15.06.2013 Views

OAB In Foco.indd - Quipus.com.br

OAB In Foco.indd - Quipus.com.br

OAB In Foco.indd - Quipus.com.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

PALAVRA DO PRESIDENTE<<strong>br</strong> />

Chegamos a 26ª edição de nossa revista. Nesta publicação,<<strong>br</strong> />

damos especial atenção à importância da mulher em nossa so-<<strong>br</strong> />

ciedade. Destacamos a presença majoritária da advogada em<<strong>br</strong> />

nossa Gestão ocupando cargos de diretoria, conselho e presidên-<<strong>br</strong> />

cia de <strong>com</strong>issões, não que este fato seja uma surpresa ou mesmo<<strong>br</strong> />

tenha o caráter de enaltecer uma minoria, mas, na verdade, o que<<strong>br</strong> />

se pretende é fazer justiça creditando o sucesso de nossa gestão<<strong>br</strong> />

a essas advogadas que <strong>br</strong>avamente contribuem <strong>com</strong> a advocacia.<<strong>br</strong> />

Outro ponto não menos importante é a matéria so<strong>br</strong>e o Tri-<<strong>br</strong> />

bunal de Ética e Disciplina da <strong>OAB</strong>/MG, apresentando seu tra-<<strong>br</strong> />

balho e importância no respeito ao Estatuto da Advocacia e ao<<strong>br</strong> />

Código de Ética e Disciplina, o que faz <strong>com</strong> que toda a sociedade<<strong>br</strong> />

continue a atribuir elevada credibilidade a nossa <strong>In</strong>stituição.<<strong>br</strong> />

Uma novidade nesta edição é a participação ativa da <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />

MG, trazendo notícias de destaque da louvável administração<<strong>br</strong> />

que vem desenvolvendo a diretoria da Seccional, capitaneada<<strong>br</strong> />

pelo presidente Luís Cláudio da Silva Chaves, que solidificou-se<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o baluarte da advocacia mineira.<<strong>br</strong> />

A nosso ver, esta edição torna-se histórica, uma vez que traz<<strong>br</strong> />

uma das principais vitórias da advocacia local, qual seja realiza-<<strong>br</strong> />

ção das Correições Extraordinárias em nossa Comarca. Com esta<<strong>br</strong> />

ação renasce a esperança de que novas varas, novos cargos de<<strong>br</strong> />

juízes e servidores sejam criados a partir do diagnóstico dos juí-<<strong>br</strong> />

zes corregedores, e aqui vale sempre destacar que a <strong>OAB</strong> cumpre<<strong>br</strong> />

seu papel institucional, não de enfrentamento aos Órgãos Públi-<<strong>br</strong> />

cos, mas de apontar as falhas existentes e co<strong>br</strong>ar providências,<<strong>br</strong> />

sempre na busca da melhoria da prestação jurisdicional, seja por<<strong>br</strong> />

meio de correções da atividade existente, seja pela implementa-<<strong>br</strong> />

ção de novos instrumentos.<<strong>br</strong> />

Enfim, mais uma vez, a 13ª Subseção entrega a você uma re-<<strong>br</strong> />

vista que contribui na formação continuada através dos valorosos<<strong>br</strong> />

artigos, bem <strong>com</strong>o torna-se um registro oficial<<strong>br</strong> />

do nosso diuturno trabalho pela coletivida-<<strong>br</strong> />

de jurídica.<<strong>br</strong> />

Boa leitura!<<strong>br</strong> />

Egmar Sousa Ferraz<<strong>br</strong> />

EXPEDIENTE<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG – 13ª Subseção<<strong>br</strong> />

Avenida Rondon Pacheco, 980, Copacabana<<strong>br</strong> />

Fone: (34) 3234-5555<<strong>br</strong> />

Uberlândia – MG – Cep: 38408-343<<strong>br</strong> />

Home-page: www.oabuberlandia.org.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Contato: oabinfoco@oabuberlandia.org.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

DIRETORIA EXECUTIVA DA<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG 13ª SUBSEÇÃO/UBERLÂNDIA<<strong>br</strong> />

DIRETORIA<<strong>br</strong> />

Diretor Presidente: Egmar Sousa Ferraz<<strong>br</strong> />

Diretora Vice-Presidente: Ângela Parreira de Oliveira<<strong>br</strong> />

Botelho<<strong>br</strong> />

Diretora Secretária Geral: Fernanda Dayrell de Souza<<strong>br</strong> />

Duarte e C. Martins<<strong>br</strong> />

Diretora Secretária Geral Adjunta: Magna Carrijo<<strong>br</strong> />

Pereira<<strong>br</strong> />

Diretor Tesoureiro: Adauto Alves Fonseca<<strong>br</strong> />

Assessora Especial da Presidência: Iolanda Velasco<<strong>br</strong> />

de Andrade<<strong>br</strong> />

CONSELHO EDITORIAL<<strong>br</strong> />

Adauto Alves Fonseca, Carlos Henrique Santos de<<strong>br</strong> />

Carvalho, Egmar Sousa Ferraz, Fernanda Dayrell de<<strong>br</strong> />

Souza Duarte e C. Martins, Magna Carrijo Pereira, Ângela<<strong>br</strong> />

Parreira de Oliveira Botelho<<strong>br</strong> />

CONSELHO SUBSECCIONAL<<strong>br</strong> />

Eurípedes de Almeida, Hecy Braga de Oliveira, Kenedy<<strong>br</strong> />

José Urzedo de Queiroz, Leonardo Alves Canuto, Leonardo<<strong>br</strong> />

Pereira Rocha Moreira, Lilian Takata, Luciano<<strong>br</strong> />

de Salles Monteiro, Rodrigo Magno de Macedo, Sebastião<<strong>br</strong> />

Roberto de Araújo, Selmo Gonçalves Ca<strong>br</strong>al,<<strong>br</strong> />

Simone Silva Prudêncio<<strong>br</strong> />

ASSESSORA DE CONTEÚDO<<strong>br</strong> />

Carla Aparecida Soares<<strong>br</strong> />

PRODUÇÃO<<strong>br</strong> />

Engenho & Arte<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicação@engenhopp.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

EDITORA CHEFE<<strong>br</strong> />

Kerley Pita<<strong>br</strong> />

TEXTOS<<strong>br</strong> />

Kerley Pita<<strong>br</strong> />

Camila Lemes<<strong>br</strong> />

CAPA<<strong>br</strong> />

Gil<<strong>br</strong> />

REVISÃO<<strong>br</strong> />

Giuliano Micheloto<<strong>br</strong> />

CONTATO COMERCIAL<<strong>br</strong> />

(34) 3234-5555<<strong>br</strong> />

FOTOS<<strong>br</strong> />

Edu Marques, Kerley Pita, Camila Lemes<<strong>br</strong> />

DIAGRAMAÇÃO<<strong>br</strong> />

Wilson Vilela Gonçalves<<strong>br</strong> />

34 9225-5950<<strong>br</strong> />

IMPRESSÃO<<strong>br</strong> />

Gráfica Brasil<<strong>br</strong> />

TIRAGEM<<strong>br</strong> />

6.000 exemplares<<strong>br</strong> />

Distribuição Gratuita<<strong>br</strong> />

ISS – 2177-1448<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

As opiniões emitidas em artigos assinados são de inteira<<strong>br</strong> />

responsabilidade dos seus autores e não refletem,<<strong>br</strong> />

necessariamente, a posição deste veículo. Todos os direitos<<strong>br</strong> />

reservados: proibida a reprodução total ou parcial,<<strong>br</strong> />

por qualquer meio ou processo.


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

MULHERES<<strong>br</strong> />

Ponto de vista<<strong>br</strong> />

A evolução da presença<<strong>br</strong> />

feminina nas carreiras jurídicas<<strong>br</strong> />

Conquistas e desafios<<strong>br</strong> />

Márcia Regina Machado Melaré<<strong>br</strong> />

Diretora Secretária-Geral da <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

Nunca é demais refletirmos<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a condição da mulher na<<strong>br</strong> />

sociedade e no Direito, em particular,<<strong>br</strong> />

em razão da crescente<<strong>br</strong> />

presença feminina nas carreiras<<strong>br</strong> />

jurídicas.<<strong>br</strong> />

Há 108 anos formava-se na<<strong>br</strong> />

Faculdade de Direito Largo São<<strong>br</strong> />

Francisco a primeira mulher advogada:<<strong>br</strong> />

Maria Augusta Saraiva,<<strong>br</strong> />

numa época em que era raro,<<strong>br</strong> />

muito raro mesmo, ver-se uma<<strong>br</strong> />

mulher nessa atividade.<<strong>br</strong> />

Foi só a partir da segunda<<strong>br</strong> />

metade do Século Vinte que o<<strong>br</strong> />

movimento de mulheres juristas<<strong>br</strong> />

evoluiu no sentido da busca da<<strong>br</strong> />

identidade e capacidade para<<strong>br</strong> />

gerir atos da vida civil.<<strong>br</strong> />

Em 1952, as advogadas<<strong>br</strong> />

Romy Medeiros da Fonseca e<<strong>br</strong> />

Orminda Bastos apresentaram à<<strong>br</strong> />

Oitava Assembléia da Comissão<<strong>br</strong> />

<strong>In</strong>teramericana de Mulheres, da<<strong>br</strong> />

Organização dos Estados Americanos,<<strong>br</strong> />

o anteprojeto, por elas<<strong>br</strong> />

elaborado, <strong>com</strong> vistas a modificar<<strong>br</strong> />

a condição jurídica da mulher<<strong>br</strong> />

no Brasil.<<strong>br</strong> />

E, em 1957, Romy Medeiros<<strong>br</strong> />

da Fonseca ocupou a tribuna do<<strong>br</strong> />

Senado para defender o projeto<<strong>br</strong> />

que ficaria conhecido <strong>com</strong>o o Estatuto<<strong>br</strong> />

da Mulher Casada. Essa lei<<strong>br</strong> />

alterou vários artigos do Código<<strong>br</strong> />

Márcia Regina Machado Melaré, Diretora Secretária-Geral da <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

Edu Marques


Civil <strong>br</strong>asileiro, datado de 1916,<<strong>br</strong> />

concedendo às mulheres o direi-<<strong>br</strong> />

to de trabalhar fora do lar sem a<<strong>br</strong> />

autorização do marido ou pater-<<strong>br</strong> />

na e, em caso de separação do<<strong>br</strong> />

casal, o direito à guarda do filho.<<strong>br</strong> />

Anteriormente a história re-<<strong>br</strong> />

lata que a primeira ação política<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o objetivo de instituir o su-<<strong>br</strong> />

frágio às mulheres partiu da jor-<<strong>br</strong> />

nalista Josefina Alves, que, em<<strong>br</strong> />

1891, apela à primeira Assem-<<strong>br</strong> />

bléia Constituinte: “queremos o<<strong>br</strong> />

direito de intervir nas eleições,<<strong>br</strong> />

de eleger e ser eleitas <strong>com</strong>o os<<strong>br</strong> />

homens”.<<strong>br</strong> />

Em 1910, Myrthes Campos<<strong>br</strong> />

– advogada e primeira mulher a<<strong>br</strong> />

ser aceita pelo <strong>In</strong>stituto da Or-<<strong>br</strong> />

dem dos Advogados – requereu<<strong>br</strong> />

o alistamento eleitoral argu-<<strong>br</strong> />

mentando que a Constituição<<strong>br</strong> />

da época não negava expressa-<<strong>br</strong> />

mente o direito ao voto femini-<<strong>br</strong> />

no. O pedido foi indeferido.<<strong>br</strong> />

Leolinda Daltro formou o<<strong>br</strong> />

primeiro movimento organiza-<<strong>br</strong> />

do em prol do sufrágio femi-<<strong>br</strong> />

nino. Em 1917, organizou uma<<strong>br</strong> />

passeata <strong>com</strong> 84 mulheres no<<strong>br</strong> />

centro do Rio para pleitear a<<strong>br</strong> />

mudança da legislação.<<strong>br</strong> />

Berta Lutz liderou o movi-<<strong>br</strong> />

mento sufragista, fundando,<<strong>br</strong> />

em 1922, a Federação Brasileira<<strong>br</strong> />

pelo Progresso Feminino, filia-<<strong>br</strong> />

da à Aliança <strong>In</strong>ternacional pelo<<strong>br</strong> />

Voto Feminino.<<strong>br</strong> />

O direito ao voto veio em<<strong>br</strong> />

1932, por decreto de Getúlio<<strong>br</strong> />

Vargas, confirmado na Consti-<<strong>br</strong> />

tuição de 1934.<<strong>br</strong> />

As nordestinas também fo-<<strong>br</strong> />

ram grandes mulheres lutadoras<<strong>br</strong> />

A primeira prefeita <strong>br</strong>asileira<<strong>br</strong> />

foi uma potiguar, da cidade de La-<<strong>br</strong> />

jes, Alzira Soriano de Souza, mas<<strong>br</strong> />

a Comissão de Poderes do Sena-<<strong>br</strong> />

do impediu que tomasse posse.<<strong>br</strong> />

Anulou os votos das mulheres da<<strong>br</strong> />

cidade. A participação tinha sido<<strong>br</strong> />

concedida por intervenção do<<strong>br</strong> />

candidato à presidente da Pro-<<strong>br</strong> />

víncia, Juvenal Lamartine. O Rio<<strong>br</strong> />

Grande do Norte foi, assim, o pri-<<strong>br</strong> />

meiro Estado a permitir a eleição<<strong>br</strong> />

de uma mulher.<<strong>br</strong> />

Outra nordestina, desta fei-<<strong>br</strong> />

ta, uma maranhense, Joana da<<strong>br</strong> />

Rocha Santos, foi a primeira<<strong>br</strong> />

prefeita a cumprir um manda-<<strong>br</strong> />

to, apesar de não ter sido eleita<<strong>br</strong> />

pelo voto popular. Noca, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

era conhecida, foi nomeada em<<strong>br</strong> />

1934 pelo Governo Federal para<<strong>br</strong> />

ser prefeita de São João dos<<strong>br</strong> />

Patos. Foi prefeita por 16 anos<<strong>br</strong> />

consecutivos, até bem depois<<strong>br</strong> />

do Estado Novo. Em 54, voltou<<strong>br</strong> />

pelo voto popular.<<strong>br</strong> />

Em 1974, por ato de Therezi-<<strong>br</strong> />

nha Zerbini, foi deflagrada a luta<<strong>br</strong> />

pela anistia aos presos e exila-<<strong>br</strong> />

dos políticos no Brasil.<<strong>br</strong> />

Corajosamente, Therezinha<<strong>br</strong> />

conseguiu chamar a atenção<<strong>br</strong> />

da opinião pública entregando<<strong>br</strong> />

uma carta a uma autoridade<<strong>br</strong> />

americana, que estava em visita<<strong>br</strong> />

pelo Brasil, denunciando a exis-<<strong>br</strong> />

tência e condições dos presos<<strong>br</strong> />

políticos e das torturas então<<strong>br</strong> />

praticadas contra os persegui-<<strong>br</strong> />

dos pela ditadura. A partir daí<<strong>br</strong> />

inúmeros grupos de mulheres<<strong>br</strong> />

foram se juntando em Comi-<<strong>br</strong> />

tês Femininos pela Anistia, que<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o pequenos furos em uma<<strong>br</strong> />

grande muralha da represa, ge-<<strong>br</strong> />

raram o transbordamento do<<strong>br</strong> />

movimento que derrotou a di-<<strong>br</strong> />

tadura.<<strong>br</strong> />

Como visto, as mulheres<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiras já deram exemplos<<strong>br</strong> />

de so<strong>br</strong>a de sua capacidade,<<strong>br</strong> />

seja no trabalho, nos empreen-<<strong>br</strong> />

dimentos e na política. A pre-<<strong>br</strong> />

sidenta Dilma Rousseff é um<<strong>br</strong> />

exemplo atual a ser dado. Pri-<<strong>br</strong> />

meira mulher a a<strong>br</strong>ir a confe-<<strong>br</strong> />

rência anual das Nações Unidas,<<strong>br</strong> />

em setem<strong>br</strong>o último, dividiu sua<<strong>br</strong> />

emoção <strong>com</strong> mais da metade<<strong>br</strong> />

dos seres humanos que hoje<<strong>br</strong> />

habitam o planeta Terra.<<strong>br</strong> />

Senhoras e Senhores,<<strong>br</strong> />

Avanços e conquistas ocor-<<strong>br</strong> />

reram sim nesta longa trajetória<<strong>br</strong> />

das mulheres.<<strong>br</strong> />

Atualmente, em pleno Sé-<<strong>br</strong> />

culo Vinte e Um, <strong>com</strong> o Código<<strong>br</strong> />

Civil <strong>br</strong>asileiro renovado, a con-<<strong>br</strong> />

dição jurídica da mulher mudou.<<strong>br</strong> />

Mas há ainda muito a realizar<<strong>br</strong> />

para a garantia da democracia<<strong>br</strong> />

paritária.<<strong>br</strong> />

Como única mulher a ocupar<<strong>br</strong> />

cargo na Diretoria do Conse-<<strong>br</strong> />

lho Federal da <strong>OAB</strong>, na gestão<<strong>br</strong> />

2010/2012, há que se perguntar<<strong>br</strong> />

a razão da quase ausência – ou,<<strong>br</strong> />

melhor dizendo, da reduzida<<strong>br</strong> />

presença das mulheres advo-<<strong>br</strong> />

gadas nos cargos de direção de<<strong>br</strong> />

nossa entidade?<<strong>br</strong> />

No âmbito do Pleno do Con-<<strong>br</strong> />

selho Federal , <strong>com</strong> 81 integran-<<strong>br</strong> />

tes titulares, somente seis são<<strong>br</strong> />

mulheres conselheiras federais ,<<strong>br</strong> />

mesmo as advogadas represen-<<strong>br</strong> />

tando mais de 45% das inscri-<<strong>br</strong> />

ções na Ordem dos Advogados<<strong>br</strong> />

do Brasil e já está em número<<strong>br</strong> />

maior que os homens nas in-<<strong>br</strong> />

contáveis faculdades espalha-<<strong>br</strong> />

das pelo País, o que nos faz<<strong>br</strong> />

crer (vendo-se o lado positivo<<strong>br</strong> />

desses dados) que, em pouco<<strong>br</strong> />

tempo, o Poder Judiciário será<<strong>br</strong> />

predominantemente feminino.<<strong>br</strong> />

Mas, ainda assim, observa-<<strong>br</strong> />

-se uma ocupação quase ínfima<<strong>br</strong> />

em cargos de direção ou em<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

5


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

MULHERES<<strong>br</strong> />

seus postos de destaque .<<strong>br</strong> />

É interessante observar que<<strong>br</strong> />

esse fenômeno não é exclusivo<<strong>br</strong> />

da advocacia. Ele permeia todo<<strong>br</strong> />

o Judiciário.<<strong>br</strong> />

No Supremo Tribunal Federal,<<strong>br</strong> />

há apenas a ministra Carmen Lúcia,<<strong>br</strong> />

e aguarda-se que a vaga deixada<<strong>br</strong> />

pela sua colega Ellen Gracie<<strong>br</strong> />

seja ocupada por outra mulher.<<strong>br</strong> />

No Superior Tribunal de Justiça,<<strong>br</strong> />

dos 33 ministros em atividade,<<strong>br</strong> />

contam-se somente cinco<<strong>br</strong> />

mulheres — as ministras Laurita<<strong>br</strong> />

Vaz, Eliana Calmon, Fátima<<strong>br</strong> />

Nancy Andrighi, Isabel Galotti e<<strong>br</strong> />

Maria Teresa de Assis Moura. E<<strong>br</strong> />

no Tribunal Superior do Trabalho,<<strong>br</strong> />

de 27 ministros, apenas seis<<strong>br</strong> />

mulheres — Maria Cristina Peduzzi,<<strong>br</strong> />

Rosa Maria Weber, Maria<<strong>br</strong> />

de Assis Calsing, Dora Maria da<<strong>br</strong> />

Costa, Katia Magalhães e Delaíde<<strong>br</strong> />

Arantes.<<strong>br</strong> />

Ora, se nós, mulheres, somos<<strong>br</strong> />

a maioria nas faculdades de Direito<<strong>br</strong> />

de todo o País, representamos<<strong>br</strong> />

hoje quase a metade dos<<strong>br</strong> />

inscritos nas seccionais da Ordem<<strong>br</strong> />

dos Advogados do Brasil,<<strong>br</strong> />

temos constitucionalmente os<<strong>br</strong> />

mesmos direitos e os mesmos<<strong>br</strong> />

deveres dos homens, lutamos<<strong>br</strong> />

tanto por nossa igualdade, inserção<<strong>br</strong> />

e respeito, já ocupamos<<strong>br</strong> />

a presidência do Brasil, por que<<strong>br</strong> />

a nossa participação em cargos<<strong>br</strong> />

de direção ou em postos de<<strong>br</strong> />

destaque ainda é tão pequena?<<strong>br</strong> />

Refuto qualquer análise que<<strong>br</strong> />

nos leve a concluir que esse<<strong>br</strong> />

fenômeno tenha a sua origem<<strong>br</strong> />

num aparente desinteresse ou<<strong>br</strong> />

falta de estímulo das mulheres<<strong>br</strong> />

em alcançar cargos de direção.<<strong>br</strong> />

Em todo o mundo, e em nosso<<strong>br</strong> />

País em particular, que ainda<<strong>br</strong> />

guarda traços marcantes de<<strong>br</strong> />

uma sociedade discriminatória,<<strong>br</strong> />

é preciso ir mais fundo quando<<strong>br</strong> />

se trata da relação do poder<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a mulher.<<strong>br</strong> />

O caminho que temos percorrido,<<strong>br</strong> />

sem nenhuma som<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />

de dúvida, é mais tortuoso.<<strong>br</strong> />

Além da carência de creches,<<strong>br</strong> />

por falta de políticas públicas a<<strong>br</strong> />

favor das mulheres – mães, da<<strong>br</strong> />

falta de divisão de tarefas domésticas<<strong>br</strong> />

entre casais, em razão<<strong>br</strong> />

da arraigada cultura machista<<strong>br</strong> />

que permeia a maioria das entidades<<strong>br</strong> />

familiares, as estatísticas<<strong>br</strong> />

estão aí, a revelar que o preconceito<<strong>br</strong> />

ainda é latente:<<strong>br</strong> />

Mesmo apresentando<<strong>br</strong> />

mais anos de estudo e <strong>com</strong>petência,<<strong>br</strong> />

as mulheres trabalhadoras<<strong>br</strong> />

continuam recebendo salários<<strong>br</strong> />

em média 70% inferiores<<strong>br</strong> />

aos dos homens.<<strong>br</strong> />

As mulheres negras recebem,<<strong>br</strong> />

também em média, metade<<strong>br</strong> />

do rendimento das mulheres<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>ancas.<<strong>br</strong> />

Cerca de dez milhões<<strong>br</strong> />

de mulheres no Brasil correm<<strong>br</strong> />

risco de gravidez indesejada<<strong>br</strong> />

por uso inadequado e falta de<<strong>br</strong> />

conhecimento de métodos anticoncepcionais.<<strong>br</strong> />

Quatro mulheres são<<strong>br</strong> />

espancadas a cada minuto em<<strong>br</strong> />

nosso País.<<strong>br</strong> />

Espalhados pelo mundo, outros<<strong>br</strong> />

casos dramáticos de violação<<strong>br</strong> />

aos direitos humanos do gênero<<strong>br</strong> />

feminino se perpetram. Há ainda<<strong>br</strong> />

mulheres, <strong>com</strong>o as iranianas<<strong>br</strong> />

, que podem ser condenadas<<strong>br</strong> />

à morte sob extrema violência,<<strong>br</strong> />

subjulgadas ao apredejamento,<<strong>br</strong> />

violentadas por seus próprios parentes,<<strong>br</strong> />

ou <strong>br</strong>utalizadas em razão<<strong>br</strong> />

de costumes culturais.<<strong>br</strong> />

Mostro, assim, neste <strong>br</strong>eve<<strong>br</strong> />

discurso, que nossa luta continua<<strong>br</strong> />

sendo atual e diária e por vários<<strong>br</strong> />

e vários motivos não estamos,<<strong>br</strong> />

ainda, nas lideranças em maioria.<<strong>br</strong> />

Por isso, as mulheres, especialmente<<strong>br</strong> />

as mulheres advogadas<<strong>br</strong> />

e as integrantes de todas as<<strong>br</strong> />

carreiras jurídicas , devem estar<<strong>br</strong> />

em permanente <strong>com</strong>bate. Nós<<strong>br</strong> />

temos plena consciência so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

o papel da condição feminina<<strong>br</strong> />

na sociedade, principalmente<<strong>br</strong> />

onde as tradições culturais induzem<<strong>br</strong> />

ao errático conceito da<<strong>br</strong> />

desigualdade dos gêneros.<<strong>br</strong> />

É chegado o tempo de privilegiarmos<<strong>br</strong> />

a opção pela liderança<<strong>br</strong> />

e assunção de postos dentro<<strong>br</strong> />

das nossas múltiplas tarefas.<<strong>br</strong> />

A efetiva participação da mulher<<strong>br</strong> />

, especialmente das mulheres<<strong>br</strong> />

das carreiras jurídicas , em todos<<strong>br</strong> />

os segmentos da sociedade é a<<strong>br</strong> />

forma de protagonizar mudanças<<strong>br</strong> />

nas relações de poder, no<<strong>br</strong> />

mercado de trabalho, nos valores<<strong>br</strong> />

culturais, nos padrões <strong>com</strong>portamentais.<<strong>br</strong> />

Os espaços conquistados<<strong>br</strong> />

resultam do esforço próprio,<<strong>br</strong> />

não de concessões.<<strong>br</strong> />

É nossa atitude profissional<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o advogadas, magistradas,<<strong>br</strong> />

procuradoras ou em qualquer<<strong>br</strong> />

outro ramo do Direito que se<<strong>br</strong> />

encarrega, afinal, de que<strong>br</strong>ar<<strong>br</strong> />

barreiras, desafiar convenções,<<strong>br</strong> />

diminuir diferenças, extinguir<<strong>br</strong> />

preconceitos e <strong>com</strong>bater discriminações,<<strong>br</strong> />

que nos colocará nos<<strong>br</strong> />

cargos que queremos almejar .<<strong>br</strong> />

Não há espaço para a idéia retrógrada<<strong>br</strong> />

de que somos cidadãs<<strong>br</strong> />

de segunda classe. Nunca fomos<<strong>br</strong> />

e nunca seremos.<<strong>br</strong> />

Parabéns às mulheres! Muito<<strong>br</strong> />

O<strong>br</strong>igada!


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

7


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

MULHERES<<strong>br</strong> />

Com a palavra,<<strong>br</strong> />

As mulheres<<strong>br</strong> />

“Estamos avançando enquanto<<strong>br</strong> />

mulheres em cargos dos poderes<<strong>br</strong> />

Executivo, Legislativo e Judiciário<<strong>br</strong> />

e também <strong>com</strong>o empreendedoras,<<strong>br</strong> />

mulheres que estão despontando<<strong>br</strong> />

a nível <strong>com</strong>ercial, empresarial.<<strong>br</strong> />

A mulher, por instinto, já<<strong>br</strong> />

tem uma forma de atuar aliada<<strong>br</strong> />

ao bom senso, à conciliação, ao<<strong>br</strong> />

ouvir, a ter uma tolerância. Então,<<strong>br</strong> />

a mulher está desenvolvendo<<strong>br</strong> />

seu trabalho diante a sociedade<<strong>br</strong> />

de uma forma muito saudável e<<strong>br</strong> />

salutar, mais ainda não podemos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>emorar muito, ainda temos<<strong>br</strong> />

muito o que aprender e integrar<<strong>br</strong> />

vários setores que existem no<<strong>br</strong> />

mercado”.<<strong>br</strong> />

Ângela Parreira de Oliveira<<strong>br</strong> />

Botelho<<strong>br</strong> />

Diretora-vice-presidente<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />

“As mulheres estão ocupando<<strong>br</strong> />

lugares de destaque, pois têm<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência para assumi-los”.<<strong>br</strong> />

Fernanda Dayrell de Souza<<strong>br</strong> />

Duarte e C. Martins<<strong>br</strong> />

Secretária-geral <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />

“A mulher conquista espaço por<<strong>br</strong> />

buscar seus objetivos. O espaço<<strong>br</strong> />

que ela conquistou e o faz até<<strong>br</strong> />

hoje não foi tomado do homem,<<strong>br</strong> />

o que sempre houve foi<<strong>br</strong> />

persistência, foco e a dedicação<<strong>br</strong> />

características do sexo feminino<<strong>br</strong> />

para vencer obstáculos”.<<strong>br</strong> />

Magna Carrijo Pereira<<strong>br</strong> />

Secretária-geral-adjunta<<strong>br</strong> />

Fotos Edu Marques<<strong>br</strong> />

“Os desafios são grandes, mas<<strong>br</strong> />

igualmente estimulantes. Quando<<strong>br</strong> />

o mercado era pouco sensível<<strong>br</strong> />

à presença feminina, nós fomos<<strong>br</strong> />

lá e mostramos talento, mais<<strong>br</strong> />

que isso, nos sentimos muito à<<strong>br</strong> />

vontade para mostrar a dosagem<<strong>br</strong> />

certa de força e delicadeza. Hoje<<strong>br</strong> />

nossa presença no mercado além<<strong>br</strong> />

de muito expressiva, é cada vez<<strong>br</strong> />

mais exigida. Ótimo! Uma mulher<<strong>br</strong> />

sabe o quanto é bom ‘fazer por<<strong>br</strong> />

merecer’. Assim, vamos seguindo<<strong>br</strong> />

e fazendo seguidores e, porque<<strong>br</strong> />

não,admiradores!”<<strong>br</strong> />

Marley M. Campos<<strong>br</strong> />

Gerente Trade Marketing Martins<<strong>br</strong> />

Com.Serv.Distrib. S/A e Professora<<strong>br</strong> />

Pós Graduação Fundação<<strong>br</strong> />

Gentulio Vargas


“A mulher moderna rompe desafios.<<strong>br</strong> />

É formadora de opinião, é chefe de<<strong>br</strong> />

família, é líder nas empresas, é empreendedora,<<strong>br</strong> />

é Presidente, e ainda assim,<<strong>br</strong> />

não deixa de ser mulher. É guerreira<<strong>br</strong> />

que sabe o que quer, sem perder a sensibilidade.<<strong>br</strong> />

Penso que o maior desafio<<strong>br</strong> />

da mulher moderna seja lidar <strong>com</strong> suas<<strong>br</strong> />

sensibilidades e sentimentos, a preocupação<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> os filhos, a perspectiva<<strong>br</strong> />

de um novo amor, sem perder a dureza<<strong>br</strong> />

que a vida lhe exige e ainda manter a<<strong>br</strong> />

doçura feminina. Sou de uma família<<strong>br</strong> />

de sete irmãos, sendo que, separada<<strong>br</strong> />

e aos 30 anos de idade, minha mãe,<<strong>br</strong> />

para nos sustentar, foi o<strong>br</strong>igada a ir<<strong>br</strong> />

trabalhar no Rio de Janeiro, deixando<<strong>br</strong> />

os filhos sob os cuidados de minha avó<<strong>br</strong> />

materna. Ainda assim, distante, minha<<strong>br</strong> />

mãe, guerreira, conseguiu educar os<<strong>br</strong> />

filhos, transmitindo todos os valores,<<strong>br</strong> />

resultando assim, em pessoas de bem e<<strong>br</strong> />

trabalhadores, que somos hoje. Minha<<strong>br</strong> />

família é a de maior número de negros<<strong>br</strong> />

de Uberlândia, <strong>com</strong> mais de 462 pessoas,<<strong>br</strong> />

e tanto eu <strong>com</strong>o as mulheres da família<<strong>br</strong> />

transmitimos pela oralidade nossa<<strong>br</strong> />

história e nossa cultura às crianças.<<strong>br</strong> />

Faço meu papel <strong>com</strong>o mulher honesta,<<strong>br</strong> />

trabalhadora, <strong>com</strong>panheira, amiga e<<strong>br</strong> />

de princípios. Mantemos a cultura da<<strong>br</strong> />

família Chatão e a cultura negra em<<strong>br</strong> />

Uberlândia. Oferecemos lanche para o<<strong>br</strong> />

congado <strong>com</strong> doações de amigos, festa<<strong>br</strong> />

para as crianças. Tenho orgulho de fazer<<strong>br</strong> />

tudo isso e de ser MULHER”.<<strong>br</strong> />

Rosana Cristina Couto (Neném)<<strong>br</strong> />

Mem<strong>br</strong>o da Família Chatão: Fundadora<<strong>br</strong> />

e Tesoureira da Escola de Samba Unidos<<strong>br</strong> />

do Chatão<<strong>br</strong> />

Kerley Pita<<strong>br</strong> />

“As dificuldades da mulher<<strong>br</strong> />

atual estão na conciliação da<<strong>br</strong> />

vida profissional <strong>com</strong> a familiar,<<strong>br</strong> />

uma vez que o nosso país<<strong>br</strong> />

ainda não possui a cultura de<<strong>br</strong> />

aproximar as duas coisas, disponibilizando<<strong>br</strong> />

no mercado de<<strong>br</strong> />

trabalho condições para isto.<<strong>br</strong> />

Para alcançar sucesso adoto<<strong>br</strong> />

e acredito que neste ensinamento<<strong>br</strong> />

de Albert Einsten:<<strong>br</strong> />

“O sucesso só vem antes do<<strong>br</strong> />

trabalho no dicionário”, ou<<strong>br</strong> />

seja, é lutando e trabalhando<<strong>br</strong> />

que o sucesso vem”.<<strong>br</strong> />

Julice Rodrigues<<strong>br</strong> />

Advogada e professora da<<strong>br</strong> />

UFU<<strong>br</strong> />

“A conquista da mulher nesta<<strong>br</strong> />

época belíssima, pois até então<<strong>br</strong> />

a mulher era discriminada,<<strong>br</strong> />

hoje não, ela está equiparada<<strong>br</strong> />

ao homem”.<<strong>br</strong> />

Iolanda Velasco de Andrade<<strong>br</strong> />

Assessora especial da presidência<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />

“Vejo que houve um avanço<<strong>br</strong> />

muito grande no mercado<<strong>br</strong> />

de trabalho para a mulher,<<strong>br</strong> />

hoje nós temos mulheres<<strong>br</strong> />

nos altos postos tanto do<<strong>br</strong> />

executivo, do legislativo e do<<strong>br</strong> />

judiciário, então as mulheres<<strong>br</strong> />

avançaram muito se <strong>com</strong>pararmos<<strong>br</strong> />

a anos anteriores.<<strong>br</strong> />

Vejo que a mulher está lutando<<strong>br</strong> />

pelo espaço dela, não<<strong>br</strong> />

quer ocupar espaço que é do<<strong>br</strong> />

homem, porque tem sim espaço<<strong>br</strong> />

para a mulher. Antigamente,<<strong>br</strong> />

falava que tal tarefa<<strong>br</strong> />

era do homem, hoje não,<<strong>br</strong> />

hoje a mulher está na construção<<strong>br</strong> />

civil, está em todos os<<strong>br</strong> />

órgãos. Mas ainda há muito<<strong>br</strong> />

a ser feito. Na delegacia<<strong>br</strong> />

estamos trabalhando contra<<strong>br</strong> />

a violência à mulher, muitas<<strong>br</strong> />

vezes tem homem que não<<strong>br</strong> />

está entendendo esse avanço<<strong>br</strong> />

da mulher e parte para<<strong>br</strong> />

agressão, as vezes não é uma<<strong>br</strong> />

agressão física, mas é uma<<strong>br</strong> />

agressão velada, mexer <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

o sentimento, tentar desmotivá-la,<<strong>br</strong> />

então a preocupação<<strong>br</strong> />

da delegacia não é só <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

violência física, mas <strong>com</strong> uma<<strong>br</strong> />

violência moral, por isso ela<<strong>br</strong> />

deve mostrar que o homem<<strong>br</strong> />

também é importante, tem<<strong>br</strong> />

o seu papel e ela também o<<strong>br</strong> />

papel dela, os dois têm que<<strong>br</strong> />

trabalhar em conjunto”.<<strong>br</strong> />

Márcia Regina Pussoli<<strong>br</strong> />

Delegada Regional de Polícia<<strong>br</strong> />

Civil de Uberlândia<<strong>br</strong> />

Kerley Pita<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

9


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

MULHERES<<strong>br</strong> />

“A maior dificuldade é a mulher<<strong>br</strong> />

ter o mesmo salário que o homem,<<strong>br</strong> />

quando ocupam o mesmo<<strong>br</strong> />

cargo, portanto para alcançar<<strong>br</strong> />

o sucesso é necessário estudar<<strong>br</strong> />

muito, pois a diferença é apenas<<strong>br</strong> />

de sexo, o que não diminui em<<strong>br</strong> />

nada a capacidade da mulher”.<<strong>br</strong> />

Rosângela Souza Siqueira<<strong>br</strong> />

Advogada<<strong>br</strong> />

“Segundo o Relatório Anual da<<strong>br</strong> />

Organização <strong>In</strong>ternacional do<<strong>br</strong> />

Trabalho que trata da Igualdade<<strong>br</strong> />

no Trabalho, é necessário que a<<strong>br</strong> />

mulher lute para ser remunerada<<strong>br</strong> />

de forma digna e <strong>com</strong>patível<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a qualidade de ser mão-<<strong>br</strong> />

-de-o<strong>br</strong>a. Muitas mulheres são<<strong>br</strong> />

altamente qualificadas, mas são<<strong>br</strong> />

remuneradas de forma inadequada,<<strong>br</strong> />

sem se falar no acúmulo<<strong>br</strong> />

das atividades <strong>com</strong>o mãe, esposa<<strong>br</strong> />

e profissional”.<<strong>br</strong> />

Viviane Martins Parreira<<strong>br</strong> />

Advogada<<strong>br</strong> />

Fotos Edu Marques<<strong>br</strong> />

A nova mulher dedica-se integralmente<<strong>br</strong> />

à ascensão profissional,<<strong>br</strong> />

mas a maternidade, o<<strong>br</strong> />

casamento e sexo são ainda<<strong>br</strong> />

questões centrais em sua vida.<<strong>br</strong> />

Ela deseja e precisa de relacionamentos<<strong>br</strong> />

estáveis, segurança<<strong>br</strong> />

financeira e reconhecimento<<strong>br</strong> />

profissional. Cada vez mais a<<strong>br</strong> />

mulher tem conseguido encontrar<<strong>br</strong> />

um equilí<strong>br</strong>io, e juntamente<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> este tem-se a liberdade<<strong>br</strong> />

de escolha. Somente <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

garantia destes aspectos é que<<strong>br</strong> />

a mulher consegue o sucesso<<strong>br</strong> />

em qualquer área que ela quiser<<strong>br</strong> />

atuar. A mulher atual tem o<<strong>br</strong> />

direito de escolher se quer ser<<strong>br</strong> />

apenas mãe, somente profissional<<strong>br</strong> />

ou simplesmente mulher.<<strong>br</strong> />

O mundo já está aprendendo a<<strong>br</strong> />

respeitar, ainda <strong>com</strong> um pouco<<strong>br</strong> />

de pressão, a sua opção. Mas<<strong>br</strong> />

o mais importante da disputa<<strong>br</strong> />

entre os sexos é entender que<<strong>br</strong> />

homens e mulheres jamais serão<<strong>br</strong> />

iguais. E não falo somente<<strong>br</strong> />

das diferenças biológicas, mas<<strong>br</strong> />

de <strong>com</strong>portamento, maneiras<<strong>br</strong> />

de pensar, de hábitos culturais<<strong>br</strong> />

e várias outras formas de expressão<<strong>br</strong> />

e decisão. Ao invés do<<strong>br</strong> />

embate eterno entre homens e<<strong>br</strong> />

mulheres, ambos deveriam unir<<strong>br</strong> />

suas energias em nome de uma<<strong>br</strong> />

vida melhor.<<strong>br</strong> />

Rosalina Vilela<<strong>br</strong> />

Empresária<<strong>br</strong> />

“Vejo que ainda a diferença<<strong>br</strong> />

salarial, onde o homem possui<<strong>br</strong> />

melhor remuneração seja a<<strong>br</strong> />

grande dificuldade da mulher<<strong>br</strong> />

atual. Para alcançar o sucesso é<<strong>br</strong> />

necessário dedicação, esforço e<<strong>br</strong> />

determinação”.<<strong>br</strong> />

Soraya Ramos Fantin<<strong>br</strong> />

Advogada<<strong>br</strong> />

“A maior dificuldade da mulher<<strong>br</strong> />

atual é que ela necessita ser<<strong>br</strong> />

polivalente, pois, além de ser<<strong>br</strong> />

mãe, esposa, dona de casa, necessita<<strong>br</strong> />

trabalhar para contribuir<<strong>br</strong> />

na renda familiar. É, em todas<<strong>br</strong> />

estas circunstâncias, precisa ser<<strong>br</strong> />

eficiente, dedicada, <strong>com</strong>petitiva e<<strong>br</strong> />

amável, mostrando assim a força<<strong>br</strong> />

e a importância da mulher na<<strong>br</strong> />

sociedade”.<<strong>br</strong> />

Vilma Aparecida Rosa<<strong>br</strong> />

Advogada e graduada em Estudos<<strong>br</strong> />

Sociais e Geografia


As novas mulheres desejam relacionamentos<<strong>br</strong> />

estáveis, segurança<<strong>br</strong> />

financeira e reconhecimento<<strong>br</strong> />

profissional. Atualmente, as<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiras se dedicam bastante à<<strong>br</strong> />

ascensão de suas carreiras. Contudo<<strong>br</strong> />

temas <strong>com</strong>o maternidade,<<strong>br</strong> />

casamento e sexo são questões<<strong>br</strong> />

centrais em suas vidas. Os grandes<<strong>br</strong> />

desafios das mulheres no<<strong>br</strong> />

mundo atual não estão somente<<strong>br</strong> />

no reconhecimento de sua<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência e inteligência, mas<<strong>br</strong> />

também na feminilidade e na<<strong>br</strong> />

atratividade. Esta é uma situação<<strong>br</strong> />

nova, pois por muito tempo se<<strong>br</strong> />

atribuiu às bonitas certa fertilidade<<strong>br</strong> />

e às descuidadas, uma mente<<strong>br</strong> />

privilegiada. Essas são as novas<<strong>br</strong> />

mulheres, mais seguras na vida<<strong>br</strong> />

profissional e repletas de dúvidas<<strong>br</strong> />

no campo sentimental.<<strong>br</strong> />

Mônica Debs<<strong>br</strong> />

Secretária de Cultura - PMU<<strong>br</strong> />

“As maiores dificuldades que<<strong>br</strong> />

a mulher enfrenta hoje é o<<strong>br</strong> />

preconceito, que está enraizado<<strong>br</strong> />

de longas décadas, e nós<<strong>br</strong> />

precisamos erradicá-lo. Ao<<strong>br</strong> />

meu ver, a mulher ao longo<<strong>br</strong> />

dos tempos vem conquistando<<strong>br</strong> />

novos espaços e isso tornou uma<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>ecarga para as mulheres.<<strong>br</strong> />

São vários os estereótipos que a<<strong>br</strong> />

mulher moderna desempenha:<<strong>br</strong> />

profissional, mãe, esposa, filha,<<strong>br</strong> />

dona de casa e amiga. A mulher<<strong>br</strong> />

tem que ser determinada, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

se mirasse um ponto no universo<<strong>br</strong> />

e o seguisse em linha reta, pois<<strong>br</strong> />

se observar as forças contrárias<<strong>br</strong> />

você desiste, o fraquejar é muito<<strong>br</strong> />

fácil, nós mulheres precisamos<<strong>br</strong> />

da persistência sempre”.<<strong>br</strong> />

Selma Aparecida Santos<<strong>br</strong> />

Presidente da <strong>com</strong>issão <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

Mulher<<strong>br</strong> />

“A mulher moderna tem dificuldade<<strong>br</strong> />

em conciliar horários de forma<<strong>br</strong> />

atender bem seus intentos. Todavia<<strong>br</strong> />

acredito que <strong>com</strong> organização<<strong>br</strong> />

“foco certo” e determinação tudo<<strong>br</strong> />

é possível.Sucesso só se alcança<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> trabalho forte, feito <strong>com</strong> amor<<strong>br</strong> />

e primando por excelência. Mulher<<strong>br</strong> />

determinada e fazendo o que gosta<<strong>br</strong> />

é igual a mulher feliz e realizada”.<<strong>br</strong> />

Luciana Dias Junqueira Drummond<<strong>br</strong> />

Martins da Costa | Advogada<<strong>br</strong> />

“A dificuldade está na concorrência<<strong>br</strong> />

do mercado visto que cada dia<<strong>br</strong> />

nós mulheres temos que, além de<<strong>br</strong> />

advogar tem que cuidar da casa e<<strong>br</strong> />

da sua respectiva família. Assim, a<<strong>br</strong> />

concorrência do mercado a cada<<strong>br</strong> />

momento cresce e a globalização<<strong>br</strong> />

dificulta um pouco no sucesso da<<strong>br</strong> />

mulher advogada”.<<strong>br</strong> />

Renata Maria Grangoto Parra<<strong>br</strong> />

Advogada<<strong>br</strong> />

“Embora seja oferecidas às<<strong>br</strong> />

mulheres as oportunidades de<<strong>br</strong> />

trabalho e possibilidades de conhecimentos<<strong>br</strong> />

através do ensino<<strong>br</strong> />

superior, ainda assim a tarefa de<<strong>br</strong> />

educar os filhos fica a carga do<<strong>br</strong> />

mulher, que tem que estar atenta<<strong>br</strong> />

às mudanças e conduta de valores<<strong>br</strong> />

a que estão sujeitas”.<<strong>br</strong> />

Ângela Santana de Albuquerque<<strong>br</strong> />

Advogada e mãe<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

11


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

12<<strong>br</strong> />

MULHERES<<strong>br</strong> />

Exclusiva<<strong>br</strong> />

Juliana Santos Machado, delegada<<strong>br</strong> />

de Repressão de Crimes Contra a Mulher<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

"Quais os desafios da mulher<<strong>br</strong> />

atual"?<<strong>br</strong> />

Já está ultrapassada a ideia de<<strong>br</strong> />

que o desafio de toda mulher era<<strong>br</strong> />

cuidar da casa, do marido e dos<<strong>br</strong> />

filhos. A mulher atual deseja ser<<strong>br</strong> />

muito mais que uma boa esposa<<strong>br</strong> />

e uma boa mãe, ela quer se destacar<<strong>br</strong> />

no meio profissional, político<<strong>br</strong> />

e social, bem <strong>com</strong>o expor suas<<strong>br</strong> />

ideias e posicionamentos. A mulher<<strong>br</strong> />

quer ser respeitada e ter seu<<strong>br</strong> />

valor reconhecido, mostrando-se<<strong>br</strong> />

tão capaz de cumprir as funções<<strong>br</strong> />

trabalhistas quanto qualquer homem.<<strong>br</strong> />

Este é o grande da mulher<<strong>br</strong> />

desafio numa sociedade culturalmente<<strong>br</strong> />

machista.<<strong>br</strong> />

Ela quer desempenhar suas<<strong>br</strong> />

tarefas sem perder a independência<<strong>br</strong> />

e a feminilidade, garantindo a<<strong>br</strong> />

satisfação pessoal, a auto-estima<<strong>br</strong> />

e a boa aparência.<<strong>br</strong> />

Uberlândia é uma cidade<<strong>br</strong> />

que está atenta à defesa da mu-<<strong>br</strong> />

lher, ou deixa a desejar em campanhas,<<strong>br</strong> />

informações e assistência.<<strong>br</strong> />

Explique.<<strong>br</strong> />

A cidade está mais atenta à<<strong>br</strong> />

questão e os órgãos de proteção<<strong>br</strong> />

à mulher estão cada vez mais atuantes.<<strong>br</strong> />

No entanto, no meu entendimento,<<strong>br</strong> />

mais campanhas e mais<<strong>br</strong> />

programas deveriam ser feitas em<<strong>br</strong> />

prol da assistência à Mulher. Embora<<strong>br</strong> />

a Lei seja bastante divulgada<<strong>br</strong> />

na imprensa, ações diretas e específicas<<strong>br</strong> />

seriam necessárias para<<strong>br</strong> />

acolher também aquelas mulhe-


es que estão se recuperando<<strong>br</strong> />

das agressões. Nesse sentido, é<<strong>br</strong> />

muito importante e necessária a<<strong>br</strong> />

participação do Governo, principalmente<<strong>br</strong> />

o Estadual, subsidiando,<<strong>br</strong> />

estruturando e possibilitando a<<strong>br</strong> />

realização deste tipo de ação.<<strong>br</strong> />

Como as mulheres podem e<<strong>br</strong> />

devem se proteger?<<strong>br</strong> />

As mulheres devem proteger-<<strong>br</strong> />

-se principalmente conhecendo<<strong>br</strong> />

seus direitos e seu valor na sociedade.<<strong>br</strong> />

A partir do momento em<<strong>br</strong> />

que a mulher estiver consciente<<strong>br</strong> />

de seus direitos e de sua importância,<<strong>br</strong> />

ela sairá do ambiente de<<strong>br</strong> />

violência e seguirá a vida de maneira<<strong>br</strong> />

independente. Além disso, é<<strong>br</strong> />

necessária a profissionalização da<<strong>br</strong> />

mulher, que muitas vezes continua<<strong>br</strong> />

submetendo-se às agressões,<<strong>br</strong> />

por não ter condições financeiras<<strong>br</strong> />

para sustentar a casa e os filhos.<<strong>br</strong> />

Também é muito importante trabalhar<<strong>br</strong> />

a auto-estima da mulher,<<strong>br</strong> />

que fica demasiadamente prejudicada<<strong>br</strong> />

quando vive num ambiente<<strong>br</strong> />

doméstico de violência,<<strong>br</strong> />

pois sofre constante humilhação<<strong>br</strong> />

do parceiro agressor. São anos de<<strong>br</strong> />

violência física, moral, psicológica<<strong>br</strong> />

e até sexual.<<strong>br</strong> />

Quais os principais motivos<<strong>br</strong> />

para a ocorrência de violência<<strong>br</strong> />

contra as mulheres?<<strong>br</strong> />

Na maioria dos casos é uma<<strong>br</strong> />

questão cultural e de "machismo".<<strong>br</strong> />

O agressor cresce num ambiente<<strong>br</strong> />

de violência e acha que tem direito<<strong>br</strong> />

de agredir e hostilizar suas<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>panheiras. O <strong>com</strong>portamento<<strong>br</strong> />

agressivo ainda é agravado<<strong>br</strong> />

pelo uso de bebidas alcoólicas<<strong>br</strong> />

e drogas. Por outro lado, muitas<<strong>br</strong> />

mulheres submetem-se e aceitam<<strong>br</strong> />

a violência por muito tempo,<<strong>br</strong> />

pois são dependentes econômica<<strong>br</strong> />

e emocionalmente do agressor,<<strong>br</strong> />

além da vergonha de assumir o<<strong>br</strong> />

fato perante a sociedade.<<strong>br</strong> />

O Brasil tem caminhado positivamente<<strong>br</strong> />

no <strong>com</strong>bate a esse<<strong>br</strong> />

tipo de violência?<<strong>br</strong> />

Com certeza o Brasil está caminhando<<strong>br</strong> />

de forma positiva. A en-<<strong>br</strong> />

trada em vigor da Lei 11340/06 e<<strong>br</strong> />

o novo posicionamento do STF demonstram<<strong>br</strong> />

o grande avanço na proteção<<strong>br</strong> />

à mulher. Embora a lei ainda<<strong>br</strong> />

não seja aplicada em sua integralidade,<<strong>br</strong> />

percebemos um avanço<<strong>br</strong> />

gradual e constante, fazendo <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

que a proteção da mulher seja ampliada.<<strong>br</strong> />

A implementação dos Juizados<<strong>br</strong> />

Especializados de Violência<<strong>br</strong> />

Doméstica em todas as Comarcas<<strong>br</strong> />

ainda é um desafio a ser enfrentado<<strong>br</strong> />

pela Polícia.<<strong>br</strong> />

Na sua opinão, <strong>com</strong>o a <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

pode atuar para contribuir <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

uma realidade melhor dentro<<strong>br</strong> />

da questão de violência doméstica<<strong>br</strong> />

e contra a mulher?<<strong>br</strong> />

Acredito que a <strong>OAB</strong> pode<<strong>br</strong> />

contribuir bastante conosco,<<strong>br</strong> />

promovendo uma maior divulgação<<strong>br</strong> />

e esclarecimento da Lei<<strong>br</strong> />

Maria da Penha para a sociedade,<<strong>br</strong> />

auxiliando as mulheres a estarem<<strong>br</strong> />

cientes dos seus direitos<<strong>br</strong> />

e os mecanismos de proteção<<strong>br</strong> />

existentes para sair da situação<<strong>br</strong> />

de violência.<<strong>br</strong> />

Tabela dos procedimentos instaurados nesta Delegacia nos últimos três anos<<strong>br</strong> />

2009<<strong>br</strong> />

Jan Fev Mar A<strong>br</strong> Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez<<strong>br</strong> />

Portaria 35 14 51 36 18 32 31 17 35 29 25 24<<strong>br</strong> />

Flagrante 23 17 11 15 17 14 23 13 20 21 07 19<<strong>br</strong> />

2010<<strong>br</strong> />

Jan Fev Mar A<strong>br</strong> Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez<<strong>br</strong> />

Portaria 21 30 34 40 30 22 42 34 22 13 31 42<<strong>br</strong> />

Flagrante 23 19 30 14 22 20 14 14 23 12 30 25<<strong>br</strong> />

2011<<strong>br</strong> />

Jan Fev Mar A<strong>br</strong> Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 01/12<<strong>br</strong> />

Portaria 32 34 51 37 27 24 21 27 25 21 28 27 27<<strong>br</strong> />

Flagrante 19 24 16 18 13 10 12 23 13 12 25 16 18<<strong>br</strong> />

Fonte: Delegacia de Repressão de Crimes Contra a Mulher<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

13


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

14<<strong>br</strong> />

MULHERES<<strong>br</strong> />

Exclusiva<<strong>br</strong> />

Daniela Cristina Pedrosa<<strong>br</strong> />

Bittencourt Martinez<<strong>br</strong> />

PROMOTORA DE JUSTIÇA, COM ATRIBUIÇÕES PERANTE A<<strong>br</strong> />

2ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE UBERLÂNDIA.<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

Como você percebe a mulher<<strong>br</strong> />

atual? (Desafios e avanços)<<strong>br</strong> />

Conforme a evolução do tempo,<<strong>br</strong> />

a mulher tem usufruído dos<<strong>br</strong> />

avanços da igualdade substancial<<strong>br</strong> />

de tratamento, realçados <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

Constituição Federal, de 1988. A<<strong>br</strong> />

Carta Constitucional em vigor, ao<<strong>br</strong> />

igualar o homem e a mulher no<<strong>br</strong> />

que tange a direitos e deveres,<<strong>br</strong> />

permitiu que a última, em um<<strong>br</strong> />

ambiente de igualdade de oportunidades,<<strong>br</strong> />

vencesse seus desafios,<<strong>br</strong> />

suas metas pessoais e profissionais,<<strong>br</strong> />

apesar dos preconceitos<<strong>br</strong> />

sociais arraigados. O benefício<<strong>br</strong> />

primordial concedido à mulher,<<strong>br</strong> />

nas últimas décadas, portanto,<<strong>br</strong> />

em minha opinião, é exatamente<<strong>br</strong> />

a concessão de igualdade de<<strong>br</strong> />

oportunidades, na medida em<<strong>br</strong> />

que esta, por si só, não assegura<<strong>br</strong> />

a autonomia e a dignidade da<<strong>br</strong> />

mulher. É diante de uma oportunidade<<strong>br</strong> />

concreta que a mulher<<strong>br</strong> />

pode demonstrar seu talento e<<strong>br</strong> />

sua capacidade, para, a partir daí,<<strong>br</strong> />

gozar dos direitos pertinentes. A<<strong>br</strong> />

sociedade atual exige da mulher<<strong>br</strong> />

o seu <strong>com</strong>prometimento social,<<strong>br</strong> />

profissional, porque é um direito<<strong>br</strong> />

dela também a responsabilidade<<strong>br</strong> />

pela manutenção da familia, pelo<<strong>br</strong> />

pagamento de impostos, pelo<<strong>br</strong> />

custeio do lar, pela criação dos<<strong>br</strong> />

filhos, etc, tanto quanto era exclusivamente<<strong>br</strong> />

dos homens décadas<<strong>br</strong> />

atrás, Para tanto, as mulheres devem<<strong>br</strong> />

aproveitar as oportunidades<<strong>br</strong> />

que lhes são concedidas ao longo<<strong>br</strong> />

da vida, para se tornarem produtivas,<<strong>br</strong> />

e, <strong>com</strong> isso, autônomas. Hoje<<strong>br</strong> />

observo a mulher <strong>com</strong>o cidadã<<strong>br</strong> />

produtiva igualmente ao homem,<<strong>br</strong> />

razão pela qual me parece pouco<<strong>br</strong> />

crível que ainda possa existir<<strong>br</strong> />

diferenças salariais, sociais etc.<<strong>br</strong> />

O grande desafio a ser vencido<<strong>br</strong> />

pelas mulheres talvez seja este: a<<strong>br</strong> />

diferença salarial, porque quanto<<strong>br</strong> />

aos demais, podem ser facilmente<<strong>br</strong> />

vencidos, inclusive pela via judicial,<<strong>br</strong> />

se for o caso, em face do<<strong>br</strong> />

que dispõe o artigo 5º da CF.<<strong>br</strong> />

O que você pensa so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />

mulheres que seguem carreira<<strong>br</strong> />

jurídica?<<strong>br</strong> />

As mulheres de carreira jurídica<<strong>br</strong> />

contribuem bastante para a<<strong>br</strong> />

prestação de serviços jurisdicionais,<<strong>br</strong> />

uma vez que trazem para as<<strong>br</strong> />

lides forenses a sensibilidade inerente<<strong>br</strong> />

a elas, por natureza, muitas<<strong>br</strong> />

vezes necessária à solução de<<strong>br</strong> />

conflitos. A mulher é mais afetiva<<strong>br</strong> />

e menos racional, o que em certas<<strong>br</strong> />

demandas, pode ser decisivo<<strong>br</strong> />

no sentido de assegurar a paz<<strong>br</strong> />

social e das partes envolvidas. Temos<<strong>br</strong> />

grandes nomes, a nível nacional,<<strong>br</strong> />

que podem exemplificar,<<strong>br</strong> />

tais <strong>com</strong>o Eliana Calmon, Nancy<<strong>br</strong> />

Andrighi, ambas ministras do<<strong>br</strong> />

STJ, <strong>com</strong>o também a ilustre ex-<<strong>br</strong> />

-desembargadora do TJRS, Maria<<strong>br</strong> />

Berenice Dias, dentre tantas.<<strong>br</strong> />

Em relação à sua vida particular<<strong>br</strong> />

e experiência, quais foram<<strong>br</strong> />

os seus maiores obstáculos pro-


fissionais e pessoais até hoje?<<strong>br</strong> />

Sinceramente, em minha vida<<strong>br</strong> />

particular, volto ao passado e não<<strong>br</strong> />

reconheço obstáculo relevante ou<<strong>br</strong> />

que mereça atenção. Enfim, meus<<strong>br</strong> />

pais me privilegiaram <strong>com</strong> boas<<strong>br</strong> />

escolas, <strong>com</strong> princípios éticos e<<strong>br</strong> />

morais, e sempre me direcionaram<<strong>br</strong> />

na busca de autonomia pessoal<<strong>br</strong> />

e profissional, seja no grupo<<strong>br</strong> />

escolar, seja no "ginásio" ou na faculdade,<<strong>br</strong> />

de modo que para mim,<<strong>br</strong> />

a escolha da profissão e o esforço<<strong>br</strong> />

para atingi-la sempre me pareceram<<strong>br</strong> />

eventos absolutamente<<strong>br</strong> />

naturais e indispensáveis ao meu<<strong>br</strong> />

desenvolvimento. Por isso é que<<strong>br</strong> />

na resposta 1, eu mencionei que<<strong>br</strong> />

à mulher deve, em primeiro lugar,<<strong>br</strong> />

ser oferecida a oportunidade,<<strong>br</strong> />

porque <strong>com</strong> esta, o resultado de<<strong>br</strong> />

sucesso não dependerá somente<<strong>br</strong> />

do seu esforço e da sua vontade,<<strong>br</strong> />

porque capacidade, <strong>com</strong> certeza,<<strong>br</strong> />

a mulher tem. Eu tive a oportunidade,<<strong>br</strong> />

aproveitei e hoje tenho<<strong>br</strong> />

a vida profissional/pessoal que<<strong>br</strong> />

escolhi. As mulheres precisam<<strong>br</strong> />

perceber que são elas as próprias<<strong>br</strong> />

responsáveis pelo seu sucesso,<<strong>br</strong> />

por suas escolhas e por sua vida.<<strong>br</strong> />

Na sua opinião, o que diferencia<<strong>br</strong> />

uma mulher no mercado?<<strong>br</strong> />

Embora acredite que profissionais<<strong>br</strong> />

de qualquer área devam<<strong>br</strong> />

ser analisados sem distinção de<<strong>br</strong> />

gênero, creio que a mulher contribui<<strong>br</strong> />

para o mercado de trabalho<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> sua inequívoca sensibilidade<<strong>br</strong> />

e inteligência emocional,<<strong>br</strong> />

bem <strong>com</strong>o <strong>com</strong> sua capacidade<<strong>br</strong> />

de realizar várias tarefas simultaneamente.<<strong>br</strong> />

Esta capacidade<<strong>br</strong> />

me parece ser inerente a elas,<<strong>br</strong> />

porque culturalmente são, além<<strong>br</strong> />

de profissionais, mães, esposas,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>panheiras, donas de casa,<<strong>br</strong> />

etc. Cora Coralina, <strong>com</strong> a sua<<strong>br</strong> />

conhecida sensibilidade já dizia:<<strong>br</strong> />

"Eu sou aquela mulher que fez a<<strong>br</strong> />

escalada da montanha da vida:<<strong>br</strong> />

removendo pedras e plantando<<strong>br</strong> />

flores". Esse é o nosso lema. A<<strong>br</strong> />

mulher tem no "plantio das flores"<<strong>br</strong> />

o seu diferencial.<<strong>br</strong> />

Uberlândia é uma cidade<<strong>br</strong> />

que oferece condições favoráveis<<strong>br</strong> />

para o crescimento profissional<<strong>br</strong> />

na carreira jurídica?<<strong>br</strong> />

Evidentemente. Em Uberlândia,<<strong>br</strong> />

temos um campo profícuo para o<<strong>br</strong> />

exercício das carreiras jurídicas, seja<<strong>br</strong> />

no âmbito acadêmico, seja <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

advogado, defensor, promotor ou<<strong>br</strong> />

magistrado. É uma cidade maravilhosa,<<strong>br</strong> />

da qual me orgulho de ter<<strong>br</strong> />

chegado em 2002, tido os meus<<strong>br</strong> />

filhos e construído meu lar. Uberlândia<<strong>br</strong> />

cresce a cada dia, o que<<strong>br</strong> />

significa o aumento do número de<<strong>br</strong> />

processos, porque o crescimento<<strong>br</strong> />

urbano infelizmente vem, na maioria<<strong>br</strong> />

das vezes, aliado as mazelas<<strong>br</strong> />

sociais indesejáveis, a exemplo do<<strong>br</strong> />

aumento da criminalidade.<<strong>br</strong> />

Você pensa que houve avanço<<strong>br</strong> />

nos direitos das mulheres?<<strong>br</strong> />

Elas estão mais instruídas?<<strong>br</strong> />

Sim. Houve indiscutível avanço.<<strong>br</strong> />

O avanço, em minha opinião,<<strong>br</strong> />

deu-se nas medidas legais que<<strong>br</strong> />

conferiram autonomia e igualdade.<<strong>br</strong> />

Os direitos e garantias<<strong>br</strong> />

fundamentais foram deferidos<<strong>br</strong> />

aos cidadãos, sem distinção de<<strong>br</strong> />

gênero. A Constituição Federal,<<strong>br</strong> />

ao preservar o papel da mulher,<<strong>br</strong> />

igualando-o ao do homem, contribuiu<<strong>br</strong> />

bastante para a realização<<strong>br</strong> />

substancial dos seus direitos<<strong>br</strong> />

fundamentais. Neste cenário<<strong>br</strong> />

atual sócio-político-constitucional,<<strong>br</strong> />

portanto, me in<strong>com</strong>oda<<strong>br</strong> />

muito perceber que algumas<<strong>br</strong> />

mulheres ainda insistem em desejar<<strong>br</strong> />

benefícios não extensivos<<strong>br</strong> />

aos homens, fundamentados na<<strong>br</strong> />

sua condição de mulher, simplesmente.<<strong>br</strong> />

Muitas de nossas<<strong>br</strong> />

Leis, por óbvio, são anteriores<<strong>br</strong> />

à Constituição Federal de 1988<<strong>br</strong> />

e colocavam, <strong>com</strong>o premissa, a<<strong>br</strong> />

mulher em condição de hipossuficiência,<<strong>br</strong> />

haja vista que o sistema<<strong>br</strong> />

da época assim o admitia.<<strong>br</strong> />

É o caso da Lei do Divórcio, que<<strong>br</strong> />

ainda prevê, embora inconstitucionalmente,<<strong>br</strong> />

a concessão de<<strong>br</strong> />

"alimentos ao cônjuge culpado”<<strong>br</strong> />

pelo fim do casamento. Em<<strong>br</strong> />

minha experiência profissional,<<strong>br</strong> />

nunca me deparei <strong>com</strong> pedido<<strong>br</strong> />

de qualquer homem solicitando<<strong>br</strong> />

alimentos da esposa em virtude<<strong>br</strong> />

de traição desta. Entretanto,<<strong>br</strong> />

infelizmente, isso ainda existe,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o se a mulher, em uma relação<<strong>br</strong> />

matrimonial, em pleno século<<strong>br</strong> />

XXI, ainda fosse tratada <strong>com</strong>o a cidadã<<strong>br</strong> />

menos favorecida ou menos<<strong>br</strong> />

instruída do que os homens. Não<<strong>br</strong> />

penso assim, pois é absolutamente<<strong>br</strong> />

claro que os avanços oferecidos<<strong>br</strong> />

às mulheres e a possibilidade de<<strong>br</strong> />

sua ampla instrução, em igualdade<<strong>br</strong> />

de condições, as oportunidades<<strong>br</strong> />

de profissionalização,<<strong>br</strong> />

trabalho, etc, não mais permitem<<strong>br</strong> />

a concessão de privilégios<<strong>br</strong> />

em virtude do gênero feminino.<<strong>br</strong> />

Acho incongruente que a mulher<<strong>br</strong> />

obtenha respeito aos seus<<strong>br</strong> />

direitos, oportunidades iguais,<<strong>br</strong> />

etc, quando ainda quer ser tratada,<<strong>br</strong> />

legal ou processualmente,<<strong>br</strong> />

de forma diferente, pelo simples<<strong>br</strong> />

fato de ser mulher. O respeito a<<strong>br</strong> />

esses direitos não se exige, se<<strong>br</strong> />

conquista <strong>com</strong> esforço, autonomia<<strong>br</strong> />

e dignidade. Finalizo a reflexão<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> uma frase de Simone<<strong>br</strong> />

de Beauvoir: ""É pelo trabalho<<strong>br</strong> />

que a mulher vem diminuindo a<<strong>br</strong> />

distância que a separava do homem,<<strong>br</strong> />

somente o trabalho poderá<<strong>br</strong> />

garantir-lhe uma independência<<strong>br</strong> />

concreta."<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

15


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

16<<strong>br</strong> />

MULHERES<<strong>br</strong> />

Advogadas das diversas <strong>com</strong>issões da <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />

Semana da Mulher<<strong>br</strong> />

é repleta de atividades<<strong>br</strong> />

PALESTRA COM MÁRCIA MELARÉ, DO CONSELHO FEDERAL DA <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

ABRIU OS EVENTOS REALIZADOS DO DIA 1° AO DIA 10 DE MARÇO EM<<strong>br</strong> />

REFERÊNCIA AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER<<strong>br</strong> />

Selma Santos, presidente da <strong>com</strong>issão <strong>OAB</strong> Mulher<<strong>br</strong> />

Márcia Melaré, Conselho Federal<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Uberlândia, juntamente <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> Mulher, realizou no mês de<<strong>br</strong> />

março diversas atividades relacionadas<<strong>br</strong> />

ao Dia <strong>In</strong>ternacional<<strong>br</strong> />

da Mulher. Os trabalhos <strong>com</strong>eçaram<<strong>br</strong> />

no dia 1° de março, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

uma ilustre palestra na Sede da<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> Uberlândia, ministrada pela<<strong>br</strong> />

secretária-geral-adjunta do Conselho<<strong>br</strong> />

Federal da <strong>OAB</strong>, Márcia Machado<<strong>br</strong> />

Melaré. O tema abordado<<strong>br</strong> />

era "Evolução da presença feminina<<strong>br</strong> />

nas carreiras jurídicas: conquistas<<strong>br</strong> />

e desafios".<<strong>br</strong> />

Durante a palestra, Melaré<<strong>br</strong> />

proporcionou aos presentes uma<<strong>br</strong> />

viagem pelo universo dos avanços<<strong>br</strong> />

alcançados pela mulher, mencionando<<strong>br</strong> />

diversos momentos históricos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o a conquista do voto,<<strong>br</strong> />

direitos adquiridos, a ocupação<<strong>br</strong> />

em cargos importantes e, segun-<<strong>br</strong> />

Fotos Edu Marques<<strong>br</strong> />

do ela, é notável a tendência natural<<strong>br</strong> />

das mulheres dominarem os<<strong>br</strong> />

altos cargos.<<strong>br</strong> />

"Vejo que em pouco tempo o<<strong>br</strong> />

Poder Judiciário vai ser dominado<<strong>br</strong> />

pelo poder feminino, isso por conta<<strong>br</strong> />

do que se pode ver em sala de aula,<<strong>br</strong> />

hoje numa faculdade de Direito<<strong>br</strong> />

predominantemente quem ocupa<<strong>br</strong> />

as cadeiras são as mulheres, então<<strong>br</strong> />

vai ser uma evolução natural delas<<strong>br</strong> />

nos mais altos cargos, desde que a<<strong>br</strong> />

carreira não seja interrompida por<<strong>br</strong> />

obstáculos de falta de estrutura,<<strong>br</strong> />

pois a profissional tem que ter condição<<strong>br</strong> />

de ser mãe, mulher, sogra, tia,<<strong>br</strong> />

avó e profissional <strong>com</strong> todo o aparato<<strong>br</strong> />

que possibilite isso", afirmou<<strong>br</strong> />

Melaré.<<strong>br</strong> />

O vice-presidente da <strong>OAB</strong>/MG,<<strong>br</strong> />

Eliseu Marques de Oliveira, discursou<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a mulher atual. "As mulheres<<strong>br</strong> />

têm mostrado uma condução<<strong>br</strong> />

da vida <strong>com</strong> clareza, firmeza e<<strong>br</strong> />

merecem todo sucesso e felicidade.


Agradeço a presença da dra. Márcia<<strong>br</strong> />

Melaré que nos honra <strong>com</strong> excelente<<strong>br</strong> />

palestra", disse.<<strong>br</strong> />

O presidente da <strong>OAB</strong> Uberlândia,<<strong>br</strong> />

Egmar Ferraz afirmou<<strong>br</strong> />

que 90% dos integrantes das<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>issões na subseção são mulheres,<<strong>br</strong> />

o que representa a força<<strong>br</strong> />

das mesmas no meio jurídico. A<<strong>br</strong> />

Subseção lançou uma campanha<<strong>br</strong> />

contra a violência à mulher. "A<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> não irá fechar os olhos para<<strong>br</strong> />

esta luta, que essa <strong>com</strong>emoração<<strong>br</strong> />

do Dia da Mulher possa vir <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

muita campanha e ativismo para<<strong>br</strong> />

termos igualdade entre homens<<strong>br</strong> />

e mulheres", conclui o presidente<<strong>br</strong> />

da 13ª Subseção.<<strong>br</strong> />

A presidente da <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> Mulher, Selma Aparecida<<strong>br</strong> />

dos Santos, justificou que estar<<strong>br</strong> />

à frente da Comissão é um desafio<<strong>br</strong> />

diário. "É importante buscar<<strong>br</strong> />

políticas públicas não só para as<<strong>br</strong> />

advogadas, mas também para as<<strong>br</strong> />

mulheres, por isso que nós temos<<strong>br</strong> />

todos esses trabalhos em prol da<<strong>br</strong> />

igualdade de gêneros. Temos que<<strong>br</strong> />

continuar trabalhando, e além de<<strong>br</strong> />

carregamos o peso de ser mãe,<<strong>br</strong> />

advogada, psicólogas dos nossos<<strong>br</strong> />

clientes, de cumprir agenda, precisamos<<strong>br</strong> />

também ser mulher, fa-<<strong>br</strong> />

zer o que gostamos e termos um<<strong>br</strong> />

tempo para nós”, afirmou.<<strong>br</strong> />

Compuseram a mesa:<<strong>br</strong> />

Dra. Ângela Botelho, diretora<<strong>br</strong> />

vice-presidente da <strong>OAB</strong> Uberlândia;<<strong>br</strong> />

Dra. Iolanda Velasco, assessora<<strong>br</strong> />

especial da presidência;<<strong>br</strong> />

Dra. Magna Carrijo, diretora secretária<<strong>br</strong> />

geral adjunta; Dra. Selma<<strong>br</strong> />

Aparecida dos Santos, presidente<<strong>br</strong> />

da <strong>com</strong>issão <strong>OAB</strong> Mulher; Dra.<<strong>br</strong> />

Luciana Dias, coordenadora da<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>issão em defesa dos direitos<<strong>br</strong> />

da criança, do adolescente e do<<strong>br</strong> />

idoso; Dra. Soraia Fantini, presidente<<strong>br</strong> />

da sub<strong>com</strong>issão de direito<<strong>br</strong> />

constitucional; Dra. Vera Lúcia<<strong>br</strong> />

Gomes, presidente da <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />

Igualdade Racial; Dra. Ana Maria<<strong>br</strong> />

Alves Ca<strong>br</strong>al, presidente da <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />

Direitos do Consumidor;<<strong>br</strong> />

Dra. Dulce Meire Mota, presidente<<strong>br</strong> />

da <strong>com</strong>issão de direito de família;<<strong>br</strong> />

Dra. Maria Luiza Assunção,<<strong>br</strong> />

juíza da 3ª Vara Cível de Uberlândia;<<strong>br</strong> />

Dra. Heloísa Paiva, coordenadora<<strong>br</strong> />

do curso de Direito da UFU;<<strong>br</strong> />

Sra. Zilma Ramalho, presidente<<strong>br</strong> />

da APAC e Sra. Marina Zlochizky,<<strong>br</strong> />

presidente da ONG SOS Mulher<<strong>br</strong> />

Família.<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

17


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

18<<strong>br</strong> />

MULHERES<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> Uberlândia <strong>com</strong>emora o dia 8 de março<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> delicioso café para as mulheres<<strong>br</strong> />

CONFRATERNIZAÇÃO REUNIU MULHERES<<strong>br</strong> />

NA JUSTIÇA DO TRABALHO E NO FÓRUM<<strong>br</strong> />

Café em homenagem às mulheres na Justiça do Trabalho<<strong>br</strong> />

Café em homenagem às mulheres no Fórum<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

Fotos Kerley Pita<<strong>br</strong> />

No Dia <strong>In</strong>ternacional da Mulher, <strong>com</strong>emorado<<strong>br</strong> />

no dia 8 de março, a Subseção da <strong>OAB</strong>,<<strong>br</strong> />

em Uberlândia, ofereceu café-da-manhã na<<strong>br</strong> />

Justiça do Trabalho e um café-da-tarde no estacionamento<<strong>br</strong> />

do Fórum, em parceria <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

Caixa de Assistência dos Advogados (CAA/MG),<<strong>br</strong> />

distribuindo kits bucais para as presentes, nos<<strong>br</strong> />

quais continha escova de dente, creme dental,<<strong>br</strong> />

fio dental e um coração emborrachado, usado<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o aparelho de exercício anti stress pelas<<strong>br</strong> />

mulheres.<<strong>br</strong> />

A Comissão <strong>OAB</strong> Mulher <strong>com</strong>pareceu e<<strong>br</strong> />

distribui uma cartilha informativa intitulada “A<<strong>br</strong> />

Defesa e a Proteção da Mulher”, elaborada pela<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>issão da <strong>OAB</strong>/MG, contendo os direitos das<<strong>br</strong> />

mulheres.<<strong>br</strong> />

A <strong>OAB</strong> Uberlândia realizou ainda uma campanha<<strong>br</strong> />

contra a violência às mulheres, <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

distribuição também de material informativo.


<strong>OAB</strong> Mulher participa do Dia<<strong>br</strong> />

da Mulher no Parque do Sabiá<<strong>br</strong> />

ADVOGADAS OFERECEM ORIENTAÇÃO JURÍDICA SOBRE OS<<strong>br</strong> />

DIREITOS, DEFESA E PROTEÇÃO DAS MULHERES<<strong>br</strong> />

As advogadas da <strong>OAB</strong> Uberlândia,<<strong>br</strong> />

por meio da <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> Mulher, participaram do<<strong>br</strong> />

Dia da Mulher, realizado no dia<<strong>br</strong> />

4 de março, no Parque do Sabiá.<<strong>br</strong> />

A <strong>com</strong>emoração em referência<<strong>br</strong> />

ao Dia <strong>In</strong>ternacional da Mulher<<strong>br</strong> />

teve diversas atrações musicais,<<strong>br</strong> />

serviços oferecidos pela Prefeitura<<strong>br</strong> />

Municipal de Uberlândia<<strong>br</strong> />

e por instituições parceiras, a<<strong>br</strong> />

exemplo da <strong>OAB</strong>, que ofereceu<<strong>br</strong> />

atendimento jurídico aos presentes<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e as áreas do Direito,<<strong>br</strong> />

principalmente so<strong>br</strong>e os direitos<<strong>br</strong> />

das mulheres.<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> a presidente<<strong>br</strong> />

da Comissão, Selma Aparecida<<strong>br</strong> />

dos Santos, a <strong>OAB</strong> acredita na<<strong>br</strong> />

importância de prestar um serviço<<strong>br</strong> />

informativo à sociedade. "A<<strong>br</strong> />

participação da <strong>OAB</strong> Mulher e<<strong>br</strong> />

dos advogados em eventos de<<strong>br</strong> />

cunho social é importantíssimo,<<strong>br</strong> />

ainda falta muita orientação e<<strong>br</strong> />

muito esclarecimento a respeito<<strong>br</strong> />

dos direitos e deveres do cidadão,<<strong>br</strong> />

destacando neste evento os<<strong>br</strong> />

direitos das mulheres", disse.<<strong>br</strong> />

No Dia da Mulher foram<<strong>br</strong> />

oferecidos, dentre outros serviços,<<strong>br</strong> />

aferição de pressão arterial,<<strong>br</strong> />

orientações so<strong>br</strong>e aleitamento<<strong>br</strong> />

materno, DST/Aids e dengue,<<strong>br</strong> />

exposição de trabalhos manuais,<<strong>br</strong> />

dicas de economia de energia,<<strong>br</strong> />

diretos e deveres do consumidor,<<strong>br</strong> />

serviços na área de beleza,<<strong>br</strong> />

informações so<strong>br</strong>e preservação<<strong>br</strong> />

ambiental e inscrições para cursos<<strong>br</strong> />

profissionalizantes oferecidos<<strong>br</strong> />

pelo Município.<<strong>br</strong> />

A mão amiga quando você precisa<<strong>br</strong> />

A <strong>OAB</strong>/MG e Caixa de Assistência dos Advogados estão ao lado dos inscritos em momentos<<strong>br</strong> />

importantes. A isenção de anuidade para advogadas parturientes, o seguro de acidentes e<<strong>br</strong> />

para portadores de doenças crônicas são importantes ações assistenciais da entidade.<<strong>br</strong> />

Ligue para 31 2125-6300<<strong>br</strong> />

e saiba mais!<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

19


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

Fotos Divulgação<<strong>br</strong> />

MULHERES<<strong>br</strong> />

Diretoras da <strong>OAB</strong> Uberlândia participam da<<strong>br</strong> />

Conferência <strong>In</strong>ternacional de Advogadas e<<strong>br</strong> />

Mulheres de Carreiras Jurídicas<<strong>br</strong> />

EVENTO FEZ PARTE DAS COMEMORAÇÕES DOS 80 ANOS DA <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Por Kerley pita<<strong>br</strong> />

A I Conferência <strong>In</strong>ternacional<<strong>br</strong> />

de Advogadas e Mulheres de Carreiras<<strong>br</strong> />

Jurídicas, realizada nos dias<<strong>br</strong> />

7 e 8 de março, no Palácio das Artes,<<strong>br</strong> />

em Belo Horizonte, fez parte<<strong>br</strong> />

da <strong>com</strong>emoração dos 80 anos da<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> Minas Gerais. A diretoria da<<strong>br</strong> />

13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG participou<<strong>br</strong> />

do evento, contando <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

a presença da vice-presidente,<<strong>br</strong> />

Ângela Parreira de Oliveira Botelho;<<strong>br</strong> />

da secretária-geral, Fernanda<<strong>br</strong> />

Dayrell e da secretária-geral-adjunta,<<strong>br</strong> />

Magna Carrijo.<<strong>br</strong> />

A abertura oficial foi realizada<<strong>br</strong> />

pelo presidente da <strong>OAB</strong>/MG,<<strong>br</strong> />

Luís Cláudio Chaves, que em seu<<strong>br</strong> />

discurso disse que a <strong>OAB</strong> Minas<<strong>br</strong> />

foi criada “no nosso estado no<<strong>br</strong> />

berço da cultura jurídica mineira”,<<strong>br</strong> />

referindo-se a Universidade Federal<<strong>br</strong> />

de Minas Gerais. Salientou que<<strong>br</strong> />

alguns advogados demonstravam,<<strong>br</strong> />

na época, a importância da<<strong>br</strong> />

criação em Minas Gerais de uma<<strong>br</strong> />

entidade autônoma, independente<<strong>br</strong> />

e que zela pelas prerrogativas<<strong>br</strong> />

da advocacia <strong>com</strong>o direito do cidadão,<<strong>br</strong> />

além de buscar o controle<<strong>br</strong> />

ético-disciplinar efetivo da valorização<<strong>br</strong> />

do advogado.<<strong>br</strong> />

Luís Cláudio explicou que<<strong>br</strong> />

os objetivos da Ordem hoje são<<strong>br</strong> />

outros. “Continuamos <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

luta da vigilância disciplinar, das<<strong>br</strong> />

prerrogativas, mas temos outros<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>promissos que são defender<<strong>br</strong> />

a constituição da república, os<<strong>br</strong> />

direitos humanos, a justiça so-<<strong>br</strong> />

cial, a boa aplicação das leis, a<<strong>br</strong> />

rápida administração da justiça<<strong>br</strong> />

e o aperfeiçoamento da cultura<<strong>br</strong> />

e das instituições jurídicas”.<<strong>br</strong> />

Ao final do evento, o presidente<<strong>br</strong> />

pediu um minuto de silêncio<<strong>br</strong> />

em homenagem à procuradora<<strong>br</strong> />

federal, Ana Alice Moreira<<strong>br</strong> />

de Melo, foi assassinada em ato<<strong>br</strong> />

de violência doméstica. Apesar<<strong>br</strong> />

de referir-se a procuradora, Luís<<strong>br</strong> />

Claúdio enfatizou que essa homenagem<<strong>br</strong> />

se estendia também a<<strong>br</strong> />

todas as mulheres que já sofreram<<strong>br</strong> />

algum tipo de violência.<<strong>br</strong> />

Em seguida, secretária-geral<<strong>br</strong> />

adjunta da <strong>OAB</strong>/MG e presidente<<strong>br</strong> />

da ABMCJ-MG, Helena Delamonica,<<strong>br</strong> />

que foi a organizadora<<strong>br</strong> />

do evento, também discursou.<<strong>br</strong> />

Na ocasião, Delamonica cumprimentou<<strong>br</strong> />

a todos e lem<strong>br</strong>ou que<<strong>br</strong> />

os presentes estão colaborando<<strong>br</strong> />

e auxiliando na construção de<<strong>br</strong> />

um mundo melhor. “Cada um de<<strong>br</strong> />

vocês aqui presentes são importantes<<strong>br</strong> />

e fazem parte do sucesso<<strong>br</strong> />

desse evento”, disse.<<strong>br</strong> />

A data de encerramento, 8<<strong>br</strong> />

de Março de 2012, foi planejada<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o objetivo de unir-<<strong>br</strong> />

-se às <strong>com</strong>emorações do Dia<<strong>br</strong> />

<strong>In</strong>ternacional da Mulher. Os<<strong>br</strong> />

participantes conferiram dois<<strong>br</strong> />

dias de solenidades, palestras<<strong>br</strong> />

e debates <strong>com</strong> importantes<<strong>br</strong> />

nomes do cenário nacional e<<strong>br</strong> />

internacional do Direito que<<strong>br</strong> />

abordaram temas relacionados<<strong>br</strong> />

à implementação e a proteção<<strong>br</strong> />

dos direitos da mulher.


Presidente da <strong>com</strong>issão <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

Mulher é homenageada na Câmara<<strong>br</strong> />

Municipal de Uberlândia<<strong>br</strong> />

SELMA APARECIDA DOS SANTOS E MAIS 20 MULHERES DE DESTAQUE<<strong>br</strong> />

RECEBERAM HOMENAGEM PELO DIA INTERNACIONAL DA MULHER<<strong>br</strong> />

Por Kerley pita<<strong>br</strong> />

No dia 8 de março, a Câmara<<strong>br</strong> />

Municipal de Uberlândia homenageou<<strong>br</strong> />

21 mulheres da sociedade<<strong>br</strong> />

uberlandense, indicadas por<<strong>br</strong> />

vereadores, para serem honradas<<strong>br</strong> />

pelo Dia <strong>In</strong>ternacional da Mulher.<<strong>br</strong> />

A presidente da <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> Mulher, Selma Aparecida<<strong>br</strong> />

dos Santos foi uma das home-<<strong>br</strong> />

nageadas pelo excelente trabalho<<strong>br</strong> />

que desenvolve pelas mulheres.<<strong>br</strong> />

O presidente da Casa, o<<strong>br</strong> />

vereador Vilmar Resende, conduziu<<strong>br</strong> />

a solenidade e a diretora<<strong>br</strong> />

vice-presidente da <strong>OAB</strong> Uberlândia,<<strong>br</strong> />

Ângela Parreira de Oliveira<<strong>br</strong> />

Botelho, <strong>com</strong>pôs a mesa.<<strong>br</strong> />

A advogada, Selma dos<<strong>br</strong> />

Santos foi escolhida pelo vereador<<strong>br</strong> />

Hélio Ferraz (Baiano), pe-<<strong>br</strong> />

los diversos trabalhos realizados<<strong>br</strong> />

pelas mulheres, seja <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

voluntária durante sete anos na<<strong>br</strong> />

ONG SOS Mulher Família oferecendo<<strong>br</strong> />

atendimento jurídico<<strong>br</strong> />

para as vítimas de violência,<<strong>br</strong> />

seja representando a <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> Mulher, na busca pela melhoria<<strong>br</strong> />

da realidade feminina e<<strong>br</strong> />

pela efetividade dos direitos<<strong>br</strong> />

das mulheres.<<strong>br</strong> />

Vice-presidente da <strong>OAB</strong> Uberlândia, Ângela Botelho <strong>com</strong>põe mesa na Câmara Municipal na homenagem ao Dia das Mulheres<<strong>br</strong> />

Fotos Kerley Pita<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

21


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

22<<strong>br</strong> />

Edu Marques<<strong>br</strong> />

MULHERES<<strong>br</strong> />

Mulheres da <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

Uberlândia estão no topo<<strong>br</strong> />

Iolanda Velasco, Fernanda Dayrell, Magna Carrijo e Ângelo Botelho<<strong>br</strong> />

Por Kerley pita<<strong>br</strong> />

A GESTÃO 2010/2012 É COMPOSTA POR BRILHANTES<<strong>br</strong> />

MULHERES QUE FAZEM A DIFERENÇA<<strong>br</strong> />

O lugar ocupado pela mulher<<strong>br</strong> />

hoje é de total destaque, tendo<<strong>br</strong> />

em vista os avanços conquistados<<strong>br</strong> />

ao longo do tempo. A atuação<<strong>br</strong> />

focada e persistente reflete a<<strong>br</strong> />

realidade feminina, marcada por<<strong>br</strong> />

muito trabalho nas diversas vertentes<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>açadas <strong>com</strong> dedicação<<strong>br</strong> />

e responsabilidade.<<strong>br</strong> />

A Diretoria da 13ª Subseção da<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG Uberlândia, nesta gestão<<strong>br</strong> />

2010/2012, deu credibilidade para<<strong>br</strong> />

que as quatro mulheres, que <strong>com</strong>põe<<strong>br</strong> />

o distinto grupo, pudessem<<strong>br</strong> />

trabalhar pela classe, juntamente<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> mais duas conselheiras subseccionais<<strong>br</strong> />

e ênfase também para<<strong>br</strong> />

as <strong>com</strong>issões, que são formadas<<strong>br</strong> />

por 90% de mulheres.<<strong>br</strong> />

A <strong>OAB</strong> Uberlândia tem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

diretora-vice-presidente a advogada,<<strong>br</strong> />

Ângela Parreira de Oliveira<<strong>br</strong> />

Botelho, mulher de fi<strong>br</strong>a, trabalhadora,<<strong>br</strong> />

apaixonada pela profissão<<strong>br</strong> />

e pelas pessoas. “Agradeço<<strong>br</strong> />

muito estar na direção da <strong>OAB</strong>,<<strong>br</strong> />

ter sido eleita por uma categoria<<strong>br</strong> />

que tem opinião a nível nacional<<strong>br</strong> />

e somos uma classe que precisamos<<strong>br</strong> />

de união, e a mulher estando<<strong>br</strong> />

em um cargo <strong>com</strong>o vice-presidente<<strong>br</strong> />

ela só tem a acrescentar<<strong>br</strong> />

nas questões de melhoria para a<<strong>br</strong> />

própria categoria e, em especial<<strong>br</strong> />

para a mulher”, disse a vice-presidente<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong> Uberlândia.<<strong>br</strong> />

A Subseção conta, ainda, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

a assessora especial da presidência,<<strong>br</strong> />

a advogada Dra. Iolanda Velasco<<strong>br</strong> />

que, <strong>com</strong> toda experiência,<<strong>br</strong> />

contribui para o trabalho da <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

Uberlândia de forma <strong>br</strong>ilhante.<<strong>br</strong> />

“Para mim é uma honra muito<<strong>br</strong> />

grande estar ainda na <strong>OAB</strong>, me<<strong>br</strong> />

sinto realizada e tenho certeza<<strong>br</strong> />

que tenho ajudado o grupo”, dis-<<strong>br</strong> />

se Velasco.<<strong>br</strong> />

Para atuar em diversas frentes<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong> e ainda coordenar a<<strong>br</strong> />

equipe de funcionários da Subseção,<<strong>br</strong> />

a secretária-geral, Fernanda<<strong>br</strong> />

Dayrell mantém firmeza. “Estar<<strong>br</strong> />

na diretoria de uma Subseção do<<strong>br</strong> />

porte da de Uberlândia é uma<<strong>br</strong> />

grande responsabilidade, mas<<strong>br</strong> />

também é muito gratificante, pois<<strong>br</strong> />

posso participar e contribuir para<<strong>br</strong> />

as melhorias tão desejadas pela<<strong>br</strong> />

nossa classe; pela valorização do<<strong>br</strong> />

advogado e questões de cidadania<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> diversos projetos sociais<<strong>br</strong> />

da Subseção”, disse Dayrell.<<strong>br</strong> />

A secretária-geral-adjunta,<<strong>br</strong> />

Magna Carrijo, resume a representação<<strong>br</strong> />

feminina da <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />

em eventos, reuniões, pautas<<strong>br</strong> />

importantes em trabalhos que<<strong>br</strong> />

visam um único objetivo: atender<<strong>br</strong> />

o advogado. “Sempre trabalhei<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> amor e ética, quando passei<<strong>br</strong> />

a atuar na Subseção esses meus<<strong>br</strong> />

valores eram automaticamente<<strong>br</strong> />

transferidos para os trabalhos desenvolvidos<<strong>br</strong> />

para a classe e para a<<strong>br</strong> />

sociedade. No momento em que<<strong>br</strong> />

percebi isso, tive a certeza que<<strong>br</strong> />

todo o meu esforço e dos meus<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>panheiros nesta gestão valeu<<strong>br</strong> />

a pena”, explica.<<strong>br</strong> />

O presidente da <strong>OAB</strong> Uberlândia,<<strong>br</strong> />

Egmar Sousa Ferraz, o diretor-tesoureiro,<<strong>br</strong> />

Adauto Alves da<<strong>br</strong> />

Fonseca, se rendem ao trabalho<<strong>br</strong> />

das mulheres da <strong>OAB</strong>, agradecem<<strong>br</strong> />

a participação efetiva de todas e<<strong>br</strong> />

deseja sucesso sempre.


Vera Lúcia Gomes é a nova presidente da<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>issão Igualdade Racial da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

ADVOGADA DE UBERLÂNDIA TOMA POSSA NA SECCIONAL MINEIRA<<strong>br</strong> />

Na reunião do Conselho Seccional<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong>/MG, realizada no<<strong>br</strong> />

dia 8 de março em Belo Horizonte,<<strong>br</strong> />

a advogada da <strong>OAB</strong> Uberlândia,<<strong>br</strong> />

Vera Lúcia Kátia Sabino<<strong>br</strong> />

Gomes tomou posse no cargo<<strong>br</strong> />

de presidente da Comissão Igualdade<<strong>br</strong> />

Racial da <strong>OAB</strong>/MG. A advogada<<strong>br</strong> />

liderava a <strong>com</strong>issão na 13ª<<strong>br</strong> />

Subseção e tem agora o desafio<<strong>br</strong> />

de continuar a busca pela igualdade<<strong>br</strong> />

de raças.<<strong>br</strong> />

A presidente afirmou que a<<strong>br</strong> />

Comissão de Igualdade Racial<<strong>br</strong> />

não se calará contra qualquer<<strong>br</strong> />

forma de discriminação e que<<strong>br</strong> />

não representará somente os negros,<<strong>br</strong> />

mas todas as minorias que<<strong>br</strong> />

são alvos desta problemática. “A<<strong>br</strong> />

teoria de que vivemos no Brasil<<strong>br</strong> />

uma democracia racial não passa<<strong>br</strong> />

de uma falácia”, disse Vera Lúcia.<<strong>br</strong> />

Em seu discurso de posse,<<strong>br</strong> />

Vera Lúcia disse que é indubitável<<strong>br</strong> />

o fato das oportunidades e o<<strong>br</strong> />

padrão de vida dos negros serem<<strong>br</strong> />

muito inferiores ao da média da<<strong>br</strong> />

sociedade <strong>br</strong>asileira. Neste sentido,<<strong>br</strong> />

há um verdadeiro abismo entre<<strong>br</strong> />

o índice de desenvolvimento<<strong>br</strong> />

humano (IDH), das <strong>com</strong>unidades<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>ancas e negras, em três áreas<<strong>br</strong> />

fundamentais (educação, renda e<<strong>br</strong> />

expectativa de vida).<<strong>br</strong> />

“Assumir a Presidência da<<strong>br</strong> />

Comissão de Igualdade Racial<<strong>br</strong> />

do Estado de Minas Gerais é uma<<strong>br</strong> />

imensa honra e uma consquista.<<strong>br</strong> />

Honra, pois se trata de oportunizar<<strong>br</strong> />

a uma mulher negra, buscar<<strong>br</strong> />

dentro de uma das maiores<<strong>br</strong> />

e mais respeitadas instituições a<<strong>br</strong> />

vontadade sempre aldaciosa de<<strong>br</strong> />

Vera Lúcia Kátia Sabino Gomes e Eliseu Marques de Oliveira<<strong>br</strong> />

se fazer justiça, porquanto o advogado<<strong>br</strong> />

é indispensável a administração<<strong>br</strong> />

da justiça, e esta igualdade<<strong>br</strong> />

de oportunidade, através<<strong>br</strong> />

das exigências de aplicação das<<strong>br</strong> />

ações afirmativas, não se realiza<<strong>br</strong> />

concretamente sem advogado.<<strong>br</strong> />

Tal honraria é uma conquista,<<strong>br</strong> />

uma vez que após a assinatura<<strong>br</strong> />

a Lei Áurea, não se vê qualquer<<strong>br</strong> />

medida mais dura do Governo<<strong>br</strong> />

Federal contra o já mencionado<<strong>br</strong> />

“mito da democracia racial”,<<strong>br</strong> />

ressalvado <strong>com</strong> todo respeito,<<strong>br</strong> />

a Seppir (Secretaria Especial de<<strong>br</strong> />

Políticas de Promoção da Igualdade<<strong>br</strong> />

Racial), criada pelo Governo<<strong>br</strong> />

Federal no dia 21 de março<<strong>br</strong> />

de 2003”, disse a presidente<<strong>br</strong> />

Vera Lúcia.<<strong>br</strong> />

Para a presidente, ações afirmativas,<<strong>br</strong> />

tais <strong>com</strong>o a posse e a<<strong>br</strong> />

instalação da Comissão de Igualdade<<strong>br</strong> />

Racial pela Seccional Mineira,<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>iga todos os advogados a<<strong>br</strong> />

repensarem suas funções, pois<<strong>br</strong> />

estes devem contribuir para a<<strong>br</strong> />

participação e inclusão de indivíduos<<strong>br</strong> />

marginalizados dos procedimentos<<strong>br</strong> />

políticos. “Estarei atenta e<<strong>br</strong> />

co<strong>br</strong>ando desta Presidência apoio<<strong>br</strong> />

as medidas necessárias para implementação<<strong>br</strong> />

das ações afirmativas,<<strong>br</strong> />

em todos os cantos do Estado<<strong>br</strong> />

que certamente necessitam<<strong>br</strong> />

de nossa presença, pois a luta em<<strong>br</strong> />

prol dos direitos humanos contra<<strong>br</strong> />

a discriminação racial e social será<<strong>br</strong> />

uma busca incessante”, disse.<<strong>br</strong> />

Vera Lúcia disse, ainda, que<<strong>br</strong> />

sua indicação foi resultado do trabalho<<strong>br</strong> />

realizado na 13ª Subseção<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong> de Uberlândia, pioneira<<strong>br</strong> />

no Estado, a primeira do interior<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiro a instalar a Comissão de<<strong>br</strong> />

Igualdade Racial, da qual a advogada<<strong>br</strong> />

se orgulha muito.<<strong>br</strong> />

“Meu especial agradecimento<<strong>br</strong> />

aos mem<strong>br</strong>os da <strong>com</strong>issão de<<strong>br</strong> />

igualdade racial da <strong>OAB</strong>/Uberlândia,<<strong>br</strong> />

ao Presidente Egmar Sousa<<strong>br</strong> />

Ferraz ao Vice-Presidente da Seccional-<<strong>br</strong> />

Dr. Eliseu Marques de Oliveira”,<<strong>br</strong> />

finalizou.<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

23


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

24<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />

Adovogados participam de assembleia so<strong>br</strong>e JF e JEF<<strong>br</strong> />

Subseção de Uberlândia realiza assembleia<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e Justiça Federal e Juizado Especial Federal<<strong>br</strong> />

OS ADVOGADOS PUDERAM SUGERIR<<strong>br</strong> />

MUDANÇAS PARA UM JUDICIÁRIO MELHOR<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />

MG Uberlândia realizou no dia<<strong>br</strong> />

15 de fevereiro uma assembleia<<strong>br</strong> />

cujo objetivo era permitir que o<<strong>br</strong> />

advogado se manifestasse. Desta<<strong>br</strong> />

vez, os mem<strong>br</strong>os presentes<<strong>br</strong> />

fizeram considerações so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

Justiça Federal e o Juizado Especial<<strong>br</strong> />

Federal (JEF). O objetivo<<strong>br</strong> />

da assembleia, realizada pelo<<strong>br</strong> />

presidente Egmar Sousa Ferraz,<<strong>br</strong> />

foi a aproximação da classe da<<strong>br</strong> />

Ordem e permitir que a entidade<<strong>br</strong> />

busque melhorias para a rotina<<strong>br</strong> />

diária do advogado.<<strong>br</strong> />

“Muitos acreditam que assembleia<<strong>br</strong> />

não vai dar em nada, mas se enganam,<<strong>br</strong> />

pois é aqui que as sugestões<<strong>br</strong> />

e críticas devem ser feitas para nós<<strong>br</strong> />

levarmos adiante <strong>com</strong> a missão de<<strong>br</strong> />

lograr o máximo de melhorias para o<<strong>br</strong> />

advogado”, disse Egmar Ferraz.<<strong>br</strong> />

Muitos pontos foram citados,<<strong>br</strong> />

dentre eles a questão do<<strong>br</strong> />

Jus Postulandi. A proposta é fazer<<strong>br</strong> />

denúncias, cuja campanha<<strong>br</strong> />

contra esta prática deverá ser<<strong>br</strong> />

retomada pela <strong>OAB</strong>. “Cabe a nós<<strong>br</strong> />

buscar apoio, exigir que façam<<strong>br</strong> />

alguma coisa, assim iremos pro-<<strong>br</strong> />

Kerley Pita<<strong>br</strong> />

teger a sociedade do advogado<<strong>br</strong> />

ruim”, afirmou o presidente da<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> Uberlândia.<<strong>br</strong> />

Outra questão levantada pelos<<strong>br</strong> />

advogados foi o pedido de maior<<strong>br</strong> />

rigor nos prazos estabelecidos pela<<strong>br</strong> />

Advocacia Geral da União (AGU).<<strong>br</strong> />

Também pontuaram a questão do<<strong>br</strong> />

despreparo de alguns médicos peritos<<strong>br</strong> />

e fizeram a solicitação para a<<strong>br</strong> />

intervenção da <strong>OAB</strong> na liberação<<strong>br</strong> />

dos vistos dos autos. Além disso,<<strong>br</strong> />

citaram a demora das publicações,<<strong>br</strong> />

sentenças e o descontentamento<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o tratamento dos servidores<<strong>br</strong> />

para <strong>com</strong> os advogados.


Destaque<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> Uberlândia apresenta<<strong>br</strong> />

sugestões dos advogados em<<strong>br</strong> />

reunião <strong>com</strong> juízes na Justiça Federal<<strong>br</strong> />

DIRETORIA ESTEVE REUNIDA COM OS JUÍZES PARA<<strong>br</strong> />

DISCUTIR MELHORIAS PARA O TRABALHO DOS ADVOGADOS<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

No dia 12 de março, os diretores<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong> Uberlândia reuniram-se<strong>com</strong><<strong>br</strong> />

os juízes da Justiça<<strong>br</strong> />

Federal de Uberlândia para apresentarem<<strong>br</strong> />

sugestões e críticas dosadvogados<<strong>br</strong> />

da Subseção para a<<strong>br</strong> />

Justiça Federal (JF) e Juizado Especial<<strong>br</strong> />

Federal (JEF) extraídas de<<strong>br</strong> />

uma assembleia pública realizada<<strong>br</strong> />

na Sede da Ordem,em fevereiro.<<strong>br</strong> />

O objetivo da reunião era oferecer<<strong>br</strong> />

aos juízes um diagnóstico sob<<strong>br</strong> />

o ponto de vista do advogado, a<<strong>br</strong> />

fim de buscar um melhor atendimento<<strong>br</strong> />

para a classe.<<strong>br</strong> />

“Apresentamos sugestões feitas<<strong>br</strong> />

pelos advogados <strong>com</strong> o intuito<<strong>br</strong> />

não de criticar, mas de trabalharmos<<strong>br</strong> />

juntos para uma solução,<<strong>br</strong> />

pois sabemos que os advogados<<strong>br</strong> />

também fazem parte desse processo<<strong>br</strong> />

e nós ajudaremos”, disse-<<strong>br</strong> />

Egmar Ferraz.<<strong>br</strong> />

Para ojuiz Lincoln de Faria,<<strong>br</strong> />

ninguém desconhece a falta de<<strong>br</strong> />

estrutura dos órgãos. “Tanto para<<strong>br</strong> />

a <strong>OAB</strong> e para nós da Justiça Federal<<strong>br</strong> />

é positivo esse feedbackdos<<strong>br</strong> />

advogados, buscamos melhorar a<<strong>br</strong> />

estrutura e mesmo <strong>com</strong> as dificuldades<<strong>br</strong> />

tentamos dar atendimento e<<strong>br</strong> />

orientar nossos servidores para haver<<strong>br</strong> />

um bom relacionamento <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

advogado. Nossos diretores estão<<strong>br</strong> />

instruídos para atender a todos os<<strong>br</strong> />

advogados, essa é a nossa disposição<<strong>br</strong> />

e dos nossos colegas para<<strong>br</strong> />

Diretoria reunida <strong>com</strong> juízes na Justiça Federal<<strong>br</strong> />

que os serviços sejam prestados à<<strong>br</strong> />

altura. Acredito que aperfeiçoando<<strong>br</strong> />

o trabalho fica melhor para todo<<strong>br</strong> />

mundo, esse é nosso propósito”,<<strong>br</strong> />

disse o juiz da 1ª Vara agradecendo<<strong>br</strong> />

a <strong>OAB</strong> por apresentar as sugestões<<strong>br</strong> />

dos advogados.<<strong>br</strong> />

O presidente, Egmar Ferraz<<strong>br</strong> />

reforçou o pedido aos juízes em<<strong>br</strong> />

exigira apresentação da carteira<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong>dos associadosnas audiências,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o forma de barrar<<strong>br</strong> />

o advogado que não estiver no<<strong>br</strong> />

exercício da profissão. A Ordem<<strong>br</strong> />

reforçará a campanha <strong>com</strong> a distribuição<<strong>br</strong> />

de material de divulgação<<strong>br</strong> />

na JF e no JEF.<<strong>br</strong> />

Finalmente, Egmar concluiu<<strong>br</strong> />

que é papel da <strong>OAB</strong> levar<<strong>br</strong> />

adiante as reclamações dos<<strong>br</strong> />

advogados,enfatizando que a<<strong>br</strong> />

Ordem é uma parceira e queé-<<strong>br</strong> />

momento dosjuízes trabalharem<<strong>br</strong> />

juntosrumo às melhorias.<<strong>br</strong> />

Estiveram presentes na reunião<<strong>br</strong> />

os juízes: Lelis Gonçalves<<strong>br</strong> />

de Souza – 4ª Vara do Juizado;<<strong>br</strong> />

José Humberto Ferreira - Titular<<strong>br</strong> />

da 2ª Vara; Gustavo SorattoUliano<<strong>br</strong> />

– Substituto 2ª Vara; Alexandre<<strong>br</strong> />

Henri – Substituto da 3ª Vara;<<strong>br</strong> />

Bruno Vasconcelos – Substituto<<strong>br</strong> />

da 1ª Vara e Luciano Mendonça<<strong>br</strong> />

Fontoura – Substituto da 4ª Vara.<<strong>br</strong> />

A <strong>OAB</strong> Uberlândia também<<strong>br</strong> />

estava representada pela vice-<<strong>br</strong> />

-presidente, Ângela Botelho; a<<strong>br</strong> />

secretária-geral-adjunta; Magna<<strong>br</strong> />

Carrijo; o presidente da <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />

de Direito Previdenciário, José<<strong>br</strong> />

Rodrigues de Queiroz Jr e os conselheiros<<strong>br</strong> />

subseccionais, Selmo<<strong>br</strong> />

Gonçalves Ca<strong>br</strong>al e Rodrigo Magno<<strong>br</strong> />

de Macedo.<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />

Kerley Pita<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

25


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

26<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> ACONTECE Destaque<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> Uberlândia teve<<strong>br</strong> />

a maior representatividade<<strong>br</strong> />

em ato de apoio ao CNJ<<strong>br</strong> />

OPHIR CAVALCANTI AGRADECEU A PARTICIPAÇÃO<<strong>br</strong> />

DOS 200 MINEIROS NO ATO EM DEFESA AO CNJ<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

O Conselho Federal da Ordem<<strong>br</strong> />

dos Advogados do Brasil realizou<<strong>br</strong> />

no dia 31 de janeiro o ato em<<strong>br</strong> />

defesa do Conselho Nacional de<<strong>br</strong> />

Justiça (CNJ), em Brasília. Minas<<strong>br</strong> />

Gerais foi o Estado <strong>com</strong> maior<<strong>br</strong> />

representatividade no ato, contando<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a participação de 200<<strong>br</strong> />

advogados, sendo que 90 destes<<strong>br</strong> />

eram inscritos da 13ª Subseção da<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG Uberlândia.<<strong>br</strong> />

Estavam presentes no evento<<strong>br</strong> />

a diretoria da <strong>OAB</strong> Uberlândia, o<<strong>br</strong> />

presidente Egmar Sousa Ferraz,<<strong>br</strong> />

a vice-diretora Ângela Parreira<<strong>br</strong> />

de Oliveira Botelho, o diretor<<strong>br</strong> />

tesoureiro Adauto Alves e a secretária-geral<<strong>br</strong> />

Fernanda Dayrell,<<strong>br</strong> />

juntamente <strong>com</strong> a diretoria da<<strong>br</strong> />

Seccional Mineira, o presidente<<strong>br</strong> />

Luís Cláudio Chaves, o vice-presidente<<strong>br</strong> />

Eliseu Marques de Oliveira<<strong>br</strong> />

entre outros mem<strong>br</strong>os diretores e<<strong>br</strong> />

Uberlândia teve maior delegação no ato em defesa do CNJ<<strong>br</strong> />

advogados mineiros.<<strong>br</strong> />

O presidente do Conselho<<strong>br</strong> />

Federal, Ophir Cavalcanti, a<strong>br</strong>iu<<strong>br</strong> />

o ato <strong>com</strong> o tema “O CNJ é dos<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiros”. Ao dar boas vindas,<<strong>br</strong> />

o presidente mencionou <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

satisfação em seu discurso que<<strong>br</strong> />

a delegação de Minas Gerais era<<strong>br</strong> />

a maior no ato público e afirmou<<strong>br</strong> />

“esta é uma prova de unidade de<<strong>br</strong> />

sentimentos e propósitos”.<<strong>br</strong> />

O discurso de Ophir Cavalcanti<<strong>br</strong> />

recebeu muitos aplausos. “Este<<strong>br</strong> />

ato tem um objetivo apenas: defender<<strong>br</strong> />

e afirmar a importância da<<strong>br</strong> />

justiça <strong>br</strong>asileira. Os advogados<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiros são a vanguarda, são<<strong>br</strong> />

guerreiros, assumem a bandeira<<strong>br</strong> />

das instituições republicanas. Este<<strong>br</strong> />

ato de afirmação dos poderes do<<strong>br</strong> />

CNJ é, na verdade, uma causa que<<strong>br</strong> />

a advocacia <strong>br</strong>asileira a<strong>br</strong>aça. A<<strong>br</strong> />

autonomia de um tribunal não<<strong>br</strong> />

significa soberania, tampouco<<strong>br</strong> />

que os magistrados não devam<<strong>br</strong> />

ser avaliados”, discursou Ophir<<strong>br</strong> />

Cavalcanti.<<strong>br</strong> />

Ophir apresentou em slides<<strong>br</strong> />

números que <strong>com</strong>provam a importância<<strong>br</strong> />

do CNJ para a justiça. Ou<<strong>br</strong> />

seja, dos 27 presidentes de Tribunais<<strong>br</strong> />

de Justiça (TJs) estaduais, 15<<strong>br</strong> />

têm processos em andamento ou<<strong>br</strong> />

arquivados no CNJ; dos 28 corregedores<<strong>br</strong> />

dos TJs, 18 respondem ou<<strong>br</strong> />

responderam a processo no CNJ;<<strong>br</strong> />

dentre os cinco presidentes de Tribunais<<strong>br</strong> />

Regionais Federais (TRFs), 2<<strong>br</strong> />

foram ou estão sendo processados<<strong>br</strong> />

naquele órgão; dos 5 corregedores<<strong>br</strong> />

dos TRFs, 3 respondem ou responderam<<strong>br</strong> />

a processo no órgão.<<strong>br</strong> />

Finalmente, Ophir instigou<<strong>br</strong> />

o público a pensar qual a justiça<<strong>br</strong> />

que o Brasil quer, se é aquela<<strong>br</strong> />

que olha para dentro, fechada ou<<strong>br</strong> />

que olha para a sociedade. “Um<<strong>br</strong> />

ato <strong>com</strong>o esse nos orgulha, pois<<strong>br</strong> />

o CNJ é do povo <strong>br</strong>asileiro e não<<strong>br</strong> />

dos magistrados”, finalizou.<<strong>br</strong> />

Kerley Pita


Vitória do CNJ<<strong>br</strong> />

e da sociedade <strong>br</strong>asileira<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> CONSEGUE MANUTENÇÃO PLENA DOS PODERES DO CNJ<<strong>br</strong> />

Os advogados da Subseção<<strong>br</strong> />

de Uberlândia, juntamente <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

o presidente do Conselho Federal<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong>, Ophir Cavalcante, <strong>com</strong>e-<<strong>br</strong> />

moraram a vitória da sociedade<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileira <strong>com</strong> a manutenção plena<<strong>br</strong> />

dos poderes do Conselho Nacional<<strong>br</strong> />

de Justiça (CNJ) para pro-<<strong>br</strong> />

MENSAGEM DO PRESIDENTE DA <strong>OAB</strong> UBERLÂNDIA,<<strong>br</strong> />

EGMAR SOUSA FERRAZ SOBRE A VITÓRIA DO CNJ<<strong>br</strong> />

Caros colegas,<<strong>br</strong> />

O Brasil amanheceu renovado<<strong>br</strong> />

no mais puro espírito democrático<<strong>br</strong> />

que tem sido perseguido<<strong>br</strong> />

diuturnamente pelas <strong>In</strong>stituições<<strong>br</strong> />

em especial pela Ordem dos Advogados<<strong>br</strong> />

do Brasil.<<strong>br</strong> />

A decisão do STF de manter<<strong>br</strong> />

a <strong>com</strong>petência originária e concorrente<<strong>br</strong> />

do CNJ foi uma resposta<<strong>br</strong> />

clara e imediata de que aquela<<strong>br</strong> />

augusta corte não só protege a<<strong>br</strong> />

Carta Magna, <strong>com</strong>o também é<<strong>br</strong> />

sabedora de que esta é o reflexo<<strong>br</strong> />

da vontade do povo.<<strong>br</strong> />

A Ordem dos Advogados do<<strong>br</strong> />

Brasil sai desta campanha <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

certeza de que o povo <strong>br</strong>asileiro<<strong>br</strong> />

foi respeitado, e de que os Advogados<<strong>br</strong> />

estão atentos a qualquer<<strong>br</strong> />

tentativa de melindrar o avanço<<strong>br</strong> />

do processo democrático. Especialmente<<strong>br</strong> />

a nós, Advogados da<<strong>br</strong> />

13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG restou<<strong>br</strong> />

o <strong>br</strong>ilho maior, em primeiro lugar<<strong>br</strong> />

porque fomos a maior delegação<<strong>br</strong> />

de Subseção a <strong>com</strong>parecer ao ato<<strong>br</strong> />

público em defesa do CNJ, no último<<strong>br</strong> />

dia 31 de janeiro e segundo<<strong>br</strong> />

porque demos exemplo de um<<strong>br</strong> />

grupo politizado e consciente<<strong>br</strong> />

dos deveres enquanto cidadãos e<<strong>br</strong> />

advogados.<<strong>br</strong> />

Não obstante, é importante<<strong>br</strong> />

Egmar Ferraz, presidente <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />

registrar que não vencemos uma<<strong>br</strong> />

luta contra a magistratura, mas<<strong>br</strong> />

ao contrário, ganhamos em favor<<strong>br</strong> />

desta, que tem em seus quadros<<strong>br</strong> />

a quase totalidade de homens<<strong>br</strong> />

e mulheres que honram a toga<<strong>br</strong> />

apesar de trabalharem em condições<<strong>br</strong> />

sub-humanas na maioria das<<strong>br</strong> />

vezes, face ao descaso quanto à<<strong>br</strong> />

necessidade de melhor estrutura<<strong>br</strong> />

física e contratação de pessoal.<<strong>br</strong> />

Temos a certeza de que estes<<strong>br</strong> />

Magistrados, mesmo no seu<<strong>br</strong> />

silêncio, cele<strong>br</strong>am conosco esta<<strong>br</strong> />

vitória. Com a manutenção da<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência do CNJ, restará aos<<strong>br</strong> />

Magistrados, que de alguma forma<<strong>br</strong> />

desrespeitam a legislação <strong>br</strong>asileira,<<strong>br</strong> />

o sinal de que o tempo em<<strong>br</strong> />

Destaque<<strong>br</strong> />

cessar e punir juízes em casos de<<strong>br</strong> />

desvios ético-disciplinares, conforme<<strong>br</strong> />

previsto na Resolução 135<<strong>br</strong> />

daquele órgão de controle.<<strong>br</strong> />

que vivemos é de INTOLERÂNCIA<<strong>br</strong> />

à corrupção, ao desrespeito aos<<strong>br</strong> />

direitos humanos e dignidade<<strong>br</strong> />

da pessoa humana, bem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

as prerrogativas da Advocacia.<<strong>br</strong> />

Por fim, é importante ainda ressaltar,<<strong>br</strong> />

que outras tantas batalhas<<strong>br</strong> />

terão que ser enfrentadas IME-<<strong>br</strong> />

DIATAMENTE, e para tanto, a <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

conta <strong>com</strong> o apoio irrestrito mais<<strong>br</strong> />

uma vez de cada Advogado(a),<<strong>br</strong> />

que juntos fazem <strong>com</strong> que nossa<<strong>br</strong> />

<strong>In</strong>stituição permaneça <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

sua credibilidade incontestável,<<strong>br</strong> />

e continue a ser a grande voz de<<strong>br</strong> />

toda a sociedade civil <strong>br</strong>asileira.<<strong>br</strong> />

Atenciosamente,<<strong>br</strong> />

Egmar Sousa Ferraz<<strong>br</strong> />

Diretor Presidente<<strong>br</strong> />

Kerley Pita<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

27


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

28<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />

Participantes do Aulão na <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />

Aulão na <strong>OAB</strong> atrai mais de<<strong>br</strong> />

150 estudantes<<strong>br</strong> />

TEMA DO 1° AULÃO DO ANO FOI CONSTITUIÇÃO DE 1988<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Uberlândia, em parceria <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

todas as faculdades de Direito<<strong>br</strong> />

da cidade (pública e a particular),<<strong>br</strong> />

realizaram, no sábado<<strong>br</strong> />

(17/03), o tradicional Aulão em<<strong>br</strong> />

que profissionais da área ministram<<strong>br</strong> />

aulas para alunos do<<strong>br</strong> />

curso de Direito. O tema da primeira<<strong>br</strong> />

edição do Aulão de 2012<<strong>br</strong> />

foi “Direitos Fundamentais na<<strong>br</strong> />

Constituição Federal de 1988”.<<strong>br</strong> />

O Aulão teve aulas/palestras<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> os advogados Leunir<<strong>br</strong> />

Rodrigues Ladico, Arley César<<strong>br</strong> />

Felipe e Alexandre Walmott<<strong>br</strong> />

Borges. O público alvo era<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>posto por cerca de 200<<strong>br</strong> />

alunos, que assistiram aulas<<strong>br</strong> />

na parte da manhã e da tarde.<<strong>br</strong> />

No ato da matrícula, os alunos<<strong>br</strong> />

doaram um litro de leite para<<strong>br</strong> />

cada período. As doações foram<<strong>br</strong> />

destinadas a entidades sociais<<strong>br</strong> />

carentes de Uberlândia.<<strong>br</strong> />

O projeto é uma oportunidade<<strong>br</strong> />

de aquisição de conhecimentos<<strong>br</strong> />

extra-classe so<strong>br</strong>e temas<<strong>br</strong> />

de destaque na área jurídica por<<strong>br</strong> />

parte do aluno, <strong>com</strong> o objetivo<<strong>br</strong> />

de fazer <strong>com</strong> que o mesmo tenha<<strong>br</strong> />

diferentes pontos de vida<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e determinado assunto ministrado<<strong>br</strong> />

cada professor, apro-<<strong>br</strong> />

ximar e conhecer a Ordem dos<<strong>br</strong> />

Advogados do Brasil, casa na<<strong>br</strong> />

qual será associado futuramente<<strong>br</strong> />

e, ainda, contribuir <strong>com</strong> a questão<<strong>br</strong> />

da solidariedade.<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> o organizador<<strong>br</strong> />

do projeto, o advogado<<strong>br</strong> />

Marcus Vinícius Rosa, haverá<<strong>br</strong> />

um Aulão por mês todo o ano,<<strong>br</strong> />

exceto nos meses de julho e de<<strong>br</strong> />

dezem<strong>br</strong>o. Os temas a<strong>br</strong>angem<<strong>br</strong> />

diversas áreas do Direito.<<strong>br</strong> />

O certificado é de 10 horas<<strong>br</strong> />

para os estudantes que participarão<<strong>br</strong> />

do Aulão no período<<strong>br</strong> />

estipulado, sendo 5 horas para<<strong>br</strong> />

quem assistiu apenas a parte da<<strong>br</strong> />

manhã ou a da tarde das aulas.


Diretoria se reúne <strong>com</strong> secretária<<strong>br</strong> />

de educação de MG so<strong>br</strong>e Lei 10639<<strong>br</strong> />

DIRETORIA DA <strong>OAB</strong> UBERLÂNDIA E COMISSÃO IGUALDADE<<strong>br</strong> />

RACIAL PEDEM A IMPLANTAÇÃO EFETIVA DA LEI N° 10639<<strong>br</strong> />

SOBRE O ENSINO DA HISTÓRIA DA ÁFRICA NAS ESCOLAS<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

A diretoria da 13ª Subseção<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong>/MG Uberlândia, o vice-<<strong>br</strong> />

-presidente da Seccional Mineira<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong>, Eliseu Marques de Oliveira,<<strong>br</strong> />

a presidente da <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />

Igualdade Racial da <strong>OAB</strong>/MG,<<strong>br</strong> />

Vera Lúcia Kátia Sabino Gomes e<<strong>br</strong> />

conselheiros estiveram no dia 7<<strong>br</strong> />

de fevereiro em reunião <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

secretária de educação de Minas<<strong>br</strong> />

Gerais, Ana Lúcia Gazzola.<<strong>br</strong> />

A Comissão da Igualdade<<strong>br</strong> />

Racial, juntamente <strong>com</strong> a diretoria<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong> pleitearam o cumprimento<<strong>br</strong> />

da Lei n° 10639. Na<<strong>br</strong> />

oportunidade, a secretária Ana<<strong>br</strong> />

Gazzola afirmou que o Estado<<strong>br</strong> />

de Minas Gerais intensificará os<<strong>br</strong> />

instrumentos educacionais <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

a finalidade de que a educação<<strong>br</strong> />

da cultura e da história da África<<strong>br</strong> />

seja difundida em todos os níveis<<strong>br</strong> />

educacionais.<<strong>br</strong> />

“Uberlândia, <strong>com</strong>o uma das<<strong>br</strong> />

principais cidades de Minas Gerais<<strong>br</strong> />

e sendo referência educacional<<strong>br</strong> />

para todo o país não pode<<strong>br</strong> />

ser preterida dos projetos de<<strong>br</strong> />

vanguarda do Governo Estadual,<<strong>br</strong> />

em especial na busca da implantação<<strong>br</strong> />

do ensino da história da<<strong>br</strong> />

África, a fim de fazer valer a Lei<<strong>br</strong> />

Diretoria da <strong>OAB</strong> se reúne <strong>com</strong> a Secretária de Educação de Minas Gerais<<strong>br</strong> />

n° 10.639”, afirmou o presidente<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong> Uberlândia, Egmar Sousa<<strong>br</strong> />

Ferraz.<<strong>br</strong> />

Na oportunidade, a <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />

colocou-se à disposição para colaborar<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a apresentação de projetos<<strong>br</strong> />

de capacitação para educadores,<<strong>br</strong> />

de acordo o acerto realizado<<strong>br</strong> />

pela Ordem e desde já a <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />

estará se reunindo para preparar<<strong>br</strong> />

um material que poderá se tornar<<strong>br</strong> />

referência para todo o Estado.<<strong>br</strong> />

Quanto à implementação do<<strong>br</strong> />

projeto, a Secretária de Educação<<strong>br</strong> />

informou que Uberlândia<<strong>br</strong> />

estará incluída nos projetos a<<strong>br</strong> />

partir do próximo ano.<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

29


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

30<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> Uberlândia reúne presidentes<<strong>br</strong> />

das subseções do Estado <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

maior número de advogados<<strong>br</strong> />

ENCONTRO DESTACOU VITÓRIAS DA <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Uberlândia foi escolhida para sediar<<strong>br</strong> />

o Encontro dos Presidentes<<strong>br</strong> />

das 20 subseções <strong>com</strong> o maior<<strong>br</strong> />

número de advogados do Estado,<<strong>br</strong> />

realizado em janeiro. O encontro<<strong>br</strong> />

abordou diversos temas, dentre<<strong>br</strong> />

eles a vitória da <strong>OAB</strong>/MG em relação<<strong>br</strong> />

ao pagamento dos hono-<<strong>br</strong> />

rários dos advogados dativos, as<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>emorações dos 80 anos da<<strong>br</strong> />

Ordem e a participação da mesma<<strong>br</strong> />

no ato em defesa ao CNJ, ocorreu<<strong>br</strong> />

no dia 31 de janeiro, em Brasília.<<strong>br</strong> />

A diretoria da <strong>OAB</strong>/MG conduziu<<strong>br</strong> />

os trabalhos dirigidos pelo<<strong>br</strong> />

presidente Luís Cláudio da Silva<<strong>br</strong> />

Chaves pelo vice-presidente,<<strong>br</strong> />

Eliseu Marques de Oliveira, em<<strong>br</strong> />

parceria <strong>com</strong> o diretor vice-pre-<<strong>br</strong> />

sidente da <strong>OAB</strong>/MG, Sérgio Murilo<<strong>br</strong> />

Diniz Braga, o secretário geral<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong>/MG, Antônio Fa<strong>br</strong>ício de<<strong>br</strong> />

Matos Gonçalves e os presidentes<<strong>br</strong> />

da subseções de Minas Gerais,<<strong>br</strong> />

que discutiram questões de interesse<<strong>br</strong> />

dos advogados do Estado.<<strong>br</strong> />

O presidente da Subseção de<<strong>br</strong> />

Uberlândia, Egmar Sousa Ferraz,<<strong>br</strong> />

demonstrou contentamento ao<<strong>br</strong> />

receber mem<strong>br</strong>os de uma reu-


nião do colegiado fora da capital<<strong>br</strong> />

mineira. “Compreendemos a importância<<strong>br</strong> />

de estarmos reunidos,<<strong>br</strong> />

este encontro cria laços de reciprocidade<<strong>br</strong> />

e espero que sejamos<<strong>br</strong> />

autocríticos, que os problemas<<strong>br</strong> />

colocados em pauta sejam realmente<<strong>br</strong> />

discutidos e realizados,<<strong>br</strong> />

pois somos responsáveis por dar<<strong>br</strong> />

respostas aos nossos colegas”,<<strong>br</strong> />

disse Ferraz.<<strong>br</strong> />

Luiz Cláudio Chaves aclamou<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> aplausos o Governador de Minas,<<strong>br</strong> />

Antônio Anastasia, por a<strong>br</strong>açar<<strong>br</strong> />

a causa do pagamento dos advogados<<strong>br</strong> />

dativos, um ato histórico<<strong>br</strong> />

para todos os advogados e para<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG. O presidente enfatizou<<strong>br</strong> />

também as diversas <strong>com</strong>emorações<<strong>br</strong> />

pelos 80 anos da Ordem dos<<strong>br</strong> />

Advogados do Brasil, que serão re-<<strong>br</strong> />

alizadas em todo Estado.<<strong>br</strong> />

Ao final, Luís Cláudio discursou<<strong>br</strong> />

a respeito do ato público em<<strong>br</strong> />

apoio ao Conselho Nacional de<<strong>br</strong> />

Justiça, realizado no dia 31 de janeiro,<<strong>br</strong> />

em Brasília. “A <strong>OAB</strong> é a entidade<<strong>br</strong> />

que mais tem rigor quando<<strong>br</strong> />

se trata de Processo Disciplinar<<strong>br</strong> />

em todas as entidades, pois até<<strong>br</strong> />

presidente de Subseção já foi<<strong>br</strong> />

punido por atitudes que não são<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>patíveis <strong>com</strong> a advocacia”.<<strong>br</strong> />

A CAA foi elogiada pelo presidente<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong>/MG, por ser uma<<strong>br</strong> />

entidade independente. O presidente<<strong>br</strong> />

da CAA/MG, Walter Cândido<<strong>br</strong> />

dos Santos, o tesoureiro Lúcio<<strong>br</strong> />

Aparecido Sousa e Silva e a 1ª<<strong>br</strong> />

Secretária da Fabiana Faquim, estiveram<<strong>br</strong> />

presentes no evento e se<<strong>br</strong> />

manifestaram so<strong>br</strong>e os trabalhos<<strong>br</strong> />

da Caixa de Assistência dos Advogados<<strong>br</strong> />

em prol dos advogados<<strong>br</strong> />

mineiros.<<strong>br</strong> />

Também participaram<<strong>br</strong> />

da reunião:<<strong>br</strong> />

O diretor da Escola Superior<<strong>br</strong> />

de Advocacia da <strong>OAB</strong>/MG,<<strong>br</strong> />

Antônio Marcos Nohmi; o diretor<<strong>br</strong> />

do Departamento de Apoio<<strong>br</strong> />

às Subseções, Adriano Cardoso<<strong>br</strong> />

da Silva e os representantes das<<strong>br</strong> />

subseções de Teófilo Otoni, Juiz<<strong>br</strong> />

de Fora, Conselheiro Lafaiete,<<strong>br</strong> />

Ipatinga, Governador Valadares,<<strong>br</strong> />

Manhuaçu, Barbacena, Contagem,<<strong>br</strong> />

Patos de Minas, Uberlândia,<<strong>br</strong> />

Montes Claros, Pouso Alegre, Sete<<strong>br</strong> />

Lagoas, Divinópolis, Varginha,<<strong>br</strong> />

Uberaba, Belo Horizonte, Betim,<<strong>br</strong> />

Passos e Poços de Caldas.<<strong>br</strong> />

Fotos Edu Marques<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

31


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

32<<strong>br</strong> />

Fotos Camila Lemes e Kerley Pita<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> realiza entregas de carteiras<<strong>br</strong> />

EM DOIS MESES FORAM ENTREGUES<<strong>br</strong> />

78 CARTEIRAS PARA ADVOGADOS E ESTAGIÁRIOS<<strong>br</strong> />

Por Camila Lemes e Kerley Pita<<strong>br</strong> />

A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Uberlândia realizou duas solenidades<<strong>br</strong> />

para a entrega de carteiras da<<strong>br</strong> />

Ordem, em fevereiro e março, totalizando<<strong>br</strong> />

66 para advogados e 21 para<<strong>br</strong> />

estagiários. O documento permite o<<strong>br</strong> />

exercício legal da profissão.<<strong>br</strong> />

A primeira solenidade ocorreu<<strong>br</strong> />

no dia 16 de fevereiro. O<<strong>br</strong> />

cerimonial foi organizado pelo<<strong>br</strong> />

conselheiro subseccional da <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

Uberlândia, Hecy Braga de Oliveira,<<strong>br</strong> />

seguido da abertura oficial,<<strong>br</strong> />

conduzida pelo presidente da<<strong>br</strong> />

Subseção, Egmar Sousa Ferraz.<<strong>br</strong> />

O paraninfo da turma foi o conselheiro<<strong>br</strong> />

seccional da <strong>OAB</strong>/MG,<<strong>br</strong> />

Deiber Magalhães Silva que, na<<strong>br</strong> />

ocasião, ressaltou a importância<<strong>br</strong> />

do exercício da Advocacia. A advogada,<<strong>br</strong> />

Soraia El Kadi, mem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

da <strong>com</strong>issão <strong>OAB</strong> Jovem e do<<strong>br</strong> />

Conselho Estadual do Jovem Advogado<<strong>br</strong> />

explicou a importância da<<strong>br</strong> />

participação do advogado nas <strong>com</strong>issões<<strong>br</strong> />

da Subseção e <strong>com</strong>o isso<<strong>br</strong> />

pode auxiliar na carreira profissional<<strong>br</strong> />

do mesmo.<<strong>br</strong> />

No dia 22 de março, mês dedicado<<strong>br</strong> />

às mulheres, houve a segunda<<strong>br</strong> />

solenidade de entrega de<<strong>br</strong> />

carteiras. Naquela ocasião, a <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

Uberlândia realizou mais uma homenagem<<strong>br</strong> />

convidando <strong>com</strong>o paraninfa<<strong>br</strong> />

da turma a advogada Hélia<<strong>br</strong> />

Pereira Azevedo e a cerimonial<<strong>br</strong> />

também advogada, Jane Roza,<<strong>br</strong> />

mulheres que, juntamente <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

as diretoras da Ordem Ângela<<strong>br</strong> />

Botelho, Fernanda Dayrell, Magna<<strong>br</strong> />

Carrijo e a assessora especial da<<strong>br</strong> />

presidência, Iolanda Velasco, representaram<<strong>br</strong> />

todas as advogadas<<strong>br</strong> />

que trabalham por uma sociedade<<strong>br</strong> />

melhor para as mulheres. Azevedo<<strong>br</strong> />

afirmou que o <strong>com</strong>promisso<<strong>br</strong> />

do Direito é <strong>com</strong> a verdade e a<<strong>br</strong> />

liberdade democrática. Assim, ela<<strong>br</strong> />

finalizou parabenizando os novos<<strong>br</strong> />

colegas de profissão.<<strong>br</strong> />

O presidente, Egmar Sousa<<strong>br</strong> />

Ferraz discursou, reforçando a<<strong>br</strong> />

importância do papel social da<<strong>br</strong> />

advocacia. “É impossível realizar<<strong>br</strong> />

um trabalho justo sem conhecer<<strong>br</strong> />

a realidade. Temos um desafio<<strong>br</strong> />

cultural que é o de romper barreiras<<strong>br</strong> />

e termos consciência de que<<strong>br</strong> />

somos advogados de Uberlândia<<strong>br</strong> />

e que devemos ser ativos para a<<strong>br</strong> />

sociedade”, disse Ferraz.<<strong>br</strong> />

A terceira entrega de carteiras<<strong>br</strong> />

aconteceu no dia 30 de março,<<strong>br</strong> />

reunindo novos advogados e estagiários<<strong>br</strong> />

que receberam o documento<<strong>br</strong> />

das mãos dos familiares<<strong>br</strong> />

e amigos. O advogado, Cláudio<<strong>br</strong> />

Leocádio convidou os recém-<<strong>br</strong> />

-advogados da Ordem a participarem<<strong>br</strong> />

da <strong>com</strong>issão <strong>OAB</strong> Jovem e<<strong>br</strong> />

parabenizou-os. O paraninfo da<<strong>br</strong> />

turma, o advogado Moacyr Lobato<<strong>br</strong> />

disse que o profissional da área<<strong>br</strong> />

deve ser capaz de visualizar todos<<strong>br</strong> />

os fenômenos de maneira <strong>com</strong>pleta.<<strong>br</strong> />

“Sejam leais aos seus ideais,<<strong>br</strong> />

batalhem e lutem pelo progresso<<strong>br</strong> />

profissional, mas não se afastem<<strong>br</strong> />

do <strong>com</strong>promisso que fizeram<<strong>br</strong> />

aqui hoje. Advocacia requer serenidade<<strong>br</strong> />

e equilí<strong>br</strong>io. Desejo força,<<strong>br</strong> />

coragem, confiança, serenidade,<<strong>br</strong> />

estudo e respeito”, disse Lobato.<<strong>br</strong> />

A diretoria da Subseção de<<strong>br</strong> />

Uberlândia parabeniza o novos<<strong>br</strong> />

profissionais e os convida para<<strong>br</strong> />

integrarem as <strong>com</strong>issões e exercerem<<strong>br</strong> />

não só a profissão, mas<<strong>br</strong> />

trabalhos que contribuam para a<<strong>br</strong> />

classe dos advogados, bem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

promover melhorias para a sociedade.


Parceria <strong>OAB</strong> Uberlândia e<<strong>br</strong> />

AASP rende ótimos cursos<<strong>br</strong> />

para advogados e estudantes<<strong>br</strong> />

ATÉ O FINAL DE MARÇO JÁ FORAM REALIZADOS NOVE<<strong>br</strong> />

DIFERENTES CURSOS PARA APERFEIÇOAMENTO DO<<strong>br</strong> />

CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DO DIREITO<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

A Associação dos Advogados<<strong>br</strong> />

de São Paulo (AASP), existente<<strong>br</strong> />

desde 1943, continua oferecendo<<strong>br</strong> />

cursos de aprimoramento do<<strong>br</strong> />

conhecimento para advogados e<<strong>br</strong> />

estudantes de Direito. A 13ª Subseção<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong>/MG Uberlândia,<<strong>br</strong> />

gestão 2010/2012, visa a formação<<strong>br</strong> />

continuada e diversos cursos telepresenciais<<strong>br</strong> />

têm sido realizados na<<strong>br</strong> />

Sede, <strong>com</strong> preços acessíveis e conteúdo<<strong>br</strong> />

de alta qualidade. As aulas<<strong>br</strong> />

telepresenciais são em sistema de<<strong>br</strong> />

transmissão 'ao vivo' via satélite,<<strong>br</strong> />

possibilitando a remessa de inda-<<strong>br</strong> />

gações ao palestrante durante a<<strong>br</strong> />

exposição.<<strong>br</strong> />

Desde o início do ano até o<<strong>br</strong> />

final de março foram oferecidos<<strong>br</strong> />

nove cursos diferentes, dentre eles<<strong>br</strong> />

a Audiência trabalhista (30 e 31/02);<<strong>br</strong> />

as novas modalidades de subordinação<<strong>br</strong> />

no contrato de trabalho e na<<strong>br</strong> />

alteração do Art. 6° da CLT (30/01);<<strong>br</strong> />

Certificação digital: teoria geral do<<strong>br</strong> />

processo judicial eletrônico (07/02);<<strong>br</strong> />

Aspectos polêmicos do processo<<strong>br</strong> />

civil e empresarial (13 a 16/02) e<<strong>br</strong> />

Aspectos práticos das audiências<<strong>br</strong> />

cíveis (27/02 a 1°/03); Novas e polêmicas<<strong>br</strong> />

questões da ação de improbidade<<strong>br</strong> />

administrativa (05/03);<<strong>br</strong> />

Direito Eletrônico: Redes Sociais<<strong>br</strong> />

(15/03); Prática forense previdenciária:<<strong>br</strong> />

benefícios (19 a 21/03); As<<strong>br</strong> />

prescrições para os direitos: civil,<<strong>br</strong> />

processo civil, tributário, penal e<<strong>br</strong> />

processual penal (22/03) e Honorários<<strong>br</strong> />

Advocatícios (23/03).<<strong>br</strong> />

Para a<strong>br</strong>il já estão confirmados<<strong>br</strong> />

os cursos AASP de Diálogos entre o<<strong>br</strong> />

Direito de Família e o Processo Civil (9<<strong>br</strong> />

e 10/04) e Execução de Títulos extra<<strong>br</strong> />

judiciais (ação e defesas), <strong>com</strong> análise<<strong>br</strong> />

do projeto do novo CPC (16 e 17/04).<<strong>br</strong> />

As inscrições podem ser feitas na<<strong>br</strong> />

Sede da <strong>OAB</strong> Uberlândia, que fica na<<strong>br</strong> />

av. Rondon Pacheco, 980 ou pelo site<<strong>br</strong> />

da AASP www.aasp.org.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Kerley Pita<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

33


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

34<<strong>br</strong> />

Kerley Pita<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />

Egmar Ferraz e Luís Eduardo Klovrza<<strong>br</strong> />

Luiz Eduardo Klovrza<<strong>br</strong> />

é o novo delegado da CAA<<strong>br</strong> />

GESTÃO SERÁ DE UM ANO E PROMETE AINDA MAIS<<strong>br</strong> />

INTEGRAÇÃO ENTRE CAIXA DE ASSISTÊNCIA E A 13ª SUBSEÇÃO<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

A Caixa de Assistência dos<<strong>br</strong> />

Advogados (CAA-MG) tem novo<<strong>br</strong> />

delegado, o advogado Luiz Eduardo<<strong>br</strong> />

Klovrza que atuará pela segunda<<strong>br</strong> />

vez (não consecutiva) na<<strong>br</strong> />

CAA/MG, substituindo seu antecessor,<<strong>br</strong> />

Carlos Henrique Melazo.<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> o delegado<<strong>br</strong> />

Luiz Eduardo, a meta será a integração<<strong>br</strong> />

da Subseção de Uberlândia<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a CAA. “Agradeço ao Dr.<<strong>br</strong> />

Carlos Melazo pelo trabalho desenvolvido<<strong>br</strong> />

e por ter a oportunidade<<strong>br</strong> />

de sucedê-lo frente à CAA<<strong>br</strong> />

e dar continuidade aos projetos.<<strong>br</strong> />

Vamos ter em 2012 planos de<<strong>br</strong> />

grandes convênios em benefício<<strong>br</strong> />

do advogado, especialmente na<<strong>br</strong> />

área da saúde e do lazer”, disse<<strong>br</strong> />

Klovrza.<<strong>br</strong> />

Ainda so<strong>br</strong>e os trabalhos, Luiz<<strong>br</strong> />

Eduardo enfatiza que haverá a reativação<<strong>br</strong> />

do cartão convênio, além da<<strong>br</strong> />

busca por parceiros que viabilizem<<strong>br</strong> />

descontos e benefícios ao advogado.<<strong>br</strong> />

A expectativa, segundo Klovrza,<<strong>br</strong> />

é conquistar maior apoio<<strong>br</strong> />

de Belo Horizonte aos novos<<strong>br</strong> />

projetos, principalmente no<<strong>br</strong> />

sentido de facilitar os acessos<<strong>br</strong> />

aos benefícios da Caixa, que na<<strong>br</strong> />

maioria dos casos são subutili-<<strong>br</strong> />

zados pelos advogados do interior.<<strong>br</strong> />

“Pretendemos levar a Caixa<<strong>br</strong> />

e seus benefícios ao ambiente<<strong>br</strong> />

forense, dando ao advogado a<<strong>br</strong> />

real percepção de que a Caixa<<strong>br</strong> />

existe para auxiliá-lo”, disse.<<strong>br</strong> />

O delegado da Caixa de Assistência<<strong>br</strong> />

está disponível para<<strong>br</strong> />

atender os advogados de segunda<<strong>br</strong> />

à sexta-feira, no período<<strong>br</strong> />

da manhã, na sala da CAA, localizada<<strong>br</strong> />

na Sede da <strong>OAB</strong> Uberlândia.<<strong>br</strong> />

Aqueles que precisarem de<<strong>br</strong> />

auxílio também poderão entrar<<strong>br</strong> />

em contato na CAA pelo telefone<<strong>br</strong> />

3235-8999 ou no escritório<<strong>br</strong> />

pessoal dele pelo 3236-1730.


<strong>OAB</strong> oferece novos convênios para melhor<<strong>br</strong> />

relação custo/benefício ao advogado<<strong>br</strong> />

PARCERIAS VÃO DESDE SAÚDE E CUIDADO<<strong>br</strong> />

COM AUTOMÓVEL ATÉ INVESTIMENTO EM ESTUDOS<<strong>br</strong> />

Os advogados e estagiários<<strong>br</strong> />

inscritos da 13ª Subseção da<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG Uberlândia estão amparados<<strong>br</strong> />

por convênios firmados<<strong>br</strong> />

entre a Ordem e empresas de<<strong>br</strong> />

diversos ramos no mercado que<<strong>br</strong> />

oferecem, desta forma, descontos<<strong>br</strong> />

e facilidades na hora de fazer utilização<<strong>br</strong> />

de alguns dos benefícios.<<strong>br</strong> />

Assim, a <strong>OAB</strong> preserva a classe<<strong>br</strong> />

de gastos elevados contribuindo,<<strong>br</strong> />

portanto,para a melhoria da relação<<strong>br</strong> />

custo/benefício nos mais variados<<strong>br</strong> />

serviços.<<strong>br</strong> />

A <strong>OAB</strong> Uberlândia mantém<<strong>br</strong> />

hoje 11 convênios, a<strong>br</strong>angendo<<strong>br</strong> />

segmentos de saúde, educação, finanças,<<strong>br</strong> />

lavanderia, ramo automotivo,<<strong>br</strong> />

estacionamento e vestuário. Os<<strong>br</strong> />

descontos variam de 10 a 50% do<<strong>br</strong> />

Veja quais serviços e descontos estão à sua disposição<<strong>br</strong> />

valor co<strong>br</strong>ado sem o convênio.<<strong>br</strong> />

As empresas conveniadas <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

a <strong>OAB</strong> Uberlândia são: Espaço<<strong>br</strong> />

Rama, Folic, Excelente Global, Vip<<strong>br</strong> />

Car Estacionamento, Dpaschoal,<<strong>br</strong> />

<strong>In</strong>nova Óptica, Dryclean USA,<<strong>br</strong> />

Crédito Aporte Caixa – Convênio<<strong>br</strong> />

Nacional <strong>com</strong> a <strong>OAB</strong>, Clínica Bella<<strong>br</strong> />

Vida, Cardiovida, Faculdade Católica<<strong>br</strong> />

de Uberlândia.<<strong>br</strong> />

Empresa Ramo Desconto Endereço<<strong>br</strong> />

Espaço Rama Estética 15% para advogados e estagiários<<strong>br</strong> />

Folic Vestuário 10% para advogados<<strong>br</strong> />

Excelente Global Idiomas<<strong>br</strong> />

Vip Car Estacionamento<<strong>br</strong> />

Dpaschoal Automóveis Pacote de serviços<<strong>br</strong> />

<strong>In</strong>nova Óptica Ótica<<strong>br</strong> />

Vantagens exclusivas para advogados e<<strong>br</strong> />

estagiários<<strong>br</strong> />

Avulso – rotativo – benefício de 50% de<<strong>br</strong> />

desconto na primeira hora<<strong>br</strong> />

Óculos solar, armação <strong>com</strong> lentes de grau<<strong>br</strong> />

20% para pagamento à vista<<strong>br</strong> />

15% parcelamento<<strong>br</strong> />

Dryclean USA Lavanderia 10% de desconto em qualquer serviço<<strong>br</strong> />

Crédito Aporte Caixa Linha de crédito Convênio Nacional <strong>com</strong> a <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

Cardiovida<<strong>br</strong> />

Faculdade Católica<<strong>br</strong> />

de Uberlândia<<strong>br</strong> />

Clínica Bella Vida<<strong>br</strong> />

Centro de Diagnóstico e<<strong>br</strong> />

Tratamento do Coração<<strong>br</strong> />

Cursos de graduação<<strong>br</strong> />

e pós-graduação<<strong>br</strong> />

Pediatria e<<strong>br</strong> />

Neonatologia<<strong>br</strong> />

Desconto nas consultas<<strong>br</strong> />

Graduação:<<strong>br</strong> />

Administração:40%<<strong>br</strong> />

Filosofia, Geografia, História, Pedagogia,<<strong>br</strong> />

Serviço Social, Tecnólogo em Logística e<<strong>br</strong> />

Teologia: 30%<<strong>br</strong> />

Jornalismo: 20%<<strong>br</strong> />

Direito: 18%<<strong>br</strong> />

Pós-graduação: 15% em todos os cursos<<strong>br</strong> />

Descontos nas consultas<<strong>br</strong> />

Iso Olhos Oftalmologia Descontos nas consultas, exames e cirurgias<<strong>br</strong> />

Cia Thermas do Rio<<strong>br</strong> />

Quente (CTRQ)<<strong>br</strong> />

Clube<<strong>br</strong> />

10% de desconto nas tarifas de hospedagem;<<strong>br</strong> />

25% de desconto no Hot Park e Praia do<<strong>br</strong> />

Cerrado<<strong>br</strong> />

Rua Eduardo Felice, 220<<strong>br</strong> />

Vigilato Pereira – 3238-8786<<strong>br</strong> />

Av. João Naves de Ávila, 1331<<strong>br</strong> />

Center Shopping – 3238-8766<<strong>br</strong> />

Av. Cipriano Del Favero 425<<strong>br</strong> />

Centro - 34 3214 1311<<strong>br</strong> />

Unidade Central – Rua Goiás, 77<<strong>br</strong> />

Centro - 3219-8640<<strong>br</strong> />

Av. Rondon Pacheco, 1670<<strong>br</strong> />

Vigilato Pereira – 2101-1400<<strong>br</strong> />

Av. Cipriano Del Fávero, 93<<strong>br</strong> />

Centro - 3210-3388<<strong>br</strong> />

Rua Duque de Caxias, 797<<strong>br</strong> />

3214-4009<<strong>br</strong> />

Agências Caixa Econômica Federal<<strong>br</strong> />

Ag. Tubal Vilela – 3303-7500<<strong>br</strong> />

Av. Getúlio Vargas, 194<<strong>br</strong> />

Centro - 3255-5001<<strong>br</strong> />

Rua Padre Pio, 300<<strong>br</strong> />

3236-0336<<strong>br</strong> />

Av. João Pinheiro, 300 – 3º andar<<strong>br</strong> />

Centro – 3214-9270<<strong>br</strong> />

Rua Eduardo Marquês, 50<<strong>br</strong> />

3230-5050<<strong>br</strong> />

Fazenda Água Quente<<strong>br</strong> />

64 3452-8080<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

35


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

36<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />

Eliseu Marques propôs a descentralização da Comissão de Prerrogativas<<strong>br</strong> />

Subseção de Uberlândia<<strong>br</strong> />

realiza reunião para capacitação<<strong>br</strong> />

dos delegados de prerrogativas<<strong>br</strong> />

VICE-PRESIDENTE DA <strong>OAB</strong>/MG, ELISEU MARQUES LANÇA PROPOSTA<<strong>br</strong> />

DE DESCENTRALIZAÇÃO DA COMISSÃO DE PRERROGATIVAS DA <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Uberlândia realizou em 3 de março<<strong>br</strong> />

uma reunião para capacitação<<strong>br</strong> />

dos delegados de prerrogativas<<strong>br</strong> />

e presidentes de subseções vizinhas,<<strong>br</strong> />

oferecida pela Comissão de<<strong>br</strong> />

Defesa, Assistência e Prerrogativas<<strong>br</strong> />

(CDAP) da <strong>OAB</strong>/MG. O vice-<<strong>br</strong> />

-presidente da <strong>OAB</strong>/MG, Eliseu<<strong>br</strong> />

Marques de Oliveira e o presidente<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong> Uberlândia, Egmar<<strong>br</strong> />

Sousa Ferraz, receberam a 1ª vice-<<strong>br</strong> />

-presidente da <strong>com</strong>issão, Cíntia<<strong>br</strong> />

Ribeiro de Freitas, o 2ª vice-presidente,<<strong>br</strong> />

Fa<strong>br</strong>ício Rabelo e o delegado<<strong>br</strong> />

de prerrogativa da <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />

MG, Herman Alexander Lacerda<<strong>br</strong> />

Teixeira, que explanaram para cerca<<strong>br</strong> />

30 participantes so<strong>br</strong>e os direitos<<strong>br</strong> />

dos advogados ao exercerem<<strong>br</strong> />

a profissão.<<strong>br</strong> />

Na reunião, o vice-presidente<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong>/MG Eliseu Marques de<<strong>br</strong> />

Oliveira propôs a descentraliza-<<strong>br</strong> />

Fotos Edu Marques<<strong>br</strong> />

ção da Comissão de Prerrogativas,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a meta de criar regionais em<<strong>br</strong> />

Uberlândia, Uberaba, Ituiutaba e<<strong>br</strong> />

Patos de Minas, sendo aprovada e<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>açada por todos os presentes<<strong>br</strong> />

na reunião. De acordo <strong>com</strong> Eliseu<<strong>br</strong> />

Marques a proposta está em<<strong>br</strong> />

processo de apreciação do presidente<<strong>br</strong> />

da Seccional, Luís Cláudio<<strong>br</strong> />

Chaves, que tem a <strong>com</strong>petência<<strong>br</strong> />

originária para acatar o projeto<<strong>br</strong> />

sugerido.<<strong>br</strong> />

A <strong>OAB</strong> Uberlândia atualmente


conta <strong>com</strong> o Plantão de Prerrogativas,<<strong>br</strong> />

que atende casos de violação<<strong>br</strong> />

às prerrogativas no exercício<<strong>br</strong> />

da profissão. Diuturnamente há<<strong>br</strong> />

um diretor, um conselheiro subseccional<<strong>br</strong> />

e um delegado de prerrogativas<<strong>br</strong> />

à disposição da classe,<<strong>br</strong> />

podendo ser acionados através<<strong>br</strong> />

do telefone do SOS Prerrogativas<<strong>br</strong> />

- (34) 9993-5555.<<strong>br</strong> />

O presidente, Egmar Sousa<<strong>br</strong> />

Ferraz, afirmou que Uberlândia<<strong>br</strong> />

é referência em relação às defesas<<strong>br</strong> />

de prerrogativas. “Temos um<<strong>br</strong> />

SOS Prerrogativas que oferece total<<strong>br</strong> />

suporte para o advogado que<<strong>br</strong> />

tiver seu direito violado e sugiro<<strong>br</strong> />

que as subseções vizinhas também<<strong>br</strong> />

tenham. Temos tranquilidade<<strong>br</strong> />

nas demandas, mas estamos<<strong>br</strong> />

sempre à disposição do advogado.<<strong>br</strong> />

O problema que percebo é a<<strong>br</strong> />

falta de informação do advogado,<<strong>br</strong> />

precisamos fazer mais campanhas,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>bater e valorizar nossas<<strong>br</strong> />

prerrogativas”, disse Ferraz.<<strong>br</strong> />

Na 13ª Subseção, trabalham<<strong>br</strong> />

Público presente na reunião<<strong>br</strong> />

nove delegados de prerrogativas<<strong>br</strong> />

em regime de plantão para atender<<strong>br</strong> />

os advogados que tiverem os<<strong>br</strong> />

direitos violados no exercício da<<strong>br</strong> />

profissão. São eles: Benedito dos<<strong>br</strong> />

Reis Vieira, Eduardo Arantes Vilela,<<strong>br</strong> />

Hélio Ap. Marçal da Silva, José<<strong>br</strong> />

Rodrigues de Queiroz Jr., Luís Antônio<<strong>br</strong> />

Miranda, Marco Túlio Veiga,<<strong>br</strong> />

Reginaldo José do Prado, Roberto<<strong>br</strong> />

Santana Pioli, Anderson Machado.<<strong>br</strong> />

Estes delegados atuam <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

o apoio de 11 conselheiros, que<<strong>br</strong> />

são: Simone Silva Prudêncio, Eurípedes<<strong>br</strong> />

de Almeida, Hecy Braga de<<strong>br</strong> />

Oliveira, Kenedy José Urzedo de<<strong>br</strong> />

Queiroz, Leonardo Alves Canuto,<<strong>br</strong> />

Leonardo Pereira Rocha Moreira,<<strong>br</strong> />

Lilian Takata, Luciano de Salles<<strong>br</strong> />

Monteiro, Rodrigo Magno de Macedo,<<strong>br</strong> />

Sebastião Roberto de Araújo<<strong>br</strong> />

e Selmo Gonçalves Ca<strong>br</strong>al.<<strong>br</strong> />

A Seccional Mineira elaborou,<<strong>br</strong> />

por meio da <strong>com</strong>issão, uma Cartilha<<strong>br</strong> />

de Prerrogativas inovadora,<<strong>br</strong> />

que foi distribuída aos presentes.<<strong>br</strong> />

Nesta, há informações conceituais<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e os direitos dos advogados<<strong>br</strong> />

e questões práticas que exemplificam<<strong>br</strong> />

casos de violação das prerrogativas.<<strong>br</strong> />

O objetivo do documento<<strong>br</strong> />

é instruir o advogado, auxiliando-<<strong>br</strong> />

-o na defesa de seus direitos.<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> a cartilha,<<strong>br</strong> />

o conceito de prerrogativa “é a<<strong>br</strong> />

primazia deferida a certas pessoas<<strong>br</strong> />

em razão do cargo ocupado<<strong>br</strong> />

ou do ofício que desempenham.<<strong>br</strong> />

Nesta razão, prerrogativa, juridicamente,<<strong>br</strong> />

entende-se o direito exclusivo,<<strong>br</strong> />

que se defere ou se atribui<<strong>br</strong> />

a certas funções ou dignidades”.<<strong>br</strong> />

(DE PLÁCIDO E SILVA, Vocabulário<<strong>br</strong> />

Jurídico – Ed. Forense: Rio de Janeiro,<<strong>br</strong> />

2008, p.1.085/1.086)<<strong>br</strong> />

A Lei Federal n. 8.906/94 –<<strong>br</strong> />

Estatuto da Advocacia e da <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

regulamenta o preceito constitucional<<strong>br</strong> />

e prevê os direitos e<<strong>br</strong> />

prerrogativas do Advogado, mais<<strong>br</strong> />

precisamente nos artigos 6° e 7°,<<strong>br</strong> />

sendo que no último delineia-se<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o prerrogativas a liberdade<<strong>br</strong> />

de exercício profissional; invio-<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

37


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

38<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />

labilidade de seu local e instrumentos<<strong>br</strong> />

de trabalho, em garantia<<strong>br</strong> />

da liberdade de defesa e do<<strong>br</strong> />

sigilo profissional; <strong>com</strong>unicação<<strong>br</strong> />

pessoal e reservado <strong>com</strong> seus<<strong>br</strong> />

constituintes; presença da Ordem,<<strong>br</strong> />

ao ser preso em razão do exercício<<strong>br</strong> />

da advocacia; prisão especial<<strong>br</strong> />

condigna antes de condenação<<strong>br</strong> />

transitada em julgado; acesso e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicação livres nos locais de<<strong>br</strong> />

exercício da advocacia; exame e<<strong>br</strong> />

vista de autos de processos em<<strong>br</strong> />

órgãos públicos; desagravo público,<<strong>br</strong> />

quando ofendido no exercício<<strong>br</strong> />

profissional; e uso dos símbolos<<strong>br</strong> />

privativos da advocacia.<<strong>br</strong> />

Segundo a 1ª vice-presidente<<strong>br</strong> />

da Comissão de Defesa, Assistência<<strong>br</strong> />

e Prerrogativas da <strong>OAB</strong>/MG,<<strong>br</strong> />

Cíntia Ribeiro Freitas, a grande<<strong>br</strong> />

vilã das prerrogativas é a falta de<<strong>br</strong> />

conhecimento por parte do advogado<<strong>br</strong> />

e das instituições. “Hoje<<strong>br</strong> />

a afronta às prerrogativas é muito<<strong>br</strong> />

mais a falta de informação do<<strong>br</strong> />

advogado e o desconhecimento<<strong>br</strong> />

do seu próprio direito, o advogado<<strong>br</strong> />

primordialmente tem que ser<<strong>br</strong> />

o defensor da prerrogativa dele”,<<strong>br</strong> />

disse.<<strong>br</strong> />

A Comissão da <strong>OAB</strong>/MG tem<<strong>br</strong> />

realizado reuniões e convenções<<strong>br</strong> />

institucionais para solucionar a<<strong>br</strong> />

questão de forma não isolada,<<strong>br</strong> />

mas institucional, <strong>com</strong>o ocorreu<<strong>br</strong> />

no exemplo citado por Cíntia:<<strong>br</strong> />

“Firmamos um encontro <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

corregedor da Polícia Civil porque<<strong>br</strong> />

sistematicamente nesta entidade<<strong>br</strong> />

as buscas e apreensões, e a prisão<<strong>br</strong> />

do advogado são realizadas sem<<strong>br</strong> />

o contato <strong>com</strong> a Ordem, o que<<strong>br</strong> />

afronta a prerrogativa especificada<<strong>br</strong> />

no artigo 6 e 7 da Lei 8906/94.<<strong>br</strong> />

As instituições de modo geral<<strong>br</strong> />

desconhecem as prerrogativas do<<strong>br</strong> />

advogado e estamos sempre aptos<<strong>br</strong> />

a dar total apoio aos advogados<<strong>br</strong> />

mineiros”, disse.<<strong>br</strong> />

Baseado nesta premissa, a<<strong>br</strong> />

Comissão intensifica os trabalhos<<strong>br</strong> />

para divulgar e orientar os<<strong>br</strong> />

delegados de prerrogativas. De<<strong>br</strong> />

acordo <strong>com</strong> Cíntia Freitas, o próximo<<strong>br</strong> />

passo é estender o curso<<strong>br</strong> />

de capacitação de forma regionalizada,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o objetivo de que<<strong>br</strong> />

os delegados de prerrogativas<<strong>br</strong> />

se instruam para fazer a defesa<<strong>br</strong> />

das prerrogativas e disseminar o<<strong>br</strong> />

conhecimento para outros advogados.<<strong>br</strong> />

“As prerrogativas do advogado<<strong>br</strong> />

são mais que um DIREITO,<<strong>br</strong> />

são um DEVER, porque o mesmo<<strong>br</strong> />

não está defendendo seu próprio<<strong>br</strong> />

direito, mas o direito do cidadão.<<strong>br</strong> />

É fundamental a união da instituição<<strong>br</strong> />

para que possamos nos fortalecer,<<strong>br</strong> />

só assim nós vamos poder<<strong>br</strong> />

defender o Estado Democrático<<strong>br</strong> />

de Direito”, concluiu.<<strong>br</strong> />

As prerrogativas dos advogados<<strong>br</strong> />

são violadas em todas as áreas<<strong>br</strong> />

do Direito e da atuação da advocacia,<<strong>br</strong> />

de acordo <strong>com</strong> o 2° vice-presidente<<strong>br</strong> />

da Comissão de Defesa,<<strong>br</strong> />

Assistência e Prerrogativas da <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />

MG, Fa<strong>br</strong>ício Rabelo. “Em algumas<<strong>br</strong> />

áreas são mais expressivas, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

na área criminal, por exemplo, o<<strong>br</strong> />

acesso a clientes que estão detidos,<<strong>br</strong> />

a inquéritos, embate em geral <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

autoridades policiais e afins. Nós<<strong>br</strong> />

verificamos muitas vezes que os<<strong>br</strong> />

embates ocorrem nas audiências<<strong>br</strong> />

quando há, por exemplo, o acato<<strong>br</strong> />

de alguma pergunta formulado<<strong>br</strong> />

pelo advogado que às vezes resiste<<strong>br</strong> />

em incluir em pauta. Na Justiça do<<strong>br</strong> />

Trabalho pontualmente estamos<<strong>br</strong> />

enfrentando problemas <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />

atas de audiência, que agora não<<strong>br</strong> />

possuem mais a assinatura e não<<strong>br</strong> />

estão exigindo-a dos advogados.<<strong>br</strong> />

São problemas inúmeros, diversos,<<strong>br</strong> />

pulverizados que sempre acionam<<strong>br</strong> />

a presença da <strong>OAB</strong> através da nossa<<strong>br</strong> />

Comissão”, explicou.<<strong>br</strong> />

A Comissão de Defesa, Assistência<<strong>br</strong> />

e Prerrogativas da <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />

MG, segundo seu juízo de admissibilidade,<<strong>br</strong> />

intervirá em prol<<strong>br</strong> />

do advogado e do estagiário regulamente<<strong>br</strong> />

inscrito, mediante os<<strong>br</strong> />

seguintes procedimentos formais:<<strong>br</strong> />

representação, assistência e/ou<<strong>br</strong> />

desagravo.


Destaque<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> conquista correição extraordinária<<strong>br</strong> />

na Justiça Estadual de Uberlândia<<strong>br</strong> />

TJMG REALIZARÁ CORREIÇÃO EXTRAORDINÁRIA<<strong>br</strong> />

EM TODAS AS VARAS CÍVEIS EM ABRIL<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

Atendendo ao pedido da 13ª<<strong>br</strong> />

Subseção da Ordem dos Advogados<<strong>br</strong> />

do Brasil Seção Minas<<strong>br</strong> />

Gerais, a Corregedoria do TJMG<<strong>br</strong> />

realizará nesta Comarca uma<<strong>br</strong> />

Correição extraordinária em todas<<strong>br</strong> />

as Varas Cíveis, no período<<strong>br</strong> />

de 10 a 13 de a<strong>br</strong>il - 1ª,2ª,3ª, 4ª e<<strong>br</strong> />

5ª Varas Cíveis – e de 24 a 27 de<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>il – 6ª,7ª,8ª,9ª e 10ª Varas Cíveis.<<strong>br</strong> />

A solicitação da 13ª Subseção<<strong>br</strong> />

originou-se nas Assembleias<<strong>br</strong> />

realizadas no ano de 2011 e culminará<<strong>br</strong> />

na melhoria da prestação<<strong>br</strong> />

jurisdicional.<<strong>br</strong> />

Em fevereiro, o presidente<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong>/MG Uberlândia, Egmar<<strong>br</strong> />

Sousa Ferraz, o vice-presidente<<strong>br</strong> />

da Seccional Mineira da <strong>OAB</strong>,<<strong>br</strong> />

Eliseu Marques e conselheiros<<strong>br</strong> />

reuniram-se no gabinete do<<strong>br</strong> />

corregedor-geral de Justiça de<<strong>br</strong> />

Minas Gerais, o desembargador<<strong>br</strong> />

Antônio Marcos Alvim Soares,<<strong>br</strong> />

solicitando a correição extraordinária.<<strong>br</strong> />

Na ocasião, apresentaram<<strong>br</strong> />

requerimento assinado<<strong>br</strong> />

pelos diretores e por dez conselheiros<<strong>br</strong> />

para instauração de<<strong>br</strong> />

correição em cinco Varas na<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>arca de Uberlândia.<<strong>br</strong> />

“A <strong>OAB</strong> não pode silenciar<<strong>br</strong> />

quanto aos problemas existentes<<strong>br</strong> />

no Fórum local, cabendo<<strong>br</strong> />

à nossa instituição provocar o<<strong>br</strong> />

poder constituído, a fim de que<<strong>br</strong> />

este atenda o cidadão de maneira<<strong>br</strong> />

mais célere e eficaz, sempre<<strong>br</strong> />

respeitando as prerrogativas<<strong>br</strong> />

dos advogados”, afirmou o<<strong>br</strong> />

presidente, Egmar Ferraz.<<strong>br</strong> />

O objetivo da correição é<<strong>br</strong> />

possibilitar que as referidas<<strong>br</strong> />

Varas recebam uma atenção<<strong>br</strong> />

especial do Tribunal de Justiça<<strong>br</strong> />

de Minas Gerais (TJMG), a<<strong>br</strong> />

fim de eliminar as deficiências<<strong>br</strong> />

apontadas pelos advogados de<<strong>br</strong> />

Uberlândia em assembleias.<<strong>br</strong> />

Esta é uma vitória histórica<<strong>br</strong> />

não só da Advocacia de Uberlândia,<<strong>br</strong> />

mas também de toda a<<strong>br</strong> />

sociedade uberlandense, que<<strong>br</strong> />

receberá doravante uma prestação<<strong>br</strong> />

jurisdicional melhor.<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

39


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

40<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />

Novo <strong>com</strong>ando das polícias Militar e Civil<<strong>br</strong> />

Cel. Crovato<<strong>br</strong> />

Diretoria da <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />

é apresentada ao novo <strong>com</strong>ando<<strong>br</strong> />

das Polícias Militar e Civil<<strong>br</strong> />

ENCONTRO COM OS NOVOS COMANDANTES TEVE OBJETIVO DE<<strong>br</strong> />

DISCUTIR AS QUESTÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA EM UBERLÂNDIA<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

A diretoria da 13ª Subseção<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong>/MG Uberlândia e o Conselho<<strong>br</strong> />

Subseccional receberam no<<strong>br</strong> />

dia 6 de março, na Sede, os integrantes<<strong>br</strong> />

do novo <strong>com</strong>ando da<<strong>br</strong> />

Polícia Militar e Civil da cidade. O<<strong>br</strong> />

encontro teve <strong>com</strong>o finalidade a<<strong>br</strong> />

discussão da segurança pública<<strong>br</strong> />

em Uberlândia.<<strong>br</strong> />

O presidente da Subseção,<<strong>br</strong> />

Egmar Sousa Ferraz, afirmou que<<strong>br</strong> />

a Ordem reconhece o trabalho<<strong>br</strong> />

positivo realizado pelas polícias<<strong>br</strong> />

para manter a paz social. “A questão<<strong>br</strong> />

da segurança pública vem me<<strong>br</strong> />

in<strong>com</strong>odando há um tempo, e<<strong>br</strong> />

temos que conseguir deixar um<<strong>br</strong> />

único legado, que é a coragem<<strong>br</strong> />

de batalhar por uma cidade mais<<strong>br</strong> />

segura. A Ordem está ao lado da<<strong>br</strong> />

Polícia Civil e Militar, que hoje podemos<<strong>br</strong> />

afirmar que atua baseada<<strong>br</strong> />

no respeito e que nenhum advogado<<strong>br</strong> />

de Uberlândia é conduzido<<strong>br</strong> />

pela PM antes de informarem a<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>, uma prova de que nossas


prerrogativas estão sendo cumpridas”,<<strong>br</strong> />

disse Ferraz.<<strong>br</strong> />

A reunião norteou a manutenção<<strong>br</strong> />

e melhoria da segurança<<strong>br</strong> />

pública, reunindo entidades para<<strong>br</strong> />

trabalharem em parceria nos projetos<<strong>br</strong> />

tanto de prevenção quanto de<<strong>br</strong> />

atuação imediata no <strong>com</strong>bate aos<<strong>br</strong> />

diversos crimes. A Ordem busca<<strong>br</strong> />

aproximar-se dos órgãos de segurança<<strong>br</strong> />

para contribuir ativamente<<strong>br</strong> />

em prol de uma realidade melhor.<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> o coronel da<<strong>br</strong> />

Polícia Militar e chefe da 9ª Região<<strong>br</strong> />

de Polícia Militar, Dilmar Crovato,<<strong>br</strong> />

a sociedade deve participar<<strong>br</strong> />

criticamente e dar sugestões no<<strong>br</strong> />

que tange ao trabalho dos órgãos<<strong>br</strong> />

do Estado. “O grande propósito<<strong>br</strong> />

do trabalho das polícias é a construção<<strong>br</strong> />

da paz social, o que isoladamente<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a PM é impossível,<<strong>br</strong> />

mas quando tem pessoas sérias,<<strong>br</strong> />

instituições sérias <strong>com</strong>prometidas<<strong>br</strong> />

e abnegadas, <strong>com</strong> certeza o<<strong>br</strong> />

caminho é muito mais fácil”, disse<<strong>br</strong> />

o Cel Crovato.<<strong>br</strong> />

Para a atual Delegada Regional<<strong>br</strong> />

da Polícia Civil de Uberlândia,<<strong>br</strong> />

Márcia Regina Pussoli, o momento<<strong>br</strong> />

é trabalhoso. “Vamos precisar<<strong>br</strong> />

do apoio de todos, população,<<strong>br</strong> />

entidades, principalmente para<<strong>br</strong> />

atuarmos e darmos respostas à<<strong>br</strong> />

sociedade. Um dos pontos em<<strong>br</strong> />

que somos mais co<strong>br</strong>ados está<<strong>br</strong> />

relacionado ao crime, pois o índice<<strong>br</strong> />

de homicídio em Uberlândia<<strong>br</strong> />

está alto em <strong>com</strong>paração aos outros<<strong>br</strong> />

anos. Sabemos que isso também<<strong>br</strong> />

é provocado pelo tráfico de<<strong>br</strong> />

drogas, os menores que entraram<<strong>br</strong> />

muito cedo nessa vida, e isso é<<strong>br</strong> />

um efeito em cadeia que precisamos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>bater. Sozinhos não conseguiremos<<strong>br</strong> />

nada”, disse Pussoli.<<strong>br</strong> />

Participaram da reunião: Cel<<strong>br</strong> />

Crovato, Com. da 9ª Região de Polícia<<strong>br</strong> />

Militar; Márcia Regina Pussoli,<<strong>br</strong> />

Del. Regional da Polícia Civil; Cel.<<strong>br</strong> />

Adanil, diretor do presídio Jacy de<<strong>br</strong> />

Assis; Cap. Carlos Magno, da 9ª Cia<<strong>br</strong> />

de Meio Ambiente e Transporte<<strong>br</strong> />

Rodoviário; Ten. Cel. Wesley, Com.<<strong>br</strong> />

do 17° BPM; Tem. Cel Sandro, Com.<<strong>br</strong> />

do 32° BPM; Major Donizete, Com.<<strong>br</strong> />

da 2ª Cia de Missões Especiais e<<strong>br</strong> />

Rafael Affonso, representante de<<strong>br</strong> />

Luciano Cunha, da Assessoria de<<strong>br</strong> />

<strong>In</strong>formação e <strong>In</strong>teligência – SUAPI<<strong>br</strong> />

- 9ª RISP.<<strong>br</strong> />

A <strong>OAB</strong> Uberlândia foi representada<<strong>br</strong> />

pelo presidente, Egmar<<strong>br</strong> />

Sousa Ferraz, a vice-presidente,<<strong>br</strong> />

Ângela Botelho; o diretor-tesoureiro<<strong>br</strong> />

Adauto Alves; o mem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

do Tribunal de Ética e Disciplina,<<strong>br</strong> />

Ricardo Lotti; o presidente da<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>issão Direito Penal, Rogério<<strong>br</strong> />

Zeidan; o conselheiro subseccio-<<strong>br</strong> />

Del. Márcia Pussoli<<strong>br</strong> />

nal Rodrigo Magno de Macedo; o<<strong>br</strong> />

conselheiro subseccional, Selmo<<strong>br</strong> />

Gonçalves Ca<strong>br</strong>al; o presidente<<strong>br</strong> />

da <strong>com</strong>issão Direitos Humanos,<<strong>br</strong> />

Luís César Machado de Macedo.<<strong>br</strong> />

Fotos Kerley Pita<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

41


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

42<<strong>br</strong> />

T RIBUNAL DE ÉTICA<<strong>br</strong> />

O TED é formado por 31 julgadores de todo Estado<<strong>br</strong> />

TED avalia <strong>com</strong>portamento<<strong>br</strong> />

dos advogados<<strong>br</strong> />

O TRIBUNAL DE ÉTICA E DISCIPLINA DA <strong>OAB</strong>/MG É CONSIDERADO<<strong>br</strong> />

UM ÓRGÃO DE EXCELÊNCIA NOS TRABALHOS REALIZADOS<<strong>br</strong> />

O Tribunal de Ética e Disciplina<<strong>br</strong> />

(TED), da Ordem dos Advogados<<strong>br</strong> />

do Brasil, Seção Minas Gerais é<<strong>br</strong> />

um órgão destinado a nortear e<<strong>br</strong> />

advertir a respeito da ética profissional,<<strong>br</strong> />

instruindo e julgando os<<strong>br</strong> />

processos disciplinares dos advogados,<<strong>br</strong> />

de acordo <strong>com</strong> regras do<<strong>br</strong> />

Estatuto e do Regulamento Geral.<<strong>br</strong> />

O TED da Seccional Mineira é<<strong>br</strong> />

presidido pelo advogado Décio<<strong>br</strong> />

de Carvalho, chefe do TED, Fa<strong>br</strong>ício<<strong>br</strong> />

de Marcos Guimarães e o se-<<strong>br</strong> />

cretário do TED, Adriano Luiz do<<strong>br</strong> />

Couto. O órgão é <strong>com</strong>posto por<<strong>br</strong> />

31 advogados de todo o Estado,<<strong>br</strong> />

que são nomeados julgadores e<<strong>br</strong> />

divididos em cinco turmas julgadoras,<<strong>br</strong> />

sendo que cada uma delas<<strong>br</strong> />

é <strong>com</strong>posta por um presidente.<<strong>br</strong> />

A <strong>OAB</strong> Uberlândia é representada<<strong>br</strong> />

no TED por sete julgadores,<<strong>br</strong> />

sendo que um deles atua também<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o presidente de uma turma<<strong>br</strong> />

julgadora, que é o advogado, José<<strong>br</strong> />

Eduardo Batista (presidente e jul-<<strong>br</strong> />

gador da 3ª turma) seguido dos<<strong>br</strong> />

julgadores Ricardo Luiz Lotti (1ª<<strong>br</strong> />

turma); Salvio Moreira Pena Franco<<strong>br</strong> />

(2ª turma);Écio Roza (3ª turma);<<strong>br</strong> />

Pauliran Gomes e Silva (3ª turma);<<strong>br</strong> />

Carlos Alberto Miro da Silva (4ª<<strong>br</strong> />

turma) e Viviane Espíndola Vieira<<strong>br</strong> />

(4ª turma).<<strong>br</strong> />

O Tribunal de Ética é centralizado<<strong>br</strong> />

em Belo Horizonte, julgando<<strong>br</strong> />

processos de todo o Estado. Para<<strong>br</strong> />

o presidente do TED, Décio de<<strong>br</strong> />

Carvalho Mitre, a <strong>OAB</strong> Uberlândia


é bem representada no Tribunal<<strong>br</strong> />

de Ética. “A <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />

é uma das mais queridas e mais<<strong>br</strong> />

produtivas do Estado e os relatores<<strong>br</strong> />

se destacam por serem sérios<<strong>br</strong> />

e cultos”, disse Mitre.<<strong>br</strong> />

Funcionamento do TED<<strong>br</strong> />

A função do TED, no campo<<strong>br</strong> />

da ética profissional, é apurar,<<strong>br</strong> />

mediante processo legal, as faltas<<strong>br</strong> />

éticas e disciplinares, eventualmente<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>etidas pelos advogados,<<strong>br</strong> />

aplicando as sanções disciplinares<<strong>br</strong> />

previstas no Estatuto da<<strong>br</strong> />

Advocacia e da <strong>OAB</strong>.<<strong>br</strong> />

Anteriormente ao Tribunal<<strong>br</strong> />

de Ética, a denúncia é feita ao<<strong>br</strong> />

Conselho de Ética de cada Subseção<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong>/MG, que realiza<<strong>br</strong> />

o juízo de instrução, ouve as<<strong>br</strong> />

partes, oferece direito de defesa<<strong>br</strong> />

para o advogado e redige o<<strong>br</strong> />

relatório preliminar, concluindo<<strong>br</strong> />

a ocorrência ou não de punição.<<strong>br</strong> />

Dessa forma, apresenta um parecer<<strong>br</strong> />

pelo arquivamento ou pela<<strong>br</strong> />

punição e o transfere para o Tribunal<<strong>br</strong> />

de Ética.<<strong>br</strong> />

A sessão de julgamento acontece<<strong>br</strong> />

uma vez por mês no Tribunal<<strong>br</strong> />

de Ética e Disciplina (TED), em<<strong>br</strong> />

Belo Horizonte. O TED recebe o<<strong>br</strong> />

processo administrativo disciplinar<<strong>br</strong> />

(PAD) elaborado pelo Conselho.<<strong>br</strong> />

Assim, cada julgador fica<<strong>br</strong> />

responsável por oito processos,<<strong>br</strong> />

nos quais cada presidente será<<strong>br</strong> />

relator, levando para a sessão de<<strong>br</strong> />

julgamento o processo, o relatório<<strong>br</strong> />

e o voto.<<strong>br</strong> />

Em casos de punições cabe<<strong>br</strong> />

advertência, multa, suspensão,<<strong>br</strong> />

suspensão preventiva e exclusão,<<strong>br</strong> />

que é a pena máxima dada ao advogado.<<strong>br</strong> />

Para atuar no TED é necessário<<strong>br</strong> />

que o advogado tenha mais<<strong>br</strong> />

de cinco anos de inscrição na<<strong>br</strong> />

Dr. Décio Mitre, presidente do TED <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>, nenhuma mancha acusação<<strong>br</strong> />

profissional, doação de tempo de<<strong>br</strong> />

serviço e vocação.<<strong>br</strong> />

TED julgou 7536 processos<<strong>br</strong> />

entre 2008 e 2011<<strong>br</strong> />

O Tribunal de Ética e Disciplina<<strong>br</strong> />

(TED) da <strong>OAB</strong>/MG divulgou no<<strong>br</strong> />

início do ano, um relatório <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

a quantidade de julgamentos realizados<<strong>br</strong> />

pelo Tribunal de 2008 a<<strong>br</strong> />

2011. Ao todo foram decididos<<strong>br</strong> />

7.536 processos, sendo incluído<<strong>br</strong> />

o número de 2.749 de advogados<<strong>br</strong> />

inadimplentes para <strong>com</strong> a instituição.<<strong>br</strong> />

Para a obtenção desses<<strong>br</strong> />

números foram realizadas 134<<strong>br</strong> />

sessões de julgamentos.<<strong>br</strong> />

Número de processos julgados: 7.536<<strong>br</strong> />

Número de sessões realizadas: 134<<strong>br</strong> />

Improcedentes: 1.679<<strong>br</strong> />

Suspensões: 2.209 + 2.749 (inadimplentes/junho 2011) = 4.958<<strong>br</strong> />

Suspensões preventivas: 8<<strong>br</strong> />

Censuras: 288<<strong>br</strong> />

Advertências: 294<<strong>br</strong> />

Prescrições: 133<<strong>br</strong> />

<strong>In</strong><strong>com</strong>petência: 4<<strong>br</strong> />

Extintos: 85<<strong>br</strong> />

Anulado: 1<<strong>br</strong> />

Consultas em tese: 63<<strong>br</strong> />

FONTE: TED <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Fotos <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

A <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

Uberlândia é<<strong>br</strong> />

uma das mais<<strong>br</strong> />

queridas e mais<<strong>br</strong> />

produtivas do<<strong>br</strong> />

Estado e os<<strong>br</strong> />

relatores se<<strong>br</strong> />

destacam por<<strong>br</strong> />

serem sérios e<<strong>br</strong> />

cultos”<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

43


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

44<<strong>br</strong> />

T RIBUNAL DE ÉTICA<<strong>br</strong> />

Com a palavra,<<strong>br</strong> />

os julgadores do TED<<strong>br</strong> />

O Tribunal de Ética é muito<<strong>br</strong> />

bem representado no Conselho<<strong>br</strong> />

Federal, temos um prestígio juntamente<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> São Paulo e Rio de<<strong>br</strong> />

Janeiro <strong>com</strong>o tribunal sério. É um<<strong>br</strong> />

trabalho de muita responsabilidade,<<strong>br</strong> />

muito gratificante por um<<strong>br</strong> />

lado porque a classe reconheceu<<strong>br</strong> />

que temos atributos para estar<<strong>br</strong> />

na condição de julgadores, mas<<strong>br</strong> />

também é um trabalho muito<<strong>br</strong> />

constrangedor por termos que<<strong>br</strong> />

aplicar uma sanção a um colega,<<strong>br</strong> />

este é o lado ruim. Com meus<<strong>br</strong> />

anos de trabalho no TED não sabia<<strong>br</strong> />

que era tão grave a questão<<strong>br</strong> />

do descaso do advogado <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

o cliente, por isso hoje sou mais<<strong>br</strong> />

próximo do meu cliente, ouço<<strong>br</strong> />

mais, e não só ofereço um apoio<<strong>br</strong> />

jurídico e técnico, mas me tornei<<strong>br</strong> />

um advogado mais preventivo<<strong>br</strong> />

que contencioso.<<strong>br</strong> />

Dr. José Eduardo Batista<<strong>br</strong> />

Julgador e presidente da 3ª T.<<strong>br</strong> />

TED/<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Fotos Edu Marques<<strong>br</strong> />

O trabalho realizado no TED<<strong>br</strong> />

é muitíssimo sério, é praticamente<<strong>br</strong> />

o órgão de 2ª estância<<strong>br</strong> />

onde convergem as maiorias<<strong>br</strong> />

das representações disciplinares<<strong>br</strong> />

principalmente movidas de<<strong>br</strong> />

advogado contra advogado e<<strong>br</strong> />

onde há o primeiro julgamento<<strong>br</strong> />

(já que nas subseções o voto é<<strong>br</strong> />

opinativo, no TED há um julgamento<<strong>br</strong> />

real das representações e<<strong>br</strong> />

para o julgamento são observados<<strong>br</strong> />

todos e quaisquer direitos<<strong>br</strong> />

e prerrogativas do advogado.<<strong>br</strong> />

São poucos os advogados que<<strong>br</strong> />

infringem o código de ética,<<strong>br</strong> />

embora ressalvo que mesmo<<strong>br</strong> />

advogado sério se não observar<<strong>br</strong> />

bem o estatuto está sujeito a<<strong>br</strong> />

possível infração ética disciplinar,<<strong>br</strong> />

pois o código é bastante extenso<<strong>br</strong> />

e o advogado tem que ter um<<strong>br</strong> />

cuidado redo<strong>br</strong>ado para que não<<strong>br</strong> />

seja demandado por aqueles<<strong>br</strong> />

dispositivos legais.<<strong>br</strong> />

Dr. Écio Roza<<strong>br</strong> />

Julgador da 3ª T. TED/<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

A principal preocupação do Ted<<strong>br</strong> />

é <strong>com</strong> a relevância da advocacia<<strong>br</strong> />

e para dar uma resposta para a<<strong>br</strong> />

sociedade, para aqueles que não<<strong>br</strong> />

se sentem atendidos, enfim, é<<strong>br</strong> />

uma resposta justa e em conformidade<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> os princípios éticos<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong>. Advogado hoje: a classe<<strong>br</strong> />

é bastante produtiva, em geral a<<strong>br</strong> />

classe não apresenta problemas<<strong>br</strong> />

pontuais éticos, mas sim divergência<<strong>br</strong> />

de relacionamento <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

o cliente. Problemas de faltas<<strong>br</strong> />

disciplinares acontecem, mas<<strong>br</strong> />

não predominam. O TED é um<<strong>br</strong> />

tribunal que tem uma importância<<strong>br</strong> />

muito grande para a classe<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o um todo da <strong>OAB</strong>, não há<<strong>br</strong> />

um corporativismo, as decisões<<strong>br</strong> />

primam pelo cumprimento do<<strong>br</strong> />

código de ética e pela valorização<<strong>br</strong> />

da profissão, não é um tribunal<<strong>br</strong> />

que apenas aceita ou tende<<strong>br</strong> />

a incumbir falhas disciplinares,<<strong>br</strong> />

é coerente <strong>com</strong> a valorização da<<strong>br</strong> />

classe em prol da sociedade.<<strong>br</strong> />

Dr. Pauliran Gomes da Silva<<strong>br</strong> />

Julgador da 4ª T. TED/<strong>OAB</strong>/MG


A nossa classe, talvez pela própria<<strong>br</strong> />

formação humanística, ou<<strong>br</strong> />

mesmo pela sua indispensabilidade<<strong>br</strong> />

para a proteção, defesa e<<strong>br</strong> />

sustentação do Estado Democrático<<strong>br</strong> />

de Direito, <strong>com</strong>preende<<strong>br</strong> />

o dever do TED de agir dentro<<strong>br</strong> />

dos limites impostos pela moral<<strong>br</strong> />

e pela ética, tanto é que, considerando<<strong>br</strong> />

a grande quantidade<<strong>br</strong> />

de advogados atuando, aqueles<<strong>br</strong> />

que <strong>com</strong>etem desvios éticos ou<<strong>br</strong> />

disciplinares são relativamente<<strong>br</strong> />

poucos. Desse modo, e <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

essas ressalvas, posso concluir<<strong>br</strong> />

que a atuação do TED prima<<strong>br</strong> />

pela manutenção da ética profissional,<<strong>br</strong> />

mas sem a intenção<<strong>br</strong> />

primeira de vigiar e punir os<<strong>br</strong> />

advogados.<<strong>br</strong> />

Dr. Ricardo Luiz Lotti<<strong>br</strong> />

Julgador da 1ª T. TED/<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Os <strong>In</strong>tegrantes do Tribunal de Ética da <strong>OAB</strong>/MG vêm procurando manter e<<strong>br</strong> />

estabelecer a ética na profissão, aplicando as penalidades que consideram<<strong>br</strong> />

justas, de forma célere, e evitando que maus profissionais venham macular<<strong>br</strong> />

a Advocacia. Pela quantidade de inscritos, o número de representações<<strong>br</strong> />

não é tão significante. O Tribunal de Ética do Estado de Minas Gerais é o<<strong>br</strong> />

que julga <strong>com</strong> maior rapidez e tem o maior volume de processos julgados<<strong>br</strong> />

em relação aos demais estados do Brasil, atendendo aos anseios, portanto,<<strong>br</strong> />

não somente da classe da advocacia, mas da sociedade <strong>com</strong>o um todo.<<strong>br</strong> />

Dr. Carlos Alberto Miro da Silva<<strong>br</strong> />

Julgador da 4ª T. TED/<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

“O Tribunal de Ética e Disciplina<<strong>br</strong> />

(TED) vem promovendo <strong>com</strong> independência<<strong>br</strong> />

e autonomia, a ética<<strong>br</strong> />

profissional de advogados em<<strong>br</strong> />

todo o Estado de Minas Gerais, na<<strong>br</strong> />

norma do Estatuto da Advocacia<<strong>br</strong> />

e do Código de Ética e Disciplina,<<strong>br</strong> />

exercendo um trabalho de<<strong>br</strong> />

excelência na mantença da ética<<strong>br</strong> />

da profissão. Quero destacar a<<strong>br</strong> />

excelente atuação dos Diretores e<<strong>br</strong> />

Conselheiros da Seccional Mineira<<strong>br</strong> />

e o incondicional apoio que vem<<strong>br</strong> />

dando a todos aqueles que, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

eu, <strong>com</strong>põem o Tribunal de Ética e<<strong>br</strong> />

Disciplina. Quero também destacar<<strong>br</strong> />

a excelente atuação dos Diretores<<strong>br</strong> />

e Conselheiros desta 13ª Subseção,<<strong>br</strong> />

notadamente no trato das questões<<strong>br</strong> />

afetas à Ética e Disciplina”.<<strong>br</strong> />

Dr. Sálvio Moreira Pena Franco<<strong>br</strong> />

Julgador 2ª T. TED/<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

“O TED hoje é a prova máxima<<strong>br</strong> />

do exercício regular do direito,<<strong>br</strong> />

do contraditório e da ampla<<strong>br</strong> />

defesa, pois possibilita às partes,<<strong>br</strong> />

representantes e representando<<strong>br</strong> />

ter uma segunda análise<<strong>br</strong> />

tanto das provas produzidas<<strong>br</strong> />

nos autos, quanto da melhor<<strong>br</strong> />

decisão ao caso em tela. Por ser<<strong>br</strong> />

o Tribunal de Ética um colegiado<<strong>br</strong> />

onde julgam-se processos<<strong>br</strong> />

de Subseções diversas, permite<<strong>br</strong> />

ao Relator total isenção de valores<<strong>br</strong> />

e imparcialidade em seus<<strong>br</strong> />

julgamento”.<<strong>br</strong> />

Dra.Viviane Espíndola Vieira<<strong>br</strong> />

Julgadora da 4ª T. TED/<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

45


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

46<<strong>br</strong> />

COMISSÕES<<strong>br</strong> />

Kerley Pita<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> Uberlândia participa da<<strong>br</strong> />

6° edição do Ação no Bairro<<strong>br</strong> />

ADVOGADOS DA SUBSEÇÃO ATUARAM EM TODAS AS EDIÇÕES DO<<strong>br</strong> />

PROJETO LEVANDO INFORMAÇÃO JURÍDICA PARA A POPULAÇÃO<<strong>br</strong> />

Advogadas Núbia Botelho, Vilma Rosa, Pollyana Nicolino,<<strong>br</strong> />

Patrícia Freitas, Fernanda D’Ávila e Ana Maria Alves Ca<strong>br</strong>al<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG é<<strong>br</strong> />

parceira do projeto Ação no Bairro,<<strong>br</strong> />

nas cinco edições já realizadas.<<strong>br</strong> />

A sexta edição do projeto, que é<<strong>br</strong> />

idealizado pela TV <strong>In</strong>tegração, foi<<strong>br</strong> />

realizada no dia 3 de março, no<<strong>br</strong> />

Bairro Morumbi e os advogados<<strong>br</strong> />

ofereceram atendimento jurídico<<strong>br</strong> />

para a população, tirando dúvidas<<strong>br</strong> />

e orientando a forma correta de<<strong>br</strong> />

proceder em casos que envolvam<<strong>br</strong> />

a justiça, além de informar so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

direitos e deveres dos cidadãos.<<strong>br</strong> />

Participaram do projeto as advogadas<<strong>br</strong> />

Ana Maria Alves Ca<strong>br</strong>al,<<strong>br</strong> />

Núbia Botelho, Pollyanna Nicolino,<<strong>br</strong> />

Vilma Aparecida Rosa, Patrícia<<strong>br</strong> />

Freitas, Fernanda D’Ávila, Maria<<strong>br</strong> />

Dimair Ferreira Ferraz, que ofereceram<<strong>br</strong> />

informações so<strong>br</strong>e diversas<<strong>br</strong> />

áreas do direito, tais <strong>com</strong>o direito<<strong>br</strong> />

de família, consumidor, trabalho,<<strong>br</strong> />

dentre outras.<<strong>br</strong> />

No ano passado o projeto<<strong>br</strong> />

atendeu cinco bairros de Uberlândia<<strong>br</strong> />

- Roosevelt, Santa Mônica,<<strong>br</strong> />

Luizote de Freitas, São Jorge e área<<strong>br</strong> />

central (Praça Sérgio Pacheco) além<<strong>br</strong> />

de um bairro em Ituiutaba –Bairro<<strong>br</strong> />

Junqueira. Nesse ano o projeto vai<<strong>br</strong> />

atender novamente a cidade de<<strong>br</strong> />

Ituiutaba - Bairro Progresso - e já<<strong>br</strong> />

chegou à Uberaba- Bairro Abadia.<<strong>br</strong> />

O Ação no Bairro conta <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

diversos parceiros e a população<<strong>br</strong> />

pôde beneficiar-se de serviços estéticos,<<strong>br</strong> />

receber mudas de plantas,<<strong>br</strong> />

informar-se so<strong>br</strong>e coleta seletiva,<<strong>br</strong> />

prevenção e cuidados em saúde;<<strong>br</strong> />

ser orientada para a educação no<<strong>br</strong> />

trânsito além de assistir apresentações<<strong>br</strong> />

culturais.<<strong>br</strong> />

A <strong>OAB</strong> Uberlândia é parceira<<strong>br</strong> />

no projeto para servir à população<<strong>br</strong> />

que carece de informações corretas<<strong>br</strong> />

acerca dos seus direitos, sendo<<strong>br</strong> />

uma missão da Ordem aproximar-<<strong>br</strong> />

-se da sociedade e prestar serviços<<strong>br</strong> />

que contribuam para uma realidade<<strong>br</strong> />

melhor a todos.


<strong>OAB</strong> participa da XVII<<strong>br</strong> />

Copa PMU/ Futel de Futsal<<strong>br</strong> />

ABERTURA OFICIAL ACONTECEU NO SABIAZINHO E<<strong>br</strong> />

CONTOU COM O DESFILE DAS EQUIPES PARTICIPANTES<<strong>br</strong> />

Por Camila Lemes<<strong>br</strong> />

A equipe de futsal da <strong>OAB</strong> Uberlândia participa<<strong>br</strong> />

da XVII Copa PMU/Futel de Futsal. A cerimônia<<strong>br</strong> />

de abertura aconteceu na Arena Presidente<<strong>br</strong> />

Tancredo Neves (Sabiazinho), no dia 26 de<<strong>br</strong> />

março. Serão 109 equipes, distribuídas em três<<strong>br</strong> />

divisões. São elas: A1, A2 e Especial.<<strong>br</strong> />

A equipe da <strong>OAB</strong> Uberlândia está bem representada<<strong>br</strong> />

na modalidade, integrando a divisão<<strong>br</strong> />

A2 do campeonato, juntamente <strong>com</strong> mais<<strong>br</strong> />

31 times. O presidente da Comissão Esporte e<<strong>br</strong> />

Lazer, Maurício da Silva incentiva os advogados<<strong>br</strong> />

a praticarem esportes. “O advogado hoje é sedentário,<<strong>br</strong> />

tem uma vida corrida e estressante.<<strong>br</strong> />

Trabalhar o corpo é garantir saúde e disposição<<strong>br</strong> />

para render mais e viver melhor”, disse.<<strong>br</strong> />

O campeonato é uma iniciativa da Fundação<<strong>br</strong> />

Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer (Futel)<<strong>br</strong> />

que tem o objetivo de promover a prática da<<strong>br</strong> />

modalidade esportiva na cidade, além de proporcionar<<strong>br</strong> />

o surgimento de novos valores que<<strong>br</strong> />

poderão ser utilizados nas equipes de <strong>com</strong>petição<<strong>br</strong> />

e estreitar os laços entre os atletas.<<strong>br</strong> />

Atletas da equipe da <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />

Equipes participantes da<<strong>br</strong> />

Copa PMU/Futel de Futsal<<strong>br</strong> />

Camila Lemes<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

47


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

48<<strong>br</strong> />

Fotos Camila Lemes<<strong>br</strong> />

COMISSÕES<<strong>br</strong> />

Aberto 3º Campeonato de Futebol<<strong>br</strong> />

Society Máster da <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />

TROFÉU EM HOMENAGEM AO DR. ABEL DE OLIVEIRA FREITAS<<strong>br</strong> />

Por Camila Lemes<<strong>br</strong> />

A abertura do 3º Campeonato<<strong>br</strong> />

de Futebol Society Master foi<<strong>br</strong> />

realizada no dia 11 de março, no<<strong>br</strong> />

clube Vila Olímpica, <strong>com</strong> partidas<<strong>br</strong> />

disputadas pela primeira rodada.<<strong>br</strong> />

A abertura do evento contou <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

a presença do presidente da 13ª<<strong>br</strong> />

Subseção da <strong>OAB</strong>/Uberlândia, Egmar<<strong>br</strong> />

Sousa Ferraz, do presidente<<strong>br</strong> />

da <strong>com</strong>issão de Esportes e Lazer,<<strong>br</strong> />

Maurício da Silva, do homenageado,<<strong>br</strong> />

Abel de Oliveira Freitas, do<<strong>br</strong> />

vice-presidente da <strong>OAB</strong>/MG, Eliseu<<strong>br</strong> />

Marques de Oliveira e jogadores<<strong>br</strong> />

que prestigiaram mais uma<<strong>br</strong> />

edição do torneio que dará ao<<strong>br</strong> />

time vencedor o troféu Dr. Abel<<strong>br</strong> />

de Oliveira Freitas.<<strong>br</strong> />

O objetivo da <strong>com</strong>petição<<strong>br</strong> />

era reunir advogados acima de<<strong>br</strong> />

40 anos para estreitar os laços<<strong>br</strong> />

em um momento de confraternização.<<strong>br</strong> />

O evento tinha caráter<<strong>br</strong> />

de integração, pois busca buscou-se<<strong>br</strong> />

atrair diversas pessoas,<<strong>br</strong> />

em especial participantes dos<<strong>br</strong> />

campeonatos da Ordem. “Os<<strong>br</strong> />

advogados ficam durante toda a<<strong>br</strong> />

semana envolvidos no trabalho<<strong>br</strong> />

e esta é uma oportunidade que<<strong>br</strong> />

eles têm de maior congraçamento,<<strong>br</strong> />

firmar amizades e fortalecer<<strong>br</strong> />

os laços pessoais e profissionais.<<strong>br</strong> />

Isso é muito importante para a<<strong>br</strong> />

classe da advocacia”, conclui Egmar<<strong>br</strong> />

Ferraz.<<strong>br</strong> />

O advogado, Abel de Oliveira<<strong>br</strong> />

deu o pontapé inicial da <strong>com</strong>petição,<<strong>br</strong> />

marcando a abertura oficial<<strong>br</strong> />

do campeonato. Segundo ele o<<strong>br</strong> />

mesmo, a homenagem realizada<<strong>br</strong> />

por meio da entrega do troféu<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> seu nome escrito será sempre<<strong>br</strong> />

lem<strong>br</strong>ada. “Eu me senti muito<<strong>br</strong> />

lisonjeado pela lem<strong>br</strong>ança, pois<<strong>br</strong> />

isso marcará fundo minha vida.<<strong>br</strong> />

Espero que vença o melhor”, afirma<<strong>br</strong> />

o homenageado.<<strong>br</strong> />

A repercussão positiva do<<strong>br</strong> />

evento reuniu seis times que disputam<<strong>br</strong> />

o troféu. Para o presidente<<strong>br</strong> />

da <strong>com</strong>issão Esportes e Lazer,<<strong>br</strong> />

Maurício da Silva, a <strong>com</strong>unicação<<strong>br</strong> />

e divulgação na Ordem não só<<strong>br</strong> />

instigou profissionais em Uberlândia,<<strong>br</strong> />

mas também repercutiu<<strong>br</strong> />

em times de cidades vizinhas a<<strong>br</strong> />

exemplo de Uberaba.


Mem<strong>br</strong>os da Comissão Advocacia Pública<<strong>br</strong> />

Advocacia Pública é a nova<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>issão da <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />

POSSE ACONTECEU DURANTE O I ENCONTRO REGIONAL DE DIREITO MUNICIPAL<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

No dia 29 de março, a 13ª<<strong>br</strong> />

Subseção da <strong>OAB</strong>/MG Uberlândia<<strong>br</strong> />

criou a Comissão Direito Público,<<strong>br</strong> />

durante o I Encontro Regional de<<strong>br</strong> />

Direito Público, realizado na Sede<<strong>br</strong> />

da Ordem. A Comissão desenvolverá<<strong>br</strong> />

trabalhos acerca do Direito<<strong>br</strong> />

na administração pública, reforçando<<strong>br</strong> />

ainda mais sua importância,<<strong>br</strong> />

dado o ano eleitoral de 2012.<<strong>br</strong> />

O I Encontro Regional de Direito<<strong>br</strong> />

Municipal, organizado pela<<strong>br</strong> />

Associação dos Procuradores do<<strong>br</strong> />

Município de Uberlândia (APRA-<<strong>br</strong> />

MUDI) e pela <strong>OAB</strong> Uberlândia,<<strong>br</strong> />

ocorreu nos dias 28 e 29 de<<strong>br</strong> />

março. O presidente da Seccional<<strong>br</strong> />

Mineira, Luís Cláudio Chaves<<strong>br</strong> />

justificou o não <strong>com</strong>parecimento<<strong>br</strong> />

devido às <strong>com</strong>emorações dos 80<<strong>br</strong> />

anos da <strong>OAB</strong>, mas enviou mensagem<<strong>br</strong> />

de prestígio ao evento e<<strong>br</strong> />

de sucesso nos trabalhos da nova<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>issão.<<strong>br</strong> />

O presidente, Egmar Sousa<<strong>br</strong> />

Ferraz, afirmou que o evento foi<<strong>br</strong> />

um marco na advocacia e que a<<strong>br</strong> />

nova <strong>com</strong>issão contribuirá muito<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> os trabalhos da <strong>OAB</strong> Uberlândia.<<strong>br</strong> />

“Estou muito feliz <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

um evento <strong>com</strong>o esse realizado<<strong>br</strong> />

pela APRAMUDI. Em relação à<<strong>br</strong> />

nova <strong>com</strong>issão acredito que ela<<strong>br</strong> />

vem renovar nossa vontade de<<strong>br</strong> />

desenvolver trabalhos relacionados<<strong>br</strong> />

ao Direito Público. O que me<<strong>br</strong> />

surpreende é que a vontade de<<strong>br</strong> />

se criar esta <strong>com</strong>issão partiu dos<<strong>br</strong> />

próprios advogados e isso mostra<<strong>br</strong> />

que estão <strong>com</strong>preendendo que a<<strong>br</strong> />

Ordem é cada um de nós”, disse.<<strong>br</strong> />

São integrantes da nova <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />

os advogados Adriano<<strong>br</strong> />

Zago, Guilherme Augusto Vidal<<strong>br</strong> />

Tavares, Lucas Queiroz de Lima,<<strong>br</strong> />

Luiz Carlos Figueira de Melo, Marcos<<strong>br</strong> />

Fernando Rosino Lopes, Roberson<<strong>br</strong> />

Bertone de Jesus, Rogério<<strong>br</strong> />

Luiz dos Santos, Tiago Chaves<<strong>br</strong> />

Ferreira de Paiva, Toniel Ribeiro<<strong>br</strong> />

Oliveira.<<strong>br</strong> />

Fotos Edu Marques<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

49


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

50<<strong>br</strong> />

COMISSÕES<<strong>br</strong> />

Novos mem<strong>br</strong>os da Comissão<<strong>br</strong> />

Saúde e Bioética tomam posse<<strong>br</strong> />

COMISSÃO TRABALHARÁ EM PROL DA SAÚDE<<strong>br</strong> />

DO ADVOGADO E EM PROJETOS SOCIAIS<<strong>br</strong> />

Presidente Egmar Ferraz (C) e Comissão Saúde e Bioética<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG Uberlândia<<strong>br</strong> />

realizou no dia 22 de março a posse dos novos<<strong>br</strong> />

integrantes da <strong>com</strong>issão Saúde e Bioética.<<strong>br</strong> />

A <strong>com</strong>issão atuará frente a desafios de<<strong>br</strong> />

melhorias na saúde e no bem estar do advogado,<<strong>br</strong> />

além de desenvolver projetos para<<strong>br</strong> />

a sociedade.<<strong>br</strong> />

O presidente da <strong>OAB</strong> Uberlândia, Egmar<<strong>br</strong> />

Sousa Ferraz, recepcionou os advogados participantes<<strong>br</strong> />

da <strong>com</strong>issão. “Em tempos em que a<<strong>br</strong> />

sociedade clama por mudanças, a saúde também<<strong>br</strong> />

é uma delas, pois afeta todos os cidadãos,<<strong>br</strong> />

independente de gênero, classe, enfim,<<strong>br</strong> />

a <strong>com</strong>issão tem uma missão de buscar melhorias<<strong>br</strong> />

nesta área”, disse Ferraz.<<strong>br</strong> />

A advogada Ana Cláudia Alves foi empossada<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o presidente da <strong>com</strong>issão e afirmou<<strong>br</strong> />

que a classe não pode abster-se de auxílio<<strong>br</strong> />

mútuo <strong>com</strong> a justificativa da falta de tempo.<<strong>br</strong> />

“Temos uma função social perto das injustiças<<strong>br</strong> />

que presenciamos. Saúde e bem estar são<<strong>br</strong> />

algo tão desejado por todos, daí a importância<<strong>br</strong> />

da <strong>com</strong>issão”, disse a presidente.<<strong>br</strong> />

O médico e representante da CNBB no<<strong>br</strong> />

Conselho Nacional de Medicina, André Luiz<<strong>br</strong> />

de Oliveira, participou da solenidade e disse<<strong>br</strong> />

que a iniciativa da <strong>com</strong>issão é muito importante<<strong>br</strong> />

e que irá colaborar <strong>com</strong> os trabalhos.<<strong>br</strong> />

Os integrantes deste novo grupo são:<<strong>br</strong> />

Ana Cláudia Alves, Ana Maria Alcântara, Ana<<strong>br</strong> />

Maria Alves Ca<strong>br</strong>al, Cleber Augusto Carvalho<<strong>br</strong> />

de Sousa, Denisgoreth Neves de Oliveira, Fernanda<<strong>br</strong> />

Dayrell de Souza Duarte e Coelho Martins,<<strong>br</strong> />

Júlio Gomes Ferreira Neto, Kaíque Ruan<<strong>br</strong> />

Dourado Ca<strong>br</strong>al, Luciana Garcia Pontes, Marcelo<<strong>br</strong> />

Rosa Franco, Maria do Rosário Augusto,<<strong>br</strong> />

Rogério Ávila Machado, Rosangela Ribeiro S.<<strong>br</strong> />

M. Silveira, Sandra Aparecida Pereira da Silva e<<strong>br</strong> />

Elice Nunes Chaves Gonçalves.


<strong>OAB</strong> inicia projeto inédito<<strong>br</strong> />

para auxiliar jovens advogados<<strong>br</strong> />

PROJETO PRIMEIROS PASSOS ATRAIU ADVOGADOS<<strong>br</strong> />

QUE BUSCAM CONHECIMENTOS SOBRE MONTAGEM<<strong>br</strong> />

E ESTRUTURAÇÃO DOS ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA<<strong>br</strong> />

Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />

A diretoria da 13ª Subseção da<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG Uberlândia e a <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> Jovem iniciaram o projeto Primeiros<<strong>br</strong> />

Passos no dia 17 de março,<<strong>br</strong> />

na Sede. Desde o ano passado, a<<strong>br</strong> />

direção trabalha para oferecer este<<strong>br</strong> />

curso, inédito em outras Subseções<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong> e que tem o objetivo de suprir<<strong>br</strong> />

a carência de informação so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o montar e estruturar um escritório<<strong>br</strong> />

de advocacia.<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> o presidente da<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>issão <strong>OAB</strong> Jovem Carlos Henrique<<strong>br</strong> />

Santos de Carvalho, todos os<<strong>br</strong> />

advogados precisam dessas orientações<<strong>br</strong> />

para construir um escritório<<strong>br</strong> />

organizado e funcional. “Identificamos<<strong>br</strong> />

a carência dessas informações,<<strong>br</strong> />

pois não temos <strong>com</strong>o disciplina na<<strong>br</strong> />

faculdade, não há uma pós-graduação<<strong>br</strong> />

em Uberlândia so<strong>br</strong>e o assunto<<strong>br</strong> />

e não só o jovem advogado, mas<<strong>br</strong> />

o advogado já inserido no mercado<<strong>br</strong> />

teria melhor condição de trabalho<<strong>br</strong> />

sabendo conduzir seu escritório”,<<strong>br</strong> />

disse.<<strong>br</strong> />

O curso é oferecido pela FWA<<strong>br</strong> />

Consulting e o objetivo do projeto<<strong>br</strong> />

é oferecer ao jovem advogado<<strong>br</strong> />

orientação especializada para o<<strong>br</strong> />

sucesso no escritório de advocacia,<<strong>br</strong> />

sob diversos aspectos. Os<<strong>br</strong> />

temas serão finanças, custos e<<strong>br</strong> />

operações; marketing, <strong>com</strong>unicação<<strong>br</strong> />

e estratégia; e trabalho de<<strong>br</strong> />

conclusão (consultoria), abordados<<strong>br</strong> />

por meio de aulas teóricas e<<strong>br</strong> />

práticas. A previsão de conclusão<<strong>br</strong> />

é em março. O curso oferece certificado<<strong>br</strong> />

de 52 horas.<<strong>br</strong> />

Alunos aprendem a montar e a estruturar um escritório de advocacia<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

51


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

52<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> MG<<strong>br</strong> />

Dr. Luís Cláudio Chaves a<strong>br</strong>e os trabalhos no Colégio de Presidentes<<strong>br</strong> />

Colégio de Presidentes de Subseções<<strong>br</strong> />

reúne-se pela primeira vez neste ano<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

A primeira reunião de 2012 do<<strong>br</strong> />

Colégio de Presidentes foi realizada<<strong>br</strong> />

no dia 9 de março, contando<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> cerca de 160 representantes<<strong>br</strong> />

das Subseções do <strong>In</strong>terior de<<strong>br</strong> />

Minas. O evento foi aberto pelo<<strong>br</strong> />

presidente Luis Cláudio, <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

presença do diretor de Departamento<<strong>br</strong> />

de Apoio às Subseções,<<strong>br</strong> />

Adriano Cardoso; do procurador<<strong>br</strong> />

geral da Ordem, Jorge Neder;<<strong>br</strong> />

Ivone Regina, da Subseção de Sacramento,<<strong>br</strong> />

representando todos<<strong>br</strong> />

os conselheiros seccionais; Larissa<<strong>br</strong> />

Perez Carvalho Porto, presidente<<strong>br</strong> />

da Subseção de Machado,<<strong>br</strong> />

representando os presidentes<<strong>br</strong> />

de Subseções; Miguel Poggiali<<strong>br</strong> />

Gasparoni, presidente da Subseção<<strong>br</strong> />

de Ubá; Helena Delamonica,<<strong>br</strong> />

secretária-geral adjunta da Seccional;<<strong>br</strong> />

Carlos Schirmer Cardoso,<<strong>br</strong> />

presidente da Comissão de Exame<<strong>br</strong> />

de Ordem; Marcus Vinícius<<strong>br</strong> />

Furtado Coêlho, secretário-geral<<strong>br</strong> />

do Conselho Federal da Ordem;<<strong>br</strong> />

Antônio Fa<strong>br</strong>ício de Matos Gonçalves,<<strong>br</strong> />

diretor tesoureiro; Sérgio<<strong>br</strong> />

Murilo Braga, secretário-geral;<<strong>br</strong> />

presidente e tesoureiro da CAA/<<strong>br</strong> />

MG, Walter Cândido dos Santos<<strong>br</strong> />

e Lúcio Aparecido Sousa e Silva;<<strong>br</strong> />

Sérgio Leonardo, diretor do<<strong>br</strong> />

Departamento de Comunicação;<<strong>br</strong> />

Cintia Ribeiro de Freitas, vice-presidente<<strong>br</strong> />

da Comissão de Defesa,<<strong>br</strong> />

Fotos <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Assistência e Prerrogativas.<<strong>br</strong> />

<strong>In</strong>iciando a reunião <strong>com</strong> boas<<strong>br</strong> />

vindas aos presentes, Luis Cláudio<<strong>br</strong> />

informou que a direção da Seccional<<strong>br</strong> />

tem trabalhado em prol<<strong>br</strong> />

da valorização da Advocacia e<<strong>br</strong> />

do enaltecimento da Justiça em<<strong>br</strong> />

Minas. “Os desafios são muitos,<<strong>br</strong> />

temos conseguido algumas vitórias,<<strong>br</strong> />

mas estamos longe ainda do<<strong>br</strong> />

ideal de Justiça que pretendemos<<strong>br</strong> />

para nosso estado”, afirmou ele.<<strong>br</strong> />

<strong>In</strong>formou ainda que a entidade<<strong>br</strong> />

tem conquistado algumas vitórias<<strong>br</strong> />

importantes. Uma delas refere-<<strong>br</strong> />

-se ao pagamento dos dativos<<strong>br</strong> />

que, segundo ele, só foi possível<<strong>br</strong> />

graças à união dos advogados,<<strong>br</strong> />

principalmente aqueles que pa-


aram de atender e forçaram<<strong>br</strong> />

para que o Estado tomasse a<<strong>br</strong> />

providência de firmar um convênio<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a Ordem e efetuar o<<strong>br</strong> />

pagamento dos valores devidos.<<strong>br</strong> />

Outro assunto importante abordado<<strong>br</strong> />

pelo presidente é a nova<<strong>br</strong> />

postura da Justiça do Trabalho<<strong>br</strong> />

para <strong>com</strong> o atendimento ao advogado,<<strong>br</strong> />

“graças aos esforços de<<strong>br</strong> />

profissionais <strong>com</strong>o Antônio Fa<strong>br</strong>ício,<<strong>br</strong> />

Isabel Dorado e tantos<<strong>br</strong> />

outros valorosos colegas que<<strong>br</strong> />

possibilitaram que a Justiça trabalhista<<strong>br</strong> />

nos conceda hoje outro<<strong>br</strong> />

tipo de tratamento” elogiou.<<strong>br</strong> />

<strong>In</strong>formou também que o programa<<strong>br</strong> />

de revitalização das Salas dos<<strong>br</strong> />

Advogados está em fase final, o<<strong>br</strong> />

trabalho já foi concluído em mais<<strong>br</strong> />

de 160 Salas, <strong>com</strong> a entrega de<<strong>br</strong> />

460 <strong>com</strong>putadores, somente neste<<strong>br</strong> />

ano. Enfatizou a influência da<<strong>br</strong> />

Seccional mineira para a constitucionalização<<strong>br</strong> />

do Exame de Ordem<<strong>br</strong> />

unificado, fato amplamente<<strong>br</strong> />

reconhecido pela direção do<<strong>br</strong> />

Conselho Federal. Na manifestação<<strong>br</strong> />

realizada em Brasília em defesa<<strong>br</strong> />

do CNJ, Minas <strong>com</strong>pareceu<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o a maior delegação do país<<strong>br</strong> />

, propiciando logo em seguida a<<strong>br</strong> />

votação de apoio à instituição,<<strong>br</strong> />

“fruto de um trabalho maravilhoso<<strong>br</strong> />

de vários colegas nossos.”<<strong>br</strong> />

E prosseguiu: “Temos a perspectiva<<strong>br</strong> />

do fim do jus postulandi na<<strong>br</strong> />

Justiça do Trabalho; a implantação<<strong>br</strong> />

da interiorização da Justiça<<strong>br</strong> />

Federal, <strong>com</strong> várias <strong>com</strong>arcas<<strong>br</strong> />

aquinhoadas. Graças ao trabalho<<strong>br</strong> />

do juiz Itelmar Raidan, um parceiro<<strong>br</strong> />

da Ordem; estamos trabalhando<<strong>br</strong> />

em questões internas administrativas,<<strong>br</strong> />

para que as Subseções<<strong>br</strong> />

tenham mais recursos.” Finalizando,<<strong>br</strong> />

informou a criação da “TV<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>”, lançada durante o evento,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a realização de inúmeras<<strong>br</strong> />

entrevistas <strong>com</strong> presidentes do<<strong>br</strong> />

<strong>In</strong>terior e que serão divulgadas<<strong>br</strong> />

através da <strong>In</strong>ternet.<<strong>br</strong> />

Em seguida, o diretor secretário<<strong>br</strong> />

Sérgio Murilo Braga discursou,<<strong>br</strong> />

transmitindo informações referentes<<strong>br</strong> />

a questões administrativas<<strong>br</strong> />

para as quais são desenvolvidos<<strong>br</strong> />

esforços <strong>com</strong> o objetivo de alcançar<<strong>br</strong> />

uma gestão eficiente e descentralizada.<<strong>br</strong> />

A secretária adjunta, Helena<<strong>br</strong> />

Delamonica, usou da palavra<<strong>br</strong> />

para relacionar as Subseções que<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pletam 80 anos neste ano,<<strong>br</strong> />

solicitando que seus dirigentes<<strong>br</strong> />

entrassem <strong>com</strong> contato <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

Seccional para ajustar as providências<<strong>br</strong> />

necessárias às devidas<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>emorações naquelas cidades.<<strong>br</strong> />

Antônio Fa<strong>br</strong>ício, diretor tesoureiro,<<strong>br</strong> />

esclareceu que “há quatro<<strong>br</strong> />

anos a anuidade da Ordem está<<strong>br</strong> />

congelada e é hoje a mais baixa do<<strong>br</strong> />

país, o que faz <strong>com</strong> que a tesouraria<<strong>br</strong> />

trabalhe de forma rígida e apertada.”<<strong>br</strong> />

<strong>In</strong>formou que foi liquidada a<<strong>br</strong> />

dívida que existia <strong>com</strong> o Conselho<<strong>br</strong> />

Federal, através da conversão do<<strong>br</strong> />

crédito existente em auxílio para<<strong>br</strong> />

a construção de sedes. Esclareceu<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a nova modalidade de pagamento<<strong>br</strong> />

através de cartão de crédito,<<strong>br</strong> />

que permite o parcelamento em<<strong>br</strong> />

até quatro vezes, sem juros. Finalizou<<strong>br</strong> />

dando várias informações de<<strong>br</strong> />

ordem administrativa relacionadas<<strong>br</strong> />

às Subseções.<<strong>br</strong> />

Conselho Federal<<strong>br</strong> />

Em seguida, o secretário-geral do<<strong>br</strong> />

Conselho Federal da Ordem, Marcus<<strong>br</strong> />

Vinícius Furtado Coêlho, afirmou<<strong>br</strong> />

que “viver a <strong>OAB</strong> de Minas<<strong>br</strong> />

Gerais é uma experiência única.<<strong>br</strong> />

No ano passado visitei, juntamente<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> Luis Cláudio, 18 Subseções<<strong>br</strong> />

mineiras e vimos os advogados e<<strong>br</strong> />

a advocacia <strong>com</strong>o eles são e não<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o se imagina que sejam. Nós,<<strong>br</strong> />

Destaques da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

dirigentes, não podemos nos afastar<<strong>br</strong> />

da realidade vivida por estes<<strong>br</strong> />

colegas. E o presidente Luis Cláudio<<strong>br</strong> />

tem essa filosofia e a transmite<<strong>br</strong> />

a seus <strong>com</strong>panheiros de diretoria: a<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> próxima ao advogado. A Ordem<<strong>br</strong> />

que cuida, sim, das questões<<strong>br</strong> />

institucionais, políticas e sociais,<<strong>br</strong> />

mas que não se descuida da realidade<<strong>br</strong> />

do advogado.” E concluiu:<<strong>br</strong> />

“Minas Gerais é a síntese do que há<<strong>br</strong> />

de melhor em nosso país, por sua<<strong>br</strong> />

centralidade geográfica, por sua<<strong>br</strong> />

história, principalmente por suas<<strong>br</strong> />

atividades libertárias em favor das<<strong>br</strong> />

grandes causas da nação, Minas<<strong>br</strong> />

Gerais se constitui no farol desta<<strong>br</strong> />

nação.” Por último ressaltou o trabalho<<strong>br</strong> />

desenvolvido pelo presidente<<strong>br</strong> />

Luis Cláudio e pelo presidente<<strong>br</strong> />

da Comissão de Exame de Ordem,<<strong>br</strong> />

Carlos Schirmer, que possibilitou<<strong>br</strong> />

que o Exame saísse das páginas<<strong>br</strong> />

policiais e passasse para as páginas<<strong>br</strong> />

de educação.<<strong>br</strong> />

Manifestações<<strong>br</strong> />

Na segunda parte do evento,<<strong>br</strong> />

após o almoço, o presidente informou<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a nova tabela de<<strong>br</strong> />

honorários que será publicada<<strong>br</strong> />

em <strong>br</strong>eve, a<strong>com</strong>panhada de uma<<strong>br</strong> />

grande campanha de conscientização<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e vários tópicos, dentre<<strong>br</strong> />

eles a importância da conciliação<<strong>br</strong> />

e mediação entre os advogados,<<strong>br</strong> />

a não influência dos acordos na<<strong>br</strong> />

fixação dos honorários e a necessidade<<strong>br</strong> />

de co<strong>br</strong>ança da consulta.<<strong>br</strong> />

Lem<strong>br</strong>ou ainda que a tabela tem<<strong>br</strong> />

o caráter de sugestão e não de<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igatoriedade de cumprimento<<strong>br</strong> />

por parte do profissional.<<strong>br</strong> />

A seguir falou a vice-presidente<<strong>br</strong> />

da Comissão de Defesa,<<strong>br</strong> />

Assistência e Prerrogativas, Cintia<<strong>br</strong> />

Ribeiro de Freitas, ao mesmo<<strong>br</strong> />

tempo em que foi feita a distribuição<<strong>br</strong> />

da Cartilha de Prerrogati-<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

53


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

54<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> MG<<strong>br</strong> />

vas, descrevendo, de forma sintética,<<strong>br</strong> />

as atividades desenvolvidas<<strong>br</strong> />

por sua Comissão.<<strong>br</strong> />

Carlos Schirmer explicou so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

o convênio para pagamento<<strong>br</strong> />

dos advogados dativos. Destacou,<<strong>br</strong> />

ainda, o processo de certificação<<strong>br</strong> />

digital, destinado a permitir o peticionamento<<strong>br</strong> />

eletrônico na Justiça<<strong>br</strong> />

do Trabalho.<<strong>br</strong> />

Sérgio Leonardo, diretor do<<strong>br</strong> />

Departamento de Comunicação,<<strong>br</strong> />

descreveu o trabalho desenvolvido<<strong>br</strong> />

na sua área de atuação. O<<strong>br</strong> />

diretor do Departamento de Assistência<<strong>br</strong> />

às Subseções, Adriano<<strong>br</strong> />

Cardoso, também se colocou à<<strong>br</strong> />

disposição das diretorias das Subseções<<strong>br</strong> />

do estado, para solucionar<<strong>br</strong> />

tudo que for possível.<<strong>br</strong> />

ESA<<strong>br</strong> />

O diretor da Escola Superior<<strong>br</strong> />

de Advocacia, Antonio Marcos<<strong>br</strong> />

Público presente no Colégio Presidentes<<strong>br</strong> />

Nohmi, defendeu a ideia da importância<<strong>br</strong> />

do estudo na profissão<<strong>br</strong> />

do advogado, dada a rápida<<strong>br</strong> />

evolução do mundo em todos os<<strong>br</strong> />

setores. <strong>In</strong>formou que, a partir do<<strong>br</strong> />

próximo mês, será realizado um<<strong>br</strong> />

congresso no auditório da Seccional<<strong>br</strong> />

nas sextas-feiras, abordando<<strong>br</strong> />

os mais variados temas do Direito<<strong>br</strong> />

e da Justiça. Descreveu alguns<<strong>br</strong> />

eventos que serão realizados pela<<strong>br</strong> />

ESA ainda este ano. Encerrou informando<<strong>br</strong> />

que grandes ações<<strong>br</strong> />

estão sendo desenvolvidas para<<strong>br</strong> />

a implantação do sistema de ensino<<strong>br</strong> />

a distância, cujo projeto visa<<strong>br</strong> />

a levar os mais variados cursos a<<strong>br</strong> />

todas as Subseções de Minas.<<strong>br</strong> />

O presidente da CAA/MG,<<strong>br</strong> />

Walter Cândido dos Santos, resumiu<<strong>br</strong> />

sua trajetória na <strong>OAB</strong> e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>entou so<strong>br</strong>e os trabalhos<<strong>br</strong> />

desenvolvidos pela entidade<<strong>br</strong> />

que dirige. Na ocasião, foi distribuída<<strong>br</strong> />

aos presentes uma publi-<<strong>br</strong> />

cação informativa so<strong>br</strong>e as atividades<<strong>br</strong> />

da Caixa de Assistência.<<strong>br</strong> />

Complementando a exposição<<strong>br</strong> />

de Walter Cândido, a secretária-<<strong>br</strong> />

-geral, Fabiana Faquim, descreveu<<strong>br</strong> />

os benefícios concedidos<<strong>br</strong> />

durante o ano passado, totalizando<<strong>br</strong> />

um montante de 960 mil<<strong>br</strong> />

reais, somente em ajuda pecuniária,<<strong>br</strong> />

independentemente de outros<<strong>br</strong> />

serviços oferecidos.<<strong>br</strong> />

A seguir, Tito Lívio de Figueiredo,<<strong>br</strong> />

presidente da Comissão de<<strong>br</strong> />

Tecnologia e <strong>In</strong>ovação, descreveu<<strong>br</strong> />

algumas atividades do órgão,<<strong>br</strong> />

entre elas a criação de uma rede<<strong>br</strong> />

social destinada exclusivamente<<strong>br</strong> />

aos advogados, que já tem aproximadamente<<strong>br</strong> />

47 mil inscritos.<<strong>br</strong> />

Prosseguindo, foi aberto tempo<<strong>br</strong> />

para as manifestações dos presidentes<<strong>br</strong> />

das Subseções que debateram<<strong>br</strong> />

grande número de temas,<<strong>br</strong> />

após o que foi encerrada a reunião.


Dr. Luís Cláudio Chaves e Dr. José Alfredo Baracho<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Durante todo o ano de 2011,<<strong>br</strong> />

a <strong>OAB</strong>/MG, através de sua Comissão<<strong>br</strong> />

de Precatórios e <strong>com</strong> amplo<<strong>br</strong> />

apoio da Diretoria, pleiteou a revisão<<strong>br</strong> />

do valor da dívida total do<<strong>br</strong> />

Estado de Minas Gerais <strong>com</strong> precatórios.<<strong>br</strong> />

Em fevereiro de 2011, o<<strong>br</strong> />

Estado de Minas Gerais divulgou<<strong>br</strong> />

o total aproximado de R$ 2,6 bilhões<<strong>br</strong> />

de sua dívida em precatórios.<<strong>br</strong> />

Através de informações<<strong>br</strong> />

prestadas por diversos advogados<<strong>br</strong> />

e credores, a <strong>OAB</strong> contestou<<strong>br</strong> />

este valor, indicando que o total<<strong>br</strong> />

da dívida se aproximava de R$ 4<<strong>br</strong> />

bilhões. Em duas reuniões realizadas<<strong>br</strong> />

na Advocacia Geral do Estado<<strong>br</strong> />

de Minas Gerais, a <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

apresentou os fundamentos de<<strong>br</strong> />

sua contestação quanto ao valor<<strong>br</strong> />

da dívida.<<strong>br</strong> />

Em dezem<strong>br</strong>o de 2011, houve<<strong>br</strong> />

uma manifestação de advogados,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a presença da Diretoria da<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG e dos mem<strong>br</strong>os da Comissão<<strong>br</strong> />

de Precatórios no fórum<<strong>br</strong> />

de Belo Horizonte, pleiteando a<<strong>br</strong> />

revisão do valor total da dívida. O<<strong>br</strong> />

trabalho desenvolvido pela <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

obteve resultados positivos.<<strong>br</strong> />

Em 03 de janeiro de 2012, Minas<<strong>br</strong> />

Gerais publicou o valor da dívida<<strong>br</strong> />

de sua administração direta<<strong>br</strong> />

e autarquias, totalizando R$ 3,67<<strong>br</strong> />

bilhões. Entretanto, o valor próximo<<strong>br</strong> />

do reivindicado pela <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />

MG é superior a mais de 1 bilhão<<strong>br</strong> />

de reais divulgados em fevereiro<<strong>br</strong> />

de 2011. A definição deste valor<<strong>br</strong> />

aumentará em aproximadamente<<strong>br</strong> />

Destaques da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Estado de Minas Gerais reconhece<<strong>br</strong> />

postulação da <strong>OAB</strong>/MG so<strong>br</strong>e precatórios<<strong>br</strong> />

60% o volume anual de recursos<<strong>br</strong> />

destinados ao pagamento de<<strong>br</strong> />

precatórios. Tendo uma ideia, em<<strong>br</strong> />

2011 foram destinados R$ 186<<strong>br</strong> />

milhões para o pagamento de<<strong>br</strong> />

precatórios.<<strong>br</strong> />

Com o reconhecimento do valor<<strong>br</strong> />

superior da dívida, o volume de<<strong>br</strong> />

recursos destinados ao pagamento<<strong>br</strong> />

de precatórios em 2012 será de<<strong>br</strong> />

R$ 282 milhões. Esta é uma vitória<<strong>br</strong> />

não apenas da <strong>OAB</strong>/MG e dos<<strong>br</strong> />

credores, mas também da cidadania,<<strong>br</strong> />

pois significa o cumprimento<<strong>br</strong> />

de decisões judiciais já há muito<<strong>br</strong> />

tempo transitadas em julgado.<<strong>br</strong> />

As informações foram prestadas<<strong>br</strong> />

pelo presidente da Comissão<<strong>br</strong> />

de Precatórios, José Alfredo Baracho<<strong>br</strong> />

Júnior ao presidente da <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />

MG, Luís Cláudio Chaves.<<strong>br</strong> />

Fotos <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

55


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

56<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> MG<<strong>br</strong> />

Fotos <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Nova tabela de honorários e outras decisões<<strong>br</strong> />

foram aprovadas pelo Conselho seccional<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG aprova nova tabela de honorários<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Foi aprovada, por unanimidade,<<strong>br</strong> />

na última reunião do Conselho<<strong>br</strong> />

seccional, a nova tabela de<<strong>br</strong> />

honorários da <strong>OAB</strong> Minas. Ela foi<<strong>br</strong> />

aprovada para regular as relações<<strong>br</strong> />

dos advogados <strong>com</strong> seus clientes,<<strong>br</strong> />

sem prejuízo de ratificação em<<strong>br</strong> />

anexo para os dativos.<<strong>br</strong> />

A nova tabela sofre atualização<<strong>br</strong> />

monetária e estabelece <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

honorários mínimos, na maioria<<strong>br</strong> />

dos casos, 20% so<strong>br</strong>e o benefício<<strong>br</strong> />

econômico a ser auferido.<<strong>br</strong> />

As tabelas serão impressas e<<strong>br</strong> />

remetidas a todos os advogados<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o campanha de conscientização<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a importância da contratação<<strong>br</strong> />

prévia dos honorários e<<strong>br</strong> />

da co<strong>br</strong>ança da consulta.<<strong>br</strong> />

A <strong>OAB</strong>/MG divulgará posteriormente<<strong>br</strong> />

a importância da co-<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>ança da consulta e desta decisão<<strong>br</strong> />

do Conselho que fortalece a<<strong>br</strong> />

advocacia e a sua imagem perante<<strong>br</strong> />

a sociedade.<<strong>br</strong> />

Segundo o presidente, Luís<<strong>br</strong> />

Cláudio Chaves, esta proposta é<<strong>br</strong> />

uma grande inovação aceita por<<strong>br</strong> />

unanimidade pelos conselheiros<<strong>br</strong> />

seccionais, re<strong>com</strong>endando à advocacia<<strong>br</strong> />

mineira que fixe os honorários<<strong>br</strong> />

mínimos sem distinção entre<<strong>br</strong> />

procedimentos contenciosos<<strong>br</strong> />

“litigiosos” e voluntários (amigáveis,<<strong>br</strong> />

conciliatórios), na concepção<<strong>br</strong> />

de que o <strong>com</strong>promisso do advogado<<strong>br</strong> />

é a pacificação social e que<<strong>br</strong> />

ele advogado não pode se prejudicar<<strong>br</strong> />

por resolver a causa mais<<strong>br</strong> />

rapidamente.<<strong>br</strong> />

Comissão Eleitoral<<strong>br</strong> />

O advogado Bruno Burgarelli<<strong>br</strong> />

e a advogada Maria Aparecida<<strong>br</strong> />

Paoliello foram eleitos, respectivamente,<<strong>br</strong> />

presidente e vice-presidente<<strong>br</strong> />

da Comissão Eleitoral da<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG.<<strong>br</strong> />

Comissão Parceria<<strong>br</strong> />

Público-Privada<<strong>br</strong> />

Foi referendada a criação da<<strong>br</strong> />

Comissão de Parceria Público-<<strong>br</strong> />

-Privada da <strong>OAB</strong>/MG, designando<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o presidente a conselheira<<strong>br</strong> />

Luzia Cecília Costa Miranda; vice-<<strong>br</strong> />

-presidente, advogado José Jorge<<strong>br</strong> />

Neder; e <strong>com</strong>o integrantes da<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>issão, Adriano Cardoso Silva,<<strong>br</strong> />

Euler de Moura Soares Filho e homologou<<strong>br</strong> />

a inclusão do nome do<<strong>br</strong> />

conselheiro, Francisco Maia Neto,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o integrante da referida <strong>com</strong>issão.<<strong>br</strong> />

Conselho Jovem<<strong>br</strong> />

A advogada, Mariana Barbosa<<strong>br</strong> />

Guimarães foi nomeada presidente<<strong>br</strong> />

do Conselho Jovem da<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG.<<strong>br</strong> />

Guarda Municipal<<strong>br</strong> />

O ajuizamento da arguição<<strong>br</strong> />

de descumprimento de preceito<<strong>br</strong> />

fundamental foi aprovado, em<<strong>br</strong> />

defesa da classe dos guardas municipais<<strong>br</strong> />

de Belo Horizonte, <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

intuito de garantir o cumprimento<<strong>br</strong> />

das regras constitucionais.<<strong>br</strong> />

Dívida Pública<<strong>br</strong> />

Foi homologada a legitimidade<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong>/MG para ajuizar uma<<strong>br</strong> />

ação a dívida pública do Estado<<strong>br</strong> />

de Minas Gerais <strong>com</strong> a União. A<<strong>br</strong> />

matéria será discutida no Supremo<<strong>br</strong> />

Tribunal Federal <strong>com</strong> a participação<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong>.


<strong>OAB</strong> de Minas a<strong>br</strong>e as <strong>com</strong>emorações<<strong>br</strong> />

de seus 80 anos <strong>com</strong> grande solenidade<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

No dia 8 de março de 2012,<<strong>br</strong> />

foram <strong>com</strong>emorados os 80 anos<<strong>br</strong> />

de fundação da Ordem dos Advogados<<strong>br</strong> />

do Brasil, Seção de Minas<<strong>br</strong> />

Gerais <strong>com</strong> uma cerimônia<<strong>br</strong> />

festiva. O evento foi realizado<<strong>br</strong> />

no Grande Teatro do Palácio das<<strong>br</strong> />

Artes, na Capital, e teve em sua<<strong>br</strong> />

mesa de honra a presença de<<strong>br</strong> />

outras autoridades tais <strong>com</strong>o o<<strong>br</strong> />

presidente do Conselho Federal<<strong>br</strong> />

da Ordem, Ophir Cavalcante;<<strong>br</strong> />

o presidente da Seccional, Luís<<strong>br</strong> />

Cláudio Chaves, da Ouvidora Geral<<strong>br</strong> />

do Estado de Minas Gerais,<<strong>br</strong> />

Célia Barroso, representando o<<strong>br</strong> />

governador Antônio Anastasia; o<<strong>br</strong> />

presidente do Tribunal de Justiça<<strong>br</strong> />

do Estado, desembargador Cláudio<<strong>br</strong> />

Costa; o deputado estadual<<strong>br</strong> />

Délio Malheiros, representando o<<strong>br</strong> />

presidente da Assembléia Legislativa,<<strong>br</strong> />

Dinis Pinheiro; o ministro<<strong>br</strong> />

do STJ, João Otávio de Noronha,<<strong>br</strong> />

do secretário-geral da <strong>OAB</strong> Federal,<<strong>br</strong> />

Marcus Vinícius Furtado Côelho;<<strong>br</strong> />

além de toda a diretoria da<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> de Minas.<<strong>br</strong> />

A solenidade marcou também<<strong>br</strong> />

o encerramento da Conferência<<strong>br</strong> />

<strong>In</strong>ternacional de Advogadas<<strong>br</strong> />

e Mulheres de Carreira Jurídica,<<strong>br</strong> />

realizada no dia anterior. Por esta<<strong>br</strong> />

razão, durante a abertura foi feita<<strong>br</strong> />

a entrada das bandeiras da Colômbia<<strong>br</strong> />

e da Costa e foram executados,<<strong>br</strong> />

pela orquestra sinfônica da<<strong>br</strong> />

Polícia Militar, os respectivos hinos<<strong>br</strong> />

nacionais e o de Cabo Verde,<<strong>br</strong> />

países que estiveram representados<<strong>br</strong> />

na ocasião.<<strong>br</strong> />

O presidente Luis Cláudio foi<<strong>br</strong> />

o primeiro a usar da palavra, des-<<strong>br</strong> />

Solenidade em <strong>com</strong>emoração aos 80 anos da <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

tacando, inicialmente, a importância<<strong>br</strong> />

da <strong>com</strong>emoração, em se<<strong>br</strong> />

tratando de uma entidade <strong>com</strong>o a<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>, “diferente de outras, pois os<<strong>br</strong> />

advogados são agentes da pacificação<<strong>br</strong> />

social e responsáveis pela<<strong>br</strong> />

defesa do cidadão e do Estado<<strong>br</strong> />

Democrático de Direito”.<<strong>br</strong> />

Medalha<<strong>br</strong> />

Em seguida, foi realizada a<<strong>br</strong> />

entrega da “Medalha Professor<<strong>br</strong> />

Raymundo Cândido”, criada em<<strong>br</strong> />

dezem<strong>br</strong>o de 2010, homenageando<<strong>br</strong> />

pessoas ou instituições que<<strong>br</strong> />

se destacaram em suas atividades<<strong>br</strong> />

no ramo da Justiça e do Direito.<<strong>br</strong> />

Entre os agraciados estavam o<<strong>br</strong> />

presidente e o ex-presidente do<<strong>br</strong> />

TJMG, os desembargadores Cláudio<<strong>br</strong> />

Costa e Sérgio Resende; o ministro<<strong>br</strong> />

João Otávio de Noronha, a<<strong>br</strong> />

presidente do TRT, 3ª Região, desembargadora<<strong>br</strong> />

Deoclecia Amorelli<<strong>br</strong> />

Dias; o desembargador aposentado<<strong>br</strong> />

do TRT, 3ª Região, Antônio<<strong>br</strong> />

Álvares da Silva; o diretor do foro<<strong>br</strong> />

federal na Capital, juiz Itelmar<<strong>br</strong> />

Raydan Evangelista entre outros.<<strong>br</strong> />

Representando os agracia-<<strong>br</strong> />

Destaques da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

dos o desembargador Antônio<<strong>br</strong> />

Álvares da Silva citou trechos de<<strong>br</strong> />

seu discurso <strong>com</strong>o orador da turma<<strong>br</strong> />

de bacharéis pela UFMG, em<<strong>br</strong> />

1965, que teve <strong>com</strong>o paraninfo o<<strong>br</strong> />

professor Raymundo Cândido. Em<<strong>br</strong> />

oração emocionada, o desembargador<<strong>br</strong> />

destacou suas qualidades<<strong>br</strong> />

de professor e sua grandeza de<<strong>br</strong> />

alma, <strong>com</strong>o um ser humano extraordinário<<strong>br</strong> />

e inigualável.<<strong>br</strong> />

O ex-presidente da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

discursou em nome da família do<<strong>br</strong> />

patrono da <strong>com</strong>enda e do conselheiro<<strong>br</strong> />

federal Raimundo Cândido<<strong>br</strong> />

Júnior, que agradeceu e ressaltou<<strong>br</strong> />

aspectos da vida e da personalidade<<strong>br</strong> />

de seu pai. Cumprimentou<<strong>br</strong> />

a atual diretoria da Ordem e destacou<<strong>br</strong> />

a presença do mineiro Caio<<strong>br</strong> />

Mário da Silva Pereira, presidente<<strong>br</strong> />

do Conselho Federal no período<<strong>br</strong> />

de 1975 a 1977, durante a ditadura<<strong>br</strong> />

militar, quando impediu que<<strong>br</strong> />

a entidade se atrelasse ao Poder<<strong>br</strong> />

Executivo, <strong>com</strong>o desejavam os dirigentes<<strong>br</strong> />

da nação daquela época.<<strong>br</strong> />

Encerrou suas palavras prestando<<strong>br</strong> />

uma homenagem às mulheres<<strong>br</strong> />

pela passagem do Dia <strong>In</strong>ternacional<<strong>br</strong> />

a elas dedicado.<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

57


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

58<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> MG<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG conquista<<strong>br</strong> />

regulamentação do pagamento<<strong>br</strong> />

dos advogados dativos pelo Estado<<strong>br</strong> />

REMUNERAÇÃO DOS DATIVOS PASSARÁ A SER<<strong>br</strong> />

FEITA EM 30 DIAS APÓS TRAMITAÇÃO ADMINISTRATIVA<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Após muito trabalho da dire-<<strong>br</strong> />

toria da <strong>OAB</strong>/MG, os advogados<<strong>br</strong> />

mineiros que atuam <strong>com</strong>o dativos<<strong>br</strong> />

podem <strong>com</strong>emorar. No dia 24 de<<strong>br</strong> />

janeiro deste ano o governador<<strong>br</strong> />

de Minas Gerais, Antônio Anasta-<<strong>br</strong> />

sia, regulamentou o pagamento<<strong>br</strong> />

de honorários a advogados dati-<<strong>br</strong> />

vos no Estado por meio do De-<<strong>br</strong> />

creto nº 45.898 e em fevereiro foi<<strong>br</strong> />

assinado o termo de cooperação<<strong>br</strong> />

entre a <strong>OAB</strong>/MG, o Tribunal de<<strong>br</strong> />

Justiça de Minas Gerais (TJMG) e<<strong>br</strong> />

Advocacia Geral do Estado (AGE),<<strong>br</strong> />

regulamentando o pagamento<<strong>br</strong> />

administrativo dos honorários<<strong>br</strong> />

devidos pelo Estado aos profis-<<strong>br</strong> />

sionais que atuaram <strong>com</strong>o advo-<<strong>br</strong> />

gados dativos.<<strong>br</strong> />

A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Uberlândia a<strong>com</strong>panhou a de-<<strong>br</strong> />

cisão de configurar o convênio<<strong>br</strong> />

entre as entidades (<strong>OAB</strong>/MG, TJ<<strong>br</strong> />

e AGE), sendo que o presidente<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong> Uberlândia, Egmar Sousa<<strong>br</strong> />

Ferraz participou de uma audiên-<<strong>br</strong> />

cia pública no dia 6 de dezem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a situação dos advogados<<strong>br</strong> />

dativos na Assembleia Legislativa<<strong>br</strong> />

de Minas Gerais, ocasião em que<<strong>br</strong> />

mostrou a importância da solução<<strong>br</strong> />

da questão dos dativos. A reunião<<strong>br</strong> />

teve <strong>com</strong>o finalidade discutir al-<<strong>br</strong> />

ternativas legislativas para o pa-<<strong>br</strong> />

gamento dos defensores dativos.<<strong>br</strong> />

O presidente da <strong>OAB</strong>/MG, Luís<<strong>br</strong> />

Cláudio Chaves e Conselheiros da<<strong>br</strong> />

Ordem participaram da audiência<<strong>br</strong> />

em defesa das prerrogativas dos<<strong>br</strong> />

advogados.<<strong>br</strong> />

No dia 23 de janeiro de 2012,<<strong>br</strong> />

houve outro momento decisivo<<strong>br</strong> />

que teve a participação do presi-<<strong>br</strong> />

dente da <strong>OAB</strong> Uberlândia, em que<<strong>br</strong> />

Egmar Ferraz esteve presente na<<strong>br</strong> />

reunião, ocorrida no Tribunal de<<strong>br</strong> />

Justiça, <strong>com</strong> o objetivo de discu-<<strong>br</strong> />

tir os detalhes finais do convênio<<strong>br</strong> />

que seria firmado posteriormen-<<strong>br</strong> />

te entre <strong>OAB</strong>/MG, TJMG e AGE,<<strong>br</strong> />

destinado a regulamentar o pa-<<strong>br</strong> />

gamento administrativo dos ho-<<strong>br</strong> />

norários devidos pelo Estado aos<<strong>br</strong> />

profissionais que atuaram <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

advogados dativos, suprindo, em<<strong>br</strong> />

muitas <strong>com</strong>arcas de Minas, a ca-<<strong>br</strong> />

rência de defensores públicos.<<strong>br</strong> />

Em 2 de fevereiro, finalmente<<strong>br</strong> />

foi assinado o termo de coope-<<strong>br</strong> />

ração entre a <strong>OAB</strong>/MG, o Tribu-<<strong>br</strong> />

nal de Justiça de Minas Gerais e<<strong>br</strong> />

Advocacia Geral do Estado, regu-<<strong>br</strong> />

lamentando o pagamento admi-<<strong>br</strong> />

nistrativo dos honorários devidos<<strong>br</strong> />

pelo Estado aos advogados dati-<<strong>br</strong> />

vos.<<strong>br</strong> />

O presidente da <strong>OAB</strong>/MG,<<strong>br</strong> />

Luís Cláudio Chaves, elogiou o<<strong>br</strong> />

empenho do governador do Es-<<strong>br</strong> />

tado, Antonio Anastasia. Ao regu-<<strong>br</strong> />

lamentar o pagamento por meio<<strong>br</strong> />

do Decreto nº45.898. Luís Cláudio<<strong>br</strong> />

afirmou que o convênio viabiliza<<strong>br</strong> />

o pagamento dos dativos, o que<<strong>br</strong> />

nunca ocorreu no Estado. “Esse<<strong>br</strong> />

ato trará justiça aos advogados<<strong>br</strong> />

dativos reconhecendo o trabalho<<strong>br</strong> />

deles em favor das pessoas ne-<<strong>br</strong> />

cessitadas e assegurando aces-<<strong>br</strong> />

so à justiça as pessoas carentes”,<<strong>br</strong> />

disse.<<strong>br</strong> />

Decreto 45.898<<strong>br</strong> />

O Decreto estabelece que os<<strong>br</strong> />

honorários sejam fixados pelo<<strong>br</strong> />

Juiz da sentença, de acordo <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

tabela elaborada pela Ordem<<strong>br</strong> />

dos Advogados do Brasil, seção<<strong>br</strong> />

Minas Gerais. O Juiz emitirá uma<<strong>br</strong> />

certidão que, após tramitação ad-<<strong>br</strong> />

ministrativa, possibilitará o paga-<<strong>br</strong> />

mento aos dativos em 30 dias.<<strong>br</strong> />

Advogado dativo é aquele que<<strong>br</strong> />

não pertence à Defensoria Pú-<<strong>br</strong> />

blica do Estado de Minas Gerais,<<strong>br</strong> />

mas assume o papel de defensor


público, auxiliando, por indicação<<strong>br</strong> />

da Justiça, o cidadão <strong>com</strong>um. O<<strong>br</strong> />

pagamento de honorários não<<strong>br</strong> />

implica vínculo empregatício <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

o Estado e não assegura ao ad-<<strong>br</strong> />

vogado nomeado direitos atribuí-<<strong>br</strong> />

dos ao servidor público, tampou-<<strong>br</strong> />

co à contagem de tempo, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

esclarece o decreto.<<strong>br</strong> />

São condições para aprovação<<strong>br</strong> />

do pagamento de honorários:<<strong>br</strong> />

· Advogados que não sejam<<strong>br</strong> />

ocupantes do cargo de De-<<strong>br</strong> />

fensor Público ou não estejam<<strong>br</strong> />

impedidos de exercer a advo-<<strong>br</strong> />

cacia contra a Fazenda Pública<<strong>br</strong> />

Estadual.<<strong>br</strong> />

· Advogados que renuncia-<<strong>br</strong> />

rem à causa, salvo se houver<<strong>br</strong> />

justificativa aceita por juiz<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petente, no processo em<<strong>br</strong> />

curso, hipótese em que os<<strong>br</strong> />

honorários serão pagos pro-<<strong>br</strong> />

porcionalmente aos serviços<<strong>br</strong> />

prestados, além de co<strong>br</strong>ar,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>binar ou receber vanta-<<strong>br</strong> />

gens e valores do beneficiário,<<strong>br</strong> />

a título de honorários advoca-<<strong>br</strong> />

tícios, taxas, emolumentos ou<<strong>br</strong> />

outras despesas.<<strong>br</strong> />

Para receber o pagamento,<<strong>br</strong> />

é imprescindível:<<strong>br</strong> />

· Que o advogado seja nome-<<strong>br</strong> />

ado de acordo <strong>com</strong> a relação<<strong>br</strong> />

a ser preparada pela <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

e cumpra a integralidade ou<<strong>br</strong> />

proporcionalidade dos servi-<<strong>br</strong> />

ços prestados.<<strong>br</strong> />

A Advocacia-Geral do Esta-<<strong>br</strong> />

do (AGE) e a Secretaria de Estado<<strong>br</strong> />

de Fazenda (SEF) deverão editar<<strong>br</strong> />

normas <strong>com</strong>plementares que vi-<<strong>br</strong> />

sem ao cumprimento do Decreto,<<strong>br</strong> />

bem <strong>com</strong>o assinar o termo de co-<<strong>br</strong> />

operação mútua entre a <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

e o Tribunal de Justiça do Estado<<strong>br</strong> />

de Minas Gerais (TJMG) para a<<strong>br</strong> />

elaboração da tabela de honorá-<<strong>br</strong> />

rios. Esse termo será a<strong>com</strong>panha-<<strong>br</strong> />

do por uma <strong>com</strong>issão constituída<<strong>br</strong> />

por representantes da AGE e da<<strong>br</strong> />

SEF, e poderá contar <strong>com</strong> mem-<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>os convidados, representando<<strong>br</strong> />

o TJMG, a Defensoria Pública e a<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG.<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> o termo de<<strong>br</strong> />

cooperação, ficará a cargo da<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong>/MG:<<strong>br</strong> />

· Elaboração anual, por co-<<strong>br</strong> />

marca e especialidade, de<<strong>br</strong> />

uma lista de advogados ins-<<strong>br</strong> />

critos na Ordem e que tenham<<strong>br</strong> />

interesse em atuar <strong>com</strong>o de-<<strong>br</strong> />

fensor dativo de parte benefi-<<strong>br</strong> />

ciária de assistência judiciária.<<strong>br</strong> />

· A lista de defensores dativos<<strong>br</strong> />

será enviada à Advocacia-Ge-<<strong>br</strong> />

ral do Estado até o dia 1º de<<strong>br</strong> />

fevereiro de cada ano, a partir<<strong>br</strong> />

do ano 2012. A AGE encami-<<strong>br</strong> />

nhará a lista de defensores<<strong>br</strong> />

dativos ao TJMG e à Defenso-<<strong>br</strong> />

ria Pública.<<strong>br</strong> />

Observadas as <strong>com</strong>petên-<<strong>br</strong> />

cias do Poder Judiciário, o<<strong>br</strong> />

TJMG, por termo de coopera-<<strong>br</strong> />

ção <strong>com</strong> a AGE, promoverá a<<strong>br</strong> />

distribuição da lista de defen-<<strong>br</strong> />

sores dativos aos juízes das<<strong>br</strong> />

respectivas <strong>com</strong>arcas. No caso<<strong>br</strong> />

de nomeação de mais de um<<strong>br</strong> />

advogado no mesmo proces-<<strong>br</strong> />

so, os honorários serão fixados<<strong>br</strong> />

proporcionalmente aos servi-<<strong>br</strong> />

ços prestados.<<strong>br</strong> />

Fonte: As<strong>com</strong> <strong>OAB</strong>/MG <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

informações da Secretaria de Es-<<strong>br</strong> />

tado de Governo<<strong>br</strong> />

Destaques da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

Presidente da <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

Uberlândia, Egmar Ferraz<<strong>br</strong> />

participou das atividades<<strong>br</strong> />

em prol dos dativos<<strong>br</strong> />

ETAPAS:<<strong>br</strong> />

Novem<strong>br</strong>o - <strong>OAB</strong>/MG pede aos<<strong>br</strong> />

advogados para não aceitarem nomeação<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o advogados dativos.<<strong>br</strong> />

6/12 – Audiência pública na Assembleia<<strong>br</strong> />

Legislativa de Minas para discutir<<strong>br</strong> />

alternativas legislativas para o pagamento<<strong>br</strong> />

dos defensores dativos e possíveis<<strong>br</strong> />

consequências da re<strong>com</strong>endação da <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />

MG aos advogados para que não aceitem<<strong>br</strong> />

nomeação <strong>com</strong>o defensores dativos. O<<strong>br</strong> />

presidente da <strong>OAB</strong> Uberlândia, Egmar<<strong>br</strong> />

Sousa Ferraz participou da audiência.<<strong>br</strong> />

23/01 – Reunião no Tribunal de Justiça<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o objetivo de discutir os detalhes<<strong>br</strong> />

finais do convênio que será firmado entre<<strong>br</strong> />

as três entidades: <strong>OAB</strong>/MG, o Tribunal<<strong>br</strong> />

de Justiça de Minas Gerais e Advocacia<<strong>br</strong> />

Geral do Estado. O presidente da <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />

MG, Egmar Sousa Ferraz participou desta<<strong>br</strong> />

reunião.<<strong>br</strong> />

24/01 - Governador de Minas Gerais,<<strong>br</strong> />

Antônio Anastasia, regulamentou o<<strong>br</strong> />

pagamento de honorários a advogados<<strong>br</strong> />

dativos no Estado por meio do decreto de<<strong>br</strong> />

número 45.898<<strong>br</strong> />

02/02 - Assinado o termo de cooperação<<strong>br</strong> />

entre a <strong>OAB</strong>/MG, o Tribunal de Justiça<<strong>br</strong> />

de Minas Gerais e Advocacia Geral do<<strong>br</strong> />

Estado regulamentando o pagamento<<strong>br</strong> />

administrativo dos honorários devidos<<strong>br</strong> />

pelo Estado aos profissionais que atuaram<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o advogados dativos.<<strong>br</strong> />

Com informações da As<strong>com</strong> <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

e da Secretaria de Estado de Governo<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

59


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

60<<strong>br</strong> />

A RTIGO<<strong>br</strong> />

Honorários contratuais<<strong>br</strong> />

e a sua inclusão nas<<strong>br</strong> />

condenações judiciais<<strong>br</strong> />

Gilberto Severino Júnior *<<strong>br</strong> />

Heitor Amaral Ribeiro **<<strong>br</strong> />

Sabe-se, desde os tempos<<strong>br</strong> />

primevos, que o dano deve ser<<strong>br</strong> />

reparado na medida de sua<<strong>br</strong> />

extensão. Destarte, é notório<<strong>br</strong> />

também de que uma das gran-<<strong>br</strong> />

des dificuldades do julgador é<<strong>br</strong> />

tornar precisa a extensão do<<strong>br</strong> />

dano, máxime no que se refere<<strong>br</strong> />

aos danos acessórios e os de<<strong>br</strong> />

natureza intrínseca à honra e à<<strong>br</strong> />

moral do indivíduo.<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>e o jaez da extensão,<<strong>br</strong> />

são travadas homéricas bata-<<strong>br</strong> />

lhas diuturnamente nas dis-<<strong>br</strong> />

cussões judiciais. Entretanto,<<strong>br</strong> />

a ideia de que reparação dos<<strong>br</strong> />

danos deve englobar o ressar-<<strong>br</strong> />

cimento da verba honorária<<strong>br</strong> />

contratual, popularmente co-<<strong>br</strong> />

nhecida <strong>com</strong>o pró-labore, co-<<strong>br</strong> />

meça a ser relevante.<<strong>br</strong> />

No tocante à diferenciação<<strong>br</strong> />

das verbas alimentares advo-<<strong>br</strong> />

catícias, apesar de não haver<<strong>br</strong> />

disposição legal expressa, con-<<strong>br</strong> />

vencionou-se que os honorários<<strong>br</strong> />

sucumbenciais, aqueles oriun-<<strong>br</strong> />

dos, na maioria das vezes, do<<strong>br</strong> />

êxito processual são devidos ao<<strong>br</strong> />

patrono da parte vencedora.<<strong>br</strong> />

Todavia, os honorários<<strong>br</strong> />

contratuais dificilmente eram<<strong>br</strong> />

incorporados ao rol de exten-<<strong>br</strong> />

são dos danos. Ou seja, tais<<strong>br</strong> />

honorários não eram incluídos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o decréscimos patrimo-<<strong>br</strong> />

niais nascidos em virtude dos<<strong>br</strong> />

danos causados ao indivíduo,<<strong>br</strong> />

tampouco eram ressarcidos ao<<strong>br</strong> />

vencedor da demanda.<<strong>br</strong> />

No dia 14 de junho de<<strong>br</strong> />

2011, o Superior Tribunal de<<strong>br</strong> />

Justiça, representado naque-<<strong>br</strong> />

la oportunidade pela Ministra<<strong>br</strong> />

Nancy Andrighi, dotada de<<strong>br</strong> />

corriqueira so<strong>br</strong>iedade inte-<<strong>br</strong> />

lectual, agraciou os advogados<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> um precedente que pode<<strong>br</strong> />

rotacionar o leme do enten-<<strong>br</strong> />

dimento de ressarcimento de<<strong>br</strong> />

honorários contratu ais.<<strong>br</strong> />

No julgado de Ação de Co-<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>ança cumulada <strong>com</strong> <strong>com</strong>-<<strong>br</strong> />

pensação por danos morais, o


pleiteante requereu em instân-<<strong>br</strong> />

cia primeva, além da cobertura<<strong>br</strong> />

dos danos de estilo o ressar-<<strong>br</strong> />

cimento das despesas na con-<<strong>br</strong> />

tratação de advogados para<<strong>br</strong> />

o ajuizamento da ação, tendo<<strong>br</strong> />

em vista que a gênese da ação<<strong>br</strong> />

se deu em razão exclusiva de<<strong>br</strong> />

ato desidioso do réu.<<strong>br</strong> />

Em sede de Recurso Espe-<<strong>br</strong> />

cial1, delimitou-se, em matéria<<strong>br</strong> />

única e exclusivamente à con-<<strong>br</strong> />

trovérsia de determinar, a inte-<<strong>br</strong> />

gração ou não dos honorários<<strong>br</strong> />

advocatícios contratuais nos<<strong>br</strong> />

valores devidos a reparação<<strong>br</strong> />

por perdas e danos.<<strong>br</strong> />

Com o <strong>br</strong>ilhantismo pecu-<<strong>br</strong> />

liar, a Relatora discorreu pro-<<strong>br</strong> />

ferindo que “[...] os honorários<<strong>br</strong> />

convencionais são retirados<<strong>br</strong> />

do patrimônio da parte lesa-<<strong>br</strong> />

da – para que haja reparação<<strong>br</strong> />

integral do dano – aquele que<<strong>br</strong> />

deu causa ao processo deve<<strong>br</strong> />

restituir os valores despendi-<<strong>br</strong> />

dos <strong>com</strong> os honorários con-<<strong>br</strong> />

tratuais2”. Reiterou na opor-<<strong>br</strong> />

tunidade a consonância de sua<<strong>br</strong> />

decisão quanto aos preceitos<<strong>br</strong> />

1 Disponível em https://ww2.<<strong>br</strong> />

stj.jus.<strong>br</strong>/revistaeletronica/ita.<<strong>br</strong> />

asp?registro=200800250781&dt_publicacao=23/02/2011<<strong>br</strong> />

. Acesso em 17<<strong>br</strong> />

de out. de 2011.<<strong>br</strong> />

2 STJ - RECURSO ESPECIAL n.<<strong>br</strong> />

1.134.725/MG – 3ª.T. – AC. Unânime –<<strong>br</strong> />

Rel.: Min. Nancy Andrighi – Fonte: DJe,<<strong>br</strong> />

24.06.2011.<<strong>br</strong> />

fundamentais relacionados à<<strong>br</strong> />

responsabilidade civil, à neces-<<strong>br</strong> />

sidade de restituição integral,<<strong>br</strong> />

equidade e justiça.<<strong>br</strong> />

Salientou ainda que o valor<<strong>br</strong> />

restituído a título de honorá-<<strong>br</strong> />

rios contratuais deve seguir os<<strong>br</strong> />

parâmetros dispostos na Lei de<<strong>br</strong> />

Ritos e no Estatuto da Ordem<<strong>br</strong> />

dos Advogados do Brasil, isto<<strong>br</strong> />

é, o julgador deve considerar<<strong>br</strong> />

questões que circundam a de-<<strong>br</strong> />

manda, tais <strong>com</strong>o o valor da<<strong>br</strong> />

causa, a condição econômica<<strong>br</strong> />

do cliente, o proveito resultan-<<strong>br</strong> />

te do serviço, a <strong>com</strong>petência e<<strong>br</strong> />

o renome do profissional, po-<<strong>br</strong> />

dendo o magistrado, no caso<<strong>br</strong> />

concreto, majorar ou reduzir o<<strong>br</strong> />

valor contratual informado.<<strong>br</strong> />

a razoabilidade e a propor-<<strong>br</strong> />

cionalidade do julgador desta<<strong>br</strong> />

hipótese é extremamente im-<<strong>br</strong> />

portante na mensuração da<<strong>br</strong> />

restituição. O perigo adormece<<strong>br</strong> />

justamente no momento em<<strong>br</strong> />

que este valor tende a permear<<strong>br</strong> />

o traço limítrofe da <strong>com</strong>inação<<strong>br</strong> />

educativa do ofensor rumo ao<<strong>br</strong> />

alcance da condição mínima<<strong>br</strong> />

de sua so<strong>br</strong>evivência.<<strong>br</strong> />

Em razão da prematuridade<<strong>br</strong> />

do julgado, permanece o enten-<<strong>br</strong> />

dimento jurisprudencial em par-<<strong>br</strong> />

te amorfo, contudo, inegável a<<strong>br</strong> />

evolução desta percepção.<<strong>br</strong> />

Vislum<strong>br</strong>a-se que a pos-<<strong>br</strong> />

sibilidade de restituição dos<<strong>br</strong> />

honorários contratuais induz<<strong>br</strong> />

o cidadão, ainda que incons-<<strong>br</strong> />

cientemente, a um status de<<strong>br</strong> />

busca contínua do profissional<<strong>br</strong> />

da Advocacia, valorizando e<<strong>br</strong> />

pulverizando a sua atuação e,<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>etudo, criando a oportu-<<strong>br</strong> />

nidade de trabalhar em função<<strong>br</strong> />

de uma sociedade mais justa.<<strong>br</strong> />

A decisão proferida vai de<<strong>br</strong> />

encontro <strong>com</strong> o ideal de aces-<<strong>br</strong> />

so à ordem jurídica justa, à<<strong>br</strong> />

medida que o cidadão terá a<<strong>br</strong> />

sensação de que o Poder Judi-<<strong>br</strong> />

ciário lhe proporcionou plena<<strong>br</strong> />

e <strong>com</strong>pleta reparação de todos<<strong>br</strong> />

os danos sofridos e ou realiza-<<strong>br</strong> />

dos <strong>com</strong> a finalidade de buscar<<strong>br</strong> />

a tutela jurisdicional.<<strong>br</strong> />

* Gilberto Severino Jú-<<strong>br</strong> />

nior é Graduado em Direito<<strong>br</strong> />

pela Universidade Federal de<<strong>br</strong> />

Uberlândia (2000) e mestre em<<strong>br</strong> />

Direito pela Universidade do<<strong>br</strong> />

Estado de Minas Gerais (2007).<<strong>br</strong> />

Advogado, conferencista e pa-<<strong>br</strong> />

lestrante. Professor universitá-<<strong>br</strong> />

rio de direito processual civil.<<strong>br</strong> />

Professor de cursos de pós<<strong>br</strong> />

graduação e de preparatórios<<strong>br</strong> />

para o exame de Ordem;<<strong>br</strong> />

** Heitor Amaral Ribeiro<<strong>br</strong> />

é graduando em Direito pela<<strong>br</strong> />

ESAMC/Uberlândia.<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

61


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

62<<strong>br</strong> />

A RTIGO<<strong>br</strong> />

Breves considerações<<strong>br</strong> />

acerca do tema Marca<<strong>br</strong> />

* Márcia Fernandes Pinheiro¹<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> o dicionário<<strong>br</strong> />

Aurélio, a palavra marca significa<<strong>br</strong> />

ato ou efeito de marcar, sinal distintivo<<strong>br</strong> />

de um objeto. Já símbolo<<strong>br</strong> />

gráfico (logotipo, emblema ou<<strong>br</strong> />

figura) identifica ou representa<<strong>br</strong> />

uma instituição, uma empresa etc.<<strong>br</strong> />

Destarte, a marca é um sinal<<strong>br</strong> />

distintivo ou um logotipo<<strong>br</strong> />

que representa uma instituição,<<strong>br</strong> />

classificando-se em vários tipos,<<strong>br</strong> />

dentre eles marca de produto ou<<strong>br</strong> />

serviço (exemplo: Nike, Natura,<<strong>br</strong> />

FGV, Itaú), marca de certificação<<strong>br</strong> />

(exemplo: INMETRO, ISO) e marca<<strong>br</strong> />

coletiva (Unimed, ABPI). Entretanto,<<strong>br</strong> />

esta não se resume apenas a<<strong>br</strong> />

um sinal distintivo, haja vista que<<strong>br</strong> />

traz consigo outros elementos<<strong>br</strong> />

que tornam o seu instituto mais<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>angente.<<strong>br</strong> />

Uma marca bem elaborada<<strong>br</strong> />

(um desenho, sinal ou até mesmo<<strong>br</strong> />

um nome) transmite confiabilidade,<<strong>br</strong> />

qualidade do produto ou<<strong>br</strong> />

serviço e, principalmente, a segurança<<strong>br</strong> />

para os consumidores de<<strong>br</strong> />

estarem adquirindo produtos que<<strong>br</strong> />

satisfaçam as suas necessidades.<<strong>br</strong> />

Para que a marca alcance a aceitação<<strong>br</strong> />

do público, entretanto, muitos<<strong>br</strong> />

investimentos são feitos, tanto<<strong>br</strong> />

em termos de propagandas <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

na própria qualidade dos produtos<<strong>br</strong> />

que levam o nome da mesma.<<strong>br</strong> />

Tendo em vista a a<strong>br</strong>angência,<<strong>br</strong> />

o poder de mercado e os investimentos,<<strong>br</strong> />

à marca tornou-se necessária<<strong>br</strong> />

a uma efetiva proteção jurídica<<strong>br</strong> />

contra abusos e deturpações<<strong>br</strong> />

de terceiros. No que tange a essa<<strong>br</strong> />

necessidade, foi criada no Brasil<<strong>br</strong> />

a Lei Federal nº 9.279/1996, que<<strong>br</strong> />

regula os direitos e o<strong>br</strong>igações<<strong>br</strong> />

relativos à propriedade industrial.<<strong>br</strong> />

Tal diploma legal além de definir<<strong>br</strong> />

os tipos de marcas, também disciplina<<strong>br</strong> />

o procedimento de registro,<<strong>br</strong> />

cessão e proteção, dentre outras<<strong>br</strong> />

providências.<<strong>br</strong> />

O proprietário da marca ao<<strong>br</strong> />

efetuar o seu registro passa a ter<<strong>br</strong> />

o direito de utilizá-la <strong>com</strong> exclusividade<<strong>br</strong> />

no ramo em que atua. Por<<strong>br</strong> />

exemplo, se o empresário atuar<<strong>br</strong> />

no ramo de sucos, refrigerantes,<<strong>br</strong> />

terá a sua marca protegida em<<strong>br</strong> />

âmbito nacional na classe de bebidas,<<strong>br</strong> />

xaropes e sucos concentrados.<<strong>br</strong> />

Contudo, se a marca alcançar<<strong>br</strong> />

grande credibilidade no mercado,<<strong>br</strong> />

tornando-se uma marca famosa,<<strong>br</strong> />

ou seja, de Alto Renome, poderá<<strong>br</strong> />

ter a proteção estendida a todos<<strong>br</strong> />

os ramos de atividade, conforme<<strong>br</strong> />

consta no art. 125 da referida lei.<<strong>br</strong> />

Vejamos outro exemplo bastante<<strong>br</strong> />

elucidativo: a marca Coca<<strong>br</strong> />

Cola, pertencente à The Coca-<<strong>br</strong> />

-Cola Companyé, é de alto renome,<<strong>br</strong> />

estando protegida em todos<<strong>br</strong> />

os ramos de atividade. Dessa forma,<<strong>br</strong> />

outro empresário não poderá<<strong>br</strong> />

utilizar a marca Coca Cola para<<strong>br</strong> />

vestuário, esporte, calçados restaurantes<<strong>br</strong> />

etc., posto que pertence<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> exclusividade ao titular da<<strong>br</strong> />

marca Coca Cola.<<strong>br</strong> />

Pode-se dizer, então, que a<<strong>br</strong> />

marca é o sinal perceptível de<<strong>br</strong> />

grande importância, que diferencia<<strong>br</strong> />

os produtos entre si, identifica<<strong>br</strong> />

produtos ou serviços e também<<strong>br</strong> />

atesta a qualidade destes, daí a<<strong>br</strong> />

importância de ser levada a registro.<<strong>br</strong> />

Vejamos os arts. 122 e 133 da<<strong>br</strong> />

Lei de Propriedade <strong>In</strong>dustrial na<<strong>br</strong> />

íntegra:<<strong>br</strong> />

Art. 122. São suscetíveis de<<strong>br</strong> />

registro <strong>com</strong>o marca os sinais distintivos<<strong>br</strong> />

visualmente perceptíveis,<<strong>br</strong> />

não <strong>com</strong>preendidos nas proibições<<strong>br</strong> />

legais. (grifo nosso)<<strong>br</strong> />

Art. 133. O registro da marca<<strong>br</strong> />

vigorará pelo prazo de 10 (dez)<<strong>br</strong> />

anos, contados da data da concessão<<strong>br</strong> />

do registro, prorrogável<<strong>br</strong> />

por períodos iguais e sucessivos.<<strong>br</strong> />

Observa-se que o referido art.<<strong>br</strong> />

122 ressalta que os sinais perceptíveis<<strong>br</strong> />

são suscetíveis de registro.<<strong>br</strong> />

Assim o faz a lei, pois no Brasil<<strong>br</strong> />

não se admite registro de outros<<strong>br</strong> />

sinais, tais <strong>com</strong>o os sonoros e os<<strong>br</strong> />

olfativos.<<strong>br</strong> />

Percebe-se ainda, tendo em<<strong>br</strong> />

vista o mesmo dispositivo legal,<<strong>br</strong> />

que o registro da marca é concedido<<strong>br</strong> />

pelo prazo de 10 (dez) anos,<<strong>br</strong> />

podendo ser renovado indefinidamente.<<strong>br</strong> />

Dessa forma, a marca,<<strong>br</strong> />

um símbolo de grande importância<<strong>br</strong> />

no ramo empresarial, deve<<strong>br</strong> />

ser registrada e protegida contra<<strong>br</strong> />

qualquer abuso.<<strong>br</strong> />

É importante ressaltar que o<<strong>br</strong> />

registro é efetuado no INPI (<strong>In</strong>stituto<<strong>br</strong> />

Nacional de Propriedade<<strong>br</strong> />

<strong>In</strong>dustrial), <strong>com</strong> de a<strong>br</strong>angência<<strong>br</strong> />

nacional.<<strong>br</strong> />

* Advogada, pós-graduada<<strong>br</strong> />

em Direito Privado, professora de<<strong>br</strong> />

Direito Empresarial e <strong>In</strong>trodução<<strong>br</strong> />

ao Estudo de Direito na Faculdade<<strong>br</strong> />

Pitágoras, Uberlândia-MG


ADULTÉRIO ENSEJA<<strong>br</strong> />

RESPONSABILIDADE DE INDENIZAR?<<strong>br</strong> />

Vitor Maia de Sousa *<<strong>br</strong> />

A responsabilidade do repa-<<strong>br</strong> />

ro de um dano causado por um<<strong>br</strong> />

indivíduo a outro sempre existiu.<<strong>br</strong> />

Trata-se da natureza humana res-<<strong>br</strong> />

gatar o que lhe fora tirado, ou,<<strong>br</strong> />

quando não for possível, retirar<<strong>br</strong> />

algo de quem lhe causou o dano.<<strong>br</strong> />

Mesmo nas sociedades pri-<<strong>br</strong> />

mitivas (aquelas em que não<<strong>br</strong> />

estava presente ainda o direito<<strong>br</strong> />

propriamente dito) é fácil ilustrar<<strong>br</strong> />

esta reparação do dano, que era<<strong>br</strong> />

feita através da violência coletiva.<<strong>br</strong> />

Aquele que causou o dano era<<strong>br</strong> />

torturado fisicamente pelo res-<<strong>br</strong> />

tante do grupo, <strong>com</strong>o forma de<<strong>br</strong> />

punição e exemplo para os de-<<strong>br</strong> />

mais mem<strong>br</strong>os.<<strong>br</strong> />

Com o passar do tempo e<<strong>br</strong> />

surgimento do Direito nas civi-<<strong>br</strong> />

lizações, passou-se de vingança<<strong>br</strong> />

coletiva para vingança individual.<<strong>br</strong> />

Com o Código de Hamurabi (ela-<<strong>br</strong> />

borado por volta de 1.700 a.C. na<<strong>br</strong> />

Babilônia), criou-se a chamada<<strong>br</strong> />

“pena de talião”, também conhe-<<strong>br</strong> />

cida <strong>com</strong>o “olho por olho, dente<<strong>br</strong> />

por dente”, normatizada nas Leis<<strong>br</strong> />

196 e 200 do referido:<<strong>br</strong> />

196. Se um homem arrancar<<strong>br</strong> />

o olho de outro homem, o olho<<strong>br</strong> />

do primeiro deverá ser arrancado<<strong>br</strong> />

[Olho por olho];<<strong>br</strong> />

200. Se um homem que<strong>br</strong>ar<<strong>br</strong> />

o dente de um seu igual, o dente<<strong>br</strong> />

deste homem também deverá ser<<strong>br</strong> />

que<strong>br</strong>ado [Dente por dente]; 1<<strong>br</strong> />

Posteriormente, em meados<<strong>br</strong> />

de 286 a.C., aparece em Roma a<<strong>br</strong> />

Lex Aquilia, que foi fundamental<<strong>br</strong> />

inclusive para a criação do atual<<strong>br</strong> />

1 Texto do Código de Hamurabi retirado<<strong>br</strong> />

da The Eleventh Edition of the<<strong>br</strong> />

Encyclopaedia Britannica, 1910 e traduzida<<strong>br</strong> />

pelos editores do site http://<<strong>br</strong> />

www.angelfire.<strong>com</strong>/me/babilonia<strong>br</strong>asil/hamur.html<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Código Civil, pois tratava-se da<<strong>br</strong> />

primeira Lei realmente preocupa-<<strong>br</strong> />

da em reparar “danos causados<<strong>br</strong> />

ilicitamente” (danum iniuria da-<<strong>br</strong> />

tum).<<strong>br</strong> />

Lege Aquilia capite primo ca-<<strong>br</strong> />

vetur ut qui servum servamve<<strong>br</strong> />

alienum alienamve qudrupede-<<strong>br</strong> />

mve pecudem iniura occiderit,<<strong>br</strong> />

quanti id in eo anno plurimi fuit,<<strong>br</strong> />

tantum aes dare domino damnas<<strong>br</strong> />

esto. 2<<strong>br</strong> />

Atualmente, a responsabilida-<<strong>br</strong> />

de civil está prevista no Código<<strong>br</strong> />

Civil vigente, em seus artigos 927<<strong>br</strong> />

e seguintes (Código Civil de 2002<<strong>br</strong> />

– Parte Especial, Livro I, Título IX).<<strong>br</strong> />

Para facilitar o entendimento<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e as funções da responsabi-<<strong>br</strong> />

2 O primeiro capítulo da Lex Aquilia<<strong>br</strong> />

prevê que quem matar injustamente<<strong>br</strong> />

um escravo ou escrava alheios ou um<<strong>br</strong> />

quadrúpede ou ‘res’, seja condenado<<strong>br</strong> />

a dar ao dono o valor do máximo que<<strong>br</strong> />

alcançou naquele ano.<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

63


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

64<<strong>br</strong> />

A RTIGO<<strong>br</strong> />

lidade civil, a ilustre doutrinadora<<strong>br</strong> />

Maria Helena Diniz coloca que:<<strong>br</strong> />

Grande é a importância da<<strong>br</strong> />

responsabilidade civil, nos tempos<<strong>br</strong> />

atuais, por se dirigir à restauração<<strong>br</strong> />

de um equilí<strong>br</strong>io moral e patri-<<strong>br</strong> />

monial desfeito e à redistribuição<<strong>br</strong> />

da riqueza de conformidade <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

os ditames da justiça, tutelando a<<strong>br</strong> />

pertinência de um bem, <strong>com</strong> to-<<strong>br</strong> />

das as suas utilidades, presentes<<strong>br</strong> />

e futuras, a um sujeito determina-<<strong>br</strong> />

do, (...) 3<<strong>br</strong> />

O doutrinador Carlos Roberto<<strong>br</strong> />

Gonçalves concorda in totum <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

a explicação exposta por Maria<<strong>br</strong> />

Helena, e conclui colocando que:<<strong>br</strong> />

(...) o instituto da responsabi-<<strong>br</strong> />

lidade civil é parte integrante do<<strong>br</strong> />

direito o<strong>br</strong>igacional, pois a prin-<<strong>br</strong> />

cipal consequência da prática de<<strong>br</strong> />

um ato ilícito é a o<strong>br</strong>igação que<<strong>br</strong> />

acarreta, para o seu autor, de re-<<strong>br</strong> />

parar o dano, o<strong>br</strong>igação esta de<<strong>br</strong> />

natureza pessoal, que se resolve<<strong>br</strong> />

em perdas e danos. 4<<strong>br</strong> />

Sendo assim, podem-se<<strong>br</strong> />

enumerar funções da responsabi-<<strong>br</strong> />

lidade civil em duas modalidades.<<strong>br</strong> />

São elas: I) a reparação do dano<<strong>br</strong> />

causado, que está diretamente li-<<strong>br</strong> />

gada ao direito do lesado de ver<<strong>br</strong> />

seu prejuízo ressarcido; II) servir<<strong>br</strong> />

de sanção civil, ou seja, <strong>com</strong>pen-<<strong>br</strong> />

sar o lesado por aquele ato que<<strong>br</strong> />

resultou na causa do dano.<<strong>br</strong> />

Para caracterizar o de-<<strong>br</strong> />

ver de indenização, é necessária<<strong>br</strong> />

3 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito<<strong>br</strong> />

Civil Brasileiro. 17ª Ed. – Volume<<strong>br</strong> />

VII. Editora Saraiva, 2003, p. 5<<strong>br</strong> />

4 GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito<<strong>br</strong> />

Civil Brasileiro. 4ª Ed. – Vol. IV.<<strong>br</strong> />

Editora Saraiva, 2009, p. 4<<strong>br</strong> />

a presença dos pressupostos da<<strong>br</strong> />

responsabilidade civil, que são: I)<<strong>br</strong> />

ação ou omissão (ato ilícito); II)<<strong>br</strong> />

dano; III) nexo de causalidade; IV)<<strong>br</strong> />

culpa ou dolo.<<strong>br</strong> />

A discussão em <strong>com</strong>en-<<strong>br</strong> />

to gira entorno da reparação por<<strong>br</strong> />

dano moral àquele que utilizou-<<strong>br</strong> />

-se do adultério <strong>com</strong>o forma de<<strong>br</strong> />

ofensa à honra e dignidade do<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>panheiro(a), e não <strong>com</strong>o cri-<<strong>br</strong> />

me, uma vez que não existe mais<<strong>br</strong> />

o crime de adultério <strong>com</strong> previsão<<strong>br</strong> />

no Código Penal.<<strong>br</strong> />

Antes mesmo de entrar<<strong>br</strong> />

no assunto propriamente dito,<<strong>br</strong> />

deve-se ter em mente o conceito<<strong>br</strong> />

de “adultério” e o normativo legal<<strong>br</strong> />

que enumera os deveres dos côn-<<strong>br</strong> />

juges no âmbito do matrimônio.<<strong>br</strong> />

O dicionário Aulete Di-<<strong>br</strong> />

gital define que adultério é a<<strong>br</strong> />

“transgressão, nos aspectos mo-<<strong>br</strong> />

ral e legal, da fidelidade conjugal<<strong>br</strong> />

(<strong>com</strong>promisso de exclusividade<<strong>br</strong> />

recíproca nas relações sexuais dos<<strong>br</strong> />

cônjuges) implícita ou explícita no<<strong>br</strong> />

contrato matrimonial; Ato de ter<<strong>br</strong> />

relações sexuais <strong>com</strong> outra pes-<<strong>br</strong> />

soa que não o seu próprio cônju-<<strong>br</strong> />

ge; INFIDELIDADE”.<<strong>br</strong> />

Por sua vez, coloca que<<strong>br</strong> />

infidelidade é o ato de ser in-<<strong>br</strong> />

fiel, trair a sua esposa, marido,<<strong>br</strong> />

noivo(a), namorado(a).<<strong>br</strong> />

O casamento está nor-<<strong>br</strong> />

matizado no atual Código Civil,<<strong>br</strong> />

em seus artigos 1.511 e seguintes.<<strong>br</strong> />

Estes inclusive enfatizam que “o<<strong>br</strong> />

casamento estabelece <strong>com</strong>unhão<<strong>br</strong> />

plena de vida, <strong>com</strong> base na igual-<<strong>br</strong> />

dade de direitos e deveres dos<<strong>br</strong> />

cônjuges”.<<strong>br</strong> />

Já a união estável está<<strong>br</strong> />

normatizada pela Lei n.º 9.278<<strong>br</strong> />

de 10 de maio de 1996, que em<<strong>br</strong> />

seu art. 2º, estabelece também os<<strong>br</strong> />

direitos e deveres por igualdade<<strong>br</strong> />

entre os conviventes, quais sejam.<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> Art. 2º da referida<<strong>br</strong> />

lei:<<strong>br</strong> />

São direitos e deveres iguais<<strong>br</strong> />

dos conviventes:<<strong>br</strong> />

I - respeito e consideração<<strong>br</strong> />

mútuos;<<strong>br</strong> />

II - assistência moral e mate-<<strong>br</strong> />

rial recíproca;<<strong>br</strong> />

III - guarda, sustento e educa-<<strong>br</strong> />

ção dos filhos <strong>com</strong>uns.<<strong>br</strong> />

O professor Álvaro Villa-<<strong>br</strong> />

ça Azevedo conceitua união está-<<strong>br</strong> />

vel <strong>com</strong>o a “convivência não adul-<<strong>br</strong> />

terina nem incestuosa, duradoura,<<strong>br</strong> />

pública e contínua, de um homem<<strong>br</strong> />

e de uma mulher, sem vínculo<<strong>br</strong> />

matrimonial, convivendo <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

se casados fossem, sob o mesmo<<strong>br</strong> />

teto ou não, constituindo, assim,<<strong>br</strong> />

sua família de fato” 5.<<strong>br</strong> />

Com a devida vênia, atu-<<strong>br</strong> />

almente é possível caracterizar a<<strong>br</strong> />

união estável não apenas pela<<strong>br</strong> />

convivência entre homem e mu-<<strong>br</strong> />

lher, mas também entre pessoas<<strong>br</strong> />

de mesmo sexo, conforme o re-<<strong>br</strong> />

cente julgamento do Supremo<<strong>br</strong> />

Tribunal Federal e o reconheci-<<strong>br</strong> />

mento da união estável entre ho-<<strong>br</strong> />

moafetivos.<<strong>br</strong> />

O fato é que se o res-<<strong>br</strong> />

peito mútuo é direito e dever dos<<strong>br</strong> />

conviventes (união estável), nada<<strong>br</strong> />

mais plausível que seja também<<strong>br</strong> />

direito e dever dos cônjuges (ca-<<strong>br</strong> />

5 AZEVEDO, Álvaro Villaça – União<<strong>br</strong> />

Estável, artigo publicado na Revista<<strong>br</strong> />

do Advogado n° 58, AASP, São Paulo,<<strong>br</strong> />

março/2000.


samento).<<strong>br</strong> />

Entretanto, nossos Tri-<<strong>br</strong> />

bunais entendem que o adulté-<<strong>br</strong> />

rio não gera somente o direito<<strong>br</strong> />

à indenização por danos morais.<<strong>br</strong> />

Trata-se de um aborrecimento<<strong>br</strong> />

da vida privada que, em muitos<<strong>br</strong> />

casos, pode gerar o final do re-<<strong>br</strong> />

lacionamento amoroso e conse-<<strong>br</strong> />

quentemente do “contrato” de<<strong>br</strong> />

casamento.<<strong>br</strong> />

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL.<<strong>br</strong> />

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANOS<<strong>br</strong> />

MORAIS E MATERIAIS. ADULTÉ-<<strong>br</strong> />

RIO. INEXISTÊNCIA DE ELEMEN-<<strong>br</strong> />

TOS FÁTICOS SUFICIENTES PARA<<strong>br</strong> />

A CARACTERIZAÇÃO DE DANO<<strong>br</strong> />

MORAL INDENIZÁVEL. - A mera<<strong>br</strong> />

constatação do adultério não im-<<strong>br</strong> />

porta no dever de reparação de<<strong>br</strong> />

ordem moral. - Ausente a indi-<<strong>br</strong> />

cação de elementos fáticos con-<<strong>br</strong> />

ducentes à constatação de que o<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>portamento da requerida te-<<strong>br</strong> />

nha atingido de forma ofensiva a<<strong>br</strong> />

integridade moral do requerente,<<strong>br</strong> />

que se limita a alegar ter sido víti-<<strong>br</strong> />

ma de chacotas pelos colegas de<<strong>br</strong> />

corporação, não há <strong>com</strong>o carac-<<strong>br</strong> />

terizar a existência de dano moral<<strong>br</strong> />

indenizável. (APELAÇÃO CÍVEL Nº<<strong>br</strong> />

1.0686.10.004508-3/001) 6<<strong>br</strong> />

Veja que Maria Helena Diniz<<strong>br</strong> />

detalha o dano moral:<<strong>br</strong> />

O dano moral vem a ser a<<strong>br</strong> />

lesão de interesses não patrimo-<<strong>br</strong> />

niais de pessoa física ou jurídica,<<strong>br</strong> />

provocada pelo fato lesivo. Qual-<<strong>br</strong> />

quer lesão que alguém sofra no<<strong>br</strong> />

objeto de seu direito repercutirá,<<strong>br</strong> />

6 http://www.tjmg.jus.<strong>br</strong> – consulta<<strong>br</strong> />

jurisprudencial no Tribunal de Justiça<<strong>br</strong> />

do Estado de Minas Gerais.<<strong>br</strong> />

necessariamente, em seu interes-<<strong>br</strong> />

se; (...) 7<<strong>br</strong> />

Não obstante, o doutrinador<<strong>br</strong> />

Carlos Roberto Gonçalves coloca<<strong>br</strong> />

que:<<strong>br</strong> />

Dano moral é o que atinge o<<strong>br</strong> />

ofendido <strong>com</strong>o pessoa, não lesan-<<strong>br</strong> />

do seu patrimônio. É lesão de bem<<strong>br</strong> />

que integra os direitos da persona-<<strong>br</strong> />

lidade, <strong>com</strong>o a honra, a dignidade,<<strong>br</strong> />

a intimidade, a imagem, o bom<<strong>br</strong> />

nome etc., <strong>com</strong>o se infere dos arts.<<strong>br</strong> />

1º, III, e 5º, V e X, da Constituição<<strong>br</strong> />

Federal, e que acarreta ao lesado<<strong>br</strong> />

dor, sofrimento, tristeza, vexame e<<strong>br</strong> />

humilhação. 8<<strong>br</strong> />

Ora, se o dano moral é aquele<<strong>br</strong> />

que afeta a honra, a dignidade, a<<strong>br</strong> />

intimidade da pessoa, notório é o<<strong>br</strong> />

fato de que o adultério, por si só,<<strong>br</strong> />

configura uma possível reparação<<strong>br</strong> />

por dano moral, se devidamente<<strong>br</strong> />

provado. Não é necessário que se<<strong>br</strong> />

tenha um conhecimento exterior<<strong>br</strong> />

da ação do adulterante, mediante<<strong>br</strong> />

vexame, exposição e humilhação<<strong>br</strong> />

perante terceiros.<<strong>br</strong> />

A traição gera dor e so-<<strong>br</strong> />

frimento, sentimentos estes que<<strong>br</strong> />

abalam a pessoa traída, muita das<<strong>br</strong> />

vezes pelo resto da vida, e é per-<<strong>br</strong> />

feitamente cabível que o judiciá-<<strong>br</strong> />

rio seja acionado, assegurando-<<strong>br</strong> />

-lhe o direito à indenização.<<strong>br</strong> />

As doutrinadoras Adria-<<strong>br</strong> />

ne Madianeira e Maria Ester en-<<strong>br</strong> />

tendem também que a infidelida-<<strong>br</strong> />

de viola o princípio da dignidade<<strong>br</strong> />

7 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito<<strong>br</strong> />

Civil Brasileiro. 17ª Ed. – Volume<<strong>br</strong> />

VII. Editora Saraiva, 2003, p. 84<<strong>br</strong> />

8 GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito<<strong>br</strong> />

Civil Brasileiro. 4ª Ed. – Vol. IV.<<strong>br</strong> />

Editora Saraiva, 2009, p. 359<<strong>br</strong> />

da pessoa humana, este garanti-<<strong>br</strong> />

do pela nossa Carta Magna:<<strong>br</strong> />

A infidelidade conjugal, além<<strong>br</strong> />

de aviltar contra a instituição fa-<<strong>br</strong> />

mília, tanto no seu aspecto legal<<strong>br</strong> />

quanto no aspecto emocional,<<strong>br</strong> />

denota flagrante violação ao<<strong>br</strong> />

princípio da dignidade da pessoa<<strong>br</strong> />

humana, uma vez que o cônjuge<<strong>br</strong> />

ultrajado vê seu projeto de vida<<strong>br</strong> />

dilacerado. Em decorrência de tal<<strong>br</strong> />

ato, o consorte traído é humilha-<<strong>br</strong> />

do, injuriado e sofre frustração<<strong>br</strong> />

que, por vezes, se constitui em<<strong>br</strong> />

uma agressão moral de maior<<strong>br</strong> />

intensidade que uma lesão físi-<<strong>br</strong> />

ca, uma vez que é vítima de um<<strong>br</strong> />

atentado à vida <strong>com</strong>um, à família<<strong>br</strong> />

e especialmente à sua honra, à<<strong>br</strong> />

sua integridade e à sua persona-<<strong>br</strong> />

lidade. 9<<strong>br</strong> />

Na busca pela salutar<<strong>br</strong> />

justiça, espera-se que ocorra uma<<strong>br</strong> />

mudança no modo de pensamen-<<strong>br</strong> />

to dos magistrados em relação<<strong>br</strong> />

à ofensa causada pela traição e<<strong>br</strong> />

pelo adultério a honra e a digni-<<strong>br</strong> />

dade, no âmbito do casamento e<<strong>br</strong> />

da união estável, <strong>com</strong>pelindo o<<strong>br</strong> />

culpado a reparar o dano moral,<<strong>br</strong> />

privilegiando somente os funda-<<strong>br</strong> />

mentos de costume, mas inter-<<strong>br</strong> />

pretando a Lei de uma forma di-<<strong>br</strong> />

ferente da atual interpretação do<<strong>br</strong> />

caso em tela.<<strong>br</strong> />

* Vitor Maia de Sousa – Acadêmico<<strong>br</strong> />

de Direito pela faculdade<<strong>br</strong> />

ESAMC – Uberlândia. 7º período.<<strong>br</strong> />

9 TOALDO, Adriane Medianeira e<<strong>br</strong> />

TORRES, Maria Ester Zuanazzi. <strong>In</strong>denização<<strong>br</strong> />

por Danos Morais na Separação<<strong>br</strong> />

Conjugal Culposa em Face da <strong>In</strong>fidelidade.<<strong>br</strong> />

Revista IOB de Direito de Família,<<strong>br</strong> />

ano XI, n.º 55, agosto/09, p.99<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

65


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

66<<strong>br</strong> />

A RTIGO<<strong>br</strong> />

A pacificação social realizada<<strong>br</strong> />

fora dos Órgãos Judiciários<<strong>br</strong> />

TEMPO É MAIS DO QUE DINHEIRO, É A VIDA EM CONTAGEM REGRESSIVA.<<strong>br</strong> />

Elisa Batista 1<<strong>br</strong> />

Como diziam meus profes-<<strong>br</strong> />

sores dos tempos de faculdade,<<strong>br</strong> />

quase todos os dias, realizamos<<strong>br</strong> />

negócios jurídicos, isto porque,<<strong>br</strong> />

sendo o contrato um tipo de ne-<<strong>br</strong> />

gócio jurídico, pensem em quan-<<strong>br</strong> />

tos o seu nome está vinculado.<<strong>br</strong> />

Contrato de <strong>com</strong>pra e venda: de<<strong>br</strong> />

um carro, casa, geladeira; con-<<strong>br</strong> />

trato de prestação de serviços:<<strong>br</strong> />

clareamento dental, lavanderia,<<strong>br</strong> />

telefonia, abastecimento de água<<strong>br</strong> />

e energia elétrica; e mesmo o tes-<<strong>br</strong> />

tamento, enfim.<<strong>br</strong> />

A relação existente entre duas<<strong>br</strong> />

ou mais pessoas, formalizada ou<<strong>br</strong> />

não por contrato é bastante evi-<<strong>br</strong> />

dente e integra parte da vida de<<strong>br</strong> />

todas as pessoas. É um emara-<<strong>br</strong> />

nhado de negociações ocorrendo<<strong>br</strong> />

a todo instante, e, infelizmente<<strong>br</strong> />

poderá uma ou outra ser motivo<<strong>br</strong> />

de controvérsia entre as partes<<strong>br</strong> />

envolvidas.<<strong>br</strong> />

Quem nunca passou por uma<<strong>br</strong> />

situação dessas que se manifeste.<<strong>br</strong> />

É essa a realidade que nos asso-<<strong>br</strong> />

la. Em algum momento, teremos<<strong>br</strong> />

nossos direitos prejudicados ou<<strong>br</strong> />

seremos autores do prejuízo do<<strong>br</strong> />

direito de alguém. A questão é<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o resolver isso? Como não<<strong>br</strong> />

esperar tanto tempo para solu-<<strong>br</strong> />

cionar o problema que se criou?<<strong>br</strong> />

Como conquistar a paz que em<<strong>br</strong> />

certo momento nos foi tomada?<<strong>br</strong> />

A Constituição Federal(1988),<<strong>br</strong> />

traz os princípios da igualdade e<<strong>br</strong> />

da liberdade <strong>com</strong>o instrumentos<<strong>br</strong> />

de garantia da busca pela justi-<<strong>br</strong> />

ça, facilitando o acesso à mesma.<<strong>br</strong> />

Sendo assim, diante dessa acessi-<<strong>br</strong> />

bilidade, o aumento de processos<<strong>br</strong> />

no Poder Judiciário é inquestio-<<strong>br</strong> />

nável e o resultado disso é a de-<<strong>br</strong> />

mora na resolução dos litígios.<<strong>br</strong> />

O Estado é o principal paci-<<strong>br</strong> />

ficador social, pois o Poder Ju-<<strong>br</strong> />

diciário tem <strong>com</strong>o uma de suas<<strong>br</strong> />

funções principais a resolução de<<strong>br</strong> />

conflitos entre os cidadãos, en-<<strong>br</strong> />

tidades e Estado. Diante disso, a<<strong>br</strong> />

maioria dos conflitos tramita nos<<strong>br</strong> />

órgãos judiciários e dependem de<<strong>br</strong> />

uma decisão para que as contro-<<strong>br</strong> />

vérsias sejam solucionadas.<<strong>br</strong> />

O fato é que, em algum mo-<<strong>br</strong> />

mento, o litígio terá fim. Entre-<<strong>br</strong> />

tanto, haverá longo período de<<strong>br</strong> />

espera por parte dos litigantes,<<strong>br</strong> />

desencadeando, na maioria das<<strong>br</strong> />

vezes, numa descrença e desmo-<<strong>br</strong> />

tivação por parte daqueles que,<<strong>br</strong> />

se pudessem optar, resolveriam<<strong>br</strong> />

seus problemas o mais rápido<<strong>br</strong> />

possível.<<strong>br</strong> />

A questão é que há sim o di-<<strong>br</strong> />

reito de optar por procedimentos<<strong>br</strong> />

mais rápidos, evitando esperar<<strong>br</strong> />

anos para que o litígio seja so-<<strong>br</strong> />

lucionado oj buscando a celeri-<<strong>br</strong> />

dade <strong>com</strong>o fator positivo para a


pacificação social. Falta, portanto,<<strong>br</strong> />

esclarecer a sociedade, incentivar<<strong>br</strong> />

a adoção desses métodos alter-<<strong>br</strong> />

nativos de resolução de conflitos<<strong>br</strong> />

e, consequentemente, obter a<<strong>br</strong> />

confiança da população a fim de<<strong>br</strong> />

desmistificar a ideia de que a jus-<<strong>br</strong> />

tiça será alcançada somente nos<<strong>br</strong> />

órgãos judiciários.<<strong>br</strong> />

A conciliação, a mediação e<<strong>br</strong> />

a arbitragem são alternativas de<<strong>br</strong> />

resolução de conflitos que ado-<<strong>br</strong> />

tam procedimentos mais céleres e<<strong>br</strong> />

menos dispendiosos, que contri-<<strong>br</strong> />

buem indiretamente para o Poder<<strong>br</strong> />

Judiciário, ampliando as opções<<strong>br</strong> />

para a obtenção da pacificação<<strong>br</strong> />

social.<<strong>br</strong> />

A conciliação, assim <strong>com</strong>o, a<<strong>br</strong> />

mediação podem ser praticadas<<strong>br</strong> />

fora do âmbito judicial, sendo<<strong>br</strong> />

meios extremamente rápidos de<<strong>br</strong> />

solução de conflitos que depen-<<strong>br</strong> />

dem da vontade das partes em se<<strong>br</strong> />

conciliarem e do mediador em fa-<<strong>br</strong> />

cilitar a realização do acordo.<<strong>br</strong> />

O papel do mediador não é<<strong>br</strong> />

definir os direitos de cada indi-<<strong>br</strong> />

víduo, mas sim de aproximar as<<strong>br</strong> />

partes para que haja a <strong>com</strong>po-<<strong>br</strong> />

sição de interesses, encarando<<strong>br</strong> />

os impasses de forma madura e<<strong>br</strong> />

consciente, assumindo <strong>com</strong> res-<<strong>br</strong> />

ponsabilidade o interesse de so-<<strong>br</strong> />

lucionar o conflito.<<strong>br</strong> />

Na conciliação, diferentemen-<<strong>br</strong> />

te da Mediação, o conciliador<<strong>br</strong> />

sugerirá um possível acordo, par-<<strong>br</strong> />

ticipar das negociações de forma<<strong>br</strong> />

mais direta, analisando criteriosa-<<strong>br</strong> />

mente a real situação das partes<<strong>br</strong> />

litigantes e, então, fornecer me-<<strong>br</strong> />

lhores condições de propostas.<<strong>br</strong> />

Além de aproximar as partes en-<<strong>br</strong> />

volvidas, controlará as negocia-<<strong>br</strong> />

ções, poderá sugerir e formular<<strong>br</strong> />

propostas, objetivando a <strong>com</strong>po-<<strong>br</strong> />

sição do litígio.<<strong>br</strong> />

As vantagens na adoção des-<<strong>br</strong> />

ses dois procedimentos em se tra-<<strong>br</strong> />

tando da solução de um proble-<<strong>br</strong> />

ma jurídico são inúmeras, dentre<<strong>br</strong> />

elas o sigilo nos procedimentos;<<strong>br</strong> />

a colaboração entre as partes;<<strong>br</strong> />

o menor desgaste emocional; a<<strong>br</strong> />

adoção de procedimentos mais<<strong>br</strong> />

baratos se <strong>com</strong>parados <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />

adotados pelo Poder Judiciário;<<strong>br</strong> />

a maior agilidade nos processos;<<strong>br</strong> />

a proximidade entre as partes e<<strong>br</strong> />

uma solução amigável e satisfa-<<strong>br</strong> />

tória.<<strong>br</strong> />

Em relação à arbitragem, o<<strong>br</strong> />

objeto da controvérsia, necessa-<<strong>br</strong> />

riamente, precisa ser direito pa-<<strong>br</strong> />

trimonial disponível para que as<<strong>br</strong> />

partes optem por esse tipo de<<strong>br</strong> />

instrumento de resolução de con-<<strong>br</strong> />

flito. A sentença arbitral é título<<strong>br</strong> />

executivo e não está submetida<<strong>br</strong> />

a recurso, resolvendo, portanto,<<strong>br</strong> />

o conflito. Poderá a decisão ar-<<strong>br</strong> />

bitral ser apreciada pelo Poder<<strong>br</strong> />

Judiciário e será anulada caso res-<<strong>br</strong> />

tar <strong>com</strong>provada a ilegalidade da<<strong>br</strong> />

mesma.<<strong>br</strong> />

Os árbitros serão escolhidos<<strong>br</strong> />

em <strong>com</strong>um acordo entre as par-<<strong>br</strong> />

tes conflitantes e o conhecimento<<strong>br</strong> />

técnico tem sido muito utilizado<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o critério dessa escolha. Além<<strong>br</strong> />

disso, a arbitragem é um procedi-<<strong>br</strong> />

mento rápido de solução de con-<<strong>br</strong> />

flito, sendo determinado por lei a<<strong>br</strong> />

sua duração máxima (seis meses),<<strong>br</strong> />

quando não houver outra previ-<<strong>br</strong> />

são. (Para saber mais a respeito<<strong>br</strong> />

da arbitragem, vale a pena ler a lei<<strong>br</strong> />

nº 9.307/96).<<strong>br</strong> />

Até quando esperaríamos que<<strong>br</strong> />

um processo fosse finalizado no<<strong>br</strong> />

prazo previsto?<<strong>br</strong> />

A conta é simples: subtraia<<strong>br</strong> />

aquele processo que você op-<<strong>br</strong> />

tou por demandar judicialmente<<strong>br</strong> />

os seis anos por outro que seria<<strong>br</strong> />

se tivesse optado pela arbitra-<<strong>br</strong> />

gem. O resultado será a demo-<<strong>br</strong> />

ra desarrazoada para resolver<<strong>br</strong> />

o problema, uma vez que há a<<strong>br</strong> />

possibilidade real da solução<<strong>br</strong> />

finalizar-se em tempo menor ao<<strong>br</strong> />

utilizado pelo judiciário. O poder<<strong>br</strong> />

da escolha está nas mãos dos li-<<strong>br</strong> />

tigantes!<<strong>br</strong> />

O que não é justo é desistir<<strong>br</strong> />

dos direitos a fim de evitar a si-<<strong>br</strong> />

tuação de espera em busca da re-<<strong>br</strong> />

solução do conflito devido à len-<<strong>br</strong> />

tidão e a burocracia existente nos<<strong>br</strong> />

órgãos judiciários. Sabemos que<<strong>br</strong> />

essa opção não seria a melhor<<strong>br</strong> />

escolha, já que, os meios alterna-<<strong>br</strong> />

tivos de resolução dos conflitos<<strong>br</strong> />

prezam pela economia: de tempo<<strong>br</strong> />

e de dinheiro.<<strong>br</strong> />

Assim, quando estiver diante<<strong>br</strong> />

de um conflito de interesses e o<<strong>br</strong> />

fator “tempo” for algo que, até<<strong>br</strong> />

então, desmotiva a busca pela<<strong>br</strong> />

justiça, saiba que esse mesmo<<strong>br</strong> />

fator, pode enfrentado de forma<<strong>br</strong> />

positivo para conquistar a tão<<strong>br</strong> />

sonhada resolução do conflito e,<<strong>br</strong> />

que a arbitragem, a mediação e a<<strong>br</strong> />

conciliação promovem, também,<<strong>br</strong> />

a qualidade de vida ao permitir<<strong>br</strong> />

que o problema não se estenda<<strong>br</strong> />

além do necessário.<<strong>br</strong> />

* Advogada, incentivadora e<<strong>br</strong> />

apoiadora da resolução dos con-<<strong>br</strong> />

flitos por instrumentos alternati-<<strong>br</strong> />

vos.<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

67


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

68<<strong>br</strong> />

A RTIGO<<strong>br</strong> />

A função social do advogado<<strong>br</strong> />

no contexto do estado social<<strong>br</strong> />

e democrático de direito<<strong>br</strong> />

Mariana Lemos de Campos *<<strong>br</strong> />

Natália Berti **<<strong>br</strong> />

A Constituição da República<<strong>br</strong> />

Federativa do Brasil de 1988, em<<strong>br</strong> />

seu art. 133, elenca o advogado<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o figura indispensável à administração<<strong>br</strong> />

da Justiça. Embora<<strong>br</strong> />

seja orientada pelo Direito Privado,<<strong>br</strong> />

a advocacia serve ao público,<<strong>br</strong> />

à cidadania e, por isso, o legislador<<strong>br</strong> />

reconhece sua função social.<<strong>br</strong> />

O serviço público desempenhado<<strong>br</strong> />

pelo advogado não pode ser entendido<<strong>br</strong> />

em sentido estrito, mas<<strong>br</strong> />

em sentido amplo, significando,<<strong>br</strong> />

nas palavras do autor Gladston<<strong>br</strong> />

Mamede: “um trabalho ou atuação<<strong>br</strong> />

que serve à <strong>com</strong>unidade,<<strong>br</strong> />

garantindo-lhe o gozo da cidadania”.<<strong>br</strong> />

(MAMEDE, 2002, p. 28)<<strong>br</strong> />

Em todos os períodos da história,<<strong>br</strong> />

sempre se notou uma forte<<strong>br</strong> />

ligação entre a advocacia e o<<strong>br</strong> />

contexto social, apesar da função<<strong>br</strong> />

pública do advogado ter apresentado,<<strong>br</strong> />

em cada período histórico,<<strong>br</strong> />

características peculiares. A Advocacia<<strong>br</strong> />

não é somente uma atividade<<strong>br</strong> />

que exige conhecimentos<<strong>br</strong> />

técnicos e preparação acadêmica.<<strong>br</strong> />

É imprescindível o caráter ético<<strong>br</strong> />

e social do seu exercício, tendo<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o funções primordiais defender<<strong>br</strong> />

o Estado Democrático de Direito,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>bater injustiças, enfrentar<<strong>br</strong> />

instituições retrógradas, zelar<<strong>br</strong> />

pelos direitos jusfundamentais<<strong>br</strong> />

elencados constitucionalmente e<<strong>br</strong> />

em tratados internacionais, dentre<<strong>br</strong> />

outras atividades essenciais ao<<strong>br</strong> />

desenvolvimento e manutenção<<strong>br</strong> />

da ordem social.<<strong>br</strong> />

Contudo, <strong>com</strong>o pensar a advocacia<<strong>br</strong> />

e sua função social no âmbito<<strong>br</strong> />

do Estado Social e Democrático de<<strong>br</strong> />

Direito? Como pensar esta temática<<strong>br</strong> />

tendo em vista uma sociedade de<<strong>br</strong> />

valores deturpados, marcada por<<strong>br</strong> />

injustiças gritantes, pela impunidade,<<strong>br</strong> />

pelo desrespeito aos direitos<<strong>br</strong> />

essenciais? De que forma o profissional<<strong>br</strong> />

do Direito poderá, respeitando<<strong>br</strong> />

seu <strong>com</strong>promisso <strong>com</strong> a ética e<<strong>br</strong> />

a moral, cumprir sua relevante função<<strong>br</strong> />

social e exercer seu papel <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

profissionalismo?<<strong>br</strong> />

Estes são alguns dos questionamentos<<strong>br</strong> />

propostos para discussão<<strong>br</strong> />

no presente artigo, que não<<strong>br</strong> />

tem a finalidade de encontrar respostas<<strong>br</strong> />

definitivas ou exaurir a temática,<<strong>br</strong> />

mas sim de permitir análise<<strong>br</strong> />

e estimulo a novas reflexões.<<strong>br</strong> />

Neste momento, é importante<<strong>br</strong> />

proceder à elaboração do conceito<<strong>br</strong> />

jurídico da função social do advogado.<<strong>br</strong> />

A função social do advogado<<strong>br</strong> />

é o <strong>com</strong>plexo de direitos, deveres<<strong>br</strong> />

e atribuições do profissional legalmente<<strong>br</strong> />

habilitado pela Ordem dos<<strong>br</strong> />

Advogados do Brasil (<strong>OAB</strong>), que<<strong>br</strong> />

presta assistência a terceiros em<<strong>br</strong> />

assuntos jurídicos, aconselha, defende<<strong>br</strong> />

os interesses e direitos de<<strong>br</strong> />

outrem, tanto judicial, <strong>com</strong>o extrajudicialmente,<<strong>br</strong> />

promovendo, assim,<<strong>br</strong> />

o bem-estar social de todos.<<strong>br</strong> />

O advogado, além de exercer<<strong>br</strong> />

a função social <strong>com</strong>o profissional<<strong>br</strong> />

do Direito, é também integrante<<strong>br</strong> />

do corpo social, <strong>com</strong> a responsabilidade<<strong>br</strong> />

de cumprir inúmeras outras<<strong>br</strong> />

funções, dentre elas política,<<strong>br</strong> />

social e religiosa, por exemplo.<<strong>br</strong> />

O advogado é, antes e acima de<<strong>br</strong> />

qualquer coisa, um ser humano<<strong>br</strong> />

dotado de razão e emoção, que<<strong>br</strong> />

interage e participa das mudanças<<strong>br</strong> />

que a sociedade enfrenta no<<strong>br</strong> />

decorrer da história. Nenhum<<strong>br</strong> />

homem vive só. Nesta afirmação,<<strong>br</strong> />

encontra-se um dos dogmas da<<strong>br</strong> />

Sociologia, já percebido por Aristóteles,<<strong>br</strong> />

ou seja, a tendência natural<<strong>br</strong> />

do ser humano de viver em sociedade.<<strong>br</strong> />

Assim, o que move a vida<<strong>br</strong> />

social são os valores em torno dos<<strong>br</strong> />

quais cada ser humano dirige seu<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>portamento.<<strong>br</strong> />

O advogado não é um simples<<strong>br</strong> />

mediador do povo e da Justiça.<<strong>br</strong> />

Ele possui <strong>com</strong>promissos <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

a <strong>com</strong>unidade e, por isso, deve<<strong>br</strong> />

auxiliá-la no seu desenvolvimento.<<strong>br</strong> />

É um espectador privilegiado<<strong>br</strong> />

da realidade, está intimamente<<strong>br</strong> />

ligado à <strong>com</strong>unidade, sendo um<<strong>br</strong> />

representante desta. Reflete os<<strong>br</strong> />

anseios, objetivos, necessidades e<<strong>br</strong> />

ideais de um povo. O profissional<<strong>br</strong> />

da advocacia parece ser o mais<<strong>br</strong> />

universal dos cientistas sociais. O<<strong>br</strong> />

Direito é uma ciência social e se<<strong>br</strong> />

aplica à sociedade. Se o advogado<<strong>br</strong> />

se portar de forma contrária<<strong>br</strong> />

ao social, por egoísmo ou ganância,<<strong>br</strong> />

estará negando o próprio Direito.<<strong>br</strong> />

Portanto, o profissional da<<strong>br</strong> />

advocacia deve estar sempre em<<strong>br</strong> />

sintonia <strong>com</strong> as justas aspirações<<strong>br</strong> />

da <strong>com</strong>unidade da qual participa,<<strong>br</strong> />

já que desenvolve seu trabalho<<strong>br</strong> />

direta e indiretamente na sociedade<<strong>br</strong> />

e para a sociedade.<<strong>br</strong> />

Eclias Ferreira da Costa (COS-<<strong>br</strong> />

TA, 1997, p. 94) afirma a existência<<strong>br</strong> />

de três finalidades para a Advocacia.<<strong>br</strong> />

Primeiro, lutar pela plena rea-


lização dos direitos do cliente, se<<strong>br</strong> />

eximindo de defender injustiças.<<strong>br</strong> />

Segundo, trabalhar conjuntamente<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o juiz na pacificação social<<strong>br</strong> />

e na consequente solução do litígio.<<strong>br</strong> />

E, por último, respeitar a lei,<<strong>br</strong> />

no seu efetivo cumprimento.<<strong>br</strong> />

A indispensabilidade do advogado<<strong>br</strong> />

o põe numa posição superior<<strong>br</strong> />

e de suma importância,<<strong>br</strong> />

implicando, para o profissional,<<strong>br</strong> />

o dever de lidar <strong>com</strong> suas causas<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> responsabilidade e <strong>com</strong>petência,<<strong>br</strong> />

exercendo assim sua função<<strong>br</strong> />

social. Esta função demonstra<<strong>br</strong> />

que é imprescindível que os advogados<<strong>br</strong> />

sejam mais do que meras<<strong>br</strong> />

máquinas de petição, exigindo<<strong>br</strong> />

consciência crítica a respeito dos<<strong>br</strong> />

problemas sociais existentes.<<strong>br</strong> />

O advogado é ser integrante<<strong>br</strong> />

da organização judicial, um<<strong>br</strong> />

elemento que funciona <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

intermediário do juiz e da parte;<<strong>br</strong> />

do qual se fundem os interesses<<strong>br</strong> />

particulares no alcance de uma<<strong>br</strong> />

sentença favorável e o interesse<<strong>br</strong> />

público em obter uma sentença<<strong>br</strong> />

justa. Por isso é dito que sua função<<strong>br</strong> />

é tão importante ao aparato<<strong>br</strong> />

estatal, assim <strong>com</strong>o a função do<<strong>br</strong> />

juiz. Nesse sentido, o advogado<<strong>br</strong> />

tem a missão de encontrar, em todas<<strong>br</strong> />

as normas do direito positivo,<<strong>br</strong> />

um amparo legal que solucione o<<strong>br</strong> />

impasse trazido pelo seu cliente.<<strong>br</strong> />

Essa é uma tarefa que requer esforço<<strong>br</strong> />

e capacidade.<<strong>br</strong> />

A utilidade do advogado advém,<<strong>br</strong> />

principalmente, do seu potencial<<strong>br</strong> />

crítico, que é representado<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o limitante da lei. Basicamente,<<strong>br</strong> />

o profissional exerce sua função<<strong>br</strong> />

social atendendo à necessidade<<strong>br</strong> />

da <strong>com</strong>unidade, <strong>com</strong> o papel<<strong>br</strong> />

de harmonizá-la. A atuação do<<strong>br</strong> />

profissional do Direito é indispensável,<<strong>br</strong> />

pois “sem intervenção do<<strong>br</strong> />

advogado não há justiça, sem a<<strong>br</strong> />

justiça não há ordenamento jurídico,<<strong>br</strong> />

e sem este não há condições<<strong>br</strong> />

de vida para a pessoa humana”.<<strong>br</strong> />

(SODRÉ, 1991, p. 282).<<strong>br</strong> />

A importância e a so<strong>br</strong>evivência<<strong>br</strong> />

da advocacia não se restringem<<strong>br</strong> />

à necessidade de um<<strong>br</strong> />

profissional <strong>com</strong> saber técnico<<strong>br</strong> />

e formação jurídica, para dirimir<<strong>br</strong> />

conflitos e fazer efetivar direitos.<<strong>br</strong> />

Observou-se, no presente artigo,<<strong>br</strong> />

que a missão do advogado ultrapassa<<strong>br</strong> />

este aspecto. A ilustre profissão<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>evive através dos tempos,<<strong>br</strong> />

principalmente graças à sua<<strong>br</strong> />

insubstituível função social.<<strong>br</strong> />

A advocacia está marcada pelo<<strong>br</strong> />

elemento público, numa ligação<<strong>br</strong> />

estreita <strong>com</strong> a ética, <strong>com</strong> a cidadania,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a efetivação dos direitos e<<strong>br</strong> />

da justiça, <strong>com</strong> a luta democrática<<strong>br</strong> />

através de ações libertárias, transformadoras<<strong>br</strong> />

e <strong>com</strong>bativas. O operador<<strong>br</strong> />

do Direito adquire a importante<<strong>br</strong> />

missão de primar pela justiça; isto<<strong>br</strong> />

significa que o advogado, ao defender<<strong>br</strong> />

seu cliente, deverá, antes de<<strong>br</strong> />

tudo, buscar efetivar as leis e o império<<strong>br</strong> />

da ordem. O profissional deve<<strong>br</strong> />

ter <strong>com</strong>o fundamentos a conscientização,<<strong>br</strong> />

a crítica às estruturas retrógradas<<strong>br</strong> />

e a busca por soluções possíveis<<strong>br</strong> />

para inúmeros desafios que<<strong>br</strong> />

se apresentam, <strong>com</strong>o por exemplo,<<strong>br</strong> />

a diminuição da concentração de<<strong>br</strong> />

renda e das desigualdades sociais.<<strong>br</strong> />

Destarte, deve-se sempre<<strong>br</strong> />

lem<strong>br</strong>ar que o advogado, antes<<strong>br</strong> />

de ser um profissional do Direito,<<strong>br</strong> />

é um ser humano, racional e<<strong>br</strong> />

social, que necessita relacionar-<<strong>br</strong> />

-se, viver e so<strong>br</strong>eviver. Sendo assim,<<strong>br</strong> />

o advogado deve atuar <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

um agente transformador da sua<<strong>br</strong> />

realidade social. A partir do momento<<strong>br</strong> />

em que o advogado atua<<strong>br</strong> />

para <strong>com</strong>bater preconceitos, desigualdades<<strong>br</strong> />

sociais, ele defende<<strong>br</strong> />

os interesses da coletividade, das<<strong>br</strong> />

pessoas necessitadas. Este cumpre<<strong>br</strong> />

não apenas sua função social,<<strong>br</strong> />

mas atinge também a sua dimensão<<strong>br</strong> />

de cidadão, por meio do exercício<<strong>br</strong> />

da humanidade e da cidadania.<<strong>br</strong> />

Assim, diante de tudo que foi<<strong>br</strong> />

exposto, observa-se que a função<<strong>br</strong> />

social do advogado é tema que<<strong>br</strong> />

se reveste de grande importância,<<strong>br</strong> />

marcadamente na sociedade<<strong>br</strong> />

mercadológica e capitalista atual.<<strong>br</strong> />

Para finalizar, reporta-se às<<strong>br</strong> />

palavras de Eduardo Couture, citado<<strong>br</strong> />

por SODRÉ, que tratou a advocacia<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> arte, política e ação:<<strong>br</strong> />

“a profissão exige, em todo caso,<<strong>br</strong> />

o sereno sossego da experiência e<<strong>br</strong> />

do doutrinamento na Justiça; mas<<strong>br</strong> />

quando a anarquia, o despotismo<<strong>br</strong> />

ou o menosprezo à condição do<<strong>br</strong> />

homem sacodem as instituições e<<strong>br</strong> />

fazem tremer os direitos individuais,<<strong>br</strong> />

então a advocacia é militância<<strong>br</strong> />

na luta pela liberdade”. (COUTURE<<strong>br</strong> />

apud SODRÉ, 1991, p. 280).<<strong>br</strong> />

REFERÊNCIAS<<strong>br</strong> />

COSTA, Elcias Ferreira. Deontologia<<strong>br</strong> />

jurídica: ética das profissões<<strong>br</strong> />

jurídicas. Rio de Janeiro: Forense,<<strong>br</strong> />

1997.<<strong>br</strong> />

MAMEDE, Gladston. Fundamentos<<strong>br</strong> />

da legislação do advogado.<<strong>br</strong> />

São Paulo: Atlas, 2002.<<strong>br</strong> />

SODRE, Ruy de Azevedo. A<<strong>br</strong> />

ética profissional e o estatuto da<<strong>br</strong> />

advocacia. Sao Paulo: Ltr, 1991.<<strong>br</strong> />

* Mariana Lemos de Campos<<strong>br</strong> />

é advogada, vice-presidente da<<strong>br</strong> />

Comissão da <strong>OAB</strong>JOVEM de Araguari/MG.<<strong>br</strong> />

Bacharela em Direito<<strong>br</strong> />

pela Faculdade de Direito da Universidade<<strong>br</strong> />

Federal de Uberlândia.<<strong>br</strong> />

Especialista em Ciências Criminais<<strong>br</strong> />

pela Universidade Pitágoras, em<<strong>br</strong> />

Uberlândia-MG.<<strong>br</strong> />

** Natália Berti é advogada.<<strong>br</strong> />

Bacharela em Direito pela Faculdade<<strong>br</strong> />

de Direito da Universidade<<strong>br</strong> />

Federal de Uberlândia. Especialista<<strong>br</strong> />

em Ciências Criminais pela<<strong>br</strong> />

Universidade Pitágoras, em Uberlândia-MG.<<strong>br</strong> />

Mestranda em Direito<<strong>br</strong> />

Público pela Universidade Federal<<strong>br</strong> />

de Uberlândia. Bolsista da CAPES-<<strong>br</strong> />

Coordenação de aperfeiçoamento<<strong>br</strong> />

de pessoal de nível superior.<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

69


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

70<<strong>br</strong> />

A RTIGO<<strong>br</strong> />

Direito Ambiental, é educação,<<strong>br</strong> />

educação ambiental é direito<<strong>br</strong> />

Marcos Paulo de Magalhães *<<strong>br</strong> />

As preocupações ambien-<<strong>br</strong> />

tais não são mais abordadas<<strong>br</strong> />

exclusivamente por ecologistas,<<strong>br</strong> />

ambientalistas e cientistas, pois<<strong>br</strong> />

já foram inseridas <strong>com</strong>pulsoria-<<strong>br</strong> />

mente nas agendas governa-<<strong>br</strong> />

mentais, jurídicas e sociais.<<strong>br</strong> />

No Brasil, de modo geral, é<<strong>br</strong> />

expressivo o registro de aciden-<<strong>br</strong> />

tes ambientais, e tais desastres<<strong>br</strong> />

estão associados principalmente<<strong>br</strong> />

a inundações e escorregamen-<<strong>br</strong> />

tos de solos e rochas, acarretan-<<strong>br</strong> />

do prejuízos e perdas significati-<<strong>br</strong> />

vas, inclusive de vidas humanas.<<strong>br</strong> />

Porém, tais catástrofes pode-<<strong>br</strong> />

riam ser evitadas, se a sociedade<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileira dispusesse à efetiva-<<strong>br</strong> />

ção da Educação Ambiental, di-<<strong>br</strong> />

reitos esses positivados no orde-<<strong>br</strong> />

namento jurídico do Estado.<<strong>br</strong> />

Conhecendo melhor a legis-<<strong>br</strong> />

lação ambiental desde a educa-<<strong>br</strong> />

ção básica, a população <strong>br</strong>asilei-<<strong>br</strong> />

ra <strong>com</strong>preenderia a importância<<strong>br</strong> />

fundamental desta, e assim po-<<strong>br</strong> />

deria cumprir <strong>com</strong> maior pro-<<strong>br</strong> />

priedade seu dever perante o<<strong>br</strong> />

meio ambiente, preservando a<<strong>br</strong> />

vida.<<strong>br</strong> />

Com referência à Proteção<<strong>br</strong> />

Ambiental, a Revista <strong>OAB</strong> <strong>In</strong><<strong>br</strong> />

<strong>Foco</strong> em hipótese alguma se<<strong>br</strong> />

manteve inerte, exemplo disto é<<strong>br</strong> />

a Edição Especial de nº 24, ano<<strong>br</strong> />

V, de fls. 6, na qual o beneme-<<strong>br</strong> />

rente Dr. Hamilton Marques Ma-<<strong>br</strong> />

galhães, presidente da Comissão<<strong>br</strong> />

de Meio Ambiente da <strong>OAB</strong> de<<strong>br</strong> />

Uberlândia-MG, idealizador da<<strong>br</strong> />

“Agenda 21 da <strong>OAB</strong> Uberlândia”,<<strong>br</strong> />

torna inteligível a necessidade<<strong>br</strong> />

de incentivar e conscientizar os<<strong>br</strong> />

mem<strong>br</strong>os da entidade so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

importância da sustentabilidade<<strong>br</strong> />

e a preservação dos recursos na-<<strong>br</strong> />

turais, ensejando ampliar a sua<<strong>br</strong> />

incidência, e ainda intensificar a<<strong>br</strong> />

grandiosidade do advogado pe-<<strong>br</strong> />

rante a sociedade, utilizando-se<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>ilhantemente de tais palavras:<<strong>br</strong> />

“Temos a o<strong>br</strong>igação de exercer a<<strong>br</strong> />

função social do advogado1”.<<strong>br</strong> />

Assim, seguindo o raciocí-<<strong>br</strong> />

nio supracitado, busca-se nes-<<strong>br</strong> />

te modesto artigo apresentar<<strong>br</strong> />

considerações so<strong>br</strong>e a Educação<<strong>br</strong> />

Ambiental e sua falta de efetivi-<<strong>br</strong> />

dade, de direitos e de sua con-<<strong>br</strong> />

firmação, sem, contudo, esgotar<<strong>br</strong> />

o tema, visto o destaque deste<<strong>br</strong> />

aspecto e o monitoramento do<<strong>br</strong> />

dinamismo jurídico, social e am-<<strong>br</strong> />

biental.<<strong>br</strong> />

Educação Ambiental, a es-<<strong>br</strong> />

sência da sustentabilidade:<<strong>br</strong> />

1 Dr. Hamilton Marques Magalhães,<<strong>br</strong> />

presidente da Comissão de Meio Ambiente<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong> Uberlândia-MG.


Os inúmeros problemas re-<<strong>br</strong> />

lacionados ao meio ambiente<<strong>br</strong> />

devem-se em parte ao fato das<<strong>br</strong> />

pessoas não se conscientizarem<<strong>br</strong> />

da fragilidade do equilí<strong>br</strong>io da<<strong>br</strong> />

biosfera e de seus recursos na-<<strong>br</strong> />

turais. <strong>In</strong>felizmente, os <strong>br</strong>asilei-<<strong>br</strong> />

ros, em sua maioria, não foram<<strong>br</strong> />

e não estão preparados para<<strong>br</strong> />

delimitar e solucionar de modo<<strong>br</strong> />

eficaz os problemas concretos<<strong>br</strong> />

do ambiente que os circunda.<<strong>br</strong> />

Isto se deve ao fato de que no<<strong>br</strong> />

país a Educação Ambiental sur-<<strong>br</strong> />

ge <strong>com</strong>o abordagem didática ou<<strong>br</strong> />

pedagógica a partir da década<<strong>br</strong> />

de 1990 <strong>com</strong> a promulgação da<<strong>br</strong> />

Lei N° 9.795/99 (Lei da Educação<<strong>br</strong> />

Ambiental), que em seu Art. 2°<<strong>br</strong> />

afirma:<<strong>br</strong> />

“A educação ambiental é um<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>ponente essencial e perma-<<strong>br</strong> />

nente da educação nacional, de-<<strong>br</strong> />

vendo estar presente, de forma<<strong>br</strong> />

articulada, em todos os níveis e<<strong>br</strong> />

modalidades do processo edu-<<strong>br</strong> />

cativo, em caráter formal e não-<<strong>br</strong> />

-formal.”<<strong>br</strong> />

Lamentavelmente, a legisla-<<strong>br</strong> />

ção educacional, mais conheci-<<strong>br</strong> />

da por Lei de Diretrizes e Bases,<<strong>br</strong> />

nº 9.394/96, responsável pela<<strong>br</strong> />

organização e estruturação dos<<strong>br</strong> />

serviços educacionais, trata o<<strong>br</strong> />

assunto de forma superficial,<<strong>br</strong> />

mencionando pouco a respeito<<strong>br</strong> />

da Educação Ambiental.<<strong>br</strong> />

Portanto, a não efetivação da<<strong>br</strong> />

Lei da Educação Ambiental cola-<<strong>br</strong> />

borou para que a questão da ca-<<strong>br</strong> />

tástrofe ocorrida recentemente<<strong>br</strong> />

em Minas Gerais não fosse solu-<<strong>br</strong> />

cionada, já que, no final do ano<<strong>br</strong> />

de 2011 e início de 2012, Minas<<strong>br</strong> />

Gerais enfrentou as maiores en-<<strong>br</strong> />

chentes de sua história.<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> o site de no-<<strong>br</strong> />

tícias UOL2, de outu<strong>br</strong>o de 2011<<strong>br</strong> />

a 02 de fevereiro de 2012 foram<<strong>br</strong> />

contabilizados no Estado de Mi-<<strong>br</strong> />

nas Gerais 19 vítimas fatais e<<strong>br</strong> />

218 municípios em situação de<<strong>br</strong> />

emergência devido às enchen-<<strong>br</strong> />

tes.<<strong>br</strong> />

A Educação Ambiental é ga-<<strong>br</strong> />

rantida constitucionalmente e a<<strong>br</strong> />

legislação ambiental <strong>br</strong>asileira é<<strong>br</strong> />

uma das mais <strong>com</strong>pletas em ter-<<strong>br</strong> />

mos mundiais, além dos inúme-<<strong>br</strong> />

ros diplomas legais de proteção<<strong>br</strong> />

existentes. Esta, por sua vez, é<<strong>br</strong> />

embasada também em princí-<<strong>br</strong> />

pios relevantes, conforme eluci-<<strong>br</strong> />

da a insigne jurista Gina Copo-<<strong>br</strong> />

la3, em sua o<strong>br</strong>a Elementos do<<strong>br</strong> />

Direito Ambiental.<<strong>br</strong> />

Dentre os princípios elenca-<<strong>br</strong> />

dos na magnífica o<strong>br</strong>a da doutri-<<strong>br</strong> />

nadora Gina Copola, salienta-se<<strong>br</strong> />

o da Educação Ambiental, um<<strong>br</strong> />

dos mais importantes e antigos<<strong>br</strong> />

2 Disponível em Acesso<<strong>br</strong> />

em: 07 de janeiro de 2012.<<strong>br</strong> />

3 COPOLA, Gina. Elementos de Direito<<strong>br</strong> />

Ambiental. 1. ed. Rio de Janeiro:Temas<<strong>br</strong> />

e Idéias, 2003.<<strong>br</strong> />

Princípios de Direito Ambiental,<<strong>br</strong> />

pois já constava da Carta de Bel-<<strong>br</strong> />

grado (1975) e foi redigida por<<strong>br</strong> />

20 especialistas em Educação<<strong>br</strong> />

Ambiental, destacando de forma<<strong>br</strong> />

pontual, que a sua meta é de-<<strong>br</strong> />

senvolver um cidadão conscien-<<strong>br</strong> />

te so<strong>br</strong>e o meio ambiente.<<strong>br</strong> />

A Constituição Federal(1988)<<strong>br</strong> />

também menciona o Princípio<<strong>br</strong> />

da Educação Ambiental, em seu<<strong>br</strong> />

artigo 225, § 1º, inc. VI, que diz:<<strong>br</strong> />

“Artigo 225. (...)<<strong>br</strong> />

§ 1º Para assegurar a efetivi-<<strong>br</strong> />

dade desse direito, incumbe ao<<strong>br</strong> />

Poder Público: (...)<<strong>br</strong> />

VI - promover a educação<<strong>br</strong> />

ambiental em todos os níveis<<strong>br</strong> />

de ensino e a conscientização<<strong>br</strong> />

pública para a preservação do<<strong>br</strong> />

meio ambiente.”<<strong>br</strong> />

De relevância a Lei Federal<<strong>br</strong> />

de nº 9.795 de 1999 traz o con-<<strong>br</strong> />

ceito de educação ambiental<<strong>br</strong> />

que está inserto em seu artigo<<strong>br</strong> />

1º, dispondo e instituindo a Po-<<strong>br</strong> />

lítica Nacional de Educação Am-<<strong>br</strong> />

biental, nos seguintes termos:<<strong>br</strong> />

“Artigo 1º Entendem-se por<<strong>br</strong> />

educação ambiental os proces-<<strong>br</strong> />

sos por meio dos quais o indiví-<<strong>br</strong> />

duo e a coletividade constroem<<strong>br</strong> />

valores sociais, conhecimentos,<<strong>br</strong> />

habilidades, atitudes e <strong>com</strong>pe-<<strong>br</strong> />

tências voltadas para a conser-<<strong>br</strong> />

vação do meio ambiente, bem<<strong>br</strong> />

de uso <strong>com</strong>um do povo, essen-<<strong>br</strong> />

cial à sadia qualidade de vida e<<strong>br</strong> />

sua sustentabilidade.”<<strong>br</strong> />

Destarte, o conhecimento<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

71


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

72<<strong>br</strong> />

A RTIGO<<strong>br</strong> />

da lei para entendimento dos<<strong>br</strong> />

deveres e prerrogativas dos ci-<<strong>br</strong> />

dadãos é imprescindível. Assim,<<strong>br</strong> />

o direito à Educação Ambiental<<strong>br</strong> />

a todos os níveis de ensino está<<strong>br</strong> />

amparado na Constituição Fede-<<strong>br</strong> />

ral de 1988, e em leis esparsas.<<strong>br</strong> />

Todavia, a noção desse direito é<<strong>br</strong> />

privilégio de poucos.<<strong>br</strong> />

Educação Ambiental, um<<strong>br</strong> />

direito difuso e coletivo:<<strong>br</strong> />

O direito de viver em um<<strong>br</strong> />

ambiente apto a fornecer a qua-<<strong>br</strong> />

lidade de vida digna e propícia<<strong>br</strong> />

à so<strong>br</strong>evivência de todas as es-<<strong>br</strong> />

pécies de seres vivos jamais po-<<strong>br</strong> />

deria deixar de estar inserido no<<strong>br</strong> />

mundo jurídico.<<strong>br</strong> />

O Direito evoluiu passando<<strong>br</strong> />

por algumas variações históri-<<strong>br</strong> />

cas para se adequar às neces-<<strong>br</strong> />

sidades através de sua época,<<strong>br</strong> />

assim, mostra-se nos direitos de<<strong>br</strong> />

primeira geração; segunda ge-<<strong>br</strong> />

ração; terceira geração e quarta<<strong>br</strong> />

geração, no dizer de Norberto<<strong>br</strong> />

Bobbio4.<<strong>br</strong> />

Os direitos Difusos e Cole-<<strong>br</strong> />

tivos são de terceira geração,<<strong>br</strong> />

categoria esta que é engloba-<<strong>br</strong> />

da pelo Direito Ambiental; no<<strong>br</strong> />

entanto, o direito à educação<<strong>br</strong> />

é um direito de segunda gera-<<strong>br</strong> />

ção por se tratar de um direito<<strong>br</strong> />

social, então enseja a refletir a<<strong>br</strong> />

Educação Ambiental <strong>com</strong>o direi-<<strong>br</strong> />

to Fundamental, uma vez que a<<strong>br</strong> />

4 BOBBIO, Norberto, A era dos direitos.<<strong>br</strong> />

1. ed. São Paulo: Campus, 2004,<<strong>br</strong> />

p. 6.<<strong>br</strong> />

educação já está prevista <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

direito fundamental no art. 6° da<<strong>br</strong> />

Constituição Federal e, mais es-<<strong>br</strong> />

pecificamente, a Educação Am-<<strong>br</strong> />

biental, consagrada no artigo<<strong>br</strong> />

225, VI da mesma.<<strong>br</strong> />

Pode-se afirmar que o Direi-<<strong>br</strong> />

to Ambiental é de fato uma nova<<strong>br</strong> />

vertente para a Ciência do Direi-<<strong>br</strong> />

to, em pleno desenvolvimento,<<strong>br</strong> />

todavia, a consciência racional<<strong>br</strong> />

humana confirma cada vez mais<<strong>br</strong> />

a necessidade e aplicabilidade<<strong>br</strong> />

do Direito Ambiental caracteri-<<strong>br</strong> />

zando sua autonomia científica.<<strong>br</strong> />

A concretização dos valores<<strong>br</strong> />

e princípios consagrados na atu-<<strong>br</strong> />

al Carta Magna direciona a sua<<strong>br</strong> />

dinâmica evolutiva e necessária<<strong>br</strong> />

para a proteção, conservação,<<strong>br</strong> />

restauração e repressão da de-<<strong>br</strong> />

gradação ambiental.<<strong>br</strong> />

Observa-se assim que, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

a Educação Ambiental o Direito<<strong>br</strong> />

também passa por uma evolução.<<strong>br</strong> />

A Educação Ambiental no Bra-<<strong>br</strong> />

sil, em consonância <strong>com</strong> protoco-<<strong>br</strong> />

los firmados internacionalmente,<<strong>br</strong> />

tem deixado em muitos observa-<<strong>br</strong> />

dores a impressão de não terem<<strong>br</strong> />

ido muito além do formalismo,<<strong>br</strong> />

tornando-se notável a dificuldade<<strong>br</strong> />

de assimilação da Educação Am-<<strong>br</strong> />

biental pela política educacional<<strong>br</strong> />

oficial, dificuldade que se mani-<<strong>br</strong> />

festa, por exemplo, na indefinição<<strong>br</strong> />

de estratégias operativas por par-<<strong>br</strong> />

te dos governos estaduais e mu-<<strong>br</strong> />

nicipais.<<strong>br</strong> />

Cabe ao poder público o<<strong>br</strong> />

dever de promover a Educação<<strong>br</strong> />

Ambiental, e caso seja omisso,<<strong>br</strong> />

estará violando tanto o direito<<strong>br</strong> />

à educação quanto o direito ao<<strong>br</strong> />

meio ambiente.<<strong>br</strong> />

Conclusão:<<strong>br</strong> />

Apesar de todo aparato jurí-<<strong>br</strong> />

dico, a grande questão está em<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o tornar efetivo o direito à<<strong>br</strong> />

Educação Ambiental.<<strong>br</strong> />

A realidade no Brasil deve ser<<strong>br</strong> />

modernizada e a Educação Am-<<strong>br</strong> />

biental deve ser encarada <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

uma política pública prioritária<<strong>br</strong> />

na busca pelo desenvolvimento<<strong>br</strong> />

sustentável, por ser uma das op-<<strong>br</strong> />

ções mais econômicas e fáceis<<strong>br</strong> />

de ser efetivada, possibilitando<<strong>br</strong> />

a concretização do desenvolvi-<<strong>br</strong> />

mento sustentável.<<strong>br</strong> />

Para eficácia da proposta aci-<<strong>br</strong> />

ma apresentada, não basta ape-<<strong>br</strong> />

nas o desprendimento do Poder<<strong>br</strong> />

Público, há necessidade também<<strong>br</strong> />

de que os indivíduos e a coleti-<<strong>br</strong> />

vidade colaborem e vistam a<<strong>br</strong> />

camisa em prol do planeta, se-<<strong>br</strong> />

jam <strong>com</strong>o advogados, alunos ou<<strong>br</strong> />

educadores, o necessário é que<<strong>br</strong> />

visem à Educação Ambiental.<<strong>br</strong> />

Bibliografias:<<strong>br</strong> />

BOBBIO, Norberto, A era dos<<strong>br</strong> />

direitos. 1. ed. São Paulo: Cam-<<strong>br</strong> />

pus, 2004.<<strong>br</strong> />

COPOLA, Gina. Elementos de<<strong>br</strong> />

Direito Ambiental. 1. ed. Rio de<<strong>br</strong> />

Janeiro:Temas e Idéias, 2003.<<strong>br</strong> />

* Advogado da área traba-<<strong>br</strong> />

lhista, ambiental e cível.


O prequestionamento da<<strong>br</strong> />

matéria de ordem pública no<<strong>br</strong> />

âmbito dos recursos excepcionais<<strong>br</strong> />

RAFAEL AUGUSTO POLLINI*<<strong>br</strong> />

No âmbito dos recursos ex-<<strong>br</strong> />

cepcionais, o prequestionamento<<strong>br</strong> />

em termos de ordem pública é<<strong>br</strong> />

um tema marcado pela divergên-<<strong>br</strong> />

cia de posicionamentos, tanto em<<strong>br</strong> />

sede jurisprudencial quanto dou-<<strong>br</strong> />

trinária. Por isso, este <strong>br</strong>eve artigo<<strong>br</strong> />

tem o objetivo de encontrar res-<<strong>br</strong> />

postas para a seguinte indagação:<<strong>br</strong> />

é possível suscitar matérias de or-<<strong>br</strong> />

dem pública em sede de recurso<<strong>br</strong> />

extraordinário e recurso especial,<<strong>br</strong> />

ainda que o tema não tenha sido<<strong>br</strong> />

ventilado em instâncias inferiores,<<strong>br</strong> />

nem seja objeto destes recursos<<strong>br</strong> />

excepcionais?<<strong>br</strong> />

O prequestionamento1 é um<<strong>br</strong> />

requisito específico de admissibi-<<strong>br</strong> />

lidade dos recursos excepcionais.<<strong>br</strong> />

Tal requisito está previsto nos arts.<<strong>br</strong> />

102, III; e 105, III, ambos perten-<<strong>br</strong> />

centes a CF, pelos quais, <strong>com</strong>pete<<strong>br</strong> />

ao STF julgar, mediante RE e (ou)<<strong>br</strong> />

1 É necessário salientar que,<<strong>br</strong> />

malgrado exista, atualmente, em sede<<strong>br</strong> />

de doutrina e jurisprudência pátrias,<<strong>br</strong> />

três entendimentos distintos quanto<<strong>br</strong> />

à acepção do prequestionamento<<strong>br</strong> />

enquanto requisito específico<<strong>br</strong> />

de admissibilidade dos recursos<<strong>br</strong> />

excepcionais, este tema não será<<strong>br</strong> />

aprofundado neste momento,<<strong>br</strong> />

porquanto se assim se proceder, o<<strong>br</strong> />

foco deste estudo será desviado.<<strong>br</strong> />

REsp, as “causas decididas”.<<strong>br</strong> />

Esses dispositivos constitu-<<strong>br</strong> />

cionais exigem, por intermédio<<strong>br</strong> />

da expressão “causas decididas”,<<strong>br</strong> />

que a questão constitucional - no<<strong>br</strong> />

caso do RE -, e a questão federal<<strong>br</strong> />

- no caso do REsp -, estejam pre-<<strong>br</strong> />

questionadas, isto é, presentes na<<strong>br</strong> />

decisão recorrida, sendo efetiva-<<strong>br</strong> />

mente julgadas. Em outras pala-<<strong>br</strong> />

vras, não se admite que, no REsp<<strong>br</strong> />

ou RE, transite questão inédita,<<strong>br</strong> />

a qual não tenha sido apreciada<<strong>br</strong> />

pelo órgão a quo.2<<strong>br</strong> />

Segundo José Miguel Garcia<<strong>br</strong> />

Medina, a Constituição Fede-<<strong>br</strong> />

ral não apresenta exceções a tal<<strong>br</strong> />

pressuposto. Sendo assim, a regra<<strong>br</strong> />

constitucional deve ser direcio-<<strong>br</strong> />

nada, também, às hipóteses con-<<strong>br</strong> />

cernentes às matérias de ordem<<strong>br</strong> />

pública dos arts. 267, § 3º, e 301, §<<strong>br</strong> />

4º, do CPC.3<<strong>br</strong> />

No âmbito do STF, pode-se<<strong>br</strong> />

dizer que este entendimento - de<<strong>br</strong> />

2 CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições<<strong>br</strong> />

de direito processual civil, volume II.<<strong>br</strong> />

19. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris,<<strong>br</strong> />

2011. p. 126.<<strong>br</strong> />

3 MEDINA, José Miguel Garcia. O<<strong>br</strong> />

prequestionamento nos recursos extraordinário<<strong>br</strong> />

e especial, e outras questões<<strong>br</strong> />

relativas à sua admissibilidade e<<strong>br</strong> />

processamento. 3. ed. São Paulo: RT,<<strong>br</strong> />

2002. p. 217.<<strong>br</strong> />

que, mesmo em se tratando de<<strong>br</strong> />

matéria de ordem pública, é ne-<<strong>br</strong> />

cessário o seu exame na instância<<strong>br</strong> />

de origem, para que se viabilize o<<strong>br</strong> />

recurso extraordinário - é o pre-<<strong>br</strong> />

dominante.4<<strong>br</strong> />

Para elucidar o tema a ser dis-<<strong>br</strong> />

cutido no artigo, é só imaginar<<strong>br</strong> />

um caso concreto. Uma ação de<<strong>br</strong> />

indenização por danos morais é<<strong>br</strong> />

interposta perante a Justiça Esta-<<strong>br</strong> />

dual. Esta ação é julgada improce-<<strong>br</strong> />

dente e transitada em julgado, de<<strong>br</strong> />

modo que a chancela do Estado-<<strong>br</strong> />

-juiz se deu porque o autor não<<strong>br</strong> />

tinha direito a danos morais.<<strong>br</strong> />

Após transitar em julgado, o<<strong>br</strong> />

mesmo autor tenta lograr êxito,<<strong>br</strong> />

interpondo demanda idêntica a<<strong>br</strong> />

um órgão jurisdicional de ou-<<strong>br</strong> />

tro Estado, também <strong>com</strong>petente<<strong>br</strong> />

para o conhecimento de sua ação.<<strong>br</strong> />

Ocorre que, desta vez, o réu não<<strong>br</strong> />

foi citado, e, declarada a revelia,<<strong>br</strong> />

o processo teve seguimento e foi<<strong>br</strong> />

recebido pelo STF ou STJ. Desde<<strong>br</strong> />

então, o ministro relator, por sua<<strong>br</strong> />

vez, identifica o vício de citação.<<strong>br</strong> />

Diante deste caso, pergunta-se:<<strong>br</strong> />

4 Neste sentido, destaca-se um<<strong>br</strong> />

precedente recente, exarado pela<<strong>br</strong> />

Suprema Corte: AI 482.317-AgR/SP,<<strong>br</strong> />

rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ<<strong>br</strong> />

15.03.2011.<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

73


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

74<<strong>br</strong> />

A RTIGO<<strong>br</strong> />

poderá o relator conhecer oficial-<<strong>br</strong> />

mente as matérias de ordem pú-<<strong>br</strong> />

blica (nulidade de citação e coisa<<strong>br</strong> />

julgada), frente ao fato de que<<strong>br</strong> />

não tenham sido prequestiona-<<strong>br</strong> />

das (observe que a parte ré não<<strong>br</strong> />

teve oportunidade para alegar<<strong>br</strong> />

preliminar de coisa julgada nem<<strong>br</strong> />

tampouco a nulidade de citação)?<<strong>br</strong> />

Percebe-se que, no exem-<<strong>br</strong> />

plo em jogo, não havendo uma<<strong>br</strong> />

possibilidade de mitigação do<<strong>br</strong> />

prequestionamento, restará ao<<strong>br</strong> />

réu tão-somente a opção pela<<strong>br</strong> />

ação rescisória ou ainda a que-<<strong>br</strong> />

rela nullitatis. Observa-se, pois,<<strong>br</strong> />

que neste caso, prequestionar as<<strong>br</strong> />

matérias de ordem pública seria<<strong>br</strong> />

obviamente impossível, afinal,<<strong>br</strong> />

a parte ré não tinha o conheci-<<strong>br</strong> />

mento que havia contra ela uma<<strong>br</strong> />

pretensão que fora submetida ao<<strong>br</strong> />

Judiciário.<<strong>br</strong> />

Diante de tal quadro, então,<<strong>br</strong> />

surge a seguinte problemática:<<strong>br</strong> />

quando se tratar de matéria de<<strong>br</strong> />

ordem pública, quais serão os li-<<strong>br</strong> />

mites do prequestionamento?<<strong>br</strong> />

Percebendo a necessidade de<<strong>br</strong> />

resposta para esta questão, Ro-<<strong>br</strong> />

dolfo de Camargo Mancuso, em<<strong>br</strong> />

ilustrada lição, ensina que a ad-<<strong>br</strong> />

missibilidade do RE ou do REsp,<<strong>br</strong> />

quando ocorre em matéria de<<strong>br</strong> />

ordem pública, mesmo que não<<strong>br</strong> />

decidida pela decisão recorrida,<<strong>br</strong> />

emerge um conflito entre dois<<strong>br</strong> />

pontos, a observação necessária<<strong>br</strong> />

do princípio dispositivo, que ca-<<strong>br</strong> />

racteriza os recursos excepcionais<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o devolutividade restrita (art.<<strong>br</strong> />

2º e 128 do CPC); e a possibilida-<<strong>br</strong> />

de de conhecimento de ofício das<<strong>br</strong> />

matérias preconizadas em ordem<<strong>br</strong> />

pública pela legislação infracons-<<strong>br</strong> />

titucional (arts. 113; 219, § 5º;<<strong>br</strong> />

267, § 3º, do CPC).5<<strong>br</strong> />

Portanto, para erradicar este<<strong>br</strong> />

conflito surge um novo posicio-<<strong>br</strong> />

namento, no sentido da aplica-<<strong>br</strong> />

bilidade do que Mancuso deno-<<strong>br</strong> />

mina “binômio instrumentalidade<<strong>br</strong> />

do processo-efetividade da pres-<<strong>br</strong> />

tação jurisdicional”, bem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

a lógica disposta no § 3º do art.<<strong>br</strong> />

515 do CPC, que permite ao Tri-<<strong>br</strong> />

bunal, nos casos do art. 267 CPC,<<strong>br</strong> />

julgar desde logo a lide, se a cau-<<strong>br</strong> />

sa versar questão exclusivamente<<strong>br</strong> />

de direito e estiver em condições<<strong>br</strong> />

de imediato julgamento. É dizer,<<strong>br</strong> />

conquanto não se tenha discuti-<<strong>br</strong> />

do as matérias de ordem pública,<<strong>br</strong> />

que seria desnecessária a exigên-<<strong>br</strong> />

cia de prequestioná-las. Vale des-<<strong>br</strong> />

tacar, pois, a lição do autor:<<strong>br</strong> />

O conhecimento de ofício<<strong>br</strong> />

(=sem prequestionamento) pelo<<strong>br</strong> />

STF ou STJ de questões de ordem<<strong>br</strong> />

pública – sejam de direito mate-<<strong>br</strong> />

rial (v.g., Lei 8.078/90, arts. 1.º e<<strong>br</strong> />

51) ou processual (CPC, art. 267,<<strong>br</strong> />

§ 3.º, e 301, § 4.º) – tanto pode-<<strong>br</strong> />

ria ser explicado pela dimensão<<strong>br</strong> />

vertical do efeito devolutivo dos<<strong>br</strong> />

recursos <strong>com</strong>o pelo seu efeito<<strong>br</strong> />

translativo.6<<strong>br</strong> />

Em resumo, até este ponto,<<strong>br</strong> />

é possível inferir pela existência<<strong>br</strong> />

de duas correntes acerca da ne-<<strong>br</strong> />

cessidade ou não do prequestio-<<strong>br</strong> />

namento das matérias de ordem<<strong>br</strong> />

5 MANCUSO, Rodolfo de Camargo.<<strong>br</strong> />

Recurso extraordinário e recurso<<strong>br</strong> />

especial. 11. ed. rev., atual. e ampl.<<strong>br</strong> />

de acordo <strong>com</strong> as leis 11.417/2006,<<strong>br</strong> />

11.418/2006, 11.672/2008 e emendas<<strong>br</strong> />

regimentais do STF e do STJ. São Paulo:<<strong>br</strong> />

RT, 2010. p. 279.<<strong>br</strong> />

6 Ibidem, p. 280.<<strong>br</strong> />

pública no RE e no REsp. A pri-<<strong>br</strong> />

meira, basicamente estabelece<<strong>br</strong> />

que, em razão de o prequestio-<<strong>br</strong> />

namento ter assento na CF, parti-<<strong>br</strong> />

cularmente na expressão “causas<<strong>br</strong> />

decididas”, este jamais poderá<<strong>br</strong> />

deixar de ser aplicado, ainda que<<strong>br</strong> />

perante as matérias revestidas<<strong>br</strong> />

de ordem pública. Já a segunda,<<strong>br</strong> />

defende que, por força do efeito<<strong>br</strong> />

translativo, e, prestigiando a ins-<<strong>br</strong> />

trumentalidade do processo e a<<strong>br</strong> />

efetividade da prestação jurisdi-<<strong>br</strong> />

cional, certamente as matérias de<<strong>br</strong> />

ordem pública devem ser conhe-<<strong>br</strong> />

cidas de ofício, mesmo que não<<strong>br</strong> />

tenham sido julgadas pelo órgão<<strong>br</strong> />

jurisdicional.<<strong>br</strong> />

Mas, afinal, em meio a estes<<strong>br</strong> />

dois posicionamentos, qual deve-<<strong>br</strong> />

rá prevalecer?<<strong>br</strong> />

A resposta mais adequada à<<strong>br</strong> />

questão, talvez, não se resume<<strong>br</strong> />

a nenhuma das correntes antes<<strong>br</strong> />

expostas. Isto porque, o entendi-<<strong>br</strong> />

mento que mais se amolda e vem<<strong>br</strong> />

se mostrando mais robusto na ju-<<strong>br</strong> />

risprudência, é outro, consistente<<strong>br</strong> />

no fato de que, tendo sido ultra-<<strong>br</strong> />

passado o juízo de admissibilida-<<strong>br</strong> />

de do RE e (ou) do REsp, poderá<<strong>br</strong> />

o Tribunal Superior, aplicando o<<strong>br</strong> />

direito à espécie (Súmula 456 do<<strong>br</strong> />

STF), trabalhar matéria que não<<strong>br</strong> />

foi objeto de prequestionamen-<<strong>br</strong> />

to. Assim, diz-se que tal posicio-<<strong>br</strong> />

namento seria um “meio termo”<<strong>br</strong> />

entre as duas outras correntes.<<strong>br</strong> />

O julgamento proferido no<<strong>br</strong> />

REsp 485.969 – SP, pela 2ª Turma<<strong>br</strong> />

do STJ7, em especial na redação<<strong>br</strong> />

7 Superior Tribunal de Justiça. 2ª<<strong>br</strong> />

Turma. REsp 485.969 – SP. Relatora:<<strong>br</strong> />

Min. Eliana Calmon. Disponível em:<<strong>br</strong> />

. Acesso em


do voto proferido pela Ministra<<strong>br</strong> />

relatora Eliana Calmon, demons-<<strong>br</strong> />

tra <strong>com</strong> enorme clareza os deli-<<strong>br</strong> />

neamentos deste último posicio-<<strong>br</strong> />

namento.<<strong>br</strong> />

Para definir a orientação aci-<<strong>br</strong> />

ma exposta, trazida pela 2ª Turma<<strong>br</strong> />

do STJ, é possível afirmar que as<<strong>br</strong> />

matérias de ordem pública, mes-<<strong>br</strong> />

mo que não prequestionadas,<<strong>br</strong> />

podem ser objeto de análise em<<strong>br</strong> />

sede de recurso especial, desde<<strong>br</strong> />

que se tenha presente a transpo-<<strong>br</strong> />

sição do juízo de admissibilidade.<<strong>br</strong> />

Se optar-se por aplicar este<<strong>br</strong> />

entendimento para o primeiro<<strong>br</strong> />

exemplo citado no início deste<<strong>br</strong> />

estudo, concernente à presença<<strong>br</strong> />

de nulidade de citação e coisa jul-<<strong>br</strong> />

gada em uma ação de indeniza-<<strong>br</strong> />

ção por danos morais, certamen-<<strong>br</strong> />

te, tais matérias de ordem pública<<strong>br</strong> />

que não foram prequestionadas,<<strong>br</strong> />

acabariam sendo apreciadas<<strong>br</strong> />

quando ultrapassada a fase do<<strong>br</strong> />

conhecimento do recurso.<<strong>br</strong> />

Deste modo, uma vez conhe-<<strong>br</strong> />

cida e <strong>com</strong>preendida esta que<<strong>br</strong> />

pode ser considerada – para fins<<strong>br</strong> />

deste estudo - <strong>com</strong>o uma terceira<<strong>br</strong> />

corrente acerca do tema da ne-<<strong>br</strong> />

cessidade ou não do prequestio-<<strong>br</strong> />

namento em matérias de ordem<<strong>br</strong> />

pública, faz-se possível apresen-<<strong>br</strong> />

tar uma resposta so<strong>br</strong>e qual a<<strong>br</strong> />

corrente deverá prevalecer diante<<strong>br</strong> />

do questionamento sugerido ao<<strong>br</strong> />

principiar este trabalho, qual seja:<<strong>br</strong> />

é possível suscitar matérias de or-<<strong>br</strong> />

dem pública em sede de recurso<<strong>br</strong> />

extraordinário e recurso especial,<<strong>br</strong> />

ainda que o tema não tenha sido<<strong>br</strong> />

ventilado em instâncias inferio-<<strong>br</strong> />

29 maio 2011.<<strong>br</strong> />

res, nem mesmo tenha sido obje-<<strong>br</strong> />

to destes recursos excepcionais?<<strong>br</strong> />

Finalmente, diz-se que, atu-<<strong>br</strong> />

almente, o tema em discussão<<strong>br</strong> />

apresenta a seguinte moldura: a)<<strong>br</strong> />

no âmbito da doutrina, identifica-<<strong>br</strong> />

-se verdadeiro confronto entre<<strong>br</strong> />

a primeira e segunda correntes;<<strong>br</strong> />

b) no âmbito da jurisprudência,<<strong>br</strong> />

malgrado ter prevalecido o en-<<strong>br</strong> />

tendimento criado pela primeira<<strong>br</strong> />

corrente, tem-se verificado uma<<strong>br</strong> />

tendência robusta pelo acolhi-<<strong>br</strong> />

mento da terceira corrente.<<strong>br</strong> />

Neste ponto, onde se faz ex-<<strong>br</strong> />

plícita a divergência de opiniões,<<strong>br</strong> />

tanto na jurisprudência quanto<<strong>br</strong> />

na doutrina, e, diante das consi-<<strong>br</strong> />

derações realizadas, mostra-se<<strong>br</strong> />

mais adequado apoiar o pen-<<strong>br</strong> />

samento instituído pela terceira<<strong>br</strong> />

corrente, porquanto, <strong>com</strong>o vis-<<strong>br</strong> />

to, a uma: o prequestionamento<<strong>br</strong> />

não deixará de ser observado,<<strong>br</strong> />

cumprindo o mandamento cons-<<strong>br</strong> />

titucional específico relativo às<<strong>br</strong> />

“causas decididas”; a duas: a ma-<<strong>br</strong> />

téria de ordem pública, que por-<<strong>br</strong> />

ventura não tenha sido decidida<<strong>br</strong> />

anteriormente, será analisada<<strong>br</strong> />

a partir da abertura da <strong>com</strong>pe-<<strong>br</strong> />

tência jurisdicional do STJ ou do<<strong>br</strong> />

STF, que deverá aplicar o direito à<<strong>br</strong> />

espécie (Súmula 456 do STF); e a<<strong>br</strong> />

três: <strong>com</strong> isso, se estará evitando<<strong>br</strong> />

– especificamente <strong>com</strong> relação<<strong>br</strong> />

à parte prejudicada -, conforme<<strong>br</strong> />

o caso, eventual interposição de<<strong>br</strong> />

ação rescisória ou até mesmo da<<strong>br</strong> />

querela nullitatis.<<strong>br</strong> />

REFERÊNCIAS<<strong>br</strong> />

BUENO, Cassio Scarpinella.<<strong>br</strong> />

Quem tem medo do prequestio-<<strong>br</strong> />

namento. Disponível em: . Acesso em: 8<<strong>br</strong> />

maio 2011.<<strong>br</strong> />

CÂMARA, Alexandre Freitas.<<strong>br</strong> />

Lições de direito processual civil,<<strong>br</strong> />

volume II. 19. ed. Rio de Janeiro:<<strong>br</strong> />

Lumen Juris, 2011.<<strong>br</strong> />

MANCUSO, Rodolfo de Ca-<<strong>br</strong> />

margo. Recurso extraordinário<<strong>br</strong> />

e recurso especial. 11. ed. rev.,<<strong>br</strong> />

atual. e ampl. de acordo <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />

leis 11.417/2006, 11.418/2006,<<strong>br</strong> />

11.672/2008 e emendas regimen-<<strong>br</strong> />

tais do STF e do STJ. São Paulo:<<strong>br</strong> />

RT, 2010.<<strong>br</strong> />

MEDINA, José Miguel Garcia.<<strong>br</strong> />

O prequestionamento nos re-<<strong>br</strong> />

cursos extraordinário e especial,<<strong>br</strong> />

e outras questões relativas à sua<<strong>br</strong> />

admissibilidade e processamen-<<strong>br</strong> />

to. 3. ed. São Paulo: RT, 2002.<<strong>br</strong> />

MELLO, Rogério Licastro Tor-<<strong>br</strong> />

res de. Recurso especial e matéria<<strong>br</strong> />

de ordem pública: desnecessi-<<strong>br</strong> />

dade de prequestionamento. <strong>In</strong>:<<strong>br</strong> />

MELLO, Rogério Licastro Torres<<strong>br</strong> />

de (coord.). Recurso especial e<<strong>br</strong> />

extraordinário: repercussão geral<<strong>br</strong> />

e atualidades. São Paulo: Método,<<strong>br</strong> />

2007.<<strong>br</strong> />

NERY JÚNIOR, Nelson; NERY,<<strong>br</strong> />

Rosa Maria de Andrade. Código<<strong>br</strong> />

de processo civil <strong>com</strong>entado e<<strong>br</strong> />

legislação extravagante. 10 ed.<<strong>br</strong> />

São Paulo: Revista dos Tribunais,<<strong>br</strong> />

2007.<<strong>br</strong> />

* 1º Tenente OCT do Exército<<strong>br</strong> />

Brasileiro e pós-graduando em<<strong>br</strong> />

Direito Processual Civil.<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

75


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

76<<strong>br</strong> />

A RTIGO<<strong>br</strong> />

As prerrogativas<<strong>br</strong> />

profissionais do advogado<<strong>br</strong> />

Cintia Ribeiro de Freitas *<<strong>br</strong> />

Fa<strong>br</strong>ício Fausto Lima Rabelo *<<strong>br</strong> />

A advocacia, <strong>com</strong>o nenhuma<<strong>br</strong> />

outra profissão, foi recepcionada<<strong>br</strong> />

pela Constituição da Republica<<strong>br</strong> />

Federativa do Brasil de 1988, que<<strong>br</strong> />

dedicou no Capítulo IV - Das Funções<<strong>br</strong> />

Essenciais à Justiça - o artigo<<strong>br</strong> />

133 , preconizando que: “O advogado<<strong>br</strong> />

é indispensável à administração<<strong>br</strong> />

da justiça, sendo inviolável<<strong>br</strong> />

por seus atos e manifestações no<<strong>br</strong> />

exercício da profissão, nos limites<<strong>br</strong> />

da lei.”<<strong>br</strong> />

<strong>In</strong>icialmente, é importante<<strong>br</strong> />

conscientizar-se a respeito do real<<strong>br</strong> />

significado e alcance dessa norma<<strong>br</strong> />

constitucional e da expressão<<strong>br</strong> />

prerrogativa.<<strong>br</strong> />

Em artigo publicado no sítio<<strong>br</strong> />

da Ordem dos Advogados do<<strong>br</strong> />

Brasil - Seção São Paulo, o Dr.<<strong>br</strong> />

MARCO AURÉLIO VICENTE VIEI-<<strong>br</strong> />

RA, Vice-Presidente da Comissão<<strong>br</strong> />

de Direitos e Prerrogativas desta<<strong>br</strong> />

Seccional, definiu e delimitou corretamente<<strong>br</strong> />

a amplitude deste conceito,<<strong>br</strong> />

assim proclamando:<<strong>br</strong> />

“PRERROGATIVAS: PRIVILÉ-<<strong>br</strong> />

GIOS OU GARANTIAS<<strong>br</strong> />

Quais são as nossas prerrogativas?<<strong>br</strong> />

Prerrogativas não significam<<strong>br</strong> />

privilégio, prerrogativas significam<<strong>br</strong> />

condições legais, especiais<<strong>br</strong> />

e indispensáveis, ditadas<<strong>br</strong> />

pelo interesse social e público,<<strong>br</strong> />

portanto, são garantias, já que<<strong>br</strong> />

para exercê-las necessário o<<strong>br</strong> />

convívio harmonioso e respeitoso<<strong>br</strong> />

recíproco <strong>com</strong> os juízes,<<strong>br</strong> />

promotores, delegados e advogados,<<strong>br</strong> />

servidores públicos<<strong>br</strong> />

e os serventuários da Justiça<<strong>br</strong> />

- observância ao artigo 6º,<<strong>br</strong> />

parágrafo único do E<strong>OAB</strong>.<<strong>br</strong> />

Mas não basta, tem-se o artigo<<strong>br</strong> />

7º, e incisos da Lei Federal<<strong>br</strong> />

nº 8.906, de 04 de julho de<<strong>br</strong> />

1994 - Estatuto da Advocacia<<strong>br</strong> />

e da Ordem dos Advogados<<strong>br</strong> />

do Brasil, que traz uma relação<<strong>br</strong> />

de aproximadamente 30<<strong>br</strong> />

direitos básicos para proteger<<strong>br</strong> />

o advogado no exercício profissional,<<strong>br</strong> />

já que o advogado é<<strong>br</strong> />

indispensável a administração<<strong>br</strong> />

da justiça - art. 133 da Constituição<<strong>br</strong> />

da República Federativa<<strong>br</strong> />

do Brasil.<<strong>br</strong> />

No mais, está assegurada a<<strong>br</strong> />

total liberdade ao advogado<<strong>br</strong> />

para o exercício profissional<<strong>br</strong> />

em todo o País. Estas prerrogativas<<strong>br</strong> />

do advogado não se<<strong>br</strong> />

circunscrevem às discussões<<strong>br</strong> />

perante tão somente os órgãos<<strong>br</strong> />

do Poder Judiciário, mas<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>ange toda Administração<<strong>br</strong> />

Pública direta ou indireta.<<strong>br</strong> />

É impossível atuar em defesa<<strong>br</strong> />

do cidadão, seja na área cível,<<strong>br</strong> />

criminal, trabalhista, administrativa<<strong>br</strong> />

sem que o advogado<<strong>br</strong> />

tenha a seu favor todas estas<<strong>br</strong> />

salvaguardas, já que não há<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o empreender esforços<<strong>br</strong> />

no aprimoramento do Estado<<strong>br</strong> />

Democrático de Direito sem<<strong>br</strong> />

que estas prerrogativas sejam<<strong>br</strong> />

respeitadas e uma violação<<strong>br</strong> />

neste sentido, a Justiça <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

bem público maior, estará<<strong>br</strong> />

afetada e, por consequência,<<strong>br</strong> />

toda a sociedade.<<strong>br</strong> />

Por isso, nós Advogados temos<<strong>br</strong> />

o dever de proteger e<<strong>br</strong> />

defender nossas prerrogativas<<strong>br</strong> />

profissionais e o uso destas<<strong>br</strong> />

Prerrogativas é o único meio<<strong>br</strong> />

de Valorizar a Advocacia.”<<strong>br</strong> />

De fato, a despeito do coloquial<<strong>br</strong> />

e equivocado sinônimo<<strong>br</strong> />

de “privilégios”, as prerrogativas<<strong>br</strong> />

consistem, na verdade, nos direitos<<strong>br</strong> />

profissionais indissociáveis,<<strong>br</strong> />

sem os quais se torna inviável o<<strong>br</strong> />

exercício de determinada atividade<<strong>br</strong> />

profissional, razão pela qual<<strong>br</strong> />

constitui, na verdade, um dever<<strong>br</strong> />

profissional da intransigente defesa<<strong>br</strong> />

destas garantias.<<strong>br</strong> />

Assim, para além do baluarte<<strong>br</strong> />

Artigo 133 da Constituição Federal,<<strong>br</strong> />

viga mestra a condição do<<strong>br</strong> />

regular exercício da advocacia, a<<strong>br</strong> />

Lei 8.906/94 - Estatuto da Advocacia<<strong>br</strong> />

e da <strong>OAB</strong> elenca os direitos<<strong>br</strong> />

e prerrogativas do advogado em<<strong>br</strong> />

seus Arts. 6º e 7º.<<strong>br</strong> />

A relevância destas prerrogativas<<strong>br</strong> />

enquanto pressupostos à<<strong>br</strong> />

regular defesa dos direitos e garantias<<strong>br</strong> />

fundamentais do cidadão,<<strong>br</strong> />

notadamente do próprio direito à<<strong>br</strong> />

amplitude de defesa, ao contraditório<<strong>br</strong> />

e ao devido processo legal,<<strong>br</strong> />

justificou a elaboração do Projeto<<strong>br</strong> />

de Lei nº 4.195/2005 atualmente<<strong>br</strong> />

em trâmite no Congresso Nacional,<<strong>br</strong> />

tem por objeto a definição de<<strong>br</strong> />

crime <strong>com</strong>o a violação dos direi-


tos e prerrogativas do advogado.<<strong>br</strong> />

Em detrimento dos inestimáveis<<strong>br</strong> />

préstimos cotidianamente<<strong>br</strong> />

despendidos direta e indiretamente<<strong>br</strong> />

à sociedade, <strong>com</strong>o todo e<<strong>br</strong> />

qualquer órgão de classe, a Ordem<<strong>br</strong> />

dos Advogados do Brasil focaliza<<strong>br</strong> />

a defesa das prerrogativas<<strong>br</strong> />

do advogado, e, por conseguinte,<<strong>br</strong> />

o regular exercício da advocacia.<<strong>br</strong> />

Desta forma, justifica-se a indissociável<<strong>br</strong> />

afinidade da advocacia<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a Comissão de Defesa,<<strong>br</strong> />

Assistência e Prerrogativas, em<<strong>br</strong> />

verdadeira fusão principiológica<<strong>br</strong> />

e ontológica, na função de ferramenta<<strong>br</strong> />

eficaz que confere o almejado<<strong>br</strong> />

status, perante os advogados<<strong>br</strong> />

e a sociedade em geral, de órgão<<strong>br</strong> />

de classe robusto e atuante.<<strong>br</strong> />

A Comissão de Defesa, Assistência<<strong>br</strong> />

e Prerrogativas tem por objetivo<<strong>br</strong> />

consolidar sua reputação mediante<<strong>br</strong> />

estratégica dinâmica operacional,<<strong>br</strong> />

que consiste em conferir institucional<<strong>br</strong> />

delegação de representar a <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />

e seus inscritos, mem<strong>br</strong>os diretos ou<<strong>br</strong> />

não, no embate pela defesa de suas<<strong>br</strong> />

prerrogativas.<<strong>br</strong> />

Por outro lado, a consciência<<strong>br</strong> />

do profissional em relação à existência,<<strong>br</strong> />

à sua disposição, deste<<strong>br</strong> />

aparato técnico consolidado em<<strong>br</strong> />

forma de <strong>com</strong>issão, prestando-se<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o estímulo e encorajamento<<strong>br</strong> />

ao desafio cotidiano em prol da<<strong>br</strong> />

defesa das prerrogativas da classe,<<strong>br</strong> />

resultando em uma mútua cooperação<<strong>br</strong> />

e <strong>com</strong>unhão de esforços<<strong>br</strong> />

destinados a esta finalidade.<<strong>br</strong> />

Vale ressaltar, ainda, que a Comissão<<strong>br</strong> />

de Defesa, Assistência e<<strong>br</strong> />

Prerrogativas não monopoliza a<<strong>br</strong> />

defesa às prerrogativas. Mas, pelo<<strong>br</strong> />

contrário, o advogado, por essência<<strong>br</strong> />

da profissão, permanece <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

titular da defesa de suas prerrogativas,<<strong>br</strong> />

enquanto condições precípuas<<strong>br</strong> />

à garantia dos direitos do<<strong>br</strong> />

constituinte. Compete a CDAP,<<strong>br</strong> />

então, agregar reforços à defesa<<strong>br</strong> />

da prerrogativa do advogado na<<strong>br</strong> />

condição de assistente processual,<<strong>br</strong> />

ou, eventualmente, substituindo<<strong>br</strong> />

o advogado em situações<<strong>br</strong> />

extremas que impossibilitem ou<<strong>br</strong> />

inviabilizem sua autodefesa.<<strong>br</strong> />

É curioso notar que, para além<<strong>br</strong> />

destes limites de atuação institucional,<<strong>br</strong> />

e em razão deles, a CDAP<<strong>br</strong> />

desempenha atualmente a extraordinária<<strong>br</strong> />

função de conscientização<<strong>br</strong> />

da defesa das prerrogativas da<<strong>br</strong> />

classe, não somente em relação à<<strong>br</strong> />

gama de prerrogativas contempladas<<strong>br</strong> />

na lei, em especial as previstas<<strong>br</strong> />

no Estatuto (Lei 8.906/94),<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o também incutindo denodo<<strong>br</strong> />

à classe na defesa das mesmas,<<strong>br</strong> />

a partir de sua presença atuante<<strong>br</strong> />

e eficiente. Daí a constatação de<<strong>br</strong> />

que a classe, juntamente à CDAP,<<strong>br</strong> />

está cada vez mais engajada nesta<<strong>br</strong> />

no<strong>br</strong>e causa <strong>com</strong>um, “vitalizando”<<strong>br</strong> />

as prerrogativas elencadas na lei.<<strong>br</strong> />

Com o fortalecimento dos advogados,<<strong>br</strong> />

por sua vez, implementa-<<strong>br</strong> />

-se a finalidade teleológica do Artigo<<strong>br</strong> />

133 da Constituição Federal,<<strong>br</strong> />

que não é outra senão a de conferir<<strong>br</strong> />

ao advogado a atribuição de guardião<<strong>br</strong> />

e defensor da Democracia,<<strong>br</strong> />

já que a essência de sua atuação<<strong>br</strong> />

consiste em posicionar-se estrategicamente<<strong>br</strong> />

enquanto intermediário,<<strong>br</strong> />

verdadeiro elo entre a Sociedade e<<strong>br</strong> />

o Estado. Trata-se assim, em última<<strong>br</strong> />

instância, de honrar o <strong>com</strong>promisso<<strong>br</strong> />

assumido pela classe.<<strong>br</strong> />

Todavia, mesmo sendo incumbência<<strong>br</strong> />

que, a despeito de<<strong>br</strong> />

inestimavelmente honra ante a<<strong>br</strong> />

realidade jurídica, revela-se profundamente<<strong>br</strong> />

martirizante, ainda<<strong>br</strong> />

perseveram deploráveis reminiscências<<strong>br</strong> />

de um dos mais sórdidos<<strong>br</strong> />

períodos da recente história do<<strong>br</strong> />

país. Assim, atualmente ainda há<<strong>br</strong> />

uma franca resistência à plena implementação<<strong>br</strong> />

do sistema demo-<<strong>br</strong> />

crático delineado pela Constituição<<strong>br</strong> />

Cidadã.<<strong>br</strong> />

Esta realidade cunha <strong>com</strong> precisão<<strong>br</strong> />

a polivalência do advogado<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiro, que, não raramente, para<<strong>br</strong> />

validar os direitos de seus constituintes,<<strong>br</strong> />

precisa antes conferir-lhes<<strong>br</strong> />

terreno propício a partir do resguardo<<strong>br</strong> />

de suas prerrogativas.<<strong>br</strong> />

Neste sentido, a verdadeira acepção<<strong>br</strong> />

das prerrogativas tão somente<<strong>br</strong> />

enquanto direitos e, desta forma,<<strong>br</strong> />

supostamente disponíveis, é gravemente<<strong>br</strong> />

equivocada, haja vista que,<<strong>br</strong> />

para além de direitos, constituem-se<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o deveres profissionais.<<strong>br</strong> />

Seriam então direitos, mas em<<strong>br</strong> />

fidedignidade <strong>com</strong> a doutrina de<<strong>br</strong> />

RUDOLF VON IHERING em sua<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>a “A Luta Pelo Direito”, a qual<<strong>br</strong> />

discute a necessária intransigência<<strong>br</strong> />

na defesa e no exercício dos<<strong>br</strong> />

direitos civis.<<strong>br</strong> />

Daí a importância da conscientização<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e as prerrogativas,<<strong>br</strong> />

em convite claro à reação,<<strong>br</strong> />

pois o objetivo do fortalecimento<<strong>br</strong> />

da classe ocorre em prol da constante<<strong>br</strong> />

afirmação do Estado Democrático<<strong>br</strong> />

de Direito que, por sua<<strong>br</strong> />

vez, ostenta <strong>com</strong>o premissa maior<<strong>br</strong> />

a defesa dos direitos e garantias<<strong>br</strong> />

fundamentais do cidadão.<<strong>br</strong> />

Desrespeitar as prerrogativas do<<strong>br</strong> />

advogado é condenar a sociedade<<strong>br</strong> />

à mordaça, o cidadão à condição de<<strong>br</strong> />

mero objeto de investigação e seu<<strong>br</strong> />

defensor a uma peça decorativa ou,<<strong>br</strong> />

no máximo, impertinente.<<strong>br</strong> />

* Dra. Cintia Ribeiro de Freitas<<strong>br</strong> />

- Advogada, Delegada de Prerrogativa,<<strong>br</strong> />

e Vice Presidente da Comissão<<strong>br</strong> />

de Defesa, Assistência e<<strong>br</strong> />

prerrogativas da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

** Dr. Fa<strong>br</strong>ício Fausto Lima Rabelo<<strong>br</strong> />

- Advogado, e Delegado de<<strong>br</strong> />

Prerrogativas da Comissão de Defesa,<<strong>br</strong> />

Assistência e Prerrogativas<<strong>br</strong> />

da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />

<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

77


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

78<<strong>br</strong> />

A RTIGO<<strong>br</strong> />

INOVAÇÃO JURÍDICA<<strong>br</strong> />

O registro digital das S/As<<strong>br</strong> />

Bernardo Araújo Costa<<strong>br</strong> />

Danilo de Andrade Fernandes *<<strong>br</strong> />

No ultimo dia 13 de março<<strong>br</strong> />

a Junta Comercial do Estado de<<strong>br</strong> />

Minas Gerais (a JUCEMG) lançou<<strong>br</strong> />

o Sistema de Registro Digital que<<strong>br</strong> />

permitirá envio e registro eletrônico<<strong>br</strong> />

dos atos societários elaborados<<strong>br</strong> />

no âmbito das Sociedades<<strong>br</strong> />

por Ações, mediante a utilização<<strong>br</strong> />

de certificados digitais.<<strong>br</strong> />

Em resumo <strong>br</strong>eve, os atos societários<<strong>br</strong> />

serão protocolados no<<strong>br</strong> />

Portal de Serviços da JUCEMG<<strong>br</strong> />

que, por sua vez, encaminhará<<strong>br</strong> />

os documentos diretamente aos<<strong>br</strong> />

responsáveis pela assinatura de<<strong>br</strong> />

aludidos instrumentos (diretores,<<strong>br</strong> />

conselheiros, acionistas, advogados<<strong>br</strong> />

etc.). Concluído o processo<<strong>br</strong> />

de assinatura, o documento segue<<strong>br</strong> />

para a tradicional e o<strong>br</strong>igatória<<strong>br</strong> />

avaliação interna da junta<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>ercial. No ato da aprovação, a<<strong>br</strong> />

JUCEMG emite o registro do ato<<strong>br</strong> />

também a partir da utilização de<<strong>br</strong> />

certificado digital, devolvendo-o<<strong>br</strong> />

eletronicamente registrado para a<<strong>br</strong> />

sociedade empresária.<<strong>br</strong> />

Neste sentido, é relevante afir-<<strong>br</strong> />

mar que os documentos eletrônicos<<strong>br</strong> />

possuem a mesma validade<<strong>br</strong> />

jurídica dos físicos. No entanto,<<strong>br</strong> />

inúmeros benefícios podem ser<<strong>br</strong> />

atribuídos à adoção do Registro<<strong>br</strong> />

Digital, tais <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />

(a) modernização e simplificação<<strong>br</strong> />

do processo de arquivamento<<strong>br</strong> />

dos atos societários;<<strong>br</strong> />

(b) maior segurança contra<<strong>br</strong> />

fraude por meio de mecanismos<<strong>br</strong> />

capazes de garantir autenticidade,<<strong>br</strong> />

confidencialidade e integridade às<<strong>br</strong> />

informações;<<strong>br</strong> />

(c) maior celeridade no registro,<<strong>br</strong> />

garantindo a agilidade hoje<<strong>br</strong> />

necessária no universo corporativo;<<strong>br</strong> />

e<<strong>br</strong> />

(d) sustentabilidade, possibilitando<<strong>br</strong> />

práticas de responsabilidade<<strong>br</strong> />

ambiental e econômica,<<strong>br</strong> />

demandas cada vez mais exigidas<<strong>br</strong> />

pelos stakeholders das sociedades<<strong>br</strong> />

empresárias na execução de<<strong>br</strong> />

suas atividades.<<strong>br</strong> />

Ademais, o registro digital respalda<<strong>br</strong> />

a antiga demanda do mercado<<strong>br</strong> />

de capitais no atendimento<<strong>br</strong> />

de práticas de boa governança<<strong>br</strong> />

corporativa ao viabilizar, <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

devida segurança e celeridade, a<<strong>br</strong> />

realização de reuniões e/ou as-<<strong>br</strong> />

sembleias por vídeo ou teleconferência.<<strong>br</strong> />

A inovação ora pautada surgiu<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a ideia dos advogados<<strong>br</strong> />

corporativos do Grupo Algar, Bernardo<<strong>br</strong> />

Araújo Costa e Danilo de<<strong>br</strong> />

Andrade Fernandes, de criar uma<<strong>br</strong> />

sistemática digital para o registro<<strong>br</strong> />

dos atos societários ofertados,<<strong>br</strong> />

além de garantir segurança jurídica<<strong>br</strong> />

e tecnológica, facilidades ao<<strong>br</strong> />

trabalho do advogado que, em<<strong>br</strong> />

muitas ocasiões, se vê perdido<<strong>br</strong> />

na burocracia legal. A ideia foi<<strong>br</strong> />

prontamente acolhida pela JUCE-<<strong>br</strong> />

MG e transformada no Projeto de<<strong>br</strong> />

Registro Digital, contando <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

participação direta do Grupo Algar<<strong>br</strong> />

na validação das etapas e na<<strong>br</strong> />

realização de testes, demonstrando,<<strong>br</strong> />

mais uma vez, os benefícios<<strong>br</strong> />

da realização de parcerias entre<<strong>br</strong> />

os empresários e a administração<<strong>br</strong> />

pública.<<strong>br</strong> />

É uma ação pioneira no Brasil<<strong>br</strong> />

e a JUCEMG, até o final do ano de<<strong>br</strong> />

2012, pretende estender o serviço<<strong>br</strong> />

para os demais societários.<<strong>br</strong> />

* Advogados especialistas<<strong>br</strong> />

em Direito Societário


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

79


<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />

80<<strong>br</strong> />

Uberlândia 34 3239.5800<<strong>br</strong> />

Franca 16 3722.0418<<strong>br</strong> />

Brasília 61 3343.0521<<strong>br</strong> />

São Paulo 11 3641.8995<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>ercial@grafi ca<strong>br</strong>asil.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Para que tanto esforço em ter solução em Gráfi ca???<<strong>br</strong> />

Basta ler abaixo…<<strong>br</strong> />

Orce, negocie e imprima <strong>com</strong> a gente.<<strong>br</strong> />

www.grafi ca<strong>br</strong>asil.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

novo site, acesse

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!