ampla reforma agrária, o que<br />

envolve a adoção das medidas a seguir,<br />

com exceção de uma. Assinale-a.<br />

a) Acesso a mercados consumidores sem a excessiva<br />

intermediação dos atravessadores.<br />

b) Implantação de fazendas de administração estatal<br />

de acordo com o modelo dos svkhozes.<br />

c) Difusão de cultivos ecológica e economicamente<br />

sustentáveis entre os pequenos produtores.


d) Estabelecimento de políticas de crédito rural<br />

compatíveis com os riscos das atividades<br />

agropecuárias.<br />

e) Estruturação de redes de armazéns e silos<br />

como proteção para as flutuações sazonais<br />

dos preços agrícolas.<br />

50. “Por trás da conversa mole de flexibilização<br />

e racionalização das relações de<br />

trabalho, está apenas outro capítulo, versão<br />

periferia dependente, da volta triunfante<br />

do capital ao seu paraíso perdido<br />

do deixa-fazer total, pisando em todos os<br />

direitos conquistados pelo trabalho em<br />

100 anos, no caminho. Estamos numa<br />

onda de retroação. Nações se desfazem<br />

em tribos, o mercantilismo selvagem<br />

volta travestido de globalização e o capital<br />

mal pode esperar a passagem do<br />

milênio para estar de novo no século<br />

XIX, desta vez com o computador e sem<br />

socialistas.”<br />

(VERÍSSIMO, Luis Fernando.<br />

Jornal do Brasil, 11 ago. 1998.)<br />

Segundo alguns cientistas sociais, o quadro<br />

de retrocesso, denominado pelo colunista<br />

como “onda de retroação”, ocorre<br />

porque:<br />

a) Em função da crise energética em escala<br />

mundial, retorna-se às técnicas produtivas<br />

do passado.<br />

b) Com o fim do bloco socialista, os capitalistas<br />

tentam reduzir as conquistas sociais dos<br />

trabalhadores.<br />

c) Através do advento da informática, a indústria<br />

deixa de interligar as suas diversas unidades<br />

de produção.<br />

d) Pela desaceleração do processo de industrialização,<br />

as relações de trabalho tradicionais<br />

perdem sua posição de destaque.<br />

e) O Estado consegue dar conta das demandas<br />

sociais da população, tanto quantitativa<br />

quanto qualitativamente, que os trabalhadores<br />

podem, em tempo integral, dedicarse<br />

à produção.<br />

51. Um dos maiores problemas da atualidade<br />

é o aumento desenfreado do desemprego.<br />

O texto abaixo destaca esta situação.<br />

“O desemprego é hoje um fenômeno que<br />

atinge e preocupa o mundo todo (...). A<br />

onda de desemprego recente não é<br />

conjuntural, ou seja, provocada por crises<br />

localizadas e temporárias. Está associada<br />

a mudanças estruturais na economia,<br />

daí o nome de desemprego estrutural.<br />

O desemprego manifesta-se hoje na<br />

maioria das economias, incluindo a dos<br />

países ricos. A OIT estima em 1 bilhão –<br />

um terço da força de trabalho mundial –<br />

o número de desempregados em todo o<br />

mundo em 1998. Deste total, 150 milhões<br />

encontram-se abertamente desempregados<br />

e entre 750 e 900 milhões estão<br />

subempregados.”<br />

(Almanaque Abril, 1990.<br />

[CD-Rom]. São Paulo: Abril.)<br />

Pode-se compreender o desemprego estrutural<br />

em termos da internacionalização<br />

da economia associada:<br />

a) A uma economia desaquecida que provoca<br />

ondas gigantescas de desemprego, gerando<br />

revoltas e crises institucionais.<br />

b) Ao setor de serviços que se expande provocando<br />

ondas de desemprego no setor industrial,<br />

atraindo essa mão-de-obra para<br />

este novo setor.<br />

c) Ao setor industrial que passa a produzir menos,<br />

buscando enxugar custos e provocando,<br />

com isso, demissões em larga escala.<br />

d) As novas formas de gerenciamento de produção<br />

e novas tecnologias que são inseridas<br />

no processo produtivo, eliminando<br />

empregos que não voltam.<br />

e) Ao emprego informal que cresce, já que uma<br />

parcela da população não tem condições<br />

de regularizar o seu comércio.<br />

52. “O filme publicitário começa com meninos<br />

jogando futebol na rua. Logo essas<br />

cenas passam a ser intercaladas, de forma<br />

simétrica, com imagens de Ronaldinho<br />

jogando pela seleção brasileira. (...)<br />

Uma típica cena brasileira usada para<br />

vender uma marca americana, a Nike. (...)<br />

Com faturamento de US$ 9,2 bilhões no<br />

ano fiscal terminado em maio de 1997, a<br />

fabricante de roupas e calçados esportivos<br />

Nike acabou se tornando, nos últimos<br />

anos, um dos melhores exemplos de uma<br />

empresa global (...).<br />

A Nike não é dona nem se quer de uma<br />

fábrica, não emprega nenhum operário,<br />

não tem nenhuma máquina. (...)<br />

Atualmente, cerca de 80% dos calçados<br />

da Nike são feitos em fábricas de cinco<br />

países asiáticos (...).”<br />

(Adaptado da Folha de S. Paulo, 2 de nov. 1997)


Dentre as características do atual modelo de<br />

produção industrial, a que melhor se relaciona<br />

às informações do trecho anterior é:<br />

a) mercado de trabalho que exige qualificação<br />

da mão-de-obra.<br />

b) estratégia de produção que transpõem as<br />

fronteiras nacionais.<br />

c) pesquisa científica que promove o desenvolvimento<br />

de novas tecnologias.<br />

d) ramos industriais que constituem elementos<br />

dinâmicos da economia.<br />

e) valorização de mão-de-obra qualificada,<br />

com remuneração compatível.<br />

53. Vivemos uma nova revolução tecnológica,<br />

que une os diversos lugares do mundo<br />

num processo acelerado de globalização.<br />

A esse respeito, assinale a afirmação IN-<br />

CORRETA.<br />

a) Esse processo caracteriza-se pelo desenvolvimento<br />

de ramos fundamentais da<br />

tecnologia, como a informática e a<br />

mecatrônica.<br />

b) Uma das características da globalização da<br />

economia é a formação de megablocos regionais,<br />

como a União Européia, o Mercosul<br />

e o Nafta.<br />

c) Os investimentos em ciência e tecnologia<br />

são fundamentais nesse processo. Os Estados<br />

Unidos, Japão e África do Sul lideram<br />

os investimentos em ciência e<br />

tecnologia no mundo.<br />

d) Empresas transnacionais como a IBM, Sony<br />

e Microsoft atuam no setor da informática.<br />

e) A comunicação por redes tem possibilitado<br />

o armazenamento e a transmissão de informações,<br />

acelerando e ampliando o conhecimento<br />

científico.<br />

54. “(...) A etapa crucial dessa revolução [da<br />

informação] foi ultrapassada a partir da<br />

configuração de uma autopista global da<br />

informação: a Internet. A rede nasceu nos<br />

Estados Unidos, no longínquo ano de<br />

1969 (...). A internacionalização da rede<br />

e a incorporação de centenas de milhões<br />

de usuários através do planeta têm sérias<br />

implicações culturais e econômicas.”<br />

(Adap. MAGNOLI, D. Globalização:<br />

Estado nacional e espaço mundial. 5. ed. São Paulo:<br />

Moderna, 1997, p. 30-1 [Polêmica])<br />

As afirmativas abaixo estão relacionadas<br />

aos fluxos internacionais de informação.<br />

I. O uso preponderante da língua inglesa na<br />

rede solidifica-a como idioma da globalização.<br />

II. A realização de transações comerciais na<br />

rede leva à mundialização de padrões de<br />

consumo.<br />

III. O acesso à informação em tempo real reduziu<br />

o espaço mundial a um espaço virtual.<br />

IV. A velocidade da informação é o único benefício<br />

apresentado pela Internet para a<br />

globalização.<br />

Assinale a alternativa que contempla a<br />

combinação correta:<br />

a) somente I, II e IV estão corretas.<br />

b) somente I, II e III estão corretas.<br />

c) somente I, III e IV estão corretas.<br />

d) somente II, III e IV estão corretas.<br />

e) todas as afirmativas estão corretas.<br />

55. Leia o trecho da entrevista abaixo:<br />

Pergunta: A mundialização não é uma ameaça<br />

deste lado da África?<br />

RESPOSTA: A mundialização é antes de<br />

mais nada uma sorte para as empresas privadas,<br />

porque pode arrastá-las para a ação.<br />

Elas serão obrigadas a melhorar a sua produtividade<br />

para ganhar mercados e não perder<br />

os que já têm. Elas terão que fazer tal como<br />

as empresas americanas e asiáticas. Nós<br />

devemos nos bater para aumentar a<br />

competitividade de nossas economias, organizar<br />

nossos mercados (...), num quadro de<br />

integração regional. As vantagens que tudo<br />

isso confere é um mercado regional mais<br />

amplo para as empresas(...)<br />

(Boni Yayi, presidente do Banco Oeste-Africano de<br />

Desenvolvimento. In: Journal Lê Soleil, 7 jul. 1996, Senegal.)<br />

Como se pode observar, uma visão positiva<br />

da globalização está presente em várias<br />

partes do mundo. Considerando as dificuldades<br />

da África para que essa perspectiva<br />

se concretize, leia com atenção as<br />

afirmações e assinale a alternativa que<br />

contém aquelas que estão corretas.<br />

I. De modo geral, os países africanos possuem<br />

Estados herdados do período colonial.<br />

Sua estrutura não é adequada para<br />

constituir países livres e independentes.<br />

Esse fato se complica, pois os Estados<br />

não possuem técnicos especializados, em<br />

número suficiente, na gerência de uma economia<br />

moderna.


II. Os países africanos dispõem, geralmente,<br />

de pouca mão-de-obra qualificada para a<br />

economia de tipo moderna exigida pela<br />

globalização. Os sistemas escolares básicos<br />

e superior são precários e de pouco<br />

alcance social e territorial.<br />

III. Os Estados-nação africanos são construções<br />

estranhas à complexidade étnica, cultural<br />

e territorial preexistentes. Herança da<br />

colonização européia, contribuem para um<br />

quadro de instabilidade política, conflitos<br />

regionais, separatismos e guerras civis.<br />

IV. A África vive assolada por crises de fome,<br />

doenças endêmicas e generalização de<br />

epidemias, reforçando a baixa expectativa<br />

de vida e a alta mortalidade, em especial<br />

a infantil. Esse quadro está associado<br />

à desarticulação dos modos de vida tradicionais<br />

e à fragilidade das estruturas modernas<br />

implantadas.<br />

a) II e III<br />

b) I, III e IV<br />

c) I, II, III e IV<br />

d) I, II e IV<br />

e) II, III, IV<br />

56. Em primeiro lugar, é preciso reconhecer<br />

que algo, de fato, “DEU ERRADO” na<br />

União Soviética. Não havia nenhuma semelhança<br />

entre o processo de emancipação<br />

socialista imaginado por Marx e<br />

aquilo que existiu naquele país.<br />

(ARBEX JR., José. Revolução em 3 tempos, URSS,<br />

Alemanha, China. São Paulo: Moderna)<br />

Assinale, dentre as opções a seguir, aquela<br />

que expressa um fator que tenha contribuído<br />

decisivamente para a ex-União Soviética<br />

ter “dado errado”.<br />

a) Descentralização das atividades de planejamento<br />

econômico.<br />

b) Controle do poder político por apenas dois<br />

partidos: o Comunista e o Social-Democrata.<br />

c) Adesão tardia das autoridades soviéticas<br />

ao mercado comum dos países socialistas,<br />

o Comecon.<br />

d) Predomínio de uma estrutura de economia<br />

paralela de mercado sobre os setores estatais.<br />

e) Ênfase na produção industrial militar e<br />

aeroespacial em prejuízo de setores civis.<br />

57. ONU revela que 80% da cocaína da Colômbia<br />

passa pelo Brasil.<br />

(O Globo, 25 de jun. 1997.)<br />

A revelação anterior foi feita pelo relatório<br />

do Programa das Nações Unidas para o<br />

Controle Internacional de Drogas, e permite<br />

considerar corretamente que:<br />

a) No governo brasileiro transparece um<br />

declínio da produtividade policial, uma vez<br />

que não há recomendações oficiais de combate<br />

ao fluxo de drogas no país.<br />

b) Os governos da Colômbia, Peru e Bolívia –<br />

países que têm 98% do mercado de folhas<br />

de coca – não exercem qualquer tipo pressão<br />

para combater o narcotráfico.<br />

c) O Brasil se tornou o principal corredor de<br />

exportação de narcotóxicos para a Europa,<br />

bem como o maior mercado consumidor de<br />

drogas das Américas.<br />

d) A geografia mundial do comércio ilícito de<br />

drogas tem, no Brasil, uma área de passagem<br />

e “lavagem” do dinheiro da droga, bem<br />

como um dos principais produtores de coca.<br />

e) A transnacionalização crescente do<br />

narcotráfico cria uma geografia específica,<br />

abrindo e expandindo corredores que ligam<br />

áreas produtoras a áreas consumidoras de<br />

drogas.<br />

58. Preservar a biodiversidade é condição<br />

básica para manter um ambiente sadio<br />

no planeta.<br />

Essa frase é uma preocupação:<br />

a) Mundial porque as espécies levaram milhões<br />

de anos para se constituir e podem<br />

desaparecer em poucas décadas no mundo<br />

se o desmatamento e a poluição insdiscriminados<br />

tiverem continuidade.<br />

b) Mundial porque o desaparecimento das espécies<br />

de animais de porte médio e grande<br />

pode ser responsável por problemas alimentares<br />

e aumento de pragas pela ruptura<br />

da cadeia alimentar.<br />

c) Apenas para os países da Europa e dos<br />

Estados Unidos que, por terem sido industrializados<br />

há muito tempo, destruíram quase<br />

totalmente suas florestas temperadas e<br />

frias.<br />

d) Apenas para os países que se organizaram<br />

politicamente em áreas áridas ou semi-áridas<br />

como Namíbia e que dependem do<br />

pouco que resta de seus ecossistemas.


e) Apenas para os países que têm uma<br />

tecnologia altamente desenvolvida e que<br />

precisam dos organismos vivos como fonte<br />

original dos princípios ativos.<br />

59. “É importante esclarecer que as preocupações<br />

com as questões ambientais no<br />

âmbito internacional voltaram-se primeiramente<br />

àquelas relativas às regiões de<br />

interesse comum de alguns países, ou<br />

conjunto deles, como as águas internacionais,<br />

a Antártida, o espaço aéreo, regiões<br />

costeiras, e recursos aqüíferos e<br />

pesqueiro (...). Contudo, com o advento<br />

da Conferência das Nações Unidas sobre<br />

o Meio Ambiente Humano 1972 e a<br />

Conferência das Nações Unidas sobre o<br />

Meio ambiente e o Desenvolvimento em<br />

1992, as regras internacionais sobre a<br />

proteção do meio ambiente se multiplicaram<br />

e tornaram-se cada vez mais<br />

abrangentes, voltadas para um tratamento<br />

global dos problemas ambientais.”<br />

(FELDMANN, Fábio. In: Entendendo<br />

o meio ambiente. v. I. SMA-SP, 1997)<br />

O século XX assinalou o despertar da questão<br />

ambiental, como algo considerado essencial<br />

para o futuro do planeta. No seu interior,<br />

alguns aspectos de alcance global foram mais<br />

marcantes que outros.<br />

Assinale qual das afirmativas abaixo é incorreta.<br />

a) Um dos marcos do ambientalismo, no século<br />

XX, foi a identificação dos países mais<br />

pobres como as áreas onde a chamada degradação<br />

ambiental é mais grave, em função<br />

da enorme emissão de gases poluentes<br />

e do uso excessivo de matérias-primas.<br />

b) A questão das mudanças climáticas teve<br />

como alvo o combate à poluição atmosférica,<br />

buscando evitar a concentração dos<br />

gases na atmosfera, que estariam contribuindo<br />

para a elevação da temperatura média<br />

do planeta.<br />

c) O risco de destruição da camada de ozônio,<br />

ameaçada pela liberação de gases produzidos<br />

pelo ser humano na atmosfera, estaria<br />

pondo em perigo a vida na Terra, pois<br />

essa camada funciona como um filtro da<br />

radiação solar nociva.<br />

d) A defesa da manutenção da diversidade<br />

biológica, a busca de meios de utilização<br />

sustentável de seus componentes e a repar-<br />

tição justa dos benefícios derivados da utilização<br />

dos recursos genéticos têm sido causas<br />

essenciais do ambientalismo.<br />

e) Os protetores contra a retirada irracional<br />

das coberturas vegetais e a mobilização em<br />

defesa de espécies animais e vegetais<br />

ameaçadas de extinção (as baleias, o urso<br />

panda, a Amazônia, por exemplo) são marcos<br />

bem evidentes do ambientalismo.<br />

60. Sobre as reservas indígenas no Brasil,<br />

é correto afirmar que:<br />

a) Estão preservadas e livres do desmatamento.<br />

b) Reverteram a tendência à degradação dos<br />

povos indígenas.<br />

c) Estão a salvo da ação das mineradoras e<br />

madeireiras devido à atual legislação.<br />

d) Foram criadas segundo modelo das Reservas<br />

da Bioesfera proposto pela UNESCO.<br />

e) Atraem estrangeiros, interessados em usar<br />

o conhecimento indígena sobre plantas na<br />

indústria farmacêutica.<br />

61. Entre as transformações que favoreceram<br />

o processo do êxodo rural e o aumento<br />

da urbanização no Brasil, assinale<br />

a opção incorreta:<br />

a) A expansão de grandes monoculturas para<br />

exportação ou agroindústria, como a canade-açúcar<br />

e soja.<br />

b) A exigência de grandes propriedades, que<br />

podem arcar com os altos custos de implantação,<br />

com alta produtividade.<br />

c) A substituição de cultivos de substâncias,<br />

como feijão e mandioca, comuns aos<br />

minifúndios, por pressão econômica.<br />

d) A implantação de eficazes projetos governamentais<br />

de colonização da Amazônia, estimulando<br />

a formação de pequenas propriedades<br />

produtivas.<br />

e) A expansão de grandes propriedades<br />

especulativas e de produção, com expropriação<br />

de terra, agravando o quadro fundiário.<br />

62. Este agricultor brasileiro mora há muito tempo<br />

na área rural e cultiva a terra, mas não<br />

pode obter crédito bancário ou qualquer<br />

outro tipo de assistência agronômica que<br />

lhe possibilite aumentar a produtividade de<br />

seu cultivo porque não possui o título de<br />

propriedade da terra em que trabalha.<br />

O texto acima está fazendo referência ao:


a) agregado a uma fazenda a quem o dono deu<br />

um pedaço de terra ao redor de sua casa<br />

para o plantio e criação de pequenos animais.<br />

b) Grileiro, que forjou uma documentação para<br />

se apropriar de terras devolutas.<br />

c) Grileiro, que se apossou de terras solteiras.<br />

d) Posseiro que comercializa pequenos excedentes<br />

da produção realizada pela família.<br />

e) Meeiro que com o tempo se tornou proprietário<br />

das terras empreitadas.<br />

63. “Os 45 anos que vão do lançamento das<br />

bombas atômicas até o fim da União Soviética<br />

não foram um período homogêneo<br />

único da história do mundo. (...) dividese<br />

em duas metades, tendo como divisor<br />

de águas o início da década de 70. Apesar<br />

disso, a história deste período foi reunida<br />

sob um padrão único pela situação<br />

internacional peculiar que o dominou até<br />

a queda da União Soviética.”<br />

(HOBSBAWM, Eric J. Era dos extremos.<br />

São Paulo: Cia das Letras, 1996)<br />

O período citado no texto e conhecido por<br />

“Guerra Fria” pode ser definido como<br />

aquele momento histórico em que houve:<br />

a) A corrida armamentista entre as potências<br />

imperialistas européias ocasionando a Primeira<br />

Guerra Mundial.<br />

b) O domínio dos países socialistas do Sul do<br />

globo pelos capitalistas do Norte.<br />

c) Choque ideológico entre a Alemanha nazista/<br />

União Soviética stalinista, durante os anos 30.<br />

d) Disputa pela supremacia da economia mundial<br />

entre o Ocidente e as potências orientais,<br />

como a China e o Japão.<br />

e) Constante confronto das duas superpotências<br />

que emergiram, da Segunda Guerra<br />

Mundial.<br />

64. Quanto aos tigres asiáticos, como<br />

Taiwan, Coréia do Sul e Cingapura,<br />

pode-se afirmar, unicamente, que seus<br />

processos de industrialização desenvolveram-se<br />

com:<br />

a) base no mercado consumidor externo.<br />

b) predomínio de indústrias de bens de produção.<br />

c) forte incremento industrial desde a crise de<br />

1929.<br />

d) base no processo de substituição de importação<br />

de manufaturados.<br />

e) predomínio de capitais americanos.<br />

65. Ao final dos anos 90, a hegemonia<br />

mundial dos Estados Unidos tornouse<br />

cada vez mais incontestável. No entanto,<br />

em meados dos anos 80, parecia<br />

que, pelo menos no âmbito econômico,<br />

os norte-americanos estavam<br />

sendo superados:<br />

a) pela China que, depois das reformas de<br />

tipo capitalista, empreendidas por Deng-<br />

Xiaoping, cresceu por mais de uma década<br />

a uma taxa anual de mais de 10%, e<br />

desenvolveu um sofisticado armamento nuclear;<br />

b) pelo Japão, cuja economia, valendo-se do<br />

fato de não ter gastos militares, cresceu, a<br />

partir dos anos 50, a uma taxa constante e<br />

extraordinária, combinando alta tecnologia<br />

e pleno emprego;<br />

c) pela Rússia que, depois do fim da União<br />

Soviética, aliviada do peso morto de muitas<br />

áreas atrasadas e estimulada pelas reformas<br />

capitalistas, aumentou sua indústria<br />

pesada, espacial e armamentista;<br />

d) pela Índia que, graças à sua economia fechada<br />

e auto-suficiente, voltada para a fabricação<br />

de bombas atômicas, tornou-se<br />

uma potência de caráter continental, ambicionando<br />

tornar-se também uma potência<br />

marítima.<br />

e) pela Alemanha que, depois da queda do<br />

Muro de Berlim, quase dobrou sua população<br />

e seus recursos naturais, passando a<br />

contar com uma poderosa indústria voltada<br />

para a produção de armas químicas e nucleares.<br />

66. A globalização é um assunto bastante<br />

discutido e muito polêmico, a qual<br />

impacta de forma negativa:<br />

a) na mão-de-obra desqualificada, desacelerando<br />

o fluxo migratório.<br />

b) nos países subdesenvolvidos, aumentando<br />

o crescimento populacional.<br />

c) no desenvolvimento econômico dos países<br />

industrializados desenvolvidos.<br />

d) nos países subdesenvolvidos, provocando<br />

o fenômeno da exclusão social.<br />

e) na mão-de-obra qualificada, proporcionando<br />

o crescimento de ofertas de emprego<br />

e fazendo os salários caírem vertiginosamente.


67. Considerando a Rússia na nova ordem<br />

mundial, assinale a opção INCOR-<br />

RETA:<br />

a) Tem uma economia mais significativa que<br />

a dos países emergentes, igualando-se aos<br />

países centrais no setor industrial e<br />

tecnológico.<br />

b) Acumulou um extraordinário arsenal nuclear<br />

ao longo dos anos, capaz de destruir várias<br />

vezes a Terra.<br />

c) A crise russa gerou impacto nos mercados<br />

emergentes e redirecionou os interesses<br />

das finanças internacionais.<br />

d) Os reflexos da instabilidade econômica refletem-se<br />

nas bolsas de valores e geram turbulências<br />

em países centrais e periféricos.<br />

e) Passa por graves transformações políticas<br />

e seus programas governamentais têm dificuldade<br />

de atender às necessidades da<br />

nação.<br />

68. Leia com atenção o texto a seguir:<br />

“Se os capitalistas se tornaram mais sensíveis<br />

às qualidades espacialmente diferenciadas<br />

de que se compõe a geografia do mundo,<br />

possível que as pessoas e forças que dominam<br />

esses espaços os alterem de um<br />

modo que os torne mais atraentes para o capital<br />

altamente móvel. As elites dirigentes locais<br />

podem, por exemplo, implementar estratégias<br />

de controle da mão-de-obra local, de<br />

melhoria de habilidades, de fornecimento de<br />

infra-estrutura, política fiscal, de regulamentação<br />

estatal, etc., a fim de atrair o desenvolvimento<br />

para seu espaço particular (...). A produção<br />

ativa de lugares dotados de qualidades<br />

especiais se torna um importante trunfo<br />

na competição espacial entre lugares, cidades,<br />

regiões e nações.”<br />

(HARVEY, David. Condição pós-moderna.<br />

São Paulo: Loyola, 1992.)<br />

Assinale a alternativa que não corresponde<br />

à lógica sobre a competição espacial<br />

entre os lugares, presentes no texto.<br />

a) Os locais especialmente preparados para<br />

atrair investimentos articulam-se aos interesses<br />

das empresas transnacionais, cuja<br />

ação geográfica tem alcance mundial.<br />

b) Os conglomerados transnacionais, ao aproveitarem<br />

a geografia do mundo para sua localização,<br />

criam uma estrutura espacial com<br />

pontos articulados entre si, a qual pode ser<br />

chamada de rede espacial.<br />

c) Os países que querem receber novos investimentos<br />

mundiais, mas, para isto, é preciso<br />

que as transnacionais submetam-se às<br />

condições técnicas, à ordem jurídica e aos<br />

traços culturais locais.<br />

d) O enxugamento dos Estados, a redução das<br />

leis trabalhistas e a remoção de normas e<br />

obstáculos de parcelas dos territórios estão<br />

dentro da lógica descrita no texto.<br />

e) Para que a organização em rede espacial<br />

seja eficiente para uma empresa<br />

transnacional, é preciso que o espaço que<br />

ela vai ocupar seja composto por tecnologia<br />

adequada de comunicações.<br />

69. A propósito da agricultura brasileira,<br />

pode-se afirmar que:<br />

a) a escravidão por dívida consiste numa situação<br />

de servidão do trabalhador, característica<br />

da parceria.<br />

b) o Estatuto do Trabalhador Rural dos anos<br />

60 substituiu a antiga Legislação dos Trabalhadores<br />

Rurais.<br />

c) A empresa agropecuária capitalista caracteriza-se<br />

pela presença do trabalhador agregado.<br />

d) A denominação “bóia-fria” é dada ao trabalhador<br />

temporário que vive nos latifúndios.<br />

e) A unidade familiar de subsistência tanto<br />

pode contratar força de tabalho quanto vender<br />

trabalho familiar.<br />

70. Observe com atenção o texto:<br />

Industrializados a partir dos anos 60, com indústrias<br />

“transplantadas” de países ricos, para<br />

aproveitar vantagens oferecidas – mão-deobra<br />

barata, ausência de legislação<br />

antipoluição, facilidade para exportação e remessa<br />

de lucro, etc. – esses países rapidamente<br />

elevaram o poder aquisitivo da população<br />

e capacitaram seus trabalhadores com<br />

um bom sistema escolar.<br />

Os dados contidos no texto acima se referem<br />

aos países:<br />

a) Latino-americanos.<br />

b) Europeus que se industrializaram depois da<br />

Inglaterra.<br />

c) Países do Oriente, conhecidos como Tigres<br />

Asiáticos.<br />

d) Do Mercosul.<br />

e) Da África Setentrional.


REDAÇÃO<br />

1. A seguir são apresentados dois temas. Examine-os atentamente, escolha um deles e elabore<br />

um texto dissertativo.<br />

2. Seu texto deve ter, no mínimo, 20 (vinte) linhas e, no máximo, 35 (trinta e cinco) linhas, no qual<br />

você exporá suas idéias a respeito do assunto.<br />

3. Atenda às instruções que acompanham o tema escolhido.<br />

4. Como se trata de um texto dissertativo, embora ele possa conter pequenas passagens descritivas<br />

ou narrativas, o que deve predominar é seu posicionamento sobre o assunto escolhido.<br />

5. Atente para a organização de idéias, a presença de argumentos consistentes e o emprego da<br />

norma culta escrita.<br />

6. Antes de passar a limpo, a caneta, na folha definitiva, releia seu texto com atenção e faça os<br />

reparos necessários. Não rasure.<br />

Observação:<br />

Não serão considerados:<br />

os textos que não desenvolverem um dos temas propostos;<br />

textos redigidos a lápis ou ilegíveis;<br />

Tema 1<br />

Nepotismo<br />

Nepotismo (do latim nepos, neto ou descendente): termo utilizado para designar o<br />

favorecimento de parentes em detrimento de pessoas mais qualificadas, especialmente no<br />

que diz respeito à nomeação ou elevação de cargos. Distingue-se do favoritismo simples,<br />

que não implica relações familiares com o favorecido.<br />

*****************<br />

Exemplo de nepotismo: um funcionário é promovido por ter relações de parentesco<br />

com aquele que o promove, havendo pessoas mais qualificadas e mais merecedoras da<br />

promoção.<br />

*****************<br />

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou na terça-feira (18/10/2005) a Resolução<br />

nº 07, que proíbe o nepotismo no Poder Judiciário. Segundo a nova norma, fica vedado o<br />

exercício de cargo comissionado ou função gratificada por parentes de até terceiro grau de<br />

magistrados ou de servidores com atribuições de direção ou assessoramento.<br />

*****************<br />

O Legislativo também debate a questão do nepotismo nos poderes. Uma proposta de<br />

emenda à Constituição (PEC nº 334/96), conhecida como PEC do Nepotismo, está em discussão<br />

na Câmara.<br />

No Rio Grande do Sul, o nepotismo está vedado nos três poderes – Executivo, Legislativo<br />

e Judiciário – desde 1995.<br />

*****************<br />

Elabore seu texto, posicionando-se sobre<br />

O NEPOTISMO DEVE SER PRATICADO NO BRASIL?


Tema 2<br />

“Quem cuida dos bebês?”<br />

“É complicada a situação. É preciso lembrar que essas jovens mães estão atravessando<br />

uma fase de transição, estão aprendendo a ser adultas e mães ao mesmo tempo, mas<br />

continuam ainda um pouco crianças. O que se pode constatar é que cerca de 60%, quando<br />

retornam um mês depois do parto para a consulta, dizem não estar amamentando os bebês<br />

exclusivamente com leite materno. O ideal seria que 100% delas o fizessem, pois, do ponto<br />

de vista psicológico, amamentar intensifica o relacionamento mãe/filho, ajuda no desenvolvimento<br />

e previne doenças do bebê.<br />

Além disso, há o detalhe da avó, mãe da adolescente, que também está aprendendo a<br />

lidar com novos papéis: sua filha é mãe e ela, avó. Às vezes, porém, essas avós acabam<br />

atrapalhando ao assumir o papel das mães e, por isso talvez tenha aumentado o índice de<br />

reincidência de gravidez na adolescência. A menina engravida de novo porque considera fácil<br />

cuidar de um bebê, o que está longe de ser verdade. Só é fácil se alguém o fizer por ela. A<br />

mãe adolescente que tem sob sua responsabilidade cuidar da criança, no momento em que<br />

for rever os planos para o futuro (se existem obstáculos sem filhos, imagine com eles), vai<br />

pensar duas vezes antes de engravidar de novo.”<br />

(Resposta da Drª. Adriana Lippi Waissman, médica obstetra do Hospital das Clínicas da Universidade<br />

de São Paulo, especializada em gravidez na adolescência,<br />

ao Dr. DrauzioVarella sobre gravidez na adolescência - www.drauziovarella.com.br )<br />

*****************************<br />

O custo de ser mãe<br />

Uma pesquisa da Universidade de São Paulo mediu o impacto da maternidade na vida<br />

profissional das mulheres. O estudo comprova que, ao ter filhos, elas enfrentam mais dificuldade<br />

em se manter no mesmo patamar de sua carreira. Como reduzem a jornada de trabalho,<br />

passam a ganhar menos. É comum que as mulheres recuperem seu nível salarial quando os<br />

filhos crescem – e o melhor é que não precisam dedicar mais horas ao batente. (...)<br />

Revista Veja, 16 de fevereiro de 2005, p. 31.<br />

*****************************<br />

Além do que você leu acima, considere:<br />

– a responsabilidade de ter um filho e de criá-lo não é exclusividade da mãe, mas sim<br />

uma tarefa a dois – pai e mãe;<br />

– responsabilizar-se pela vida de um filho é tarefa difícil até para os adultos.<br />

Agora redija seu texto, posicionando-se sobre<br />

A RESPONSABILIDADE DE TER E DE EDUCAR UM FILHO.


RASCUNHO PARA A REDAÇÃO

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