OAB In Foco.indd - Quipus.com.br
OAB In Foco.indd - Quipus.com.br
OAB In Foco.indd - Quipus.com.br
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
PALAVRA DO PRESIDENTE<<strong>br</strong> />
Chegamos a 26ª edição de nossa revista. Nesta publicação,<<strong>br</strong> />
damos especial atenção à importância da mulher em nossa so-<<strong>br</strong> />
ciedade. Destacamos a presença majoritária da advogada em<<strong>br</strong> />
nossa Gestão ocupando cargos de diretoria, conselho e presidên-<<strong>br</strong> />
cia de <strong>com</strong>issões, não que este fato seja uma surpresa ou mesmo<<strong>br</strong> />
tenha o caráter de enaltecer uma minoria, mas, na verdade, o que<<strong>br</strong> />
se pretende é fazer justiça creditando o sucesso de nossa gestão<<strong>br</strong> />
a essas advogadas que <strong>br</strong>avamente contribuem <strong>com</strong> a advocacia.<<strong>br</strong> />
Outro ponto não menos importante é a matéria so<strong>br</strong>e o Tri-<<strong>br</strong> />
bunal de Ética e Disciplina da <strong>OAB</strong>/MG, apresentando seu tra-<<strong>br</strong> />
balho e importância no respeito ao Estatuto da Advocacia e ao<<strong>br</strong> />
Código de Ética e Disciplina, o que faz <strong>com</strong> que toda a sociedade<<strong>br</strong> />
continue a atribuir elevada credibilidade a nossa <strong>In</strong>stituição.<<strong>br</strong> />
Uma novidade nesta edição é a participação ativa da <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />
MG, trazendo notícias de destaque da louvável administração<<strong>br</strong> />
que vem desenvolvendo a diretoria da Seccional, capitaneada<<strong>br</strong> />
pelo presidente Luís Cláudio da Silva Chaves, que solidificou-se<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o baluarte da advocacia mineira.<<strong>br</strong> />
A nosso ver, esta edição torna-se histórica, uma vez que traz<<strong>br</strong> />
uma das principais vitórias da advocacia local, qual seja realiza-<<strong>br</strong> />
ção das Correições Extraordinárias em nossa Comarca. Com esta<<strong>br</strong> />
ação renasce a esperança de que novas varas, novos cargos de<<strong>br</strong> />
juízes e servidores sejam criados a partir do diagnóstico dos juí-<<strong>br</strong> />
zes corregedores, e aqui vale sempre destacar que a <strong>OAB</strong> cumpre<<strong>br</strong> />
seu papel institucional, não de enfrentamento aos Órgãos Públi-<<strong>br</strong> />
cos, mas de apontar as falhas existentes e co<strong>br</strong>ar providências,<<strong>br</strong> />
sempre na busca da melhoria da prestação jurisdicional, seja por<<strong>br</strong> />
meio de correções da atividade existente, seja pela implementa-<<strong>br</strong> />
ção de novos instrumentos.<<strong>br</strong> />
Enfim, mais uma vez, a 13ª Subseção entrega a você uma re-<<strong>br</strong> />
vista que contribui na formação continuada através dos valorosos<<strong>br</strong> />
artigos, bem <strong>com</strong>o torna-se um registro oficial<<strong>br</strong> />
do nosso diuturno trabalho pela coletivida-<<strong>br</strong> />
de jurídica.<<strong>br</strong> />
Boa leitura!<<strong>br</strong> />
Egmar Sousa Ferraz<<strong>br</strong> />
EXPEDIENTE<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG – 13ª Subseção<<strong>br</strong> />
Avenida Rondon Pacheco, 980, Copacabana<<strong>br</strong> />
Fone: (34) 3234-5555<<strong>br</strong> />
Uberlândia – MG – Cep: 38408-343<<strong>br</strong> />
Home-page: www.oabuberlandia.org.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
Contato: oabinfoco@oabuberlandia.org.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
DIRETORIA EXECUTIVA DA<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG 13ª SUBSEÇÃO/UBERLÂNDIA<<strong>br</strong> />
DIRETORIA<<strong>br</strong> />
Diretor Presidente: Egmar Sousa Ferraz<<strong>br</strong> />
Diretora Vice-Presidente: Ângela Parreira de Oliveira<<strong>br</strong> />
Botelho<<strong>br</strong> />
Diretora Secretária Geral: Fernanda Dayrell de Souza<<strong>br</strong> />
Duarte e C. Martins<<strong>br</strong> />
Diretora Secretária Geral Adjunta: Magna Carrijo<<strong>br</strong> />
Pereira<<strong>br</strong> />
Diretor Tesoureiro: Adauto Alves Fonseca<<strong>br</strong> />
Assessora Especial da Presidência: Iolanda Velasco<<strong>br</strong> />
de Andrade<<strong>br</strong> />
CONSELHO EDITORIAL<<strong>br</strong> />
Adauto Alves Fonseca, Carlos Henrique Santos de<<strong>br</strong> />
Carvalho, Egmar Sousa Ferraz, Fernanda Dayrell de<<strong>br</strong> />
Souza Duarte e C. Martins, Magna Carrijo Pereira, Ângela<<strong>br</strong> />
Parreira de Oliveira Botelho<<strong>br</strong> />
CONSELHO SUBSECCIONAL<<strong>br</strong> />
Eurípedes de Almeida, Hecy Braga de Oliveira, Kenedy<<strong>br</strong> />
José Urzedo de Queiroz, Leonardo Alves Canuto, Leonardo<<strong>br</strong> />
Pereira Rocha Moreira, Lilian Takata, Luciano<<strong>br</strong> />
de Salles Monteiro, Rodrigo Magno de Macedo, Sebastião<<strong>br</strong> />
Roberto de Araújo, Selmo Gonçalves Ca<strong>br</strong>al,<<strong>br</strong> />
Simone Silva Prudêncio<<strong>br</strong> />
ASSESSORA DE CONTEÚDO<<strong>br</strong> />
Carla Aparecida Soares<<strong>br</strong> />
PRODUÇÃO<<strong>br</strong> />
Engenho & Arte<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>unicação@engenhopp.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
EDITORA CHEFE<<strong>br</strong> />
Kerley Pita<<strong>br</strong> />
TEXTOS<<strong>br</strong> />
Kerley Pita<<strong>br</strong> />
Camila Lemes<<strong>br</strong> />
CAPA<<strong>br</strong> />
Gil<<strong>br</strong> />
REVISÃO<<strong>br</strong> />
Giuliano Micheloto<<strong>br</strong> />
CONTATO COMERCIAL<<strong>br</strong> />
(34) 3234-5555<<strong>br</strong> />
FOTOS<<strong>br</strong> />
Edu Marques, Kerley Pita, Camila Lemes<<strong>br</strong> />
DIAGRAMAÇÃO<<strong>br</strong> />
Wilson Vilela Gonçalves<<strong>br</strong> />
34 9225-5950<<strong>br</strong> />
IMPRESSÃO<<strong>br</strong> />
Gráfica Brasil<<strong>br</strong> />
TIRAGEM<<strong>br</strong> />
6.000 exemplares<<strong>br</strong> />
Distribuição Gratuita<<strong>br</strong> />
ISS – 2177-1448<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
As opiniões emitidas em artigos assinados são de inteira<<strong>br</strong> />
responsabilidade dos seus autores e não refletem,<<strong>br</strong> />
necessariamente, a posição deste veículo. Todos os direitos<<strong>br</strong> />
reservados: proibida a reprodução total ou parcial,<<strong>br</strong> />
por qualquer meio ou processo.
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
MULHERES<<strong>br</strong> />
Ponto de vista<<strong>br</strong> />
A evolução da presença<<strong>br</strong> />
feminina nas carreiras jurídicas<<strong>br</strong> />
Conquistas e desafios<<strong>br</strong> />
Márcia Regina Machado Melaré<<strong>br</strong> />
Diretora Secretária-Geral da <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
Nunca é demais refletirmos<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e a condição da mulher na<<strong>br</strong> />
sociedade e no Direito, em particular,<<strong>br</strong> />
em razão da crescente<<strong>br</strong> />
presença feminina nas carreiras<<strong>br</strong> />
jurídicas.<<strong>br</strong> />
Há 108 anos formava-se na<<strong>br</strong> />
Faculdade de Direito Largo São<<strong>br</strong> />
Francisco a primeira mulher advogada:<<strong>br</strong> />
Maria Augusta Saraiva,<<strong>br</strong> />
numa época em que era raro,<<strong>br</strong> />
muito raro mesmo, ver-se uma<<strong>br</strong> />
mulher nessa atividade.<<strong>br</strong> />
Foi só a partir da segunda<<strong>br</strong> />
metade do Século Vinte que o<<strong>br</strong> />
movimento de mulheres juristas<<strong>br</strong> />
evoluiu no sentido da busca da<<strong>br</strong> />
identidade e capacidade para<<strong>br</strong> />
gerir atos da vida civil.<<strong>br</strong> />
Em 1952, as advogadas<<strong>br</strong> />
Romy Medeiros da Fonseca e<<strong>br</strong> />
Orminda Bastos apresentaram à<<strong>br</strong> />
Oitava Assembléia da Comissão<<strong>br</strong> />
<strong>In</strong>teramericana de Mulheres, da<<strong>br</strong> />
Organização dos Estados Americanos,<<strong>br</strong> />
o anteprojeto, por elas<<strong>br</strong> />
elaborado, <strong>com</strong> vistas a modificar<<strong>br</strong> />
a condição jurídica da mulher<<strong>br</strong> />
no Brasil.<<strong>br</strong> />
E, em 1957, Romy Medeiros<<strong>br</strong> />
da Fonseca ocupou a tribuna do<<strong>br</strong> />
Senado para defender o projeto<<strong>br</strong> />
que ficaria conhecido <strong>com</strong>o o Estatuto<<strong>br</strong> />
da Mulher Casada. Essa lei<<strong>br</strong> />
alterou vários artigos do Código<<strong>br</strong> />
Márcia Regina Machado Melaré, Diretora Secretária-Geral da <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
Edu Marques
Civil <strong>br</strong>asileiro, datado de 1916,<<strong>br</strong> />
concedendo às mulheres o direi-<<strong>br</strong> />
to de trabalhar fora do lar sem a<<strong>br</strong> />
autorização do marido ou pater-<<strong>br</strong> />
na e, em caso de separação do<<strong>br</strong> />
casal, o direito à guarda do filho.<<strong>br</strong> />
Anteriormente a história re-<<strong>br</strong> />
lata que a primeira ação política<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> o objetivo de instituir o su-<<strong>br</strong> />
frágio às mulheres partiu da jor-<<strong>br</strong> />
nalista Josefina Alves, que, em<<strong>br</strong> />
1891, apela à primeira Assem-<<strong>br</strong> />
bléia Constituinte: “queremos o<<strong>br</strong> />
direito de intervir nas eleições,<<strong>br</strong> />
de eleger e ser eleitas <strong>com</strong>o os<<strong>br</strong> />
homens”.<<strong>br</strong> />
Em 1910, Myrthes Campos<<strong>br</strong> />
– advogada e primeira mulher a<<strong>br</strong> />
ser aceita pelo <strong>In</strong>stituto da Or-<<strong>br</strong> />
dem dos Advogados – requereu<<strong>br</strong> />
o alistamento eleitoral argu-<<strong>br</strong> />
mentando que a Constituição<<strong>br</strong> />
da época não negava expressa-<<strong>br</strong> />
mente o direito ao voto femini-<<strong>br</strong> />
no. O pedido foi indeferido.<<strong>br</strong> />
Leolinda Daltro formou o<<strong>br</strong> />
primeiro movimento organiza-<<strong>br</strong> />
do em prol do sufrágio femi-<<strong>br</strong> />
nino. Em 1917, organizou uma<<strong>br</strong> />
passeata <strong>com</strong> 84 mulheres no<<strong>br</strong> />
centro do Rio para pleitear a<<strong>br</strong> />
mudança da legislação.<<strong>br</strong> />
Berta Lutz liderou o movi-<<strong>br</strong> />
mento sufragista, fundando,<<strong>br</strong> />
em 1922, a Federação Brasileira<<strong>br</strong> />
pelo Progresso Feminino, filia-<<strong>br</strong> />
da à Aliança <strong>In</strong>ternacional pelo<<strong>br</strong> />
Voto Feminino.<<strong>br</strong> />
O direito ao voto veio em<<strong>br</strong> />
1932, por decreto de Getúlio<<strong>br</strong> />
Vargas, confirmado na Consti-<<strong>br</strong> />
tuição de 1934.<<strong>br</strong> />
As nordestinas também fo-<<strong>br</strong> />
ram grandes mulheres lutadoras<<strong>br</strong> />
A primeira prefeita <strong>br</strong>asileira<<strong>br</strong> />
foi uma potiguar, da cidade de La-<<strong>br</strong> />
jes, Alzira Soriano de Souza, mas<<strong>br</strong> />
a Comissão de Poderes do Sena-<<strong>br</strong> />
do impediu que tomasse posse.<<strong>br</strong> />
Anulou os votos das mulheres da<<strong>br</strong> />
cidade. A participação tinha sido<<strong>br</strong> />
concedida por intervenção do<<strong>br</strong> />
candidato à presidente da Pro-<<strong>br</strong> />
víncia, Juvenal Lamartine. O Rio<<strong>br</strong> />
Grande do Norte foi, assim, o pri-<<strong>br</strong> />
meiro Estado a permitir a eleição<<strong>br</strong> />
de uma mulher.<<strong>br</strong> />
Outra nordestina, desta fei-<<strong>br</strong> />
ta, uma maranhense, Joana da<<strong>br</strong> />
Rocha Santos, foi a primeira<<strong>br</strong> />
prefeita a cumprir um manda-<<strong>br</strong> />
to, apesar de não ter sido eleita<<strong>br</strong> />
pelo voto popular. Noca, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
era conhecida, foi nomeada em<<strong>br</strong> />
1934 pelo Governo Federal para<<strong>br</strong> />
ser prefeita de São João dos<<strong>br</strong> />
Patos. Foi prefeita por 16 anos<<strong>br</strong> />
consecutivos, até bem depois<<strong>br</strong> />
do Estado Novo. Em 54, voltou<<strong>br</strong> />
pelo voto popular.<<strong>br</strong> />
Em 1974, por ato de Therezi-<<strong>br</strong> />
nha Zerbini, foi deflagrada a luta<<strong>br</strong> />
pela anistia aos presos e exila-<<strong>br</strong> />
dos políticos no Brasil.<<strong>br</strong> />
Corajosamente, Therezinha<<strong>br</strong> />
conseguiu chamar a atenção<<strong>br</strong> />
da opinião pública entregando<<strong>br</strong> />
uma carta a uma autoridade<<strong>br</strong> />
americana, que estava em visita<<strong>br</strong> />
pelo Brasil, denunciando a exis-<<strong>br</strong> />
tência e condições dos presos<<strong>br</strong> />
políticos e das torturas então<<strong>br</strong> />
praticadas contra os persegui-<<strong>br</strong> />
dos pela ditadura. A partir daí<<strong>br</strong> />
inúmeros grupos de mulheres<<strong>br</strong> />
foram se juntando em Comi-<<strong>br</strong> />
tês Femininos pela Anistia, que<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o pequenos furos em uma<<strong>br</strong> />
grande muralha da represa, ge-<<strong>br</strong> />
raram o transbordamento do<<strong>br</strong> />
movimento que derrotou a di-<<strong>br</strong> />
tadura.<<strong>br</strong> />
Como visto, as mulheres<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>asileiras já deram exemplos<<strong>br</strong> />
de so<strong>br</strong>a de sua capacidade,<<strong>br</strong> />
seja no trabalho, nos empreen-<<strong>br</strong> />
dimentos e na política. A pre-<<strong>br</strong> />
sidenta Dilma Rousseff é um<<strong>br</strong> />
exemplo atual a ser dado. Pri-<<strong>br</strong> />
meira mulher a a<strong>br</strong>ir a confe-<<strong>br</strong> />
rência anual das Nações Unidas,<<strong>br</strong> />
em setem<strong>br</strong>o último, dividiu sua<<strong>br</strong> />
emoção <strong>com</strong> mais da metade<<strong>br</strong> />
dos seres humanos que hoje<<strong>br</strong> />
habitam o planeta Terra.<<strong>br</strong> />
Senhoras e Senhores,<<strong>br</strong> />
Avanços e conquistas ocor-<<strong>br</strong> />
reram sim nesta longa trajetória<<strong>br</strong> />
das mulheres.<<strong>br</strong> />
Atualmente, em pleno Sé-<<strong>br</strong> />
culo Vinte e Um, <strong>com</strong> o Código<<strong>br</strong> />
Civil <strong>br</strong>asileiro renovado, a con-<<strong>br</strong> />
dição jurídica da mulher mudou.<<strong>br</strong> />
Mas há ainda muito a realizar<<strong>br</strong> />
para a garantia da democracia<<strong>br</strong> />
paritária.<<strong>br</strong> />
Como única mulher a ocupar<<strong>br</strong> />
cargo na Diretoria do Conse-<<strong>br</strong> />
lho Federal da <strong>OAB</strong>, na gestão<<strong>br</strong> />
2010/2012, há que se perguntar<<strong>br</strong> />
a razão da quase ausência – ou,<<strong>br</strong> />
melhor dizendo, da reduzida<<strong>br</strong> />
presença das mulheres advo-<<strong>br</strong> />
gadas nos cargos de direção de<<strong>br</strong> />
nossa entidade?<<strong>br</strong> />
No âmbito do Pleno do Con-<<strong>br</strong> />
selho Federal , <strong>com</strong> 81 integran-<<strong>br</strong> />
tes titulares, somente seis são<<strong>br</strong> />
mulheres conselheiras federais ,<<strong>br</strong> />
mesmo as advogadas represen-<<strong>br</strong> />
tando mais de 45% das inscri-<<strong>br</strong> />
ções na Ordem dos Advogados<<strong>br</strong> />
do Brasil e já está em número<<strong>br</strong> />
maior que os homens nas in-<<strong>br</strong> />
contáveis faculdades espalha-<<strong>br</strong> />
das pelo País, o que nos faz<<strong>br</strong> />
crer (vendo-se o lado positivo<<strong>br</strong> />
desses dados) que, em pouco<<strong>br</strong> />
tempo, o Poder Judiciário será<<strong>br</strong> />
predominantemente feminino.<<strong>br</strong> />
Mas, ainda assim, observa-<<strong>br</strong> />
-se uma ocupação quase ínfima<<strong>br</strong> />
em cargos de direção ou em<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
5
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
MULHERES<<strong>br</strong> />
seus postos de destaque .<<strong>br</strong> />
É interessante observar que<<strong>br</strong> />
esse fenômeno não é exclusivo<<strong>br</strong> />
da advocacia. Ele permeia todo<<strong>br</strong> />
o Judiciário.<<strong>br</strong> />
No Supremo Tribunal Federal,<<strong>br</strong> />
há apenas a ministra Carmen Lúcia,<<strong>br</strong> />
e aguarda-se que a vaga deixada<<strong>br</strong> />
pela sua colega Ellen Gracie<<strong>br</strong> />
seja ocupada por outra mulher.<<strong>br</strong> />
No Superior Tribunal de Justiça,<<strong>br</strong> />
dos 33 ministros em atividade,<<strong>br</strong> />
contam-se somente cinco<<strong>br</strong> />
mulheres — as ministras Laurita<<strong>br</strong> />
Vaz, Eliana Calmon, Fátima<<strong>br</strong> />
Nancy Andrighi, Isabel Galotti e<<strong>br</strong> />
Maria Teresa de Assis Moura. E<<strong>br</strong> />
no Tribunal Superior do Trabalho,<<strong>br</strong> />
de 27 ministros, apenas seis<<strong>br</strong> />
mulheres — Maria Cristina Peduzzi,<<strong>br</strong> />
Rosa Maria Weber, Maria<<strong>br</strong> />
de Assis Calsing, Dora Maria da<<strong>br</strong> />
Costa, Katia Magalhães e Delaíde<<strong>br</strong> />
Arantes.<<strong>br</strong> />
Ora, se nós, mulheres, somos<<strong>br</strong> />
a maioria nas faculdades de Direito<<strong>br</strong> />
de todo o País, representamos<<strong>br</strong> />
hoje quase a metade dos<<strong>br</strong> />
inscritos nas seccionais da Ordem<<strong>br</strong> />
dos Advogados do Brasil,<<strong>br</strong> />
temos constitucionalmente os<<strong>br</strong> />
mesmos direitos e os mesmos<<strong>br</strong> />
deveres dos homens, lutamos<<strong>br</strong> />
tanto por nossa igualdade, inserção<<strong>br</strong> />
e respeito, já ocupamos<<strong>br</strong> />
a presidência do Brasil, por que<<strong>br</strong> />
a nossa participação em cargos<<strong>br</strong> />
de direção ou em postos de<<strong>br</strong> />
destaque ainda é tão pequena?<<strong>br</strong> />
Refuto qualquer análise que<<strong>br</strong> />
nos leve a concluir que esse<<strong>br</strong> />
fenômeno tenha a sua origem<<strong>br</strong> />
num aparente desinteresse ou<<strong>br</strong> />
falta de estímulo das mulheres<<strong>br</strong> />
em alcançar cargos de direção.<<strong>br</strong> />
Em todo o mundo, e em nosso<<strong>br</strong> />
País em particular, que ainda<<strong>br</strong> />
guarda traços marcantes de<<strong>br</strong> />
uma sociedade discriminatória,<<strong>br</strong> />
é preciso ir mais fundo quando<<strong>br</strong> />
se trata da relação do poder<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a mulher.<<strong>br</strong> />
O caminho que temos percorrido,<<strong>br</strong> />
sem nenhuma som<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />
de dúvida, é mais tortuoso.<<strong>br</strong> />
Além da carência de creches,<<strong>br</strong> />
por falta de políticas públicas a<<strong>br</strong> />
favor das mulheres – mães, da<<strong>br</strong> />
falta de divisão de tarefas domésticas<<strong>br</strong> />
entre casais, em razão<<strong>br</strong> />
da arraigada cultura machista<<strong>br</strong> />
que permeia a maioria das entidades<<strong>br</strong> />
familiares, as estatísticas<<strong>br</strong> />
estão aí, a revelar que o preconceito<<strong>br</strong> />
ainda é latente:<<strong>br</strong> />
Mesmo apresentando<<strong>br</strong> />
mais anos de estudo e <strong>com</strong>petência,<<strong>br</strong> />
as mulheres trabalhadoras<<strong>br</strong> />
continuam recebendo salários<<strong>br</strong> />
em média 70% inferiores<<strong>br</strong> />
aos dos homens.<<strong>br</strong> />
As mulheres negras recebem,<<strong>br</strong> />
também em média, metade<<strong>br</strong> />
do rendimento das mulheres<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>ancas.<<strong>br</strong> />
Cerca de dez milhões<<strong>br</strong> />
de mulheres no Brasil correm<<strong>br</strong> />
risco de gravidez indesejada<<strong>br</strong> />
por uso inadequado e falta de<<strong>br</strong> />
conhecimento de métodos anticoncepcionais.<<strong>br</strong> />
Quatro mulheres são<<strong>br</strong> />
espancadas a cada minuto em<<strong>br</strong> />
nosso País.<<strong>br</strong> />
Espalhados pelo mundo, outros<<strong>br</strong> />
casos dramáticos de violação<<strong>br</strong> />
aos direitos humanos do gênero<<strong>br</strong> />
feminino se perpetram. Há ainda<<strong>br</strong> />
mulheres, <strong>com</strong>o as iranianas<<strong>br</strong> />
, que podem ser condenadas<<strong>br</strong> />
à morte sob extrema violência,<<strong>br</strong> />
subjulgadas ao apredejamento,<<strong>br</strong> />
violentadas por seus próprios parentes,<<strong>br</strong> />
ou <strong>br</strong>utalizadas em razão<<strong>br</strong> />
de costumes culturais.<<strong>br</strong> />
Mostro, assim, neste <strong>br</strong>eve<<strong>br</strong> />
discurso, que nossa luta continua<<strong>br</strong> />
sendo atual e diária e por vários<<strong>br</strong> />
e vários motivos não estamos,<<strong>br</strong> />
ainda, nas lideranças em maioria.<<strong>br</strong> />
Por isso, as mulheres, especialmente<<strong>br</strong> />
as mulheres advogadas<<strong>br</strong> />
e as integrantes de todas as<<strong>br</strong> />
carreiras jurídicas , devem estar<<strong>br</strong> />
em permanente <strong>com</strong>bate. Nós<<strong>br</strong> />
temos plena consciência so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
o papel da condição feminina<<strong>br</strong> />
na sociedade, principalmente<<strong>br</strong> />
onde as tradições culturais induzem<<strong>br</strong> />
ao errático conceito da<<strong>br</strong> />
desigualdade dos gêneros.<<strong>br</strong> />
É chegado o tempo de privilegiarmos<<strong>br</strong> />
a opção pela liderança<<strong>br</strong> />
e assunção de postos dentro<<strong>br</strong> />
das nossas múltiplas tarefas.<<strong>br</strong> />
A efetiva participação da mulher<<strong>br</strong> />
, especialmente das mulheres<<strong>br</strong> />
das carreiras jurídicas , em todos<<strong>br</strong> />
os segmentos da sociedade é a<<strong>br</strong> />
forma de protagonizar mudanças<<strong>br</strong> />
nas relações de poder, no<<strong>br</strong> />
mercado de trabalho, nos valores<<strong>br</strong> />
culturais, nos padrões <strong>com</strong>portamentais.<<strong>br</strong> />
Os espaços conquistados<<strong>br</strong> />
resultam do esforço próprio,<<strong>br</strong> />
não de concessões.<<strong>br</strong> />
É nossa atitude profissional<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o advogadas, magistradas,<<strong>br</strong> />
procuradoras ou em qualquer<<strong>br</strong> />
outro ramo do Direito que se<<strong>br</strong> />
encarrega, afinal, de que<strong>br</strong>ar<<strong>br</strong> />
barreiras, desafiar convenções,<<strong>br</strong> />
diminuir diferenças, extinguir<<strong>br</strong> />
preconceitos e <strong>com</strong>bater discriminações,<<strong>br</strong> />
que nos colocará nos<<strong>br</strong> />
cargos que queremos almejar .<<strong>br</strong> />
Não há espaço para a idéia retrógrada<<strong>br</strong> />
de que somos cidadãs<<strong>br</strong> />
de segunda classe. Nunca fomos<<strong>br</strong> />
e nunca seremos.<<strong>br</strong> />
Parabéns às mulheres! Muito<<strong>br</strong> />
O<strong>br</strong>igada!
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
7
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
MULHERES<<strong>br</strong> />
Com a palavra,<<strong>br</strong> />
As mulheres<<strong>br</strong> />
“Estamos avançando enquanto<<strong>br</strong> />
mulheres em cargos dos poderes<<strong>br</strong> />
Executivo, Legislativo e Judiciário<<strong>br</strong> />
e também <strong>com</strong>o empreendedoras,<<strong>br</strong> />
mulheres que estão despontando<<strong>br</strong> />
a nível <strong>com</strong>ercial, empresarial.<<strong>br</strong> />
A mulher, por instinto, já<<strong>br</strong> />
tem uma forma de atuar aliada<<strong>br</strong> />
ao bom senso, à conciliação, ao<<strong>br</strong> />
ouvir, a ter uma tolerância. Então,<<strong>br</strong> />
a mulher está desenvolvendo<<strong>br</strong> />
seu trabalho diante a sociedade<<strong>br</strong> />
de uma forma muito saudável e<<strong>br</strong> />
salutar, mais ainda não podemos<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>emorar muito, ainda temos<<strong>br</strong> />
muito o que aprender e integrar<<strong>br</strong> />
vários setores que existem no<<strong>br</strong> />
mercado”.<<strong>br</strong> />
Ângela Parreira de Oliveira<<strong>br</strong> />
Botelho<<strong>br</strong> />
Diretora-vice-presidente<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />
“As mulheres estão ocupando<<strong>br</strong> />
lugares de destaque, pois têm<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>petência para assumi-los”.<<strong>br</strong> />
Fernanda Dayrell de Souza<<strong>br</strong> />
Duarte e C. Martins<<strong>br</strong> />
Secretária-geral <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />
“A mulher conquista espaço por<<strong>br</strong> />
buscar seus objetivos. O espaço<<strong>br</strong> />
que ela conquistou e o faz até<<strong>br</strong> />
hoje não foi tomado do homem,<<strong>br</strong> />
o que sempre houve foi<<strong>br</strong> />
persistência, foco e a dedicação<<strong>br</strong> />
características do sexo feminino<<strong>br</strong> />
para vencer obstáculos”.<<strong>br</strong> />
Magna Carrijo Pereira<<strong>br</strong> />
Secretária-geral-adjunta<<strong>br</strong> />
Fotos Edu Marques<<strong>br</strong> />
“Os desafios são grandes, mas<<strong>br</strong> />
igualmente estimulantes. Quando<<strong>br</strong> />
o mercado era pouco sensível<<strong>br</strong> />
à presença feminina, nós fomos<<strong>br</strong> />
lá e mostramos talento, mais<<strong>br</strong> />
que isso, nos sentimos muito à<<strong>br</strong> />
vontade para mostrar a dosagem<<strong>br</strong> />
certa de força e delicadeza. Hoje<<strong>br</strong> />
nossa presença no mercado além<<strong>br</strong> />
de muito expressiva, é cada vez<<strong>br</strong> />
mais exigida. Ótimo! Uma mulher<<strong>br</strong> />
sabe o quanto é bom ‘fazer por<<strong>br</strong> />
merecer’. Assim, vamos seguindo<<strong>br</strong> />
e fazendo seguidores e, porque<<strong>br</strong> />
não,admiradores!”<<strong>br</strong> />
Marley M. Campos<<strong>br</strong> />
Gerente Trade Marketing Martins<<strong>br</strong> />
Com.Serv.Distrib. S/A e Professora<<strong>br</strong> />
Pós Graduação Fundação<<strong>br</strong> />
Gentulio Vargas
“A mulher moderna rompe desafios.<<strong>br</strong> />
É formadora de opinião, é chefe de<<strong>br</strong> />
família, é líder nas empresas, é empreendedora,<<strong>br</strong> />
é Presidente, e ainda assim,<<strong>br</strong> />
não deixa de ser mulher. É guerreira<<strong>br</strong> />
que sabe o que quer, sem perder a sensibilidade.<<strong>br</strong> />
Penso que o maior desafio<<strong>br</strong> />
da mulher moderna seja lidar <strong>com</strong> suas<<strong>br</strong> />
sensibilidades e sentimentos, a preocupação<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> os filhos, a perspectiva<<strong>br</strong> />
de um novo amor, sem perder a dureza<<strong>br</strong> />
que a vida lhe exige e ainda manter a<<strong>br</strong> />
doçura feminina. Sou de uma família<<strong>br</strong> />
de sete irmãos, sendo que, separada<<strong>br</strong> />
e aos 30 anos de idade, minha mãe,<<strong>br</strong> />
para nos sustentar, foi o<strong>br</strong>igada a ir<<strong>br</strong> />
trabalhar no Rio de Janeiro, deixando<<strong>br</strong> />
os filhos sob os cuidados de minha avó<<strong>br</strong> />
materna. Ainda assim, distante, minha<<strong>br</strong> />
mãe, guerreira, conseguiu educar os<<strong>br</strong> />
filhos, transmitindo todos os valores,<<strong>br</strong> />
resultando assim, em pessoas de bem e<<strong>br</strong> />
trabalhadores, que somos hoje. Minha<<strong>br</strong> />
família é a de maior número de negros<<strong>br</strong> />
de Uberlândia, <strong>com</strong> mais de 462 pessoas,<<strong>br</strong> />
e tanto eu <strong>com</strong>o as mulheres da família<<strong>br</strong> />
transmitimos pela oralidade nossa<<strong>br</strong> />
história e nossa cultura às crianças.<<strong>br</strong> />
Faço meu papel <strong>com</strong>o mulher honesta,<<strong>br</strong> />
trabalhadora, <strong>com</strong>panheira, amiga e<<strong>br</strong> />
de princípios. Mantemos a cultura da<<strong>br</strong> />
família Chatão e a cultura negra em<<strong>br</strong> />
Uberlândia. Oferecemos lanche para o<<strong>br</strong> />
congado <strong>com</strong> doações de amigos, festa<<strong>br</strong> />
para as crianças. Tenho orgulho de fazer<<strong>br</strong> />
tudo isso e de ser MULHER”.<<strong>br</strong> />
Rosana Cristina Couto (Neném)<<strong>br</strong> />
Mem<strong>br</strong>o da Família Chatão: Fundadora<<strong>br</strong> />
e Tesoureira da Escola de Samba Unidos<<strong>br</strong> />
do Chatão<<strong>br</strong> />
Kerley Pita<<strong>br</strong> />
“As dificuldades da mulher<<strong>br</strong> />
atual estão na conciliação da<<strong>br</strong> />
vida profissional <strong>com</strong> a familiar,<<strong>br</strong> />
uma vez que o nosso país<<strong>br</strong> />
ainda não possui a cultura de<<strong>br</strong> />
aproximar as duas coisas, disponibilizando<<strong>br</strong> />
no mercado de<<strong>br</strong> />
trabalho condições para isto.<<strong>br</strong> />
Para alcançar sucesso adoto<<strong>br</strong> />
e acredito que neste ensinamento<<strong>br</strong> />
de Albert Einsten:<<strong>br</strong> />
“O sucesso só vem antes do<<strong>br</strong> />
trabalho no dicionário”, ou<<strong>br</strong> />
seja, é lutando e trabalhando<<strong>br</strong> />
que o sucesso vem”.<<strong>br</strong> />
Julice Rodrigues<<strong>br</strong> />
Advogada e professora da<<strong>br</strong> />
UFU<<strong>br</strong> />
“A conquista da mulher nesta<<strong>br</strong> />
época belíssima, pois até então<<strong>br</strong> />
a mulher era discriminada,<<strong>br</strong> />
hoje não, ela está equiparada<<strong>br</strong> />
ao homem”.<<strong>br</strong> />
Iolanda Velasco de Andrade<<strong>br</strong> />
Assessora especial da presidência<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />
“Vejo que houve um avanço<<strong>br</strong> />
muito grande no mercado<<strong>br</strong> />
de trabalho para a mulher,<<strong>br</strong> />
hoje nós temos mulheres<<strong>br</strong> />
nos altos postos tanto do<<strong>br</strong> />
executivo, do legislativo e do<<strong>br</strong> />
judiciário, então as mulheres<<strong>br</strong> />
avançaram muito se <strong>com</strong>pararmos<<strong>br</strong> />
a anos anteriores.<<strong>br</strong> />
Vejo que a mulher está lutando<<strong>br</strong> />
pelo espaço dela, não<<strong>br</strong> />
quer ocupar espaço que é do<<strong>br</strong> />
homem, porque tem sim espaço<<strong>br</strong> />
para a mulher. Antigamente,<<strong>br</strong> />
falava que tal tarefa<<strong>br</strong> />
era do homem, hoje não,<<strong>br</strong> />
hoje a mulher está na construção<<strong>br</strong> />
civil, está em todos os<<strong>br</strong> />
órgãos. Mas ainda há muito<<strong>br</strong> />
a ser feito. Na delegacia<<strong>br</strong> />
estamos trabalhando contra<<strong>br</strong> />
a violência à mulher, muitas<<strong>br</strong> />
vezes tem homem que não<<strong>br</strong> />
está entendendo esse avanço<<strong>br</strong> />
da mulher e parte para<<strong>br</strong> />
agressão, as vezes não é uma<<strong>br</strong> />
agressão física, mas é uma<<strong>br</strong> />
agressão velada, mexer <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
o sentimento, tentar desmotivá-la,<<strong>br</strong> />
então a preocupação<<strong>br</strong> />
da delegacia não é só <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
violência física, mas <strong>com</strong> uma<<strong>br</strong> />
violência moral, por isso ela<<strong>br</strong> />
deve mostrar que o homem<<strong>br</strong> />
também é importante, tem<<strong>br</strong> />
o seu papel e ela também o<<strong>br</strong> />
papel dela, os dois têm que<<strong>br</strong> />
trabalhar em conjunto”.<<strong>br</strong> />
Márcia Regina Pussoli<<strong>br</strong> />
Delegada Regional de Polícia<<strong>br</strong> />
Civil de Uberlândia<<strong>br</strong> />
Kerley Pita<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
9
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
MULHERES<<strong>br</strong> />
“A maior dificuldade é a mulher<<strong>br</strong> />
ter o mesmo salário que o homem,<<strong>br</strong> />
quando ocupam o mesmo<<strong>br</strong> />
cargo, portanto para alcançar<<strong>br</strong> />
o sucesso é necessário estudar<<strong>br</strong> />
muito, pois a diferença é apenas<<strong>br</strong> />
de sexo, o que não diminui em<<strong>br</strong> />
nada a capacidade da mulher”.<<strong>br</strong> />
Rosângela Souza Siqueira<<strong>br</strong> />
Advogada<<strong>br</strong> />
“Segundo o Relatório Anual da<<strong>br</strong> />
Organização <strong>In</strong>ternacional do<<strong>br</strong> />
Trabalho que trata da Igualdade<<strong>br</strong> />
no Trabalho, é necessário que a<<strong>br</strong> />
mulher lute para ser remunerada<<strong>br</strong> />
de forma digna e <strong>com</strong>patível<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a qualidade de ser mão-<<strong>br</strong> />
-de-o<strong>br</strong>a. Muitas mulheres são<<strong>br</strong> />
altamente qualificadas, mas são<<strong>br</strong> />
remuneradas de forma inadequada,<<strong>br</strong> />
sem se falar no acúmulo<<strong>br</strong> />
das atividades <strong>com</strong>o mãe, esposa<<strong>br</strong> />
e profissional”.<<strong>br</strong> />
Viviane Martins Parreira<<strong>br</strong> />
Advogada<<strong>br</strong> />
Fotos Edu Marques<<strong>br</strong> />
A nova mulher dedica-se integralmente<<strong>br</strong> />
à ascensão profissional,<<strong>br</strong> />
mas a maternidade, o<<strong>br</strong> />
casamento e sexo são ainda<<strong>br</strong> />
questões centrais em sua vida.<<strong>br</strong> />
Ela deseja e precisa de relacionamentos<<strong>br</strong> />
estáveis, segurança<<strong>br</strong> />
financeira e reconhecimento<<strong>br</strong> />
profissional. Cada vez mais a<<strong>br</strong> />
mulher tem conseguido encontrar<<strong>br</strong> />
um equilí<strong>br</strong>io, e juntamente<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> este tem-se a liberdade<<strong>br</strong> />
de escolha. Somente <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
garantia destes aspectos é que<<strong>br</strong> />
a mulher consegue o sucesso<<strong>br</strong> />
em qualquer área que ela quiser<<strong>br</strong> />
atuar. A mulher atual tem o<<strong>br</strong> />
direito de escolher se quer ser<<strong>br</strong> />
apenas mãe, somente profissional<<strong>br</strong> />
ou simplesmente mulher.<<strong>br</strong> />
O mundo já está aprendendo a<<strong>br</strong> />
respeitar, ainda <strong>com</strong> um pouco<<strong>br</strong> />
de pressão, a sua opção. Mas<<strong>br</strong> />
o mais importante da disputa<<strong>br</strong> />
entre os sexos é entender que<<strong>br</strong> />
homens e mulheres jamais serão<<strong>br</strong> />
iguais. E não falo somente<<strong>br</strong> />
das diferenças biológicas, mas<<strong>br</strong> />
de <strong>com</strong>portamento, maneiras<<strong>br</strong> />
de pensar, de hábitos culturais<<strong>br</strong> />
e várias outras formas de expressão<<strong>br</strong> />
e decisão. Ao invés do<<strong>br</strong> />
embate eterno entre homens e<<strong>br</strong> />
mulheres, ambos deveriam unir<<strong>br</strong> />
suas energias em nome de uma<<strong>br</strong> />
vida melhor.<<strong>br</strong> />
Rosalina Vilela<<strong>br</strong> />
Empresária<<strong>br</strong> />
“Vejo que ainda a diferença<<strong>br</strong> />
salarial, onde o homem possui<<strong>br</strong> />
melhor remuneração seja a<<strong>br</strong> />
grande dificuldade da mulher<<strong>br</strong> />
atual. Para alcançar o sucesso é<<strong>br</strong> />
necessário dedicação, esforço e<<strong>br</strong> />
determinação”.<<strong>br</strong> />
Soraya Ramos Fantin<<strong>br</strong> />
Advogada<<strong>br</strong> />
“A maior dificuldade da mulher<<strong>br</strong> />
atual é que ela necessita ser<<strong>br</strong> />
polivalente, pois, além de ser<<strong>br</strong> />
mãe, esposa, dona de casa, necessita<<strong>br</strong> />
trabalhar para contribuir<<strong>br</strong> />
na renda familiar. É, em todas<<strong>br</strong> />
estas circunstâncias, precisa ser<<strong>br</strong> />
eficiente, dedicada, <strong>com</strong>petitiva e<<strong>br</strong> />
amável, mostrando assim a força<<strong>br</strong> />
e a importância da mulher na<<strong>br</strong> />
sociedade”.<<strong>br</strong> />
Vilma Aparecida Rosa<<strong>br</strong> />
Advogada e graduada em Estudos<<strong>br</strong> />
Sociais e Geografia
As novas mulheres desejam relacionamentos<<strong>br</strong> />
estáveis, segurança<<strong>br</strong> />
financeira e reconhecimento<<strong>br</strong> />
profissional. Atualmente, as<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>asileiras se dedicam bastante à<<strong>br</strong> />
ascensão de suas carreiras. Contudo<<strong>br</strong> />
temas <strong>com</strong>o maternidade,<<strong>br</strong> />
casamento e sexo são questões<<strong>br</strong> />
centrais em suas vidas. Os grandes<<strong>br</strong> />
desafios das mulheres no<<strong>br</strong> />
mundo atual não estão somente<<strong>br</strong> />
no reconhecimento de sua<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>petência e inteligência, mas<<strong>br</strong> />
também na feminilidade e na<<strong>br</strong> />
atratividade. Esta é uma situação<<strong>br</strong> />
nova, pois por muito tempo se<<strong>br</strong> />
atribuiu às bonitas certa fertilidade<<strong>br</strong> />
e às descuidadas, uma mente<<strong>br</strong> />
privilegiada. Essas são as novas<<strong>br</strong> />
mulheres, mais seguras na vida<<strong>br</strong> />
profissional e repletas de dúvidas<<strong>br</strong> />
no campo sentimental.<<strong>br</strong> />
Mônica Debs<<strong>br</strong> />
Secretária de Cultura - PMU<<strong>br</strong> />
“As maiores dificuldades que<<strong>br</strong> />
a mulher enfrenta hoje é o<<strong>br</strong> />
preconceito, que está enraizado<<strong>br</strong> />
de longas décadas, e nós<<strong>br</strong> />
precisamos erradicá-lo. Ao<<strong>br</strong> />
meu ver, a mulher ao longo<<strong>br</strong> />
dos tempos vem conquistando<<strong>br</strong> />
novos espaços e isso tornou uma<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>ecarga para as mulheres.<<strong>br</strong> />
São vários os estereótipos que a<<strong>br</strong> />
mulher moderna desempenha:<<strong>br</strong> />
profissional, mãe, esposa, filha,<<strong>br</strong> />
dona de casa e amiga. A mulher<<strong>br</strong> />
tem que ser determinada, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
se mirasse um ponto no universo<<strong>br</strong> />
e o seguisse em linha reta, pois<<strong>br</strong> />
se observar as forças contrárias<<strong>br</strong> />
você desiste, o fraquejar é muito<<strong>br</strong> />
fácil, nós mulheres precisamos<<strong>br</strong> />
da persistência sempre”.<<strong>br</strong> />
Selma Aparecida Santos<<strong>br</strong> />
Presidente da <strong>com</strong>issão <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
Mulher<<strong>br</strong> />
“A mulher moderna tem dificuldade<<strong>br</strong> />
em conciliar horários de forma<<strong>br</strong> />
atender bem seus intentos. Todavia<<strong>br</strong> />
acredito que <strong>com</strong> organização<<strong>br</strong> />
“foco certo” e determinação tudo<<strong>br</strong> />
é possível.Sucesso só se alcança<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> trabalho forte, feito <strong>com</strong> amor<<strong>br</strong> />
e primando por excelência. Mulher<<strong>br</strong> />
determinada e fazendo o que gosta<<strong>br</strong> />
é igual a mulher feliz e realizada”.<<strong>br</strong> />
Luciana Dias Junqueira Drummond<<strong>br</strong> />
Martins da Costa | Advogada<<strong>br</strong> />
“A dificuldade está na concorrência<<strong>br</strong> />
do mercado visto que cada dia<<strong>br</strong> />
nós mulheres temos que, além de<<strong>br</strong> />
advogar tem que cuidar da casa e<<strong>br</strong> />
da sua respectiva família. Assim, a<<strong>br</strong> />
concorrência do mercado a cada<<strong>br</strong> />
momento cresce e a globalização<<strong>br</strong> />
dificulta um pouco no sucesso da<<strong>br</strong> />
mulher advogada”.<<strong>br</strong> />
Renata Maria Grangoto Parra<<strong>br</strong> />
Advogada<<strong>br</strong> />
“Embora seja oferecidas às<<strong>br</strong> />
mulheres as oportunidades de<<strong>br</strong> />
trabalho e possibilidades de conhecimentos<<strong>br</strong> />
através do ensino<<strong>br</strong> />
superior, ainda assim a tarefa de<<strong>br</strong> />
educar os filhos fica a carga do<<strong>br</strong> />
mulher, que tem que estar atenta<<strong>br</strong> />
às mudanças e conduta de valores<<strong>br</strong> />
a que estão sujeitas”.<<strong>br</strong> />
Ângela Santana de Albuquerque<<strong>br</strong> />
Advogada e mãe<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
11
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
12<<strong>br</strong> />
MULHERES<<strong>br</strong> />
Exclusiva<<strong>br</strong> />
Juliana Santos Machado, delegada<<strong>br</strong> />
de Repressão de Crimes Contra a Mulher<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
"Quais os desafios da mulher<<strong>br</strong> />
atual"?<<strong>br</strong> />
Já está ultrapassada a ideia de<<strong>br</strong> />
que o desafio de toda mulher era<<strong>br</strong> />
cuidar da casa, do marido e dos<<strong>br</strong> />
filhos. A mulher atual deseja ser<<strong>br</strong> />
muito mais que uma boa esposa<<strong>br</strong> />
e uma boa mãe, ela quer se destacar<<strong>br</strong> />
no meio profissional, político<<strong>br</strong> />
e social, bem <strong>com</strong>o expor suas<<strong>br</strong> />
ideias e posicionamentos. A mulher<<strong>br</strong> />
quer ser respeitada e ter seu<<strong>br</strong> />
valor reconhecido, mostrando-se<<strong>br</strong> />
tão capaz de cumprir as funções<<strong>br</strong> />
trabalhistas quanto qualquer homem.<<strong>br</strong> />
Este é o grande da mulher<<strong>br</strong> />
desafio numa sociedade culturalmente<<strong>br</strong> />
machista.<<strong>br</strong> />
Ela quer desempenhar suas<<strong>br</strong> />
tarefas sem perder a independência<<strong>br</strong> />
e a feminilidade, garantindo a<<strong>br</strong> />
satisfação pessoal, a auto-estima<<strong>br</strong> />
e a boa aparência.<<strong>br</strong> />
Uberlândia é uma cidade<<strong>br</strong> />
que está atenta à defesa da mu-<<strong>br</strong> />
lher, ou deixa a desejar em campanhas,<<strong>br</strong> />
informações e assistência.<<strong>br</strong> />
Explique.<<strong>br</strong> />
A cidade está mais atenta à<<strong>br</strong> />
questão e os órgãos de proteção<<strong>br</strong> />
à mulher estão cada vez mais atuantes.<<strong>br</strong> />
No entanto, no meu entendimento,<<strong>br</strong> />
mais campanhas e mais<<strong>br</strong> />
programas deveriam ser feitas em<<strong>br</strong> />
prol da assistência à Mulher. Embora<<strong>br</strong> />
a Lei seja bastante divulgada<<strong>br</strong> />
na imprensa, ações diretas e específicas<<strong>br</strong> />
seriam necessárias para<<strong>br</strong> />
acolher também aquelas mulhe-
es que estão se recuperando<<strong>br</strong> />
das agressões. Nesse sentido, é<<strong>br</strong> />
muito importante e necessária a<<strong>br</strong> />
participação do Governo, principalmente<<strong>br</strong> />
o Estadual, subsidiando,<<strong>br</strong> />
estruturando e possibilitando a<<strong>br</strong> />
realização deste tipo de ação.<<strong>br</strong> />
Como as mulheres podem e<<strong>br</strong> />
devem se proteger?<<strong>br</strong> />
As mulheres devem proteger-<<strong>br</strong> />
-se principalmente conhecendo<<strong>br</strong> />
seus direitos e seu valor na sociedade.<<strong>br</strong> />
A partir do momento em<<strong>br</strong> />
que a mulher estiver consciente<<strong>br</strong> />
de seus direitos e de sua importância,<<strong>br</strong> />
ela sairá do ambiente de<<strong>br</strong> />
violência e seguirá a vida de maneira<<strong>br</strong> />
independente. Além disso, é<<strong>br</strong> />
necessária a profissionalização da<<strong>br</strong> />
mulher, que muitas vezes continua<<strong>br</strong> />
submetendo-se às agressões,<<strong>br</strong> />
por não ter condições financeiras<<strong>br</strong> />
para sustentar a casa e os filhos.<<strong>br</strong> />
Também é muito importante trabalhar<<strong>br</strong> />
a auto-estima da mulher,<<strong>br</strong> />
que fica demasiadamente prejudicada<<strong>br</strong> />
quando vive num ambiente<<strong>br</strong> />
doméstico de violência,<<strong>br</strong> />
pois sofre constante humilhação<<strong>br</strong> />
do parceiro agressor. São anos de<<strong>br</strong> />
violência física, moral, psicológica<<strong>br</strong> />
e até sexual.<<strong>br</strong> />
Quais os principais motivos<<strong>br</strong> />
para a ocorrência de violência<<strong>br</strong> />
contra as mulheres?<<strong>br</strong> />
Na maioria dos casos é uma<<strong>br</strong> />
questão cultural e de "machismo".<<strong>br</strong> />
O agressor cresce num ambiente<<strong>br</strong> />
de violência e acha que tem direito<<strong>br</strong> />
de agredir e hostilizar suas<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>panheiras. O <strong>com</strong>portamento<<strong>br</strong> />
agressivo ainda é agravado<<strong>br</strong> />
pelo uso de bebidas alcoólicas<<strong>br</strong> />
e drogas. Por outro lado, muitas<<strong>br</strong> />
mulheres submetem-se e aceitam<<strong>br</strong> />
a violência por muito tempo,<<strong>br</strong> />
pois são dependentes econômica<<strong>br</strong> />
e emocionalmente do agressor,<<strong>br</strong> />
além da vergonha de assumir o<<strong>br</strong> />
fato perante a sociedade.<<strong>br</strong> />
O Brasil tem caminhado positivamente<<strong>br</strong> />
no <strong>com</strong>bate a esse<<strong>br</strong> />
tipo de violência?<<strong>br</strong> />
Com certeza o Brasil está caminhando<<strong>br</strong> />
de forma positiva. A en-<<strong>br</strong> />
trada em vigor da Lei 11340/06 e<<strong>br</strong> />
o novo posicionamento do STF demonstram<<strong>br</strong> />
o grande avanço na proteção<<strong>br</strong> />
à mulher. Embora a lei ainda<<strong>br</strong> />
não seja aplicada em sua integralidade,<<strong>br</strong> />
percebemos um avanço<<strong>br</strong> />
gradual e constante, fazendo <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
que a proteção da mulher seja ampliada.<<strong>br</strong> />
A implementação dos Juizados<<strong>br</strong> />
Especializados de Violência<<strong>br</strong> />
Doméstica em todas as Comarcas<<strong>br</strong> />
ainda é um desafio a ser enfrentado<<strong>br</strong> />
pela Polícia.<<strong>br</strong> />
Na sua opinão, <strong>com</strong>o a <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
pode atuar para contribuir <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
uma realidade melhor dentro<<strong>br</strong> />
da questão de violência doméstica<<strong>br</strong> />
e contra a mulher?<<strong>br</strong> />
Acredito que a <strong>OAB</strong> pode<<strong>br</strong> />
contribuir bastante conosco,<<strong>br</strong> />
promovendo uma maior divulgação<<strong>br</strong> />
e esclarecimento da Lei<<strong>br</strong> />
Maria da Penha para a sociedade,<<strong>br</strong> />
auxiliando as mulheres a estarem<<strong>br</strong> />
cientes dos seus direitos<<strong>br</strong> />
e os mecanismos de proteção<<strong>br</strong> />
existentes para sair da situação<<strong>br</strong> />
de violência.<<strong>br</strong> />
Tabela dos procedimentos instaurados nesta Delegacia nos últimos três anos<<strong>br</strong> />
2009<<strong>br</strong> />
Jan Fev Mar A<strong>br</strong> Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez<<strong>br</strong> />
Portaria 35 14 51 36 18 32 31 17 35 29 25 24<<strong>br</strong> />
Flagrante 23 17 11 15 17 14 23 13 20 21 07 19<<strong>br</strong> />
2010<<strong>br</strong> />
Jan Fev Mar A<strong>br</strong> Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez<<strong>br</strong> />
Portaria 21 30 34 40 30 22 42 34 22 13 31 42<<strong>br</strong> />
Flagrante 23 19 30 14 22 20 14 14 23 12 30 25<<strong>br</strong> />
2011<<strong>br</strong> />
Jan Fev Mar A<strong>br</strong> Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 01/12<<strong>br</strong> />
Portaria 32 34 51 37 27 24 21 27 25 21 28 27 27<<strong>br</strong> />
Flagrante 19 24 16 18 13 10 12 23 13 12 25 16 18<<strong>br</strong> />
Fonte: Delegacia de Repressão de Crimes Contra a Mulher<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
13
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
14<<strong>br</strong> />
MULHERES<<strong>br</strong> />
Exclusiva<<strong>br</strong> />
Daniela Cristina Pedrosa<<strong>br</strong> />
Bittencourt Martinez<<strong>br</strong> />
PROMOTORA DE JUSTIÇA, COM ATRIBUIÇÕES PERANTE A<<strong>br</strong> />
2ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE UBERLÂNDIA.<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
Como você percebe a mulher<<strong>br</strong> />
atual? (Desafios e avanços)<<strong>br</strong> />
Conforme a evolução do tempo,<<strong>br</strong> />
a mulher tem usufruído dos<<strong>br</strong> />
avanços da igualdade substancial<<strong>br</strong> />
de tratamento, realçados <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
Constituição Federal, de 1988. A<<strong>br</strong> />
Carta Constitucional em vigor, ao<<strong>br</strong> />
igualar o homem e a mulher no<<strong>br</strong> />
que tange a direitos e deveres,<<strong>br</strong> />
permitiu que a última, em um<<strong>br</strong> />
ambiente de igualdade de oportunidades,<<strong>br</strong> />
vencesse seus desafios,<<strong>br</strong> />
suas metas pessoais e profissionais,<<strong>br</strong> />
apesar dos preconceitos<<strong>br</strong> />
sociais arraigados. O benefício<<strong>br</strong> />
primordial concedido à mulher,<<strong>br</strong> />
nas últimas décadas, portanto,<<strong>br</strong> />
em minha opinião, é exatamente<<strong>br</strong> />
a concessão de igualdade de<<strong>br</strong> />
oportunidades, na medida em<<strong>br</strong> />
que esta, por si só, não assegura<<strong>br</strong> />
a autonomia e a dignidade da<<strong>br</strong> />
mulher. É diante de uma oportunidade<<strong>br</strong> />
concreta que a mulher<<strong>br</strong> />
pode demonstrar seu talento e<<strong>br</strong> />
sua capacidade, para, a partir daí,<<strong>br</strong> />
gozar dos direitos pertinentes. A<<strong>br</strong> />
sociedade atual exige da mulher<<strong>br</strong> />
o seu <strong>com</strong>prometimento social,<<strong>br</strong> />
profissional, porque é um direito<<strong>br</strong> />
dela também a responsabilidade<<strong>br</strong> />
pela manutenção da familia, pelo<<strong>br</strong> />
pagamento de impostos, pelo<<strong>br</strong> />
custeio do lar, pela criação dos<<strong>br</strong> />
filhos, etc, tanto quanto era exclusivamente<<strong>br</strong> />
dos homens décadas<<strong>br</strong> />
atrás, Para tanto, as mulheres devem<<strong>br</strong> />
aproveitar as oportunidades<<strong>br</strong> />
que lhes são concedidas ao longo<<strong>br</strong> />
da vida, para se tornarem produtivas,<<strong>br</strong> />
e, <strong>com</strong> isso, autônomas. Hoje<<strong>br</strong> />
observo a mulher <strong>com</strong>o cidadã<<strong>br</strong> />
produtiva igualmente ao homem,<<strong>br</strong> />
razão pela qual me parece pouco<<strong>br</strong> />
crível que ainda possa existir<<strong>br</strong> />
diferenças salariais, sociais etc.<<strong>br</strong> />
O grande desafio a ser vencido<<strong>br</strong> />
pelas mulheres talvez seja este: a<<strong>br</strong> />
diferença salarial, porque quanto<<strong>br</strong> />
aos demais, podem ser facilmente<<strong>br</strong> />
vencidos, inclusive pela via judicial,<<strong>br</strong> />
se for o caso, em face do<<strong>br</strong> />
que dispõe o artigo 5º da CF.<<strong>br</strong> />
O que você pensa so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />
mulheres que seguem carreira<<strong>br</strong> />
jurídica?<<strong>br</strong> />
As mulheres de carreira jurídica<<strong>br</strong> />
contribuem bastante para a<<strong>br</strong> />
prestação de serviços jurisdicionais,<<strong>br</strong> />
uma vez que trazem para as<<strong>br</strong> />
lides forenses a sensibilidade inerente<<strong>br</strong> />
a elas, por natureza, muitas<<strong>br</strong> />
vezes necessária à solução de<<strong>br</strong> />
conflitos. A mulher é mais afetiva<<strong>br</strong> />
e menos racional, o que em certas<<strong>br</strong> />
demandas, pode ser decisivo<<strong>br</strong> />
no sentido de assegurar a paz<<strong>br</strong> />
social e das partes envolvidas. Temos<<strong>br</strong> />
grandes nomes, a nível nacional,<<strong>br</strong> />
que podem exemplificar,<<strong>br</strong> />
tais <strong>com</strong>o Eliana Calmon, Nancy<<strong>br</strong> />
Andrighi, ambas ministras do<<strong>br</strong> />
STJ, <strong>com</strong>o também a ilustre ex-<<strong>br</strong> />
-desembargadora do TJRS, Maria<<strong>br</strong> />
Berenice Dias, dentre tantas.<<strong>br</strong> />
Em relação à sua vida particular<<strong>br</strong> />
e experiência, quais foram<<strong>br</strong> />
os seus maiores obstáculos pro-
fissionais e pessoais até hoje?<<strong>br</strong> />
Sinceramente, em minha vida<<strong>br</strong> />
particular, volto ao passado e não<<strong>br</strong> />
reconheço obstáculo relevante ou<<strong>br</strong> />
que mereça atenção. Enfim, meus<<strong>br</strong> />
pais me privilegiaram <strong>com</strong> boas<<strong>br</strong> />
escolas, <strong>com</strong> princípios éticos e<<strong>br</strong> />
morais, e sempre me direcionaram<<strong>br</strong> />
na busca de autonomia pessoal<<strong>br</strong> />
e profissional, seja no grupo<<strong>br</strong> />
escolar, seja no "ginásio" ou na faculdade,<<strong>br</strong> />
de modo que para mim,<<strong>br</strong> />
a escolha da profissão e o esforço<<strong>br</strong> />
para atingi-la sempre me pareceram<<strong>br</strong> />
eventos absolutamente<<strong>br</strong> />
naturais e indispensáveis ao meu<<strong>br</strong> />
desenvolvimento. Por isso é que<<strong>br</strong> />
na resposta 1, eu mencionei que<<strong>br</strong> />
à mulher deve, em primeiro lugar,<<strong>br</strong> />
ser oferecida a oportunidade,<<strong>br</strong> />
porque <strong>com</strong> esta, o resultado de<<strong>br</strong> />
sucesso não dependerá somente<<strong>br</strong> />
do seu esforço e da sua vontade,<<strong>br</strong> />
porque capacidade, <strong>com</strong> certeza,<<strong>br</strong> />
a mulher tem. Eu tive a oportunidade,<<strong>br</strong> />
aproveitei e hoje tenho<<strong>br</strong> />
a vida profissional/pessoal que<<strong>br</strong> />
escolhi. As mulheres precisam<<strong>br</strong> />
perceber que são elas as próprias<<strong>br</strong> />
responsáveis pelo seu sucesso,<<strong>br</strong> />
por suas escolhas e por sua vida.<<strong>br</strong> />
Na sua opinião, o que diferencia<<strong>br</strong> />
uma mulher no mercado?<<strong>br</strong> />
Embora acredite que profissionais<<strong>br</strong> />
de qualquer área devam<<strong>br</strong> />
ser analisados sem distinção de<<strong>br</strong> />
gênero, creio que a mulher contribui<<strong>br</strong> />
para o mercado de trabalho<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> sua inequívoca sensibilidade<<strong>br</strong> />
e inteligência emocional,<<strong>br</strong> />
bem <strong>com</strong>o <strong>com</strong> sua capacidade<<strong>br</strong> />
de realizar várias tarefas simultaneamente.<<strong>br</strong> />
Esta capacidade<<strong>br</strong> />
me parece ser inerente a elas,<<strong>br</strong> />
porque culturalmente são, além<<strong>br</strong> />
de profissionais, mães, esposas,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>panheiras, donas de casa,<<strong>br</strong> />
etc. Cora Coralina, <strong>com</strong> a sua<<strong>br</strong> />
conhecida sensibilidade já dizia:<<strong>br</strong> />
"Eu sou aquela mulher que fez a<<strong>br</strong> />
escalada da montanha da vida:<<strong>br</strong> />
removendo pedras e plantando<<strong>br</strong> />
flores". Esse é o nosso lema. A<<strong>br</strong> />
mulher tem no "plantio das flores"<<strong>br</strong> />
o seu diferencial.<<strong>br</strong> />
Uberlândia é uma cidade<<strong>br</strong> />
que oferece condições favoráveis<<strong>br</strong> />
para o crescimento profissional<<strong>br</strong> />
na carreira jurídica?<<strong>br</strong> />
Evidentemente. Em Uberlândia,<<strong>br</strong> />
temos um campo profícuo para o<<strong>br</strong> />
exercício das carreiras jurídicas, seja<<strong>br</strong> />
no âmbito acadêmico, seja <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
advogado, defensor, promotor ou<<strong>br</strong> />
magistrado. É uma cidade maravilhosa,<<strong>br</strong> />
da qual me orgulho de ter<<strong>br</strong> />
chegado em 2002, tido os meus<<strong>br</strong> />
filhos e construído meu lar. Uberlândia<<strong>br</strong> />
cresce a cada dia, o que<<strong>br</strong> />
significa o aumento do número de<<strong>br</strong> />
processos, porque o crescimento<<strong>br</strong> />
urbano infelizmente vem, na maioria<<strong>br</strong> />
das vezes, aliado as mazelas<<strong>br</strong> />
sociais indesejáveis, a exemplo do<<strong>br</strong> />
aumento da criminalidade.<<strong>br</strong> />
Você pensa que houve avanço<<strong>br</strong> />
nos direitos das mulheres?<<strong>br</strong> />
Elas estão mais instruídas?<<strong>br</strong> />
Sim. Houve indiscutível avanço.<<strong>br</strong> />
O avanço, em minha opinião,<<strong>br</strong> />
deu-se nas medidas legais que<<strong>br</strong> />
conferiram autonomia e igualdade.<<strong>br</strong> />
Os direitos e garantias<<strong>br</strong> />
fundamentais foram deferidos<<strong>br</strong> />
aos cidadãos, sem distinção de<<strong>br</strong> />
gênero. A Constituição Federal,<<strong>br</strong> />
ao preservar o papel da mulher,<<strong>br</strong> />
igualando-o ao do homem, contribuiu<<strong>br</strong> />
bastante para a realização<<strong>br</strong> />
substancial dos seus direitos<<strong>br</strong> />
fundamentais. Neste cenário<<strong>br</strong> />
atual sócio-político-constitucional,<<strong>br</strong> />
portanto, me in<strong>com</strong>oda<<strong>br</strong> />
muito perceber que algumas<<strong>br</strong> />
mulheres ainda insistem em desejar<<strong>br</strong> />
benefícios não extensivos<<strong>br</strong> />
aos homens, fundamentados na<<strong>br</strong> />
sua condição de mulher, simplesmente.<<strong>br</strong> />
Muitas de nossas<<strong>br</strong> />
Leis, por óbvio, são anteriores<<strong>br</strong> />
à Constituição Federal de 1988<<strong>br</strong> />
e colocavam, <strong>com</strong>o premissa, a<<strong>br</strong> />
mulher em condição de hipossuficiência,<<strong>br</strong> />
haja vista que o sistema<<strong>br</strong> />
da época assim o admitia.<<strong>br</strong> />
É o caso da Lei do Divórcio, que<<strong>br</strong> />
ainda prevê, embora inconstitucionalmente,<<strong>br</strong> />
a concessão de<<strong>br</strong> />
"alimentos ao cônjuge culpado”<<strong>br</strong> />
pelo fim do casamento. Em<<strong>br</strong> />
minha experiência profissional,<<strong>br</strong> />
nunca me deparei <strong>com</strong> pedido<<strong>br</strong> />
de qualquer homem solicitando<<strong>br</strong> />
alimentos da esposa em virtude<<strong>br</strong> />
de traição desta. Entretanto,<<strong>br</strong> />
infelizmente, isso ainda existe,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o se a mulher, em uma relação<<strong>br</strong> />
matrimonial, em pleno século<<strong>br</strong> />
XXI, ainda fosse tratada <strong>com</strong>o a cidadã<<strong>br</strong> />
menos favorecida ou menos<<strong>br</strong> />
instruída do que os homens. Não<<strong>br</strong> />
penso assim, pois é absolutamente<<strong>br</strong> />
claro que os avanços oferecidos<<strong>br</strong> />
às mulheres e a possibilidade de<<strong>br</strong> />
sua ampla instrução, em igualdade<<strong>br</strong> />
de condições, as oportunidades<<strong>br</strong> />
de profissionalização,<<strong>br</strong> />
trabalho, etc, não mais permitem<<strong>br</strong> />
a concessão de privilégios<<strong>br</strong> />
em virtude do gênero feminino.<<strong>br</strong> />
Acho incongruente que a mulher<<strong>br</strong> />
obtenha respeito aos seus<<strong>br</strong> />
direitos, oportunidades iguais,<<strong>br</strong> />
etc, quando ainda quer ser tratada,<<strong>br</strong> />
legal ou processualmente,<<strong>br</strong> />
de forma diferente, pelo simples<<strong>br</strong> />
fato de ser mulher. O respeito a<<strong>br</strong> />
esses direitos não se exige, se<<strong>br</strong> />
conquista <strong>com</strong> esforço, autonomia<<strong>br</strong> />
e dignidade. Finalizo a reflexão<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> uma frase de Simone<<strong>br</strong> />
de Beauvoir: ""É pelo trabalho<<strong>br</strong> />
que a mulher vem diminuindo a<<strong>br</strong> />
distância que a separava do homem,<<strong>br</strong> />
somente o trabalho poderá<<strong>br</strong> />
garantir-lhe uma independência<<strong>br</strong> />
concreta."<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
15
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
16<<strong>br</strong> />
MULHERES<<strong>br</strong> />
Advogadas das diversas <strong>com</strong>issões da <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />
Semana da Mulher<<strong>br</strong> />
é repleta de atividades<<strong>br</strong> />
PALESTRA COM MÁRCIA MELARÉ, DO CONSELHO FEDERAL DA <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
ABRIU OS EVENTOS REALIZADOS DO DIA 1° AO DIA 10 DE MARÇO EM<<strong>br</strong> />
REFERÊNCIA AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER<<strong>br</strong> />
Selma Santos, presidente da <strong>com</strong>issão <strong>OAB</strong> Mulher<<strong>br</strong> />
Márcia Melaré, Conselho Federal<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Uberlândia, juntamente <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> Mulher, realizou no mês de<<strong>br</strong> />
março diversas atividades relacionadas<<strong>br</strong> />
ao Dia <strong>In</strong>ternacional<<strong>br</strong> />
da Mulher. Os trabalhos <strong>com</strong>eçaram<<strong>br</strong> />
no dia 1° de março, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
uma ilustre palestra na Sede da<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> Uberlândia, ministrada pela<<strong>br</strong> />
secretária-geral-adjunta do Conselho<<strong>br</strong> />
Federal da <strong>OAB</strong>, Márcia Machado<<strong>br</strong> />
Melaré. O tema abordado<<strong>br</strong> />
era "Evolução da presença feminina<<strong>br</strong> />
nas carreiras jurídicas: conquistas<<strong>br</strong> />
e desafios".<<strong>br</strong> />
Durante a palestra, Melaré<<strong>br</strong> />
proporcionou aos presentes uma<<strong>br</strong> />
viagem pelo universo dos avanços<<strong>br</strong> />
alcançados pela mulher, mencionando<<strong>br</strong> />
diversos momentos históricos<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o a conquista do voto,<<strong>br</strong> />
direitos adquiridos, a ocupação<<strong>br</strong> />
em cargos importantes e, segun-<<strong>br</strong> />
Fotos Edu Marques<<strong>br</strong> />
do ela, é notável a tendência natural<<strong>br</strong> />
das mulheres dominarem os<<strong>br</strong> />
altos cargos.<<strong>br</strong> />
"Vejo que em pouco tempo o<<strong>br</strong> />
Poder Judiciário vai ser dominado<<strong>br</strong> />
pelo poder feminino, isso por conta<<strong>br</strong> />
do que se pode ver em sala de aula,<<strong>br</strong> />
hoje numa faculdade de Direito<<strong>br</strong> />
predominantemente quem ocupa<<strong>br</strong> />
as cadeiras são as mulheres, então<<strong>br</strong> />
vai ser uma evolução natural delas<<strong>br</strong> />
nos mais altos cargos, desde que a<<strong>br</strong> />
carreira não seja interrompida por<<strong>br</strong> />
obstáculos de falta de estrutura,<<strong>br</strong> />
pois a profissional tem que ter condição<<strong>br</strong> />
de ser mãe, mulher, sogra, tia,<<strong>br</strong> />
avó e profissional <strong>com</strong> todo o aparato<<strong>br</strong> />
que possibilite isso", afirmou<<strong>br</strong> />
Melaré.<<strong>br</strong> />
O vice-presidente da <strong>OAB</strong>/MG,<<strong>br</strong> />
Eliseu Marques de Oliveira, discursou<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e a mulher atual. "As mulheres<<strong>br</strong> />
têm mostrado uma condução<<strong>br</strong> />
da vida <strong>com</strong> clareza, firmeza e<<strong>br</strong> />
merecem todo sucesso e felicidade.
Agradeço a presença da dra. Márcia<<strong>br</strong> />
Melaré que nos honra <strong>com</strong> excelente<<strong>br</strong> />
palestra", disse.<<strong>br</strong> />
O presidente da <strong>OAB</strong> Uberlândia,<<strong>br</strong> />
Egmar Ferraz afirmou<<strong>br</strong> />
que 90% dos integrantes das<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>issões na subseção são mulheres,<<strong>br</strong> />
o que representa a força<<strong>br</strong> />
das mesmas no meio jurídico. A<<strong>br</strong> />
Subseção lançou uma campanha<<strong>br</strong> />
contra a violência à mulher. "A<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> não irá fechar os olhos para<<strong>br</strong> />
esta luta, que essa <strong>com</strong>emoração<<strong>br</strong> />
do Dia da Mulher possa vir <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
muita campanha e ativismo para<<strong>br</strong> />
termos igualdade entre homens<<strong>br</strong> />
e mulheres", conclui o presidente<<strong>br</strong> />
da 13ª Subseção.<<strong>br</strong> />
A presidente da <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> Mulher, Selma Aparecida<<strong>br</strong> />
dos Santos, justificou que estar<<strong>br</strong> />
à frente da Comissão é um desafio<<strong>br</strong> />
diário. "É importante buscar<<strong>br</strong> />
políticas públicas não só para as<<strong>br</strong> />
advogadas, mas também para as<<strong>br</strong> />
mulheres, por isso que nós temos<<strong>br</strong> />
todos esses trabalhos em prol da<<strong>br</strong> />
igualdade de gêneros. Temos que<<strong>br</strong> />
continuar trabalhando, e além de<<strong>br</strong> />
carregamos o peso de ser mãe,<<strong>br</strong> />
advogada, psicólogas dos nossos<<strong>br</strong> />
clientes, de cumprir agenda, precisamos<<strong>br</strong> />
também ser mulher, fa-<<strong>br</strong> />
zer o que gostamos e termos um<<strong>br</strong> />
tempo para nós”, afirmou.<<strong>br</strong> />
Compuseram a mesa:<<strong>br</strong> />
Dra. Ângela Botelho, diretora<<strong>br</strong> />
vice-presidente da <strong>OAB</strong> Uberlândia;<<strong>br</strong> />
Dra. Iolanda Velasco, assessora<<strong>br</strong> />
especial da presidência;<<strong>br</strong> />
Dra. Magna Carrijo, diretora secretária<<strong>br</strong> />
geral adjunta; Dra. Selma<<strong>br</strong> />
Aparecida dos Santos, presidente<<strong>br</strong> />
da <strong>com</strong>issão <strong>OAB</strong> Mulher; Dra.<<strong>br</strong> />
Luciana Dias, coordenadora da<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>issão em defesa dos direitos<<strong>br</strong> />
da criança, do adolescente e do<<strong>br</strong> />
idoso; Dra. Soraia Fantini, presidente<<strong>br</strong> />
da sub<strong>com</strong>issão de direito<<strong>br</strong> />
constitucional; Dra. Vera Lúcia<<strong>br</strong> />
Gomes, presidente da <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />
Igualdade Racial; Dra. Ana Maria<<strong>br</strong> />
Alves Ca<strong>br</strong>al, presidente da <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />
Direitos do Consumidor;<<strong>br</strong> />
Dra. Dulce Meire Mota, presidente<<strong>br</strong> />
da <strong>com</strong>issão de direito de família;<<strong>br</strong> />
Dra. Maria Luiza Assunção,<<strong>br</strong> />
juíza da 3ª Vara Cível de Uberlândia;<<strong>br</strong> />
Dra. Heloísa Paiva, coordenadora<<strong>br</strong> />
do curso de Direito da UFU;<<strong>br</strong> />
Sra. Zilma Ramalho, presidente<<strong>br</strong> />
da APAC e Sra. Marina Zlochizky,<<strong>br</strong> />
presidente da ONG SOS Mulher<<strong>br</strong> />
Família.<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
17
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
18<<strong>br</strong> />
MULHERES<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> Uberlândia <strong>com</strong>emora o dia 8 de março<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> delicioso café para as mulheres<<strong>br</strong> />
CONFRATERNIZAÇÃO REUNIU MULHERES<<strong>br</strong> />
NA JUSTIÇA DO TRABALHO E NO FÓRUM<<strong>br</strong> />
Café em homenagem às mulheres na Justiça do Trabalho<<strong>br</strong> />
Café em homenagem às mulheres no Fórum<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
Fotos Kerley Pita<<strong>br</strong> />
No Dia <strong>In</strong>ternacional da Mulher, <strong>com</strong>emorado<<strong>br</strong> />
no dia 8 de março, a Subseção da <strong>OAB</strong>,<<strong>br</strong> />
em Uberlândia, ofereceu café-da-manhã na<<strong>br</strong> />
Justiça do Trabalho e um café-da-tarde no estacionamento<<strong>br</strong> />
do Fórum, em parceria <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
Caixa de Assistência dos Advogados (CAA/MG),<<strong>br</strong> />
distribuindo kits bucais para as presentes, nos<<strong>br</strong> />
quais continha escova de dente, creme dental,<<strong>br</strong> />
fio dental e um coração emborrachado, usado<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o aparelho de exercício anti stress pelas<<strong>br</strong> />
mulheres.<<strong>br</strong> />
A Comissão <strong>OAB</strong> Mulher <strong>com</strong>pareceu e<<strong>br</strong> />
distribui uma cartilha informativa intitulada “A<<strong>br</strong> />
Defesa e a Proteção da Mulher”, elaborada pela<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>issão da <strong>OAB</strong>/MG, contendo os direitos das<<strong>br</strong> />
mulheres.<<strong>br</strong> />
A <strong>OAB</strong> Uberlândia realizou ainda uma campanha<<strong>br</strong> />
contra a violência às mulheres, <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
distribuição também de material informativo.
<strong>OAB</strong> Mulher participa do Dia<<strong>br</strong> />
da Mulher no Parque do Sabiá<<strong>br</strong> />
ADVOGADAS OFERECEM ORIENTAÇÃO JURÍDICA SOBRE OS<<strong>br</strong> />
DIREITOS, DEFESA E PROTEÇÃO DAS MULHERES<<strong>br</strong> />
As advogadas da <strong>OAB</strong> Uberlândia,<<strong>br</strong> />
por meio da <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> Mulher, participaram do<<strong>br</strong> />
Dia da Mulher, realizado no dia<<strong>br</strong> />
4 de março, no Parque do Sabiá.<<strong>br</strong> />
A <strong>com</strong>emoração em referência<<strong>br</strong> />
ao Dia <strong>In</strong>ternacional da Mulher<<strong>br</strong> />
teve diversas atrações musicais,<<strong>br</strong> />
serviços oferecidos pela Prefeitura<<strong>br</strong> />
Municipal de Uberlândia<<strong>br</strong> />
e por instituições parceiras, a<<strong>br</strong> />
exemplo da <strong>OAB</strong>, que ofereceu<<strong>br</strong> />
atendimento jurídico aos presentes<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e as áreas do Direito,<<strong>br</strong> />
principalmente so<strong>br</strong>e os direitos<<strong>br</strong> />
das mulheres.<<strong>br</strong> />
De acordo <strong>com</strong> a presidente<<strong>br</strong> />
da Comissão, Selma Aparecida<<strong>br</strong> />
dos Santos, a <strong>OAB</strong> acredita na<<strong>br</strong> />
importância de prestar um serviço<<strong>br</strong> />
informativo à sociedade. "A<<strong>br</strong> />
participação da <strong>OAB</strong> Mulher e<<strong>br</strong> />
dos advogados em eventos de<<strong>br</strong> />
cunho social é importantíssimo,<<strong>br</strong> />
ainda falta muita orientação e<<strong>br</strong> />
muito esclarecimento a respeito<<strong>br</strong> />
dos direitos e deveres do cidadão,<<strong>br</strong> />
destacando neste evento os<<strong>br</strong> />
direitos das mulheres", disse.<<strong>br</strong> />
No Dia da Mulher foram<<strong>br</strong> />
oferecidos, dentre outros serviços,<<strong>br</strong> />
aferição de pressão arterial,<<strong>br</strong> />
orientações so<strong>br</strong>e aleitamento<<strong>br</strong> />
materno, DST/Aids e dengue,<<strong>br</strong> />
exposição de trabalhos manuais,<<strong>br</strong> />
dicas de economia de energia,<<strong>br</strong> />
diretos e deveres do consumidor,<<strong>br</strong> />
serviços na área de beleza,<<strong>br</strong> />
informações so<strong>br</strong>e preservação<<strong>br</strong> />
ambiental e inscrições para cursos<<strong>br</strong> />
profissionalizantes oferecidos<<strong>br</strong> />
pelo Município.<<strong>br</strong> />
A mão amiga quando você precisa<<strong>br</strong> />
A <strong>OAB</strong>/MG e Caixa de Assistência dos Advogados estão ao lado dos inscritos em momentos<<strong>br</strong> />
importantes. A isenção de anuidade para advogadas parturientes, o seguro de acidentes e<<strong>br</strong> />
para portadores de doenças crônicas são importantes ações assistenciais da entidade.<<strong>br</strong> />
Ligue para 31 2125-6300<<strong>br</strong> />
e saiba mais!<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
19
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
20<<strong>br</strong> />
Fotos Divulgação<<strong>br</strong> />
MULHERES<<strong>br</strong> />
Diretoras da <strong>OAB</strong> Uberlândia participam da<<strong>br</strong> />
Conferência <strong>In</strong>ternacional de Advogadas e<<strong>br</strong> />
Mulheres de Carreiras Jurídicas<<strong>br</strong> />
EVENTO FEZ PARTE DAS COMEMORAÇÕES DOS 80 ANOS DA <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Por Kerley pita<<strong>br</strong> />
A I Conferência <strong>In</strong>ternacional<<strong>br</strong> />
de Advogadas e Mulheres de Carreiras<<strong>br</strong> />
Jurídicas, realizada nos dias<<strong>br</strong> />
7 e 8 de março, no Palácio das Artes,<<strong>br</strong> />
em Belo Horizonte, fez parte<<strong>br</strong> />
da <strong>com</strong>emoração dos 80 anos da<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> Minas Gerais. A diretoria da<<strong>br</strong> />
13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG participou<<strong>br</strong> />
do evento, contando <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
a presença da vice-presidente,<<strong>br</strong> />
Ângela Parreira de Oliveira Botelho;<<strong>br</strong> />
da secretária-geral, Fernanda<<strong>br</strong> />
Dayrell e da secretária-geral-adjunta,<<strong>br</strong> />
Magna Carrijo.<<strong>br</strong> />
A abertura oficial foi realizada<<strong>br</strong> />
pelo presidente da <strong>OAB</strong>/MG,<<strong>br</strong> />
Luís Cláudio Chaves, que em seu<<strong>br</strong> />
discurso disse que a <strong>OAB</strong> Minas<<strong>br</strong> />
foi criada “no nosso estado no<<strong>br</strong> />
berço da cultura jurídica mineira”,<<strong>br</strong> />
referindo-se a Universidade Federal<<strong>br</strong> />
de Minas Gerais. Salientou que<<strong>br</strong> />
alguns advogados demonstravam,<<strong>br</strong> />
na época, a importância da<<strong>br</strong> />
criação em Minas Gerais de uma<<strong>br</strong> />
entidade autônoma, independente<<strong>br</strong> />
e que zela pelas prerrogativas<<strong>br</strong> />
da advocacia <strong>com</strong>o direito do cidadão,<<strong>br</strong> />
além de buscar o controle<<strong>br</strong> />
ético-disciplinar efetivo da valorização<<strong>br</strong> />
do advogado.<<strong>br</strong> />
Luís Cláudio explicou que<<strong>br</strong> />
os objetivos da Ordem hoje são<<strong>br</strong> />
outros. “Continuamos <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
luta da vigilância disciplinar, das<<strong>br</strong> />
prerrogativas, mas temos outros<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>promissos que são defender<<strong>br</strong> />
a constituição da república, os<<strong>br</strong> />
direitos humanos, a justiça so-<<strong>br</strong> />
cial, a boa aplicação das leis, a<<strong>br</strong> />
rápida administração da justiça<<strong>br</strong> />
e o aperfeiçoamento da cultura<<strong>br</strong> />
e das instituições jurídicas”.<<strong>br</strong> />
Ao final do evento, o presidente<<strong>br</strong> />
pediu um minuto de silêncio<<strong>br</strong> />
em homenagem à procuradora<<strong>br</strong> />
federal, Ana Alice Moreira<<strong>br</strong> />
de Melo, foi assassinada em ato<<strong>br</strong> />
de violência doméstica. Apesar<<strong>br</strong> />
de referir-se a procuradora, Luís<<strong>br</strong> />
Claúdio enfatizou que essa homenagem<<strong>br</strong> />
se estendia também a<<strong>br</strong> />
todas as mulheres que já sofreram<<strong>br</strong> />
algum tipo de violência.<<strong>br</strong> />
Em seguida, secretária-geral<<strong>br</strong> />
adjunta da <strong>OAB</strong>/MG e presidente<<strong>br</strong> />
da ABMCJ-MG, Helena Delamonica,<<strong>br</strong> />
que foi a organizadora<<strong>br</strong> />
do evento, também discursou.<<strong>br</strong> />
Na ocasião, Delamonica cumprimentou<<strong>br</strong> />
a todos e lem<strong>br</strong>ou que<<strong>br</strong> />
os presentes estão colaborando<<strong>br</strong> />
e auxiliando na construção de<<strong>br</strong> />
um mundo melhor. “Cada um de<<strong>br</strong> />
vocês aqui presentes são importantes<<strong>br</strong> />
e fazem parte do sucesso<<strong>br</strong> />
desse evento”, disse.<<strong>br</strong> />
A data de encerramento, 8<<strong>br</strong> />
de Março de 2012, foi planejada<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> o objetivo de unir-<<strong>br</strong> />
-se às <strong>com</strong>emorações do Dia<<strong>br</strong> />
<strong>In</strong>ternacional da Mulher. Os<<strong>br</strong> />
participantes conferiram dois<<strong>br</strong> />
dias de solenidades, palestras<<strong>br</strong> />
e debates <strong>com</strong> importantes<<strong>br</strong> />
nomes do cenário nacional e<<strong>br</strong> />
internacional do Direito que<<strong>br</strong> />
abordaram temas relacionados<<strong>br</strong> />
à implementação e a proteção<<strong>br</strong> />
dos direitos da mulher.
Presidente da <strong>com</strong>issão <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
Mulher é homenageada na Câmara<<strong>br</strong> />
Municipal de Uberlândia<<strong>br</strong> />
SELMA APARECIDA DOS SANTOS E MAIS 20 MULHERES DE DESTAQUE<<strong>br</strong> />
RECEBERAM HOMENAGEM PELO DIA INTERNACIONAL DA MULHER<<strong>br</strong> />
Por Kerley pita<<strong>br</strong> />
No dia 8 de março, a Câmara<<strong>br</strong> />
Municipal de Uberlândia homenageou<<strong>br</strong> />
21 mulheres da sociedade<<strong>br</strong> />
uberlandense, indicadas por<<strong>br</strong> />
vereadores, para serem honradas<<strong>br</strong> />
pelo Dia <strong>In</strong>ternacional da Mulher.<<strong>br</strong> />
A presidente da <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> Mulher, Selma Aparecida<<strong>br</strong> />
dos Santos foi uma das home-<<strong>br</strong> />
nageadas pelo excelente trabalho<<strong>br</strong> />
que desenvolve pelas mulheres.<<strong>br</strong> />
O presidente da Casa, o<<strong>br</strong> />
vereador Vilmar Resende, conduziu<<strong>br</strong> />
a solenidade e a diretora<<strong>br</strong> />
vice-presidente da <strong>OAB</strong> Uberlândia,<<strong>br</strong> />
Ângela Parreira de Oliveira<<strong>br</strong> />
Botelho, <strong>com</strong>pôs a mesa.<<strong>br</strong> />
A advogada, Selma dos<<strong>br</strong> />
Santos foi escolhida pelo vereador<<strong>br</strong> />
Hélio Ferraz (Baiano), pe-<<strong>br</strong> />
los diversos trabalhos realizados<<strong>br</strong> />
pelas mulheres, seja <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
voluntária durante sete anos na<<strong>br</strong> />
ONG SOS Mulher Família oferecendo<<strong>br</strong> />
atendimento jurídico<<strong>br</strong> />
para as vítimas de violência,<<strong>br</strong> />
seja representando a <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> Mulher, na busca pela melhoria<<strong>br</strong> />
da realidade feminina e<<strong>br</strong> />
pela efetividade dos direitos<<strong>br</strong> />
das mulheres.<<strong>br</strong> />
Vice-presidente da <strong>OAB</strong> Uberlândia, Ângela Botelho <strong>com</strong>põe mesa na Câmara Municipal na homenagem ao Dia das Mulheres<<strong>br</strong> />
Fotos Kerley Pita<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
21
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
22<<strong>br</strong> />
Edu Marques<<strong>br</strong> />
MULHERES<<strong>br</strong> />
Mulheres da <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
Uberlândia estão no topo<<strong>br</strong> />
Iolanda Velasco, Fernanda Dayrell, Magna Carrijo e Ângelo Botelho<<strong>br</strong> />
Por Kerley pita<<strong>br</strong> />
A GESTÃO 2010/2012 É COMPOSTA POR BRILHANTES<<strong>br</strong> />
MULHERES QUE FAZEM A DIFERENÇA<<strong>br</strong> />
O lugar ocupado pela mulher<<strong>br</strong> />
hoje é de total destaque, tendo<<strong>br</strong> />
em vista os avanços conquistados<<strong>br</strong> />
ao longo do tempo. A atuação<<strong>br</strong> />
focada e persistente reflete a<<strong>br</strong> />
realidade feminina, marcada por<<strong>br</strong> />
muito trabalho nas diversas vertentes<<strong>br</strong> />
a<strong>br</strong>açadas <strong>com</strong> dedicação<<strong>br</strong> />
e responsabilidade.<<strong>br</strong> />
A Diretoria da 13ª Subseção da<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG Uberlândia, nesta gestão<<strong>br</strong> />
2010/2012, deu credibilidade para<<strong>br</strong> />
que as quatro mulheres, que <strong>com</strong>põe<<strong>br</strong> />
o distinto grupo, pudessem<<strong>br</strong> />
trabalhar pela classe, juntamente<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> mais duas conselheiras subseccionais<<strong>br</strong> />
e ênfase também para<<strong>br</strong> />
as <strong>com</strong>issões, que são formadas<<strong>br</strong> />
por 90% de mulheres.<<strong>br</strong> />
A <strong>OAB</strong> Uberlândia tem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
diretora-vice-presidente a advogada,<<strong>br</strong> />
Ângela Parreira de Oliveira<<strong>br</strong> />
Botelho, mulher de fi<strong>br</strong>a, trabalhadora,<<strong>br</strong> />
apaixonada pela profissão<<strong>br</strong> />
e pelas pessoas. “Agradeço<<strong>br</strong> />
muito estar na direção da <strong>OAB</strong>,<<strong>br</strong> />
ter sido eleita por uma categoria<<strong>br</strong> />
que tem opinião a nível nacional<<strong>br</strong> />
e somos uma classe que precisamos<<strong>br</strong> />
de união, e a mulher estando<<strong>br</strong> />
em um cargo <strong>com</strong>o vice-presidente<<strong>br</strong> />
ela só tem a acrescentar<<strong>br</strong> />
nas questões de melhoria para a<<strong>br</strong> />
própria categoria e, em especial<<strong>br</strong> />
para a mulher”, disse a vice-presidente<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong> Uberlândia.<<strong>br</strong> />
A Subseção conta, ainda, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
a assessora especial da presidência,<<strong>br</strong> />
a advogada Dra. Iolanda Velasco<<strong>br</strong> />
que, <strong>com</strong> toda experiência,<<strong>br</strong> />
contribui para o trabalho da <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
Uberlândia de forma <strong>br</strong>ilhante.<<strong>br</strong> />
“Para mim é uma honra muito<<strong>br</strong> />
grande estar ainda na <strong>OAB</strong>, me<<strong>br</strong> />
sinto realizada e tenho certeza<<strong>br</strong> />
que tenho ajudado o grupo”, dis-<<strong>br</strong> />
se Velasco.<<strong>br</strong> />
Para atuar em diversas frentes<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong> e ainda coordenar a<<strong>br</strong> />
equipe de funcionários da Subseção,<<strong>br</strong> />
a secretária-geral, Fernanda<<strong>br</strong> />
Dayrell mantém firmeza. “Estar<<strong>br</strong> />
na diretoria de uma Subseção do<<strong>br</strong> />
porte da de Uberlândia é uma<<strong>br</strong> />
grande responsabilidade, mas<<strong>br</strong> />
também é muito gratificante, pois<<strong>br</strong> />
posso participar e contribuir para<<strong>br</strong> />
as melhorias tão desejadas pela<<strong>br</strong> />
nossa classe; pela valorização do<<strong>br</strong> />
advogado e questões de cidadania<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> diversos projetos sociais<<strong>br</strong> />
da Subseção”, disse Dayrell.<<strong>br</strong> />
A secretária-geral-adjunta,<<strong>br</strong> />
Magna Carrijo, resume a representação<<strong>br</strong> />
feminina da <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />
em eventos, reuniões, pautas<<strong>br</strong> />
importantes em trabalhos que<<strong>br</strong> />
visam um único objetivo: atender<<strong>br</strong> />
o advogado. “Sempre trabalhei<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> amor e ética, quando passei<<strong>br</strong> />
a atuar na Subseção esses meus<<strong>br</strong> />
valores eram automaticamente<<strong>br</strong> />
transferidos para os trabalhos desenvolvidos<<strong>br</strong> />
para a classe e para a<<strong>br</strong> />
sociedade. No momento em que<<strong>br</strong> />
percebi isso, tive a certeza que<<strong>br</strong> />
todo o meu esforço e dos meus<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>panheiros nesta gestão valeu<<strong>br</strong> />
a pena”, explica.<<strong>br</strong> />
O presidente da <strong>OAB</strong> Uberlândia,<<strong>br</strong> />
Egmar Sousa Ferraz, o diretor-tesoureiro,<<strong>br</strong> />
Adauto Alves da<<strong>br</strong> />
Fonseca, se rendem ao trabalho<<strong>br</strong> />
das mulheres da <strong>OAB</strong>, agradecem<<strong>br</strong> />
a participação efetiva de todas e<<strong>br</strong> />
deseja sucesso sempre.
Vera Lúcia Gomes é a nova presidente da<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>issão Igualdade Racial da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
ADVOGADA DE UBERLÂNDIA TOMA POSSA NA SECCIONAL MINEIRA<<strong>br</strong> />
Na reunião do Conselho Seccional<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong>/MG, realizada no<<strong>br</strong> />
dia 8 de março em Belo Horizonte,<<strong>br</strong> />
a advogada da <strong>OAB</strong> Uberlândia,<<strong>br</strong> />
Vera Lúcia Kátia Sabino<<strong>br</strong> />
Gomes tomou posse no cargo<<strong>br</strong> />
de presidente da Comissão Igualdade<<strong>br</strong> />
Racial da <strong>OAB</strong>/MG. A advogada<<strong>br</strong> />
liderava a <strong>com</strong>issão na 13ª<<strong>br</strong> />
Subseção e tem agora o desafio<<strong>br</strong> />
de continuar a busca pela igualdade<<strong>br</strong> />
de raças.<<strong>br</strong> />
A presidente afirmou que a<<strong>br</strong> />
Comissão de Igualdade Racial<<strong>br</strong> />
não se calará contra qualquer<<strong>br</strong> />
forma de discriminação e que<<strong>br</strong> />
não representará somente os negros,<<strong>br</strong> />
mas todas as minorias que<<strong>br</strong> />
são alvos desta problemática. “A<<strong>br</strong> />
teoria de que vivemos no Brasil<<strong>br</strong> />
uma democracia racial não passa<<strong>br</strong> />
de uma falácia”, disse Vera Lúcia.<<strong>br</strong> />
Em seu discurso de posse,<<strong>br</strong> />
Vera Lúcia disse que é indubitável<<strong>br</strong> />
o fato das oportunidades e o<<strong>br</strong> />
padrão de vida dos negros serem<<strong>br</strong> />
muito inferiores ao da média da<<strong>br</strong> />
sociedade <strong>br</strong>asileira. Neste sentido,<<strong>br</strong> />
há um verdadeiro abismo entre<<strong>br</strong> />
o índice de desenvolvimento<<strong>br</strong> />
humano (IDH), das <strong>com</strong>unidades<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>ancas e negras, em três áreas<<strong>br</strong> />
fundamentais (educação, renda e<<strong>br</strong> />
expectativa de vida).<<strong>br</strong> />
“Assumir a Presidência da<<strong>br</strong> />
Comissão de Igualdade Racial<<strong>br</strong> />
do Estado de Minas Gerais é uma<<strong>br</strong> />
imensa honra e uma consquista.<<strong>br</strong> />
Honra, pois se trata de oportunizar<<strong>br</strong> />
a uma mulher negra, buscar<<strong>br</strong> />
dentro de uma das maiores<<strong>br</strong> />
e mais respeitadas instituições a<<strong>br</strong> />
vontadade sempre aldaciosa de<<strong>br</strong> />
Vera Lúcia Kátia Sabino Gomes e Eliseu Marques de Oliveira<<strong>br</strong> />
se fazer justiça, porquanto o advogado<<strong>br</strong> />
é indispensável a administração<<strong>br</strong> />
da justiça, e esta igualdade<<strong>br</strong> />
de oportunidade, através<<strong>br</strong> />
das exigências de aplicação das<<strong>br</strong> />
ações afirmativas, não se realiza<<strong>br</strong> />
concretamente sem advogado.<<strong>br</strong> />
Tal honraria é uma conquista,<<strong>br</strong> />
uma vez que após a assinatura<<strong>br</strong> />
a Lei Áurea, não se vê qualquer<<strong>br</strong> />
medida mais dura do Governo<<strong>br</strong> />
Federal contra o já mencionado<<strong>br</strong> />
“mito da democracia racial”,<<strong>br</strong> />
ressalvado <strong>com</strong> todo respeito,<<strong>br</strong> />
a Seppir (Secretaria Especial de<<strong>br</strong> />
Políticas de Promoção da Igualdade<<strong>br</strong> />
Racial), criada pelo Governo<<strong>br</strong> />
Federal no dia 21 de março<<strong>br</strong> />
de 2003”, disse a presidente<<strong>br</strong> />
Vera Lúcia.<<strong>br</strong> />
Para a presidente, ações afirmativas,<<strong>br</strong> />
tais <strong>com</strong>o a posse e a<<strong>br</strong> />
instalação da Comissão de Igualdade<<strong>br</strong> />
Racial pela Seccional Mineira,<<strong>br</strong> />
o<strong>br</strong>iga todos os advogados a<<strong>br</strong> />
repensarem suas funções, pois<<strong>br</strong> />
estes devem contribuir para a<<strong>br</strong> />
participação e inclusão de indivíduos<<strong>br</strong> />
marginalizados dos procedimentos<<strong>br</strong> />
políticos. “Estarei atenta e<<strong>br</strong> />
co<strong>br</strong>ando desta Presidência apoio<<strong>br</strong> />
as medidas necessárias para implementação<<strong>br</strong> />
das ações afirmativas,<<strong>br</strong> />
em todos os cantos do Estado<<strong>br</strong> />
que certamente necessitam<<strong>br</strong> />
de nossa presença, pois a luta em<<strong>br</strong> />
prol dos direitos humanos contra<<strong>br</strong> />
a discriminação racial e social será<<strong>br</strong> />
uma busca incessante”, disse.<<strong>br</strong> />
Vera Lúcia disse, ainda, que<<strong>br</strong> />
sua indicação foi resultado do trabalho<<strong>br</strong> />
realizado na 13ª Subseção<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong> de Uberlândia, pioneira<<strong>br</strong> />
no Estado, a primeira do interior<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>asileiro a instalar a Comissão de<<strong>br</strong> />
Igualdade Racial, da qual a advogada<<strong>br</strong> />
se orgulha muito.<<strong>br</strong> />
“Meu especial agradecimento<<strong>br</strong> />
aos mem<strong>br</strong>os da <strong>com</strong>issão de<<strong>br</strong> />
igualdade racial da <strong>OAB</strong>/Uberlândia,<<strong>br</strong> />
ao Presidente Egmar Sousa<<strong>br</strong> />
Ferraz ao Vice-Presidente da Seccional-<<strong>br</strong> />
Dr. Eliseu Marques de Oliveira”,<<strong>br</strong> />
finalizou.<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
23
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
24<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />
Adovogados participam de assembleia so<strong>br</strong>e JF e JEF<<strong>br</strong> />
Subseção de Uberlândia realiza assembleia<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e Justiça Federal e Juizado Especial Federal<<strong>br</strong> />
OS ADVOGADOS PUDERAM SUGERIR<<strong>br</strong> />
MUDANÇAS PARA UM JUDICIÁRIO MELHOR<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />
MG Uberlândia realizou no dia<<strong>br</strong> />
15 de fevereiro uma assembleia<<strong>br</strong> />
cujo objetivo era permitir que o<<strong>br</strong> />
advogado se manifestasse. Desta<<strong>br</strong> />
vez, os mem<strong>br</strong>os presentes<<strong>br</strong> />
fizeram considerações so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />
Justiça Federal e o Juizado Especial<<strong>br</strong> />
Federal (JEF). O objetivo<<strong>br</strong> />
da assembleia, realizada pelo<<strong>br</strong> />
presidente Egmar Sousa Ferraz,<<strong>br</strong> />
foi a aproximação da classe da<<strong>br</strong> />
Ordem e permitir que a entidade<<strong>br</strong> />
busque melhorias para a rotina<<strong>br</strong> />
diária do advogado.<<strong>br</strong> />
“Muitos acreditam que assembleia<<strong>br</strong> />
não vai dar em nada, mas se enganam,<<strong>br</strong> />
pois é aqui que as sugestões<<strong>br</strong> />
e críticas devem ser feitas para nós<<strong>br</strong> />
levarmos adiante <strong>com</strong> a missão de<<strong>br</strong> />
lograr o máximo de melhorias para o<<strong>br</strong> />
advogado”, disse Egmar Ferraz.<<strong>br</strong> />
Muitos pontos foram citados,<<strong>br</strong> />
dentre eles a questão do<<strong>br</strong> />
Jus Postulandi. A proposta é fazer<<strong>br</strong> />
denúncias, cuja campanha<<strong>br</strong> />
contra esta prática deverá ser<<strong>br</strong> />
retomada pela <strong>OAB</strong>. “Cabe a nós<<strong>br</strong> />
buscar apoio, exigir que façam<<strong>br</strong> />
alguma coisa, assim iremos pro-<<strong>br</strong> />
Kerley Pita<<strong>br</strong> />
teger a sociedade do advogado<<strong>br</strong> />
ruim”, afirmou o presidente da<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> Uberlândia.<<strong>br</strong> />
Outra questão levantada pelos<<strong>br</strong> />
advogados foi o pedido de maior<<strong>br</strong> />
rigor nos prazos estabelecidos pela<<strong>br</strong> />
Advocacia Geral da União (AGU).<<strong>br</strong> />
Também pontuaram a questão do<<strong>br</strong> />
despreparo de alguns médicos peritos<<strong>br</strong> />
e fizeram a solicitação para a<<strong>br</strong> />
intervenção da <strong>OAB</strong> na liberação<<strong>br</strong> />
dos vistos dos autos. Além disso,<<strong>br</strong> />
citaram a demora das publicações,<<strong>br</strong> />
sentenças e o descontentamento<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> o tratamento dos servidores<<strong>br</strong> />
para <strong>com</strong> os advogados.
Destaque<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> Uberlândia apresenta<<strong>br</strong> />
sugestões dos advogados em<<strong>br</strong> />
reunião <strong>com</strong> juízes na Justiça Federal<<strong>br</strong> />
DIRETORIA ESTEVE REUNIDA COM OS JUÍZES PARA<<strong>br</strong> />
DISCUTIR MELHORIAS PARA O TRABALHO DOS ADVOGADOS<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
No dia 12 de março, os diretores<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong> Uberlândia reuniram-se<strong>com</strong><<strong>br</strong> />
os juízes da Justiça<<strong>br</strong> />
Federal de Uberlândia para apresentarem<<strong>br</strong> />
sugestões e críticas dosadvogados<<strong>br</strong> />
da Subseção para a<<strong>br</strong> />
Justiça Federal (JF) e Juizado Especial<<strong>br</strong> />
Federal (JEF) extraídas de<<strong>br</strong> />
uma assembleia pública realizada<<strong>br</strong> />
na Sede da Ordem,em fevereiro.<<strong>br</strong> />
O objetivo da reunião era oferecer<<strong>br</strong> />
aos juízes um diagnóstico sob<<strong>br</strong> />
o ponto de vista do advogado, a<<strong>br</strong> />
fim de buscar um melhor atendimento<<strong>br</strong> />
para a classe.<<strong>br</strong> />
“Apresentamos sugestões feitas<<strong>br</strong> />
pelos advogados <strong>com</strong> o intuito<<strong>br</strong> />
não de criticar, mas de trabalharmos<<strong>br</strong> />
juntos para uma solução,<<strong>br</strong> />
pois sabemos que os advogados<<strong>br</strong> />
também fazem parte desse processo<<strong>br</strong> />
e nós ajudaremos”, disse-<<strong>br</strong> />
Egmar Ferraz.<<strong>br</strong> />
Para ojuiz Lincoln de Faria,<<strong>br</strong> />
ninguém desconhece a falta de<<strong>br</strong> />
estrutura dos órgãos. “Tanto para<<strong>br</strong> />
a <strong>OAB</strong> e para nós da Justiça Federal<<strong>br</strong> />
é positivo esse feedbackdos<<strong>br</strong> />
advogados, buscamos melhorar a<<strong>br</strong> />
estrutura e mesmo <strong>com</strong> as dificuldades<<strong>br</strong> />
tentamos dar atendimento e<<strong>br</strong> />
orientar nossos servidores para haver<<strong>br</strong> />
um bom relacionamento <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />
advogado. Nossos diretores estão<<strong>br</strong> />
instruídos para atender a todos os<<strong>br</strong> />
advogados, essa é a nossa disposição<<strong>br</strong> />
e dos nossos colegas para<<strong>br</strong> />
Diretoria reunida <strong>com</strong> juízes na Justiça Federal<<strong>br</strong> />
que os serviços sejam prestados à<<strong>br</strong> />
altura. Acredito que aperfeiçoando<<strong>br</strong> />
o trabalho fica melhor para todo<<strong>br</strong> />
mundo, esse é nosso propósito”,<<strong>br</strong> />
disse o juiz da 1ª Vara agradecendo<<strong>br</strong> />
a <strong>OAB</strong> por apresentar as sugestões<<strong>br</strong> />
dos advogados.<<strong>br</strong> />
O presidente, Egmar Ferraz<<strong>br</strong> />
reforçou o pedido aos juízes em<<strong>br</strong> />
exigira apresentação da carteira<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong>dos associadosnas audiências,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o forma de barrar<<strong>br</strong> />
o advogado que não estiver no<<strong>br</strong> />
exercício da profissão. A Ordem<<strong>br</strong> />
reforçará a campanha <strong>com</strong> a distribuição<<strong>br</strong> />
de material de divulgação<<strong>br</strong> />
na JF e no JEF.<<strong>br</strong> />
Finalmente, Egmar concluiu<<strong>br</strong> />
que é papel da <strong>OAB</strong> levar<<strong>br</strong> />
adiante as reclamações dos<<strong>br</strong> />
advogados,enfatizando que a<<strong>br</strong> />
Ordem é uma parceira e queé-<<strong>br</strong> />
momento dosjuízes trabalharem<<strong>br</strong> />
juntosrumo às melhorias.<<strong>br</strong> />
Estiveram presentes na reunião<<strong>br</strong> />
os juízes: Lelis Gonçalves<<strong>br</strong> />
de Souza – 4ª Vara do Juizado;<<strong>br</strong> />
José Humberto Ferreira - Titular<<strong>br</strong> />
da 2ª Vara; Gustavo SorattoUliano<<strong>br</strong> />
– Substituto 2ª Vara; Alexandre<<strong>br</strong> />
Henri – Substituto da 3ª Vara;<<strong>br</strong> />
Bruno Vasconcelos – Substituto<<strong>br</strong> />
da 1ª Vara e Luciano Mendonça<<strong>br</strong> />
Fontoura – Substituto da 4ª Vara.<<strong>br</strong> />
A <strong>OAB</strong> Uberlândia também<<strong>br</strong> />
estava representada pela vice-<<strong>br</strong> />
-presidente, Ângela Botelho; a<<strong>br</strong> />
secretária-geral-adjunta; Magna<<strong>br</strong> />
Carrijo; o presidente da <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />
de Direito Previdenciário, José<<strong>br</strong> />
Rodrigues de Queiroz Jr e os conselheiros<<strong>br</strong> />
subseccionais, Selmo<<strong>br</strong> />
Gonçalves Ca<strong>br</strong>al e Rodrigo Magno<<strong>br</strong> />
de Macedo.<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />
Kerley Pita<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
25
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
26<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> ACONTECE Destaque<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> Uberlândia teve<<strong>br</strong> />
a maior representatividade<<strong>br</strong> />
em ato de apoio ao CNJ<<strong>br</strong> />
OPHIR CAVALCANTI AGRADECEU A PARTICIPAÇÃO<<strong>br</strong> />
DOS 200 MINEIROS NO ATO EM DEFESA AO CNJ<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
O Conselho Federal da Ordem<<strong>br</strong> />
dos Advogados do Brasil realizou<<strong>br</strong> />
no dia 31 de janeiro o ato em<<strong>br</strong> />
defesa do Conselho Nacional de<<strong>br</strong> />
Justiça (CNJ), em Brasília. Minas<<strong>br</strong> />
Gerais foi o Estado <strong>com</strong> maior<<strong>br</strong> />
representatividade no ato, contando<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a participação de 200<<strong>br</strong> />
advogados, sendo que 90 destes<<strong>br</strong> />
eram inscritos da 13ª Subseção da<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG Uberlândia.<<strong>br</strong> />
Estavam presentes no evento<<strong>br</strong> />
a diretoria da <strong>OAB</strong> Uberlândia, o<<strong>br</strong> />
presidente Egmar Sousa Ferraz,<<strong>br</strong> />
a vice-diretora Ângela Parreira<<strong>br</strong> />
de Oliveira Botelho, o diretor<<strong>br</strong> />
tesoureiro Adauto Alves e a secretária-geral<<strong>br</strong> />
Fernanda Dayrell,<<strong>br</strong> />
juntamente <strong>com</strong> a diretoria da<<strong>br</strong> />
Seccional Mineira, o presidente<<strong>br</strong> />
Luís Cláudio Chaves, o vice-presidente<<strong>br</strong> />
Eliseu Marques de Oliveira<<strong>br</strong> />
entre outros mem<strong>br</strong>os diretores e<<strong>br</strong> />
Uberlândia teve maior delegação no ato em defesa do CNJ<<strong>br</strong> />
advogados mineiros.<<strong>br</strong> />
O presidente do Conselho<<strong>br</strong> />
Federal, Ophir Cavalcanti, a<strong>br</strong>iu<<strong>br</strong> />
o ato <strong>com</strong> o tema “O CNJ é dos<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>asileiros”. Ao dar boas vindas,<<strong>br</strong> />
o presidente mencionou <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
satisfação em seu discurso que<<strong>br</strong> />
a delegação de Minas Gerais era<<strong>br</strong> />
a maior no ato público e afirmou<<strong>br</strong> />
“esta é uma prova de unidade de<<strong>br</strong> />
sentimentos e propósitos”.<<strong>br</strong> />
O discurso de Ophir Cavalcanti<<strong>br</strong> />
recebeu muitos aplausos. “Este<<strong>br</strong> />
ato tem um objetivo apenas: defender<<strong>br</strong> />
e afirmar a importância da<<strong>br</strong> />
justiça <strong>br</strong>asileira. Os advogados<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>asileiros são a vanguarda, são<<strong>br</strong> />
guerreiros, assumem a bandeira<<strong>br</strong> />
das instituições republicanas. Este<<strong>br</strong> />
ato de afirmação dos poderes do<<strong>br</strong> />
CNJ é, na verdade, uma causa que<<strong>br</strong> />
a advocacia <strong>br</strong>asileira a<strong>br</strong>aça. A<<strong>br</strong> />
autonomia de um tribunal não<<strong>br</strong> />
significa soberania, tampouco<<strong>br</strong> />
que os magistrados não devam<<strong>br</strong> />
ser avaliados”, discursou Ophir<<strong>br</strong> />
Cavalcanti.<<strong>br</strong> />
Ophir apresentou em slides<<strong>br</strong> />
números que <strong>com</strong>provam a importância<<strong>br</strong> />
do CNJ para a justiça. Ou<<strong>br</strong> />
seja, dos 27 presidentes de Tribunais<<strong>br</strong> />
de Justiça (TJs) estaduais, 15<<strong>br</strong> />
têm processos em andamento ou<<strong>br</strong> />
arquivados no CNJ; dos 28 corregedores<<strong>br</strong> />
dos TJs, 18 respondem ou<<strong>br</strong> />
responderam a processo no CNJ;<<strong>br</strong> />
dentre os cinco presidentes de Tribunais<<strong>br</strong> />
Regionais Federais (TRFs), 2<<strong>br</strong> />
foram ou estão sendo processados<<strong>br</strong> />
naquele órgão; dos 5 corregedores<<strong>br</strong> />
dos TRFs, 3 respondem ou responderam<<strong>br</strong> />
a processo no órgão.<<strong>br</strong> />
Finalmente, Ophir instigou<<strong>br</strong> />
o público a pensar qual a justiça<<strong>br</strong> />
que o Brasil quer, se é aquela<<strong>br</strong> />
que olha para dentro, fechada ou<<strong>br</strong> />
que olha para a sociedade. “Um<<strong>br</strong> />
ato <strong>com</strong>o esse nos orgulha, pois<<strong>br</strong> />
o CNJ é do povo <strong>br</strong>asileiro e não<<strong>br</strong> />
dos magistrados”, finalizou.<<strong>br</strong> />
Kerley Pita
Vitória do CNJ<<strong>br</strong> />
e da sociedade <strong>br</strong>asileira<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> CONSEGUE MANUTENÇÃO PLENA DOS PODERES DO CNJ<<strong>br</strong> />
Os advogados da Subseção<<strong>br</strong> />
de Uberlândia, juntamente <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
o presidente do Conselho Federal<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong>, Ophir Cavalcante, <strong>com</strong>e-<<strong>br</strong> />
moraram a vitória da sociedade<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>asileira <strong>com</strong> a manutenção plena<<strong>br</strong> />
dos poderes do Conselho Nacional<<strong>br</strong> />
de Justiça (CNJ) para pro-<<strong>br</strong> />
MENSAGEM DO PRESIDENTE DA <strong>OAB</strong> UBERLÂNDIA,<<strong>br</strong> />
EGMAR SOUSA FERRAZ SOBRE A VITÓRIA DO CNJ<<strong>br</strong> />
Caros colegas,<<strong>br</strong> />
O Brasil amanheceu renovado<<strong>br</strong> />
no mais puro espírito democrático<<strong>br</strong> />
que tem sido perseguido<<strong>br</strong> />
diuturnamente pelas <strong>In</strong>stituições<<strong>br</strong> />
em especial pela Ordem dos Advogados<<strong>br</strong> />
do Brasil.<<strong>br</strong> />
A decisão do STF de manter<<strong>br</strong> />
a <strong>com</strong>petência originária e concorrente<<strong>br</strong> />
do CNJ foi uma resposta<<strong>br</strong> />
clara e imediata de que aquela<<strong>br</strong> />
augusta corte não só protege a<<strong>br</strong> />
Carta Magna, <strong>com</strong>o também é<<strong>br</strong> />
sabedora de que esta é o reflexo<<strong>br</strong> />
da vontade do povo.<<strong>br</strong> />
A Ordem dos Advogados do<<strong>br</strong> />
Brasil sai desta campanha <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
certeza de que o povo <strong>br</strong>asileiro<<strong>br</strong> />
foi respeitado, e de que os Advogados<<strong>br</strong> />
estão atentos a qualquer<<strong>br</strong> />
tentativa de melindrar o avanço<<strong>br</strong> />
do processo democrático. Especialmente<<strong>br</strong> />
a nós, Advogados da<<strong>br</strong> />
13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG restou<<strong>br</strong> />
o <strong>br</strong>ilho maior, em primeiro lugar<<strong>br</strong> />
porque fomos a maior delegação<<strong>br</strong> />
de Subseção a <strong>com</strong>parecer ao ato<<strong>br</strong> />
público em defesa do CNJ, no último<<strong>br</strong> />
dia 31 de janeiro e segundo<<strong>br</strong> />
porque demos exemplo de um<<strong>br</strong> />
grupo politizado e consciente<<strong>br</strong> />
dos deveres enquanto cidadãos e<<strong>br</strong> />
advogados.<<strong>br</strong> />
Não obstante, é importante<<strong>br</strong> />
Egmar Ferraz, presidente <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />
registrar que não vencemos uma<<strong>br</strong> />
luta contra a magistratura, mas<<strong>br</strong> />
ao contrário, ganhamos em favor<<strong>br</strong> />
desta, que tem em seus quadros<<strong>br</strong> />
a quase totalidade de homens<<strong>br</strong> />
e mulheres que honram a toga<<strong>br</strong> />
apesar de trabalharem em condições<<strong>br</strong> />
sub-humanas na maioria das<<strong>br</strong> />
vezes, face ao descaso quanto à<<strong>br</strong> />
necessidade de melhor estrutura<<strong>br</strong> />
física e contratação de pessoal.<<strong>br</strong> />
Temos a certeza de que estes<<strong>br</strong> />
Magistrados, mesmo no seu<<strong>br</strong> />
silêncio, cele<strong>br</strong>am conosco esta<<strong>br</strong> />
vitória. Com a manutenção da<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>petência do CNJ, restará aos<<strong>br</strong> />
Magistrados, que de alguma forma<<strong>br</strong> />
desrespeitam a legislação <strong>br</strong>asileira,<<strong>br</strong> />
o sinal de que o tempo em<<strong>br</strong> />
Destaque<<strong>br</strong> />
cessar e punir juízes em casos de<<strong>br</strong> />
desvios ético-disciplinares, conforme<<strong>br</strong> />
previsto na Resolução 135<<strong>br</strong> />
daquele órgão de controle.<<strong>br</strong> />
que vivemos é de INTOLERÂNCIA<<strong>br</strong> />
à corrupção, ao desrespeito aos<<strong>br</strong> />
direitos humanos e dignidade<<strong>br</strong> />
da pessoa humana, bem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
as prerrogativas da Advocacia.<<strong>br</strong> />
Por fim, é importante ainda ressaltar,<<strong>br</strong> />
que outras tantas batalhas<<strong>br</strong> />
terão que ser enfrentadas IME-<<strong>br</strong> />
DIATAMENTE, e para tanto, a <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
conta <strong>com</strong> o apoio irrestrito mais<<strong>br</strong> />
uma vez de cada Advogado(a),<<strong>br</strong> />
que juntos fazem <strong>com</strong> que nossa<<strong>br</strong> />
<strong>In</strong>stituição permaneça <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
sua credibilidade incontestável,<<strong>br</strong> />
e continue a ser a grande voz de<<strong>br</strong> />
toda a sociedade civil <strong>br</strong>asileira.<<strong>br</strong> />
Atenciosamente,<<strong>br</strong> />
Egmar Sousa Ferraz<<strong>br</strong> />
Diretor Presidente<<strong>br</strong> />
Kerley Pita<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
27
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
28<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />
Participantes do Aulão na <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />
Aulão na <strong>OAB</strong> atrai mais de<<strong>br</strong> />
150 estudantes<<strong>br</strong> />
TEMA DO 1° AULÃO DO ANO FOI CONSTITUIÇÃO DE 1988<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Uberlândia, em parceria <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
todas as faculdades de Direito<<strong>br</strong> />
da cidade (pública e a particular),<<strong>br</strong> />
realizaram, no sábado<<strong>br</strong> />
(17/03), o tradicional Aulão em<<strong>br</strong> />
que profissionais da área ministram<<strong>br</strong> />
aulas para alunos do<<strong>br</strong> />
curso de Direito. O tema da primeira<<strong>br</strong> />
edição do Aulão de 2012<<strong>br</strong> />
foi “Direitos Fundamentais na<<strong>br</strong> />
Constituição Federal de 1988”.<<strong>br</strong> />
O Aulão teve aulas/palestras<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> os advogados Leunir<<strong>br</strong> />
Rodrigues Ladico, Arley César<<strong>br</strong> />
Felipe e Alexandre Walmott<<strong>br</strong> />
Borges. O público alvo era<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>posto por cerca de 200<<strong>br</strong> />
alunos, que assistiram aulas<<strong>br</strong> />
na parte da manhã e da tarde.<<strong>br</strong> />
No ato da matrícula, os alunos<<strong>br</strong> />
doaram um litro de leite para<<strong>br</strong> />
cada período. As doações foram<<strong>br</strong> />
destinadas a entidades sociais<<strong>br</strong> />
carentes de Uberlândia.<<strong>br</strong> />
O projeto é uma oportunidade<<strong>br</strong> />
de aquisição de conhecimentos<<strong>br</strong> />
extra-classe so<strong>br</strong>e temas<<strong>br</strong> />
de destaque na área jurídica por<<strong>br</strong> />
parte do aluno, <strong>com</strong> o objetivo<<strong>br</strong> />
de fazer <strong>com</strong> que o mesmo tenha<<strong>br</strong> />
diferentes pontos de vida<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e determinado assunto ministrado<<strong>br</strong> />
cada professor, apro-<<strong>br</strong> />
ximar e conhecer a Ordem dos<<strong>br</strong> />
Advogados do Brasil, casa na<<strong>br</strong> />
qual será associado futuramente<<strong>br</strong> />
e, ainda, contribuir <strong>com</strong> a questão<<strong>br</strong> />
da solidariedade.<<strong>br</strong> />
De acordo <strong>com</strong> o organizador<<strong>br</strong> />
do projeto, o advogado<<strong>br</strong> />
Marcus Vinícius Rosa, haverá<<strong>br</strong> />
um Aulão por mês todo o ano,<<strong>br</strong> />
exceto nos meses de julho e de<<strong>br</strong> />
dezem<strong>br</strong>o. Os temas a<strong>br</strong>angem<<strong>br</strong> />
diversas áreas do Direito.<<strong>br</strong> />
O certificado é de 10 horas<<strong>br</strong> />
para os estudantes que participarão<<strong>br</strong> />
do Aulão no período<<strong>br</strong> />
estipulado, sendo 5 horas para<<strong>br</strong> />
quem assistiu apenas a parte da<<strong>br</strong> />
manhã ou a da tarde das aulas.
Diretoria se reúne <strong>com</strong> secretária<<strong>br</strong> />
de educação de MG so<strong>br</strong>e Lei 10639<<strong>br</strong> />
DIRETORIA DA <strong>OAB</strong> UBERLÂNDIA E COMISSÃO IGUALDADE<<strong>br</strong> />
RACIAL PEDEM A IMPLANTAÇÃO EFETIVA DA LEI N° 10639<<strong>br</strong> />
SOBRE O ENSINO DA HISTÓRIA DA ÁFRICA NAS ESCOLAS<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
A diretoria da 13ª Subseção<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong>/MG Uberlândia, o vice-<<strong>br</strong> />
-presidente da Seccional Mineira<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong>, Eliseu Marques de Oliveira,<<strong>br</strong> />
a presidente da <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />
Igualdade Racial da <strong>OAB</strong>/MG,<<strong>br</strong> />
Vera Lúcia Kátia Sabino Gomes e<<strong>br</strong> />
conselheiros estiveram no dia 7<<strong>br</strong> />
de fevereiro em reunião <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
secretária de educação de Minas<<strong>br</strong> />
Gerais, Ana Lúcia Gazzola.<<strong>br</strong> />
A Comissão da Igualdade<<strong>br</strong> />
Racial, juntamente <strong>com</strong> a diretoria<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong> pleitearam o cumprimento<<strong>br</strong> />
da Lei n° 10639. Na<<strong>br</strong> />
oportunidade, a secretária Ana<<strong>br</strong> />
Gazzola afirmou que o Estado<<strong>br</strong> />
de Minas Gerais intensificará os<<strong>br</strong> />
instrumentos educacionais <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
a finalidade de que a educação<<strong>br</strong> />
da cultura e da história da África<<strong>br</strong> />
seja difundida em todos os níveis<<strong>br</strong> />
educacionais.<<strong>br</strong> />
“Uberlândia, <strong>com</strong>o uma das<<strong>br</strong> />
principais cidades de Minas Gerais<<strong>br</strong> />
e sendo referência educacional<<strong>br</strong> />
para todo o país não pode<<strong>br</strong> />
ser preterida dos projetos de<<strong>br</strong> />
vanguarda do Governo Estadual,<<strong>br</strong> />
em especial na busca da implantação<<strong>br</strong> />
do ensino da história da<<strong>br</strong> />
África, a fim de fazer valer a Lei<<strong>br</strong> />
Diretoria da <strong>OAB</strong> se reúne <strong>com</strong> a Secretária de Educação de Minas Gerais<<strong>br</strong> />
n° 10.639”, afirmou o presidente<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong> Uberlândia, Egmar Sousa<<strong>br</strong> />
Ferraz.<<strong>br</strong> />
Na oportunidade, a <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />
colocou-se à disposição para colaborar<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a apresentação de projetos<<strong>br</strong> />
de capacitação para educadores,<<strong>br</strong> />
de acordo o acerto realizado<<strong>br</strong> />
pela Ordem e desde já a <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />
estará se reunindo para preparar<<strong>br</strong> />
um material que poderá se tornar<<strong>br</strong> />
referência para todo o Estado.<<strong>br</strong> />
Quanto à implementação do<<strong>br</strong> />
projeto, a Secretária de Educação<<strong>br</strong> />
informou que Uberlândia<<strong>br</strong> />
estará incluída nos projetos a<<strong>br</strong> />
partir do próximo ano.<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
29
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
30<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> Uberlândia reúne presidentes<<strong>br</strong> />
das subseções do Estado <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />
maior número de advogados<<strong>br</strong> />
ENCONTRO DESTACOU VITÓRIAS DA <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Uberlândia foi escolhida para sediar<<strong>br</strong> />
o Encontro dos Presidentes<<strong>br</strong> />
das 20 subseções <strong>com</strong> o maior<<strong>br</strong> />
número de advogados do Estado,<<strong>br</strong> />
realizado em janeiro. O encontro<<strong>br</strong> />
abordou diversos temas, dentre<<strong>br</strong> />
eles a vitória da <strong>OAB</strong>/MG em relação<<strong>br</strong> />
ao pagamento dos hono-<<strong>br</strong> />
rários dos advogados dativos, as<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>emorações dos 80 anos da<<strong>br</strong> />
Ordem e a participação da mesma<<strong>br</strong> />
no ato em defesa ao CNJ, ocorreu<<strong>br</strong> />
no dia 31 de janeiro, em Brasília.<<strong>br</strong> />
A diretoria da <strong>OAB</strong>/MG conduziu<<strong>br</strong> />
os trabalhos dirigidos pelo<<strong>br</strong> />
presidente Luís Cláudio da Silva<<strong>br</strong> />
Chaves pelo vice-presidente,<<strong>br</strong> />
Eliseu Marques de Oliveira, em<<strong>br</strong> />
parceria <strong>com</strong> o diretor vice-pre-<<strong>br</strong> />
sidente da <strong>OAB</strong>/MG, Sérgio Murilo<<strong>br</strong> />
Diniz Braga, o secretário geral<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong>/MG, Antônio Fa<strong>br</strong>ício de<<strong>br</strong> />
Matos Gonçalves e os presidentes<<strong>br</strong> />
da subseções de Minas Gerais,<<strong>br</strong> />
que discutiram questões de interesse<<strong>br</strong> />
dos advogados do Estado.<<strong>br</strong> />
O presidente da Subseção de<<strong>br</strong> />
Uberlândia, Egmar Sousa Ferraz,<<strong>br</strong> />
demonstrou contentamento ao<<strong>br</strong> />
receber mem<strong>br</strong>os de uma reu-
nião do colegiado fora da capital<<strong>br</strong> />
mineira. “Compreendemos a importância<<strong>br</strong> />
de estarmos reunidos,<<strong>br</strong> />
este encontro cria laços de reciprocidade<<strong>br</strong> />
e espero que sejamos<<strong>br</strong> />
autocríticos, que os problemas<<strong>br</strong> />
colocados em pauta sejam realmente<<strong>br</strong> />
discutidos e realizados,<<strong>br</strong> />
pois somos responsáveis por dar<<strong>br</strong> />
respostas aos nossos colegas”,<<strong>br</strong> />
disse Ferraz.<<strong>br</strong> />
Luiz Cláudio Chaves aclamou<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> aplausos o Governador de Minas,<<strong>br</strong> />
Antônio Anastasia, por a<strong>br</strong>açar<<strong>br</strong> />
a causa do pagamento dos advogados<<strong>br</strong> />
dativos, um ato histórico<<strong>br</strong> />
para todos os advogados e para<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG. O presidente enfatizou<<strong>br</strong> />
também as diversas <strong>com</strong>emorações<<strong>br</strong> />
pelos 80 anos da Ordem dos<<strong>br</strong> />
Advogados do Brasil, que serão re-<<strong>br</strong> />
alizadas em todo Estado.<<strong>br</strong> />
Ao final, Luís Cláudio discursou<<strong>br</strong> />
a respeito do ato público em<<strong>br</strong> />
apoio ao Conselho Nacional de<<strong>br</strong> />
Justiça, realizado no dia 31 de janeiro,<<strong>br</strong> />
em Brasília. “A <strong>OAB</strong> é a entidade<<strong>br</strong> />
que mais tem rigor quando<<strong>br</strong> />
se trata de Processo Disciplinar<<strong>br</strong> />
em todas as entidades, pois até<<strong>br</strong> />
presidente de Subseção já foi<<strong>br</strong> />
punido por atitudes que não são<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>patíveis <strong>com</strong> a advocacia”.<<strong>br</strong> />
A CAA foi elogiada pelo presidente<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong>/MG, por ser uma<<strong>br</strong> />
entidade independente. O presidente<<strong>br</strong> />
da CAA/MG, Walter Cândido<<strong>br</strong> />
dos Santos, o tesoureiro Lúcio<<strong>br</strong> />
Aparecido Sousa e Silva e a 1ª<<strong>br</strong> />
Secretária da Fabiana Faquim, estiveram<<strong>br</strong> />
presentes no evento e se<<strong>br</strong> />
manifestaram so<strong>br</strong>e os trabalhos<<strong>br</strong> />
da Caixa de Assistência dos Advogados<<strong>br</strong> />
em prol dos advogados<<strong>br</strong> />
mineiros.<<strong>br</strong> />
Também participaram<<strong>br</strong> />
da reunião:<<strong>br</strong> />
O diretor da Escola Superior<<strong>br</strong> />
de Advocacia da <strong>OAB</strong>/MG,<<strong>br</strong> />
Antônio Marcos Nohmi; o diretor<<strong>br</strong> />
do Departamento de Apoio<<strong>br</strong> />
às Subseções, Adriano Cardoso<<strong>br</strong> />
da Silva e os representantes das<<strong>br</strong> />
subseções de Teófilo Otoni, Juiz<<strong>br</strong> />
de Fora, Conselheiro Lafaiete,<<strong>br</strong> />
Ipatinga, Governador Valadares,<<strong>br</strong> />
Manhuaçu, Barbacena, Contagem,<<strong>br</strong> />
Patos de Minas, Uberlândia,<<strong>br</strong> />
Montes Claros, Pouso Alegre, Sete<<strong>br</strong> />
Lagoas, Divinópolis, Varginha,<<strong>br</strong> />
Uberaba, Belo Horizonte, Betim,<<strong>br</strong> />
Passos e Poços de Caldas.<<strong>br</strong> />
Fotos Edu Marques<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
31
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
32<<strong>br</strong> />
Fotos Camila Lemes e Kerley Pita<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> realiza entregas de carteiras<<strong>br</strong> />
EM DOIS MESES FORAM ENTREGUES<<strong>br</strong> />
78 CARTEIRAS PARA ADVOGADOS E ESTAGIÁRIOS<<strong>br</strong> />
Por Camila Lemes e Kerley Pita<<strong>br</strong> />
A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Uberlândia realizou duas solenidades<<strong>br</strong> />
para a entrega de carteiras da<<strong>br</strong> />
Ordem, em fevereiro e março, totalizando<<strong>br</strong> />
66 para advogados e 21 para<<strong>br</strong> />
estagiários. O documento permite o<<strong>br</strong> />
exercício legal da profissão.<<strong>br</strong> />
A primeira solenidade ocorreu<<strong>br</strong> />
no dia 16 de fevereiro. O<<strong>br</strong> />
cerimonial foi organizado pelo<<strong>br</strong> />
conselheiro subseccional da <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
Uberlândia, Hecy Braga de Oliveira,<<strong>br</strong> />
seguido da abertura oficial,<<strong>br</strong> />
conduzida pelo presidente da<<strong>br</strong> />
Subseção, Egmar Sousa Ferraz.<<strong>br</strong> />
O paraninfo da turma foi o conselheiro<<strong>br</strong> />
seccional da <strong>OAB</strong>/MG,<<strong>br</strong> />
Deiber Magalhães Silva que, na<<strong>br</strong> />
ocasião, ressaltou a importância<<strong>br</strong> />
do exercício da Advocacia. A advogada,<<strong>br</strong> />
Soraia El Kadi, mem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />
da <strong>com</strong>issão <strong>OAB</strong> Jovem e do<<strong>br</strong> />
Conselho Estadual do Jovem Advogado<<strong>br</strong> />
explicou a importância da<<strong>br</strong> />
participação do advogado nas <strong>com</strong>issões<<strong>br</strong> />
da Subseção e <strong>com</strong>o isso<<strong>br</strong> />
pode auxiliar na carreira profissional<<strong>br</strong> />
do mesmo.<<strong>br</strong> />
No dia 22 de março, mês dedicado<<strong>br</strong> />
às mulheres, houve a segunda<<strong>br</strong> />
solenidade de entrega de<<strong>br</strong> />
carteiras. Naquela ocasião, a <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
Uberlândia realizou mais uma homenagem<<strong>br</strong> />
convidando <strong>com</strong>o paraninfa<<strong>br</strong> />
da turma a advogada Hélia<<strong>br</strong> />
Pereira Azevedo e a cerimonial<<strong>br</strong> />
também advogada, Jane Roza,<<strong>br</strong> />
mulheres que, juntamente <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
as diretoras da Ordem Ângela<<strong>br</strong> />
Botelho, Fernanda Dayrell, Magna<<strong>br</strong> />
Carrijo e a assessora especial da<<strong>br</strong> />
presidência, Iolanda Velasco, representaram<<strong>br</strong> />
todas as advogadas<<strong>br</strong> />
que trabalham por uma sociedade<<strong>br</strong> />
melhor para as mulheres. Azevedo<<strong>br</strong> />
afirmou que o <strong>com</strong>promisso<<strong>br</strong> />
do Direito é <strong>com</strong> a verdade e a<<strong>br</strong> />
liberdade democrática. Assim, ela<<strong>br</strong> />
finalizou parabenizando os novos<<strong>br</strong> />
colegas de profissão.<<strong>br</strong> />
O presidente, Egmar Sousa<<strong>br</strong> />
Ferraz discursou, reforçando a<<strong>br</strong> />
importância do papel social da<<strong>br</strong> />
advocacia. “É impossível realizar<<strong>br</strong> />
um trabalho justo sem conhecer<<strong>br</strong> />
a realidade. Temos um desafio<<strong>br</strong> />
cultural que é o de romper barreiras<<strong>br</strong> />
e termos consciência de que<<strong>br</strong> />
somos advogados de Uberlândia<<strong>br</strong> />
e que devemos ser ativos para a<<strong>br</strong> />
sociedade”, disse Ferraz.<<strong>br</strong> />
A terceira entrega de carteiras<<strong>br</strong> />
aconteceu no dia 30 de março,<<strong>br</strong> />
reunindo novos advogados e estagiários<<strong>br</strong> />
que receberam o documento<<strong>br</strong> />
das mãos dos familiares<<strong>br</strong> />
e amigos. O advogado, Cláudio<<strong>br</strong> />
Leocádio convidou os recém-<<strong>br</strong> />
-advogados da Ordem a participarem<<strong>br</strong> />
da <strong>com</strong>issão <strong>OAB</strong> Jovem e<<strong>br</strong> />
parabenizou-os. O paraninfo da<<strong>br</strong> />
turma, o advogado Moacyr Lobato<<strong>br</strong> />
disse que o profissional da área<<strong>br</strong> />
deve ser capaz de visualizar todos<<strong>br</strong> />
os fenômenos de maneira <strong>com</strong>pleta.<<strong>br</strong> />
“Sejam leais aos seus ideais,<<strong>br</strong> />
batalhem e lutem pelo progresso<<strong>br</strong> />
profissional, mas não se afastem<<strong>br</strong> />
do <strong>com</strong>promisso que fizeram<<strong>br</strong> />
aqui hoje. Advocacia requer serenidade<<strong>br</strong> />
e equilí<strong>br</strong>io. Desejo força,<<strong>br</strong> />
coragem, confiança, serenidade,<<strong>br</strong> />
estudo e respeito”, disse Lobato.<<strong>br</strong> />
A diretoria da Subseção de<<strong>br</strong> />
Uberlândia parabeniza o novos<<strong>br</strong> />
profissionais e os convida para<<strong>br</strong> />
integrarem as <strong>com</strong>issões e exercerem<<strong>br</strong> />
não só a profissão, mas<<strong>br</strong> />
trabalhos que contribuam para a<<strong>br</strong> />
classe dos advogados, bem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
promover melhorias para a sociedade.
Parceria <strong>OAB</strong> Uberlândia e<<strong>br</strong> />
AASP rende ótimos cursos<<strong>br</strong> />
para advogados e estudantes<<strong>br</strong> />
ATÉ O FINAL DE MARÇO JÁ FORAM REALIZADOS NOVE<<strong>br</strong> />
DIFERENTES CURSOS PARA APERFEIÇOAMENTO DO<<strong>br</strong> />
CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DO DIREITO<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
A Associação dos Advogados<<strong>br</strong> />
de São Paulo (AASP), existente<<strong>br</strong> />
desde 1943, continua oferecendo<<strong>br</strong> />
cursos de aprimoramento do<<strong>br</strong> />
conhecimento para advogados e<<strong>br</strong> />
estudantes de Direito. A 13ª Subseção<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong>/MG Uberlândia,<<strong>br</strong> />
gestão 2010/2012, visa a formação<<strong>br</strong> />
continuada e diversos cursos telepresenciais<<strong>br</strong> />
têm sido realizados na<<strong>br</strong> />
Sede, <strong>com</strong> preços acessíveis e conteúdo<<strong>br</strong> />
de alta qualidade. As aulas<<strong>br</strong> />
telepresenciais são em sistema de<<strong>br</strong> />
transmissão 'ao vivo' via satélite,<<strong>br</strong> />
possibilitando a remessa de inda-<<strong>br</strong> />
gações ao palestrante durante a<<strong>br</strong> />
exposição.<<strong>br</strong> />
Desde o início do ano até o<<strong>br</strong> />
final de março foram oferecidos<<strong>br</strong> />
nove cursos diferentes, dentre eles<<strong>br</strong> />
a Audiência trabalhista (30 e 31/02);<<strong>br</strong> />
as novas modalidades de subordinação<<strong>br</strong> />
no contrato de trabalho e na<<strong>br</strong> />
alteração do Art. 6° da CLT (30/01);<<strong>br</strong> />
Certificação digital: teoria geral do<<strong>br</strong> />
processo judicial eletrônico (07/02);<<strong>br</strong> />
Aspectos polêmicos do processo<<strong>br</strong> />
civil e empresarial (13 a 16/02) e<<strong>br</strong> />
Aspectos práticos das audiências<<strong>br</strong> />
cíveis (27/02 a 1°/03); Novas e polêmicas<<strong>br</strong> />
questões da ação de improbidade<<strong>br</strong> />
administrativa (05/03);<<strong>br</strong> />
Direito Eletrônico: Redes Sociais<<strong>br</strong> />
(15/03); Prática forense previdenciária:<<strong>br</strong> />
benefícios (19 a 21/03); As<<strong>br</strong> />
prescrições para os direitos: civil,<<strong>br</strong> />
processo civil, tributário, penal e<<strong>br</strong> />
processual penal (22/03) e Honorários<<strong>br</strong> />
Advocatícios (23/03).<<strong>br</strong> />
Para a<strong>br</strong>il já estão confirmados<<strong>br</strong> />
os cursos AASP de Diálogos entre o<<strong>br</strong> />
Direito de Família e o Processo Civil (9<<strong>br</strong> />
e 10/04) e Execução de Títulos extra<<strong>br</strong> />
judiciais (ação e defesas), <strong>com</strong> análise<<strong>br</strong> />
do projeto do novo CPC (16 e 17/04).<<strong>br</strong> />
As inscrições podem ser feitas na<<strong>br</strong> />
Sede da <strong>OAB</strong> Uberlândia, que fica na<<strong>br</strong> />
av. Rondon Pacheco, 980 ou pelo site<<strong>br</strong> />
da AASP www.aasp.org.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
Kerley Pita<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
33
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
34<<strong>br</strong> />
Kerley Pita<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />
Egmar Ferraz e Luís Eduardo Klovrza<<strong>br</strong> />
Luiz Eduardo Klovrza<<strong>br</strong> />
é o novo delegado da CAA<<strong>br</strong> />
GESTÃO SERÁ DE UM ANO E PROMETE AINDA MAIS<<strong>br</strong> />
INTEGRAÇÃO ENTRE CAIXA DE ASSISTÊNCIA E A 13ª SUBSEÇÃO<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
A Caixa de Assistência dos<<strong>br</strong> />
Advogados (CAA-MG) tem novo<<strong>br</strong> />
delegado, o advogado Luiz Eduardo<<strong>br</strong> />
Klovrza que atuará pela segunda<<strong>br</strong> />
vez (não consecutiva) na<<strong>br</strong> />
CAA/MG, substituindo seu antecessor,<<strong>br</strong> />
Carlos Henrique Melazo.<<strong>br</strong> />
De acordo <strong>com</strong> o delegado<<strong>br</strong> />
Luiz Eduardo, a meta será a integração<<strong>br</strong> />
da Subseção de Uberlândia<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a CAA. “Agradeço ao Dr.<<strong>br</strong> />
Carlos Melazo pelo trabalho desenvolvido<<strong>br</strong> />
e por ter a oportunidade<<strong>br</strong> />
de sucedê-lo frente à CAA<<strong>br</strong> />
e dar continuidade aos projetos.<<strong>br</strong> />
Vamos ter em 2012 planos de<<strong>br</strong> />
grandes convênios em benefício<<strong>br</strong> />
do advogado, especialmente na<<strong>br</strong> />
área da saúde e do lazer”, disse<<strong>br</strong> />
Klovrza.<<strong>br</strong> />
Ainda so<strong>br</strong>e os trabalhos, Luiz<<strong>br</strong> />
Eduardo enfatiza que haverá a reativação<<strong>br</strong> />
do cartão convênio, além da<<strong>br</strong> />
busca por parceiros que viabilizem<<strong>br</strong> />
descontos e benefícios ao advogado.<<strong>br</strong> />
A expectativa, segundo Klovrza,<<strong>br</strong> />
é conquistar maior apoio<<strong>br</strong> />
de Belo Horizonte aos novos<<strong>br</strong> />
projetos, principalmente no<<strong>br</strong> />
sentido de facilitar os acessos<<strong>br</strong> />
aos benefícios da Caixa, que na<<strong>br</strong> />
maioria dos casos são subutili-<<strong>br</strong> />
zados pelos advogados do interior.<<strong>br</strong> />
“Pretendemos levar a Caixa<<strong>br</strong> />
e seus benefícios ao ambiente<<strong>br</strong> />
forense, dando ao advogado a<<strong>br</strong> />
real percepção de que a Caixa<<strong>br</strong> />
existe para auxiliá-lo”, disse.<<strong>br</strong> />
O delegado da Caixa de Assistência<<strong>br</strong> />
está disponível para<<strong>br</strong> />
atender os advogados de segunda<<strong>br</strong> />
à sexta-feira, no período<<strong>br</strong> />
da manhã, na sala da CAA, localizada<<strong>br</strong> />
na Sede da <strong>OAB</strong> Uberlândia.<<strong>br</strong> />
Aqueles que precisarem de<<strong>br</strong> />
auxílio também poderão entrar<<strong>br</strong> />
em contato na CAA pelo telefone<<strong>br</strong> />
3235-8999 ou no escritório<<strong>br</strong> />
pessoal dele pelo 3236-1730.
<strong>OAB</strong> oferece novos convênios para melhor<<strong>br</strong> />
relação custo/benefício ao advogado<<strong>br</strong> />
PARCERIAS VÃO DESDE SAÚDE E CUIDADO<<strong>br</strong> />
COM AUTOMÓVEL ATÉ INVESTIMENTO EM ESTUDOS<<strong>br</strong> />
Os advogados e estagiários<<strong>br</strong> />
inscritos da 13ª Subseção da<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG Uberlândia estão amparados<<strong>br</strong> />
por convênios firmados<<strong>br</strong> />
entre a Ordem e empresas de<<strong>br</strong> />
diversos ramos no mercado que<<strong>br</strong> />
oferecem, desta forma, descontos<<strong>br</strong> />
e facilidades na hora de fazer utilização<<strong>br</strong> />
de alguns dos benefícios.<<strong>br</strong> />
Assim, a <strong>OAB</strong> preserva a classe<<strong>br</strong> />
de gastos elevados contribuindo,<<strong>br</strong> />
portanto,para a melhoria da relação<<strong>br</strong> />
custo/benefício nos mais variados<<strong>br</strong> />
serviços.<<strong>br</strong> />
A <strong>OAB</strong> Uberlândia mantém<<strong>br</strong> />
hoje 11 convênios, a<strong>br</strong>angendo<<strong>br</strong> />
segmentos de saúde, educação, finanças,<<strong>br</strong> />
lavanderia, ramo automotivo,<<strong>br</strong> />
estacionamento e vestuário. Os<<strong>br</strong> />
descontos variam de 10 a 50% do<<strong>br</strong> />
Veja quais serviços e descontos estão à sua disposição<<strong>br</strong> />
valor co<strong>br</strong>ado sem o convênio.<<strong>br</strong> />
As empresas conveniadas <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
a <strong>OAB</strong> Uberlândia são: Espaço<<strong>br</strong> />
Rama, Folic, Excelente Global, Vip<<strong>br</strong> />
Car Estacionamento, Dpaschoal,<<strong>br</strong> />
<strong>In</strong>nova Óptica, Dryclean USA,<<strong>br</strong> />
Crédito Aporte Caixa – Convênio<<strong>br</strong> />
Nacional <strong>com</strong> a <strong>OAB</strong>, Clínica Bella<<strong>br</strong> />
Vida, Cardiovida, Faculdade Católica<<strong>br</strong> />
de Uberlândia.<<strong>br</strong> />
Empresa Ramo Desconto Endereço<<strong>br</strong> />
Espaço Rama Estética 15% para advogados e estagiários<<strong>br</strong> />
Folic Vestuário 10% para advogados<<strong>br</strong> />
Excelente Global Idiomas<<strong>br</strong> />
Vip Car Estacionamento<<strong>br</strong> />
Dpaschoal Automóveis Pacote de serviços<<strong>br</strong> />
<strong>In</strong>nova Óptica Ótica<<strong>br</strong> />
Vantagens exclusivas para advogados e<<strong>br</strong> />
estagiários<<strong>br</strong> />
Avulso – rotativo – benefício de 50% de<<strong>br</strong> />
desconto na primeira hora<<strong>br</strong> />
Óculos solar, armação <strong>com</strong> lentes de grau<<strong>br</strong> />
20% para pagamento à vista<<strong>br</strong> />
15% parcelamento<<strong>br</strong> />
Dryclean USA Lavanderia 10% de desconto em qualquer serviço<<strong>br</strong> />
Crédito Aporte Caixa Linha de crédito Convênio Nacional <strong>com</strong> a <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
Cardiovida<<strong>br</strong> />
Faculdade Católica<<strong>br</strong> />
de Uberlândia<<strong>br</strong> />
Clínica Bella Vida<<strong>br</strong> />
Centro de Diagnóstico e<<strong>br</strong> />
Tratamento do Coração<<strong>br</strong> />
Cursos de graduação<<strong>br</strong> />
e pós-graduação<<strong>br</strong> />
Pediatria e<<strong>br</strong> />
Neonatologia<<strong>br</strong> />
Desconto nas consultas<<strong>br</strong> />
Graduação:<<strong>br</strong> />
Administração:40%<<strong>br</strong> />
Filosofia, Geografia, História, Pedagogia,<<strong>br</strong> />
Serviço Social, Tecnólogo em Logística e<<strong>br</strong> />
Teologia: 30%<<strong>br</strong> />
Jornalismo: 20%<<strong>br</strong> />
Direito: 18%<<strong>br</strong> />
Pós-graduação: 15% em todos os cursos<<strong>br</strong> />
Descontos nas consultas<<strong>br</strong> />
Iso Olhos Oftalmologia Descontos nas consultas, exames e cirurgias<<strong>br</strong> />
Cia Thermas do Rio<<strong>br</strong> />
Quente (CTRQ)<<strong>br</strong> />
Clube<<strong>br</strong> />
10% de desconto nas tarifas de hospedagem;<<strong>br</strong> />
25% de desconto no Hot Park e Praia do<<strong>br</strong> />
Cerrado<<strong>br</strong> />
Rua Eduardo Felice, 220<<strong>br</strong> />
Vigilato Pereira – 3238-8786<<strong>br</strong> />
Av. João Naves de Ávila, 1331<<strong>br</strong> />
Center Shopping – 3238-8766<<strong>br</strong> />
Av. Cipriano Del Favero 425<<strong>br</strong> />
Centro - 34 3214 1311<<strong>br</strong> />
Unidade Central – Rua Goiás, 77<<strong>br</strong> />
Centro - 3219-8640<<strong>br</strong> />
Av. Rondon Pacheco, 1670<<strong>br</strong> />
Vigilato Pereira – 2101-1400<<strong>br</strong> />
Av. Cipriano Del Fávero, 93<<strong>br</strong> />
Centro - 3210-3388<<strong>br</strong> />
Rua Duque de Caxias, 797<<strong>br</strong> />
3214-4009<<strong>br</strong> />
Agências Caixa Econômica Federal<<strong>br</strong> />
Ag. Tubal Vilela – 3303-7500<<strong>br</strong> />
Av. Getúlio Vargas, 194<<strong>br</strong> />
Centro - 3255-5001<<strong>br</strong> />
Rua Padre Pio, 300<<strong>br</strong> />
3236-0336<<strong>br</strong> />
Av. João Pinheiro, 300 – 3º andar<<strong>br</strong> />
Centro – 3214-9270<<strong>br</strong> />
Rua Eduardo Marquês, 50<<strong>br</strong> />
3230-5050<<strong>br</strong> />
Fazenda Água Quente<<strong>br</strong> />
64 3452-8080<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
35
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
36<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />
Eliseu Marques propôs a descentralização da Comissão de Prerrogativas<<strong>br</strong> />
Subseção de Uberlândia<<strong>br</strong> />
realiza reunião para capacitação<<strong>br</strong> />
dos delegados de prerrogativas<<strong>br</strong> />
VICE-PRESIDENTE DA <strong>OAB</strong>/MG, ELISEU MARQUES LANÇA PROPOSTA<<strong>br</strong> />
DE DESCENTRALIZAÇÃO DA COMISSÃO DE PRERROGATIVAS DA <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Uberlândia realizou em 3 de março<<strong>br</strong> />
uma reunião para capacitação<<strong>br</strong> />
dos delegados de prerrogativas<<strong>br</strong> />
e presidentes de subseções vizinhas,<<strong>br</strong> />
oferecida pela Comissão de<<strong>br</strong> />
Defesa, Assistência e Prerrogativas<<strong>br</strong> />
(CDAP) da <strong>OAB</strong>/MG. O vice-<<strong>br</strong> />
-presidente da <strong>OAB</strong>/MG, Eliseu<<strong>br</strong> />
Marques de Oliveira e o presidente<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong> Uberlândia, Egmar<<strong>br</strong> />
Sousa Ferraz, receberam a 1ª vice-<<strong>br</strong> />
-presidente da <strong>com</strong>issão, Cíntia<<strong>br</strong> />
Ribeiro de Freitas, o 2ª vice-presidente,<<strong>br</strong> />
Fa<strong>br</strong>ício Rabelo e o delegado<<strong>br</strong> />
de prerrogativa da <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />
MG, Herman Alexander Lacerda<<strong>br</strong> />
Teixeira, que explanaram para cerca<<strong>br</strong> />
30 participantes so<strong>br</strong>e os direitos<<strong>br</strong> />
dos advogados ao exercerem<<strong>br</strong> />
a profissão.<<strong>br</strong> />
Na reunião, o vice-presidente<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong>/MG Eliseu Marques de<<strong>br</strong> />
Oliveira propôs a descentraliza-<<strong>br</strong> />
Fotos Edu Marques<<strong>br</strong> />
ção da Comissão de Prerrogativas,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a meta de criar regionais em<<strong>br</strong> />
Uberlândia, Uberaba, Ituiutaba e<<strong>br</strong> />
Patos de Minas, sendo aprovada e<<strong>br</strong> />
a<strong>br</strong>açada por todos os presentes<<strong>br</strong> />
na reunião. De acordo <strong>com</strong> Eliseu<<strong>br</strong> />
Marques a proposta está em<<strong>br</strong> />
processo de apreciação do presidente<<strong>br</strong> />
da Seccional, Luís Cláudio<<strong>br</strong> />
Chaves, que tem a <strong>com</strong>petência<<strong>br</strong> />
originária para acatar o projeto<<strong>br</strong> />
sugerido.<<strong>br</strong> />
A <strong>OAB</strong> Uberlândia atualmente
conta <strong>com</strong> o Plantão de Prerrogativas,<<strong>br</strong> />
que atende casos de violação<<strong>br</strong> />
às prerrogativas no exercício<<strong>br</strong> />
da profissão. Diuturnamente há<<strong>br</strong> />
um diretor, um conselheiro subseccional<<strong>br</strong> />
e um delegado de prerrogativas<<strong>br</strong> />
à disposição da classe,<<strong>br</strong> />
podendo ser acionados através<<strong>br</strong> />
do telefone do SOS Prerrogativas<<strong>br</strong> />
- (34) 9993-5555.<<strong>br</strong> />
O presidente, Egmar Sousa<<strong>br</strong> />
Ferraz, afirmou que Uberlândia<<strong>br</strong> />
é referência em relação às defesas<<strong>br</strong> />
de prerrogativas. “Temos um<<strong>br</strong> />
SOS Prerrogativas que oferece total<<strong>br</strong> />
suporte para o advogado que<<strong>br</strong> />
tiver seu direito violado e sugiro<<strong>br</strong> />
que as subseções vizinhas também<<strong>br</strong> />
tenham. Temos tranquilidade<<strong>br</strong> />
nas demandas, mas estamos<<strong>br</strong> />
sempre à disposição do advogado.<<strong>br</strong> />
O problema que percebo é a<<strong>br</strong> />
falta de informação do advogado,<<strong>br</strong> />
precisamos fazer mais campanhas,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>bater e valorizar nossas<<strong>br</strong> />
prerrogativas”, disse Ferraz.<<strong>br</strong> />
Na 13ª Subseção, trabalham<<strong>br</strong> />
Público presente na reunião<<strong>br</strong> />
nove delegados de prerrogativas<<strong>br</strong> />
em regime de plantão para atender<<strong>br</strong> />
os advogados que tiverem os<<strong>br</strong> />
direitos violados no exercício da<<strong>br</strong> />
profissão. São eles: Benedito dos<<strong>br</strong> />
Reis Vieira, Eduardo Arantes Vilela,<<strong>br</strong> />
Hélio Ap. Marçal da Silva, José<<strong>br</strong> />
Rodrigues de Queiroz Jr., Luís Antônio<<strong>br</strong> />
Miranda, Marco Túlio Veiga,<<strong>br</strong> />
Reginaldo José do Prado, Roberto<<strong>br</strong> />
Santana Pioli, Anderson Machado.<<strong>br</strong> />
Estes delegados atuam <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
o apoio de 11 conselheiros, que<<strong>br</strong> />
são: Simone Silva Prudêncio, Eurípedes<<strong>br</strong> />
de Almeida, Hecy Braga de<<strong>br</strong> />
Oliveira, Kenedy José Urzedo de<<strong>br</strong> />
Queiroz, Leonardo Alves Canuto,<<strong>br</strong> />
Leonardo Pereira Rocha Moreira,<<strong>br</strong> />
Lilian Takata, Luciano de Salles<<strong>br</strong> />
Monteiro, Rodrigo Magno de Macedo,<<strong>br</strong> />
Sebastião Roberto de Araújo<<strong>br</strong> />
e Selmo Gonçalves Ca<strong>br</strong>al.<<strong>br</strong> />
A Seccional Mineira elaborou,<<strong>br</strong> />
por meio da <strong>com</strong>issão, uma Cartilha<<strong>br</strong> />
de Prerrogativas inovadora,<<strong>br</strong> />
que foi distribuída aos presentes.<<strong>br</strong> />
Nesta, há informações conceituais<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e os direitos dos advogados<<strong>br</strong> />
e questões práticas que exemplificam<<strong>br</strong> />
casos de violação das prerrogativas.<<strong>br</strong> />
O objetivo do documento<<strong>br</strong> />
é instruir o advogado, auxiliando-<<strong>br</strong> />
-o na defesa de seus direitos.<<strong>br</strong> />
De acordo <strong>com</strong> a cartilha,<<strong>br</strong> />
o conceito de prerrogativa “é a<<strong>br</strong> />
primazia deferida a certas pessoas<<strong>br</strong> />
em razão do cargo ocupado<<strong>br</strong> />
ou do ofício que desempenham.<<strong>br</strong> />
Nesta razão, prerrogativa, juridicamente,<<strong>br</strong> />
entende-se o direito exclusivo,<<strong>br</strong> />
que se defere ou se atribui<<strong>br</strong> />
a certas funções ou dignidades”.<<strong>br</strong> />
(DE PLÁCIDO E SILVA, Vocabulário<<strong>br</strong> />
Jurídico – Ed. Forense: Rio de Janeiro,<<strong>br</strong> />
2008, p.1.085/1.086)<<strong>br</strong> />
A Lei Federal n. 8.906/94 –<<strong>br</strong> />
Estatuto da Advocacia e da <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
regulamenta o preceito constitucional<<strong>br</strong> />
e prevê os direitos e<<strong>br</strong> />
prerrogativas do Advogado, mais<<strong>br</strong> />
precisamente nos artigos 6° e 7°,<<strong>br</strong> />
sendo que no último delineia-se<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o prerrogativas a liberdade<<strong>br</strong> />
de exercício profissional; invio-<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
37
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
38<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />
labilidade de seu local e instrumentos<<strong>br</strong> />
de trabalho, em garantia<<strong>br</strong> />
da liberdade de defesa e do<<strong>br</strong> />
sigilo profissional; <strong>com</strong>unicação<<strong>br</strong> />
pessoal e reservado <strong>com</strong> seus<<strong>br</strong> />
constituintes; presença da Ordem,<<strong>br</strong> />
ao ser preso em razão do exercício<<strong>br</strong> />
da advocacia; prisão especial<<strong>br</strong> />
condigna antes de condenação<<strong>br</strong> />
transitada em julgado; acesso e<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>unicação livres nos locais de<<strong>br</strong> />
exercício da advocacia; exame e<<strong>br</strong> />
vista de autos de processos em<<strong>br</strong> />
órgãos públicos; desagravo público,<<strong>br</strong> />
quando ofendido no exercício<<strong>br</strong> />
profissional; e uso dos símbolos<<strong>br</strong> />
privativos da advocacia.<<strong>br</strong> />
Segundo a 1ª vice-presidente<<strong>br</strong> />
da Comissão de Defesa, Assistência<<strong>br</strong> />
e Prerrogativas da <strong>OAB</strong>/MG,<<strong>br</strong> />
Cíntia Ribeiro Freitas, a grande<<strong>br</strong> />
vilã das prerrogativas é a falta de<<strong>br</strong> />
conhecimento por parte do advogado<<strong>br</strong> />
e das instituições. “Hoje<<strong>br</strong> />
a afronta às prerrogativas é muito<<strong>br</strong> />
mais a falta de informação do<<strong>br</strong> />
advogado e o desconhecimento<<strong>br</strong> />
do seu próprio direito, o advogado<<strong>br</strong> />
primordialmente tem que ser<<strong>br</strong> />
o defensor da prerrogativa dele”,<<strong>br</strong> />
disse.<<strong>br</strong> />
A Comissão da <strong>OAB</strong>/MG tem<<strong>br</strong> />
realizado reuniões e convenções<<strong>br</strong> />
institucionais para solucionar a<<strong>br</strong> />
questão de forma não isolada,<<strong>br</strong> />
mas institucional, <strong>com</strong>o ocorreu<<strong>br</strong> />
no exemplo citado por Cíntia:<<strong>br</strong> />
“Firmamos um encontro <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />
corregedor da Polícia Civil porque<<strong>br</strong> />
sistematicamente nesta entidade<<strong>br</strong> />
as buscas e apreensões, e a prisão<<strong>br</strong> />
do advogado são realizadas sem<<strong>br</strong> />
o contato <strong>com</strong> a Ordem, o que<<strong>br</strong> />
afronta a prerrogativa especificada<<strong>br</strong> />
no artigo 6 e 7 da Lei 8906/94.<<strong>br</strong> />
As instituições de modo geral<<strong>br</strong> />
desconhecem as prerrogativas do<<strong>br</strong> />
advogado e estamos sempre aptos<<strong>br</strong> />
a dar total apoio aos advogados<<strong>br</strong> />
mineiros”, disse.<<strong>br</strong> />
Baseado nesta premissa, a<<strong>br</strong> />
Comissão intensifica os trabalhos<<strong>br</strong> />
para divulgar e orientar os<<strong>br</strong> />
delegados de prerrogativas. De<<strong>br</strong> />
acordo <strong>com</strong> Cíntia Freitas, o próximo<<strong>br</strong> />
passo é estender o curso<<strong>br</strong> />
de capacitação de forma regionalizada,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> o objetivo de que<<strong>br</strong> />
os delegados de prerrogativas<<strong>br</strong> />
se instruam para fazer a defesa<<strong>br</strong> />
das prerrogativas e disseminar o<<strong>br</strong> />
conhecimento para outros advogados.<<strong>br</strong> />
“As prerrogativas do advogado<<strong>br</strong> />
são mais que um DIREITO,<<strong>br</strong> />
são um DEVER, porque o mesmo<<strong>br</strong> />
não está defendendo seu próprio<<strong>br</strong> />
direito, mas o direito do cidadão.<<strong>br</strong> />
É fundamental a união da instituição<<strong>br</strong> />
para que possamos nos fortalecer,<<strong>br</strong> />
só assim nós vamos poder<<strong>br</strong> />
defender o Estado Democrático<<strong>br</strong> />
de Direito”, concluiu.<<strong>br</strong> />
As prerrogativas dos advogados<<strong>br</strong> />
são violadas em todas as áreas<<strong>br</strong> />
do Direito e da atuação da advocacia,<<strong>br</strong> />
de acordo <strong>com</strong> o 2° vice-presidente<<strong>br</strong> />
da Comissão de Defesa,<<strong>br</strong> />
Assistência e Prerrogativas da <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />
MG, Fa<strong>br</strong>ício Rabelo. “Em algumas<<strong>br</strong> />
áreas são mais expressivas, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
na área criminal, por exemplo, o<<strong>br</strong> />
acesso a clientes que estão detidos,<<strong>br</strong> />
a inquéritos, embate em geral <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
autoridades policiais e afins. Nós<<strong>br</strong> />
verificamos muitas vezes que os<<strong>br</strong> />
embates ocorrem nas audiências<<strong>br</strong> />
quando há, por exemplo, o acato<<strong>br</strong> />
de alguma pergunta formulado<<strong>br</strong> />
pelo advogado que às vezes resiste<<strong>br</strong> />
em incluir em pauta. Na Justiça do<<strong>br</strong> />
Trabalho pontualmente estamos<<strong>br</strong> />
enfrentando problemas <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />
atas de audiência, que agora não<<strong>br</strong> />
possuem mais a assinatura e não<<strong>br</strong> />
estão exigindo-a dos advogados.<<strong>br</strong> />
São problemas inúmeros, diversos,<<strong>br</strong> />
pulverizados que sempre acionam<<strong>br</strong> />
a presença da <strong>OAB</strong> através da nossa<<strong>br</strong> />
Comissão”, explicou.<<strong>br</strong> />
A Comissão de Defesa, Assistência<<strong>br</strong> />
e Prerrogativas da <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />
MG, segundo seu juízo de admissibilidade,<<strong>br</strong> />
intervirá em prol<<strong>br</strong> />
do advogado e do estagiário regulamente<<strong>br</strong> />
inscrito, mediante os<<strong>br</strong> />
seguintes procedimentos formais:<<strong>br</strong> />
representação, assistência e/ou<<strong>br</strong> />
desagravo.
Destaque<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> conquista correição extraordinária<<strong>br</strong> />
na Justiça Estadual de Uberlândia<<strong>br</strong> />
TJMG REALIZARÁ CORREIÇÃO EXTRAORDINÁRIA<<strong>br</strong> />
EM TODAS AS VARAS CÍVEIS EM ABRIL<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
Atendendo ao pedido da 13ª<<strong>br</strong> />
Subseção da Ordem dos Advogados<<strong>br</strong> />
do Brasil Seção Minas<<strong>br</strong> />
Gerais, a Corregedoria do TJMG<<strong>br</strong> />
realizará nesta Comarca uma<<strong>br</strong> />
Correição extraordinária em todas<<strong>br</strong> />
as Varas Cíveis, no período<<strong>br</strong> />
de 10 a 13 de a<strong>br</strong>il - 1ª,2ª,3ª, 4ª e<<strong>br</strong> />
5ª Varas Cíveis – e de 24 a 27 de<<strong>br</strong> />
a<strong>br</strong>il – 6ª,7ª,8ª,9ª e 10ª Varas Cíveis.<<strong>br</strong> />
A solicitação da 13ª Subseção<<strong>br</strong> />
originou-se nas Assembleias<<strong>br</strong> />
realizadas no ano de 2011 e culminará<<strong>br</strong> />
na melhoria da prestação<<strong>br</strong> />
jurisdicional.<<strong>br</strong> />
Em fevereiro, o presidente<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong>/MG Uberlândia, Egmar<<strong>br</strong> />
Sousa Ferraz, o vice-presidente<<strong>br</strong> />
da Seccional Mineira da <strong>OAB</strong>,<<strong>br</strong> />
Eliseu Marques e conselheiros<<strong>br</strong> />
reuniram-se no gabinete do<<strong>br</strong> />
corregedor-geral de Justiça de<<strong>br</strong> />
Minas Gerais, o desembargador<<strong>br</strong> />
Antônio Marcos Alvim Soares,<<strong>br</strong> />
solicitando a correição extraordinária.<<strong>br</strong> />
Na ocasião, apresentaram<<strong>br</strong> />
requerimento assinado<<strong>br</strong> />
pelos diretores e por dez conselheiros<<strong>br</strong> />
para instauração de<<strong>br</strong> />
correição em cinco Varas na<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>arca de Uberlândia.<<strong>br</strong> />
“A <strong>OAB</strong> não pode silenciar<<strong>br</strong> />
quanto aos problemas existentes<<strong>br</strong> />
no Fórum local, cabendo<<strong>br</strong> />
à nossa instituição provocar o<<strong>br</strong> />
poder constituído, a fim de que<<strong>br</strong> />
este atenda o cidadão de maneira<<strong>br</strong> />
mais célere e eficaz, sempre<<strong>br</strong> />
respeitando as prerrogativas<<strong>br</strong> />
dos advogados”, afirmou o<<strong>br</strong> />
presidente, Egmar Ferraz.<<strong>br</strong> />
O objetivo da correição é<<strong>br</strong> />
possibilitar que as referidas<<strong>br</strong> />
Varas recebam uma atenção<<strong>br</strong> />
especial do Tribunal de Justiça<<strong>br</strong> />
de Minas Gerais (TJMG), a<<strong>br</strong> />
fim de eliminar as deficiências<<strong>br</strong> />
apontadas pelos advogados de<<strong>br</strong> />
Uberlândia em assembleias.<<strong>br</strong> />
Esta é uma vitória histórica<<strong>br</strong> />
não só da Advocacia de Uberlândia,<<strong>br</strong> />
mas também de toda a<<strong>br</strong> />
sociedade uberlandense, que<<strong>br</strong> />
receberá doravante uma prestação<<strong>br</strong> />
jurisdicional melhor.<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
39
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
40<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> ACONTECE<<strong>br</strong> />
Novo <strong>com</strong>ando das polícias Militar e Civil<<strong>br</strong> />
Cel. Crovato<<strong>br</strong> />
Diretoria da <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />
é apresentada ao novo <strong>com</strong>ando<<strong>br</strong> />
das Polícias Militar e Civil<<strong>br</strong> />
ENCONTRO COM OS NOVOS COMANDANTES TEVE OBJETIVO DE<<strong>br</strong> />
DISCUTIR AS QUESTÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA EM UBERLÂNDIA<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
A diretoria da 13ª Subseção<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong>/MG Uberlândia e o Conselho<<strong>br</strong> />
Subseccional receberam no<<strong>br</strong> />
dia 6 de março, na Sede, os integrantes<<strong>br</strong> />
do novo <strong>com</strong>ando da<<strong>br</strong> />
Polícia Militar e Civil da cidade. O<<strong>br</strong> />
encontro teve <strong>com</strong>o finalidade a<<strong>br</strong> />
discussão da segurança pública<<strong>br</strong> />
em Uberlândia.<<strong>br</strong> />
O presidente da Subseção,<<strong>br</strong> />
Egmar Sousa Ferraz, afirmou que<<strong>br</strong> />
a Ordem reconhece o trabalho<<strong>br</strong> />
positivo realizado pelas polícias<<strong>br</strong> />
para manter a paz social. “A questão<<strong>br</strong> />
da segurança pública vem me<<strong>br</strong> />
in<strong>com</strong>odando há um tempo, e<<strong>br</strong> />
temos que conseguir deixar um<<strong>br</strong> />
único legado, que é a coragem<<strong>br</strong> />
de batalhar por uma cidade mais<<strong>br</strong> />
segura. A Ordem está ao lado da<<strong>br</strong> />
Polícia Civil e Militar, que hoje podemos<<strong>br</strong> />
afirmar que atua baseada<<strong>br</strong> />
no respeito e que nenhum advogado<<strong>br</strong> />
de Uberlândia é conduzido<<strong>br</strong> />
pela PM antes de informarem a<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>, uma prova de que nossas
prerrogativas estão sendo cumpridas”,<<strong>br</strong> />
disse Ferraz.<<strong>br</strong> />
A reunião norteou a manutenção<<strong>br</strong> />
e melhoria da segurança<<strong>br</strong> />
pública, reunindo entidades para<<strong>br</strong> />
trabalharem em parceria nos projetos<<strong>br</strong> />
tanto de prevenção quanto de<<strong>br</strong> />
atuação imediata no <strong>com</strong>bate aos<<strong>br</strong> />
diversos crimes. A Ordem busca<<strong>br</strong> />
aproximar-se dos órgãos de segurança<<strong>br</strong> />
para contribuir ativamente<<strong>br</strong> />
em prol de uma realidade melhor.<<strong>br</strong> />
De acordo <strong>com</strong> o coronel da<<strong>br</strong> />
Polícia Militar e chefe da 9ª Região<<strong>br</strong> />
de Polícia Militar, Dilmar Crovato,<<strong>br</strong> />
a sociedade deve participar<<strong>br</strong> />
criticamente e dar sugestões no<<strong>br</strong> />
que tange ao trabalho dos órgãos<<strong>br</strong> />
do Estado. “O grande propósito<<strong>br</strong> />
do trabalho das polícias é a construção<<strong>br</strong> />
da paz social, o que isoladamente<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a PM é impossível,<<strong>br</strong> />
mas quando tem pessoas sérias,<<strong>br</strong> />
instituições sérias <strong>com</strong>prometidas<<strong>br</strong> />
e abnegadas, <strong>com</strong> certeza o<<strong>br</strong> />
caminho é muito mais fácil”, disse<<strong>br</strong> />
o Cel Crovato.<<strong>br</strong> />
Para a atual Delegada Regional<<strong>br</strong> />
da Polícia Civil de Uberlândia,<<strong>br</strong> />
Márcia Regina Pussoli, o momento<<strong>br</strong> />
é trabalhoso. “Vamos precisar<<strong>br</strong> />
do apoio de todos, população,<<strong>br</strong> />
entidades, principalmente para<<strong>br</strong> />
atuarmos e darmos respostas à<<strong>br</strong> />
sociedade. Um dos pontos em<<strong>br</strong> />
que somos mais co<strong>br</strong>ados está<<strong>br</strong> />
relacionado ao crime, pois o índice<<strong>br</strong> />
de homicídio em Uberlândia<<strong>br</strong> />
está alto em <strong>com</strong>paração aos outros<<strong>br</strong> />
anos. Sabemos que isso também<<strong>br</strong> />
é provocado pelo tráfico de<<strong>br</strong> />
drogas, os menores que entraram<<strong>br</strong> />
muito cedo nessa vida, e isso é<<strong>br</strong> />
um efeito em cadeia que precisamos<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>bater. Sozinhos não conseguiremos<<strong>br</strong> />
nada”, disse Pussoli.<<strong>br</strong> />
Participaram da reunião: Cel<<strong>br</strong> />
Crovato, Com. da 9ª Região de Polícia<<strong>br</strong> />
Militar; Márcia Regina Pussoli,<<strong>br</strong> />
Del. Regional da Polícia Civil; Cel.<<strong>br</strong> />
Adanil, diretor do presídio Jacy de<<strong>br</strong> />
Assis; Cap. Carlos Magno, da 9ª Cia<<strong>br</strong> />
de Meio Ambiente e Transporte<<strong>br</strong> />
Rodoviário; Ten. Cel. Wesley, Com.<<strong>br</strong> />
do 17° BPM; Tem. Cel Sandro, Com.<<strong>br</strong> />
do 32° BPM; Major Donizete, Com.<<strong>br</strong> />
da 2ª Cia de Missões Especiais e<<strong>br</strong> />
Rafael Affonso, representante de<<strong>br</strong> />
Luciano Cunha, da Assessoria de<<strong>br</strong> />
<strong>In</strong>formação e <strong>In</strong>teligência – SUAPI<<strong>br</strong> />
- 9ª RISP.<<strong>br</strong> />
A <strong>OAB</strong> Uberlândia foi representada<<strong>br</strong> />
pelo presidente, Egmar<<strong>br</strong> />
Sousa Ferraz, a vice-presidente,<<strong>br</strong> />
Ângela Botelho; o diretor-tesoureiro<<strong>br</strong> />
Adauto Alves; o mem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />
do Tribunal de Ética e Disciplina,<<strong>br</strong> />
Ricardo Lotti; o presidente da<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>issão Direito Penal, Rogério<<strong>br</strong> />
Zeidan; o conselheiro subseccio-<<strong>br</strong> />
Del. Márcia Pussoli<<strong>br</strong> />
nal Rodrigo Magno de Macedo; o<<strong>br</strong> />
conselheiro subseccional, Selmo<<strong>br</strong> />
Gonçalves Ca<strong>br</strong>al; o presidente<<strong>br</strong> />
da <strong>com</strong>issão Direitos Humanos,<<strong>br</strong> />
Luís César Machado de Macedo.<<strong>br</strong> />
Fotos Kerley Pita<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
41
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
42<<strong>br</strong> />
T RIBUNAL DE ÉTICA<<strong>br</strong> />
O TED é formado por 31 julgadores de todo Estado<<strong>br</strong> />
TED avalia <strong>com</strong>portamento<<strong>br</strong> />
dos advogados<<strong>br</strong> />
O TRIBUNAL DE ÉTICA E DISCIPLINA DA <strong>OAB</strong>/MG É CONSIDERADO<<strong>br</strong> />
UM ÓRGÃO DE EXCELÊNCIA NOS TRABALHOS REALIZADOS<<strong>br</strong> />
O Tribunal de Ética e Disciplina<<strong>br</strong> />
(TED), da Ordem dos Advogados<<strong>br</strong> />
do Brasil, Seção Minas Gerais é<<strong>br</strong> />
um órgão destinado a nortear e<<strong>br</strong> />
advertir a respeito da ética profissional,<<strong>br</strong> />
instruindo e julgando os<<strong>br</strong> />
processos disciplinares dos advogados,<<strong>br</strong> />
de acordo <strong>com</strong> regras do<<strong>br</strong> />
Estatuto e do Regulamento Geral.<<strong>br</strong> />
O TED da Seccional Mineira é<<strong>br</strong> />
presidido pelo advogado Décio<<strong>br</strong> />
de Carvalho, chefe do TED, Fa<strong>br</strong>ício<<strong>br</strong> />
de Marcos Guimarães e o se-<<strong>br</strong> />
cretário do TED, Adriano Luiz do<<strong>br</strong> />
Couto. O órgão é <strong>com</strong>posto por<<strong>br</strong> />
31 advogados de todo o Estado,<<strong>br</strong> />
que são nomeados julgadores e<<strong>br</strong> />
divididos em cinco turmas julgadoras,<<strong>br</strong> />
sendo que cada uma delas<<strong>br</strong> />
é <strong>com</strong>posta por um presidente.<<strong>br</strong> />
A <strong>OAB</strong> Uberlândia é representada<<strong>br</strong> />
no TED por sete julgadores,<<strong>br</strong> />
sendo que um deles atua também<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o presidente de uma turma<<strong>br</strong> />
julgadora, que é o advogado, José<<strong>br</strong> />
Eduardo Batista (presidente e jul-<<strong>br</strong> />
gador da 3ª turma) seguido dos<<strong>br</strong> />
julgadores Ricardo Luiz Lotti (1ª<<strong>br</strong> />
turma); Salvio Moreira Pena Franco<<strong>br</strong> />
(2ª turma);Écio Roza (3ª turma);<<strong>br</strong> />
Pauliran Gomes e Silva (3ª turma);<<strong>br</strong> />
Carlos Alberto Miro da Silva (4ª<<strong>br</strong> />
turma) e Viviane Espíndola Vieira<<strong>br</strong> />
(4ª turma).<<strong>br</strong> />
O Tribunal de Ética é centralizado<<strong>br</strong> />
em Belo Horizonte, julgando<<strong>br</strong> />
processos de todo o Estado. Para<<strong>br</strong> />
o presidente do TED, Décio de<<strong>br</strong> />
Carvalho Mitre, a <strong>OAB</strong> Uberlândia
é bem representada no Tribunal<<strong>br</strong> />
de Ética. “A <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />
é uma das mais queridas e mais<<strong>br</strong> />
produtivas do Estado e os relatores<<strong>br</strong> />
se destacam por serem sérios<<strong>br</strong> />
e cultos”, disse Mitre.<<strong>br</strong> />
Funcionamento do TED<<strong>br</strong> />
A função do TED, no campo<<strong>br</strong> />
da ética profissional, é apurar,<<strong>br</strong> />
mediante processo legal, as faltas<<strong>br</strong> />
éticas e disciplinares, eventualmente<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>etidas pelos advogados,<<strong>br</strong> />
aplicando as sanções disciplinares<<strong>br</strong> />
previstas no Estatuto da<<strong>br</strong> />
Advocacia e da <strong>OAB</strong>.<<strong>br</strong> />
Anteriormente ao Tribunal<<strong>br</strong> />
de Ética, a denúncia é feita ao<<strong>br</strong> />
Conselho de Ética de cada Subseção<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong>/MG, que realiza<<strong>br</strong> />
o juízo de instrução, ouve as<<strong>br</strong> />
partes, oferece direito de defesa<<strong>br</strong> />
para o advogado e redige o<<strong>br</strong> />
relatório preliminar, concluindo<<strong>br</strong> />
a ocorrência ou não de punição.<<strong>br</strong> />
Dessa forma, apresenta um parecer<<strong>br</strong> />
pelo arquivamento ou pela<<strong>br</strong> />
punição e o transfere para o Tribunal<<strong>br</strong> />
de Ética.<<strong>br</strong> />
A sessão de julgamento acontece<<strong>br</strong> />
uma vez por mês no Tribunal<<strong>br</strong> />
de Ética e Disciplina (TED), em<<strong>br</strong> />
Belo Horizonte. O TED recebe o<<strong>br</strong> />
processo administrativo disciplinar<<strong>br</strong> />
(PAD) elaborado pelo Conselho.<<strong>br</strong> />
Assim, cada julgador fica<<strong>br</strong> />
responsável por oito processos,<<strong>br</strong> />
nos quais cada presidente será<<strong>br</strong> />
relator, levando para a sessão de<<strong>br</strong> />
julgamento o processo, o relatório<<strong>br</strong> />
e o voto.<<strong>br</strong> />
Em casos de punições cabe<<strong>br</strong> />
advertência, multa, suspensão,<<strong>br</strong> />
suspensão preventiva e exclusão,<<strong>br</strong> />
que é a pena máxima dada ao advogado.<<strong>br</strong> />
Para atuar no TED é necessário<<strong>br</strong> />
que o advogado tenha mais<<strong>br</strong> />
de cinco anos de inscrição na<<strong>br</strong> />
Dr. Décio Mitre, presidente do TED <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>, nenhuma mancha acusação<<strong>br</strong> />
profissional, doação de tempo de<<strong>br</strong> />
serviço e vocação.<<strong>br</strong> />
TED julgou 7536 processos<<strong>br</strong> />
entre 2008 e 2011<<strong>br</strong> />
O Tribunal de Ética e Disciplina<<strong>br</strong> />
(TED) da <strong>OAB</strong>/MG divulgou no<<strong>br</strong> />
início do ano, um relatório <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
a quantidade de julgamentos realizados<<strong>br</strong> />
pelo Tribunal de 2008 a<<strong>br</strong> />
2011. Ao todo foram decididos<<strong>br</strong> />
7.536 processos, sendo incluído<<strong>br</strong> />
o número de 2.749 de advogados<<strong>br</strong> />
inadimplentes para <strong>com</strong> a instituição.<<strong>br</strong> />
Para a obtenção desses<<strong>br</strong> />
números foram realizadas 134<<strong>br</strong> />
sessões de julgamentos.<<strong>br</strong> />
Número de processos julgados: 7.536<<strong>br</strong> />
Número de sessões realizadas: 134<<strong>br</strong> />
Improcedentes: 1.679<<strong>br</strong> />
Suspensões: 2.209 + 2.749 (inadimplentes/junho 2011) = 4.958<<strong>br</strong> />
Suspensões preventivas: 8<<strong>br</strong> />
Censuras: 288<<strong>br</strong> />
Advertências: 294<<strong>br</strong> />
Prescrições: 133<<strong>br</strong> />
<strong>In</strong><strong>com</strong>petência: 4<<strong>br</strong> />
Extintos: 85<<strong>br</strong> />
Anulado: 1<<strong>br</strong> />
Consultas em tese: 63<<strong>br</strong> />
FONTE: TED <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Fotos <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
A <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
Uberlândia é<<strong>br</strong> />
uma das mais<<strong>br</strong> />
queridas e mais<<strong>br</strong> />
produtivas do<<strong>br</strong> />
Estado e os<<strong>br</strong> />
relatores se<<strong>br</strong> />
destacam por<<strong>br</strong> />
serem sérios e<<strong>br</strong> />
cultos”<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
43
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
44<<strong>br</strong> />
T RIBUNAL DE ÉTICA<<strong>br</strong> />
Com a palavra,<<strong>br</strong> />
os julgadores do TED<<strong>br</strong> />
O Tribunal de Ética é muito<<strong>br</strong> />
bem representado no Conselho<<strong>br</strong> />
Federal, temos um prestígio juntamente<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> São Paulo e Rio de<<strong>br</strong> />
Janeiro <strong>com</strong>o tribunal sério. É um<<strong>br</strong> />
trabalho de muita responsabilidade,<<strong>br</strong> />
muito gratificante por um<<strong>br</strong> />
lado porque a classe reconheceu<<strong>br</strong> />
que temos atributos para estar<<strong>br</strong> />
na condição de julgadores, mas<<strong>br</strong> />
também é um trabalho muito<<strong>br</strong> />
constrangedor por termos que<<strong>br</strong> />
aplicar uma sanção a um colega,<<strong>br</strong> />
este é o lado ruim. Com meus<<strong>br</strong> />
anos de trabalho no TED não sabia<<strong>br</strong> />
que era tão grave a questão<<strong>br</strong> />
do descaso do advogado <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
o cliente, por isso hoje sou mais<<strong>br</strong> />
próximo do meu cliente, ouço<<strong>br</strong> />
mais, e não só ofereço um apoio<<strong>br</strong> />
jurídico e técnico, mas me tornei<<strong>br</strong> />
um advogado mais preventivo<<strong>br</strong> />
que contencioso.<<strong>br</strong> />
Dr. José Eduardo Batista<<strong>br</strong> />
Julgador e presidente da 3ª T.<<strong>br</strong> />
TED/<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Fotos Edu Marques<<strong>br</strong> />
O trabalho realizado no TED<<strong>br</strong> />
é muitíssimo sério, é praticamente<<strong>br</strong> />
o órgão de 2ª estância<<strong>br</strong> />
onde convergem as maiorias<<strong>br</strong> />
das representações disciplinares<<strong>br</strong> />
principalmente movidas de<<strong>br</strong> />
advogado contra advogado e<<strong>br</strong> />
onde há o primeiro julgamento<<strong>br</strong> />
(já que nas subseções o voto é<<strong>br</strong> />
opinativo, no TED há um julgamento<<strong>br</strong> />
real das representações e<<strong>br</strong> />
para o julgamento são observados<<strong>br</strong> />
todos e quaisquer direitos<<strong>br</strong> />
e prerrogativas do advogado.<<strong>br</strong> />
São poucos os advogados que<<strong>br</strong> />
infringem o código de ética,<<strong>br</strong> />
embora ressalvo que mesmo<<strong>br</strong> />
advogado sério se não observar<<strong>br</strong> />
bem o estatuto está sujeito a<<strong>br</strong> />
possível infração ética disciplinar,<<strong>br</strong> />
pois o código é bastante extenso<<strong>br</strong> />
e o advogado tem que ter um<<strong>br</strong> />
cuidado redo<strong>br</strong>ado para que não<<strong>br</strong> />
seja demandado por aqueles<<strong>br</strong> />
dispositivos legais.<<strong>br</strong> />
Dr. Écio Roza<<strong>br</strong> />
Julgador da 3ª T. TED/<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
A principal preocupação do Ted<<strong>br</strong> />
é <strong>com</strong> a relevância da advocacia<<strong>br</strong> />
e para dar uma resposta para a<<strong>br</strong> />
sociedade, para aqueles que não<<strong>br</strong> />
se sentem atendidos, enfim, é<<strong>br</strong> />
uma resposta justa e em conformidade<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> os princípios éticos<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong>. Advogado hoje: a classe<<strong>br</strong> />
é bastante produtiva, em geral a<<strong>br</strong> />
classe não apresenta problemas<<strong>br</strong> />
pontuais éticos, mas sim divergência<<strong>br</strong> />
de relacionamento <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
o cliente. Problemas de faltas<<strong>br</strong> />
disciplinares acontecem, mas<<strong>br</strong> />
não predominam. O TED é um<<strong>br</strong> />
tribunal que tem uma importância<<strong>br</strong> />
muito grande para a classe<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o um todo da <strong>OAB</strong>, não há<<strong>br</strong> />
um corporativismo, as decisões<<strong>br</strong> />
primam pelo cumprimento do<<strong>br</strong> />
código de ética e pela valorização<<strong>br</strong> />
da profissão, não é um tribunal<<strong>br</strong> />
que apenas aceita ou tende<<strong>br</strong> />
a incumbir falhas disciplinares,<<strong>br</strong> />
é coerente <strong>com</strong> a valorização da<<strong>br</strong> />
classe em prol da sociedade.<<strong>br</strong> />
Dr. Pauliran Gomes da Silva<<strong>br</strong> />
Julgador da 4ª T. TED/<strong>OAB</strong>/MG
A nossa classe, talvez pela própria<<strong>br</strong> />
formação humanística, ou<<strong>br</strong> />
mesmo pela sua indispensabilidade<<strong>br</strong> />
para a proteção, defesa e<<strong>br</strong> />
sustentação do Estado Democrático<<strong>br</strong> />
de Direito, <strong>com</strong>preende<<strong>br</strong> />
o dever do TED de agir dentro<<strong>br</strong> />
dos limites impostos pela moral<<strong>br</strong> />
e pela ética, tanto é que, considerando<<strong>br</strong> />
a grande quantidade<<strong>br</strong> />
de advogados atuando, aqueles<<strong>br</strong> />
que <strong>com</strong>etem desvios éticos ou<<strong>br</strong> />
disciplinares são relativamente<<strong>br</strong> />
poucos. Desse modo, e <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
essas ressalvas, posso concluir<<strong>br</strong> />
que a atuação do TED prima<<strong>br</strong> />
pela manutenção da ética profissional,<<strong>br</strong> />
mas sem a intenção<<strong>br</strong> />
primeira de vigiar e punir os<<strong>br</strong> />
advogados.<<strong>br</strong> />
Dr. Ricardo Luiz Lotti<<strong>br</strong> />
Julgador da 1ª T. TED/<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Os <strong>In</strong>tegrantes do Tribunal de Ética da <strong>OAB</strong>/MG vêm procurando manter e<<strong>br</strong> />
estabelecer a ética na profissão, aplicando as penalidades que consideram<<strong>br</strong> />
justas, de forma célere, e evitando que maus profissionais venham macular<<strong>br</strong> />
a Advocacia. Pela quantidade de inscritos, o número de representações<<strong>br</strong> />
não é tão significante. O Tribunal de Ética do Estado de Minas Gerais é o<<strong>br</strong> />
que julga <strong>com</strong> maior rapidez e tem o maior volume de processos julgados<<strong>br</strong> />
em relação aos demais estados do Brasil, atendendo aos anseios, portanto,<<strong>br</strong> />
não somente da classe da advocacia, mas da sociedade <strong>com</strong>o um todo.<<strong>br</strong> />
Dr. Carlos Alberto Miro da Silva<<strong>br</strong> />
Julgador da 4ª T. TED/<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
“O Tribunal de Ética e Disciplina<<strong>br</strong> />
(TED) vem promovendo <strong>com</strong> independência<<strong>br</strong> />
e autonomia, a ética<<strong>br</strong> />
profissional de advogados em<<strong>br</strong> />
todo o Estado de Minas Gerais, na<<strong>br</strong> />
norma do Estatuto da Advocacia<<strong>br</strong> />
e do Código de Ética e Disciplina,<<strong>br</strong> />
exercendo um trabalho de<<strong>br</strong> />
excelência na mantença da ética<<strong>br</strong> />
da profissão. Quero destacar a<<strong>br</strong> />
excelente atuação dos Diretores e<<strong>br</strong> />
Conselheiros da Seccional Mineira<<strong>br</strong> />
e o incondicional apoio que vem<<strong>br</strong> />
dando a todos aqueles que, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
eu, <strong>com</strong>põem o Tribunal de Ética e<<strong>br</strong> />
Disciplina. Quero também destacar<<strong>br</strong> />
a excelente atuação dos Diretores<<strong>br</strong> />
e Conselheiros desta 13ª Subseção,<<strong>br</strong> />
notadamente no trato das questões<<strong>br</strong> />
afetas à Ética e Disciplina”.<<strong>br</strong> />
Dr. Sálvio Moreira Pena Franco<<strong>br</strong> />
Julgador 2ª T. TED/<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
“O TED hoje é a prova máxima<<strong>br</strong> />
do exercício regular do direito,<<strong>br</strong> />
do contraditório e da ampla<<strong>br</strong> />
defesa, pois possibilita às partes,<<strong>br</strong> />
representantes e representando<<strong>br</strong> />
ter uma segunda análise<<strong>br</strong> />
tanto das provas produzidas<<strong>br</strong> />
nos autos, quanto da melhor<<strong>br</strong> />
decisão ao caso em tela. Por ser<<strong>br</strong> />
o Tribunal de Ética um colegiado<<strong>br</strong> />
onde julgam-se processos<<strong>br</strong> />
de Subseções diversas, permite<<strong>br</strong> />
ao Relator total isenção de valores<<strong>br</strong> />
e imparcialidade em seus<<strong>br</strong> />
julgamento”.<<strong>br</strong> />
Dra.Viviane Espíndola Vieira<<strong>br</strong> />
Julgadora da 4ª T. TED/<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
45
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
46<<strong>br</strong> />
COMISSÕES<<strong>br</strong> />
Kerley Pita<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> Uberlândia participa da<<strong>br</strong> />
6° edição do Ação no Bairro<<strong>br</strong> />
ADVOGADOS DA SUBSEÇÃO ATUARAM EM TODAS AS EDIÇÕES DO<<strong>br</strong> />
PROJETO LEVANDO INFORMAÇÃO JURÍDICA PARA A POPULAÇÃO<<strong>br</strong> />
Advogadas Núbia Botelho, Vilma Rosa, Pollyana Nicolino,<<strong>br</strong> />
Patrícia Freitas, Fernanda D’Ávila e Ana Maria Alves Ca<strong>br</strong>al<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG é<<strong>br</strong> />
parceira do projeto Ação no Bairro,<<strong>br</strong> />
nas cinco edições já realizadas.<<strong>br</strong> />
A sexta edição do projeto, que é<<strong>br</strong> />
idealizado pela TV <strong>In</strong>tegração, foi<<strong>br</strong> />
realizada no dia 3 de março, no<<strong>br</strong> />
Bairro Morumbi e os advogados<<strong>br</strong> />
ofereceram atendimento jurídico<<strong>br</strong> />
para a população, tirando dúvidas<<strong>br</strong> />
e orientando a forma correta de<<strong>br</strong> />
proceder em casos que envolvam<<strong>br</strong> />
a justiça, além de informar so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
direitos e deveres dos cidadãos.<<strong>br</strong> />
Participaram do projeto as advogadas<<strong>br</strong> />
Ana Maria Alves Ca<strong>br</strong>al,<<strong>br</strong> />
Núbia Botelho, Pollyanna Nicolino,<<strong>br</strong> />
Vilma Aparecida Rosa, Patrícia<<strong>br</strong> />
Freitas, Fernanda D’Ávila, Maria<<strong>br</strong> />
Dimair Ferreira Ferraz, que ofereceram<<strong>br</strong> />
informações so<strong>br</strong>e diversas<<strong>br</strong> />
áreas do direito, tais <strong>com</strong>o direito<<strong>br</strong> />
de família, consumidor, trabalho,<<strong>br</strong> />
dentre outras.<<strong>br</strong> />
No ano passado o projeto<<strong>br</strong> />
atendeu cinco bairros de Uberlândia<<strong>br</strong> />
- Roosevelt, Santa Mônica,<<strong>br</strong> />
Luizote de Freitas, São Jorge e área<<strong>br</strong> />
central (Praça Sérgio Pacheco) além<<strong>br</strong> />
de um bairro em Ituiutaba –Bairro<<strong>br</strong> />
Junqueira. Nesse ano o projeto vai<<strong>br</strong> />
atender novamente a cidade de<<strong>br</strong> />
Ituiutaba - Bairro Progresso - e já<<strong>br</strong> />
chegou à Uberaba- Bairro Abadia.<<strong>br</strong> />
O Ação no Bairro conta <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
diversos parceiros e a população<<strong>br</strong> />
pôde beneficiar-se de serviços estéticos,<<strong>br</strong> />
receber mudas de plantas,<<strong>br</strong> />
informar-se so<strong>br</strong>e coleta seletiva,<<strong>br</strong> />
prevenção e cuidados em saúde;<<strong>br</strong> />
ser orientada para a educação no<<strong>br</strong> />
trânsito além de assistir apresentações<<strong>br</strong> />
culturais.<<strong>br</strong> />
A <strong>OAB</strong> Uberlândia é parceira<<strong>br</strong> />
no projeto para servir à população<<strong>br</strong> />
que carece de informações corretas<<strong>br</strong> />
acerca dos seus direitos, sendo<<strong>br</strong> />
uma missão da Ordem aproximar-<<strong>br</strong> />
-se da sociedade e prestar serviços<<strong>br</strong> />
que contribuam para uma realidade<<strong>br</strong> />
melhor a todos.
<strong>OAB</strong> participa da XVII<<strong>br</strong> />
Copa PMU/ Futel de Futsal<<strong>br</strong> />
ABERTURA OFICIAL ACONTECEU NO SABIAZINHO E<<strong>br</strong> />
CONTOU COM O DESFILE DAS EQUIPES PARTICIPANTES<<strong>br</strong> />
Por Camila Lemes<<strong>br</strong> />
A equipe de futsal da <strong>OAB</strong> Uberlândia participa<<strong>br</strong> />
da XVII Copa PMU/Futel de Futsal. A cerimônia<<strong>br</strong> />
de abertura aconteceu na Arena Presidente<<strong>br</strong> />
Tancredo Neves (Sabiazinho), no dia 26 de<<strong>br</strong> />
março. Serão 109 equipes, distribuídas em três<<strong>br</strong> />
divisões. São elas: A1, A2 e Especial.<<strong>br</strong> />
A equipe da <strong>OAB</strong> Uberlândia está bem representada<<strong>br</strong> />
na modalidade, integrando a divisão<<strong>br</strong> />
A2 do campeonato, juntamente <strong>com</strong> mais<<strong>br</strong> />
31 times. O presidente da Comissão Esporte e<<strong>br</strong> />
Lazer, Maurício da Silva incentiva os advogados<<strong>br</strong> />
a praticarem esportes. “O advogado hoje é sedentário,<<strong>br</strong> />
tem uma vida corrida e estressante.<<strong>br</strong> />
Trabalhar o corpo é garantir saúde e disposição<<strong>br</strong> />
para render mais e viver melhor”, disse.<<strong>br</strong> />
O campeonato é uma iniciativa da Fundação<<strong>br</strong> />
Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer (Futel)<<strong>br</strong> />
que tem o objetivo de promover a prática da<<strong>br</strong> />
modalidade esportiva na cidade, além de proporcionar<<strong>br</strong> />
o surgimento de novos valores que<<strong>br</strong> />
poderão ser utilizados nas equipes de <strong>com</strong>petição<<strong>br</strong> />
e estreitar os laços entre os atletas.<<strong>br</strong> />
Atletas da equipe da <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />
Equipes participantes da<<strong>br</strong> />
Copa PMU/Futel de Futsal<<strong>br</strong> />
Camila Lemes<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
47
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
48<<strong>br</strong> />
Fotos Camila Lemes<<strong>br</strong> />
COMISSÕES<<strong>br</strong> />
Aberto 3º Campeonato de Futebol<<strong>br</strong> />
Society Máster da <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />
TROFÉU EM HOMENAGEM AO DR. ABEL DE OLIVEIRA FREITAS<<strong>br</strong> />
Por Camila Lemes<<strong>br</strong> />
A abertura do 3º Campeonato<<strong>br</strong> />
de Futebol Society Master foi<<strong>br</strong> />
realizada no dia 11 de março, no<<strong>br</strong> />
clube Vila Olímpica, <strong>com</strong> partidas<<strong>br</strong> />
disputadas pela primeira rodada.<<strong>br</strong> />
A abertura do evento contou <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
a presença do presidente da 13ª<<strong>br</strong> />
Subseção da <strong>OAB</strong>/Uberlândia, Egmar<<strong>br</strong> />
Sousa Ferraz, do presidente<<strong>br</strong> />
da <strong>com</strong>issão de Esportes e Lazer,<<strong>br</strong> />
Maurício da Silva, do homenageado,<<strong>br</strong> />
Abel de Oliveira Freitas, do<<strong>br</strong> />
vice-presidente da <strong>OAB</strong>/MG, Eliseu<<strong>br</strong> />
Marques de Oliveira e jogadores<<strong>br</strong> />
que prestigiaram mais uma<<strong>br</strong> />
edição do torneio que dará ao<<strong>br</strong> />
time vencedor o troféu Dr. Abel<<strong>br</strong> />
de Oliveira Freitas.<<strong>br</strong> />
O objetivo da <strong>com</strong>petição<<strong>br</strong> />
era reunir advogados acima de<<strong>br</strong> />
40 anos para estreitar os laços<<strong>br</strong> />
em um momento de confraternização.<<strong>br</strong> />
O evento tinha caráter<<strong>br</strong> />
de integração, pois busca buscou-se<<strong>br</strong> />
atrair diversas pessoas,<<strong>br</strong> />
em especial participantes dos<<strong>br</strong> />
campeonatos da Ordem. “Os<<strong>br</strong> />
advogados ficam durante toda a<<strong>br</strong> />
semana envolvidos no trabalho<<strong>br</strong> />
e esta é uma oportunidade que<<strong>br</strong> />
eles têm de maior congraçamento,<<strong>br</strong> />
firmar amizades e fortalecer<<strong>br</strong> />
os laços pessoais e profissionais.<<strong>br</strong> />
Isso é muito importante para a<<strong>br</strong> />
classe da advocacia”, conclui Egmar<<strong>br</strong> />
Ferraz.<<strong>br</strong> />
O advogado, Abel de Oliveira<<strong>br</strong> />
deu o pontapé inicial da <strong>com</strong>petição,<<strong>br</strong> />
marcando a abertura oficial<<strong>br</strong> />
do campeonato. Segundo ele o<<strong>br</strong> />
mesmo, a homenagem realizada<<strong>br</strong> />
por meio da entrega do troféu<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> seu nome escrito será sempre<<strong>br</strong> />
lem<strong>br</strong>ada. “Eu me senti muito<<strong>br</strong> />
lisonjeado pela lem<strong>br</strong>ança, pois<<strong>br</strong> />
isso marcará fundo minha vida.<<strong>br</strong> />
Espero que vença o melhor”, afirma<<strong>br</strong> />
o homenageado.<<strong>br</strong> />
A repercussão positiva do<<strong>br</strong> />
evento reuniu seis times que disputam<<strong>br</strong> />
o troféu. Para o presidente<<strong>br</strong> />
da <strong>com</strong>issão Esportes e Lazer,<<strong>br</strong> />
Maurício da Silva, a <strong>com</strong>unicação<<strong>br</strong> />
e divulgação na Ordem não só<<strong>br</strong> />
instigou profissionais em Uberlândia,<<strong>br</strong> />
mas também repercutiu<<strong>br</strong> />
em times de cidades vizinhas a<<strong>br</strong> />
exemplo de Uberaba.
Mem<strong>br</strong>os da Comissão Advocacia Pública<<strong>br</strong> />
Advocacia Pública é a nova<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>issão da <strong>OAB</strong> Uberlândia<<strong>br</strong> />
POSSE ACONTECEU DURANTE O I ENCONTRO REGIONAL DE DIREITO MUNICIPAL<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
No dia 29 de março, a 13ª<<strong>br</strong> />
Subseção da <strong>OAB</strong>/MG Uberlândia<<strong>br</strong> />
criou a Comissão Direito Público,<<strong>br</strong> />
durante o I Encontro Regional de<<strong>br</strong> />
Direito Público, realizado na Sede<<strong>br</strong> />
da Ordem. A Comissão desenvolverá<<strong>br</strong> />
trabalhos acerca do Direito<<strong>br</strong> />
na administração pública, reforçando<<strong>br</strong> />
ainda mais sua importância,<<strong>br</strong> />
dado o ano eleitoral de 2012.<<strong>br</strong> />
O I Encontro Regional de Direito<<strong>br</strong> />
Municipal, organizado pela<<strong>br</strong> />
Associação dos Procuradores do<<strong>br</strong> />
Município de Uberlândia (APRA-<<strong>br</strong> />
MUDI) e pela <strong>OAB</strong> Uberlândia,<<strong>br</strong> />
ocorreu nos dias 28 e 29 de<<strong>br</strong> />
março. O presidente da Seccional<<strong>br</strong> />
Mineira, Luís Cláudio Chaves<<strong>br</strong> />
justificou o não <strong>com</strong>parecimento<<strong>br</strong> />
devido às <strong>com</strong>emorações dos 80<<strong>br</strong> />
anos da <strong>OAB</strong>, mas enviou mensagem<<strong>br</strong> />
de prestígio ao evento e<<strong>br</strong> />
de sucesso nos trabalhos da nova<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>issão.<<strong>br</strong> />
O presidente, Egmar Sousa<<strong>br</strong> />
Ferraz, afirmou que o evento foi<<strong>br</strong> />
um marco na advocacia e que a<<strong>br</strong> />
nova <strong>com</strong>issão contribuirá muito<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> os trabalhos da <strong>OAB</strong> Uberlândia.<<strong>br</strong> />
“Estou muito feliz <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
um evento <strong>com</strong>o esse realizado<<strong>br</strong> />
pela APRAMUDI. Em relação à<<strong>br</strong> />
nova <strong>com</strong>issão acredito que ela<<strong>br</strong> />
vem renovar nossa vontade de<<strong>br</strong> />
desenvolver trabalhos relacionados<<strong>br</strong> />
ao Direito Público. O que me<<strong>br</strong> />
surpreende é que a vontade de<<strong>br</strong> />
se criar esta <strong>com</strong>issão partiu dos<<strong>br</strong> />
próprios advogados e isso mostra<<strong>br</strong> />
que estão <strong>com</strong>preendendo que a<<strong>br</strong> />
Ordem é cada um de nós”, disse.<<strong>br</strong> />
São integrantes da nova <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />
os advogados Adriano<<strong>br</strong> />
Zago, Guilherme Augusto Vidal<<strong>br</strong> />
Tavares, Lucas Queiroz de Lima,<<strong>br</strong> />
Luiz Carlos Figueira de Melo, Marcos<<strong>br</strong> />
Fernando Rosino Lopes, Roberson<<strong>br</strong> />
Bertone de Jesus, Rogério<<strong>br</strong> />
Luiz dos Santos, Tiago Chaves<<strong>br</strong> />
Ferreira de Paiva, Toniel Ribeiro<<strong>br</strong> />
Oliveira.<<strong>br</strong> />
Fotos Edu Marques<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
49
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
50<<strong>br</strong> />
COMISSÕES<<strong>br</strong> />
Novos mem<strong>br</strong>os da Comissão<<strong>br</strong> />
Saúde e Bioética tomam posse<<strong>br</strong> />
COMISSÃO TRABALHARÁ EM PROL DA SAÚDE<<strong>br</strong> />
DO ADVOGADO E EM PROJETOS SOCIAIS<<strong>br</strong> />
Presidente Egmar Ferraz (C) e Comissão Saúde e Bioética<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG Uberlândia<<strong>br</strong> />
realizou no dia 22 de março a posse dos novos<<strong>br</strong> />
integrantes da <strong>com</strong>issão Saúde e Bioética.<<strong>br</strong> />
A <strong>com</strong>issão atuará frente a desafios de<<strong>br</strong> />
melhorias na saúde e no bem estar do advogado,<<strong>br</strong> />
além de desenvolver projetos para<<strong>br</strong> />
a sociedade.<<strong>br</strong> />
O presidente da <strong>OAB</strong> Uberlândia, Egmar<<strong>br</strong> />
Sousa Ferraz, recepcionou os advogados participantes<<strong>br</strong> />
da <strong>com</strong>issão. “Em tempos em que a<<strong>br</strong> />
sociedade clama por mudanças, a saúde também<<strong>br</strong> />
é uma delas, pois afeta todos os cidadãos,<<strong>br</strong> />
independente de gênero, classe, enfim,<<strong>br</strong> />
a <strong>com</strong>issão tem uma missão de buscar melhorias<<strong>br</strong> />
nesta área”, disse Ferraz.<<strong>br</strong> />
A advogada Ana Cláudia Alves foi empossada<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o presidente da <strong>com</strong>issão e afirmou<<strong>br</strong> />
que a classe não pode abster-se de auxílio<<strong>br</strong> />
mútuo <strong>com</strong> a justificativa da falta de tempo.<<strong>br</strong> />
“Temos uma função social perto das injustiças<<strong>br</strong> />
que presenciamos. Saúde e bem estar são<<strong>br</strong> />
algo tão desejado por todos, daí a importância<<strong>br</strong> />
da <strong>com</strong>issão”, disse a presidente.<<strong>br</strong> />
O médico e representante da CNBB no<<strong>br</strong> />
Conselho Nacional de Medicina, André Luiz<<strong>br</strong> />
de Oliveira, participou da solenidade e disse<<strong>br</strong> />
que a iniciativa da <strong>com</strong>issão é muito importante<<strong>br</strong> />
e que irá colaborar <strong>com</strong> os trabalhos.<<strong>br</strong> />
Os integrantes deste novo grupo são:<<strong>br</strong> />
Ana Cláudia Alves, Ana Maria Alcântara, Ana<<strong>br</strong> />
Maria Alves Ca<strong>br</strong>al, Cleber Augusto Carvalho<<strong>br</strong> />
de Sousa, Denisgoreth Neves de Oliveira, Fernanda<<strong>br</strong> />
Dayrell de Souza Duarte e Coelho Martins,<<strong>br</strong> />
Júlio Gomes Ferreira Neto, Kaíque Ruan<<strong>br</strong> />
Dourado Ca<strong>br</strong>al, Luciana Garcia Pontes, Marcelo<<strong>br</strong> />
Rosa Franco, Maria do Rosário Augusto,<<strong>br</strong> />
Rogério Ávila Machado, Rosangela Ribeiro S.<<strong>br</strong> />
M. Silveira, Sandra Aparecida Pereira da Silva e<<strong>br</strong> />
Elice Nunes Chaves Gonçalves.
<strong>OAB</strong> inicia projeto inédito<<strong>br</strong> />
para auxiliar jovens advogados<<strong>br</strong> />
PROJETO PRIMEIROS PASSOS ATRAIU ADVOGADOS<<strong>br</strong> />
QUE BUSCAM CONHECIMENTOS SOBRE MONTAGEM<<strong>br</strong> />
E ESTRUTURAÇÃO DOS ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA<<strong>br</strong> />
Por Kerley Pita<<strong>br</strong> />
A diretoria da 13ª Subseção da<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG Uberlândia e a <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> Jovem iniciaram o projeto Primeiros<<strong>br</strong> />
Passos no dia 17 de março,<<strong>br</strong> />
na Sede. Desde o ano passado, a<<strong>br</strong> />
direção trabalha para oferecer este<<strong>br</strong> />
curso, inédito em outras Subseções<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong> e que tem o objetivo de suprir<<strong>br</strong> />
a carência de informação so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o montar e estruturar um escritório<<strong>br</strong> />
de advocacia.<<strong>br</strong> />
De acordo <strong>com</strong> o presidente da<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>issão <strong>OAB</strong> Jovem Carlos Henrique<<strong>br</strong> />
Santos de Carvalho, todos os<<strong>br</strong> />
advogados precisam dessas orientações<<strong>br</strong> />
para construir um escritório<<strong>br</strong> />
organizado e funcional. “Identificamos<<strong>br</strong> />
a carência dessas informações,<<strong>br</strong> />
pois não temos <strong>com</strong>o disciplina na<<strong>br</strong> />
faculdade, não há uma pós-graduação<<strong>br</strong> />
em Uberlândia so<strong>br</strong>e o assunto<<strong>br</strong> />
e não só o jovem advogado, mas<<strong>br</strong> />
o advogado já inserido no mercado<<strong>br</strong> />
teria melhor condição de trabalho<<strong>br</strong> />
sabendo conduzir seu escritório”,<<strong>br</strong> />
disse.<<strong>br</strong> />
O curso é oferecido pela FWA<<strong>br</strong> />
Consulting e o objetivo do projeto<<strong>br</strong> />
é oferecer ao jovem advogado<<strong>br</strong> />
orientação especializada para o<<strong>br</strong> />
sucesso no escritório de advocacia,<<strong>br</strong> />
sob diversos aspectos. Os<<strong>br</strong> />
temas serão finanças, custos e<<strong>br</strong> />
operações; marketing, <strong>com</strong>unicação<<strong>br</strong> />
e estratégia; e trabalho de<<strong>br</strong> />
conclusão (consultoria), abordados<<strong>br</strong> />
por meio de aulas teóricas e<<strong>br</strong> />
práticas. A previsão de conclusão<<strong>br</strong> />
é em março. O curso oferece certificado<<strong>br</strong> />
de 52 horas.<<strong>br</strong> />
Alunos aprendem a montar e a estruturar um escritório de advocacia<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
51
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
52<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> MG<<strong>br</strong> />
Dr. Luís Cláudio Chaves a<strong>br</strong>e os trabalhos no Colégio de Presidentes<<strong>br</strong> />
Colégio de Presidentes de Subseções<<strong>br</strong> />
reúne-se pela primeira vez neste ano<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
A primeira reunião de 2012 do<<strong>br</strong> />
Colégio de Presidentes foi realizada<<strong>br</strong> />
no dia 9 de março, contando<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> cerca de 160 representantes<<strong>br</strong> />
das Subseções do <strong>In</strong>terior de<<strong>br</strong> />
Minas. O evento foi aberto pelo<<strong>br</strong> />
presidente Luis Cláudio, <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
presença do diretor de Departamento<<strong>br</strong> />
de Apoio às Subseções,<<strong>br</strong> />
Adriano Cardoso; do procurador<<strong>br</strong> />
geral da Ordem, Jorge Neder;<<strong>br</strong> />
Ivone Regina, da Subseção de Sacramento,<<strong>br</strong> />
representando todos<<strong>br</strong> />
os conselheiros seccionais; Larissa<<strong>br</strong> />
Perez Carvalho Porto, presidente<<strong>br</strong> />
da Subseção de Machado,<<strong>br</strong> />
representando os presidentes<<strong>br</strong> />
de Subseções; Miguel Poggiali<<strong>br</strong> />
Gasparoni, presidente da Subseção<<strong>br</strong> />
de Ubá; Helena Delamonica,<<strong>br</strong> />
secretária-geral adjunta da Seccional;<<strong>br</strong> />
Carlos Schirmer Cardoso,<<strong>br</strong> />
presidente da Comissão de Exame<<strong>br</strong> />
de Ordem; Marcus Vinícius<<strong>br</strong> />
Furtado Coêlho, secretário-geral<<strong>br</strong> />
do Conselho Federal da Ordem;<<strong>br</strong> />
Antônio Fa<strong>br</strong>ício de Matos Gonçalves,<<strong>br</strong> />
diretor tesoureiro; Sérgio<<strong>br</strong> />
Murilo Braga, secretário-geral;<<strong>br</strong> />
presidente e tesoureiro da CAA/<<strong>br</strong> />
MG, Walter Cândido dos Santos<<strong>br</strong> />
e Lúcio Aparecido Sousa e Silva;<<strong>br</strong> />
Sérgio Leonardo, diretor do<<strong>br</strong> />
Departamento de Comunicação;<<strong>br</strong> />
Cintia Ribeiro de Freitas, vice-presidente<<strong>br</strong> />
da Comissão de Defesa,<<strong>br</strong> />
Fotos <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Assistência e Prerrogativas.<<strong>br</strong> />
<strong>In</strong>iciando a reunião <strong>com</strong> boas<<strong>br</strong> />
vindas aos presentes, Luis Cláudio<<strong>br</strong> />
informou que a direção da Seccional<<strong>br</strong> />
tem trabalhado em prol<<strong>br</strong> />
da valorização da Advocacia e<<strong>br</strong> />
do enaltecimento da Justiça em<<strong>br</strong> />
Minas. “Os desafios são muitos,<<strong>br</strong> />
temos conseguido algumas vitórias,<<strong>br</strong> />
mas estamos longe ainda do<<strong>br</strong> />
ideal de Justiça que pretendemos<<strong>br</strong> />
para nosso estado”, afirmou ele.<<strong>br</strong> />
<strong>In</strong>formou ainda que a entidade<<strong>br</strong> />
tem conquistado algumas vitórias<<strong>br</strong> />
importantes. Uma delas refere-<<strong>br</strong> />
-se ao pagamento dos dativos<<strong>br</strong> />
que, segundo ele, só foi possível<<strong>br</strong> />
graças à união dos advogados,<<strong>br</strong> />
principalmente aqueles que pa-
aram de atender e forçaram<<strong>br</strong> />
para que o Estado tomasse a<<strong>br</strong> />
providência de firmar um convênio<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a Ordem e efetuar o<<strong>br</strong> />
pagamento dos valores devidos.<<strong>br</strong> />
Outro assunto importante abordado<<strong>br</strong> />
pelo presidente é a nova<<strong>br</strong> />
postura da Justiça do Trabalho<<strong>br</strong> />
para <strong>com</strong> o atendimento ao advogado,<<strong>br</strong> />
“graças aos esforços de<<strong>br</strong> />
profissionais <strong>com</strong>o Antônio Fa<strong>br</strong>ício,<<strong>br</strong> />
Isabel Dorado e tantos<<strong>br</strong> />
outros valorosos colegas que<<strong>br</strong> />
possibilitaram que a Justiça trabalhista<<strong>br</strong> />
nos conceda hoje outro<<strong>br</strong> />
tipo de tratamento” elogiou.<<strong>br</strong> />
<strong>In</strong>formou também que o programa<<strong>br</strong> />
de revitalização das Salas dos<<strong>br</strong> />
Advogados está em fase final, o<<strong>br</strong> />
trabalho já foi concluído em mais<<strong>br</strong> />
de 160 Salas, <strong>com</strong> a entrega de<<strong>br</strong> />
460 <strong>com</strong>putadores, somente neste<<strong>br</strong> />
ano. Enfatizou a influência da<<strong>br</strong> />
Seccional mineira para a constitucionalização<<strong>br</strong> />
do Exame de Ordem<<strong>br</strong> />
unificado, fato amplamente<<strong>br</strong> />
reconhecido pela direção do<<strong>br</strong> />
Conselho Federal. Na manifestação<<strong>br</strong> />
realizada em Brasília em defesa<<strong>br</strong> />
do CNJ, Minas <strong>com</strong>pareceu<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o a maior delegação do país<<strong>br</strong> />
, propiciando logo em seguida a<<strong>br</strong> />
votação de apoio à instituição,<<strong>br</strong> />
“fruto de um trabalho maravilhoso<<strong>br</strong> />
de vários colegas nossos.”<<strong>br</strong> />
E prosseguiu: “Temos a perspectiva<<strong>br</strong> />
do fim do jus postulandi na<<strong>br</strong> />
Justiça do Trabalho; a implantação<<strong>br</strong> />
da interiorização da Justiça<<strong>br</strong> />
Federal, <strong>com</strong> várias <strong>com</strong>arcas<<strong>br</strong> />
aquinhoadas. Graças ao trabalho<<strong>br</strong> />
do juiz Itelmar Raidan, um parceiro<<strong>br</strong> />
da Ordem; estamos trabalhando<<strong>br</strong> />
em questões internas administrativas,<<strong>br</strong> />
para que as Subseções<<strong>br</strong> />
tenham mais recursos.” Finalizando,<<strong>br</strong> />
informou a criação da “TV<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>”, lançada durante o evento,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a realização de inúmeras<<strong>br</strong> />
entrevistas <strong>com</strong> presidentes do<<strong>br</strong> />
<strong>In</strong>terior e que serão divulgadas<<strong>br</strong> />
através da <strong>In</strong>ternet.<<strong>br</strong> />
Em seguida, o diretor secretário<<strong>br</strong> />
Sérgio Murilo Braga discursou,<<strong>br</strong> />
transmitindo informações referentes<<strong>br</strong> />
a questões administrativas<<strong>br</strong> />
para as quais são desenvolvidos<<strong>br</strong> />
esforços <strong>com</strong> o objetivo de alcançar<<strong>br</strong> />
uma gestão eficiente e descentralizada.<<strong>br</strong> />
A secretária adjunta, Helena<<strong>br</strong> />
Delamonica, usou da palavra<<strong>br</strong> />
para relacionar as Subseções que<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>pletam 80 anos neste ano,<<strong>br</strong> />
solicitando que seus dirigentes<<strong>br</strong> />
entrassem <strong>com</strong> contato <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
Seccional para ajustar as providências<<strong>br</strong> />
necessárias às devidas<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>emorações naquelas cidades.<<strong>br</strong> />
Antônio Fa<strong>br</strong>ício, diretor tesoureiro,<<strong>br</strong> />
esclareceu que “há quatro<<strong>br</strong> />
anos a anuidade da Ordem está<<strong>br</strong> />
congelada e é hoje a mais baixa do<<strong>br</strong> />
país, o que faz <strong>com</strong> que a tesouraria<<strong>br</strong> />
trabalhe de forma rígida e apertada.”<<strong>br</strong> />
<strong>In</strong>formou que foi liquidada a<<strong>br</strong> />
dívida que existia <strong>com</strong> o Conselho<<strong>br</strong> />
Federal, através da conversão do<<strong>br</strong> />
crédito existente em auxílio para<<strong>br</strong> />
a construção de sedes. Esclareceu<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e a nova modalidade de pagamento<<strong>br</strong> />
através de cartão de crédito,<<strong>br</strong> />
que permite o parcelamento em<<strong>br</strong> />
até quatro vezes, sem juros. Finalizou<<strong>br</strong> />
dando várias informações de<<strong>br</strong> />
ordem administrativa relacionadas<<strong>br</strong> />
às Subseções.<<strong>br</strong> />
Conselho Federal<<strong>br</strong> />
Em seguida, o secretário-geral do<<strong>br</strong> />
Conselho Federal da Ordem, Marcus<<strong>br</strong> />
Vinícius Furtado Coêlho, afirmou<<strong>br</strong> />
que “viver a <strong>OAB</strong> de Minas<<strong>br</strong> />
Gerais é uma experiência única.<<strong>br</strong> />
No ano passado visitei, juntamente<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> Luis Cláudio, 18 Subseções<<strong>br</strong> />
mineiras e vimos os advogados e<<strong>br</strong> />
a advocacia <strong>com</strong>o eles são e não<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o se imagina que sejam. Nós,<<strong>br</strong> />
Destaques da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
dirigentes, não podemos nos afastar<<strong>br</strong> />
da realidade vivida por estes<<strong>br</strong> />
colegas. E o presidente Luis Cláudio<<strong>br</strong> />
tem essa filosofia e a transmite<<strong>br</strong> />
a seus <strong>com</strong>panheiros de diretoria: a<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> próxima ao advogado. A Ordem<<strong>br</strong> />
que cuida, sim, das questões<<strong>br</strong> />
institucionais, políticas e sociais,<<strong>br</strong> />
mas que não se descuida da realidade<<strong>br</strong> />
do advogado.” E concluiu:<<strong>br</strong> />
“Minas Gerais é a síntese do que há<<strong>br</strong> />
de melhor em nosso país, por sua<<strong>br</strong> />
centralidade geográfica, por sua<<strong>br</strong> />
história, principalmente por suas<<strong>br</strong> />
atividades libertárias em favor das<<strong>br</strong> />
grandes causas da nação, Minas<<strong>br</strong> />
Gerais se constitui no farol desta<<strong>br</strong> />
nação.” Por último ressaltou o trabalho<<strong>br</strong> />
desenvolvido pelo presidente<<strong>br</strong> />
Luis Cláudio e pelo presidente<<strong>br</strong> />
da Comissão de Exame de Ordem,<<strong>br</strong> />
Carlos Schirmer, que possibilitou<<strong>br</strong> />
que o Exame saísse das páginas<<strong>br</strong> />
policiais e passasse para as páginas<<strong>br</strong> />
de educação.<<strong>br</strong> />
Manifestações<<strong>br</strong> />
Na segunda parte do evento,<<strong>br</strong> />
após o almoço, o presidente informou<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e a nova tabela de<<strong>br</strong> />
honorários que será publicada<<strong>br</strong> />
em <strong>br</strong>eve, a<strong>com</strong>panhada de uma<<strong>br</strong> />
grande campanha de conscientização<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e vários tópicos, dentre<<strong>br</strong> />
eles a importância da conciliação<<strong>br</strong> />
e mediação entre os advogados,<<strong>br</strong> />
a não influência dos acordos na<<strong>br</strong> />
fixação dos honorários e a necessidade<<strong>br</strong> />
de co<strong>br</strong>ança da consulta.<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>ou ainda que a tabela tem<<strong>br</strong> />
o caráter de sugestão e não de<<strong>br</strong> />
o<strong>br</strong>igatoriedade de cumprimento<<strong>br</strong> />
por parte do profissional.<<strong>br</strong> />
A seguir falou a vice-presidente<<strong>br</strong> />
da Comissão de Defesa,<<strong>br</strong> />
Assistência e Prerrogativas, Cintia<<strong>br</strong> />
Ribeiro de Freitas, ao mesmo<<strong>br</strong> />
tempo em que foi feita a distribuição<<strong>br</strong> />
da Cartilha de Prerrogati-<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
53
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
54<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> MG<<strong>br</strong> />
vas, descrevendo, de forma sintética,<<strong>br</strong> />
as atividades desenvolvidas<<strong>br</strong> />
por sua Comissão.<<strong>br</strong> />
Carlos Schirmer explicou so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
o convênio para pagamento<<strong>br</strong> />
dos advogados dativos. Destacou,<<strong>br</strong> />
ainda, o processo de certificação<<strong>br</strong> />
digital, destinado a permitir o peticionamento<<strong>br</strong> />
eletrônico na Justiça<<strong>br</strong> />
do Trabalho.<<strong>br</strong> />
Sérgio Leonardo, diretor do<<strong>br</strong> />
Departamento de Comunicação,<<strong>br</strong> />
descreveu o trabalho desenvolvido<<strong>br</strong> />
na sua área de atuação. O<<strong>br</strong> />
diretor do Departamento de Assistência<<strong>br</strong> />
às Subseções, Adriano<<strong>br</strong> />
Cardoso, também se colocou à<<strong>br</strong> />
disposição das diretorias das Subseções<<strong>br</strong> />
do estado, para solucionar<<strong>br</strong> />
tudo que for possível.<<strong>br</strong> />
ESA<<strong>br</strong> />
O diretor da Escola Superior<<strong>br</strong> />
de Advocacia, Antonio Marcos<<strong>br</strong> />
Público presente no Colégio Presidentes<<strong>br</strong> />
Nohmi, defendeu a ideia da importância<<strong>br</strong> />
do estudo na profissão<<strong>br</strong> />
do advogado, dada a rápida<<strong>br</strong> />
evolução do mundo em todos os<<strong>br</strong> />
setores. <strong>In</strong>formou que, a partir do<<strong>br</strong> />
próximo mês, será realizado um<<strong>br</strong> />
congresso no auditório da Seccional<<strong>br</strong> />
nas sextas-feiras, abordando<<strong>br</strong> />
os mais variados temas do Direito<<strong>br</strong> />
e da Justiça. Descreveu alguns<<strong>br</strong> />
eventos que serão realizados pela<<strong>br</strong> />
ESA ainda este ano. Encerrou informando<<strong>br</strong> />
que grandes ações<<strong>br</strong> />
estão sendo desenvolvidas para<<strong>br</strong> />
a implantação do sistema de ensino<<strong>br</strong> />
a distância, cujo projeto visa<<strong>br</strong> />
a levar os mais variados cursos a<<strong>br</strong> />
todas as Subseções de Minas.<<strong>br</strong> />
O presidente da CAA/MG,<<strong>br</strong> />
Walter Cândido dos Santos, resumiu<<strong>br</strong> />
sua trajetória na <strong>OAB</strong> e<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>entou so<strong>br</strong>e os trabalhos<<strong>br</strong> />
desenvolvidos pela entidade<<strong>br</strong> />
que dirige. Na ocasião, foi distribuída<<strong>br</strong> />
aos presentes uma publi-<<strong>br</strong> />
cação informativa so<strong>br</strong>e as atividades<<strong>br</strong> />
da Caixa de Assistência.<<strong>br</strong> />
Complementando a exposição<<strong>br</strong> />
de Walter Cândido, a secretária-<<strong>br</strong> />
-geral, Fabiana Faquim, descreveu<<strong>br</strong> />
os benefícios concedidos<<strong>br</strong> />
durante o ano passado, totalizando<<strong>br</strong> />
um montante de 960 mil<<strong>br</strong> />
reais, somente em ajuda pecuniária,<<strong>br</strong> />
independentemente de outros<<strong>br</strong> />
serviços oferecidos.<<strong>br</strong> />
A seguir, Tito Lívio de Figueiredo,<<strong>br</strong> />
presidente da Comissão de<<strong>br</strong> />
Tecnologia e <strong>In</strong>ovação, descreveu<<strong>br</strong> />
algumas atividades do órgão,<<strong>br</strong> />
entre elas a criação de uma rede<<strong>br</strong> />
social destinada exclusivamente<<strong>br</strong> />
aos advogados, que já tem aproximadamente<<strong>br</strong> />
47 mil inscritos.<<strong>br</strong> />
Prosseguindo, foi aberto tempo<<strong>br</strong> />
para as manifestações dos presidentes<<strong>br</strong> />
das Subseções que debateram<<strong>br</strong> />
grande número de temas,<<strong>br</strong> />
após o que foi encerrada a reunião.
Dr. Luís Cláudio Chaves e Dr. José Alfredo Baracho<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Durante todo o ano de 2011,<<strong>br</strong> />
a <strong>OAB</strong>/MG, através de sua Comissão<<strong>br</strong> />
de Precatórios e <strong>com</strong> amplo<<strong>br</strong> />
apoio da Diretoria, pleiteou a revisão<<strong>br</strong> />
do valor da dívida total do<<strong>br</strong> />
Estado de Minas Gerais <strong>com</strong> precatórios.<<strong>br</strong> />
Em fevereiro de 2011, o<<strong>br</strong> />
Estado de Minas Gerais divulgou<<strong>br</strong> />
o total aproximado de R$ 2,6 bilhões<<strong>br</strong> />
de sua dívida em precatórios.<<strong>br</strong> />
Através de informações<<strong>br</strong> />
prestadas por diversos advogados<<strong>br</strong> />
e credores, a <strong>OAB</strong> contestou<<strong>br</strong> />
este valor, indicando que o total<<strong>br</strong> />
da dívida se aproximava de R$ 4<<strong>br</strong> />
bilhões. Em duas reuniões realizadas<<strong>br</strong> />
na Advocacia Geral do Estado<<strong>br</strong> />
de Minas Gerais, a <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
apresentou os fundamentos de<<strong>br</strong> />
sua contestação quanto ao valor<<strong>br</strong> />
da dívida.<<strong>br</strong> />
Em dezem<strong>br</strong>o de 2011, houve<<strong>br</strong> />
uma manifestação de advogados,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a presença da Diretoria da<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG e dos mem<strong>br</strong>os da Comissão<<strong>br</strong> />
de Precatórios no fórum<<strong>br</strong> />
de Belo Horizonte, pleiteando a<<strong>br</strong> />
revisão do valor total da dívida. O<<strong>br</strong> />
trabalho desenvolvido pela <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
obteve resultados positivos.<<strong>br</strong> />
Em 03 de janeiro de 2012, Minas<<strong>br</strong> />
Gerais publicou o valor da dívida<<strong>br</strong> />
de sua administração direta<<strong>br</strong> />
e autarquias, totalizando R$ 3,67<<strong>br</strong> />
bilhões. Entretanto, o valor próximo<<strong>br</strong> />
do reivindicado pela <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />
MG é superior a mais de 1 bilhão<<strong>br</strong> />
de reais divulgados em fevereiro<<strong>br</strong> />
de 2011. A definição deste valor<<strong>br</strong> />
aumentará em aproximadamente<<strong>br</strong> />
Destaques da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Estado de Minas Gerais reconhece<<strong>br</strong> />
postulação da <strong>OAB</strong>/MG so<strong>br</strong>e precatórios<<strong>br</strong> />
60% o volume anual de recursos<<strong>br</strong> />
destinados ao pagamento de<<strong>br</strong> />
precatórios. Tendo uma ideia, em<<strong>br</strong> />
2011 foram destinados R$ 186<<strong>br</strong> />
milhões para o pagamento de<<strong>br</strong> />
precatórios.<<strong>br</strong> />
Com o reconhecimento do valor<<strong>br</strong> />
superior da dívida, o volume de<<strong>br</strong> />
recursos destinados ao pagamento<<strong>br</strong> />
de precatórios em 2012 será de<<strong>br</strong> />
R$ 282 milhões. Esta é uma vitória<<strong>br</strong> />
não apenas da <strong>OAB</strong>/MG e dos<<strong>br</strong> />
credores, mas também da cidadania,<<strong>br</strong> />
pois significa o cumprimento<<strong>br</strong> />
de decisões judiciais já há muito<<strong>br</strong> />
tempo transitadas em julgado.<<strong>br</strong> />
As informações foram prestadas<<strong>br</strong> />
pelo presidente da Comissão<<strong>br</strong> />
de Precatórios, José Alfredo Baracho<<strong>br</strong> />
Júnior ao presidente da <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />
MG, Luís Cláudio Chaves.<<strong>br</strong> />
Fotos <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
55
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
56<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> MG<<strong>br</strong> />
Fotos <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Nova tabela de honorários e outras decisões<<strong>br</strong> />
foram aprovadas pelo Conselho seccional<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG aprova nova tabela de honorários<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Foi aprovada, por unanimidade,<<strong>br</strong> />
na última reunião do Conselho<<strong>br</strong> />
seccional, a nova tabela de<<strong>br</strong> />
honorários da <strong>OAB</strong> Minas. Ela foi<<strong>br</strong> />
aprovada para regular as relações<<strong>br</strong> />
dos advogados <strong>com</strong> seus clientes,<<strong>br</strong> />
sem prejuízo de ratificação em<<strong>br</strong> />
anexo para os dativos.<<strong>br</strong> />
A nova tabela sofre atualização<<strong>br</strong> />
monetária e estabelece <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
honorários mínimos, na maioria<<strong>br</strong> />
dos casos, 20% so<strong>br</strong>e o benefício<<strong>br</strong> />
econômico a ser auferido.<<strong>br</strong> />
As tabelas serão impressas e<<strong>br</strong> />
remetidas a todos os advogados<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o campanha de conscientização<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e a importância da contratação<<strong>br</strong> />
prévia dos honorários e<<strong>br</strong> />
da co<strong>br</strong>ança da consulta.<<strong>br</strong> />
A <strong>OAB</strong>/MG divulgará posteriormente<<strong>br</strong> />
a importância da co-<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>ança da consulta e desta decisão<<strong>br</strong> />
do Conselho que fortalece a<<strong>br</strong> />
advocacia e a sua imagem perante<<strong>br</strong> />
a sociedade.<<strong>br</strong> />
Segundo o presidente, Luís<<strong>br</strong> />
Cláudio Chaves, esta proposta é<<strong>br</strong> />
uma grande inovação aceita por<<strong>br</strong> />
unanimidade pelos conselheiros<<strong>br</strong> />
seccionais, re<strong>com</strong>endando à advocacia<<strong>br</strong> />
mineira que fixe os honorários<<strong>br</strong> />
mínimos sem distinção entre<<strong>br</strong> />
procedimentos contenciosos<<strong>br</strong> />
“litigiosos” e voluntários (amigáveis,<<strong>br</strong> />
conciliatórios), na concepção<<strong>br</strong> />
de que o <strong>com</strong>promisso do advogado<<strong>br</strong> />
é a pacificação social e que<<strong>br</strong> />
ele advogado não pode se prejudicar<<strong>br</strong> />
por resolver a causa mais<<strong>br</strong> />
rapidamente.<<strong>br</strong> />
Comissão Eleitoral<<strong>br</strong> />
O advogado Bruno Burgarelli<<strong>br</strong> />
e a advogada Maria Aparecida<<strong>br</strong> />
Paoliello foram eleitos, respectivamente,<<strong>br</strong> />
presidente e vice-presidente<<strong>br</strong> />
da Comissão Eleitoral da<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG.<<strong>br</strong> />
Comissão Parceria<<strong>br</strong> />
Público-Privada<<strong>br</strong> />
Foi referendada a criação da<<strong>br</strong> />
Comissão de Parceria Público-<<strong>br</strong> />
-Privada da <strong>OAB</strong>/MG, designando<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o presidente a conselheira<<strong>br</strong> />
Luzia Cecília Costa Miranda; vice-<<strong>br</strong> />
-presidente, advogado José Jorge<<strong>br</strong> />
Neder; e <strong>com</strong>o integrantes da<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>issão, Adriano Cardoso Silva,<<strong>br</strong> />
Euler de Moura Soares Filho e homologou<<strong>br</strong> />
a inclusão do nome do<<strong>br</strong> />
conselheiro, Francisco Maia Neto,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o integrante da referida <strong>com</strong>issão.<<strong>br</strong> />
Conselho Jovem<<strong>br</strong> />
A advogada, Mariana Barbosa<<strong>br</strong> />
Guimarães foi nomeada presidente<<strong>br</strong> />
do Conselho Jovem da<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG.<<strong>br</strong> />
Guarda Municipal<<strong>br</strong> />
O ajuizamento da arguição<<strong>br</strong> />
de descumprimento de preceito<<strong>br</strong> />
fundamental foi aprovado, em<<strong>br</strong> />
defesa da classe dos guardas municipais<<strong>br</strong> />
de Belo Horizonte, <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />
intuito de garantir o cumprimento<<strong>br</strong> />
das regras constitucionais.<<strong>br</strong> />
Dívida Pública<<strong>br</strong> />
Foi homologada a legitimidade<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong>/MG para ajuizar uma<<strong>br</strong> />
ação a dívida pública do Estado<<strong>br</strong> />
de Minas Gerais <strong>com</strong> a União. A<<strong>br</strong> />
matéria será discutida no Supremo<<strong>br</strong> />
Tribunal Federal <strong>com</strong> a participação<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong>.
<strong>OAB</strong> de Minas a<strong>br</strong>e as <strong>com</strong>emorações<<strong>br</strong> />
de seus 80 anos <strong>com</strong> grande solenidade<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
No dia 8 de março de 2012,<<strong>br</strong> />
foram <strong>com</strong>emorados os 80 anos<<strong>br</strong> />
de fundação da Ordem dos Advogados<<strong>br</strong> />
do Brasil, Seção de Minas<<strong>br</strong> />
Gerais <strong>com</strong> uma cerimônia<<strong>br</strong> />
festiva. O evento foi realizado<<strong>br</strong> />
no Grande Teatro do Palácio das<<strong>br</strong> />
Artes, na Capital, e teve em sua<<strong>br</strong> />
mesa de honra a presença de<<strong>br</strong> />
outras autoridades tais <strong>com</strong>o o<<strong>br</strong> />
presidente do Conselho Federal<<strong>br</strong> />
da Ordem, Ophir Cavalcante;<<strong>br</strong> />
o presidente da Seccional, Luís<<strong>br</strong> />
Cláudio Chaves, da Ouvidora Geral<<strong>br</strong> />
do Estado de Minas Gerais,<<strong>br</strong> />
Célia Barroso, representando o<<strong>br</strong> />
governador Antônio Anastasia; o<<strong>br</strong> />
presidente do Tribunal de Justiça<<strong>br</strong> />
do Estado, desembargador Cláudio<<strong>br</strong> />
Costa; o deputado estadual<<strong>br</strong> />
Délio Malheiros, representando o<<strong>br</strong> />
presidente da Assembléia Legislativa,<<strong>br</strong> />
Dinis Pinheiro; o ministro<<strong>br</strong> />
do STJ, João Otávio de Noronha,<<strong>br</strong> />
do secretário-geral da <strong>OAB</strong> Federal,<<strong>br</strong> />
Marcus Vinícius Furtado Côelho;<<strong>br</strong> />
além de toda a diretoria da<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> de Minas.<<strong>br</strong> />
A solenidade marcou também<<strong>br</strong> />
o encerramento da Conferência<<strong>br</strong> />
<strong>In</strong>ternacional de Advogadas<<strong>br</strong> />
e Mulheres de Carreira Jurídica,<<strong>br</strong> />
realizada no dia anterior. Por esta<<strong>br</strong> />
razão, durante a abertura foi feita<<strong>br</strong> />
a entrada das bandeiras da Colômbia<<strong>br</strong> />
e da Costa e foram executados,<<strong>br</strong> />
pela orquestra sinfônica da<<strong>br</strong> />
Polícia Militar, os respectivos hinos<<strong>br</strong> />
nacionais e o de Cabo Verde,<<strong>br</strong> />
países que estiveram representados<<strong>br</strong> />
na ocasião.<<strong>br</strong> />
O presidente Luis Cláudio foi<<strong>br</strong> />
o primeiro a usar da palavra, des-<<strong>br</strong> />
Solenidade em <strong>com</strong>emoração aos 80 anos da <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
tacando, inicialmente, a importância<<strong>br</strong> />
da <strong>com</strong>emoração, em se<<strong>br</strong> />
tratando de uma entidade <strong>com</strong>o a<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>, “diferente de outras, pois os<<strong>br</strong> />
advogados são agentes da pacificação<<strong>br</strong> />
social e responsáveis pela<<strong>br</strong> />
defesa do cidadão e do Estado<<strong>br</strong> />
Democrático de Direito”.<<strong>br</strong> />
Medalha<<strong>br</strong> />
Em seguida, foi realizada a<<strong>br</strong> />
entrega da “Medalha Professor<<strong>br</strong> />
Raymundo Cândido”, criada em<<strong>br</strong> />
dezem<strong>br</strong>o de 2010, homenageando<<strong>br</strong> />
pessoas ou instituições que<<strong>br</strong> />
se destacaram em suas atividades<<strong>br</strong> />
no ramo da Justiça e do Direito.<<strong>br</strong> />
Entre os agraciados estavam o<<strong>br</strong> />
presidente e o ex-presidente do<<strong>br</strong> />
TJMG, os desembargadores Cláudio<<strong>br</strong> />
Costa e Sérgio Resende; o ministro<<strong>br</strong> />
João Otávio de Noronha, a<<strong>br</strong> />
presidente do TRT, 3ª Região, desembargadora<<strong>br</strong> />
Deoclecia Amorelli<<strong>br</strong> />
Dias; o desembargador aposentado<<strong>br</strong> />
do TRT, 3ª Região, Antônio<<strong>br</strong> />
Álvares da Silva; o diretor do foro<<strong>br</strong> />
federal na Capital, juiz Itelmar<<strong>br</strong> />
Raydan Evangelista entre outros.<<strong>br</strong> />
Representando os agracia-<<strong>br</strong> />
Destaques da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
dos o desembargador Antônio<<strong>br</strong> />
Álvares da Silva citou trechos de<<strong>br</strong> />
seu discurso <strong>com</strong>o orador da turma<<strong>br</strong> />
de bacharéis pela UFMG, em<<strong>br</strong> />
1965, que teve <strong>com</strong>o paraninfo o<<strong>br</strong> />
professor Raymundo Cândido. Em<<strong>br</strong> />
oração emocionada, o desembargador<<strong>br</strong> />
destacou suas qualidades<<strong>br</strong> />
de professor e sua grandeza de<<strong>br</strong> />
alma, <strong>com</strong>o um ser humano extraordinário<<strong>br</strong> />
e inigualável.<<strong>br</strong> />
O ex-presidente da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
discursou em nome da família do<<strong>br</strong> />
patrono da <strong>com</strong>enda e do conselheiro<<strong>br</strong> />
federal Raimundo Cândido<<strong>br</strong> />
Júnior, que agradeceu e ressaltou<<strong>br</strong> />
aspectos da vida e da personalidade<<strong>br</strong> />
de seu pai. Cumprimentou<<strong>br</strong> />
a atual diretoria da Ordem e destacou<<strong>br</strong> />
a presença do mineiro Caio<<strong>br</strong> />
Mário da Silva Pereira, presidente<<strong>br</strong> />
do Conselho Federal no período<<strong>br</strong> />
de 1975 a 1977, durante a ditadura<<strong>br</strong> />
militar, quando impediu que<<strong>br</strong> />
a entidade se atrelasse ao Poder<<strong>br</strong> />
Executivo, <strong>com</strong>o desejavam os dirigentes<<strong>br</strong> />
da nação daquela época.<<strong>br</strong> />
Encerrou suas palavras prestando<<strong>br</strong> />
uma homenagem às mulheres<<strong>br</strong> />
pela passagem do Dia <strong>In</strong>ternacional<<strong>br</strong> />
a elas dedicado.<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
57
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
58<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> MG<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG conquista<<strong>br</strong> />
regulamentação do pagamento<<strong>br</strong> />
dos advogados dativos pelo Estado<<strong>br</strong> />
REMUNERAÇÃO DOS DATIVOS PASSARÁ A SER<<strong>br</strong> />
FEITA EM 30 DIAS APÓS TRAMITAÇÃO ADMINISTRATIVA<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Após muito trabalho da dire-<<strong>br</strong> />
toria da <strong>OAB</strong>/MG, os advogados<<strong>br</strong> />
mineiros que atuam <strong>com</strong>o dativos<<strong>br</strong> />
podem <strong>com</strong>emorar. No dia 24 de<<strong>br</strong> />
janeiro deste ano o governador<<strong>br</strong> />
de Minas Gerais, Antônio Anasta-<<strong>br</strong> />
sia, regulamentou o pagamento<<strong>br</strong> />
de honorários a advogados dati-<<strong>br</strong> />
vos no Estado por meio do De-<<strong>br</strong> />
creto nº 45.898 e em fevereiro foi<<strong>br</strong> />
assinado o termo de cooperação<<strong>br</strong> />
entre a <strong>OAB</strong>/MG, o Tribunal de<<strong>br</strong> />
Justiça de Minas Gerais (TJMG) e<<strong>br</strong> />
Advocacia Geral do Estado (AGE),<<strong>br</strong> />
regulamentando o pagamento<<strong>br</strong> />
administrativo dos honorários<<strong>br</strong> />
devidos pelo Estado aos profis-<<strong>br</strong> />
sionais que atuaram <strong>com</strong>o advo-<<strong>br</strong> />
gados dativos.<<strong>br</strong> />
A 13ª Subseção da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Uberlândia a<strong>com</strong>panhou a de-<<strong>br</strong> />
cisão de configurar o convênio<<strong>br</strong> />
entre as entidades (<strong>OAB</strong>/MG, TJ<<strong>br</strong> />
e AGE), sendo que o presidente<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong> Uberlândia, Egmar Sousa<<strong>br</strong> />
Ferraz participou de uma audiên-<<strong>br</strong> />
cia pública no dia 6 de dezem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e a situação dos advogados<<strong>br</strong> />
dativos na Assembleia Legislativa<<strong>br</strong> />
de Minas Gerais, ocasião em que<<strong>br</strong> />
mostrou a importância da solução<<strong>br</strong> />
da questão dos dativos. A reunião<<strong>br</strong> />
teve <strong>com</strong>o finalidade discutir al-<<strong>br</strong> />
ternativas legislativas para o pa-<<strong>br</strong> />
gamento dos defensores dativos.<<strong>br</strong> />
O presidente da <strong>OAB</strong>/MG, Luís<<strong>br</strong> />
Cláudio Chaves e Conselheiros da<<strong>br</strong> />
Ordem participaram da audiência<<strong>br</strong> />
em defesa das prerrogativas dos<<strong>br</strong> />
advogados.<<strong>br</strong> />
No dia 23 de janeiro de 2012,<<strong>br</strong> />
houve outro momento decisivo<<strong>br</strong> />
que teve a participação do presi-<<strong>br</strong> />
dente da <strong>OAB</strong> Uberlândia, em que<<strong>br</strong> />
Egmar Ferraz esteve presente na<<strong>br</strong> />
reunião, ocorrida no Tribunal de<<strong>br</strong> />
Justiça, <strong>com</strong> o objetivo de discu-<<strong>br</strong> />
tir os detalhes finais do convênio<<strong>br</strong> />
que seria firmado posteriormen-<<strong>br</strong> />
te entre <strong>OAB</strong>/MG, TJMG e AGE,<<strong>br</strong> />
destinado a regulamentar o pa-<<strong>br</strong> />
gamento administrativo dos ho-<<strong>br</strong> />
norários devidos pelo Estado aos<<strong>br</strong> />
profissionais que atuaram <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
advogados dativos, suprindo, em<<strong>br</strong> />
muitas <strong>com</strong>arcas de Minas, a ca-<<strong>br</strong> />
rência de defensores públicos.<<strong>br</strong> />
Em 2 de fevereiro, finalmente<<strong>br</strong> />
foi assinado o termo de coope-<<strong>br</strong> />
ração entre a <strong>OAB</strong>/MG, o Tribu-<<strong>br</strong> />
nal de Justiça de Minas Gerais e<<strong>br</strong> />
Advocacia Geral do Estado, regu-<<strong>br</strong> />
lamentando o pagamento admi-<<strong>br</strong> />
nistrativo dos honorários devidos<<strong>br</strong> />
pelo Estado aos advogados dati-<<strong>br</strong> />
vos.<<strong>br</strong> />
O presidente da <strong>OAB</strong>/MG,<<strong>br</strong> />
Luís Cláudio Chaves, elogiou o<<strong>br</strong> />
empenho do governador do Es-<<strong>br</strong> />
tado, Antonio Anastasia. Ao regu-<<strong>br</strong> />
lamentar o pagamento por meio<<strong>br</strong> />
do Decreto nº45.898. Luís Cláudio<<strong>br</strong> />
afirmou que o convênio viabiliza<<strong>br</strong> />
o pagamento dos dativos, o que<<strong>br</strong> />
nunca ocorreu no Estado. “Esse<<strong>br</strong> />
ato trará justiça aos advogados<<strong>br</strong> />
dativos reconhecendo o trabalho<<strong>br</strong> />
deles em favor das pessoas ne-<<strong>br</strong> />
cessitadas e assegurando aces-<<strong>br</strong> />
so à justiça as pessoas carentes”,<<strong>br</strong> />
disse.<<strong>br</strong> />
Decreto 45.898<<strong>br</strong> />
O Decreto estabelece que os<<strong>br</strong> />
honorários sejam fixados pelo<<strong>br</strong> />
Juiz da sentença, de acordo <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
tabela elaborada pela Ordem<<strong>br</strong> />
dos Advogados do Brasil, seção<<strong>br</strong> />
Minas Gerais. O Juiz emitirá uma<<strong>br</strong> />
certidão que, após tramitação ad-<<strong>br</strong> />
ministrativa, possibilitará o paga-<<strong>br</strong> />
mento aos dativos em 30 dias.<<strong>br</strong> />
Advogado dativo é aquele que<<strong>br</strong> />
não pertence à Defensoria Pú-<<strong>br</strong> />
blica do Estado de Minas Gerais,<<strong>br</strong> />
mas assume o papel de defensor
público, auxiliando, por indicação<<strong>br</strong> />
da Justiça, o cidadão <strong>com</strong>um. O<<strong>br</strong> />
pagamento de honorários não<<strong>br</strong> />
implica vínculo empregatício <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
o Estado e não assegura ao ad-<<strong>br</strong> />
vogado nomeado direitos atribuí-<<strong>br</strong> />
dos ao servidor público, tampou-<<strong>br</strong> />
co à contagem de tempo, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
esclarece o decreto.<<strong>br</strong> />
São condições para aprovação<<strong>br</strong> />
do pagamento de honorários:<<strong>br</strong> />
· Advogados que não sejam<<strong>br</strong> />
ocupantes do cargo de De-<<strong>br</strong> />
fensor Público ou não estejam<<strong>br</strong> />
impedidos de exercer a advo-<<strong>br</strong> />
cacia contra a Fazenda Pública<<strong>br</strong> />
Estadual.<<strong>br</strong> />
· Advogados que renuncia-<<strong>br</strong> />
rem à causa, salvo se houver<<strong>br</strong> />
justificativa aceita por juiz<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>petente, no processo em<<strong>br</strong> />
curso, hipótese em que os<<strong>br</strong> />
honorários serão pagos pro-<<strong>br</strong> />
porcionalmente aos serviços<<strong>br</strong> />
prestados, além de co<strong>br</strong>ar,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>binar ou receber vanta-<<strong>br</strong> />
gens e valores do beneficiário,<<strong>br</strong> />
a título de honorários advoca-<<strong>br</strong> />
tícios, taxas, emolumentos ou<<strong>br</strong> />
outras despesas.<<strong>br</strong> />
Para receber o pagamento,<<strong>br</strong> />
é imprescindível:<<strong>br</strong> />
· Que o advogado seja nome-<<strong>br</strong> />
ado de acordo <strong>com</strong> a relação<<strong>br</strong> />
a ser preparada pela <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
e cumpra a integralidade ou<<strong>br</strong> />
proporcionalidade dos servi-<<strong>br</strong> />
ços prestados.<<strong>br</strong> />
A Advocacia-Geral do Esta-<<strong>br</strong> />
do (AGE) e a Secretaria de Estado<<strong>br</strong> />
de Fazenda (SEF) deverão editar<<strong>br</strong> />
normas <strong>com</strong>plementares que vi-<<strong>br</strong> />
sem ao cumprimento do Decreto,<<strong>br</strong> />
bem <strong>com</strong>o assinar o termo de co-<<strong>br</strong> />
operação mútua entre a <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
e o Tribunal de Justiça do Estado<<strong>br</strong> />
de Minas Gerais (TJMG) para a<<strong>br</strong> />
elaboração da tabela de honorá-<<strong>br</strong> />
rios. Esse termo será a<strong>com</strong>panha-<<strong>br</strong> />
do por uma <strong>com</strong>issão constituída<<strong>br</strong> />
por representantes da AGE e da<<strong>br</strong> />
SEF, e poderá contar <strong>com</strong> mem-<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>os convidados, representando<<strong>br</strong> />
o TJMG, a Defensoria Pública e a<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG.<<strong>br</strong> />
De acordo <strong>com</strong> o termo de<<strong>br</strong> />
cooperação, ficará a cargo da<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong>/MG:<<strong>br</strong> />
· Elaboração anual, por co-<<strong>br</strong> />
marca e especialidade, de<<strong>br</strong> />
uma lista de advogados ins-<<strong>br</strong> />
critos na Ordem e que tenham<<strong>br</strong> />
interesse em atuar <strong>com</strong>o de-<<strong>br</strong> />
fensor dativo de parte benefi-<<strong>br</strong> />
ciária de assistência judiciária.<<strong>br</strong> />
· A lista de defensores dativos<<strong>br</strong> />
será enviada à Advocacia-Ge-<<strong>br</strong> />
ral do Estado até o dia 1º de<<strong>br</strong> />
fevereiro de cada ano, a partir<<strong>br</strong> />
do ano 2012. A AGE encami-<<strong>br</strong> />
nhará a lista de defensores<<strong>br</strong> />
dativos ao TJMG e à Defenso-<<strong>br</strong> />
ria Pública.<<strong>br</strong> />
Observadas as <strong>com</strong>petên-<<strong>br</strong> />
cias do Poder Judiciário, o<<strong>br</strong> />
TJMG, por termo de coopera-<<strong>br</strong> />
ção <strong>com</strong> a AGE, promoverá a<<strong>br</strong> />
distribuição da lista de defen-<<strong>br</strong> />
sores dativos aos juízes das<<strong>br</strong> />
respectivas <strong>com</strong>arcas. No caso<<strong>br</strong> />
de nomeação de mais de um<<strong>br</strong> />
advogado no mesmo proces-<<strong>br</strong> />
so, os honorários serão fixados<<strong>br</strong> />
proporcionalmente aos servi-<<strong>br</strong> />
ços prestados.<<strong>br</strong> />
Fonte: As<strong>com</strong> <strong>OAB</strong>/MG <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
informações da Secretaria de Es-<<strong>br</strong> />
tado de Governo<<strong>br</strong> />
Destaques da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
Presidente da <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
Uberlândia, Egmar Ferraz<<strong>br</strong> />
participou das atividades<<strong>br</strong> />
em prol dos dativos<<strong>br</strong> />
ETAPAS:<<strong>br</strong> />
Novem<strong>br</strong>o - <strong>OAB</strong>/MG pede aos<<strong>br</strong> />
advogados para não aceitarem nomeação<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o advogados dativos.<<strong>br</strong> />
6/12 – Audiência pública na Assembleia<<strong>br</strong> />
Legislativa de Minas para discutir<<strong>br</strong> />
alternativas legislativas para o pagamento<<strong>br</strong> />
dos defensores dativos e possíveis<<strong>br</strong> />
consequências da re<strong>com</strong>endação da <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />
MG aos advogados para que não aceitem<<strong>br</strong> />
nomeação <strong>com</strong>o defensores dativos. O<<strong>br</strong> />
presidente da <strong>OAB</strong> Uberlândia, Egmar<<strong>br</strong> />
Sousa Ferraz participou da audiência.<<strong>br</strong> />
23/01 – Reunião no Tribunal de Justiça<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> o objetivo de discutir os detalhes<<strong>br</strong> />
finais do convênio que será firmado entre<<strong>br</strong> />
as três entidades: <strong>OAB</strong>/MG, o Tribunal<<strong>br</strong> />
de Justiça de Minas Gerais e Advocacia<<strong>br</strong> />
Geral do Estado. O presidente da <strong>OAB</strong>/<<strong>br</strong> />
MG, Egmar Sousa Ferraz participou desta<<strong>br</strong> />
reunião.<<strong>br</strong> />
24/01 - Governador de Minas Gerais,<<strong>br</strong> />
Antônio Anastasia, regulamentou o<<strong>br</strong> />
pagamento de honorários a advogados<<strong>br</strong> />
dativos no Estado por meio do decreto de<<strong>br</strong> />
número 45.898<<strong>br</strong> />
02/02 - Assinado o termo de cooperação<<strong>br</strong> />
entre a <strong>OAB</strong>/MG, o Tribunal de Justiça<<strong>br</strong> />
de Minas Gerais e Advocacia Geral do<<strong>br</strong> />
Estado regulamentando o pagamento<<strong>br</strong> />
administrativo dos honorários devidos<<strong>br</strong> />
pelo Estado aos profissionais que atuaram<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o advogados dativos.<<strong>br</strong> />
Com informações da As<strong>com</strong> <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
e da Secretaria de Estado de Governo<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
59
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
60<<strong>br</strong> />
A RTIGO<<strong>br</strong> />
Honorários contratuais<<strong>br</strong> />
e a sua inclusão nas<<strong>br</strong> />
condenações judiciais<<strong>br</strong> />
Gilberto Severino Júnior *<<strong>br</strong> />
Heitor Amaral Ribeiro **<<strong>br</strong> />
Sabe-se, desde os tempos<<strong>br</strong> />
primevos, que o dano deve ser<<strong>br</strong> />
reparado na medida de sua<<strong>br</strong> />
extensão. Destarte, é notório<<strong>br</strong> />
também de que uma das gran-<<strong>br</strong> />
des dificuldades do julgador é<<strong>br</strong> />
tornar precisa a extensão do<<strong>br</strong> />
dano, máxime no que se refere<<strong>br</strong> />
aos danos acessórios e os de<<strong>br</strong> />
natureza intrínseca à honra e à<<strong>br</strong> />
moral do indivíduo.<<strong>br</strong> />
So<strong>br</strong>e o jaez da extensão,<<strong>br</strong> />
são travadas homéricas bata-<<strong>br</strong> />
lhas diuturnamente nas dis-<<strong>br</strong> />
cussões judiciais. Entretanto,<<strong>br</strong> />
a ideia de que reparação dos<<strong>br</strong> />
danos deve englobar o ressar-<<strong>br</strong> />
cimento da verba honorária<<strong>br</strong> />
contratual, popularmente co-<<strong>br</strong> />
nhecida <strong>com</strong>o pró-labore, co-<<strong>br</strong> />
meça a ser relevante.<<strong>br</strong> />
No tocante à diferenciação<<strong>br</strong> />
das verbas alimentares advo-<<strong>br</strong> />
catícias, apesar de não haver<<strong>br</strong> />
disposição legal expressa, con-<<strong>br</strong> />
vencionou-se que os honorários<<strong>br</strong> />
sucumbenciais, aqueles oriun-<<strong>br</strong> />
dos, na maioria das vezes, do<<strong>br</strong> />
êxito processual são devidos ao<<strong>br</strong> />
patrono da parte vencedora.<<strong>br</strong> />
Todavia, os honorários<<strong>br</strong> />
contratuais dificilmente eram<<strong>br</strong> />
incorporados ao rol de exten-<<strong>br</strong> />
são dos danos. Ou seja, tais<<strong>br</strong> />
honorários não eram incluídos<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o decréscimos patrimo-<<strong>br</strong> />
niais nascidos em virtude dos<<strong>br</strong> />
danos causados ao indivíduo,<<strong>br</strong> />
tampouco eram ressarcidos ao<<strong>br</strong> />
vencedor da demanda.<<strong>br</strong> />
No dia 14 de junho de<<strong>br</strong> />
2011, o Superior Tribunal de<<strong>br</strong> />
Justiça, representado naque-<<strong>br</strong> />
la oportunidade pela Ministra<<strong>br</strong> />
Nancy Andrighi, dotada de<<strong>br</strong> />
corriqueira so<strong>br</strong>iedade inte-<<strong>br</strong> />
lectual, agraciou os advogados<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> um precedente que pode<<strong>br</strong> />
rotacionar o leme do enten-<<strong>br</strong> />
dimento de ressarcimento de<<strong>br</strong> />
honorários contratu ais.<<strong>br</strong> />
No julgado de Ação de Co-<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>ança cumulada <strong>com</strong> <strong>com</strong>-<<strong>br</strong> />
pensação por danos morais, o
pleiteante requereu em instân-<<strong>br</strong> />
cia primeva, além da cobertura<<strong>br</strong> />
dos danos de estilo o ressar-<<strong>br</strong> />
cimento das despesas na con-<<strong>br</strong> />
tratação de advogados para<<strong>br</strong> />
o ajuizamento da ação, tendo<<strong>br</strong> />
em vista que a gênese da ação<<strong>br</strong> />
se deu em razão exclusiva de<<strong>br</strong> />
ato desidioso do réu.<<strong>br</strong> />
Em sede de Recurso Espe-<<strong>br</strong> />
cial1, delimitou-se, em matéria<<strong>br</strong> />
única e exclusivamente à con-<<strong>br</strong> />
trovérsia de determinar, a inte-<<strong>br</strong> />
gração ou não dos honorários<<strong>br</strong> />
advocatícios contratuais nos<<strong>br</strong> />
valores devidos a reparação<<strong>br</strong> />
por perdas e danos.<<strong>br</strong> />
Com o <strong>br</strong>ilhantismo pecu-<<strong>br</strong> />
liar, a Relatora discorreu pro-<<strong>br</strong> />
ferindo que “[...] os honorários<<strong>br</strong> />
convencionais são retirados<<strong>br</strong> />
do patrimônio da parte lesa-<<strong>br</strong> />
da – para que haja reparação<<strong>br</strong> />
integral do dano – aquele que<<strong>br</strong> />
deu causa ao processo deve<<strong>br</strong> />
restituir os valores despendi-<<strong>br</strong> />
dos <strong>com</strong> os honorários con-<<strong>br</strong> />
tratuais2”. Reiterou na opor-<<strong>br</strong> />
tunidade a consonância de sua<<strong>br</strong> />
decisão quanto aos preceitos<<strong>br</strong> />
1 Disponível em https://ww2.<<strong>br</strong> />
stj.jus.<strong>br</strong>/revistaeletronica/ita.<<strong>br</strong> />
asp?registro=200800250781&dt_publicacao=23/02/2011<<strong>br</strong> />
. Acesso em 17<<strong>br</strong> />
de out. de 2011.<<strong>br</strong> />
2 STJ - RECURSO ESPECIAL n.<<strong>br</strong> />
1.134.725/MG – 3ª.T. – AC. Unânime –<<strong>br</strong> />
Rel.: Min. Nancy Andrighi – Fonte: DJe,<<strong>br</strong> />
24.06.2011.<<strong>br</strong> />
fundamentais relacionados à<<strong>br</strong> />
responsabilidade civil, à neces-<<strong>br</strong> />
sidade de restituição integral,<<strong>br</strong> />
equidade e justiça.<<strong>br</strong> />
Salientou ainda que o valor<<strong>br</strong> />
restituído a título de honorá-<<strong>br</strong> />
rios contratuais deve seguir os<<strong>br</strong> />
parâmetros dispostos na Lei de<<strong>br</strong> />
Ritos e no Estatuto da Ordem<<strong>br</strong> />
dos Advogados do Brasil, isto<<strong>br</strong> />
é, o julgador deve considerar<<strong>br</strong> />
questões que circundam a de-<<strong>br</strong> />
manda, tais <strong>com</strong>o o valor da<<strong>br</strong> />
causa, a condição econômica<<strong>br</strong> />
do cliente, o proveito resultan-<<strong>br</strong> />
te do serviço, a <strong>com</strong>petência e<<strong>br</strong> />
o renome do profissional, po-<<strong>br</strong> />
dendo o magistrado, no caso<<strong>br</strong> />
concreto, majorar ou reduzir o<<strong>br</strong> />
valor contratual informado.<<strong>br</strong> />
a razoabilidade e a propor-<<strong>br</strong> />
cionalidade do julgador desta<<strong>br</strong> />
hipótese é extremamente im-<<strong>br</strong> />
portante na mensuração da<<strong>br</strong> />
restituição. O perigo adormece<<strong>br</strong> />
justamente no momento em<<strong>br</strong> />
que este valor tende a permear<<strong>br</strong> />
o traço limítrofe da <strong>com</strong>inação<<strong>br</strong> />
educativa do ofensor rumo ao<<strong>br</strong> />
alcance da condição mínima<<strong>br</strong> />
de sua so<strong>br</strong>evivência.<<strong>br</strong> />
Em razão da prematuridade<<strong>br</strong> />
do julgado, permanece o enten-<<strong>br</strong> />
dimento jurisprudencial em par-<<strong>br</strong> />
te amorfo, contudo, inegável a<<strong>br</strong> />
evolução desta percepção.<<strong>br</strong> />
Vislum<strong>br</strong>a-se que a pos-<<strong>br</strong> />
sibilidade de restituição dos<<strong>br</strong> />
honorários contratuais induz<<strong>br</strong> />
o cidadão, ainda que incons-<<strong>br</strong> />
cientemente, a um status de<<strong>br</strong> />
busca contínua do profissional<<strong>br</strong> />
da Advocacia, valorizando e<<strong>br</strong> />
pulverizando a sua atuação e,<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>etudo, criando a oportu-<<strong>br</strong> />
nidade de trabalhar em função<<strong>br</strong> />
de uma sociedade mais justa.<<strong>br</strong> />
A decisão proferida vai de<<strong>br</strong> />
encontro <strong>com</strong> o ideal de aces-<<strong>br</strong> />
so à ordem jurídica justa, à<<strong>br</strong> />
medida que o cidadão terá a<<strong>br</strong> />
sensação de que o Poder Judi-<<strong>br</strong> />
ciário lhe proporcionou plena<<strong>br</strong> />
e <strong>com</strong>pleta reparação de todos<<strong>br</strong> />
os danos sofridos e ou realiza-<<strong>br</strong> />
dos <strong>com</strong> a finalidade de buscar<<strong>br</strong> />
a tutela jurisdicional.<<strong>br</strong> />
* Gilberto Severino Jú-<<strong>br</strong> />
nior é Graduado em Direito<<strong>br</strong> />
pela Universidade Federal de<<strong>br</strong> />
Uberlândia (2000) e mestre em<<strong>br</strong> />
Direito pela Universidade do<<strong>br</strong> />
Estado de Minas Gerais (2007).<<strong>br</strong> />
Advogado, conferencista e pa-<<strong>br</strong> />
lestrante. Professor universitá-<<strong>br</strong> />
rio de direito processual civil.<<strong>br</strong> />
Professor de cursos de pós<<strong>br</strong> />
graduação e de preparatórios<<strong>br</strong> />
para o exame de Ordem;<<strong>br</strong> />
** Heitor Amaral Ribeiro<<strong>br</strong> />
é graduando em Direito pela<<strong>br</strong> />
ESAMC/Uberlândia.<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
61
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
62<<strong>br</strong> />
A RTIGO<<strong>br</strong> />
Breves considerações<<strong>br</strong> />
acerca do tema Marca<<strong>br</strong> />
* Márcia Fernandes Pinheiro¹<<strong>br</strong> />
De acordo <strong>com</strong> o dicionário<<strong>br</strong> />
Aurélio, a palavra marca significa<<strong>br</strong> />
ato ou efeito de marcar, sinal distintivo<<strong>br</strong> />
de um objeto. Já símbolo<<strong>br</strong> />
gráfico (logotipo, emblema ou<<strong>br</strong> />
figura) identifica ou representa<<strong>br</strong> />
uma instituição, uma empresa etc.<<strong>br</strong> />
Destarte, a marca é um sinal<<strong>br</strong> />
distintivo ou um logotipo<<strong>br</strong> />
que representa uma instituição,<<strong>br</strong> />
classificando-se em vários tipos,<<strong>br</strong> />
dentre eles marca de produto ou<<strong>br</strong> />
serviço (exemplo: Nike, Natura,<<strong>br</strong> />
FGV, Itaú), marca de certificação<<strong>br</strong> />
(exemplo: INMETRO, ISO) e marca<<strong>br</strong> />
coletiva (Unimed, ABPI). Entretanto,<<strong>br</strong> />
esta não se resume apenas a<<strong>br</strong> />
um sinal distintivo, haja vista que<<strong>br</strong> />
traz consigo outros elementos<<strong>br</strong> />
que tornam o seu instituto mais<<strong>br</strong> />
a<strong>br</strong>angente.<<strong>br</strong> />
Uma marca bem elaborada<<strong>br</strong> />
(um desenho, sinal ou até mesmo<<strong>br</strong> />
um nome) transmite confiabilidade,<<strong>br</strong> />
qualidade do produto ou<<strong>br</strong> />
serviço e, principalmente, a segurança<<strong>br</strong> />
para os consumidores de<<strong>br</strong> />
estarem adquirindo produtos que<<strong>br</strong> />
satisfaçam as suas necessidades.<<strong>br</strong> />
Para que a marca alcance a aceitação<<strong>br</strong> />
do público, entretanto, muitos<<strong>br</strong> />
investimentos são feitos, tanto<<strong>br</strong> />
em termos de propagandas <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
na própria qualidade dos produtos<<strong>br</strong> />
que levam o nome da mesma.<<strong>br</strong> />
Tendo em vista a a<strong>br</strong>angência,<<strong>br</strong> />
o poder de mercado e os investimentos,<<strong>br</strong> />
à marca tornou-se necessária<<strong>br</strong> />
a uma efetiva proteção jurídica<<strong>br</strong> />
contra abusos e deturpações<<strong>br</strong> />
de terceiros. No que tange a essa<<strong>br</strong> />
necessidade, foi criada no Brasil<<strong>br</strong> />
a Lei Federal nº 9.279/1996, que<<strong>br</strong> />
regula os direitos e o<strong>br</strong>igações<<strong>br</strong> />
relativos à propriedade industrial.<<strong>br</strong> />
Tal diploma legal além de definir<<strong>br</strong> />
os tipos de marcas, também disciplina<<strong>br</strong> />
o procedimento de registro,<<strong>br</strong> />
cessão e proteção, dentre outras<<strong>br</strong> />
providências.<<strong>br</strong> />
O proprietário da marca ao<<strong>br</strong> />
efetuar o seu registro passa a ter<<strong>br</strong> />
o direito de utilizá-la <strong>com</strong> exclusividade<<strong>br</strong> />
no ramo em que atua. Por<<strong>br</strong> />
exemplo, se o empresário atuar<<strong>br</strong> />
no ramo de sucos, refrigerantes,<<strong>br</strong> />
terá a sua marca protegida em<<strong>br</strong> />
âmbito nacional na classe de bebidas,<<strong>br</strong> />
xaropes e sucos concentrados.<<strong>br</strong> />
Contudo, se a marca alcançar<<strong>br</strong> />
grande credibilidade no mercado,<<strong>br</strong> />
tornando-se uma marca famosa,<<strong>br</strong> />
ou seja, de Alto Renome, poderá<<strong>br</strong> />
ter a proteção estendida a todos<<strong>br</strong> />
os ramos de atividade, conforme<<strong>br</strong> />
consta no art. 125 da referida lei.<<strong>br</strong> />
Vejamos outro exemplo bastante<<strong>br</strong> />
elucidativo: a marca Coca<<strong>br</strong> />
Cola, pertencente à The Coca-<<strong>br</strong> />
-Cola Companyé, é de alto renome,<<strong>br</strong> />
estando protegida em todos<<strong>br</strong> />
os ramos de atividade. Dessa forma,<<strong>br</strong> />
outro empresário não poderá<<strong>br</strong> />
utilizar a marca Coca Cola para<<strong>br</strong> />
vestuário, esporte, calçados restaurantes<<strong>br</strong> />
etc., posto que pertence<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> exclusividade ao titular da<<strong>br</strong> />
marca Coca Cola.<<strong>br</strong> />
Pode-se dizer, então, que a<<strong>br</strong> />
marca é o sinal perceptível de<<strong>br</strong> />
grande importância, que diferencia<<strong>br</strong> />
os produtos entre si, identifica<<strong>br</strong> />
produtos ou serviços e também<<strong>br</strong> />
atesta a qualidade destes, daí a<<strong>br</strong> />
importância de ser levada a registro.<<strong>br</strong> />
Vejamos os arts. 122 e 133 da<<strong>br</strong> />
Lei de Propriedade <strong>In</strong>dustrial na<<strong>br</strong> />
íntegra:<<strong>br</strong> />
Art. 122. São suscetíveis de<<strong>br</strong> />
registro <strong>com</strong>o marca os sinais distintivos<<strong>br</strong> />
visualmente perceptíveis,<<strong>br</strong> />
não <strong>com</strong>preendidos nas proibições<<strong>br</strong> />
legais. (grifo nosso)<<strong>br</strong> />
Art. 133. O registro da marca<<strong>br</strong> />
vigorará pelo prazo de 10 (dez)<<strong>br</strong> />
anos, contados da data da concessão<<strong>br</strong> />
do registro, prorrogável<<strong>br</strong> />
por períodos iguais e sucessivos.<<strong>br</strong> />
Observa-se que o referido art.<<strong>br</strong> />
122 ressalta que os sinais perceptíveis<<strong>br</strong> />
são suscetíveis de registro.<<strong>br</strong> />
Assim o faz a lei, pois no Brasil<<strong>br</strong> />
não se admite registro de outros<<strong>br</strong> />
sinais, tais <strong>com</strong>o os sonoros e os<<strong>br</strong> />
olfativos.<<strong>br</strong> />
Percebe-se ainda, tendo em<<strong>br</strong> />
vista o mesmo dispositivo legal,<<strong>br</strong> />
que o registro da marca é concedido<<strong>br</strong> />
pelo prazo de 10 (dez) anos,<<strong>br</strong> />
podendo ser renovado indefinidamente.<<strong>br</strong> />
Dessa forma, a marca,<<strong>br</strong> />
um símbolo de grande importância<<strong>br</strong> />
no ramo empresarial, deve<<strong>br</strong> />
ser registrada e protegida contra<<strong>br</strong> />
qualquer abuso.<<strong>br</strong> />
É importante ressaltar que o<<strong>br</strong> />
registro é efetuado no INPI (<strong>In</strong>stituto<<strong>br</strong> />
Nacional de Propriedade<<strong>br</strong> />
<strong>In</strong>dustrial), <strong>com</strong> de a<strong>br</strong>angência<<strong>br</strong> />
nacional.<<strong>br</strong> />
* Advogada, pós-graduada<<strong>br</strong> />
em Direito Privado, professora de<<strong>br</strong> />
Direito Empresarial e <strong>In</strong>trodução<<strong>br</strong> />
ao Estudo de Direito na Faculdade<<strong>br</strong> />
Pitágoras, Uberlândia-MG
ADULTÉRIO ENSEJA<<strong>br</strong> />
RESPONSABILIDADE DE INDENIZAR?<<strong>br</strong> />
Vitor Maia de Sousa *<<strong>br</strong> />
A responsabilidade do repa-<<strong>br</strong> />
ro de um dano causado por um<<strong>br</strong> />
indivíduo a outro sempre existiu.<<strong>br</strong> />
Trata-se da natureza humana res-<<strong>br</strong> />
gatar o que lhe fora tirado, ou,<<strong>br</strong> />
quando não for possível, retirar<<strong>br</strong> />
algo de quem lhe causou o dano.<<strong>br</strong> />
Mesmo nas sociedades pri-<<strong>br</strong> />
mitivas (aquelas em que não<<strong>br</strong> />
estava presente ainda o direito<<strong>br</strong> />
propriamente dito) é fácil ilustrar<<strong>br</strong> />
esta reparação do dano, que era<<strong>br</strong> />
feita através da violência coletiva.<<strong>br</strong> />
Aquele que causou o dano era<<strong>br</strong> />
torturado fisicamente pelo res-<<strong>br</strong> />
tante do grupo, <strong>com</strong>o forma de<<strong>br</strong> />
punição e exemplo para os de-<<strong>br</strong> />
mais mem<strong>br</strong>os.<<strong>br</strong> />
Com o passar do tempo e<<strong>br</strong> />
surgimento do Direito nas civi-<<strong>br</strong> />
lizações, passou-se de vingança<<strong>br</strong> />
coletiva para vingança individual.<<strong>br</strong> />
Com o Código de Hamurabi (ela-<<strong>br</strong> />
borado por volta de 1.700 a.C. na<<strong>br</strong> />
Babilônia), criou-se a chamada<<strong>br</strong> />
“pena de talião”, também conhe-<<strong>br</strong> />
cida <strong>com</strong>o “olho por olho, dente<<strong>br</strong> />
por dente”, normatizada nas Leis<<strong>br</strong> />
196 e 200 do referido:<<strong>br</strong> />
196. Se um homem arrancar<<strong>br</strong> />
o olho de outro homem, o olho<<strong>br</strong> />
do primeiro deverá ser arrancado<<strong>br</strong> />
[Olho por olho];<<strong>br</strong> />
200. Se um homem que<strong>br</strong>ar<<strong>br</strong> />
o dente de um seu igual, o dente<<strong>br</strong> />
deste homem também deverá ser<<strong>br</strong> />
que<strong>br</strong>ado [Dente por dente]; 1<<strong>br</strong> />
Posteriormente, em meados<<strong>br</strong> />
de 286 a.C., aparece em Roma a<<strong>br</strong> />
Lex Aquilia, que foi fundamental<<strong>br</strong> />
inclusive para a criação do atual<<strong>br</strong> />
1 Texto do Código de Hamurabi retirado<<strong>br</strong> />
da The Eleventh Edition of the<<strong>br</strong> />
Encyclopaedia Britannica, 1910 e traduzida<<strong>br</strong> />
pelos editores do site http://<<strong>br</strong> />
www.angelfire.<strong>com</strong>/me/babilonia<strong>br</strong>asil/hamur.html<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
Código Civil, pois tratava-se da<<strong>br</strong> />
primeira Lei realmente preocupa-<<strong>br</strong> />
da em reparar “danos causados<<strong>br</strong> />
ilicitamente” (danum iniuria da-<<strong>br</strong> />
tum).<<strong>br</strong> />
Lege Aquilia capite primo ca-<<strong>br</strong> />
vetur ut qui servum servamve<<strong>br</strong> />
alienum alienamve qudrupede-<<strong>br</strong> />
mve pecudem iniura occiderit,<<strong>br</strong> />
quanti id in eo anno plurimi fuit,<<strong>br</strong> />
tantum aes dare domino damnas<<strong>br</strong> />
esto. 2<<strong>br</strong> />
Atualmente, a responsabilida-<<strong>br</strong> />
de civil está prevista no Código<<strong>br</strong> />
Civil vigente, em seus artigos 927<<strong>br</strong> />
e seguintes (Código Civil de 2002<<strong>br</strong> />
– Parte Especial, Livro I, Título IX).<<strong>br</strong> />
Para facilitar o entendimento<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e as funções da responsabi-<<strong>br</strong> />
2 O primeiro capítulo da Lex Aquilia<<strong>br</strong> />
prevê que quem matar injustamente<<strong>br</strong> />
um escravo ou escrava alheios ou um<<strong>br</strong> />
quadrúpede ou ‘res’, seja condenado<<strong>br</strong> />
a dar ao dono o valor do máximo que<<strong>br</strong> />
alcançou naquele ano.<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
63
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
64<<strong>br</strong> />
A RTIGO<<strong>br</strong> />
lidade civil, a ilustre doutrinadora<<strong>br</strong> />
Maria Helena Diniz coloca que:<<strong>br</strong> />
Grande é a importância da<<strong>br</strong> />
responsabilidade civil, nos tempos<<strong>br</strong> />
atuais, por se dirigir à restauração<<strong>br</strong> />
de um equilí<strong>br</strong>io moral e patri-<<strong>br</strong> />
monial desfeito e à redistribuição<<strong>br</strong> />
da riqueza de conformidade <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
os ditames da justiça, tutelando a<<strong>br</strong> />
pertinência de um bem, <strong>com</strong> to-<<strong>br</strong> />
das as suas utilidades, presentes<<strong>br</strong> />
e futuras, a um sujeito determina-<<strong>br</strong> />
do, (...) 3<<strong>br</strong> />
O doutrinador Carlos Roberto<<strong>br</strong> />
Gonçalves concorda in totum <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
a explicação exposta por Maria<<strong>br</strong> />
Helena, e conclui colocando que:<<strong>br</strong> />
(...) o instituto da responsabi-<<strong>br</strong> />
lidade civil é parte integrante do<<strong>br</strong> />
direito o<strong>br</strong>igacional, pois a prin-<<strong>br</strong> />
cipal consequência da prática de<<strong>br</strong> />
um ato ilícito é a o<strong>br</strong>igação que<<strong>br</strong> />
acarreta, para o seu autor, de re-<<strong>br</strong> />
parar o dano, o<strong>br</strong>igação esta de<<strong>br</strong> />
natureza pessoal, que se resolve<<strong>br</strong> />
em perdas e danos. 4<<strong>br</strong> />
Sendo assim, podem-se<<strong>br</strong> />
enumerar funções da responsabi-<<strong>br</strong> />
lidade civil em duas modalidades.<<strong>br</strong> />
São elas: I) a reparação do dano<<strong>br</strong> />
causado, que está diretamente li-<<strong>br</strong> />
gada ao direito do lesado de ver<<strong>br</strong> />
seu prejuízo ressarcido; II) servir<<strong>br</strong> />
de sanção civil, ou seja, <strong>com</strong>pen-<<strong>br</strong> />
sar o lesado por aquele ato que<<strong>br</strong> />
resultou na causa do dano.<<strong>br</strong> />
Para caracterizar o de-<<strong>br</strong> />
ver de indenização, é necessária<<strong>br</strong> />
3 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito<<strong>br</strong> />
Civil Brasileiro. 17ª Ed. – Volume<<strong>br</strong> />
VII. Editora Saraiva, 2003, p. 5<<strong>br</strong> />
4 GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito<<strong>br</strong> />
Civil Brasileiro. 4ª Ed. – Vol. IV.<<strong>br</strong> />
Editora Saraiva, 2009, p. 4<<strong>br</strong> />
a presença dos pressupostos da<<strong>br</strong> />
responsabilidade civil, que são: I)<<strong>br</strong> />
ação ou omissão (ato ilícito); II)<<strong>br</strong> />
dano; III) nexo de causalidade; IV)<<strong>br</strong> />
culpa ou dolo.<<strong>br</strong> />
A discussão em <strong>com</strong>en-<<strong>br</strong> />
to gira entorno da reparação por<<strong>br</strong> />
dano moral àquele que utilizou-<<strong>br</strong> />
-se do adultério <strong>com</strong>o forma de<<strong>br</strong> />
ofensa à honra e dignidade do<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>panheiro(a), e não <strong>com</strong>o cri-<<strong>br</strong> />
me, uma vez que não existe mais<<strong>br</strong> />
o crime de adultério <strong>com</strong> previsão<<strong>br</strong> />
no Código Penal.<<strong>br</strong> />
Antes mesmo de entrar<<strong>br</strong> />
no assunto propriamente dito,<<strong>br</strong> />
deve-se ter em mente o conceito<<strong>br</strong> />
de “adultério” e o normativo legal<<strong>br</strong> />
que enumera os deveres dos côn-<<strong>br</strong> />
juges no âmbito do matrimônio.<<strong>br</strong> />
O dicionário Aulete Di-<<strong>br</strong> />
gital define que adultério é a<<strong>br</strong> />
“transgressão, nos aspectos mo-<<strong>br</strong> />
ral e legal, da fidelidade conjugal<<strong>br</strong> />
(<strong>com</strong>promisso de exclusividade<<strong>br</strong> />
recíproca nas relações sexuais dos<<strong>br</strong> />
cônjuges) implícita ou explícita no<<strong>br</strong> />
contrato matrimonial; Ato de ter<<strong>br</strong> />
relações sexuais <strong>com</strong> outra pes-<<strong>br</strong> />
soa que não o seu próprio cônju-<<strong>br</strong> />
ge; INFIDELIDADE”.<<strong>br</strong> />
Por sua vez, coloca que<<strong>br</strong> />
infidelidade é o ato de ser in-<<strong>br</strong> />
fiel, trair a sua esposa, marido,<<strong>br</strong> />
noivo(a), namorado(a).<<strong>br</strong> />
O casamento está nor-<<strong>br</strong> />
matizado no atual Código Civil,<<strong>br</strong> />
em seus artigos 1.511 e seguintes.<<strong>br</strong> />
Estes inclusive enfatizam que “o<<strong>br</strong> />
casamento estabelece <strong>com</strong>unhão<<strong>br</strong> />
plena de vida, <strong>com</strong> base na igual-<<strong>br</strong> />
dade de direitos e deveres dos<<strong>br</strong> />
cônjuges”.<<strong>br</strong> />
Já a união estável está<<strong>br</strong> />
normatizada pela Lei n.º 9.278<<strong>br</strong> />
de 10 de maio de 1996, que em<<strong>br</strong> />
seu art. 2º, estabelece também os<<strong>br</strong> />
direitos e deveres por igualdade<<strong>br</strong> />
entre os conviventes, quais sejam.<<strong>br</strong> />
De acordo <strong>com</strong> Art. 2º da referida<<strong>br</strong> />
lei:<<strong>br</strong> />
São direitos e deveres iguais<<strong>br</strong> />
dos conviventes:<<strong>br</strong> />
I - respeito e consideração<<strong>br</strong> />
mútuos;<<strong>br</strong> />
II - assistência moral e mate-<<strong>br</strong> />
rial recíproca;<<strong>br</strong> />
III - guarda, sustento e educa-<<strong>br</strong> />
ção dos filhos <strong>com</strong>uns.<<strong>br</strong> />
O professor Álvaro Villa-<<strong>br</strong> />
ça Azevedo conceitua união está-<<strong>br</strong> />
vel <strong>com</strong>o a “convivência não adul-<<strong>br</strong> />
terina nem incestuosa, duradoura,<<strong>br</strong> />
pública e contínua, de um homem<<strong>br</strong> />
e de uma mulher, sem vínculo<<strong>br</strong> />
matrimonial, convivendo <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
se casados fossem, sob o mesmo<<strong>br</strong> />
teto ou não, constituindo, assim,<<strong>br</strong> />
sua família de fato” 5.<<strong>br</strong> />
Com a devida vênia, atu-<<strong>br</strong> />
almente é possível caracterizar a<<strong>br</strong> />
união estável não apenas pela<<strong>br</strong> />
convivência entre homem e mu-<<strong>br</strong> />
lher, mas também entre pessoas<<strong>br</strong> />
de mesmo sexo, conforme o re-<<strong>br</strong> />
cente julgamento do Supremo<<strong>br</strong> />
Tribunal Federal e o reconheci-<<strong>br</strong> />
mento da união estável entre ho-<<strong>br</strong> />
moafetivos.<<strong>br</strong> />
O fato é que se o res-<<strong>br</strong> />
peito mútuo é direito e dever dos<<strong>br</strong> />
conviventes (união estável), nada<<strong>br</strong> />
mais plausível que seja também<<strong>br</strong> />
direito e dever dos cônjuges (ca-<<strong>br</strong> />
5 AZEVEDO, Álvaro Villaça – União<<strong>br</strong> />
Estável, artigo publicado na Revista<<strong>br</strong> />
do Advogado n° 58, AASP, São Paulo,<<strong>br</strong> />
março/2000.
samento).<<strong>br</strong> />
Entretanto, nossos Tri-<<strong>br</strong> />
bunais entendem que o adulté-<<strong>br</strong> />
rio não gera somente o direito<<strong>br</strong> />
à indenização por danos morais.<<strong>br</strong> />
Trata-se de um aborrecimento<<strong>br</strong> />
da vida privada que, em muitos<<strong>br</strong> />
casos, pode gerar o final do re-<<strong>br</strong> />
lacionamento amoroso e conse-<<strong>br</strong> />
quentemente do “contrato” de<<strong>br</strong> />
casamento.<<strong>br</strong> />
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL.<<strong>br</strong> />
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANOS<<strong>br</strong> />
MORAIS E MATERIAIS. ADULTÉ-<<strong>br</strong> />
RIO. INEXISTÊNCIA DE ELEMEN-<<strong>br</strong> />
TOS FÁTICOS SUFICIENTES PARA<<strong>br</strong> />
A CARACTERIZAÇÃO DE DANO<<strong>br</strong> />
MORAL INDENIZÁVEL. - A mera<<strong>br</strong> />
constatação do adultério não im-<<strong>br</strong> />
porta no dever de reparação de<<strong>br</strong> />
ordem moral. - Ausente a indi-<<strong>br</strong> />
cação de elementos fáticos con-<<strong>br</strong> />
ducentes à constatação de que o<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>portamento da requerida te-<<strong>br</strong> />
nha atingido de forma ofensiva a<<strong>br</strong> />
integridade moral do requerente,<<strong>br</strong> />
que se limita a alegar ter sido víti-<<strong>br</strong> />
ma de chacotas pelos colegas de<<strong>br</strong> />
corporação, não há <strong>com</strong>o carac-<<strong>br</strong> />
terizar a existência de dano moral<<strong>br</strong> />
indenizável. (APELAÇÃO CÍVEL Nº<<strong>br</strong> />
1.0686.10.004508-3/001) 6<<strong>br</strong> />
Veja que Maria Helena Diniz<<strong>br</strong> />
detalha o dano moral:<<strong>br</strong> />
O dano moral vem a ser a<<strong>br</strong> />
lesão de interesses não patrimo-<<strong>br</strong> />
niais de pessoa física ou jurídica,<<strong>br</strong> />
provocada pelo fato lesivo. Qual-<<strong>br</strong> />
quer lesão que alguém sofra no<<strong>br</strong> />
objeto de seu direito repercutirá,<<strong>br</strong> />
6 http://www.tjmg.jus.<strong>br</strong> – consulta<<strong>br</strong> />
jurisprudencial no Tribunal de Justiça<<strong>br</strong> />
do Estado de Minas Gerais.<<strong>br</strong> />
necessariamente, em seu interes-<<strong>br</strong> />
se; (...) 7<<strong>br</strong> />
Não obstante, o doutrinador<<strong>br</strong> />
Carlos Roberto Gonçalves coloca<<strong>br</strong> />
que:<<strong>br</strong> />
Dano moral é o que atinge o<<strong>br</strong> />
ofendido <strong>com</strong>o pessoa, não lesan-<<strong>br</strong> />
do seu patrimônio. É lesão de bem<<strong>br</strong> />
que integra os direitos da persona-<<strong>br</strong> />
lidade, <strong>com</strong>o a honra, a dignidade,<<strong>br</strong> />
a intimidade, a imagem, o bom<<strong>br</strong> />
nome etc., <strong>com</strong>o se infere dos arts.<<strong>br</strong> />
1º, III, e 5º, V e X, da Constituição<<strong>br</strong> />
Federal, e que acarreta ao lesado<<strong>br</strong> />
dor, sofrimento, tristeza, vexame e<<strong>br</strong> />
humilhação. 8<<strong>br</strong> />
Ora, se o dano moral é aquele<<strong>br</strong> />
que afeta a honra, a dignidade, a<<strong>br</strong> />
intimidade da pessoa, notório é o<<strong>br</strong> />
fato de que o adultério, por si só,<<strong>br</strong> />
configura uma possível reparação<<strong>br</strong> />
por dano moral, se devidamente<<strong>br</strong> />
provado. Não é necessário que se<<strong>br</strong> />
tenha um conhecimento exterior<<strong>br</strong> />
da ação do adulterante, mediante<<strong>br</strong> />
vexame, exposição e humilhação<<strong>br</strong> />
perante terceiros.<<strong>br</strong> />
A traição gera dor e so-<<strong>br</strong> />
frimento, sentimentos estes que<<strong>br</strong> />
abalam a pessoa traída, muita das<<strong>br</strong> />
vezes pelo resto da vida, e é per-<<strong>br</strong> />
feitamente cabível que o judiciá-<<strong>br</strong> />
rio seja acionado, assegurando-<<strong>br</strong> />
-lhe o direito à indenização.<<strong>br</strong> />
As doutrinadoras Adria-<<strong>br</strong> />
ne Madianeira e Maria Ester en-<<strong>br</strong> />
tendem também que a infidelida-<<strong>br</strong> />
de viola o princípio da dignidade<<strong>br</strong> />
7 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito<<strong>br</strong> />
Civil Brasileiro. 17ª Ed. – Volume<<strong>br</strong> />
VII. Editora Saraiva, 2003, p. 84<<strong>br</strong> />
8 GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito<<strong>br</strong> />
Civil Brasileiro. 4ª Ed. – Vol. IV.<<strong>br</strong> />
Editora Saraiva, 2009, p. 359<<strong>br</strong> />
da pessoa humana, este garanti-<<strong>br</strong> />
do pela nossa Carta Magna:<<strong>br</strong> />
A infidelidade conjugal, além<<strong>br</strong> />
de aviltar contra a instituição fa-<<strong>br</strong> />
mília, tanto no seu aspecto legal<<strong>br</strong> />
quanto no aspecto emocional,<<strong>br</strong> />
denota flagrante violação ao<<strong>br</strong> />
princípio da dignidade da pessoa<<strong>br</strong> />
humana, uma vez que o cônjuge<<strong>br</strong> />
ultrajado vê seu projeto de vida<<strong>br</strong> />
dilacerado. Em decorrência de tal<<strong>br</strong> />
ato, o consorte traído é humilha-<<strong>br</strong> />
do, injuriado e sofre frustração<<strong>br</strong> />
que, por vezes, se constitui em<<strong>br</strong> />
uma agressão moral de maior<<strong>br</strong> />
intensidade que uma lesão físi-<<strong>br</strong> />
ca, uma vez que é vítima de um<<strong>br</strong> />
atentado à vida <strong>com</strong>um, à família<<strong>br</strong> />
e especialmente à sua honra, à<<strong>br</strong> />
sua integridade e à sua persona-<<strong>br</strong> />
lidade. 9<<strong>br</strong> />
Na busca pela salutar<<strong>br</strong> />
justiça, espera-se que ocorra uma<<strong>br</strong> />
mudança no modo de pensamen-<<strong>br</strong> />
to dos magistrados em relação<<strong>br</strong> />
à ofensa causada pela traição e<<strong>br</strong> />
pelo adultério a honra e a digni-<<strong>br</strong> />
dade, no âmbito do casamento e<<strong>br</strong> />
da união estável, <strong>com</strong>pelindo o<<strong>br</strong> />
culpado a reparar o dano moral,<<strong>br</strong> />
privilegiando somente os funda-<<strong>br</strong> />
mentos de costume, mas inter-<<strong>br</strong> />
pretando a Lei de uma forma di-<<strong>br</strong> />
ferente da atual interpretação do<<strong>br</strong> />
caso em tela.<<strong>br</strong> />
* Vitor Maia de Sousa – Acadêmico<<strong>br</strong> />
de Direito pela faculdade<<strong>br</strong> />
ESAMC – Uberlândia. 7º período.<<strong>br</strong> />
9 TOALDO, Adriane Medianeira e<<strong>br</strong> />
TORRES, Maria Ester Zuanazzi. <strong>In</strong>denização<<strong>br</strong> />
por Danos Morais na Separação<<strong>br</strong> />
Conjugal Culposa em Face da <strong>In</strong>fidelidade.<<strong>br</strong> />
Revista IOB de Direito de Família,<<strong>br</strong> />
ano XI, n.º 55, agosto/09, p.99<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
65
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
66<<strong>br</strong> />
A RTIGO<<strong>br</strong> />
A pacificação social realizada<<strong>br</strong> />
fora dos Órgãos Judiciários<<strong>br</strong> />
TEMPO É MAIS DO QUE DINHEIRO, É A VIDA EM CONTAGEM REGRESSIVA.<<strong>br</strong> />
Elisa Batista 1<<strong>br</strong> />
Como diziam meus profes-<<strong>br</strong> />
sores dos tempos de faculdade,<<strong>br</strong> />
quase todos os dias, realizamos<<strong>br</strong> />
negócios jurídicos, isto porque,<<strong>br</strong> />
sendo o contrato um tipo de ne-<<strong>br</strong> />
gócio jurídico, pensem em quan-<<strong>br</strong> />
tos o seu nome está vinculado.<<strong>br</strong> />
Contrato de <strong>com</strong>pra e venda: de<<strong>br</strong> />
um carro, casa, geladeira; con-<<strong>br</strong> />
trato de prestação de serviços:<<strong>br</strong> />
clareamento dental, lavanderia,<<strong>br</strong> />
telefonia, abastecimento de água<<strong>br</strong> />
e energia elétrica; e mesmo o tes-<<strong>br</strong> />
tamento, enfim.<<strong>br</strong> />
A relação existente entre duas<<strong>br</strong> />
ou mais pessoas, formalizada ou<<strong>br</strong> />
não por contrato é bastante evi-<<strong>br</strong> />
dente e integra parte da vida de<<strong>br</strong> />
todas as pessoas. É um emara-<<strong>br</strong> />
nhado de negociações ocorrendo<<strong>br</strong> />
a todo instante, e, infelizmente<<strong>br</strong> />
poderá uma ou outra ser motivo<<strong>br</strong> />
de controvérsia entre as partes<<strong>br</strong> />
envolvidas.<<strong>br</strong> />
Quem nunca passou por uma<<strong>br</strong> />
situação dessas que se manifeste.<<strong>br</strong> />
É essa a realidade que nos asso-<<strong>br</strong> />
la. Em algum momento, teremos<<strong>br</strong> />
nossos direitos prejudicados ou<<strong>br</strong> />
seremos autores do prejuízo do<<strong>br</strong> />
direito de alguém. A questão é<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o resolver isso? Como não<<strong>br</strong> />
esperar tanto tempo para solu-<<strong>br</strong> />
cionar o problema que se criou?<<strong>br</strong> />
Como conquistar a paz que em<<strong>br</strong> />
certo momento nos foi tomada?<<strong>br</strong> />
A Constituição Federal(1988),<<strong>br</strong> />
traz os princípios da igualdade e<<strong>br</strong> />
da liberdade <strong>com</strong>o instrumentos<<strong>br</strong> />
de garantia da busca pela justi-<<strong>br</strong> />
ça, facilitando o acesso à mesma.<<strong>br</strong> />
Sendo assim, diante dessa acessi-<<strong>br</strong> />
bilidade, o aumento de processos<<strong>br</strong> />
no Poder Judiciário é inquestio-<<strong>br</strong> />
nável e o resultado disso é a de-<<strong>br</strong> />
mora na resolução dos litígios.<<strong>br</strong> />
O Estado é o principal paci-<<strong>br</strong> />
ficador social, pois o Poder Ju-<<strong>br</strong> />
diciário tem <strong>com</strong>o uma de suas<<strong>br</strong> />
funções principais a resolução de<<strong>br</strong> />
conflitos entre os cidadãos, en-<<strong>br</strong> />
tidades e Estado. Diante disso, a<<strong>br</strong> />
maioria dos conflitos tramita nos<<strong>br</strong> />
órgãos judiciários e dependem de<<strong>br</strong> />
uma decisão para que as contro-<<strong>br</strong> />
vérsias sejam solucionadas.<<strong>br</strong> />
O fato é que, em algum mo-<<strong>br</strong> />
mento, o litígio terá fim. Entre-<<strong>br</strong> />
tanto, haverá longo período de<<strong>br</strong> />
espera por parte dos litigantes,<<strong>br</strong> />
desencadeando, na maioria das<<strong>br</strong> />
vezes, numa descrença e desmo-<<strong>br</strong> />
tivação por parte daqueles que,<<strong>br</strong> />
se pudessem optar, resolveriam<<strong>br</strong> />
seus problemas o mais rápido<<strong>br</strong> />
possível.<<strong>br</strong> />
A questão é que há sim o di-<<strong>br</strong> />
reito de optar por procedimentos<<strong>br</strong> />
mais rápidos, evitando esperar<<strong>br</strong> />
anos para que o litígio seja so-<<strong>br</strong> />
lucionado oj buscando a celeri-<<strong>br</strong> />
dade <strong>com</strong>o fator positivo para a
pacificação social. Falta, portanto,<<strong>br</strong> />
esclarecer a sociedade, incentivar<<strong>br</strong> />
a adoção desses métodos alter-<<strong>br</strong> />
nativos de resolução de conflitos<<strong>br</strong> />
e, consequentemente, obter a<<strong>br</strong> />
confiança da população a fim de<<strong>br</strong> />
desmistificar a ideia de que a jus-<<strong>br</strong> />
tiça será alcançada somente nos<<strong>br</strong> />
órgãos judiciários.<<strong>br</strong> />
A conciliação, a mediação e<<strong>br</strong> />
a arbitragem são alternativas de<<strong>br</strong> />
resolução de conflitos que ado-<<strong>br</strong> />
tam procedimentos mais céleres e<<strong>br</strong> />
menos dispendiosos, que contri-<<strong>br</strong> />
buem indiretamente para o Poder<<strong>br</strong> />
Judiciário, ampliando as opções<<strong>br</strong> />
para a obtenção da pacificação<<strong>br</strong> />
social.<<strong>br</strong> />
A conciliação, assim <strong>com</strong>o, a<<strong>br</strong> />
mediação podem ser praticadas<<strong>br</strong> />
fora do âmbito judicial, sendo<<strong>br</strong> />
meios extremamente rápidos de<<strong>br</strong> />
solução de conflitos que depen-<<strong>br</strong> />
dem da vontade das partes em se<<strong>br</strong> />
conciliarem e do mediador em fa-<<strong>br</strong> />
cilitar a realização do acordo.<<strong>br</strong> />
O papel do mediador não é<<strong>br</strong> />
definir os direitos de cada indi-<<strong>br</strong> />
víduo, mas sim de aproximar as<<strong>br</strong> />
partes para que haja a <strong>com</strong>po-<<strong>br</strong> />
sição de interesses, encarando<<strong>br</strong> />
os impasses de forma madura e<<strong>br</strong> />
consciente, assumindo <strong>com</strong> res-<<strong>br</strong> />
ponsabilidade o interesse de so-<<strong>br</strong> />
lucionar o conflito.<<strong>br</strong> />
Na conciliação, diferentemen-<<strong>br</strong> />
te da Mediação, o conciliador<<strong>br</strong> />
sugerirá um possível acordo, par-<<strong>br</strong> />
ticipar das negociações de forma<<strong>br</strong> />
mais direta, analisando criteriosa-<<strong>br</strong> />
mente a real situação das partes<<strong>br</strong> />
litigantes e, então, fornecer me-<<strong>br</strong> />
lhores condições de propostas.<<strong>br</strong> />
Além de aproximar as partes en-<<strong>br</strong> />
volvidas, controlará as negocia-<<strong>br</strong> />
ções, poderá sugerir e formular<<strong>br</strong> />
propostas, objetivando a <strong>com</strong>po-<<strong>br</strong> />
sição do litígio.<<strong>br</strong> />
As vantagens na adoção des-<<strong>br</strong> />
ses dois procedimentos em se tra-<<strong>br</strong> />
tando da solução de um proble-<<strong>br</strong> />
ma jurídico são inúmeras, dentre<<strong>br</strong> />
elas o sigilo nos procedimentos;<<strong>br</strong> />
a colaboração entre as partes;<<strong>br</strong> />
o menor desgaste emocional; a<<strong>br</strong> />
adoção de procedimentos mais<<strong>br</strong> />
baratos se <strong>com</strong>parados <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />
adotados pelo Poder Judiciário;<<strong>br</strong> />
a maior agilidade nos processos;<<strong>br</strong> />
a proximidade entre as partes e<<strong>br</strong> />
uma solução amigável e satisfa-<<strong>br</strong> />
tória.<<strong>br</strong> />
Em relação à arbitragem, o<<strong>br</strong> />
objeto da controvérsia, necessa-<<strong>br</strong> />
riamente, precisa ser direito pa-<<strong>br</strong> />
trimonial disponível para que as<<strong>br</strong> />
partes optem por esse tipo de<<strong>br</strong> />
instrumento de resolução de con-<<strong>br</strong> />
flito. A sentença arbitral é título<<strong>br</strong> />
executivo e não está submetida<<strong>br</strong> />
a recurso, resolvendo, portanto,<<strong>br</strong> />
o conflito. Poderá a decisão ar-<<strong>br</strong> />
bitral ser apreciada pelo Poder<<strong>br</strong> />
Judiciário e será anulada caso res-<<strong>br</strong> />
tar <strong>com</strong>provada a ilegalidade da<<strong>br</strong> />
mesma.<<strong>br</strong> />
Os árbitros serão escolhidos<<strong>br</strong> />
em <strong>com</strong>um acordo entre as par-<<strong>br</strong> />
tes conflitantes e o conhecimento<<strong>br</strong> />
técnico tem sido muito utilizado<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o critério dessa escolha. Além<<strong>br</strong> />
disso, a arbitragem é um procedi-<<strong>br</strong> />
mento rápido de solução de con-<<strong>br</strong> />
flito, sendo determinado por lei a<<strong>br</strong> />
sua duração máxima (seis meses),<<strong>br</strong> />
quando não houver outra previ-<<strong>br</strong> />
são. (Para saber mais a respeito<<strong>br</strong> />
da arbitragem, vale a pena ler a lei<<strong>br</strong> />
nº 9.307/96).<<strong>br</strong> />
Até quando esperaríamos que<<strong>br</strong> />
um processo fosse finalizado no<<strong>br</strong> />
prazo previsto?<<strong>br</strong> />
A conta é simples: subtraia<<strong>br</strong> />
aquele processo que você op-<<strong>br</strong> />
tou por demandar judicialmente<<strong>br</strong> />
os seis anos por outro que seria<<strong>br</strong> />
se tivesse optado pela arbitra-<<strong>br</strong> />
gem. O resultado será a demo-<<strong>br</strong> />
ra desarrazoada para resolver<<strong>br</strong> />
o problema, uma vez que há a<<strong>br</strong> />
possibilidade real da solução<<strong>br</strong> />
finalizar-se em tempo menor ao<<strong>br</strong> />
utilizado pelo judiciário. O poder<<strong>br</strong> />
da escolha está nas mãos dos li-<<strong>br</strong> />
tigantes!<<strong>br</strong> />
O que não é justo é desistir<<strong>br</strong> />
dos direitos a fim de evitar a si-<<strong>br</strong> />
tuação de espera em busca da re-<<strong>br</strong> />
solução do conflito devido à len-<<strong>br</strong> />
tidão e a burocracia existente nos<<strong>br</strong> />
órgãos judiciários. Sabemos que<<strong>br</strong> />
essa opção não seria a melhor<<strong>br</strong> />
escolha, já que, os meios alterna-<<strong>br</strong> />
tivos de resolução dos conflitos<<strong>br</strong> />
prezam pela economia: de tempo<<strong>br</strong> />
e de dinheiro.<<strong>br</strong> />
Assim, quando estiver diante<<strong>br</strong> />
de um conflito de interesses e o<<strong>br</strong> />
fator “tempo” for algo que, até<<strong>br</strong> />
então, desmotiva a busca pela<<strong>br</strong> />
justiça, saiba que esse mesmo<<strong>br</strong> />
fator, pode enfrentado de forma<<strong>br</strong> />
positivo para conquistar a tão<<strong>br</strong> />
sonhada resolução do conflito e,<<strong>br</strong> />
que a arbitragem, a mediação e a<<strong>br</strong> />
conciliação promovem, também,<<strong>br</strong> />
a qualidade de vida ao permitir<<strong>br</strong> />
que o problema não se estenda<<strong>br</strong> />
além do necessário.<<strong>br</strong> />
* Advogada, incentivadora e<<strong>br</strong> />
apoiadora da resolução dos con-<<strong>br</strong> />
flitos por instrumentos alternati-<<strong>br</strong> />
vos.<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
67
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
68<<strong>br</strong> />
A RTIGO<<strong>br</strong> />
A função social do advogado<<strong>br</strong> />
no contexto do estado social<<strong>br</strong> />
e democrático de direito<<strong>br</strong> />
Mariana Lemos de Campos *<<strong>br</strong> />
Natália Berti **<<strong>br</strong> />
A Constituição da República<<strong>br</strong> />
Federativa do Brasil de 1988, em<<strong>br</strong> />
seu art. 133, elenca o advogado<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o figura indispensável à administração<<strong>br</strong> />
da Justiça. Embora<<strong>br</strong> />
seja orientada pelo Direito Privado,<<strong>br</strong> />
a advocacia serve ao público,<<strong>br</strong> />
à cidadania e, por isso, o legislador<<strong>br</strong> />
reconhece sua função social.<<strong>br</strong> />
O serviço público desempenhado<<strong>br</strong> />
pelo advogado não pode ser entendido<<strong>br</strong> />
em sentido estrito, mas<<strong>br</strong> />
em sentido amplo, significando,<<strong>br</strong> />
nas palavras do autor Gladston<<strong>br</strong> />
Mamede: “um trabalho ou atuação<<strong>br</strong> />
que serve à <strong>com</strong>unidade,<<strong>br</strong> />
garantindo-lhe o gozo da cidadania”.<<strong>br</strong> />
(MAMEDE, 2002, p. 28)<<strong>br</strong> />
Em todos os períodos da história,<<strong>br</strong> />
sempre se notou uma forte<<strong>br</strong> />
ligação entre a advocacia e o<<strong>br</strong> />
contexto social, apesar da função<<strong>br</strong> />
pública do advogado ter apresentado,<<strong>br</strong> />
em cada período histórico,<<strong>br</strong> />
características peculiares. A Advocacia<<strong>br</strong> />
não é somente uma atividade<<strong>br</strong> />
que exige conhecimentos<<strong>br</strong> />
técnicos e preparação acadêmica.<<strong>br</strong> />
É imprescindível o caráter ético<<strong>br</strong> />
e social do seu exercício, tendo<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o funções primordiais defender<<strong>br</strong> />
o Estado Democrático de Direito,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>bater injustiças, enfrentar<<strong>br</strong> />
instituições retrógradas, zelar<<strong>br</strong> />
pelos direitos jusfundamentais<<strong>br</strong> />
elencados constitucionalmente e<<strong>br</strong> />
em tratados internacionais, dentre<<strong>br</strong> />
outras atividades essenciais ao<<strong>br</strong> />
desenvolvimento e manutenção<<strong>br</strong> />
da ordem social.<<strong>br</strong> />
Contudo, <strong>com</strong>o pensar a advocacia<<strong>br</strong> />
e sua função social no âmbito<<strong>br</strong> />
do Estado Social e Democrático de<<strong>br</strong> />
Direito? Como pensar esta temática<<strong>br</strong> />
tendo em vista uma sociedade de<<strong>br</strong> />
valores deturpados, marcada por<<strong>br</strong> />
injustiças gritantes, pela impunidade,<<strong>br</strong> />
pelo desrespeito aos direitos<<strong>br</strong> />
essenciais? De que forma o profissional<<strong>br</strong> />
do Direito poderá, respeitando<<strong>br</strong> />
seu <strong>com</strong>promisso <strong>com</strong> a ética e<<strong>br</strong> />
a moral, cumprir sua relevante função<<strong>br</strong> />
social e exercer seu papel <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
profissionalismo?<<strong>br</strong> />
Estes são alguns dos questionamentos<<strong>br</strong> />
propostos para discussão<<strong>br</strong> />
no presente artigo, que não<<strong>br</strong> />
tem a finalidade de encontrar respostas<<strong>br</strong> />
definitivas ou exaurir a temática,<<strong>br</strong> />
mas sim de permitir análise<<strong>br</strong> />
e estimulo a novas reflexões.<<strong>br</strong> />
Neste momento, é importante<<strong>br</strong> />
proceder à elaboração do conceito<<strong>br</strong> />
jurídico da função social do advogado.<<strong>br</strong> />
A função social do advogado<<strong>br</strong> />
é o <strong>com</strong>plexo de direitos, deveres<<strong>br</strong> />
e atribuições do profissional legalmente<<strong>br</strong> />
habilitado pela Ordem dos<<strong>br</strong> />
Advogados do Brasil (<strong>OAB</strong>), que<<strong>br</strong> />
presta assistência a terceiros em<<strong>br</strong> />
assuntos jurídicos, aconselha, defende<<strong>br</strong> />
os interesses e direitos de<<strong>br</strong> />
outrem, tanto judicial, <strong>com</strong>o extrajudicialmente,<<strong>br</strong> />
promovendo, assim,<<strong>br</strong> />
o bem-estar social de todos.<<strong>br</strong> />
O advogado, além de exercer<<strong>br</strong> />
a função social <strong>com</strong>o profissional<<strong>br</strong> />
do Direito, é também integrante<<strong>br</strong> />
do corpo social, <strong>com</strong> a responsabilidade<<strong>br</strong> />
de cumprir inúmeras outras<<strong>br</strong> />
funções, dentre elas política,<<strong>br</strong> />
social e religiosa, por exemplo.<<strong>br</strong> />
O advogado é, antes e acima de<<strong>br</strong> />
qualquer coisa, um ser humano<<strong>br</strong> />
dotado de razão e emoção, que<<strong>br</strong> />
interage e participa das mudanças<<strong>br</strong> />
que a sociedade enfrenta no<<strong>br</strong> />
decorrer da história. Nenhum<<strong>br</strong> />
homem vive só. Nesta afirmação,<<strong>br</strong> />
encontra-se um dos dogmas da<<strong>br</strong> />
Sociologia, já percebido por Aristóteles,<<strong>br</strong> />
ou seja, a tendência natural<<strong>br</strong> />
do ser humano de viver em sociedade.<<strong>br</strong> />
Assim, o que move a vida<<strong>br</strong> />
social são os valores em torno dos<<strong>br</strong> />
quais cada ser humano dirige seu<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>portamento.<<strong>br</strong> />
O advogado não é um simples<<strong>br</strong> />
mediador do povo e da Justiça.<<strong>br</strong> />
Ele possui <strong>com</strong>promissos <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
a <strong>com</strong>unidade e, por isso, deve<<strong>br</strong> />
auxiliá-la no seu desenvolvimento.<<strong>br</strong> />
É um espectador privilegiado<<strong>br</strong> />
da realidade, está intimamente<<strong>br</strong> />
ligado à <strong>com</strong>unidade, sendo um<<strong>br</strong> />
representante desta. Reflete os<<strong>br</strong> />
anseios, objetivos, necessidades e<<strong>br</strong> />
ideais de um povo. O profissional<<strong>br</strong> />
da advocacia parece ser o mais<<strong>br</strong> />
universal dos cientistas sociais. O<<strong>br</strong> />
Direito é uma ciência social e se<<strong>br</strong> />
aplica à sociedade. Se o advogado<<strong>br</strong> />
se portar de forma contrária<<strong>br</strong> />
ao social, por egoísmo ou ganância,<<strong>br</strong> />
estará negando o próprio Direito.<<strong>br</strong> />
Portanto, o profissional da<<strong>br</strong> />
advocacia deve estar sempre em<<strong>br</strong> />
sintonia <strong>com</strong> as justas aspirações<<strong>br</strong> />
da <strong>com</strong>unidade da qual participa,<<strong>br</strong> />
já que desenvolve seu trabalho<<strong>br</strong> />
direta e indiretamente na sociedade<<strong>br</strong> />
e para a sociedade.<<strong>br</strong> />
Eclias Ferreira da Costa (COS-<<strong>br</strong> />
TA, 1997, p. 94) afirma a existência<<strong>br</strong> />
de três finalidades para a Advocacia.<<strong>br</strong> />
Primeiro, lutar pela plena rea-
lização dos direitos do cliente, se<<strong>br</strong> />
eximindo de defender injustiças.<<strong>br</strong> />
Segundo, trabalhar conjuntamente<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> o juiz na pacificação social<<strong>br</strong> />
e na consequente solução do litígio.<<strong>br</strong> />
E, por último, respeitar a lei,<<strong>br</strong> />
no seu efetivo cumprimento.<<strong>br</strong> />
A indispensabilidade do advogado<<strong>br</strong> />
o põe numa posição superior<<strong>br</strong> />
e de suma importância,<<strong>br</strong> />
implicando, para o profissional,<<strong>br</strong> />
o dever de lidar <strong>com</strong> suas causas<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> responsabilidade e <strong>com</strong>petência,<<strong>br</strong> />
exercendo assim sua função<<strong>br</strong> />
social. Esta função demonstra<<strong>br</strong> />
que é imprescindível que os advogados<<strong>br</strong> />
sejam mais do que meras<<strong>br</strong> />
máquinas de petição, exigindo<<strong>br</strong> />
consciência crítica a respeito dos<<strong>br</strong> />
problemas sociais existentes.<<strong>br</strong> />
O advogado é ser integrante<<strong>br</strong> />
da organização judicial, um<<strong>br</strong> />
elemento que funciona <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
intermediário do juiz e da parte;<<strong>br</strong> />
do qual se fundem os interesses<<strong>br</strong> />
particulares no alcance de uma<<strong>br</strong> />
sentença favorável e o interesse<<strong>br</strong> />
público em obter uma sentença<<strong>br</strong> />
justa. Por isso é dito que sua função<<strong>br</strong> />
é tão importante ao aparato<<strong>br</strong> />
estatal, assim <strong>com</strong>o a função do<<strong>br</strong> />
juiz. Nesse sentido, o advogado<<strong>br</strong> />
tem a missão de encontrar, em todas<<strong>br</strong> />
as normas do direito positivo,<<strong>br</strong> />
um amparo legal que solucione o<<strong>br</strong> />
impasse trazido pelo seu cliente.<<strong>br</strong> />
Essa é uma tarefa que requer esforço<<strong>br</strong> />
e capacidade.<<strong>br</strong> />
A utilidade do advogado advém,<<strong>br</strong> />
principalmente, do seu potencial<<strong>br</strong> />
crítico, que é representado<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o limitante da lei. Basicamente,<<strong>br</strong> />
o profissional exerce sua função<<strong>br</strong> />
social atendendo à necessidade<<strong>br</strong> />
da <strong>com</strong>unidade, <strong>com</strong> o papel<<strong>br</strong> />
de harmonizá-la. A atuação do<<strong>br</strong> />
profissional do Direito é indispensável,<<strong>br</strong> />
pois “sem intervenção do<<strong>br</strong> />
advogado não há justiça, sem a<<strong>br</strong> />
justiça não há ordenamento jurídico,<<strong>br</strong> />
e sem este não há condições<<strong>br</strong> />
de vida para a pessoa humana”.<<strong>br</strong> />
(SODRÉ, 1991, p. 282).<<strong>br</strong> />
A importância e a so<strong>br</strong>evivência<<strong>br</strong> />
da advocacia não se restringem<<strong>br</strong> />
à necessidade de um<<strong>br</strong> />
profissional <strong>com</strong> saber técnico<<strong>br</strong> />
e formação jurídica, para dirimir<<strong>br</strong> />
conflitos e fazer efetivar direitos.<<strong>br</strong> />
Observou-se, no presente artigo,<<strong>br</strong> />
que a missão do advogado ultrapassa<<strong>br</strong> />
este aspecto. A ilustre profissão<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>evive através dos tempos,<<strong>br</strong> />
principalmente graças à sua<<strong>br</strong> />
insubstituível função social.<<strong>br</strong> />
A advocacia está marcada pelo<<strong>br</strong> />
elemento público, numa ligação<<strong>br</strong> />
estreita <strong>com</strong> a ética, <strong>com</strong> a cidadania,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a efetivação dos direitos e<<strong>br</strong> />
da justiça, <strong>com</strong> a luta democrática<<strong>br</strong> />
através de ações libertárias, transformadoras<<strong>br</strong> />
e <strong>com</strong>bativas. O operador<<strong>br</strong> />
do Direito adquire a importante<<strong>br</strong> />
missão de primar pela justiça; isto<<strong>br</strong> />
significa que o advogado, ao defender<<strong>br</strong> />
seu cliente, deverá, antes de<<strong>br</strong> />
tudo, buscar efetivar as leis e o império<<strong>br</strong> />
da ordem. O profissional deve<<strong>br</strong> />
ter <strong>com</strong>o fundamentos a conscientização,<<strong>br</strong> />
a crítica às estruturas retrógradas<<strong>br</strong> />
e a busca por soluções possíveis<<strong>br</strong> />
para inúmeros desafios que<<strong>br</strong> />
se apresentam, <strong>com</strong>o por exemplo,<<strong>br</strong> />
a diminuição da concentração de<<strong>br</strong> />
renda e das desigualdades sociais.<<strong>br</strong> />
Destarte, deve-se sempre<<strong>br</strong> />
lem<strong>br</strong>ar que o advogado, antes<<strong>br</strong> />
de ser um profissional do Direito,<<strong>br</strong> />
é um ser humano, racional e<<strong>br</strong> />
social, que necessita relacionar-<<strong>br</strong> />
-se, viver e so<strong>br</strong>eviver. Sendo assim,<<strong>br</strong> />
o advogado deve atuar <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
um agente transformador da sua<<strong>br</strong> />
realidade social. A partir do momento<<strong>br</strong> />
em que o advogado atua<<strong>br</strong> />
para <strong>com</strong>bater preconceitos, desigualdades<<strong>br</strong> />
sociais, ele defende<<strong>br</strong> />
os interesses da coletividade, das<<strong>br</strong> />
pessoas necessitadas. Este cumpre<<strong>br</strong> />
não apenas sua função social,<<strong>br</strong> />
mas atinge também a sua dimensão<<strong>br</strong> />
de cidadão, por meio do exercício<<strong>br</strong> />
da humanidade e da cidadania.<<strong>br</strong> />
Assim, diante de tudo que foi<<strong>br</strong> />
exposto, observa-se que a função<<strong>br</strong> />
social do advogado é tema que<<strong>br</strong> />
se reveste de grande importância,<<strong>br</strong> />
marcadamente na sociedade<<strong>br</strong> />
mercadológica e capitalista atual.<<strong>br</strong> />
Para finalizar, reporta-se às<<strong>br</strong> />
palavras de Eduardo Couture, citado<<strong>br</strong> />
por SODRÉ, que tratou a advocacia<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> arte, política e ação:<<strong>br</strong> />
“a profissão exige, em todo caso,<<strong>br</strong> />
o sereno sossego da experiência e<<strong>br</strong> />
do doutrinamento na Justiça; mas<<strong>br</strong> />
quando a anarquia, o despotismo<<strong>br</strong> />
ou o menosprezo à condição do<<strong>br</strong> />
homem sacodem as instituições e<<strong>br</strong> />
fazem tremer os direitos individuais,<<strong>br</strong> />
então a advocacia é militância<<strong>br</strong> />
na luta pela liberdade”. (COUTURE<<strong>br</strong> />
apud SODRÉ, 1991, p. 280).<<strong>br</strong> />
REFERÊNCIAS<<strong>br</strong> />
COSTA, Elcias Ferreira. Deontologia<<strong>br</strong> />
jurídica: ética das profissões<<strong>br</strong> />
jurídicas. Rio de Janeiro: Forense,<<strong>br</strong> />
1997.<<strong>br</strong> />
MAMEDE, Gladston. Fundamentos<<strong>br</strong> />
da legislação do advogado.<<strong>br</strong> />
São Paulo: Atlas, 2002.<<strong>br</strong> />
SODRE, Ruy de Azevedo. A<<strong>br</strong> />
ética profissional e o estatuto da<<strong>br</strong> />
advocacia. Sao Paulo: Ltr, 1991.<<strong>br</strong> />
* Mariana Lemos de Campos<<strong>br</strong> />
é advogada, vice-presidente da<<strong>br</strong> />
Comissão da <strong>OAB</strong>JOVEM de Araguari/MG.<<strong>br</strong> />
Bacharela em Direito<<strong>br</strong> />
pela Faculdade de Direito da Universidade<<strong>br</strong> />
Federal de Uberlândia.<<strong>br</strong> />
Especialista em Ciências Criminais<<strong>br</strong> />
pela Universidade Pitágoras, em<<strong>br</strong> />
Uberlândia-MG.<<strong>br</strong> />
** Natália Berti é advogada.<<strong>br</strong> />
Bacharela em Direito pela Faculdade<<strong>br</strong> />
de Direito da Universidade<<strong>br</strong> />
Federal de Uberlândia. Especialista<<strong>br</strong> />
em Ciências Criminais pela<<strong>br</strong> />
Universidade Pitágoras, em Uberlândia-MG.<<strong>br</strong> />
Mestranda em Direito<<strong>br</strong> />
Público pela Universidade Federal<<strong>br</strong> />
de Uberlândia. Bolsista da CAPES-<<strong>br</strong> />
Coordenação de aperfeiçoamento<<strong>br</strong> />
de pessoal de nível superior.<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
69
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
70<<strong>br</strong> />
A RTIGO<<strong>br</strong> />
Direito Ambiental, é educação,<<strong>br</strong> />
educação ambiental é direito<<strong>br</strong> />
Marcos Paulo de Magalhães *<<strong>br</strong> />
As preocupações ambien-<<strong>br</strong> />
tais não são mais abordadas<<strong>br</strong> />
exclusivamente por ecologistas,<<strong>br</strong> />
ambientalistas e cientistas, pois<<strong>br</strong> />
já foram inseridas <strong>com</strong>pulsoria-<<strong>br</strong> />
mente nas agendas governa-<<strong>br</strong> />
mentais, jurídicas e sociais.<<strong>br</strong> />
No Brasil, de modo geral, é<<strong>br</strong> />
expressivo o registro de aciden-<<strong>br</strong> />
tes ambientais, e tais desastres<<strong>br</strong> />
estão associados principalmente<<strong>br</strong> />
a inundações e escorregamen-<<strong>br</strong> />
tos de solos e rochas, acarretan-<<strong>br</strong> />
do prejuízos e perdas significati-<<strong>br</strong> />
vas, inclusive de vidas humanas.<<strong>br</strong> />
Porém, tais catástrofes pode-<<strong>br</strong> />
riam ser evitadas, se a sociedade<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>asileira dispusesse à efetiva-<<strong>br</strong> />
ção da Educação Ambiental, di-<<strong>br</strong> />
reitos esses positivados no orde-<<strong>br</strong> />
namento jurídico do Estado.<<strong>br</strong> />
Conhecendo melhor a legis-<<strong>br</strong> />
lação ambiental desde a educa-<<strong>br</strong> />
ção básica, a população <strong>br</strong>asilei-<<strong>br</strong> />
ra <strong>com</strong>preenderia a importância<<strong>br</strong> />
fundamental desta, e assim po-<<strong>br</strong> />
deria cumprir <strong>com</strong> maior pro-<<strong>br</strong> />
priedade seu dever perante o<<strong>br</strong> />
meio ambiente, preservando a<<strong>br</strong> />
vida.<<strong>br</strong> />
Com referência à Proteção<<strong>br</strong> />
Ambiental, a Revista <strong>OAB</strong> <strong>In</strong><<strong>br</strong> />
<strong>Foco</strong> em hipótese alguma se<<strong>br</strong> />
manteve inerte, exemplo disto é<<strong>br</strong> />
a Edição Especial de nº 24, ano<<strong>br</strong> />
V, de fls. 6, na qual o beneme-<<strong>br</strong> />
rente Dr. Hamilton Marques Ma-<<strong>br</strong> />
galhães, presidente da Comissão<<strong>br</strong> />
de Meio Ambiente da <strong>OAB</strong> de<<strong>br</strong> />
Uberlândia-MG, idealizador da<<strong>br</strong> />
“Agenda 21 da <strong>OAB</strong> Uberlândia”,<<strong>br</strong> />
torna inteligível a necessidade<<strong>br</strong> />
de incentivar e conscientizar os<<strong>br</strong> />
mem<strong>br</strong>os da entidade so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />
importância da sustentabilidade<<strong>br</strong> />
e a preservação dos recursos na-<<strong>br</strong> />
turais, ensejando ampliar a sua<<strong>br</strong> />
incidência, e ainda intensificar a<<strong>br</strong> />
grandiosidade do advogado pe-<<strong>br</strong> />
rante a sociedade, utilizando-se<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>ilhantemente de tais palavras:<<strong>br</strong> />
“Temos a o<strong>br</strong>igação de exercer a<<strong>br</strong> />
função social do advogado1”.<<strong>br</strong> />
Assim, seguindo o raciocí-<<strong>br</strong> />
nio supracitado, busca-se nes-<<strong>br</strong> />
te modesto artigo apresentar<<strong>br</strong> />
considerações so<strong>br</strong>e a Educação<<strong>br</strong> />
Ambiental e sua falta de efetivi-<<strong>br</strong> />
dade, de direitos e de sua con-<<strong>br</strong> />
firmação, sem, contudo, esgotar<<strong>br</strong> />
o tema, visto o destaque deste<<strong>br</strong> />
aspecto e o monitoramento do<<strong>br</strong> />
dinamismo jurídico, social e am-<<strong>br</strong> />
biental.<<strong>br</strong> />
Educação Ambiental, a es-<<strong>br</strong> />
sência da sustentabilidade:<<strong>br</strong> />
1 Dr. Hamilton Marques Magalhães,<<strong>br</strong> />
presidente da Comissão de Meio Ambiente<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong> Uberlândia-MG.
Os inúmeros problemas re-<<strong>br</strong> />
lacionados ao meio ambiente<<strong>br</strong> />
devem-se em parte ao fato das<<strong>br</strong> />
pessoas não se conscientizarem<<strong>br</strong> />
da fragilidade do equilí<strong>br</strong>io da<<strong>br</strong> />
biosfera e de seus recursos na-<<strong>br</strong> />
turais. <strong>In</strong>felizmente, os <strong>br</strong>asilei-<<strong>br</strong> />
ros, em sua maioria, não foram<<strong>br</strong> />
e não estão preparados para<<strong>br</strong> />
delimitar e solucionar de modo<<strong>br</strong> />
eficaz os problemas concretos<<strong>br</strong> />
do ambiente que os circunda.<<strong>br</strong> />
Isto se deve ao fato de que no<<strong>br</strong> />
país a Educação Ambiental sur-<<strong>br</strong> />
ge <strong>com</strong>o abordagem didática ou<<strong>br</strong> />
pedagógica a partir da década<<strong>br</strong> />
de 1990 <strong>com</strong> a promulgação da<<strong>br</strong> />
Lei N° 9.795/99 (Lei da Educação<<strong>br</strong> />
Ambiental), que em seu Art. 2°<<strong>br</strong> />
afirma:<<strong>br</strong> />
“A educação ambiental é um<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>ponente essencial e perma-<<strong>br</strong> />
nente da educação nacional, de-<<strong>br</strong> />
vendo estar presente, de forma<<strong>br</strong> />
articulada, em todos os níveis e<<strong>br</strong> />
modalidades do processo edu-<<strong>br</strong> />
cativo, em caráter formal e não-<<strong>br</strong> />
-formal.”<<strong>br</strong> />
Lamentavelmente, a legisla-<<strong>br</strong> />
ção educacional, mais conheci-<<strong>br</strong> />
da por Lei de Diretrizes e Bases,<<strong>br</strong> />
nº 9.394/96, responsável pela<<strong>br</strong> />
organização e estruturação dos<<strong>br</strong> />
serviços educacionais, trata o<<strong>br</strong> />
assunto de forma superficial,<<strong>br</strong> />
mencionando pouco a respeito<<strong>br</strong> />
da Educação Ambiental.<<strong>br</strong> />
Portanto, a não efetivação da<<strong>br</strong> />
Lei da Educação Ambiental cola-<<strong>br</strong> />
borou para que a questão da ca-<<strong>br</strong> />
tástrofe ocorrida recentemente<<strong>br</strong> />
em Minas Gerais não fosse solu-<<strong>br</strong> />
cionada, já que, no final do ano<<strong>br</strong> />
de 2011 e início de 2012, Minas<<strong>br</strong> />
Gerais enfrentou as maiores en-<<strong>br</strong> />
chentes de sua história.<<strong>br</strong> />
De acordo <strong>com</strong> o site de no-<<strong>br</strong> />
tícias UOL2, de outu<strong>br</strong>o de 2011<<strong>br</strong> />
a 02 de fevereiro de 2012 foram<<strong>br</strong> />
contabilizados no Estado de Mi-<<strong>br</strong> />
nas Gerais 19 vítimas fatais e<<strong>br</strong> />
218 municípios em situação de<<strong>br</strong> />
emergência devido às enchen-<<strong>br</strong> />
tes.<<strong>br</strong> />
A Educação Ambiental é ga-<<strong>br</strong> />
rantida constitucionalmente e a<<strong>br</strong> />
legislação ambiental <strong>br</strong>asileira é<<strong>br</strong> />
uma das mais <strong>com</strong>pletas em ter-<<strong>br</strong> />
mos mundiais, além dos inúme-<<strong>br</strong> />
ros diplomas legais de proteção<<strong>br</strong> />
existentes. Esta, por sua vez, é<<strong>br</strong> />
embasada também em princí-<<strong>br</strong> />
pios relevantes, conforme eluci-<<strong>br</strong> />
da a insigne jurista Gina Copo-<<strong>br</strong> />
la3, em sua o<strong>br</strong>a Elementos do<<strong>br</strong> />
Direito Ambiental.<<strong>br</strong> />
Dentre os princípios elenca-<<strong>br</strong> />
dos na magnífica o<strong>br</strong>a da doutri-<<strong>br</strong> />
nadora Gina Copola, salienta-se<<strong>br</strong> />
o da Educação Ambiental, um<<strong>br</strong> />
dos mais importantes e antigos<<strong>br</strong> />
2 Disponível em Acesso<<strong>br</strong> />
em: 07 de janeiro de 2012.<<strong>br</strong> />
3 COPOLA, Gina. Elementos de Direito<<strong>br</strong> />
Ambiental. 1. ed. Rio de Janeiro:Temas<<strong>br</strong> />
e Idéias, 2003.<<strong>br</strong> />
Princípios de Direito Ambiental,<<strong>br</strong> />
pois já constava da Carta de Bel-<<strong>br</strong> />
grado (1975) e foi redigida por<<strong>br</strong> />
20 especialistas em Educação<<strong>br</strong> />
Ambiental, destacando de forma<<strong>br</strong> />
pontual, que a sua meta é de-<<strong>br</strong> />
senvolver um cidadão conscien-<<strong>br</strong> />
te so<strong>br</strong>e o meio ambiente.<<strong>br</strong> />
A Constituição Federal(1988)<<strong>br</strong> />
também menciona o Princípio<<strong>br</strong> />
da Educação Ambiental, em seu<<strong>br</strong> />
artigo 225, § 1º, inc. VI, que diz:<<strong>br</strong> />
“Artigo 225. (...)<<strong>br</strong> />
§ 1º Para assegurar a efetivi-<<strong>br</strong> />
dade desse direito, incumbe ao<<strong>br</strong> />
Poder Público: (...)<<strong>br</strong> />
VI - promover a educação<<strong>br</strong> />
ambiental em todos os níveis<<strong>br</strong> />
de ensino e a conscientização<<strong>br</strong> />
pública para a preservação do<<strong>br</strong> />
meio ambiente.”<<strong>br</strong> />
De relevância a Lei Federal<<strong>br</strong> />
de nº 9.795 de 1999 traz o con-<<strong>br</strong> />
ceito de educação ambiental<<strong>br</strong> />
que está inserto em seu artigo<<strong>br</strong> />
1º, dispondo e instituindo a Po-<<strong>br</strong> />
lítica Nacional de Educação Am-<<strong>br</strong> />
biental, nos seguintes termos:<<strong>br</strong> />
“Artigo 1º Entendem-se por<<strong>br</strong> />
educação ambiental os proces-<<strong>br</strong> />
sos por meio dos quais o indiví-<<strong>br</strong> />
duo e a coletividade constroem<<strong>br</strong> />
valores sociais, conhecimentos,<<strong>br</strong> />
habilidades, atitudes e <strong>com</strong>pe-<<strong>br</strong> />
tências voltadas para a conser-<<strong>br</strong> />
vação do meio ambiente, bem<<strong>br</strong> />
de uso <strong>com</strong>um do povo, essen-<<strong>br</strong> />
cial à sadia qualidade de vida e<<strong>br</strong> />
sua sustentabilidade.”<<strong>br</strong> />
Destarte, o conhecimento<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
71
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
72<<strong>br</strong> />
A RTIGO<<strong>br</strong> />
da lei para entendimento dos<<strong>br</strong> />
deveres e prerrogativas dos ci-<<strong>br</strong> />
dadãos é imprescindível. Assim,<<strong>br</strong> />
o direito à Educação Ambiental<<strong>br</strong> />
a todos os níveis de ensino está<<strong>br</strong> />
amparado na Constituição Fede-<<strong>br</strong> />
ral de 1988, e em leis esparsas.<<strong>br</strong> />
Todavia, a noção desse direito é<<strong>br</strong> />
privilégio de poucos.<<strong>br</strong> />
Educação Ambiental, um<<strong>br</strong> />
direito difuso e coletivo:<<strong>br</strong> />
O direito de viver em um<<strong>br</strong> />
ambiente apto a fornecer a qua-<<strong>br</strong> />
lidade de vida digna e propícia<<strong>br</strong> />
à so<strong>br</strong>evivência de todas as es-<<strong>br</strong> />
pécies de seres vivos jamais po-<<strong>br</strong> />
deria deixar de estar inserido no<<strong>br</strong> />
mundo jurídico.<<strong>br</strong> />
O Direito evoluiu passando<<strong>br</strong> />
por algumas variações históri-<<strong>br</strong> />
cas para se adequar às neces-<<strong>br</strong> />
sidades através de sua época,<<strong>br</strong> />
assim, mostra-se nos direitos de<<strong>br</strong> />
primeira geração; segunda ge-<<strong>br</strong> />
ração; terceira geração e quarta<<strong>br</strong> />
geração, no dizer de Norberto<<strong>br</strong> />
Bobbio4.<<strong>br</strong> />
Os direitos Difusos e Cole-<<strong>br</strong> />
tivos são de terceira geração,<<strong>br</strong> />
categoria esta que é engloba-<<strong>br</strong> />
da pelo Direito Ambiental; no<<strong>br</strong> />
entanto, o direito à educação<<strong>br</strong> />
é um direito de segunda gera-<<strong>br</strong> />
ção por se tratar de um direito<<strong>br</strong> />
social, então enseja a refletir a<<strong>br</strong> />
Educação Ambiental <strong>com</strong>o direi-<<strong>br</strong> />
to Fundamental, uma vez que a<<strong>br</strong> />
4 BOBBIO, Norberto, A era dos direitos.<<strong>br</strong> />
1. ed. São Paulo: Campus, 2004,<<strong>br</strong> />
p. 6.<<strong>br</strong> />
educação já está prevista <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
direito fundamental no art. 6° da<<strong>br</strong> />
Constituição Federal e, mais es-<<strong>br</strong> />
pecificamente, a Educação Am-<<strong>br</strong> />
biental, consagrada no artigo<<strong>br</strong> />
225, VI da mesma.<<strong>br</strong> />
Pode-se afirmar que o Direi-<<strong>br</strong> />
to Ambiental é de fato uma nova<<strong>br</strong> />
vertente para a Ciência do Direi-<<strong>br</strong> />
to, em pleno desenvolvimento,<<strong>br</strong> />
todavia, a consciência racional<<strong>br</strong> />
humana confirma cada vez mais<<strong>br</strong> />
a necessidade e aplicabilidade<<strong>br</strong> />
do Direito Ambiental caracteri-<<strong>br</strong> />
zando sua autonomia científica.<<strong>br</strong> />
A concretização dos valores<<strong>br</strong> />
e princípios consagrados na atu-<<strong>br</strong> />
al Carta Magna direciona a sua<<strong>br</strong> />
dinâmica evolutiva e necessária<<strong>br</strong> />
para a proteção, conservação,<<strong>br</strong> />
restauração e repressão da de-<<strong>br</strong> />
gradação ambiental.<<strong>br</strong> />
Observa-se assim que, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
a Educação Ambiental o Direito<<strong>br</strong> />
também passa por uma evolução.<<strong>br</strong> />
A Educação Ambiental no Bra-<<strong>br</strong> />
sil, em consonância <strong>com</strong> protoco-<<strong>br</strong> />
los firmados internacionalmente,<<strong>br</strong> />
tem deixado em muitos observa-<<strong>br</strong> />
dores a impressão de não terem<<strong>br</strong> />
ido muito além do formalismo,<<strong>br</strong> />
tornando-se notável a dificuldade<<strong>br</strong> />
de assimilação da Educação Am-<<strong>br</strong> />
biental pela política educacional<<strong>br</strong> />
oficial, dificuldade que se mani-<<strong>br</strong> />
festa, por exemplo, na indefinição<<strong>br</strong> />
de estratégias operativas por par-<<strong>br</strong> />
te dos governos estaduais e mu-<<strong>br</strong> />
nicipais.<<strong>br</strong> />
Cabe ao poder público o<<strong>br</strong> />
dever de promover a Educação<<strong>br</strong> />
Ambiental, e caso seja omisso,<<strong>br</strong> />
estará violando tanto o direito<<strong>br</strong> />
à educação quanto o direito ao<<strong>br</strong> />
meio ambiente.<<strong>br</strong> />
Conclusão:<<strong>br</strong> />
Apesar de todo aparato jurí-<<strong>br</strong> />
dico, a grande questão está em<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o tornar efetivo o direito à<<strong>br</strong> />
Educação Ambiental.<<strong>br</strong> />
A realidade no Brasil deve ser<<strong>br</strong> />
modernizada e a Educação Am-<<strong>br</strong> />
biental deve ser encarada <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
uma política pública prioritária<<strong>br</strong> />
na busca pelo desenvolvimento<<strong>br</strong> />
sustentável, por ser uma das op-<<strong>br</strong> />
ções mais econômicas e fáceis<<strong>br</strong> />
de ser efetivada, possibilitando<<strong>br</strong> />
a concretização do desenvolvi-<<strong>br</strong> />
mento sustentável.<<strong>br</strong> />
Para eficácia da proposta aci-<<strong>br</strong> />
ma apresentada, não basta ape-<<strong>br</strong> />
nas o desprendimento do Poder<<strong>br</strong> />
Público, há necessidade também<<strong>br</strong> />
de que os indivíduos e a coleti-<<strong>br</strong> />
vidade colaborem e vistam a<<strong>br</strong> />
camisa em prol do planeta, se-<<strong>br</strong> />
jam <strong>com</strong>o advogados, alunos ou<<strong>br</strong> />
educadores, o necessário é que<<strong>br</strong> />
visem à Educação Ambiental.<<strong>br</strong> />
Bibliografias:<<strong>br</strong> />
BOBBIO, Norberto, A era dos<<strong>br</strong> />
direitos. 1. ed. São Paulo: Cam-<<strong>br</strong> />
pus, 2004.<<strong>br</strong> />
COPOLA, Gina. Elementos de<<strong>br</strong> />
Direito Ambiental. 1. ed. Rio de<<strong>br</strong> />
Janeiro:Temas e Idéias, 2003.<<strong>br</strong> />
* Advogado da área traba-<<strong>br</strong> />
lhista, ambiental e cível.
O prequestionamento da<<strong>br</strong> />
matéria de ordem pública no<<strong>br</strong> />
âmbito dos recursos excepcionais<<strong>br</strong> />
RAFAEL AUGUSTO POLLINI*<<strong>br</strong> />
No âmbito dos recursos ex-<<strong>br</strong> />
cepcionais, o prequestionamento<<strong>br</strong> />
em termos de ordem pública é<<strong>br</strong> />
um tema marcado pela divergên-<<strong>br</strong> />
cia de posicionamentos, tanto em<<strong>br</strong> />
sede jurisprudencial quanto dou-<<strong>br</strong> />
trinária. Por isso, este <strong>br</strong>eve artigo<<strong>br</strong> />
tem o objetivo de encontrar res-<<strong>br</strong> />
postas para a seguinte indagação:<<strong>br</strong> />
é possível suscitar matérias de or-<<strong>br</strong> />
dem pública em sede de recurso<<strong>br</strong> />
extraordinário e recurso especial,<<strong>br</strong> />
ainda que o tema não tenha sido<<strong>br</strong> />
ventilado em instâncias inferiores,<<strong>br</strong> />
nem seja objeto destes recursos<<strong>br</strong> />
excepcionais?<<strong>br</strong> />
O prequestionamento1 é um<<strong>br</strong> />
requisito específico de admissibi-<<strong>br</strong> />
lidade dos recursos excepcionais.<<strong>br</strong> />
Tal requisito está previsto nos arts.<<strong>br</strong> />
102, III; e 105, III, ambos perten-<<strong>br</strong> />
centes a CF, pelos quais, <strong>com</strong>pete<<strong>br</strong> />
ao STF julgar, mediante RE e (ou)<<strong>br</strong> />
1 É necessário salientar que,<<strong>br</strong> />
malgrado exista, atualmente, em sede<<strong>br</strong> />
de doutrina e jurisprudência pátrias,<<strong>br</strong> />
três entendimentos distintos quanto<<strong>br</strong> />
à acepção do prequestionamento<<strong>br</strong> />
enquanto requisito específico<<strong>br</strong> />
de admissibilidade dos recursos<<strong>br</strong> />
excepcionais, este tema não será<<strong>br</strong> />
aprofundado neste momento,<<strong>br</strong> />
porquanto se assim se proceder, o<<strong>br</strong> />
foco deste estudo será desviado.<<strong>br</strong> />
REsp, as “causas decididas”.<<strong>br</strong> />
Esses dispositivos constitu-<<strong>br</strong> />
cionais exigem, por intermédio<<strong>br</strong> />
da expressão “causas decididas”,<<strong>br</strong> />
que a questão constitucional - no<<strong>br</strong> />
caso do RE -, e a questão federal<<strong>br</strong> />
- no caso do REsp -, estejam pre-<<strong>br</strong> />
questionadas, isto é, presentes na<<strong>br</strong> />
decisão recorrida, sendo efetiva-<<strong>br</strong> />
mente julgadas. Em outras pala-<<strong>br</strong> />
vras, não se admite que, no REsp<<strong>br</strong> />
ou RE, transite questão inédita,<<strong>br</strong> />
a qual não tenha sido apreciada<<strong>br</strong> />
pelo órgão a quo.2<<strong>br</strong> />
Segundo José Miguel Garcia<<strong>br</strong> />
Medina, a Constituição Fede-<<strong>br</strong> />
ral não apresenta exceções a tal<<strong>br</strong> />
pressuposto. Sendo assim, a regra<<strong>br</strong> />
constitucional deve ser direcio-<<strong>br</strong> />
nada, também, às hipóteses con-<<strong>br</strong> />
cernentes às matérias de ordem<<strong>br</strong> />
pública dos arts. 267, § 3º, e 301, §<<strong>br</strong> />
4º, do CPC.3<<strong>br</strong> />
No âmbito do STF, pode-se<<strong>br</strong> />
dizer que este entendimento - de<<strong>br</strong> />
2 CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições<<strong>br</strong> />
de direito processual civil, volume II.<<strong>br</strong> />
19. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris,<<strong>br</strong> />
2011. p. 126.<<strong>br</strong> />
3 MEDINA, José Miguel Garcia. O<<strong>br</strong> />
prequestionamento nos recursos extraordinário<<strong>br</strong> />
e especial, e outras questões<<strong>br</strong> />
relativas à sua admissibilidade e<<strong>br</strong> />
processamento. 3. ed. São Paulo: RT,<<strong>br</strong> />
2002. p. 217.<<strong>br</strong> />
que, mesmo em se tratando de<<strong>br</strong> />
matéria de ordem pública, é ne-<<strong>br</strong> />
cessário o seu exame na instância<<strong>br</strong> />
de origem, para que se viabilize o<<strong>br</strong> />
recurso extraordinário - é o pre-<<strong>br</strong> />
dominante.4<<strong>br</strong> />
Para elucidar o tema a ser dis-<<strong>br</strong> />
cutido no artigo, é só imaginar<<strong>br</strong> />
um caso concreto. Uma ação de<<strong>br</strong> />
indenização por danos morais é<<strong>br</strong> />
interposta perante a Justiça Esta-<<strong>br</strong> />
dual. Esta ação é julgada improce-<<strong>br</strong> />
dente e transitada em julgado, de<<strong>br</strong> />
modo que a chancela do Estado-<<strong>br</strong> />
-juiz se deu porque o autor não<<strong>br</strong> />
tinha direito a danos morais.<<strong>br</strong> />
Após transitar em julgado, o<<strong>br</strong> />
mesmo autor tenta lograr êxito,<<strong>br</strong> />
interpondo demanda idêntica a<<strong>br</strong> />
um órgão jurisdicional de ou-<<strong>br</strong> />
tro Estado, também <strong>com</strong>petente<<strong>br</strong> />
para o conhecimento de sua ação.<<strong>br</strong> />
Ocorre que, desta vez, o réu não<<strong>br</strong> />
foi citado, e, declarada a revelia,<<strong>br</strong> />
o processo teve seguimento e foi<<strong>br</strong> />
recebido pelo STF ou STJ. Desde<<strong>br</strong> />
então, o ministro relator, por sua<<strong>br</strong> />
vez, identifica o vício de citação.<<strong>br</strong> />
Diante deste caso, pergunta-se:<<strong>br</strong> />
4 Neste sentido, destaca-se um<<strong>br</strong> />
precedente recente, exarado pela<<strong>br</strong> />
Suprema Corte: AI 482.317-AgR/SP,<<strong>br</strong> />
rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ<<strong>br</strong> />
15.03.2011.<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
73
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
74<<strong>br</strong> />
A RTIGO<<strong>br</strong> />
poderá o relator conhecer oficial-<<strong>br</strong> />
mente as matérias de ordem pú-<<strong>br</strong> />
blica (nulidade de citação e coisa<<strong>br</strong> />
julgada), frente ao fato de que<<strong>br</strong> />
não tenham sido prequestiona-<<strong>br</strong> />
das (observe que a parte ré não<<strong>br</strong> />
teve oportunidade para alegar<<strong>br</strong> />
preliminar de coisa julgada nem<<strong>br</strong> />
tampouco a nulidade de citação)?<<strong>br</strong> />
Percebe-se que, no exem-<<strong>br</strong> />
plo em jogo, não havendo uma<<strong>br</strong> />
possibilidade de mitigação do<<strong>br</strong> />
prequestionamento, restará ao<<strong>br</strong> />
réu tão-somente a opção pela<<strong>br</strong> />
ação rescisória ou ainda a que-<<strong>br</strong> />
rela nullitatis. Observa-se, pois,<<strong>br</strong> />
que neste caso, prequestionar as<<strong>br</strong> />
matérias de ordem pública seria<<strong>br</strong> />
obviamente impossível, afinal,<<strong>br</strong> />
a parte ré não tinha o conheci-<<strong>br</strong> />
mento que havia contra ela uma<<strong>br</strong> />
pretensão que fora submetida ao<<strong>br</strong> />
Judiciário.<<strong>br</strong> />
Diante de tal quadro, então,<<strong>br</strong> />
surge a seguinte problemática:<<strong>br</strong> />
quando se tratar de matéria de<<strong>br</strong> />
ordem pública, quais serão os li-<<strong>br</strong> />
mites do prequestionamento?<<strong>br</strong> />
Percebendo a necessidade de<<strong>br</strong> />
resposta para esta questão, Ro-<<strong>br</strong> />
dolfo de Camargo Mancuso, em<<strong>br</strong> />
ilustrada lição, ensina que a ad-<<strong>br</strong> />
missibilidade do RE ou do REsp,<<strong>br</strong> />
quando ocorre em matéria de<<strong>br</strong> />
ordem pública, mesmo que não<<strong>br</strong> />
decidida pela decisão recorrida,<<strong>br</strong> />
emerge um conflito entre dois<<strong>br</strong> />
pontos, a observação necessária<<strong>br</strong> />
do princípio dispositivo, que ca-<<strong>br</strong> />
racteriza os recursos excepcionais<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o devolutividade restrita (art.<<strong>br</strong> />
2º e 128 do CPC); e a possibilida-<<strong>br</strong> />
de de conhecimento de ofício das<<strong>br</strong> />
matérias preconizadas em ordem<<strong>br</strong> />
pública pela legislação infracons-<<strong>br</strong> />
titucional (arts. 113; 219, § 5º;<<strong>br</strong> />
267, § 3º, do CPC).5<<strong>br</strong> />
Portanto, para erradicar este<<strong>br</strong> />
conflito surge um novo posicio-<<strong>br</strong> />
namento, no sentido da aplica-<<strong>br</strong> />
bilidade do que Mancuso deno-<<strong>br</strong> />
mina “binômio instrumentalidade<<strong>br</strong> />
do processo-efetividade da pres-<<strong>br</strong> />
tação jurisdicional”, bem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
a lógica disposta no § 3º do art.<<strong>br</strong> />
515 do CPC, que permite ao Tri-<<strong>br</strong> />
bunal, nos casos do art. 267 CPC,<<strong>br</strong> />
julgar desde logo a lide, se a cau-<<strong>br</strong> />
sa versar questão exclusivamente<<strong>br</strong> />
de direito e estiver em condições<<strong>br</strong> />
de imediato julgamento. É dizer,<<strong>br</strong> />
conquanto não se tenha discuti-<<strong>br</strong> />
do as matérias de ordem pública,<<strong>br</strong> />
que seria desnecessária a exigên-<<strong>br</strong> />
cia de prequestioná-las. Vale des-<<strong>br</strong> />
tacar, pois, a lição do autor:<<strong>br</strong> />
O conhecimento de ofício<<strong>br</strong> />
(=sem prequestionamento) pelo<<strong>br</strong> />
STF ou STJ de questões de ordem<<strong>br</strong> />
pública – sejam de direito mate-<<strong>br</strong> />
rial (v.g., Lei 8.078/90, arts. 1.º e<<strong>br</strong> />
51) ou processual (CPC, art. 267,<<strong>br</strong> />
§ 3.º, e 301, § 4.º) – tanto pode-<<strong>br</strong> />
ria ser explicado pela dimensão<<strong>br</strong> />
vertical do efeito devolutivo dos<<strong>br</strong> />
recursos <strong>com</strong>o pelo seu efeito<<strong>br</strong> />
translativo.6<<strong>br</strong> />
Em resumo, até este ponto,<<strong>br</strong> />
é possível inferir pela existência<<strong>br</strong> />
de duas correntes acerca da ne-<<strong>br</strong> />
cessidade ou não do prequestio-<<strong>br</strong> />
namento das matérias de ordem<<strong>br</strong> />
5 MANCUSO, Rodolfo de Camargo.<<strong>br</strong> />
Recurso extraordinário e recurso<<strong>br</strong> />
especial. 11. ed. rev., atual. e ampl.<<strong>br</strong> />
de acordo <strong>com</strong> as leis 11.417/2006,<<strong>br</strong> />
11.418/2006, 11.672/2008 e emendas<<strong>br</strong> />
regimentais do STF e do STJ. São Paulo:<<strong>br</strong> />
RT, 2010. p. 279.<<strong>br</strong> />
6 Ibidem, p. 280.<<strong>br</strong> />
pública no RE e no REsp. A pri-<<strong>br</strong> />
meira, basicamente estabelece<<strong>br</strong> />
que, em razão de o prequestio-<<strong>br</strong> />
namento ter assento na CF, parti-<<strong>br</strong> />
cularmente na expressão “causas<<strong>br</strong> />
decididas”, este jamais poderá<<strong>br</strong> />
deixar de ser aplicado, ainda que<<strong>br</strong> />
perante as matérias revestidas<<strong>br</strong> />
de ordem pública. Já a segunda,<<strong>br</strong> />
defende que, por força do efeito<<strong>br</strong> />
translativo, e, prestigiando a ins-<<strong>br</strong> />
trumentalidade do processo e a<<strong>br</strong> />
efetividade da prestação jurisdi-<<strong>br</strong> />
cional, certamente as matérias de<<strong>br</strong> />
ordem pública devem ser conhe-<<strong>br</strong> />
cidas de ofício, mesmo que não<<strong>br</strong> />
tenham sido julgadas pelo órgão<<strong>br</strong> />
jurisdicional.<<strong>br</strong> />
Mas, afinal, em meio a estes<<strong>br</strong> />
dois posicionamentos, qual deve-<<strong>br</strong> />
rá prevalecer?<<strong>br</strong> />
A resposta mais adequada à<<strong>br</strong> />
questão, talvez, não se resume<<strong>br</strong> />
a nenhuma das correntes antes<<strong>br</strong> />
expostas. Isto porque, o entendi-<<strong>br</strong> />
mento que mais se amolda e vem<<strong>br</strong> />
se mostrando mais robusto na ju-<<strong>br</strong> />
risprudência, é outro, consistente<<strong>br</strong> />
no fato de que, tendo sido ultra-<<strong>br</strong> />
passado o juízo de admissibilida-<<strong>br</strong> />
de do RE e (ou) do REsp, poderá<<strong>br</strong> />
o Tribunal Superior, aplicando o<<strong>br</strong> />
direito à espécie (Súmula 456 do<<strong>br</strong> />
STF), trabalhar matéria que não<<strong>br</strong> />
foi objeto de prequestionamen-<<strong>br</strong> />
to. Assim, diz-se que tal posicio-<<strong>br</strong> />
namento seria um “meio termo”<<strong>br</strong> />
entre as duas outras correntes.<<strong>br</strong> />
O julgamento proferido no<<strong>br</strong> />
REsp 485.969 – SP, pela 2ª Turma<<strong>br</strong> />
do STJ7, em especial na redação<<strong>br</strong> />
7 Superior Tribunal de Justiça. 2ª<<strong>br</strong> />
Turma. REsp 485.969 – SP. Relatora:<<strong>br</strong> />
Min. Eliana Calmon. Disponível em:<<strong>br</strong> />
. Acesso em
do voto proferido pela Ministra<<strong>br</strong> />
relatora Eliana Calmon, demons-<<strong>br</strong> />
tra <strong>com</strong> enorme clareza os deli-<<strong>br</strong> />
neamentos deste último posicio-<<strong>br</strong> />
namento.<<strong>br</strong> />
Para definir a orientação aci-<<strong>br</strong> />
ma exposta, trazida pela 2ª Turma<<strong>br</strong> />
do STJ, é possível afirmar que as<<strong>br</strong> />
matérias de ordem pública, mes-<<strong>br</strong> />
mo que não prequestionadas,<<strong>br</strong> />
podem ser objeto de análise em<<strong>br</strong> />
sede de recurso especial, desde<<strong>br</strong> />
que se tenha presente a transpo-<<strong>br</strong> />
sição do juízo de admissibilidade.<<strong>br</strong> />
Se optar-se por aplicar este<<strong>br</strong> />
entendimento para o primeiro<<strong>br</strong> />
exemplo citado no início deste<<strong>br</strong> />
estudo, concernente à presença<<strong>br</strong> />
de nulidade de citação e coisa jul-<<strong>br</strong> />
gada em uma ação de indeniza-<<strong>br</strong> />
ção por danos morais, certamen-<<strong>br</strong> />
te, tais matérias de ordem pública<<strong>br</strong> />
que não foram prequestionadas,<<strong>br</strong> />
acabariam sendo apreciadas<<strong>br</strong> />
quando ultrapassada a fase do<<strong>br</strong> />
conhecimento do recurso.<<strong>br</strong> />
Deste modo, uma vez conhe-<<strong>br</strong> />
cida e <strong>com</strong>preendida esta que<<strong>br</strong> />
pode ser considerada – para fins<<strong>br</strong> />
deste estudo - <strong>com</strong>o uma terceira<<strong>br</strong> />
corrente acerca do tema da ne-<<strong>br</strong> />
cessidade ou não do prequestio-<<strong>br</strong> />
namento em matérias de ordem<<strong>br</strong> />
pública, faz-se possível apresen-<<strong>br</strong> />
tar uma resposta so<strong>br</strong>e qual a<<strong>br</strong> />
corrente deverá prevalecer diante<<strong>br</strong> />
do questionamento sugerido ao<<strong>br</strong> />
principiar este trabalho, qual seja:<<strong>br</strong> />
é possível suscitar matérias de or-<<strong>br</strong> />
dem pública em sede de recurso<<strong>br</strong> />
extraordinário e recurso especial,<<strong>br</strong> />
ainda que o tema não tenha sido<<strong>br</strong> />
ventilado em instâncias inferio-<<strong>br</strong> />
29 maio 2011.<<strong>br</strong> />
res, nem mesmo tenha sido obje-<<strong>br</strong> />
to destes recursos excepcionais?<<strong>br</strong> />
Finalmente, diz-se que, atu-<<strong>br</strong> />
almente, o tema em discussão<<strong>br</strong> />
apresenta a seguinte moldura: a)<<strong>br</strong> />
no âmbito da doutrina, identifica-<<strong>br</strong> />
-se verdadeiro confronto entre<<strong>br</strong> />
a primeira e segunda correntes;<<strong>br</strong> />
b) no âmbito da jurisprudência,<<strong>br</strong> />
malgrado ter prevalecido o en-<<strong>br</strong> />
tendimento criado pela primeira<<strong>br</strong> />
corrente, tem-se verificado uma<<strong>br</strong> />
tendência robusta pelo acolhi-<<strong>br</strong> />
mento da terceira corrente.<<strong>br</strong> />
Neste ponto, onde se faz ex-<<strong>br</strong> />
plícita a divergência de opiniões,<<strong>br</strong> />
tanto na jurisprudência quanto<<strong>br</strong> />
na doutrina, e, diante das consi-<<strong>br</strong> />
derações realizadas, mostra-se<<strong>br</strong> />
mais adequado apoiar o pen-<<strong>br</strong> />
samento instituído pela terceira<<strong>br</strong> />
corrente, porquanto, <strong>com</strong>o vis-<<strong>br</strong> />
to, a uma: o prequestionamento<<strong>br</strong> />
não deixará de ser observado,<<strong>br</strong> />
cumprindo o mandamento cons-<<strong>br</strong> />
titucional específico relativo às<<strong>br</strong> />
“causas decididas”; a duas: a ma-<<strong>br</strong> />
téria de ordem pública, que por-<<strong>br</strong> />
ventura não tenha sido decidida<<strong>br</strong> />
anteriormente, será analisada<<strong>br</strong> />
a partir da abertura da <strong>com</strong>pe-<<strong>br</strong> />
tência jurisdicional do STJ ou do<<strong>br</strong> />
STF, que deverá aplicar o direito à<<strong>br</strong> />
espécie (Súmula 456 do STF); e a<<strong>br</strong> />
três: <strong>com</strong> isso, se estará evitando<<strong>br</strong> />
– especificamente <strong>com</strong> relação<<strong>br</strong> />
à parte prejudicada -, conforme<<strong>br</strong> />
o caso, eventual interposição de<<strong>br</strong> />
ação rescisória ou até mesmo da<<strong>br</strong> />
querela nullitatis.<<strong>br</strong> />
REFERÊNCIAS<<strong>br</strong> />
BUENO, Cassio Scarpinella.<<strong>br</strong> />
Quem tem medo do prequestio-<<strong>br</strong> />
namento. Disponível em: . Acesso em: 8<<strong>br</strong> />
maio 2011.<<strong>br</strong> />
CÂMARA, Alexandre Freitas.<<strong>br</strong> />
Lições de direito processual civil,<<strong>br</strong> />
volume II. 19. ed. Rio de Janeiro:<<strong>br</strong> />
Lumen Juris, 2011.<<strong>br</strong> />
MANCUSO, Rodolfo de Ca-<<strong>br</strong> />
margo. Recurso extraordinário<<strong>br</strong> />
e recurso especial. 11. ed. rev.,<<strong>br</strong> />
atual. e ampl. de acordo <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />
leis 11.417/2006, 11.418/2006,<<strong>br</strong> />
11.672/2008 e emendas regimen-<<strong>br</strong> />
tais do STF e do STJ. São Paulo:<<strong>br</strong> />
RT, 2010.<<strong>br</strong> />
MEDINA, José Miguel Garcia.<<strong>br</strong> />
O prequestionamento nos re-<<strong>br</strong> />
cursos extraordinário e especial,<<strong>br</strong> />
e outras questões relativas à sua<<strong>br</strong> />
admissibilidade e processamen-<<strong>br</strong> />
to. 3. ed. São Paulo: RT, 2002.<<strong>br</strong> />
MELLO, Rogério Licastro Tor-<<strong>br</strong> />
res de. Recurso especial e matéria<<strong>br</strong> />
de ordem pública: desnecessi-<<strong>br</strong> />
dade de prequestionamento. <strong>In</strong>:<<strong>br</strong> />
MELLO, Rogério Licastro Torres<<strong>br</strong> />
de (coord.). Recurso especial e<<strong>br</strong> />
extraordinário: repercussão geral<<strong>br</strong> />
e atualidades. São Paulo: Método,<<strong>br</strong> />
2007.<<strong>br</strong> />
NERY JÚNIOR, Nelson; NERY,<<strong>br</strong> />
Rosa Maria de Andrade. Código<<strong>br</strong> />
de processo civil <strong>com</strong>entado e<<strong>br</strong> />
legislação extravagante. 10 ed.<<strong>br</strong> />
São Paulo: Revista dos Tribunais,<<strong>br</strong> />
2007.<<strong>br</strong> />
* 1º Tenente OCT do Exército<<strong>br</strong> />
Brasileiro e pós-graduando em<<strong>br</strong> />
Direito Processual Civil.<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
75
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
76<<strong>br</strong> />
A RTIGO<<strong>br</strong> />
As prerrogativas<<strong>br</strong> />
profissionais do advogado<<strong>br</strong> />
Cintia Ribeiro de Freitas *<<strong>br</strong> />
Fa<strong>br</strong>ício Fausto Lima Rabelo *<<strong>br</strong> />
A advocacia, <strong>com</strong>o nenhuma<<strong>br</strong> />
outra profissão, foi recepcionada<<strong>br</strong> />
pela Constituição da Republica<<strong>br</strong> />
Federativa do Brasil de 1988, que<<strong>br</strong> />
dedicou no Capítulo IV - Das Funções<<strong>br</strong> />
Essenciais à Justiça - o artigo<<strong>br</strong> />
133 , preconizando que: “O advogado<<strong>br</strong> />
é indispensável à administração<<strong>br</strong> />
da justiça, sendo inviolável<<strong>br</strong> />
por seus atos e manifestações no<<strong>br</strong> />
exercício da profissão, nos limites<<strong>br</strong> />
da lei.”<<strong>br</strong> />
<strong>In</strong>icialmente, é importante<<strong>br</strong> />
conscientizar-se a respeito do real<<strong>br</strong> />
significado e alcance dessa norma<<strong>br</strong> />
constitucional e da expressão<<strong>br</strong> />
prerrogativa.<<strong>br</strong> />
Em artigo publicado no sítio<<strong>br</strong> />
da Ordem dos Advogados do<<strong>br</strong> />
Brasil - Seção São Paulo, o Dr.<<strong>br</strong> />
MARCO AURÉLIO VICENTE VIEI-<<strong>br</strong> />
RA, Vice-Presidente da Comissão<<strong>br</strong> />
de Direitos e Prerrogativas desta<<strong>br</strong> />
Seccional, definiu e delimitou corretamente<<strong>br</strong> />
a amplitude deste conceito,<<strong>br</strong> />
assim proclamando:<<strong>br</strong> />
“PRERROGATIVAS: PRIVILÉ-<<strong>br</strong> />
GIOS OU GARANTIAS<<strong>br</strong> />
Quais são as nossas prerrogativas?<<strong>br</strong> />
Prerrogativas não significam<<strong>br</strong> />
privilégio, prerrogativas significam<<strong>br</strong> />
condições legais, especiais<<strong>br</strong> />
e indispensáveis, ditadas<<strong>br</strong> />
pelo interesse social e público,<<strong>br</strong> />
portanto, são garantias, já que<<strong>br</strong> />
para exercê-las necessário o<<strong>br</strong> />
convívio harmonioso e respeitoso<<strong>br</strong> />
recíproco <strong>com</strong> os juízes,<<strong>br</strong> />
promotores, delegados e advogados,<<strong>br</strong> />
servidores públicos<<strong>br</strong> />
e os serventuários da Justiça<<strong>br</strong> />
- observância ao artigo 6º,<<strong>br</strong> />
parágrafo único do E<strong>OAB</strong>.<<strong>br</strong> />
Mas não basta, tem-se o artigo<<strong>br</strong> />
7º, e incisos da Lei Federal<<strong>br</strong> />
nº 8.906, de 04 de julho de<<strong>br</strong> />
1994 - Estatuto da Advocacia<<strong>br</strong> />
e da Ordem dos Advogados<<strong>br</strong> />
do Brasil, que traz uma relação<<strong>br</strong> />
de aproximadamente 30<<strong>br</strong> />
direitos básicos para proteger<<strong>br</strong> />
o advogado no exercício profissional,<<strong>br</strong> />
já que o advogado é<<strong>br</strong> />
indispensável a administração<<strong>br</strong> />
da justiça - art. 133 da Constituição<<strong>br</strong> />
da República Federativa<<strong>br</strong> />
do Brasil.<<strong>br</strong> />
No mais, está assegurada a<<strong>br</strong> />
total liberdade ao advogado<<strong>br</strong> />
para o exercício profissional<<strong>br</strong> />
em todo o País. Estas prerrogativas<<strong>br</strong> />
do advogado não se<<strong>br</strong> />
circunscrevem às discussões<<strong>br</strong> />
perante tão somente os órgãos<<strong>br</strong> />
do Poder Judiciário, mas<<strong>br</strong> />
a<strong>br</strong>ange toda Administração<<strong>br</strong> />
Pública direta ou indireta.<<strong>br</strong> />
É impossível atuar em defesa<<strong>br</strong> />
do cidadão, seja na área cível,<<strong>br</strong> />
criminal, trabalhista, administrativa<<strong>br</strong> />
sem que o advogado<<strong>br</strong> />
tenha a seu favor todas estas<<strong>br</strong> />
salvaguardas, já que não há<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o empreender esforços<<strong>br</strong> />
no aprimoramento do Estado<<strong>br</strong> />
Democrático de Direito sem<<strong>br</strong> />
que estas prerrogativas sejam<<strong>br</strong> />
respeitadas e uma violação<<strong>br</strong> />
neste sentido, a Justiça <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
bem público maior, estará<<strong>br</strong> />
afetada e, por consequência,<<strong>br</strong> />
toda a sociedade.<<strong>br</strong> />
Por isso, nós Advogados temos<<strong>br</strong> />
o dever de proteger e<<strong>br</strong> />
defender nossas prerrogativas<<strong>br</strong> />
profissionais e o uso destas<<strong>br</strong> />
Prerrogativas é o único meio<<strong>br</strong> />
de Valorizar a Advocacia.”<<strong>br</strong> />
De fato, a despeito do coloquial<<strong>br</strong> />
e equivocado sinônimo<<strong>br</strong> />
de “privilégios”, as prerrogativas<<strong>br</strong> />
consistem, na verdade, nos direitos<<strong>br</strong> />
profissionais indissociáveis,<<strong>br</strong> />
sem os quais se torna inviável o<<strong>br</strong> />
exercício de determinada atividade<<strong>br</strong> />
profissional, razão pela qual<<strong>br</strong> />
constitui, na verdade, um dever<<strong>br</strong> />
profissional da intransigente defesa<<strong>br</strong> />
destas garantias.<<strong>br</strong> />
Assim, para além do baluarte<<strong>br</strong> />
Artigo 133 da Constituição Federal,<<strong>br</strong> />
viga mestra a condição do<<strong>br</strong> />
regular exercício da advocacia, a<<strong>br</strong> />
Lei 8.906/94 - Estatuto da Advocacia<<strong>br</strong> />
e da <strong>OAB</strong> elenca os direitos<<strong>br</strong> />
e prerrogativas do advogado em<<strong>br</strong> />
seus Arts. 6º e 7º.<<strong>br</strong> />
A relevância destas prerrogativas<<strong>br</strong> />
enquanto pressupostos à<<strong>br</strong> />
regular defesa dos direitos e garantias<<strong>br</strong> />
fundamentais do cidadão,<<strong>br</strong> />
notadamente do próprio direito à<<strong>br</strong> />
amplitude de defesa, ao contraditório<<strong>br</strong> />
e ao devido processo legal,<<strong>br</strong> />
justificou a elaboração do Projeto<<strong>br</strong> />
de Lei nº 4.195/2005 atualmente<<strong>br</strong> />
em trâmite no Congresso Nacional,<<strong>br</strong> />
tem por objeto a definição de<<strong>br</strong> />
crime <strong>com</strong>o a violação dos direi-
tos e prerrogativas do advogado.<<strong>br</strong> />
Em detrimento dos inestimáveis<<strong>br</strong> />
préstimos cotidianamente<<strong>br</strong> />
despendidos direta e indiretamente<<strong>br</strong> />
à sociedade, <strong>com</strong>o todo e<<strong>br</strong> />
qualquer órgão de classe, a Ordem<<strong>br</strong> />
dos Advogados do Brasil focaliza<<strong>br</strong> />
a defesa das prerrogativas<<strong>br</strong> />
do advogado, e, por conseguinte,<<strong>br</strong> />
o regular exercício da advocacia.<<strong>br</strong> />
Desta forma, justifica-se a indissociável<<strong>br</strong> />
afinidade da advocacia<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a Comissão de Defesa,<<strong>br</strong> />
Assistência e Prerrogativas, em<<strong>br</strong> />
verdadeira fusão principiológica<<strong>br</strong> />
e ontológica, na função de ferramenta<<strong>br</strong> />
eficaz que confere o almejado<<strong>br</strong> />
status, perante os advogados<<strong>br</strong> />
e a sociedade em geral, de órgão<<strong>br</strong> />
de classe robusto e atuante.<<strong>br</strong> />
A Comissão de Defesa, Assistência<<strong>br</strong> />
e Prerrogativas tem por objetivo<<strong>br</strong> />
consolidar sua reputação mediante<<strong>br</strong> />
estratégica dinâmica operacional,<<strong>br</strong> />
que consiste em conferir institucional<<strong>br</strong> />
delegação de representar a <strong>OAB</strong><<strong>br</strong> />
e seus inscritos, mem<strong>br</strong>os diretos ou<<strong>br</strong> />
não, no embate pela defesa de suas<<strong>br</strong> />
prerrogativas.<<strong>br</strong> />
Por outro lado, a consciência<<strong>br</strong> />
do profissional em relação à existência,<<strong>br</strong> />
à sua disposição, deste<<strong>br</strong> />
aparato técnico consolidado em<<strong>br</strong> />
forma de <strong>com</strong>issão, prestando-se<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o estímulo e encorajamento<<strong>br</strong> />
ao desafio cotidiano em prol da<<strong>br</strong> />
defesa das prerrogativas da classe,<<strong>br</strong> />
resultando em uma mútua cooperação<<strong>br</strong> />
e <strong>com</strong>unhão de esforços<<strong>br</strong> />
destinados a esta finalidade.<<strong>br</strong> />
Vale ressaltar, ainda, que a Comissão<<strong>br</strong> />
de Defesa, Assistência e<<strong>br</strong> />
Prerrogativas não monopoliza a<<strong>br</strong> />
defesa às prerrogativas. Mas, pelo<<strong>br</strong> />
contrário, o advogado, por essência<<strong>br</strong> />
da profissão, permanece <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
titular da defesa de suas prerrogativas,<<strong>br</strong> />
enquanto condições precípuas<<strong>br</strong> />
à garantia dos direitos do<<strong>br</strong> />
constituinte. Compete a CDAP,<<strong>br</strong> />
então, agregar reforços à defesa<<strong>br</strong> />
da prerrogativa do advogado na<<strong>br</strong> />
condição de assistente processual,<<strong>br</strong> />
ou, eventualmente, substituindo<<strong>br</strong> />
o advogado em situações<<strong>br</strong> />
extremas que impossibilitem ou<<strong>br</strong> />
inviabilizem sua autodefesa.<<strong>br</strong> />
É curioso notar que, para além<<strong>br</strong> />
destes limites de atuação institucional,<<strong>br</strong> />
e em razão deles, a CDAP<<strong>br</strong> />
desempenha atualmente a extraordinária<<strong>br</strong> />
função de conscientização<<strong>br</strong> />
da defesa das prerrogativas da<<strong>br</strong> />
classe, não somente em relação à<<strong>br</strong> />
gama de prerrogativas contempladas<<strong>br</strong> />
na lei, em especial as previstas<<strong>br</strong> />
no Estatuto (Lei 8.906/94),<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o também incutindo denodo<<strong>br</strong> />
à classe na defesa das mesmas,<<strong>br</strong> />
a partir de sua presença atuante<<strong>br</strong> />
e eficiente. Daí a constatação de<<strong>br</strong> />
que a classe, juntamente à CDAP,<<strong>br</strong> />
está cada vez mais engajada nesta<<strong>br</strong> />
no<strong>br</strong>e causa <strong>com</strong>um, “vitalizando”<<strong>br</strong> />
as prerrogativas elencadas na lei.<<strong>br</strong> />
Com o fortalecimento dos advogados,<<strong>br</strong> />
por sua vez, implementa-<<strong>br</strong> />
-se a finalidade teleológica do Artigo<<strong>br</strong> />
133 da Constituição Federal,<<strong>br</strong> />
que não é outra senão a de conferir<<strong>br</strong> />
ao advogado a atribuição de guardião<<strong>br</strong> />
e defensor da Democracia,<<strong>br</strong> />
já que a essência de sua atuação<<strong>br</strong> />
consiste em posicionar-se estrategicamente<<strong>br</strong> />
enquanto intermediário,<<strong>br</strong> />
verdadeiro elo entre a Sociedade e<<strong>br</strong> />
o Estado. Trata-se assim, em última<<strong>br</strong> />
instância, de honrar o <strong>com</strong>promisso<<strong>br</strong> />
assumido pela classe.<<strong>br</strong> />
Todavia, mesmo sendo incumbência<<strong>br</strong> />
que, a despeito de<<strong>br</strong> />
inestimavelmente honra ante a<<strong>br</strong> />
realidade jurídica, revela-se profundamente<<strong>br</strong> />
martirizante, ainda<<strong>br</strong> />
perseveram deploráveis reminiscências<<strong>br</strong> />
de um dos mais sórdidos<<strong>br</strong> />
períodos da recente história do<<strong>br</strong> />
país. Assim, atualmente ainda há<<strong>br</strong> />
uma franca resistência à plena implementação<<strong>br</strong> />
do sistema demo-<<strong>br</strong> />
crático delineado pela Constituição<<strong>br</strong> />
Cidadã.<<strong>br</strong> />
Esta realidade cunha <strong>com</strong> precisão<<strong>br</strong> />
a polivalência do advogado<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>asileiro, que, não raramente, para<<strong>br</strong> />
validar os direitos de seus constituintes,<<strong>br</strong> />
precisa antes conferir-lhes<<strong>br</strong> />
terreno propício a partir do resguardo<<strong>br</strong> />
de suas prerrogativas.<<strong>br</strong> />
Neste sentido, a verdadeira acepção<<strong>br</strong> />
das prerrogativas tão somente<<strong>br</strong> />
enquanto direitos e, desta forma,<<strong>br</strong> />
supostamente disponíveis, é gravemente<<strong>br</strong> />
equivocada, haja vista que,<<strong>br</strong> />
para além de direitos, constituem-se<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o deveres profissionais.<<strong>br</strong> />
Seriam então direitos, mas em<<strong>br</strong> />
fidedignidade <strong>com</strong> a doutrina de<<strong>br</strong> />
RUDOLF VON IHERING em sua<<strong>br</strong> />
o<strong>br</strong>a “A Luta Pelo Direito”, a qual<<strong>br</strong> />
discute a necessária intransigência<<strong>br</strong> />
na defesa e no exercício dos<<strong>br</strong> />
direitos civis.<<strong>br</strong> />
Daí a importância da conscientização<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e as prerrogativas,<<strong>br</strong> />
em convite claro à reação,<<strong>br</strong> />
pois o objetivo do fortalecimento<<strong>br</strong> />
da classe ocorre em prol da constante<<strong>br</strong> />
afirmação do Estado Democrático<<strong>br</strong> />
de Direito que, por sua<<strong>br</strong> />
vez, ostenta <strong>com</strong>o premissa maior<<strong>br</strong> />
a defesa dos direitos e garantias<<strong>br</strong> />
fundamentais do cidadão.<<strong>br</strong> />
Desrespeitar as prerrogativas do<<strong>br</strong> />
advogado é condenar a sociedade<<strong>br</strong> />
à mordaça, o cidadão à condição de<<strong>br</strong> />
mero objeto de investigação e seu<<strong>br</strong> />
defensor a uma peça decorativa ou,<<strong>br</strong> />
no máximo, impertinente.<<strong>br</strong> />
* Dra. Cintia Ribeiro de Freitas<<strong>br</strong> />
- Advogada, Delegada de Prerrogativa,<<strong>br</strong> />
e Vice Presidente da Comissão<<strong>br</strong> />
de Defesa, Assistência e<<strong>br</strong> />
prerrogativas da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
** Dr. Fa<strong>br</strong>ício Fausto Lima Rabelo<<strong>br</strong> />
- Advogado, e Delegado de<<strong>br</strong> />
Prerrogativas da Comissão de Defesa,<<strong>br</strong> />
Assistência e Prerrogativas<<strong>br</strong> />
da <strong>OAB</strong>/MG<<strong>br</strong> />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
77
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
78<<strong>br</strong> />
A RTIGO<<strong>br</strong> />
INOVAÇÃO JURÍDICA<<strong>br</strong> />
O registro digital das S/As<<strong>br</strong> />
Bernardo Araújo Costa<<strong>br</strong> />
Danilo de Andrade Fernandes *<<strong>br</strong> />
No ultimo dia 13 de março<<strong>br</strong> />
a Junta Comercial do Estado de<<strong>br</strong> />
Minas Gerais (a JUCEMG) lançou<<strong>br</strong> />
o Sistema de Registro Digital que<<strong>br</strong> />
permitirá envio e registro eletrônico<<strong>br</strong> />
dos atos societários elaborados<<strong>br</strong> />
no âmbito das Sociedades<<strong>br</strong> />
por Ações, mediante a utilização<<strong>br</strong> />
de certificados digitais.<<strong>br</strong> />
Em resumo <strong>br</strong>eve, os atos societários<<strong>br</strong> />
serão protocolados no<<strong>br</strong> />
Portal de Serviços da JUCEMG<<strong>br</strong> />
que, por sua vez, encaminhará<<strong>br</strong> />
os documentos diretamente aos<<strong>br</strong> />
responsáveis pela assinatura de<<strong>br</strong> />
aludidos instrumentos (diretores,<<strong>br</strong> />
conselheiros, acionistas, advogados<<strong>br</strong> />
etc.). Concluído o processo<<strong>br</strong> />
de assinatura, o documento segue<<strong>br</strong> />
para a tradicional e o<strong>br</strong>igatória<<strong>br</strong> />
avaliação interna da junta<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>ercial. No ato da aprovação, a<<strong>br</strong> />
JUCEMG emite o registro do ato<<strong>br</strong> />
também a partir da utilização de<<strong>br</strong> />
certificado digital, devolvendo-o<<strong>br</strong> />
eletronicamente registrado para a<<strong>br</strong> />
sociedade empresária.<<strong>br</strong> />
Neste sentido, é relevante afir-<<strong>br</strong> />
mar que os documentos eletrônicos<<strong>br</strong> />
possuem a mesma validade<<strong>br</strong> />
jurídica dos físicos. No entanto,<<strong>br</strong> />
inúmeros benefícios podem ser<<strong>br</strong> />
atribuídos à adoção do Registro<<strong>br</strong> />
Digital, tais <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />
(a) modernização e simplificação<<strong>br</strong> />
do processo de arquivamento<<strong>br</strong> />
dos atos societários;<<strong>br</strong> />
(b) maior segurança contra<<strong>br</strong> />
fraude por meio de mecanismos<<strong>br</strong> />
capazes de garantir autenticidade,<<strong>br</strong> />
confidencialidade e integridade às<<strong>br</strong> />
informações;<<strong>br</strong> />
(c) maior celeridade no registro,<<strong>br</strong> />
garantindo a agilidade hoje<<strong>br</strong> />
necessária no universo corporativo;<<strong>br</strong> />
e<<strong>br</strong> />
(d) sustentabilidade, possibilitando<<strong>br</strong> />
práticas de responsabilidade<<strong>br</strong> />
ambiental e econômica,<<strong>br</strong> />
demandas cada vez mais exigidas<<strong>br</strong> />
pelos stakeholders das sociedades<<strong>br</strong> />
empresárias na execução de<<strong>br</strong> />
suas atividades.<<strong>br</strong> />
Ademais, o registro digital respalda<<strong>br</strong> />
a antiga demanda do mercado<<strong>br</strong> />
de capitais no atendimento<<strong>br</strong> />
de práticas de boa governança<<strong>br</strong> />
corporativa ao viabilizar, <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
devida segurança e celeridade, a<<strong>br</strong> />
realização de reuniões e/ou as-<<strong>br</strong> />
sembleias por vídeo ou teleconferência.<<strong>br</strong> />
A inovação ora pautada surgiu<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a ideia dos advogados<<strong>br</strong> />
corporativos do Grupo Algar, Bernardo<<strong>br</strong> />
Araújo Costa e Danilo de<<strong>br</strong> />
Andrade Fernandes, de criar uma<<strong>br</strong> />
sistemática digital para o registro<<strong>br</strong> />
dos atos societários ofertados,<<strong>br</strong> />
além de garantir segurança jurídica<<strong>br</strong> />
e tecnológica, facilidades ao<<strong>br</strong> />
trabalho do advogado que, em<<strong>br</strong> />
muitas ocasiões, se vê perdido<<strong>br</strong> />
na burocracia legal. A ideia foi<<strong>br</strong> />
prontamente acolhida pela JUCE-<<strong>br</strong> />
MG e transformada no Projeto de<<strong>br</strong> />
Registro Digital, contando <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
participação direta do Grupo Algar<<strong>br</strong> />
na validação das etapas e na<<strong>br</strong> />
realização de testes, demonstrando,<<strong>br</strong> />
mais uma vez, os benefícios<<strong>br</strong> />
da realização de parcerias entre<<strong>br</strong> />
os empresários e a administração<<strong>br</strong> />
pública.<<strong>br</strong> />
É uma ação pioneira no Brasil<<strong>br</strong> />
e a JUCEMG, até o final do ano de<<strong>br</strong> />
2012, pretende estender o serviço<<strong>br</strong> />
para os demais societários.<<strong>br</strong> />
* Advogados especialistas<<strong>br</strong> />
em Direito Societário
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
79
<strong>OAB</strong> IN FOCO<<strong>br</strong> />
80<<strong>br</strong> />
Uberlândia 34 3239.5800<<strong>br</strong> />
Franca 16 3722.0418<<strong>br</strong> />
Brasília 61 3343.0521<<strong>br</strong> />
São Paulo 11 3641.8995<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>ercial@grafi ca<strong>br</strong>asil.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
Para que tanto esforço em ter solução em Gráfi ca???<<strong>br</strong> />
Basta ler abaixo…<<strong>br</strong> />
Orce, negocie e imprima <strong>com</strong> a gente.<<strong>br</strong> />
www.grafi ca<strong>br</strong>asil.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
novo site, acesse