Download - O Mundo da Usinagem
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publicação <strong>da</strong> sandvik coromant do brasil issn 1518-6091 rg bn 217-147<br />
mi<br />
stan<strong>da</strong>rd ou<br />
especial?<br />
Escolha a<br />
ferramenta certa<br />
tEndências E<br />
oportuni<strong>da</strong>dEs<br />
cnH investe<br />
em sistemas<br />
de corte de<br />
alta precisão<br />
59<br />
EquipEs autogErEnciávEis<br />
Estratégia para estimular a<br />
iniciativa e a criativi<strong>da</strong>de
luka rister<br />
para comEçar...<br />
To<strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça de clima é precedi<strong>da</strong> de sinais sutis <strong>da</strong> natureza<br />
e não há lugar melhor para percebê-los do que no campo.<br />
É preciso estar atento, pois é na atenta observância que o homem<br />
peceberá o momento certo de investir as suas melhores sementes.<br />
Plantando bem e no momento certo, não demorará muito<br />
para que os celeiros voltem a transbor<strong>da</strong>r em fartura.<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong>
ÍndicE 59<br />
Edição 05 / 2009<br />
divulgação WEg<br />
Publicação <strong>da</strong><br />
Sandvik Coromant do Brasil<br />
ISSN 1518-6091<br />
RG. BN 217-147<br />
Foto de Capa:<br />
Scania / Wagner Menezes<br />
03 para começar<br />
04 ÍNDIce / expeDIeNte<br />
06 machINe INvestmeNts: QUaNDo Usar Uma FerrameNta<br />
staNDarD oU Uma especIaL?<br />
10 GestÃo empresarIaL I: vaNtaGeNs Das eQUIpes aUtoGereNcIÁveIs<br />
20 GestÃo empresarIaL II: WeG aprImora processos proDUtIvos<br />
28 teNDÊNcIas e oportUNIDaDes: cNh - maIs proDUtIvIDaDe com o sIstema<br />
aUtomatIzaDo De corte a Laser<br />
34 NotÍcIas e cUrIosIDaDes I: cUrso sUperIor para a eLetrÔNIca INDUstrIaL<br />
36 NotÍcIas e cUrIosIDaDes II: BIKetrIaL, Um esporte para QUem tem eQUILÍBrIo<br />
42 NotÍcIas e cUrIosIDaDes III: seGUNDo semestre promIssor para a DeB'maQ<br />
44 Nossa parceLa De respoNsaBILIDaDe<br />
46 aNUNcIaNtes / DIstrIBUIDores / FaLe com eLes<br />
e-mail: omundo.<strong>da</strong>usinagem@sandvik.com<br />
ou ligue: 0800 770 5700<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
publicação <strong>da</strong> sandvik coromant do brasil issn 1518-6091 rg bn 217-147<br />
mi<br />
stan<strong>da</strong>rd ou<br />
especial?<br />
Escolha a<br />
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de corte de<br />
alta precisão<br />
EquipEs autogErEnciávEis<br />
Estratégia para estimular a<br />
iniciativa e a criativi<strong>da</strong>de<br />
EXPEDIENTE<br />
O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação <strong>da</strong> sandvik coromant do Brasil,<br />
com circulação de doze edições ao ano e distribuição gratuita para 20.000 leitores qualificados.<br />
av. <strong>da</strong>s nações uni<strong>da</strong>s, 21.732 - sto. amaro - cEp 04795-914 - são paulo - sp.<br />
conselho editorial: aldeci santos, ancelmo Diniz, aryoldo machado, edson truzsco, edson<br />
Bernini, eduardo Debone, Fernando de oliveira, Francisco marcondes, heloisa Giraldes,<br />
Nivaldo Braz, Nivaldo coppini, Nixon malveira e vera Natale.<br />
Editor-chefe: Francisco marcondes<br />
coordenação editorial, edição de arte, revisão e produção gráfica: house press propagan<strong>da</strong><br />
Jornalista responsável: Francisco marcondes - mtB 56.136/sp<br />
propagan<strong>da</strong>: Gerente de contas - thaís viceconti / tel: (11) 2335-7558 cel: (11) 9909-8808<br />
projeto gráfico: aa Design<br />
gráfica: van moorsel<br />
59
MAchINE INvESTMENTS<br />
Em busca <strong>da</strong><br />
escolha<br />
ideal<br />
na hora de selecionar<br />
uma ferramenta de<br />
corte, uma empresa<br />
deve avaliar qual<br />
modelo se a<strong>da</strong>pta<br />
aos requisitos de seu<br />
cliente e às condições<br />
<strong>da</strong> produção<br />
ca<strong>da</strong> empresa está inseri<strong>da</strong><br />
em um contexto diferente,<br />
atendendo clientes distintos<br />
e respondendo a deman<strong>da</strong>s específicas.<br />
Por esta razão, as soluções<br />
projeta<strong>da</strong>s para ca<strong>da</strong> planta devem<br />
ser personaliza<strong>da</strong>s para que os resultados<br />
finais sejam eficientes e os<br />
mais proveitosos possíveis.<br />
Esta estratégia de atendimento<br />
não é diferente no setor de ferramentas<br />
de corte para usinagem.<br />
Para alcançar a produtivi<strong>da</strong>de<br />
máxima <strong>da</strong>s operações, a escolha<br />
<strong>da</strong> ferramenta de corte exata<br />
deve ser encara<strong>da</strong> como parte<br />
essencial do planejamento <strong>da</strong> empresa<br />
e, se bem feita, pode resultar<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
em um aumento significativo<br />
do nível de competitivi<strong>da</strong>de do<br />
produto no mercado.<br />
Assim, na hora de eleger a<br />
ferramenta de corte mais adequa<strong>da</strong><br />
às suas necessi<strong>da</strong>des é<br />
preciso levar em consideração<br />
as características do produto<br />
que será usinado, a deman<strong>da</strong> dos<br />
clientes <strong>da</strong> empresa e o tempo<br />
de produção <strong>da</strong> peça, além <strong>da</strong>s<br />
proprie<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s máquinas que<br />
serão utiliza<strong>da</strong>s no processo. Ou<br />
seja, a escolha <strong>da</strong> ferramenta não<br />
deve ser feita isola<strong>da</strong>mente, mas<br />
em conjunto com outros fatores<br />
que podem influenciar em seu<br />
desempenho final. Por isso, vale<br />
a pena dedicar atenção especial a<br />
esta etapa do projeto para obter<br />
melhores resultados.<br />
STANDArD OU ESPEcIAl?<br />
Em um grande número de<br />
aplicações, as ferramentas stan<strong>da</strong>rd<br />
podem ser utiliza<strong>da</strong>s com<br />
bons resultados; além disso, elas<br />
têm sido moderniza<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong><br />
dia. Oferecendo uma vasta gama<br />
de possibili<strong>da</strong>des para todo tipo<br />
de deman<strong>da</strong>, as ferramentas stan<strong>da</strong>rd<br />
podem ser utiliza<strong>da</strong>s para<br />
realizar usinagens mais rápi<strong>da</strong>s,<br />
com maior precisão.<br />
Por outro lado, a oferta de<br />
ferramentas especiais vem cres-
cendo ca<strong>da</strong> dia mais no mercado.<br />
Os modelos desta categoria unem<br />
diversas funções conjuga<strong>da</strong>s em<br />
uma só ferramenta e podem ser<br />
utilizados em operações de mandrilamento,<br />
fresamento, torneamento<br />
e furação, por exemplo.<br />
De acordo com Ronaldo<br />
Ferreira, supervisor de Machine<br />
Investments <strong>da</strong> Sandvik Coromant,<br />
o principal atrativo <strong>da</strong>s<br />
ferramentas especiais é a redução<br />
no tempo de usinagem que proporcionam,<br />
pois realizam duas ou<br />
mais operações simultaneamente.<br />
“A ferramenta especial diminui<br />
o tempo de fabricação <strong>da</strong> peça,<br />
aumentando a produtivi<strong>da</strong>de”,<br />
informa o supervisor. Também<br />
no processo de preparação <strong>da</strong>s<br />
máquinas, a linha especial apresenta<br />
vantagem quanto à agili<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong> produção. Isto porque,<br />
com uma só ferramenta executando<br />
diferentes funções, não há<br />
necessi<strong>da</strong>de de parar a máquina<br />
diversas vezes para as operações<br />
de montagem.<br />
Outra vantagem importante<br />
é a possibili<strong>da</strong>de de produzir<br />
mais peças executando apenas<br />
pequenas alterações no desenho<br />
<strong>da</strong> ferramenta. “Quando a empresa<br />
produz peças diferentes<br />
basta trocar um componente <strong>da</strong><br />
ferramenta especial para que ela<br />
mesma produza as outras peças<br />
<strong>da</strong>quela família”, ensina Ferreira.<br />
Desenvolvi<strong>da</strong>s sob encomen<strong>da</strong>,<br />
as ferramentas especiais são<br />
fabrica<strong>da</strong>s a partir de um projeto<br />
de engenharia particular, elaborado<br />
para atender as necessi<strong>da</strong>des<br />
de ca<strong>da</strong> empresa que irá utilizálas;<br />
este projeto pode combinar<br />
várias operações de acordo com<br />
o produto que será usinado. Porém,<br />
devido à sua exclusivi<strong>da</strong>de,<br />
como eleger a ferramenta certa?<br />
o principal atrativo<br />
<strong>da</strong>s ferramentas<br />
especiais é a<br />
redução no tempo Favoretto<br />
de usinagem que Fernando<br />
proporcionam Fotos:<br />
Em ca<strong>da</strong> planta, as soluções de usinagem devem estar adequa<strong>da</strong>s à<br />
estratégia adota<strong>da</strong> pela empresa e às possibili<strong>da</strong>des ofereci<strong>da</strong>s pelos<br />
equipamentos disponíveis para a operação. por isso, não existe uma<br />
resposta padrão quando se busca encontrar a ferramenta de corte ideal;<br />
ca<strong>da</strong> empresa deve avaliar as condições de sua produção e buscar<br />
a opção mais adequa<strong>da</strong> para suas necessi<strong>da</strong>des. neste sentido, os<br />
seguintes itens devem ser avaliados:<br />
limites <strong>da</strong> máquina (torque, rotação e potência)<br />
dimensional <strong>da</strong> peça<br />
número máximo de ferramentas suporta<strong>da</strong>s pelo magazine <strong>da</strong> máquina<br />
volume de produção <strong>da</strong> fábrica<br />
limites de fixação do dispositivo<br />
quando uma ferramenta como<br />
esta é <strong>da</strong>nifica<strong>da</strong>, dependendo<br />
<strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de de funções que<br />
ela agrega, seu reparo pode tomar<br />
mais tempo do que a manutenção<br />
de uma ferramenta stan<strong>da</strong>rd.<br />
Ranulfo Vieira, supervisor de<br />
Projetos de Ferramentas Especiais<br />
<strong>da</strong> Sandvik Coromant, sugere<br />
como solução para estes casos que<br />
a empresa aposte em uma estratégia<br />
capaz de reduzir o eventual<br />
tempo de máquina para<strong>da</strong> com<br />
reparo de ferramenta. “Orientamos<br />
o cliente para que ele compre<br />
sempre dois modelos iguais <strong>da</strong><br />
ferramenta especial pois, caso uma<br />
delas seja <strong>da</strong>nifica<strong>da</strong>, poderá ser<br />
substituí<strong>da</strong> rapi<strong>da</strong>mente pela outra,<br />
evitando atraso na produção”,<br />
assegura Vieira.<br />
SOlUçãO PErSONAlIzADA<br />
Enquanto que para algumas<br />
indústrias a ferramenta especial<br />
pode trazer maior produtivi<strong>da</strong>de,<br />
redução no tempo de usinagem e<br />
custos de produção mais baixos,<br />
para outras as ferramentas stan<strong>da</strong>rd<br />
ain<strong>da</strong> podem ser as mais indica<strong>da</strong>s<br />
– por se a<strong>da</strong>ptarem melhor<br />
às condições apresenta<strong>da</strong>s pelas<br />
máquinas, pelo dispositivo de fixação<br />
ou pela dimensão <strong>da</strong> peça.<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong>
MAchINE INvESTMENTS<br />
a participação do fornecedor <strong>da</strong>s ferramentas no<br />
serviço de manutenção é fun<strong>da</strong>mental<br />
Para que o investimento seja feito na direção<br />
correta, Ferreira recomen<strong>da</strong> que a decisão de adquirir<br />
novas ferramentas seja toma<strong>da</strong> em conjunto com<br />
todos os profissionais envolvidos no processo de<br />
usinagem. “Para optar sempre pelo modelo certo,<br />
deve-se consultar o fornecedor <strong>da</strong> ferramenta – que<br />
conhece as características de seu produto –, o fabricante<br />
do dispositivo – que sabe os limites de fixação<br />
– e o fornecedor <strong>da</strong> máquina – que define os limites<br />
com que ela atua”, explica Ferreira.<br />
Neste processo, um dos fatores decisivos é a condição<br />
<strong>da</strong> máquina na qual a ferramenta de corte será aplica<strong>da</strong>.<br />
Dependendo <strong>da</strong> potência, torque, rotação e magazine<br />
<strong>da</strong> máquina, os modelos stan<strong>da</strong>rd podem ser os mais<br />
indicados, pois algumas máquinas podem não suportar<br />
o uso de ferramentas especiais. Por isso, a análise prévia<br />
dos fatores mencionados acima é essencial para verificar<br />
a compatibili<strong>da</strong>de destes parâmetros com a ferramenta<br />
escolhi<strong>da</strong>.<br />
Após a decisão e a compra <strong>da</strong> ferramenta, é importante<br />
que o fornecedor ofereça apoio à empresa que<br />
adquiriu suas peças, indicando qual a melhor forma<br />
de utilização do produto sempre que o cliente precisar.<br />
Contudo, mesmo tendo escolhido a ferramenta certa, se<br />
a empresa que adquiriu o produto não tiver informações<br />
suficientes para a sua utilização, tanto a máquina quanto<br />
a ferramenta e a peça podem ser prejudica<strong>da</strong>s, colocando<br />
em risco a performance de to<strong>da</strong> a operação.<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
divulgação sandvik coromant<br />
Ciente <strong>da</strong> importância deste acompanhamento,<br />
é comum o fornecedor de ferramentas oferecer<br />
apoio aos seus clientes também no pós-ven<strong>da</strong>,<br />
disponibilizando informações para que as ferramentas<br />
adquiri<strong>da</strong>s (stan<strong>da</strong>rds ou especiais) sejam<br />
utiliza<strong>da</strong>s <strong>da</strong> melhor forma possível e cumpram seu<br />
bom desempenho. Além disso, a manutenção <strong>da</strong>s<br />
ferramentas é outro serviço que deve ser fornecido<br />
pela empresa. “É fun<strong>da</strong>mental a participação do<br />
fornecedor <strong>da</strong>s ferramentas neste serviço, pois ele<br />
conhece a fundo o projeto e as estratégias defini<strong>da</strong>s<br />
em ca<strong>da</strong> operação”, aponta Ferreira.<br />
Portanto, antes de adquirir um novo tipo de<br />
ferramenta de corte, procure fazer um planejamento<br />
aprofun<strong>da</strong>do junto aos seus fornecedores. Só assim o<br />
seu investimento na ferramenta estará assegurado a<br />
ponto de garantir os melhores resultados no futuro!<br />
Thaís Tüchumantel<br />
Jornalista
GESTãO EMPrESArIAl I<br />
10<br />
Eags, a evolução<br />
com a adoção<br />
de equipes<br />
autogerenciáveis,<br />
indústrias têm<br />
alcançado maior<br />
agili<strong>da</strong>de<br />
para enfrentar<br />
as oscilações<br />
do mercado<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
organizacional do trabalho<br />
Independentemente do momento<br />
econômico no qual um<br />
país ou o mundo se encontra,<br />
uma coisa é certa: a busca pela<br />
melhoria <strong>da</strong>s operações e dos<br />
processos dentro de uma empresa<br />
deve ser algo constante.<br />
Vivendo em um cenário de<br />
recessão econômica global – porém,<br />
a ca<strong>da</strong> dia, um pouco mais<br />
otimista –, muitos empresários<br />
puderam perceber a importância<br />
de valorizar métodos de gestão que<br />
possibilitam a melhor organização<br />
<strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des no chão de fábrica e<br />
também na administração.<br />
Entre as diversas estratégias<br />
que vêm sendo implementa<strong>da</strong>s<br />
nas indústrias do País, podemos<br />
destacar a formação de equipes<br />
autogerenciáveis (EAGs)<br />
como uma tática eficaz para as<br />
empresas que estão interessa<strong>da</strong>s<br />
em motivar e satisfazer seus<br />
colaboradores, conquistando<br />
por meio <strong>da</strong> gestão participativa<br />
bons resultados e baixos índices<br />
de desperdício.<br />
divulgação volvo do brasil
além do<br />
comprometimento<br />
dos gestores, o<br />
incentivo <strong>da</strong> alta<br />
administração<br />
é essencial<br />
para o sucesso<br />
<strong>da</strong> autogestão<br />
rESPONSAbIlIDADE<br />
Considera<strong>da</strong> uma forma de<br />
organização do trabalho, a equipe<br />
autogerenciável pode ser defini<strong>da</strong><br />
como um grupo de profissionais<br />
que atua de forma coletiva, sendo<br />
todos encarregados de uma<br />
sequência completa no processo<br />
de produção de um bem ou serviço,<br />
destinado a clientes internos<br />
ou externos.<br />
De acordo com o engenheiro<br />
Laercio Avileis Junior (*), “a implementação<br />
de equipes autônomas<br />
atende a necessi<strong>da</strong>de atual<br />
de a<strong>da</strong>ptação <strong>da</strong>s organizações<br />
aos novos padrões de consumo<br />
e produção, além de ampliar sua<br />
competitivi<strong>da</strong>de frente às varia<strong>da</strong>s<br />
oscilações do mercado”.<br />
Tendo trabalhado por mais<br />
de 10 anos como engenheiro <strong>da</strong><br />
Quali<strong>da</strong>de na ZF Sistemas de<br />
Direção – empresa líder mundial<br />
no fornecimento de sistemas de<br />
direção para o setor automotivo<br />
–, Avileis implementou EAGs em<br />
algumas células de produção <strong>da</strong><br />
companhia. “Foi uma ativi<strong>da</strong>de<br />
bastante complexa e desafiadora,<br />
comunicação direta e eliminação de desperdícios foram alguns<br />
dos benefícios alcançados na volvo do brasil<br />
scania/Wagner menezes<br />
divulgação volvo do brasil<br />
mas com o envolvimento <strong>da</strong> diretoria<br />
e o entendimento dos colaboradores<br />
conseguimos alcançar<br />
muitas <strong>da</strong>s metas propostas”, relata<br />
o engenheiro.<br />
Com base em sua experiência,<br />
Avileis aponta que as equipes<br />
constituem o que se chama de<br />
célula autogerenciável, ou seja:<br />
uma célula que possui autonomia;<br />
utiliza sistemas visuais de gerenciamento;<br />
tem os colaboradores<br />
como ‘acionistas’ comprometidos<br />
com os resultados; prioriza o<br />
trabalho em equipe, estimulando<br />
a iniciativa; e atribui funções e<br />
responsabili<strong>da</strong>des para ca<strong>da</strong> um<br />
de seus membros, podendo ain<strong>da</strong><br />
ser audita<strong>da</strong> e certifica<strong>da</strong>.<br />
O engenheiro acrescenta que,<br />
para viabilizar o êxito deste método<br />
de gestão, alguns pré-requisitos<br />
tiveram que ser atendidos.<br />
“Na ZF trabalhamos seguindo<br />
importantes norteadores, como<br />
o incentivo e o suporte <strong>da</strong> alta<br />
administração, a elaboração de<br />
planos bem definidos, células<br />
com centros de custos individuais<br />
e processos e operadores bem<br />
selecionados, além <strong>da</strong> elaboração<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong> 11
Sua produtivi<strong>da</strong>de<br />
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GESTãO EMPrESArIAl I<br />
amilto matiazo, <strong>da</strong><br />
scania: “objetivo<br />
<strong>da</strong> estratégia foi<br />
<strong>da</strong>r autonomia aos<br />
funcionários, além de<br />
estimular a criativi<strong>da</strong>de<br />
e agili<strong>da</strong>de nas<br />
decisões”<br />
de uma gestão fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> em<br />
times”, completa ele.<br />
TrANSIçãO DE PrOcESSOS<br />
Atuando nas áreas de gestão <strong>da</strong><br />
produção e cadeia de suprimentos,<br />
o professor Antonio Batocchio,<br />
<strong>da</strong> Facul<strong>da</strong>de de Engenharia <strong>da</strong><br />
Unicamp, é quem explica o contexto<br />
histórico em que surgem as<br />
equipes autogerenciáveis.<br />
Por volta do final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de<br />
60, as experiências <strong>da</strong> Escola de<br />
Relações Humanas dos Estados<br />
Unidos, com o apoio dos estudos<br />
de pesquisadores do Instituto de<br />
Tecnologia Tavistock, de Londres<br />
(Inglaterra), resultaram na<br />
denomina<strong>da</strong> Escola Sociotécnica<br />
<strong>da</strong> Organização do Trabalho.<br />
“Naquela época, por conta do<br />
surgimento do sistema celular de<br />
produção, as mu<strong>da</strong>nças que estavam<br />
ocorrendo no chão de fábrica<br />
motivaram movimentos operários<br />
que formaram grupos autônomos<br />
de trabalho dentro <strong>da</strong>s empresas”,<br />
esclarece Batocchio.<br />
Mais tarde, durante os anos<br />
70, o interesse pelo assunto se<br />
12<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
scania/Wagner menezes<br />
espalhou pelos países escandinavos,<br />
principalmente na Noruega<br />
e Suécia. “Nestes países, as experiências<br />
realiza<strong>da</strong>s pela Volvo e<br />
pela Saab tiveram sucesso e foram<br />
comenta<strong>da</strong>s em todo o mundo”,<br />
adiciona Avileis.<br />
Depois, em meados de 1985, a<br />
atenção dos grupos autônomos foi<br />
toma<strong>da</strong> pelo Círculo de Controle<br />
de Quali<strong>da</strong>de – CCQ, idealizado<br />
no Japão. “Nesse momento, o<br />
Japão substitui a Suécia como<br />
modelo de trabalho em equipe;<br />
porém, a partir de 1990 o interesse<br />
por times de trabalho ressurgiu e<br />
até hoje tem sido aplicado e desenvolvido<br />
nas empresas”, esclarece o<br />
engenheiro que trabalhou na ZF.<br />
Ain<strong>da</strong> neste sentido, Batocchio<br />
pondera que, com o advento <strong>da</strong>s<br />
células de manufatura e a necessi<strong>da</strong>de<br />
de operadores multifuncionais,<br />
constatou-se que o emprego<br />
<strong>da</strong> estratégia de gestão <strong>da</strong>s EAGs<br />
nas indústrias seria apropriado<br />
para conquistar os ganhos de produtivi<strong>da</strong>de<br />
necessários. Para isso,<br />
seria preciso investir na otimização<br />
<strong>da</strong> mão de obra – reduzindo o nú-
divulgação scania<br />
mero de operadores e enriquecendo<br />
suas funções, responsabili<strong>da</strong>des<br />
e autonomia.<br />
GrANDE DESAfIO<br />
Entretanto, o grande desafio<br />
para a implementação de EAGs<br />
está na transição do modelo<br />
convencional para o de profissionais<br />
que se autogerenciam. Para<br />
Batocchio, esta mu<strong>da</strong>nça passa<br />
por um processo de quebra de<br />
paradigmas dos colaboradores<br />
<strong>da</strong> empresa, o que pode despertar<br />
medo e instabili<strong>da</strong>de em algumas<br />
pessoas. “Quanto mais difícil for<br />
a quebra dos paradigmas, mais árduo<br />
será o processo de mu<strong>da</strong>nça”,<br />
pontua o professor. “Mas não se<br />
pode afirmar que há um processo<br />
de transição no Brasil, pois a<br />
maioria <strong>da</strong>s empresas nacionais<br />
ain<strong>da</strong> trabalham com o modelo<br />
convencional; as experiências que<br />
temos são, em grande parte, de<br />
subsidiárias de multinacionais”,<br />
observa ele.<br />
Este é o caso <strong>da</strong> Volvo do Brasil,<br />
que iniciou em 1998 a implemen-<br />
o ideal é buscar<br />
profissionais que<br />
tenham visão<br />
ampla e estratégica<br />
dos negócios <strong>da</strong><br />
empresa<br />
tação do modelo de gestão desenvolvido<br />
na Suécia muitos anos<br />
antes. “Percebemos a necessi<strong>da</strong>de<br />
de ter profissionais que pudessem<br />
trabalhar com a mínima supervisão<br />
direta, sendo eles conscientes e<br />
comprometidos em compartilhar<br />
responsabili<strong>da</strong>des”, detalha Daniel<br />
Lima, técnico <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />
Volvo do Brasil.<br />
Com o tempo, os benefícios<br />
<strong>da</strong> opção por equipes autogerenciáveis<br />
começaram a aparecer na<br />
empresa: maior satisfação dos colaboradores,<br />
melhoria do ambiente<br />
de trabalho, cumprimento <strong>da</strong>s<br />
metas departamentais, redução de<br />
desperdícios e custos de operação<br />
uma forma de preparar autogestores é desenvolver no profissional<br />
características como liderança e pró-ativi<strong>da</strong>de<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong> 1
GESTãO EMPrESArIAl I<br />
para implantar uma<br />
Eag é fun<strong>da</strong>mental<br />
estabelecer objetivos<br />
claros sobre o que<br />
será colocado<br />
em prática<br />
e otimização de recursos, além dos<br />
ganhos de produtivi<strong>da</strong>de.<br />
“Nosso grande acerto foi ter<br />
realizado todos os estudos necessários,<br />
aplicando paralelamente<br />
diversos treinamentos nas áreas,<br />
desde profissionais de base até o<br />
mais alto nível hierárquico”, comenta<br />
Lima. Segundo o técnico,<br />
a ideia era eliminar todos os modelos<br />
do passado para implementar<br />
a nova gestão, seguindo a meta<br />
de identificar e erradicar desperdícios,<br />
atuando em um ambiente<br />
onde as pessoas interagissem sem<br />
barreiras entre elas.<br />
PlANEjAMENTO<br />
Para não errar na hora de implantar<br />
equipes autogerenciáveis,<br />
é fun<strong>da</strong>mental que algumas etapas<br />
sejam segui<strong>da</strong>s. Contudo, o<br />
professor Batocchio ressalta uma<br />
conduta em especial: “O principal<br />
é o estabelecimento claro e objetivo<br />
do que será posto em prática”.<br />
Em linhas gerais, é preciso elaborar<br />
um planejamento estratégico<br />
<strong>da</strong> organização especificamente<br />
para a adoção <strong>da</strong>s células autogerenciáveis.<br />
Este planejamento<br />
inicia-se com a sensibilização e<br />
conscientização sobre as EAGs:<br />
posteriormente, deve-se fazer um<br />
diagnóstico <strong>da</strong> situação atual <strong>da</strong><br />
empresa e elaborar as definições<br />
de visão, missão, objetivos e metas<br />
que se quer atingir com o novo<br />
projeto.<br />
Após estas etapas, deve-se<br />
desenvolver a estruturação <strong>da</strong><br />
célula EAG, bem como definir<br />
quais recursos serão necessários,<br />
as ativi<strong>da</strong>des que serão realiza<strong>da</strong>s e<br />
o cronograma de implementação.<br />
Feito isso, deverão ser listados<br />
os indicadores de desempenho<br />
<strong>da</strong> área e também os pontos de<br />
controle. Na fase final, coloca-se<br />
o projeto em prática e cria-se um<br />
método de avaliação e certificação<br />
do que foi planejado.<br />
“O tempo de implementação
V33<br />
Compromisso<br />
Esta é a nossa tarefa. Sempre.<br />
tornear e fresar<br />
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R. Arnaldo Magniccaro,<br />
364 / São Paulo / SP
GESTãO EMPrESArIAl I<br />
Equipes<br />
autogerenciáveis<br />
necessitam de<br />
colaboradores que<br />
apren<strong>da</strong>m a trabalhar<br />
em grupo e assumam<br />
responsabili<strong>da</strong>des<br />
de ca<strong>da</strong> projeto varia dependendo<br />
<strong>da</strong> maturi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> organização,<br />
pois o diferencial <strong>da</strong>s células<br />
de autogerenciamento está nas<br />
pessoas. De maneira geral, após<br />
seis meses os resultados começam<br />
a aparecer”, aponta Amilto<br />
Matiazo, gerente de <strong>Usinagem</strong> de<br />
Motores <strong>da</strong> Scania Latin América<br />
– montadora que implantou as<br />
EAGs em 1994, com o programa<br />
chamado Scania Anos 90. “O<br />
projeto preparava a competência<br />
dos colaboradores para os desafios<br />
do novo milênio; este foi o marco<br />
inicial para a gestão participativa<br />
dentro <strong>da</strong> companhia”, comenta<br />
Matiazo.<br />
O gerente explica que, na<br />
época, o objetivo <strong>da</strong> estratégia foi<br />
1<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
<strong>da</strong>r mais autonomia e responsabili<strong>da</strong>de<br />
aos funcionários, além<br />
de propiciar o desenvolvimento,<br />
estimular a criativi<strong>da</strong>de e buscar<br />
mais agili<strong>da</strong>de nas decisões <strong>da</strong><br />
fábrica. “Hoje as metas continuam<br />
as mesmas; a diferença é que<br />
com o passar do tempo pudemos<br />
identificar facilmente os novos<br />
talentos dentro <strong>da</strong> organização”,<br />
detalha Matiazo.<br />
Sobre o perfil dos profissionais<br />
que formarão uma célula autogestora,<br />
o professor Batocchio indica<br />
que o ideal é buscar colaboradores<br />
que saibam ouvir, trabalhar em<br />
equipe e tenham visão ampla e<br />
estratégica <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> empresa.<br />
“Uma forma de preparar<br />
as pessoas é desenvolver nelas<br />
características como liderança,<br />
criativi<strong>da</strong>de e pró-ativi<strong>da</strong>de”, alerta<br />
Batocchio.<br />
Matiazo complementa, ressaltando<br />
que “não existe um perfil<br />
mais ou menos adequado, mas<br />
é preciso que os colaboradores<br />
apren<strong>da</strong>m a trabalhar em grupo<br />
e assumam responsabili<strong>da</strong>des. O<br />
segredo está nas pessoas criativas<br />
e com vontade de se desenvolver<br />
profissionalmente”.<br />
divulgação volvo do brasil
o treinamento dos<br />
profissionais é algo<br />
essencial para se<br />
obter resultados no<br />
curto prazo
GESTãO EMPrESArIAl I<br />
100% DE êXITO<br />
Atualmente, to<strong>da</strong> a área fabril<br />
<strong>da</strong> Volvo é autogerenciável e, para<br />
o sucesso deste método de gestão,<br />
uma equipe forma<strong>da</strong> por nove<br />
funcionários de diversas áreas <strong>da</strong><br />
empresa auxilia os trabalhos <strong>da</strong>s<br />
células autogestoras. “Realizamos<br />
pesquisas e treinamentos antes de<br />
implementar um modelo autogerenciável”,<br />
explica Lima. “Quando<br />
identificamos que em uma outra<br />
área é necessário implementar o<br />
modo de autogestão, informamos<br />
a diretoria e, após aprovação, iniciamos<br />
a aplicação do método”,<br />
revela o técnico.<br />
Segundo Lima, grande parte<br />
dos resultados obtidos pelas EAGs<br />
se deve à preparação dos autogestores.<br />
Ele conta que assim que<br />
um novo profissional ingressa na<br />
empresa é realiza<strong>da</strong> uma integração,<br />
momento em que são transmitidos<br />
todos os conhecimentos,<br />
princípios e benefícios <strong>da</strong> Volvo.<br />
Depois, é oferecido um treinamento<br />
completo sobre as equipes<br />
autogerenciáveis. “Nesta capacitação,<br />
explicamos a estrutura <strong>da</strong>s<br />
EAGs na companhia e ensinamos<br />
até onde vão as competências de<br />
ca<strong>da</strong> profissional”, acrescenta.<br />
Entre os benefícios adquiridos<br />
com a gestão, o técnico ressalta que<br />
o principal deles foi a comunicação<br />
direta entre os funcionários, já que<br />
as equipes resolvem os problemas<br />
entre si, eliminando desperdícios.<br />
“Consideramos a comunicação<br />
um grande ganho para a companhia;<br />
aumentamos a produção e<br />
a agili<strong>da</strong>de de nossos processos”,<br />
comemora Lima.<br />
Enfático, o professor Batocchio<br />
conclui a questão: “Não há<br />
dúvi<strong>da</strong>s sobre as vantagens e a vali<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong> utilização <strong>da</strong> gestão com<br />
equipes autogerenciáveis; trata-se<br />
de uma evolução <strong>da</strong> organização<br />
do trabalho”.<br />
Natália carcavilla<br />
Jornalista<br />
*Depoimentos de Laercio Avileis Junior<br />
têm como base a Dissertação<br />
de Mestrado:<br />
‘Autogestão em células de manufaturas:<br />
requisitos para aplicação e avaliação<br />
em uma empresa de autopeças’<br />
Pós-Graduação em Eng. Mecânica<br />
Unicamp - 22/02/2006<br />
Orientador: Prof. Dr. Olívio Novaski
GESTãO EMPrESArIAl II<br />
na WEg máquinas são usina<strong>da</strong>s várias bases por dia<br />
20<br />
atenta à<br />
competitivi<strong>da</strong>de de<br />
seus processos,<br />
fabricante de<br />
motores elétricos<br />
desenvolve produtos<br />
na medi<strong>da</strong> ideal<br />
para as exigências<br />
do mercado<br />
WEg, em busca <strong>da</strong><br />
otimização constante<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
Fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 16 de setembro<br />
de 1961 por Werner Ricardo<br />
Voigt, Eggon João <strong>da</strong> Silva<br />
e Geraldo Werninghaus – cujas<br />
iniciais deram origem ao nome<br />
<strong>da</strong> empresa –, a WEG, tradicional<br />
fabricante brasileira de motores<br />
elétricos, é uma companhia multinacional<br />
para a qual a usinagem<br />
tem grande importância. Em sua<br />
sede localiza<strong>da</strong> em Jaraguá do<br />
Sul (SC) são usinados cerca de<br />
30.000 eixos diariamente, além<br />
de componentes em ferro fundido<br />
e alumínio injetado – algo<br />
que contribui para uma remoção<br />
mensal de quase 1.000 tonela<strong>da</strong>s<br />
de cavaco.<br />
Com um mix bem variado<br />
de produtos, a empresa produz<br />
aproxima<strong>da</strong>mente 6.000 diferentes<br />
tipos de eixos. Normalmente,<br />
são utilizados lotes médios de 200<br />
peças para os motores destinados<br />
à chama<strong>da</strong> linha branca de eletrodomésticos<br />
(como máquinas de<br />
Fotos: Foto áurea/Edson clóvis scharf
lavar e secadoras). Já para a linha<br />
industrial, que comporta motores<br />
de maior porte, os lotes podem ter<br />
de duas a três peças.<br />
Quanto aos materiais usinados,<br />
cerca de 90% são compostos por<br />
aço SAE 1045 e os 10% restantes<br />
são constituídos por outros tipos<br />
de aço, como o SAE 4140 e aços<br />
inoxidáveis AISI 304, AISI 316 e<br />
AISI 420, entre outros. Os eixos<br />
acabados são montados nos rotores<br />
engaiolados e, após balanceamento<br />
do conjunto, seguem em kits para<br />
as áreas de montagem final.<br />
Com filiais de ven<strong>da</strong>s em mais<br />
de 100 países, entre eles, Argentina,<br />
Chile, China, Dubai, Índia,<br />
México, Portugal e Rússia, a WEG<br />
é uma empresa genuinamente<br />
brasileira e parte de sua produção<br />
é exporta<strong>da</strong> em forma de<br />
subconjuntos CKD – Completely<br />
Knock-Down para algumas <strong>da</strong>s<br />
subsidiárias que ain<strong>da</strong> não são autossuficientes<br />
em componentes.<br />
bUScANDO MElhOrIAS<br />
O sucesso <strong>da</strong> companhia se<br />
deve principalmente à competência<br />
técnica de ca<strong>da</strong> colaborador,<br />
pois segundo frase de um de seus<br />
fun<strong>da</strong>dores, Sr. Eggon João <strong>da</strong><br />
Silva, o “E” de WEG, máquinas podem<br />
ser compra<strong>da</strong>s ou toma<strong>da</strong>s por<br />
empréstimo; contudo, o que faz a<br />
diferença são pessoas motiva<strong>da</strong>s.<br />
Além disso, to<strong>da</strong>s as etapas de fabricação<br />
são realiza<strong>da</strong>s internamente<br />
e a conduta adota<strong>da</strong> na companhia<br />
compreende e privilegia os aspectos<br />
de produtivi<strong>da</strong>de, racionalização de<br />
custos e otimização dos processos<br />
de fabricação. A equipe que atua<br />
nos processos de usinagem, por<br />
exemplo , é altamente especializa<strong>da</strong><br />
e busca implementar constantemente<br />
os parâmetros mais adequados<br />
a ca<strong>da</strong> situação em particular.<br />
Como a empresa trabalha com<br />
uma infini<strong>da</strong>de de pequenos lotes,<br />
a redução dos tempos de preparação<br />
de máquinas – o chamado<br />
set-up – é um procedimento fun<strong>da</strong>mental,<br />
pois a todo momento<br />
ocorrem trocas de um lote pronto<br />
por outro que deve ser executado.<br />
Assim, quanto mais rápi<strong>da</strong> for a<br />
troca entre os lotes, maior será a<br />
produtivi<strong>da</strong>de.<br />
Na WEG há uma busca contínua<br />
por melhores práticas e, por<br />
isso, a empresa estimula em seus<br />
fornecedores o desenvolvimento<br />
de alternativas em produtos e<br />
serviços que possam render me-<br />
conduta adota<strong>da</strong> na WEg privilegia produtivi<strong>da</strong>de. na segun<strong>da</strong> foto, <strong>da</strong> esq. para a dir.: antonio petry, <strong>da</strong><br />
sandvik coromant, andré luiz klauberg e pedro roque de moraes, <strong>da</strong> Engenharia industrial <strong>da</strong> WEg<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong> 21
GESTãO EMPrESArIAl II<br />
Etapas de fabricação de eixos envolvem operações de corte de barras,<br />
furações, torneamento, operações de fresamento e retificação<br />
lhorias que se mostrem mais econômicas<br />
ou produtivas. Quando<br />
se trabalha com altos volumes,<br />
embora os lotes sejam de poucas<br />
peças, um aumento de 5% no<br />
ritmo <strong>da</strong> produção pode significar<br />
um ganho enorme ao final de um<br />
certo período.<br />
Os equipamentos utilizados<br />
na usinagem de eixos são, na<br />
grande maioria, máquinas CNC<br />
– Computer Numerical Control –,<br />
sendo que 45% destas têm menos<br />
de cinco anos de i<strong>da</strong>de. Somente<br />
no ano de 2008, a área recebeu 30<br />
novas máquinas dos mais diversos<br />
modelos, indica<strong>da</strong>s para operações<br />
que variam do torneamento<br />
à retificação.<br />
As etapas de fabricação de eixos<br />
envolvem principalmente operações<br />
de corte de barras, furações<br />
(furos de centro e furos roscados),<br />
torneamento, operações de fresamento<br />
(aberturas de chavetas<br />
22<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
e faceamento de superfícies) e<br />
retificação. A WEG oferece ao<br />
mercado mais de 30.000 tipos de<br />
motores, sendo que muitos deles<br />
são itens especiais que os clientes<br />
têm dificul<strong>da</strong>de em encontrar no<br />
mercado, ou seja, qualquer pessoa<br />
que necessitar de um motor com<br />
alguma característica específica,<br />
encontrará na companhia uma<br />
solução precisa e adequa<strong>da</strong>.<br />
Fotos: divulgação WEg<br />
OTIMIzAçãO DE PrOcESSOS<br />
Atualmente, o ensino <strong>da</strong> usinagem<br />
está bem difundido nas facul<strong>da</strong>des<br />
de Engenharia Mecânica,<br />
mas não há como superar a experiência<br />
que se ganha enfrentando<br />
os desafios <strong>da</strong> área todos os dias<br />
no chão de fábrica. Assim ocorreu<br />
com André Luiz Klauberg, <strong>da</strong><br />
Engenharia Industrial <strong>da</strong> WEG,<br />
que está há nove anos na companhia<br />
e há oito trabalha especificamente<br />
na produção de eixos.<br />
Segundo ele, para se obter o êxito<br />
esperado pela organização, além<br />
de todo o enfoque técnico que é<br />
destinado à produção, é também<br />
fun<strong>da</strong>mental “comprar bem”. É<br />
preciso qualificar fornecedores e<br />
estabelecer parcerias que possam<br />
contribuir para o aumento <strong>da</strong><br />
competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> operação.<br />
Na fabricação de eixos, um dos<br />
processos mais importantes é o<br />
torneamento e, por este motivo,<br />
a interação entre fornecedor e<br />
usuário se torna intensa. De acordo<br />
com Antonio Petry, vendedor<br />
técnico <strong>da</strong> Sandvik Coromant,<br />
são objetivos constantes a busca<br />
genuinamente brasileira, WEg mantém filiais de ven<strong>da</strong> em mais de<br />
100 países, entre eles, argentina, chile, china, dubai e Índia
GESTãO EMPrESArIAl II<br />
Etapas de fabricação de eixos envolvem operações de corte de barras,<br />
furações, torneamento, operações de fresamento e retificação<br />
lhorias que se mostrem mais econômicas<br />
ou produtivas. Quando<br />
se trabalha com altos volumes,<br />
embora os lotes sejam de poucas<br />
peças, um aumento de 5% no<br />
ritmo <strong>da</strong> produção pode significar<br />
um ganho enorme ao final de um<br />
certo período.<br />
Os equipamentos utilizados<br />
na usinagem de eixos são, na<br />
grande maioria, máquinas CNC<br />
– Computer Numerical Control –,<br />
sendo que 45% destas têm menos<br />
de cinco anos de i<strong>da</strong>de. Somente<br />
no ano de 2008, a área recebeu 30<br />
novas máquinas dos mais diversos<br />
modelos, indica<strong>da</strong>s para operações<br />
que variam do torneamento<br />
à retificação.<br />
As etapas de fabricação de eixos<br />
envolvem principalmente operações<br />
de corte de barras, furações<br />
(furos de centro e furos roscados),<br />
torneamento, operações de fresamento<br />
(aberturas de chavetas<br />
22<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
e faceamento de superfícies) e<br />
retificação. A WEG oferece ao<br />
mercado mais de 30.000 tipos de<br />
motores, sendo que muitos deles<br />
são itens especiais que os clientes<br />
têm dificul<strong>da</strong>de em encontrar no<br />
mercado, ou seja, qualquer pessoa<br />
que necessitar de um motor com<br />
alguma característica específica,<br />
encontrará na companhia uma<br />
solução precisa e adequa<strong>da</strong>.<br />
Fotos: divulgação WEg<br />
OTIMIzAçãO DE PrOcESSOS<br />
Atualmente, o ensino <strong>da</strong> usinagem<br />
está bem difundido nas facul<strong>da</strong>des<br />
de Engenharia Mecânica,<br />
mas não há como superar a experiência<br />
que se ganha enfrentando<br />
os desafios <strong>da</strong> área todos os dias<br />
no chão de fábrica. Assim ocorreu<br />
com André Luiz Klauberg, <strong>da</strong><br />
Engenharia Industrial <strong>da</strong> WEG,<br />
que está há nove anos na companhia<br />
e há oito trabalha especificamente<br />
na produção de eixos.<br />
Segundo ele, para se obter o êxito<br />
esperado pela organização, além<br />
de todo o enfoque técnico que é<br />
destinado à produção, é também<br />
fun<strong>da</strong>mental “comprar bem”. É<br />
preciso qualificar fornecedores e<br />
estabelecer parcerias que possam<br />
contribuir para o aumento <strong>da</strong><br />
competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> operação.<br />
Na fabricação de eixos, um dos<br />
processos mais importantes é o<br />
torneamento e, por este motivo,<br />
a interação entre fornecedor e<br />
usuário se torna intensa. De acordo<br />
com Antonio Petry, vendedor<br />
técnico <strong>da</strong> Sandvik Coromant,<br />
são objetivos constantes a busca<br />
genuinamente brasileira, WEg mantém filiais de ven<strong>da</strong> em mais de<br />
100 países, entre eles, argentina, chile, china, dubai e Índia
GESTãO EMPrESArIAl II<br />
por geometrias que controlem<br />
adequa<strong>da</strong>mente a formação<br />
dos cavacos e permitam<br />
acabamentos mais finos com<br />
parâmetros de corte mais<br />
produtivos, além de classes<br />
de metal duro que resistam<br />
melhor aos desgastes.<br />
Manter o fluxo de produção é<br />
tão importante para a WEG que<br />
a companhia criou uma espécie de<br />
almoxarifado móvel que realiza<br />
de duas a três ron<strong>da</strong>s por turno,<br />
disponibilizando e repondo todo<br />
o ferramental necessário à produção<br />
– um método que evita a saí<strong>da</strong><br />
do operador <strong>da</strong> máquina para a<br />
busca de qualquer ferramenta.<br />
Além disso, o desenvolvimento<br />
dos custos é acompanhado com<br />
muita atenção.<br />
Para o gerenciamento de ferramentas,<br />
por exemplo, foram<br />
adotados indicadores específicos,<br />
monitorados mensalmente ou<br />
quinzenalmente por um grupo<br />
de analistas que cui<strong>da</strong>m especificamente<br />
<strong>da</strong> usinagem.<br />
WEG ENErGIA<br />
Com a evolução dos negócios<br />
para a área de energia, surgiu a<br />
necessi<strong>da</strong>de de montar a uni<strong>da</strong>de<br />
WEG Máquinas, destina<strong>da</strong> à produção<br />
de motores e geradores sob<br />
encomen<strong>da</strong>. Entre os segmentos<br />
industriais que mais consomem<br />
estes produtos estão o sucroalcoleiro,<br />
naval/offshore (óleo e gás) e<br />
o siderúrgico.<br />
Edinei Gomes de Sales, <strong>da</strong><br />
Engenharia Industrial <strong>da</strong> WEG<br />
Máquinas, informa que os produtos<br />
engenheirados exigem muitas<br />
ferramentas especiais. Os motores<br />
produzidos ali apresentam grandes<br />
dimensões, sendo que as carcaças<br />
À esquer<strong>da</strong>, antonio petry, vendedor técnico <strong>da</strong> sandvik coromant, e à<br />
direita, Edinei gomes de sales, <strong>da</strong> Engenharia industrial <strong>da</strong> WEg<br />
2<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
Foto áurea/Edson clóvis scharf<br />
divulgação WEg
e tampas podem ser caldeira<strong>da</strong>s<br />
ou fundi<strong>da</strong>s, deman<strong>da</strong>ndo muitas<br />
operações de fresamento de faces<br />
e canais, além do torneamento de<br />
eixos de maiores dimensões.<br />
A alta diversificação de itens<br />
impõe certos desafios para a otimização<br />
dos processos de usinagem.<br />
Justamente por não se tratar<br />
de produção seria<strong>da</strong>, o arranjo<br />
físico no chão de fábrica dedicado<br />
a estes produtos é funcional<br />
pois, como ca<strong>da</strong> produto possui<br />
características específicas, inviabiliza-se<br />
a montagem de células<br />
de manufatura, por exemplo.<br />
As exigências técnicas e o<br />
volume de produção fizeram<br />
com que o atendimento, que<br />
anteriormente era oferecido por<br />
um distribuidor, passasse a ser<br />
feito diretamente pelo fabricante<br />
de ferramentas. Atualmente,<br />
2<br />
GESTãO EMPrESArIAl II<br />
investimentos expressivos<br />
o fornecedor de ferramentas<br />
mantém o especialista em usinagem<br />
Antonio Petry à disposição<br />
<strong>da</strong> empresa para atuar em estreita<br />
parceria com os profissionais<br />
de Engenharia <strong>da</strong> WEG e com<br />
o grupo de lean manufacturing,<br />
(manufatura enxuta) em busca<br />
de soluções otimiza<strong>da</strong>s para os<br />
processos que envolvam peças<br />
de grandes dimensões e usinagem<br />
pesa<strong>da</strong>.<br />
posiciona<strong>da</strong> como fornecedora de motores elétricos para qualquer tipo<br />
de aplicação, a WEg possui hoje to<strong>da</strong>s as certificações exigi<strong>da</strong>s pelas<br />
principais indústrias dentro e fora do país, <strong>da</strong> automotiva à eletronuclear.<br />
mais conheci<strong>da</strong> pelos motores elétricos, a empresa atua em quatro áreas<br />
distintas de negócio: motores, automação, energia e tintas industriais.<br />
orienta<strong>da</strong> para produtos de primeira linha, a companhia sempre investiu<br />
em quali<strong>da</strong>de e trabalha com grupos de ccq (círculos de controle de<br />
quali<strong>da</strong>de) há mais de 20 anos, o que tem contribuído para o processo de<br />
melhoria contínua de seus produtos e serviços.<br />
nos últimos anos a WEg cresceu entre 20% e 30% ao ano, com ênfase<br />
volta<strong>da</strong> aos produtos dedicados ao segmento de energia. segundo<br />
andressa pereira, assessora de imprensa do marketing corporativo <strong>da</strong><br />
WEg, a empresa possui forte atuação no desenvolvimento social nas<br />
regiões nas quais está inseri<strong>da</strong>, o que contribui para a quali<strong>da</strong>de de<br />
vi<strong>da</strong> de seus funcionários e também <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des onde mantém fábricas.<br />
suas ações abrangem aspectos sociais, econômicos e ambientais,<br />
colaborando significativamente para a formação e capacitação de mão<br />
de obra especializa<strong>da</strong>.<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
com mix variado de produtos, empresa produz cerca de 6.000<br />
diferentes tipos de eixos<br />
Os trabalhos de otimização visam<br />
não só a redução dos tempos<br />
de usinagem, mas também dos<br />
tempos de set-up que, em função<br />
do tamanho <strong>da</strong>s peças, tendem a<br />
ser maiores. O trabalho conjunto<br />
também visa a eliminar gargalos.<br />
Um bom exemplo ocorreu na<br />
usinagem de uma placa de ancoragem<br />
(SAE 1045), onde a troca<br />
<strong>da</strong> classe do metal duro de GC<br />
4030 para GC 4230 e a mu<strong>da</strong>nça<br />
<strong>da</strong> geometria de quebra cavacos<br />
de PH para PM, além de alguns<br />
ajustes nos parâmetros de corte,<br />
promoveram ganhos de até 48%<br />
nos tempos de usinagem.<br />
Hoje um dos principais fornecedores<br />
de ferramentas <strong>da</strong> WEG é a<br />
Sandvik Coromant, por proporcionar<br />
serviços de assistência técnica à<br />
altura <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> empresa<br />
com prazos e custos competitivos.<br />
A julgar pelo êxito que vem obtendo<br />
ao longo dos últimos tempos<br />
e com o crescimento contínuo <strong>da</strong><br />
WEG nos mercados aos quais se<br />
dedica, esta parceria promete consoli<strong>da</strong>r-se<br />
ca<strong>da</strong> vez mais.<br />
Eng Msc francisco Marcondes<br />
editor-chefe<br />
Revista O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
divulgação WEg
TENDêNcIAS E OPOrTUNIDADES<br />
produtivi<strong>da</strong>de amplia<strong>da</strong><br />
com corte a laser<br />
colhedoras case iH, monta<strong>da</strong>s em piracicaba, já recebem componentes fabricados na uni<strong>da</strong>de de sorocaba<br />
2<br />
Fabricante de<br />
máquinas agrícolas,<br />
cnH reativa fábrica<br />
e constrói planta<br />
modelo equipa<strong>da</strong><br />
com sistemas de<br />
última geração<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
Direcionando seus produtos<br />
para os setores agrícola e<br />
<strong>da</strong> construção civil, a Case<br />
New Holland (CNH) – importante<br />
fabricante de equipamentos<br />
de origem italiana – é uma <strong>da</strong>s<br />
empresas que compõem o Grupo<br />
Fiat. Em 2007, a CNH detectou a<br />
oportuni<strong>da</strong>de de incrementar sua<br />
produção de máquinas agrícolas<br />
e de construção – equipamentos<br />
que apresentam em comum grandes<br />
dimensões e elevados níveis de<br />
tecnologia embarca<strong>da</strong>.<br />
Para isso, a empresa resolveu<br />
reativar sua fábrica de Sorocaba<br />
(SP), que se encontrava inoperante<br />
desde o ano de 2001. Agora,<br />
com a planta totalmente reforma<strong>da</strong><br />
e atualiza<strong>da</strong>, a fabricação <strong>da</strong>s<br />
colheitadeiras será inicia<strong>da</strong> no<br />
final de 2009 e, ao final de 2010,<br />
a planta deverá produzir também<br />
máquinas para construção. Com<br />
a operação no Brasil, a uni<strong>da</strong>de<br />
será referência mundial expor-<br />
divulgação cnH
tando para todos os mercados em<br />
que a CNH atua.<br />
O objetivo <strong>da</strong> empresa é tornar<br />
Sorocaba uma planta modelo que<br />
sirva de referência para o grupo.<br />
Com este propósito, o complexo<br />
fabril foi ampliado de 90 mil para<br />
150 mil metros quadrados, incluindo<br />
o novo Centro de Logística<br />
e Distribuição de Peças, e passou<br />
a receber sistemas produtivos<br />
com recursos de alta tecnologia e<br />
alta performance.<br />
Para equipar a fábrica, a CNH<br />
adquiriu seis máquinas de corte a<br />
laser dota<strong>da</strong>s de um sofisticado<br />
sistema de alimentação de carga<br />
e descarga automatizado. As máquinas<br />
já instala<strong>da</strong>s em Sorocaba<br />
– que atualmente produzem<br />
componentes para a uni<strong>da</strong>de<br />
de Piracicaba – estabelecem um<br />
ao lado, torres de<br />
prateleiras do sistema<br />
automatizado de<br />
alimentação<br />
de chapas<br />
marco histórico, já que compõem<br />
o primeiro sistema de corte a<br />
laser totalmente automatizado<br />
do Brasil.<br />
PrOcESSO ESPEcIAlIzADO<br />
Para encontrar as máquinas<br />
mais adequa<strong>da</strong>s à nova produção<br />
de Sorocaba, a CNH levou em<br />
consideração as condições específicas<br />
envolvi<strong>da</strong>s em seus processos<br />
de fabricação – chapas de aço estrutural<br />
de alta espessura; lotes pe-<br />
máquinas de corte a laser proporcionam maior precisão,<br />
além de economizar matéria prima<br />
Fotos: roberto silva<br />
quenos de produção; e fabricação<br />
de alta eficiência, que deman<strong>da</strong>va<br />
agili<strong>da</strong>de para a<strong>da</strong>ptações futuras<br />
de projeto.<br />
O sistema escolhido é formado<br />
por seis máquinas de corte a laser<br />
modelo Platino 1530, com 4.000<br />
Watts de potência, dividi<strong>da</strong>s em<br />
duas linhas de operação; to<strong>da</strong>s<br />
fabrica<strong>da</strong>s pela empresa italiana<br />
PRIMA INDUSTRIE e forneci<strong>da</strong>s<br />
pela MAN Ferrostaal.<br />
O processo de corte ocorre<br />
quando o feixe de laser se forma a<br />
partir <strong>da</strong> excitação <strong>da</strong>s partículas<br />
de três gases (hélio, gás carbônico<br />
e nitrogênio). Este feixe é refletido<br />
por um jogo de espelhos e convergido<br />
sobre a chapa que será corta<strong>da</strong>.<br />
Nivaldo Bezerra, engenheiro<br />
de Manufatura <strong>da</strong> CNH, destaca<br />
que o sistema trabalha com excelente<br />
precisão dimensional. Além<br />
disso, informa que outras vantagens<br />
do corte a laser são a agili<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong> operação e a possibili<strong>da</strong>de de<br />
trabalhar com diversas espessuras<br />
de chapas de aço.<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong> 29
TENDêNcIAS E OPOrTUNIDADES<br />
vErSATIlIDADE<br />
Para atender a uma deman<strong>da</strong><br />
por produtos ca<strong>da</strong> vez mais complexos<br />
e altamente tecnológicos,<br />
as indústrias de equipamentos<br />
agrícolas precisam desenvolver<br />
modelos ca<strong>da</strong> dia mais eficientes<br />
e adequados para ca<strong>da</strong> aplicação.<br />
Deste modo, a versatili<strong>da</strong>de do<br />
processo de fabricação é uma<br />
característica valoriza<strong>da</strong> na produção<br />
de equipamentos para<br />
este mercado. Considerando esta<br />
tendência, a CNH optou por<br />
trabalhar com o sistema de corte<br />
a laser, já que esta é uma solução<br />
que se a<strong>da</strong>pta à produção de lotes<br />
pequenos e seriados.<br />
“As máquinas de corte a laser<br />
são destina<strong>da</strong>s a operações com<br />
altos volumes de produção e que<br />
possam estar sujeitas a sofrer alterações<br />
em seu projeto”, comenta<br />
Valter Ribeiro, gerente de Produto<br />
<strong>da</strong> Divisão de Chapas <strong>da</strong> MAN<br />
Ferrostaal. Segundo o gerente, o<br />
corte a laser possibilita que se faça<br />
alterações no projeto <strong>da</strong> fabricação<br />
do produto, pois se a<strong>da</strong>pta<br />
facilmente ao corte de diferentes<br />
materiais e espessuras.<br />
De acordo com Ribeiro, o<br />
sistema de corte a laser automatizado<br />
tem proporcionado maiores<br />
0<br />
sistema de<br />
automação <strong>da</strong>s<br />
máquinas garante<br />
agili<strong>da</strong>de e<br />
segurança<br />
durante o corte<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
roberto silva<br />
índices de produtivi<strong>da</strong>de para a<br />
CNH, devido à grande agili<strong>da</strong>de<br />
do sistema de alimentação automática<br />
acoplado a ca<strong>da</strong> linha de<br />
produção. Neste processo, o manipulador<br />
<strong>da</strong> máquina retira a chapa<br />
de aço <strong>da</strong> prateleira, leva-a até o<br />
ponto onde será feito o corte e,<br />
enquanto o laser opera sobre esta<br />
chapa, o manipulador movimenta<br />
outras chapas de volta às prateleiras.<br />
Apesar de o sistema envolver<br />
seis máquinas que trabalham<br />
simultaneamente, apenas dois<br />
operadores são necessários para<br />
supervisionar o funcionamento<br />
de to<strong>da</strong> a estação de corte.<br />
Ribeiro afirma que o nível de<br />
produtivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s máquinas aumenta<br />
significativamente no conjunto<br />
graças à ação do sistema de<br />
automação. “Elas podem realizar<br />
as operações de carga e descarga<br />
100% automáticas”, explica. “Além<br />
disso, também apresentam alta<br />
veloci<strong>da</strong>de tanto no corte quanto<br />
no deslocamento <strong>da</strong>s chapas”.<br />
Atendendo às especificações
na uni<strong>da</strong>de de<br />
sorocaba também<br />
será construído o<br />
maior centro de<br />
distribuição de peças<br />
<strong>da</strong> cnH na<br />
américa latina<br />
<strong>da</strong> CNH nos aspectos de agili<strong>da</strong>de,<br />
produtivi<strong>da</strong>de e segurança <strong>da</strong>s<br />
operações, as máquinas de corte<br />
a laser PRIMA INDUSTRIE<br />
também oferecem a vantagem de<br />
economizar matéria prima, realizando<br />
cortes sem rebarbas, além<br />
de conseguir operar em chapas de<br />
maior espessura – 10 milímetros<br />
no caso <strong>da</strong> planta de Sorocaba<br />
–, podendo cortar chapas de até<br />
25 mm. “Queríamos poder contar<br />
com equipamentos eficientes<br />
e produtivos, por isso optamos<br />
pelo sistema de corte a laser automatizado”,<br />
afirma o engenheiro<br />
Bezerra, <strong>da</strong> CNH.<br />
na contracorrente<br />
MADE IN brASIl<br />
Há 50 anos no mercado brasileiro,<br />
a CNH conta com quatro<br />
plantas instala<strong>da</strong>s no País – além<br />
<strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des de Sorocaba e Piracicaba,<br />
existem também as de<br />
Contagem (MG) e Curitiba (PR).<br />
Segundo Bezerra, a proposta original<br />
<strong>da</strong> reativação <strong>da</strong> fábrica de<br />
Sorocaba é trazer para o País uma<br />
parte importante <strong>da</strong> produção<br />
dos equipamentos importados. A<br />
meta é atender com estes produtos<br />
to<strong>da</strong> a deman<strong>da</strong> do mercado<br />
latino-americano.<br />
Com o intuito de assegurar<br />
a agili<strong>da</strong>de e quali<strong>da</strong>de na produção,<br />
a CNH também adotou<br />
a estratégia de centralizar todos<br />
os processos de fabricação na<br />
própria planta de Sorocaba, sem<br />
terceirizar etapas (veja quadro<br />
abaixo). “Para isto, contamos com<br />
o trabalho de engenheiros especializados<br />
nas áreas de corte, dobra,<br />
usinagem, sol<strong>da</strong>, montagem e<br />
pintura, que garantem que todos<br />
os requisitos exigidos pela empresa<br />
sejam atendidos”, afirma Rogério<br />
uma <strong>da</strong>s estratégias adota<strong>da</strong>s pela cnH na fábrica de sorocaba é a<br />
verticalização do processo de produção <strong>da</strong>s colheitadeiras. Enquanto a<br />
maioria <strong>da</strong>s empresas opta pela terceirização na fabricação de seus produtos,<br />
a empresa escolheu trazer para dentro <strong>da</strong> planta to<strong>da</strong> a cadeia de<br />
produção, podendo assim acompanhar de perto as etapas dos processos,<br />
a fim de disponibilizar ao mercado um produto final de alta confiabili<strong>da</strong>de.<br />
para nivaldo bezerra, engenheiro de manufatura <strong>da</strong> cnH, a verticalização<br />
é importante para que a empresa não perca o know-how <strong>da</strong> produção.<br />
“quando a empresa conhece o processo de fabricação, pode avaliar qual<br />
a melhor forma de colocar o projeto em prática e também alterá-lo, de<br />
acordo com as necessi<strong>da</strong>des do cliente”, explica bezerra.<br />
roberto silva<br />
<strong>da</strong> esquer<strong>da</strong> para a direita:<br />
valter ribeiro, <strong>da</strong> man Ferrostaal<br />
e nivaldo bezerra, <strong>da</strong> cnH<br />
Rosetti, gerente <strong>da</strong> Engenharia de<br />
Manufatura <strong>da</strong> CNH.<br />
Para Bezerra, a tecnologia<br />
aplica<strong>da</strong> na fabricação dos equipamentos<br />
agrícolas é o que assegura<br />
o diferencial do produto <strong>da</strong> empresa.<br />
“Ao adquirir os equipamentos<br />
para fabricar as colheitadeiras,<br />
procuramos o que havia de melhor<br />
no mercado”, revela ele.<br />
No momento, sob a liderança<br />
do diretor industrial Theodoro<br />
Paraschiva, a fábrica está trabalhando<br />
no desenvolvimento de<br />
todo o parque industrial e do<br />
projeto piloto <strong>da</strong>s colheitadeiras,<br />
e novas máquinas estão sendo<br />
testa<strong>da</strong>s para adequar a produção<br />
<strong>da</strong> fábrica às exigências operacionais<br />
<strong>da</strong> CNH. Nesta fase, os<br />
com a verticalização<br />
<strong>da</strong> fabricação dos<br />
produtos, empresa<br />
mantém maior<br />
controle sobre os<br />
processos produtivos<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong> 1
TENDêNcIAS E OPOrTUNIDADES<br />
uni<strong>da</strong>de de sorocaba<br />
teve área amplia<strong>da</strong><br />
para 150 mil metros<br />
quadrados<br />
profissionais <strong>da</strong> companhia estão<br />
empenhados em a<strong>da</strong>ptar os projetos<br />
dos produtos desenvolvidos no<br />
exterior às condições de trabalho<br />
que encontrarão no Brasil.<br />
Priorizando a tecnologia na<br />
fabricação <strong>da</strong>s colheitadeiras e<br />
retroescavadeiras, a planta contará<br />
com processos modernos de<br />
fabricação, como sol<strong>da</strong> mig com<br />
tecnologia pulsativa (50% menos<br />
energia e respingo), tecnologia<br />
várias marcas e força mundial<br />
subsidiária do grupo Fiat, a case new Holland (cnH) foi cria<strong>da</strong> em<br />
1999, resultado <strong>da</strong> fusão <strong>da</strong> case corporation com a new Holland n.v.<br />
operando atualmente em 170 países, a companhia registrou faturamento<br />
global de us$ 18,5 bilhões em 2008, sendo que os equipamentos para<br />
o mercado agrícola representaram 70% deste total, enquanto que os<br />
equipamentos destinados à construção civil responderam por 24% dos<br />
negócios e as operações de serviços financeiros pelos 6% restantes.<br />
mantendo aproxima<strong>da</strong>mente 31.500 colaboradores em nível mundial,<br />
a empresa possui 40 fábricas e 27 centros de pesquisa estrategicamente<br />
distribuídos pela Europa, américa do norte, américa latina e<br />
ásia. a região composta pela américa do sul e américa central responde<br />
por cerca de 12% <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s globais no segmento agrícola e 20% dos<br />
negócios no setor <strong>da</strong> construção.<br />
considera<strong>da</strong> a maior fabricante mundial de tratores e colheitadeiras<br />
agrícolas, a cnH fabrica também equipamentos para construção como retroescavadeiras,<br />
minicarregadeiras, pás-carregadeiras, escavadeiras, motoniveladoras<br />
e tratores de esteira. to<strong>da</strong>s as plantas <strong>da</strong> cnH na américa<br />
latina estão localiza<strong>da</strong>s no brasil. Em contagem (mg) são fabrica<strong>da</strong>s as<br />
máquinas para construção; em curitiba (pr) são produzidos equipamentos<br />
agrícolas; em piracicaba (sp) são fabrica<strong>da</strong>s as colhedoras de cana de açúcar<br />
e café, e na fábrica de sorocaba serão produzi<strong>da</strong>s máquinas agrícolas,<br />
máquinas de construção e componentes para a uni<strong>da</strong>de de piracicaba.<br />
2<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
divulgação cnH<br />
AGV (Automated Guided Vehicle)<br />
para movimentar o produto automaticamente<br />
entre os processos<br />
e pintura com a possibili<strong>da</strong>de de<br />
aplicação mono ou bi componente,<br />
que possui alto teor de sólidos<br />
e baixa temperatura, reduzindo<br />
assim a emissão de compostos<br />
orgânicos voláteis.<br />
Na uni<strong>da</strong>de de Sorocaba também<br />
será construído o maior<br />
centro de logística e distribuição<br />
de peças <strong>da</strong> CNH na América Latina,<br />
com o objetivo de ser o mais<br />
moderno do Grupo Fiat. Nos 60<br />
mil metros quadrados do centro,<br />
serão instalados equipamentos de<br />
última geração para a movimentação<br />
e embalagem dos produtos, e o<br />
estoque será abastecido com 154<br />
mil diferentes tipos de peças.<br />
Thaís Tüchumantel<br />
Jornalista
notÍcias&curiosi<strong>da</strong>dEs i<br />
Eletrônica industrial ganha curso superior<br />
com o credenciamento <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong>de de tecnologia sEnai anchieta, rede<br />
de ensino amplia área de atuação e promove mais benefícios ao mercado<br />
procurando atender a crescente<br />
deman<strong>da</strong> por mão de<br />
obra qualifica<strong>da</strong> na área de<br />
eletrônica <strong>da</strong> região metropolitana<br />
de São Paulo, a Facul<strong>da</strong>de de Tecnologia<br />
SENAI Anchieta criou o<br />
Curso Superior de Tecnologia<br />
em Eletrônica Industrial. O objetivo<br />
é formar profissionais que<br />
estejam melhor preparados para<br />
atuar no mercado industrial.<br />
Credencia<strong>da</strong> em novembro<br />
de 2008, a instituição de ensino<br />
superior iniciou suas operações<br />
em julho deste ano com o ingresso<br />
<strong>da</strong> primeira turma de futuros tecnólogos<br />
em eletrônica industrial.<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
O curso promove aos alunos o<br />
conhecimento sobre a integração<br />
de tecnologias <strong>da</strong> eletrônica,<br />
acionamentos eletromecânicos e<br />
controles inteligentes por meio<br />
de trabalhos realizados em computadores,<br />
microcontroladores e<br />
controladores programáveis.<br />
De acordo com Augusto Lins<br />
de Albuquerque Neto, diretor <strong>da</strong><br />
Facul<strong>da</strong>de de Tecnologia, o novo<br />
curso formará profissionais capacitados<br />
para projetar, implementar<br />
e realizar manutenção de produtos<br />
e processos eletrônicos voltados<br />
principalmente para a automação<br />
industrial. “É muito importante<br />
formar profissionais em nível<br />
superior para a área <strong>da</strong> eletrônica,<br />
pois este é um setor indispensável<br />
para as empresas que encontram-se<br />
em constante desenvolvimento”,<br />
explica.<br />
O diretor ain<strong>da</strong> ressalta que a<br />
formação de profissionais capazes<br />
de li<strong>da</strong>r com os desafios do mercado<br />
de trabalho oferecerá mais<br />
competitivi<strong>da</strong>de às companhias e<br />
instituições <strong>da</strong> região paulistana.<br />
Segundo Neto, o conteúdo tecnológico<br />
desenvolvido para o curso<br />
desempenha papel fun<strong>da</strong>mental no<br />
processo produtivo <strong>da</strong>s empresas, já<br />
que a eletrônica é a base <strong>da</strong> opera-<br />
divulgação sEnai anchieta
ção dos equipamentos e sistemas<br />
industriais modernos. “Com colaboradores<br />
melhor preparados,<br />
os serviços oferecidos ao mercado<br />
poderão ser ca<strong>da</strong> vez mais eficientes”,<br />
acrescenta ele.<br />
APrENDIzADO DE qUAlIDADE<br />
O Curso Superior de Tecnologia<br />
em Eletrônica Industrial tem<br />
duração de três anos e é constituído<br />
por quatro módulos: básico, específico<br />
I, específico II e final.<br />
Depois de concluir o módulo<br />
específico I, com duração de dois<br />
semestres, o aluno acumula o<br />
conhecimento necessário para<br />
atuar como programador de produtos<br />
e sistemas eletrônicos para<br />
automação industrial; para atuar<br />
como mantenedor, deve concluir<br />
o módulo específico II.<br />
Para formar-se tecnólogo em<br />
eletrônica industrial, é necessário<br />
que o aluno cumpra 2.400 horas de<br />
aulas teóricas e práticas, realiza<strong>da</strong>s<br />
no período noturno, e mais 400<br />
horas de estágio supervisionado.<br />
Pensando no desenvolvimento<br />
e bem-estar dos estu<strong>da</strong>ntes, a<br />
Facul<strong>da</strong>de oferece infraestrutura completa de ensino<br />
laboratórios do curso superior de tecnologia em Eletrônica industrial<br />
proporcionam conhecimento prático aos alunos<br />
Facul<strong>da</strong>de de Tecnologia SENAI<br />
Anchieta oferece infraestrutura<br />
completa de ensino. Além <strong>da</strong>s<br />
salas de aula, onde é ministra<strong>da</strong> a<br />
parte teórica do curso, a uni<strong>da</strong>de<br />
possui laboratórios de eletrônica,<br />
automação e robótica, assim como<br />
biblioteca com acervo, salas de<br />
estudo e área de consulta.<br />
De acordo com Neto, o SENAI<br />
é conhecido por realizar a união<br />
perfeita entre teoria e prática,<br />
algo imprescindível para o bom<br />
aprendizado dos alunos. “Com os<br />
laboratórios, os estu<strong>da</strong>ntes terão<br />
a oportuni<strong>da</strong>de de colocar em<br />
prática o que aprenderão nas aulas<br />
teóricas, ampliando assim seu conhecimento<br />
e a excelência de suas<br />
ativi<strong>da</strong>des”, conclui o diretor.<br />
fernan<strong>da</strong> feres<br />
Jornalista<br />
processo<br />
seletivo<br />
os interessados em participar do<br />
processo seletivo do curso superior<br />
de tecnologia em Eletrônica<br />
industrial deverão se inscrever na<br />
Facul<strong>da</strong>de de tecnologia sEnai anchieta<br />
ao final de ca<strong>da</strong> semestre.<br />
a prova é composta por uma re<strong>da</strong>ção<br />
e um teste com 70 questões de<br />
múltipla escolha – nível de conclusão<br />
do Ensino médio.<br />
para mais informações, entre em<br />
contato com a Facul<strong>da</strong>de de tecnologia<br />
sEnai anchieta:<br />
Rua Gan<strong>da</strong>vo, 550 - V. Mariana - SP<br />
Fone: (11) 5579-7426<br />
www.sp.senai.br/eletronica<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong> 5<br />
Fotos: divulgação sEnai anchieta
notÍcias&curiosi<strong>da</strong>dEs ii<br />
biketrial, uma maneira singular<br />
de an<strong>da</strong>r de bicicleta<br />
a arte de utilizar a bicicleta para transpor obstáculos tem<br />
conquistado ca<strong>da</strong> vez mais adeptos em todo o mundo<br />
Dá para imaginar uma bicicleta<br />
sem banco? É assim que<br />
os praticantes do biketrial<br />
se locomovem. Há 31 anos, o piloto<br />
espanhol de mototrial (esporte<br />
em que se utiliza uma motocicleta<br />
para transpor obstáculos) Pedro<br />
Pi criou o biketrial. Dedicado a<br />
ensinar o mototrial a seu filho de<br />
apenas seis anos e ciente do peso<br />
<strong>da</strong> moto, Pedro Pi – detentor de<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
30 títulos consecutivos na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de<br />
– criou uma bicicleta<br />
a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> que pudesse ultrapassar<br />
os mesmos obstáculos.<br />
Na época, o esporte ain<strong>da</strong> estava<br />
em seu início e era chamado de<br />
trialsin – <strong>da</strong> expressão espanhola<br />
trial sin motor (trial sem motor).<br />
A primeira bicicleta de trial do<br />
mundo, a Montesita T5, cria<strong>da</strong> na<br />
fábrica de motocicletas Montesa,<br />
mais se parecia com uma motocicleta<br />
– apenas não era dota<strong>da</strong><br />
de motor.<br />
Sentindo a necessi<strong>da</strong>de de<br />
aumentar a produção de bicicletas<br />
a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s e com uma vasta experiência<br />
na área, Pedro Pi abriu sua<br />
própria fábrica especializa<strong>da</strong> em<br />
produtos para biketrial, a Monty<br />
Bicycles. Hoje, a empresa figura<br />
entre as expoentes do ciclismo de<br />
Fotos: antonio larghi
peças usina<strong>da</strong>s<br />
em cnc: processo<br />
proporciona mais<br />
segurança<br />
para o biker<br />
competição, liderando mundialmente<br />
as ven<strong>da</strong>s de bicicletas para<br />
biketrial.<br />
Coman<strong>da</strong><strong>da</strong> por Pedro e seu<br />
filho Ot Pi, a fábrica Monty exporta<br />
seus produtos para mais de<br />
30 países, sendo que Inglaterra e<br />
Japão encabeçam a lista <strong>da</strong> populari<strong>da</strong>de<br />
alcança<strong>da</strong> pelo esporte. No<br />
Japão, o biketrial é considerado<br />
um esporte nacional. A ci<strong>da</strong>de de<br />
Seki-Itadori tem até um museu<br />
especialmente dedicado a Ot Pi,<br />
onde se pode encontrar desde os<br />
primeiros modelos de bicicletas<br />
para biketrial até os mais moder-<br />
nos fabricados atualmente.<br />
Já inscrito como mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de<br />
esportiva na União de Ciclismo<br />
Internacional (UCI), o biketrial<br />
foi criando identi<strong>da</strong>de com o<br />
tempo.<br />
Mais tarde, com filosofia e<br />
regras já determina<strong>da</strong>s, o esporte<br />
deixou de fazer parte <strong>da</strong> UCI e<br />
criou uma união própria – e foi<br />
neste momento que passou a se<br />
chamar biketrial. A União Internacional<br />
de Biketrial, instituí<strong>da</strong><br />
em 1992, tem sede em Seki-Itadori<br />
e conta com delegados responsáveis<br />
em vários países.<br />
Edu capivara, publicitário, implantou o biketrial no brasil em 1985<br />
lIMITE MáXIMO<br />
Transpor obstáculos naturais<br />
e artificiais sem encostar pés ou<br />
braços no chão é o principal objetivo<br />
dos praticantes de biketrial. O<br />
esporte fica ain<strong>da</strong> mais desafiador<br />
quando se sabe que a dificul<strong>da</strong>de<br />
dos obstáculos aumenta conforme<br />
a prática do biker. Pedras, barrancos,<br />
pedregulhos e costeiras de<br />
mar são alguns tipos de obstáculos<br />
naturais. Já esca<strong>da</strong>s, muros, pallets<br />
(módulos de madeira) e tambores<br />
são classificados como artificiais.<br />
Para vencer as provas, o participante<br />
precisa cometer menos<br />
faltas do que seus adversários ou<br />
zerar o percurso – isto é, não cometer<br />
nenhuma falta.<br />
Por se tratar de um esporte<br />
radical, o praticante deve estar<br />
protegido contra possíveis acidentes,<br />
devendo usar equipamento<br />
especial. Durante o exercício do<br />
esporte é necessário utilizar capacete,<br />
luvas (com dedos fechados)<br />
e calça de moletom ou nylon. Caneleiras,<br />
camisa de manga longa<br />
e tênis “cano alto” são acessórios<br />
de uso recomendável. Por outro<br />
lado, joelheiras e cotoveleiras não<br />
são obrigatórias, pois restringem o<br />
movimento do esportista.<br />
Quem deseja praticar o bi-<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong>
notÍcias&curiosi<strong>da</strong>dEs ii<br />
ketrial deve possuir habili<strong>da</strong>des<br />
naturais de coordenação motora,<br />
força física e veloci<strong>da</strong>de<br />
de resposta. Estas quali<strong>da</strong>des<br />
são essenciais, já que superar os<br />
obstáculos pode ser uma tarefa<br />
perigosa. Muitas vezes, o piloto<br />
tem frações de segundo para<br />
compensar erros de cálculo ou<br />
situações de desequilíbrio.<br />
As competições apresentam<br />
um percurso com várias sessões.<br />
Ca<strong>da</strong> sessão varia de seis a dez grupos<br />
de obstáculos, que por sua vez<br />
podem ter de 20 a 50 metros de<br />
extensão. Ca<strong>da</strong> um é delimitado<br />
por fitas plásticas. Dois minutos<br />
é o tempo que o piloto tem para<br />
concluir ca<strong>da</strong> sessão. Para quem<br />
exceder este tempo, há penalização<br />
de cinco pontos. No total, são<br />
32 regras que devem ser segui<strong>da</strong>s<br />
pelos competidores.<br />
As penalizações são relativas<br />
aos apoios realizados pelo biker<br />
– nome pelo qual os praticantes<br />
do biketrial são chamados. Por<br />
exemplo, apoiar um pé no chão<br />
acrescenta um ponto no cartão<br />
do participante; dois pés (alterna<strong>da</strong>mente)<br />
– dois pontos; dois pés<br />
(juntos) – cinco pontos; e assim<br />
sucessivamente. Quem acumular<br />
menos pontos é o vencedor <strong>da</strong><br />
competição.<br />
rEcOrDES MUNDIAIS<br />
Mundialmente famoso entre<br />
os amantes do esporte, Ot Pi é o<br />
piloto que mais coleciona vitórias<br />
em campeonatos mundiais e nacionais.<br />
Patrocinado pela Monty,<br />
o biker também conta com recordes<br />
vali<strong>da</strong>dos e registrados pelo<br />
Guinness World of Records.<br />
Campeonatos nacionais e mundiais<br />
são realizados anualmente em<br />
vários países. A Europa sai na frente<br />
quando o assunto é biketrial, segui<strong>da</strong><br />
de Japão e América do Norte.<br />
Nos locais com maior número<br />
de praticantes, a organização <strong>da</strong>s<br />
provas pode envolver mais de dois<br />
milhões de dólares, como ocorre<br />
antonio larghi<br />
coordenação<br />
motora, equilíbrio<br />
e força física<br />
são habili<strong>da</strong>des<br />
indispensáveis na<br />
prática do biketrial<br />
por exemplo no Japão.<br />
Além disso, investimentos<br />
milionários também podem ser<br />
vistos no campo <strong>da</strong> tecnologia<br />
aplica<strong>da</strong> às bicicletas para trial.<br />
Os equipamentos têm se a<strong>da</strong>ptado<br />
de acordo com a evolução dos<br />
pilotos, uma facili<strong>da</strong>de a mais para<br />
quem pratica o esporte.<br />
NOvA MODAlIDADE<br />
No Brasil, o biketrial surgiu<br />
em 1983, porém com outro<br />
nome. Velotrial foi o nome <strong>da</strong>do<br />
ao esporte por Eduardo Tadeu <strong>da</strong><br />
Fonseca, quando o piloto achou<br />
que tinha inventado uma nova<br />
mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de. Eduardo, que já<br />
praticava bicicross e freestyle por<br />
diversão, resolveu a<strong>da</strong>ptar sua<br />
bicicleta para transpor sessões<br />
de mototrial, e muitas vezes terminava<br />
o percurso sem cometer<br />
nenhuma falta.<br />
Edu Capivara – apelido pelo<br />
qual é conhecido no meio – teve<br />
contato com o biketrial em 1985,<br />
quando Pedro Pi esteve no Ginásio<br />
do Ibirapuera, em São Paulo,<br />
para organizar uma competição de<br />
motos. Pedro Pi se interessou em<br />
saber que havia pessoas praticando<br />
o esporte que ele havia inventado
notÍcias&curiosi<strong>da</strong>dEs ii<br />
À esquer<strong>da</strong>, ot pi com uma bicicleta de transporte pessoal, modelo<br />
monty EF-38. À direta, pedro pi, com uma bicicleta de biketrial, modelo<br />
top de linha kamel 221<br />
Fabricação<br />
Em 1988, nasciam as primeiras<br />
bicicletas dota<strong>da</strong>s de freios hidráulicos<br />
e, em 1992, as fábricas<br />
de bicicleta para biketrial passaram<br />
a utilizar alumínio como matéria-prima.<br />
desde então, a tecnologia não<br />
parou de evoluir. atualmente as<br />
gancheiras de ro<strong>da</strong>s, suportes de<br />
pinças e manetes de freio, entre<br />
outros componentes, são usinados<br />
em cnc, o que oferece maior<br />
segurança para o biker, já que o<br />
controle numérico computadorizado<br />
é um processo que aumenta<br />
a quali<strong>da</strong>de dos componentes e<br />
diminui o retrabalho e o desperdício<br />
na usinagem.<br />
0<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
e ajudou Edu Capivara a comprar<br />
uma bicicleta adequa<strong>da</strong>.<br />
Na mesma época, aconteceria<br />
o campeonato mundial de biketrial<br />
na Espanha – onde participaram<br />
profissionais <strong>da</strong> Alemanha,<br />
Bélgica e França. Convi<strong>da</strong>do pelo<br />
fun<strong>da</strong>dor do esporte, Edu Capivara<br />
pôde ter mais contato com a<br />
mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de. “Fiquei hospe<strong>da</strong>do<br />
na casa dele”, lembra o piloto.<br />
Naquele momento, Edu Capivara<br />
voltou a São Paulo com<br />
planos de implantar o biketrial no<br />
Brasil. O biker se tornou, então,<br />
delegado <strong>da</strong> União Internacional<br />
de biketrial e começou a organizar<br />
campeonatos. Segundo o esportista,<br />
a prática desta mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de no<br />
Brasil tem sofrido altos e baixos.<br />
divulgação<br />
“Na época em que elaborei projetos<br />
para incentivar o esporte, a<br />
prática cresceu; depois ficou muito<br />
tempo escondi<strong>da</strong>”, comenta.<br />
Durante 17 anos – período<br />
em que se dedicou ao esporte<br />
– Edu Capivara deixou de lado a<br />
carreira de publicitário e passou<br />
a participar regularmente de<br />
shows, programas de televisão,<br />
lançamentos de produtos e organização<br />
de campeonatos. “Nesta<br />
época, o biketrial chegou a ter<br />
mais de 200 atletas ca<strong>da</strong>strados<br />
em todo o Brasil”.<br />
Depois de ter ganho mais de 30<br />
prêmios em função do biketrial, o<br />
piloto deixou o esporte para <strong>da</strong>r<br />
continui<strong>da</strong>de à sua primeira profissão.<br />
Hoje, Edu Capivara ministra<br />
palestras e transmite seus conhecimentos<br />
para jovens interessados<br />
no esporte.<br />
De acordo com Capivara, ain<strong>da</strong><br />
existem muitos empecilhos à entra<strong>da</strong><br />
de novos adeptos ao esporte.<br />
“Os equipamentos continuam<br />
caros, limitando o interesse de<br />
quem quer iniciar-se no esporte”.<br />
Sobre os diferenciais do biketrial,<br />
ele ressalta:“É o limite máximo do<br />
controle em uma bicicleta, não há<br />
nenhuma mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de que exija<br />
mais do que esta, tanto em relação<br />
à resistência do corpo quanto à<br />
resistência dos componentes do<br />
equipamento ”.<br />
para saber mais<br />
sobre biketrial acesse:<br />
www.biketrialbrasil.com<br />
Mariana blessa<br />
Jornalista
notÍcias&curiosi<strong>da</strong>dEs iii<br />
além de grandes oportuni<strong>da</strong>des<br />
para viabilizar negociações,<br />
as feiras direciona<strong>da</strong>s<br />
a setores específicos <strong>da</strong> economia<br />
proporcionam momentos decisivos<br />
para as empresas.<br />
De acordo com Mauro Trevisan,<br />
gerente de Marketing e Ven<strong>da</strong>s<br />
Internacionais <strong>da</strong> DEB’MAQ,<br />
passados os primeiros meses após<br />
a Feimafe – Feira Internacional de<br />
Máquinas-Ferramenta e Sistemas<br />
Integrados de Manufatura, já é possível<br />
discutir e avaliar os resultados<br />
decorrentes <strong>da</strong>s ações realiza<strong>da</strong>s no<br />
evento. “Houve melhora significativa<br />
na quali<strong>da</strong>de do público; os<br />
visitantes estavam interessados em<br />
conhecer e adquirir os equipamentos<br />
expostos”, pontua Trevisan.<br />
Em relação às últimas edições<br />
<strong>da</strong> Feimafe, o gerente explica que,<br />
embora o mercado esteja vivendo<br />
um período de recuperação econômica,<br />
o volume de negócios<br />
realizados durante o evento deste<br />
2<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
ano surpreendeu e superou em 8%<br />
os números <strong>da</strong> edição de 2007.<br />
Para Trevisan, o clima favorável<br />
originado na Feimafe deve se<br />
estender e, ain<strong>da</strong>, estimular a ampliação<br />
<strong>da</strong>s estratégias de mercado<br />
utiliza<strong>da</strong>s pela empresa no segundo<br />
semestre de 2009. “Além dos resultados<br />
imediatos alcançados durante<br />
a semana <strong>da</strong> feira, os profissionais<br />
<strong>da</strong> área de Ven<strong>da</strong>s continuam trabalhando<br />
nas negociações inicia<strong>da</strong>s<br />
no evento”, ressalta.<br />
PErSPEcTIvAS DE MErcADO<br />
Outra tendência que eventos<br />
como a Feimafe possibilitam<br />
identificar é a reação do mercado<br />
frente aos lançamentos e às novas<br />
tecnologias apresenta<strong>da</strong>s.<br />
Por meio <strong>da</strong> divulgação de<br />
produtos, serviços e outros projetos,<br />
as empresas conseguem<br />
obter perspectivas mais amplas em<br />
relação aos rumos do segmento.<br />
“Durante a Feimafe identificamos<br />
divulgação deb'maq<br />
sinais de<br />
um segundo<br />
semestre<br />
promissor<br />
com base nos<br />
resultados obtidos na<br />
Feimafe, dEb’maq<br />
identifica melhorias<br />
para seus negócios<br />
sinais evidentes de melhora para<br />
a economia do setor”, afirma o<br />
gerente. “Em consequência deste<br />
panorama chegaremos ao mês de<br />
outubro com expectativas promissoras”,<br />
acredita.<br />
Segundo Trevisan, geralmente<br />
as máquinas mais procura<strong>da</strong>s<br />
pelos clientes são os tornos universais,<br />
que representam 50% <strong>da</strong>s<br />
ven<strong>da</strong>s anuais <strong>da</strong> empresa. Entretanto,<br />
neste ano os equipamentos<br />
de grande porte – como tornos<br />
verticais – também registraram<br />
grande procura durante a Feimafe.<br />
O gerente ressalta que a feira<br />
também ofereceu oportuni<strong>da</strong>des<br />
de estreitar parcerias com diversas<br />
instituições de ensino. “Já estamos<br />
com a programação de visitas de<br />
nossa Uni<strong>da</strong>de Móvel de Difusão<br />
Tecnológica defini<strong>da</strong> até junho de<br />
2010”, comemora ele.<br />
fabíola Perez<br />
Jornalista
Formação de<br />
profissionais capazes<br />
de li<strong>da</strong>r com os<br />
desafios do mercado<br />
oferecerá ain<strong>da</strong> mais<br />
competitivi<strong>da</strong>de para<br />
as empresas
Esponsabili<strong>da</strong>dE<br />
para não errar, opte pela simplici<strong>da</strong>de<br />
nossaparcEladE<br />
certamente estamos passando pela maior<br />
crise econômica dos últimos 50 anos e<br />
não temos previsões claras sobre a sua<br />
extensão. Neste cenário de recessão, as empresas<br />
são leva<strong>da</strong>s à busca de soluções que possam ao<br />
menos mantê-las vivas. Questões como fluxo<br />
de caixa ou net working capital (eficiência do<br />
capital líquido aplicado) se tornam ain<strong>da</strong> mais<br />
relevantes, e a redução de custos passa a ser a<br />
priori<strong>da</strong>de nas organizações. Isto é o óbvio.<br />
Desta forma, passamos a procurar uma<br />
receita ideal para esta situação e percebemos<br />
que não existe uma fórmula mágica que resolva<br />
todos os problemas. O que existem são decisões<br />
referenciais, mas que não se aplicam a to<strong>da</strong>s as<br />
empresas.<br />
A ver<strong>da</strong>de é que, ain<strong>da</strong> que exista uma forte<br />
redução de deman<strong>da</strong> na cadeia produtiva,<br />
simplesmente cortar custos não irá garantir<br />
a existência de nossa empresa. Precisamos<br />
sim buscar a eficiência de custeio em todos os<br />
nossos processos, mas não podemos perder a<br />
visão estratégica em nossos negócios e, sobretudo,<br />
não podemos suprimir investimentos<br />
essenciais à manutenção e pereni<strong>da</strong>de <strong>da</strong> nossa<br />
organização.<br />
No momento em que as decisões para redução<br />
de custos são inevitáveis, devemos ter uma<br />
visão holística e procurar ver nossos clientes e<br />
fornecedores como parceiros e não inimigos<br />
contra os quais temos que travar uma batalha.<br />
Este é o momento de usarmos a sinergia para<br />
buscar e potencializar novas oportuni<strong>da</strong>des de<br />
crescimento.<br />
Na ênfase de buscarmos as óbvias e necessárias<br />
reduções de custos, muitas vezes focamos<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
o fator preço e deixamos de lado os conceitos<br />
básicos <strong>da</strong> eficiência de custeio, que estão na<br />
melhora <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de dos processos, algo<br />
que também parece óbvio para todos.<br />
To<strong>da</strong>via, embora a criativi<strong>da</strong>de e inovação<br />
sejam fatores imprescindíveis para o sucesso<br />
<strong>da</strong>s empresas, focar o óbvio pode, às vezes, ser a<br />
solução mais certeira para a obtenção de nossas<br />
metas. A frase que ouvi de um amigo eluci<strong>da</strong><br />
bem essa ideia: “A nossa experiência no mercado<br />
metalmecânico tem mostrado que a maior<br />
parte <strong>da</strong>s organizações erra mais; não porque<br />
deixam de criar coisas novas, mas sim porque<br />
deixam de fazer as coisas óbvias”.<br />
Talvez neste momento, devamos resgatar<br />
alguns conceitos e questionar algumas decisões<br />
antes de implementá-las. Por exemplo, antes de<br />
solicitar a um fornecedor que reduza os preços<br />
de seus serviços ou produtos, talvez devamos<br />
perguntar o que mais ele poderia fazer para nos<br />
aju<strong>da</strong>r a reduzir nossos custos e tornar nossas<br />
empresas mais competitivas. Pense nisso!<br />
antonio larghi<br />
fernando G. de Oliveira<br />
Gerente regional de ven<strong>da</strong>s<br />
machine Investments<br />
e soluções especiais<br />
sandvik coromant
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong> 5
SANDVIK COROMANT - DISTRIBUIDORES<br />
ARWI Tel: 54 3026-8888<br />
Caxias do Sul - RS<br />
ATALANTA TOOLS Tel: 11 3837 9106<br />
São Paulo - SP<br />
COFAST Tel: 11 4997 1255<br />
Santo André - SP<br />
COFECORT Tel: 16 3333 7700<br />
Araraquara - SP<br />
COMED Tel: 11 2442 7780<br />
Guarulhos - SP<br />
CONSULTEC Tel: 51 3343 6666<br />
Porto Alegre - RS<br />
COROFERGS Tel: 51 33371515<br />
Porto Alegre - RS<br />
CUTTING TOOLS Tel: 19 3243 0422<br />
Campinas – SP<br />
DIRETHA Tel: 11 2063-0004<br />
São Paulo - SP<br />
ESCÂNDIA Tel: 31 3295 7297<br />
Belo Horizonte - MG<br />
FERRAMETAL Tel: 85 3226 5400<br />
Fortaleza - CE<br />
GALE Tel: 41 3339 2831<br />
Curitiba - PR<br />
GC Tel: 49 3522 0955<br />
Joaçaba - SC<br />
HAILTOOLS Tel: 27 3320 6047<br />
Vila Velha - ES<br />
JAFER Tel: 21 2270 4835<br />
Rio de Janeiro - RJ<br />
KAYMÃ Tel: 67 3321 3593<br />
Campo Grande - MS<br />
o leitor de O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
pode entrar em contato com os<br />
editores pelo e-mail:<br />
omundo.<strong>da</strong>usinagem@sandvik.com<br />
ou ligue: 0800 770 5700<br />
SANDvIK cOrOMANT<br />
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0800 559698<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />
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Rio de Janeiro - RJ<br />
MAXVALE Tel: 12 3941 2902<br />
São José dos Campos - SP<br />
MSC Tel: 92 3613 9117<br />
Manaus - AM<br />
NEOPAQ Tel: 51 3527 1111<br />
Novo Hamburgo - RS<br />
PRODUS Tel: 15 3225 3496<br />
Sorocaba - SP<br />
PS Tel: 14 3312-3312<br />
Bauru - SP<br />
PS Tel: 44 3265 1600<br />
Maringá - PR<br />
PÉRSICO Tel: 19 3421 2182<br />
Piracicaba - SP<br />
REPATRI Tel: 48 3433 4415<br />
Criciúma - SC<br />
SANDI Tel: 31 3295 5438<br />
Belo Horizonte - MG<br />
SINAFERRMAQ Tel: 71 3379 5653<br />
Lauro de Freitas - BA<br />
TECNITOOLS Tel: 31 3295 2951<br />
Belo Horizonte - MG<br />
THIJAN Tel: 47 3433 3939<br />
Joinville - SC<br />
TOOLSET Tel: 21 2290-6397<br />
Rio de Janeiro - RJ<br />
TRIGON Tel: 21 2270 4566<br />
Rio de Janeiro - RJ<br />
TUNGSFER Tel: 31 3825 3637<br />
Ipatinga - MG<br />
fAlE cOM ElES<br />
amilto matiazo (scania): (11) 4344-9460<br />
andré luiz klauberg (WEg): (47) 3276-4169<br />
andressa pereira (WEg): (47) 3276-4295<br />
antonio batocchio (unicamp): (19) 3521-3299<br />
antonio petry (sandvik coromant): (47) 9922-1920<br />
augusto lins de albuquerque neto (sEnai): (11) 5579-7426<br />
<strong>da</strong>niel lima (volvo do brasil): (41) 3317-8133<br />
Edinei g. de sales (WEg): (47) 3276-6912<br />
Edu capivara (biketrial): (11) 9625-3746<br />
Fernando g. oliveira (sandvik coromant): (11) 5696-5587<br />
Francisco marcondes (sandvik coromant): (11) 5696-5424<br />
laercio avileis Junior: (11) 3506-6999<br />
mauro trevisan (dEb'maq): (35) 3433-8310<br />
nivaldo bezerra (cnH): (15) 3334-1700<br />
ranulfo vieira (sandvik coromant): (11) 5696-5560<br />
rogério rosetti (cnH): (15) 3334-1700<br />
ronaldo Ferreira (sandvik coromant): (11) 5696-5680<br />
valter ribeiro (man Ferrostaal): (11) 5522-5999<br />
publicação <strong>da</strong> sandvik coromant do brasil issn 1518-6091 rg bn 217-147<br />
mi<br />
stan<strong>da</strong>rd ou<br />
especial?<br />
Escolha a<br />
ferramenta certa<br />
tEndências E<br />
oportuni<strong>da</strong>dEs<br />
cnH investe<br />
em sistemas<br />
de corte de<br />
alta precisão<br />
59<br />
EquipEs autogErEnciávEis<br />
Estratégia para estimular a<br />
iniciativa e a criativi<strong>da</strong>de<br />
ANUNcIANTES NESTA EDIçãO<br />
O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong> 59<br />
Arwi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16<br />
Blaser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12<br />
Casa do Metal . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24<br />
Deb´Maq . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33<br />
Dormer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17<br />
Dynamach . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39<br />
Ergomat . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15<br />
Grob . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25<br />
Haas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19<br />
HDT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45<br />
Hexagon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18<br />
Intertech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14<br />
Marubeni . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41<br />
Mazak . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27<br />
Mitutoyo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9<br />
Okuma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5<br />
Ricavi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8<br />
ROMI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23<br />
Sandvik . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4ª capa<br />
Sandvik Local . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43<br />
Selltis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2ª capa<br />
Stamac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13<br />
Turrettini . . . . . . . . . . . . . . . . . .3ª capa<br />
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