14.06.2013 Views

Download - O Mundo da Usinagem

Download - O Mundo da Usinagem

Download - O Mundo da Usinagem

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

publicação <strong>da</strong> sandvik coromant do brasil issn 1518-6091 rg bn 217-147<br />

mi<br />

stan<strong>da</strong>rd ou<br />

especial?<br />

Escolha a<br />

ferramenta certa<br />

tEndências E<br />

oportuni<strong>da</strong>dEs<br />

cnH investe<br />

em sistemas<br />

de corte de<br />

alta precisão<br />

59<br />

EquipEs autogErEnciávEis<br />

Estratégia para estimular a<br />

iniciativa e a criativi<strong>da</strong>de


luka rister<br />

para comEçar...<br />

To<strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça de clima é precedi<strong>da</strong> de sinais sutis <strong>da</strong> natureza<br />

e não há lugar melhor para percebê-los do que no campo.<br />

É preciso estar atento, pois é na atenta observância que o homem<br />

peceberá o momento certo de investir as suas melhores sementes.<br />

Plantando bem e no momento certo, não demorará muito<br />

para que os celeiros voltem a transbor<strong>da</strong>r em fartura.<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong>


ÍndicE 59<br />

Edição 05 / 2009<br />

divulgação WEg<br />

Publicação <strong>da</strong><br />

Sandvik Coromant do Brasil<br />

ISSN 1518-6091<br />

RG. BN 217-147<br />

Foto de Capa:<br />

Scania / Wagner Menezes<br />

03 para começar<br />

04 ÍNDIce / expeDIeNte<br />

06 machINe INvestmeNts: QUaNDo Usar Uma FerrameNta<br />

staNDarD oU Uma especIaL?<br />

10 GestÃo empresarIaL I: vaNtaGeNs Das eQUIpes aUtoGereNcIÁveIs<br />

20 GestÃo empresarIaL II: WeG aprImora processos proDUtIvos<br />

28 teNDÊNcIas e oportUNIDaDes: cNh - maIs proDUtIvIDaDe com o sIstema<br />

aUtomatIzaDo De corte a Laser<br />

34 NotÍcIas e cUrIosIDaDes I: cUrso sUperIor para a eLetrÔNIca INDUstrIaL<br />

36 NotÍcIas e cUrIosIDaDes II: BIKetrIaL, Um esporte para QUem tem eQUILÍBrIo<br />

42 NotÍcIas e cUrIosIDaDes III: seGUNDo semestre promIssor para a DeB'maQ<br />

44 Nossa parceLa De respoNsaBILIDaDe<br />

46 aNUNcIaNtes / DIstrIBUIDores / FaLe com eLes<br />

e-mail: omundo.<strong>da</strong>usinagem@sandvik.com<br />

ou ligue: 0800 770 5700<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

publicação <strong>da</strong> sandvik coromant do brasil issn 1518-6091 rg bn 217-147<br />

mi<br />

stan<strong>da</strong>rd ou<br />

especial?<br />

Escolha a<br />

ferramenta certa<br />

tEndências E<br />

oportuni<strong>da</strong>dEs<br />

cnH investe<br />

em sistemas<br />

de corte de<br />

alta precisão<br />

EquipEs autogErEnciávEis<br />

Estratégia para estimular a<br />

iniciativa e a criativi<strong>da</strong>de<br />

EXPEDIENTE<br />

O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação <strong>da</strong> sandvik coromant do Brasil,<br />

com circulação de doze edições ao ano e distribuição gratuita para 20.000 leitores qualificados.<br />

av. <strong>da</strong>s nações uni<strong>da</strong>s, 21.732 - sto. amaro - cEp 04795-914 - são paulo - sp.<br />

conselho editorial: aldeci santos, ancelmo Diniz, aryoldo machado, edson truzsco, edson<br />

Bernini, eduardo Debone, Fernando de oliveira, Francisco marcondes, heloisa Giraldes,<br />

Nivaldo Braz, Nivaldo coppini, Nixon malveira e vera Natale.<br />

Editor-chefe: Francisco marcondes<br />

coordenação editorial, edição de arte, revisão e produção gráfica: house press propagan<strong>da</strong><br />

Jornalista responsável: Francisco marcondes - mtB 56.136/sp<br />

propagan<strong>da</strong>: Gerente de contas - thaís viceconti / tel: (11) 2335-7558 cel: (11) 9909-8808<br />

projeto gráfico: aa Design<br />

gráfica: van moorsel<br />

59


MAchINE INvESTMENTS<br />

Em busca <strong>da</strong><br />

escolha<br />

ideal<br />

na hora de selecionar<br />

uma ferramenta de<br />

corte, uma empresa<br />

deve avaliar qual<br />

modelo se a<strong>da</strong>pta<br />

aos requisitos de seu<br />

cliente e às condições<br />

<strong>da</strong> produção<br />

ca<strong>da</strong> empresa está inseri<strong>da</strong><br />

em um contexto diferente,<br />

atendendo clientes distintos<br />

e respondendo a deman<strong>da</strong>s específicas.<br />

Por esta razão, as soluções<br />

projeta<strong>da</strong>s para ca<strong>da</strong> planta devem<br />

ser personaliza<strong>da</strong>s para que os resultados<br />

finais sejam eficientes e os<br />

mais proveitosos possíveis.<br />

Esta estratégia de atendimento<br />

não é diferente no setor de ferramentas<br />

de corte para usinagem.<br />

Para alcançar a produtivi<strong>da</strong>de<br />

máxima <strong>da</strong>s operações, a escolha<br />

<strong>da</strong> ferramenta de corte exata<br />

deve ser encara<strong>da</strong> como parte<br />

essencial do planejamento <strong>da</strong> empresa<br />

e, se bem feita, pode resultar<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

em um aumento significativo<br />

do nível de competitivi<strong>da</strong>de do<br />

produto no mercado.<br />

Assim, na hora de eleger a<br />

ferramenta de corte mais adequa<strong>da</strong><br />

às suas necessi<strong>da</strong>des é<br />

preciso levar em consideração<br />

as características do produto<br />

que será usinado, a deman<strong>da</strong> dos<br />

clientes <strong>da</strong> empresa e o tempo<br />

de produção <strong>da</strong> peça, além <strong>da</strong>s<br />

proprie<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s máquinas que<br />

serão utiliza<strong>da</strong>s no processo. Ou<br />

seja, a escolha <strong>da</strong> ferramenta não<br />

deve ser feita isola<strong>da</strong>mente, mas<br />

em conjunto com outros fatores<br />

que podem influenciar em seu<br />

desempenho final. Por isso, vale<br />

a pena dedicar atenção especial a<br />

esta etapa do projeto para obter<br />

melhores resultados.<br />

STANDArD OU ESPEcIAl?<br />

Em um grande número de<br />

aplicações, as ferramentas stan<strong>da</strong>rd<br />

podem ser utiliza<strong>da</strong>s com<br />

bons resultados; além disso, elas<br />

têm sido moderniza<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong><br />

dia. Oferecendo uma vasta gama<br />

de possibili<strong>da</strong>des para todo tipo<br />

de deman<strong>da</strong>, as ferramentas stan<strong>da</strong>rd<br />

podem ser utiliza<strong>da</strong>s para<br />

realizar usinagens mais rápi<strong>da</strong>s,<br />

com maior precisão.<br />

Por outro lado, a oferta de<br />

ferramentas especiais vem cres-


cendo ca<strong>da</strong> dia mais no mercado.<br />

Os modelos desta categoria unem<br />

diversas funções conjuga<strong>da</strong>s em<br />

uma só ferramenta e podem ser<br />

utilizados em operações de mandrilamento,<br />

fresamento, torneamento<br />

e furação, por exemplo.<br />

De acordo com Ronaldo<br />

Ferreira, supervisor de Machine<br />

Investments <strong>da</strong> Sandvik Coromant,<br />

o principal atrativo <strong>da</strong>s<br />

ferramentas especiais é a redução<br />

no tempo de usinagem que proporcionam,<br />

pois realizam duas ou<br />

mais operações simultaneamente.<br />

“A ferramenta especial diminui<br />

o tempo de fabricação <strong>da</strong> peça,<br />

aumentando a produtivi<strong>da</strong>de”,<br />

informa o supervisor. Também<br />

no processo de preparação <strong>da</strong>s<br />

máquinas, a linha especial apresenta<br />

vantagem quanto à agili<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> produção. Isto porque,<br />

com uma só ferramenta executando<br />

diferentes funções, não há<br />

necessi<strong>da</strong>de de parar a máquina<br />

diversas vezes para as operações<br />

de montagem.<br />

Outra vantagem importante<br />

é a possibili<strong>da</strong>de de produzir<br />

mais peças executando apenas<br />

pequenas alterações no desenho<br />

<strong>da</strong> ferramenta. “Quando a empresa<br />

produz peças diferentes<br />

basta trocar um componente <strong>da</strong><br />

ferramenta especial para que ela<br />

mesma produza as outras peças<br />

<strong>da</strong>quela família”, ensina Ferreira.<br />

Desenvolvi<strong>da</strong>s sob encomen<strong>da</strong>,<br />

as ferramentas especiais são<br />

fabrica<strong>da</strong>s a partir de um projeto<br />

de engenharia particular, elaborado<br />

para atender as necessi<strong>da</strong>des<br />

de ca<strong>da</strong> empresa que irá utilizálas;<br />

este projeto pode combinar<br />

várias operações de acordo com<br />

o produto que será usinado. Porém,<br />

devido à sua exclusivi<strong>da</strong>de,<br />

como eleger a ferramenta certa?<br />

o principal atrativo<br />

<strong>da</strong>s ferramentas<br />

especiais é a<br />

redução no tempo Favoretto<br />

de usinagem que Fernando<br />

proporcionam Fotos:<br />

Em ca<strong>da</strong> planta, as soluções de usinagem devem estar adequa<strong>da</strong>s à<br />

estratégia adota<strong>da</strong> pela empresa e às possibili<strong>da</strong>des ofereci<strong>da</strong>s pelos<br />

equipamentos disponíveis para a operação. por isso, não existe uma<br />

resposta padrão quando se busca encontrar a ferramenta de corte ideal;<br />

ca<strong>da</strong> empresa deve avaliar as condições de sua produção e buscar<br />

a opção mais adequa<strong>da</strong> para suas necessi<strong>da</strong>des. neste sentido, os<br />

seguintes itens devem ser avaliados:<br />

limites <strong>da</strong> máquina (torque, rotação e potência)<br />

dimensional <strong>da</strong> peça<br />

número máximo de ferramentas suporta<strong>da</strong>s pelo magazine <strong>da</strong> máquina<br />

volume de produção <strong>da</strong> fábrica<br />

limites de fixação do dispositivo<br />

quando uma ferramenta como<br />

esta é <strong>da</strong>nifica<strong>da</strong>, dependendo<br />

<strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de de funções que<br />

ela agrega, seu reparo pode tomar<br />

mais tempo do que a manutenção<br />

de uma ferramenta stan<strong>da</strong>rd.<br />

Ranulfo Vieira, supervisor de<br />

Projetos de Ferramentas Especiais<br />

<strong>da</strong> Sandvik Coromant, sugere<br />

como solução para estes casos que<br />

a empresa aposte em uma estratégia<br />

capaz de reduzir o eventual<br />

tempo de máquina para<strong>da</strong> com<br />

reparo de ferramenta. “Orientamos<br />

o cliente para que ele compre<br />

sempre dois modelos iguais <strong>da</strong><br />

ferramenta especial pois, caso uma<br />

delas seja <strong>da</strong>nifica<strong>da</strong>, poderá ser<br />

substituí<strong>da</strong> rapi<strong>da</strong>mente pela outra,<br />

evitando atraso na produção”,<br />

assegura Vieira.<br />

SOlUçãO PErSONAlIzADA<br />

Enquanto que para algumas<br />

indústrias a ferramenta especial<br />

pode trazer maior produtivi<strong>da</strong>de,<br />

redução no tempo de usinagem e<br />

custos de produção mais baixos,<br />

para outras as ferramentas stan<strong>da</strong>rd<br />

ain<strong>da</strong> podem ser as mais indica<strong>da</strong>s<br />

– por se a<strong>da</strong>ptarem melhor<br />

às condições apresenta<strong>da</strong>s pelas<br />

máquinas, pelo dispositivo de fixação<br />

ou pela dimensão <strong>da</strong> peça.<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong>


MAchINE INvESTMENTS<br />

a participação do fornecedor <strong>da</strong>s ferramentas no<br />

serviço de manutenção é fun<strong>da</strong>mental<br />

Para que o investimento seja feito na direção<br />

correta, Ferreira recomen<strong>da</strong> que a decisão de adquirir<br />

novas ferramentas seja toma<strong>da</strong> em conjunto com<br />

todos os profissionais envolvidos no processo de<br />

usinagem. “Para optar sempre pelo modelo certo,<br />

deve-se consultar o fornecedor <strong>da</strong> ferramenta – que<br />

conhece as características de seu produto –, o fabricante<br />

do dispositivo – que sabe os limites de fixação<br />

– e o fornecedor <strong>da</strong> máquina – que define os limites<br />

com que ela atua”, explica Ferreira.<br />

Neste processo, um dos fatores decisivos é a condição<br />

<strong>da</strong> máquina na qual a ferramenta de corte será aplica<strong>da</strong>.<br />

Dependendo <strong>da</strong> potência, torque, rotação e magazine<br />

<strong>da</strong> máquina, os modelos stan<strong>da</strong>rd podem ser os mais<br />

indicados, pois algumas máquinas podem não suportar<br />

o uso de ferramentas especiais. Por isso, a análise prévia<br />

dos fatores mencionados acima é essencial para verificar<br />

a compatibili<strong>da</strong>de destes parâmetros com a ferramenta<br />

escolhi<strong>da</strong>.<br />

Após a decisão e a compra <strong>da</strong> ferramenta, é importante<br />

que o fornecedor ofereça apoio à empresa que<br />

adquiriu suas peças, indicando qual a melhor forma<br />

de utilização do produto sempre que o cliente precisar.<br />

Contudo, mesmo tendo escolhido a ferramenta certa, se<br />

a empresa que adquiriu o produto não tiver informações<br />

suficientes para a sua utilização, tanto a máquina quanto<br />

a ferramenta e a peça podem ser prejudica<strong>da</strong>s, colocando<br />

em risco a performance de to<strong>da</strong> a operação.<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

divulgação sandvik coromant<br />

Ciente <strong>da</strong> importância deste acompanhamento,<br />

é comum o fornecedor de ferramentas oferecer<br />

apoio aos seus clientes também no pós-ven<strong>da</strong>,<br />

disponibilizando informações para que as ferramentas<br />

adquiri<strong>da</strong>s (stan<strong>da</strong>rds ou especiais) sejam<br />

utiliza<strong>da</strong>s <strong>da</strong> melhor forma possível e cumpram seu<br />

bom desempenho. Além disso, a manutenção <strong>da</strong>s<br />

ferramentas é outro serviço que deve ser fornecido<br />

pela empresa. “É fun<strong>da</strong>mental a participação do<br />

fornecedor <strong>da</strong>s ferramentas neste serviço, pois ele<br />

conhece a fundo o projeto e as estratégias defini<strong>da</strong>s<br />

em ca<strong>da</strong> operação”, aponta Ferreira.<br />

Portanto, antes de adquirir um novo tipo de<br />

ferramenta de corte, procure fazer um planejamento<br />

aprofun<strong>da</strong>do junto aos seus fornecedores. Só assim o<br />

seu investimento na ferramenta estará assegurado a<br />

ponto de garantir os melhores resultados no futuro!<br />

Thaís Tüchumantel<br />

Jornalista


GESTãO EMPrESArIAl I<br />

10<br />

Eags, a evolução<br />

com a adoção<br />

de equipes<br />

autogerenciáveis,<br />

indústrias têm<br />

alcançado maior<br />

agili<strong>da</strong>de<br />

para enfrentar<br />

as oscilações<br />

do mercado<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

organizacional do trabalho<br />

Independentemente do momento<br />

econômico no qual um<br />

país ou o mundo se encontra,<br />

uma coisa é certa: a busca pela<br />

melhoria <strong>da</strong>s operações e dos<br />

processos dentro de uma empresa<br />

deve ser algo constante.<br />

Vivendo em um cenário de<br />

recessão econômica global – porém,<br />

a ca<strong>da</strong> dia, um pouco mais<br />

otimista –, muitos empresários<br />

puderam perceber a importância<br />

de valorizar métodos de gestão que<br />

possibilitam a melhor organização<br />

<strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des no chão de fábrica e<br />

também na administração.<br />

Entre as diversas estratégias<br />

que vêm sendo implementa<strong>da</strong>s<br />

nas indústrias do País, podemos<br />

destacar a formação de equipes<br />

autogerenciáveis (EAGs)<br />

como uma tática eficaz para as<br />

empresas que estão interessa<strong>da</strong>s<br />

em motivar e satisfazer seus<br />

colaboradores, conquistando<br />

por meio <strong>da</strong> gestão participativa<br />

bons resultados e baixos índices<br />

de desperdício.<br />

divulgação volvo do brasil


além do<br />

comprometimento<br />

dos gestores, o<br />

incentivo <strong>da</strong> alta<br />

administração<br />

é essencial<br />

para o sucesso<br />

<strong>da</strong> autogestão<br />

rESPONSAbIlIDADE<br />

Considera<strong>da</strong> uma forma de<br />

organização do trabalho, a equipe<br />

autogerenciável pode ser defini<strong>da</strong><br />

como um grupo de profissionais<br />

que atua de forma coletiva, sendo<br />

todos encarregados de uma<br />

sequência completa no processo<br />

de produção de um bem ou serviço,<br />

destinado a clientes internos<br />

ou externos.<br />

De acordo com o engenheiro<br />

Laercio Avileis Junior (*), “a implementação<br />

de equipes autônomas<br />

atende a necessi<strong>da</strong>de atual<br />

de a<strong>da</strong>ptação <strong>da</strong>s organizações<br />

aos novos padrões de consumo<br />

e produção, além de ampliar sua<br />

competitivi<strong>da</strong>de frente às varia<strong>da</strong>s<br />

oscilações do mercado”.<br />

Tendo trabalhado por mais<br />

de 10 anos como engenheiro <strong>da</strong><br />

Quali<strong>da</strong>de na ZF Sistemas de<br />

Direção – empresa líder mundial<br />

no fornecimento de sistemas de<br />

direção para o setor automotivo<br />

–, Avileis implementou EAGs em<br />

algumas células de produção <strong>da</strong><br />

companhia. “Foi uma ativi<strong>da</strong>de<br />

bastante complexa e desafiadora,<br />

comunicação direta e eliminação de desperdícios foram alguns<br />

dos benefícios alcançados na volvo do brasil<br />

scania/Wagner menezes<br />

divulgação volvo do brasil<br />

mas com o envolvimento <strong>da</strong> diretoria<br />

e o entendimento dos colaboradores<br />

conseguimos alcançar<br />

muitas <strong>da</strong>s metas propostas”, relata<br />

o engenheiro.<br />

Com base em sua experiência,<br />

Avileis aponta que as equipes<br />

constituem o que se chama de<br />

célula autogerenciável, ou seja:<br />

uma célula que possui autonomia;<br />

utiliza sistemas visuais de gerenciamento;<br />

tem os colaboradores<br />

como ‘acionistas’ comprometidos<br />

com os resultados; prioriza o<br />

trabalho em equipe, estimulando<br />

a iniciativa; e atribui funções e<br />

responsabili<strong>da</strong>des para ca<strong>da</strong> um<br />

de seus membros, podendo ain<strong>da</strong><br />

ser audita<strong>da</strong> e certifica<strong>da</strong>.<br />

O engenheiro acrescenta que,<br />

para viabilizar o êxito deste método<br />

de gestão, alguns pré-requisitos<br />

tiveram que ser atendidos.<br />

“Na ZF trabalhamos seguindo<br />

importantes norteadores, como<br />

o incentivo e o suporte <strong>da</strong> alta<br />

administração, a elaboração de<br />

planos bem definidos, células<br />

com centros de custos individuais<br />

e processos e operadores bem<br />

selecionados, além <strong>da</strong> elaboração<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong> 11


Sua produtivi<strong>da</strong>de<br />

é nosso negócio!<br />

Experimente nossos<br />

fluidos para usinagem<br />

integrais e miscíveis em<br />

água à base sintética,<br />

mineral ou vegetal!<br />

Quer saber mais?<br />

Consulte-nos:<br />

Tel. 11 5049-2611<br />

brasil@blaser.com<br />

www.blaser.com.br<br />

GESTãO EMPrESArIAl I<br />

amilto matiazo, <strong>da</strong><br />

scania: “objetivo<br />

<strong>da</strong> estratégia foi<br />

<strong>da</strong>r autonomia aos<br />

funcionários, além de<br />

estimular a criativi<strong>da</strong>de<br />

e agili<strong>da</strong>de nas<br />

decisões”<br />

de uma gestão fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> em<br />

times”, completa ele.<br />

TrANSIçãO DE PrOcESSOS<br />

Atuando nas áreas de gestão <strong>da</strong><br />

produção e cadeia de suprimentos,<br />

o professor Antonio Batocchio,<br />

<strong>da</strong> Facul<strong>da</strong>de de Engenharia <strong>da</strong><br />

Unicamp, é quem explica o contexto<br />

histórico em que surgem as<br />

equipes autogerenciáveis.<br />

Por volta do final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de<br />

60, as experiências <strong>da</strong> Escola de<br />

Relações Humanas dos Estados<br />

Unidos, com o apoio dos estudos<br />

de pesquisadores do Instituto de<br />

Tecnologia Tavistock, de Londres<br />

(Inglaterra), resultaram na<br />

denomina<strong>da</strong> Escola Sociotécnica<br />

<strong>da</strong> Organização do Trabalho.<br />

“Naquela época, por conta do<br />

surgimento do sistema celular de<br />

produção, as mu<strong>da</strong>nças que estavam<br />

ocorrendo no chão de fábrica<br />

motivaram movimentos operários<br />

que formaram grupos autônomos<br />

de trabalho dentro <strong>da</strong>s empresas”,<br />

esclarece Batocchio.<br />

Mais tarde, durante os anos<br />

70, o interesse pelo assunto se<br />

12<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

scania/Wagner menezes<br />

espalhou pelos países escandinavos,<br />

principalmente na Noruega<br />

e Suécia. “Nestes países, as experiências<br />

realiza<strong>da</strong>s pela Volvo e<br />

pela Saab tiveram sucesso e foram<br />

comenta<strong>da</strong>s em todo o mundo”,<br />

adiciona Avileis.<br />

Depois, em meados de 1985, a<br />

atenção dos grupos autônomos foi<br />

toma<strong>da</strong> pelo Círculo de Controle<br />

de Quali<strong>da</strong>de – CCQ, idealizado<br />

no Japão. “Nesse momento, o<br />

Japão substitui a Suécia como<br />

modelo de trabalho em equipe;<br />

porém, a partir de 1990 o interesse<br />

por times de trabalho ressurgiu e<br />

até hoje tem sido aplicado e desenvolvido<br />

nas empresas”, esclarece o<br />

engenheiro que trabalhou na ZF.<br />

Ain<strong>da</strong> neste sentido, Batocchio<br />

pondera que, com o advento <strong>da</strong>s<br />

células de manufatura e a necessi<strong>da</strong>de<br />

de operadores multifuncionais,<br />

constatou-se que o emprego<br />

<strong>da</strong> estratégia de gestão <strong>da</strong>s EAGs<br />

nas indústrias seria apropriado<br />

para conquistar os ganhos de produtivi<strong>da</strong>de<br />

necessários. Para isso,<br />

seria preciso investir na otimização<br />

<strong>da</strong> mão de obra – reduzindo o nú-


divulgação scania<br />

mero de operadores e enriquecendo<br />

suas funções, responsabili<strong>da</strong>des<br />

e autonomia.<br />

GrANDE DESAfIO<br />

Entretanto, o grande desafio<br />

para a implementação de EAGs<br />

está na transição do modelo<br />

convencional para o de profissionais<br />

que se autogerenciam. Para<br />

Batocchio, esta mu<strong>da</strong>nça passa<br />

por um processo de quebra de<br />

paradigmas dos colaboradores<br />

<strong>da</strong> empresa, o que pode despertar<br />

medo e instabili<strong>da</strong>de em algumas<br />

pessoas. “Quanto mais difícil for<br />

a quebra dos paradigmas, mais árduo<br />

será o processo de mu<strong>da</strong>nça”,<br />

pontua o professor. “Mas não se<br />

pode afirmar que há um processo<br />

de transição no Brasil, pois a<br />

maioria <strong>da</strong>s empresas nacionais<br />

ain<strong>da</strong> trabalham com o modelo<br />

convencional; as experiências que<br />

temos são, em grande parte, de<br />

subsidiárias de multinacionais”,<br />

observa ele.<br />

Este é o caso <strong>da</strong> Volvo do Brasil,<br />

que iniciou em 1998 a implemen-<br />

o ideal é buscar<br />

profissionais que<br />

tenham visão<br />

ampla e estratégica<br />

dos negócios <strong>da</strong><br />

empresa<br />

tação do modelo de gestão desenvolvido<br />

na Suécia muitos anos<br />

antes. “Percebemos a necessi<strong>da</strong>de<br />

de ter profissionais que pudessem<br />

trabalhar com a mínima supervisão<br />

direta, sendo eles conscientes e<br />

comprometidos em compartilhar<br />

responsabili<strong>da</strong>des”, detalha Daniel<br />

Lima, técnico <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

Volvo do Brasil.<br />

Com o tempo, os benefícios<br />

<strong>da</strong> opção por equipes autogerenciáveis<br />

começaram a aparecer na<br />

empresa: maior satisfação dos colaboradores,<br />

melhoria do ambiente<br />

de trabalho, cumprimento <strong>da</strong>s<br />

metas departamentais, redução de<br />

desperdícios e custos de operação<br />

uma forma de preparar autogestores é desenvolver no profissional<br />

características como liderança e pró-ativi<strong>da</strong>de<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong> 1


GESTãO EMPrESArIAl I<br />

para implantar uma<br />

Eag é fun<strong>da</strong>mental<br />

estabelecer objetivos<br />

claros sobre o que<br />

será colocado<br />

em prática<br />

e otimização de recursos, além dos<br />

ganhos de produtivi<strong>da</strong>de.<br />

“Nosso grande acerto foi ter<br />

realizado todos os estudos necessários,<br />

aplicando paralelamente<br />

diversos treinamentos nas áreas,<br />

desde profissionais de base até o<br />

mais alto nível hierárquico”, comenta<br />

Lima. Segundo o técnico,<br />

a ideia era eliminar todos os modelos<br />

do passado para implementar<br />

a nova gestão, seguindo a meta<br />

de identificar e erradicar desperdícios,<br />

atuando em um ambiente<br />

onde as pessoas interagissem sem<br />

barreiras entre elas.<br />

PlANEjAMENTO<br />

Para não errar na hora de implantar<br />

equipes autogerenciáveis,<br />

é fun<strong>da</strong>mental que algumas etapas<br />

sejam segui<strong>da</strong>s. Contudo, o<br />

professor Batocchio ressalta uma<br />

conduta em especial: “O principal<br />

é o estabelecimento claro e objetivo<br />

do que será posto em prática”.<br />

Em linhas gerais, é preciso elaborar<br />

um planejamento estratégico<br />

<strong>da</strong> organização especificamente<br />

para a adoção <strong>da</strong>s células autogerenciáveis.<br />

Este planejamento<br />

inicia-se com a sensibilização e<br />

conscientização sobre as EAGs:<br />

posteriormente, deve-se fazer um<br />

diagnóstico <strong>da</strong> situação atual <strong>da</strong><br />

empresa e elaborar as definições<br />

de visão, missão, objetivos e metas<br />

que se quer atingir com o novo<br />

projeto.<br />

Após estas etapas, deve-se<br />

desenvolver a estruturação <strong>da</strong><br />

célula EAG, bem como definir<br />

quais recursos serão necessários,<br />

as ativi<strong>da</strong>des que serão realiza<strong>da</strong>s e<br />

o cronograma de implementação.<br />

Feito isso, deverão ser listados<br />

os indicadores de desempenho<br />

<strong>da</strong> área e também os pontos de<br />

controle. Na fase final, coloca-se<br />

o projeto em prática e cria-se um<br />

método de avaliação e certificação<br />

do que foi planejado.<br />

“O tempo de implementação


V33<br />

Compromisso<br />

Esta é a nossa tarefa. Sempre.<br />

tornear e fresar<br />

Somente uma empresa séria, responsável e leal<br />

consegue construir uma história de sucesso ao<br />

longo de 47 anos.<br />

Oferecendo a mais completa linha de tornos<br />

automáticos do Brasil, a Ergomat mantém o<br />

compromisso de atender os seus clientes com<br />

efi ciência e dedicação. Sempre.<br />

Tradição e integri<strong>da</strong>de<br />

Inovação e tecnologia<br />

Confi abili<strong>da</strong>de<br />

Durabili<strong>da</strong>de<br />

Suporte técnico<br />

Parceria com o cliente<br />

Treinamento<br />

Assistência técnica<br />

Engenharia de aplicação<br />

Liderança em exportação<br />

FINAME e Cartão BNDES<br />

Tornos automáticos a cames<br />

Tornos CNC de carros múltiplos<br />

Tornos automáticos universais CNC<br />

Centros de torneamento<br />

Conheça a linha completa:<br />

www.ergomat.com.br<br />

Ergomat<br />

Fone 0xx11 5633.5000<br />

Fax 0xx11 5631.8553<br />

ven<strong>da</strong>s@ergomat.com.br<br />

R. Arnaldo Magniccaro,<br />

364 / São Paulo / SP


GESTãO EMPrESArIAl I<br />

Equipes<br />

autogerenciáveis<br />

necessitam de<br />

colaboradores que<br />

apren<strong>da</strong>m a trabalhar<br />

em grupo e assumam<br />

responsabili<strong>da</strong>des<br />

de ca<strong>da</strong> projeto varia dependendo<br />

<strong>da</strong> maturi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> organização,<br />

pois o diferencial <strong>da</strong>s células<br />

de autogerenciamento está nas<br />

pessoas. De maneira geral, após<br />

seis meses os resultados começam<br />

a aparecer”, aponta Amilto<br />

Matiazo, gerente de <strong>Usinagem</strong> de<br />

Motores <strong>da</strong> Scania Latin América<br />

– montadora que implantou as<br />

EAGs em 1994, com o programa<br />

chamado Scania Anos 90. “O<br />

projeto preparava a competência<br />

dos colaboradores para os desafios<br />

do novo milênio; este foi o marco<br />

inicial para a gestão participativa<br />

dentro <strong>da</strong> companhia”, comenta<br />

Matiazo.<br />

O gerente explica que, na<br />

época, o objetivo <strong>da</strong> estratégia foi<br />

1<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

<strong>da</strong>r mais autonomia e responsabili<strong>da</strong>de<br />

aos funcionários, além<br />

de propiciar o desenvolvimento,<br />

estimular a criativi<strong>da</strong>de e buscar<br />

mais agili<strong>da</strong>de nas decisões <strong>da</strong><br />

fábrica. “Hoje as metas continuam<br />

as mesmas; a diferença é que<br />

com o passar do tempo pudemos<br />

identificar facilmente os novos<br />

talentos dentro <strong>da</strong> organização”,<br />

detalha Matiazo.<br />

Sobre o perfil dos profissionais<br />

que formarão uma célula autogestora,<br />

o professor Batocchio indica<br />

que o ideal é buscar colaboradores<br />

que saibam ouvir, trabalhar em<br />

equipe e tenham visão ampla e<br />

estratégica <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> empresa.<br />

“Uma forma de preparar<br />

as pessoas é desenvolver nelas<br />

características como liderança,<br />

criativi<strong>da</strong>de e pró-ativi<strong>da</strong>de”, alerta<br />

Batocchio.<br />

Matiazo complementa, ressaltando<br />

que “não existe um perfil<br />

mais ou menos adequado, mas<br />

é preciso que os colaboradores<br />

apren<strong>da</strong>m a trabalhar em grupo<br />

e assumam responsabili<strong>da</strong>des. O<br />

segredo está nas pessoas criativas<br />

e com vontade de se desenvolver<br />

profissionalmente”.<br />

divulgação volvo do brasil


o treinamento dos<br />

profissionais é algo<br />

essencial para se<br />

obter resultados no<br />

curto prazo


GESTãO EMPrESArIAl I<br />

100% DE êXITO<br />

Atualmente, to<strong>da</strong> a área fabril<br />

<strong>da</strong> Volvo é autogerenciável e, para<br />

o sucesso deste método de gestão,<br />

uma equipe forma<strong>da</strong> por nove<br />

funcionários de diversas áreas <strong>da</strong><br />

empresa auxilia os trabalhos <strong>da</strong>s<br />

células autogestoras. “Realizamos<br />

pesquisas e treinamentos antes de<br />

implementar um modelo autogerenciável”,<br />

explica Lima. “Quando<br />

identificamos que em uma outra<br />

área é necessário implementar o<br />

modo de autogestão, informamos<br />

a diretoria e, após aprovação, iniciamos<br />

a aplicação do método”,<br />

revela o técnico.<br />

Segundo Lima, grande parte<br />

dos resultados obtidos pelas EAGs<br />

se deve à preparação dos autogestores.<br />

Ele conta que assim que<br />

um novo profissional ingressa na<br />

empresa é realiza<strong>da</strong> uma integração,<br />

momento em que são transmitidos<br />

todos os conhecimentos,<br />

princípios e benefícios <strong>da</strong> Volvo.<br />

Depois, é oferecido um treinamento<br />

completo sobre as equipes<br />

autogerenciáveis. “Nesta capacitação,<br />

explicamos a estrutura <strong>da</strong>s<br />

EAGs na companhia e ensinamos<br />

até onde vão as competências de<br />

ca<strong>da</strong> profissional”, acrescenta.<br />

Entre os benefícios adquiridos<br />

com a gestão, o técnico ressalta que<br />

o principal deles foi a comunicação<br />

direta entre os funcionários, já que<br />

as equipes resolvem os problemas<br />

entre si, eliminando desperdícios.<br />

“Consideramos a comunicação<br />

um grande ganho para a companhia;<br />

aumentamos a produção e<br />

a agili<strong>da</strong>de de nossos processos”,<br />

comemora Lima.<br />

Enfático, o professor Batocchio<br />

conclui a questão: “Não há<br />

dúvi<strong>da</strong>s sobre as vantagens e a vali<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> utilização <strong>da</strong> gestão com<br />

equipes autogerenciáveis; trata-se<br />

de uma evolução <strong>da</strong> organização<br />

do trabalho”.<br />

Natália carcavilla<br />

Jornalista<br />

*Depoimentos de Laercio Avileis Junior<br />

têm como base a Dissertação<br />

de Mestrado:<br />

‘Autogestão em células de manufaturas:<br />

requisitos para aplicação e avaliação<br />

em uma empresa de autopeças’<br />

Pós-Graduação em Eng. Mecânica<br />

Unicamp - 22/02/2006<br />

Orientador: Prof. Dr. Olívio Novaski


GESTãO EMPrESArIAl II<br />

na WEg máquinas são usina<strong>da</strong>s várias bases por dia<br />

20<br />

atenta à<br />

competitivi<strong>da</strong>de de<br />

seus processos,<br />

fabricante de<br />

motores elétricos<br />

desenvolve produtos<br />

na medi<strong>da</strong> ideal<br />

para as exigências<br />

do mercado<br />

WEg, em busca <strong>da</strong><br />

otimização constante<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

Fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 16 de setembro<br />

de 1961 por Werner Ricardo<br />

Voigt, Eggon João <strong>da</strong> Silva<br />

e Geraldo Werninghaus – cujas<br />

iniciais deram origem ao nome<br />

<strong>da</strong> empresa –, a WEG, tradicional<br />

fabricante brasileira de motores<br />

elétricos, é uma companhia multinacional<br />

para a qual a usinagem<br />

tem grande importância. Em sua<br />

sede localiza<strong>da</strong> em Jaraguá do<br />

Sul (SC) são usinados cerca de<br />

30.000 eixos diariamente, além<br />

de componentes em ferro fundido<br />

e alumínio injetado – algo<br />

que contribui para uma remoção<br />

mensal de quase 1.000 tonela<strong>da</strong>s<br />

de cavaco.<br />

Com um mix bem variado<br />

de produtos, a empresa produz<br />

aproxima<strong>da</strong>mente 6.000 diferentes<br />

tipos de eixos. Normalmente,<br />

são utilizados lotes médios de 200<br />

peças para os motores destinados<br />

à chama<strong>da</strong> linha branca de eletrodomésticos<br />

(como máquinas de<br />

Fotos: Foto áurea/Edson clóvis scharf


lavar e secadoras). Já para a linha<br />

industrial, que comporta motores<br />

de maior porte, os lotes podem ter<br />

de duas a três peças.<br />

Quanto aos materiais usinados,<br />

cerca de 90% são compostos por<br />

aço SAE 1045 e os 10% restantes<br />

são constituídos por outros tipos<br />

de aço, como o SAE 4140 e aços<br />

inoxidáveis AISI 304, AISI 316 e<br />

AISI 420, entre outros. Os eixos<br />

acabados são montados nos rotores<br />

engaiolados e, após balanceamento<br />

do conjunto, seguem em kits para<br />

as áreas de montagem final.<br />

Com filiais de ven<strong>da</strong>s em mais<br />

de 100 países, entre eles, Argentina,<br />

Chile, China, Dubai, Índia,<br />

México, Portugal e Rússia, a WEG<br />

é uma empresa genuinamente<br />

brasileira e parte de sua produção<br />

é exporta<strong>da</strong> em forma de<br />

subconjuntos CKD – Completely<br />

Knock-Down para algumas <strong>da</strong>s<br />

subsidiárias que ain<strong>da</strong> não são autossuficientes<br />

em componentes.<br />

bUScANDO MElhOrIAS<br />

O sucesso <strong>da</strong> companhia se<br />

deve principalmente à competência<br />

técnica de ca<strong>da</strong> colaborador,<br />

pois segundo frase de um de seus<br />

fun<strong>da</strong>dores, Sr. Eggon João <strong>da</strong><br />

Silva, o “E” de WEG, máquinas podem<br />

ser compra<strong>da</strong>s ou toma<strong>da</strong>s por<br />

empréstimo; contudo, o que faz a<br />

diferença são pessoas motiva<strong>da</strong>s.<br />

Além disso, to<strong>da</strong>s as etapas de fabricação<br />

são realiza<strong>da</strong>s internamente<br />

e a conduta adota<strong>da</strong> na companhia<br />

compreende e privilegia os aspectos<br />

de produtivi<strong>da</strong>de, racionalização de<br />

custos e otimização dos processos<br />

de fabricação. A equipe que atua<br />

nos processos de usinagem, por<br />

exemplo , é altamente especializa<strong>da</strong><br />

e busca implementar constantemente<br />

os parâmetros mais adequados<br />

a ca<strong>da</strong> situação em particular.<br />

Como a empresa trabalha com<br />

uma infini<strong>da</strong>de de pequenos lotes,<br />

a redução dos tempos de preparação<br />

de máquinas – o chamado<br />

set-up – é um procedimento fun<strong>da</strong>mental,<br />

pois a todo momento<br />

ocorrem trocas de um lote pronto<br />

por outro que deve ser executado.<br />

Assim, quanto mais rápi<strong>da</strong> for a<br />

troca entre os lotes, maior será a<br />

produtivi<strong>da</strong>de.<br />

Na WEG há uma busca contínua<br />

por melhores práticas e, por<br />

isso, a empresa estimula em seus<br />

fornecedores o desenvolvimento<br />

de alternativas em produtos e<br />

serviços que possam render me-<br />

conduta adota<strong>da</strong> na WEg privilegia produtivi<strong>da</strong>de. na segun<strong>da</strong> foto, <strong>da</strong> esq. para a dir.: antonio petry, <strong>da</strong><br />

sandvik coromant, andré luiz klauberg e pedro roque de moraes, <strong>da</strong> Engenharia industrial <strong>da</strong> WEg<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong> 21


GESTãO EMPrESArIAl II<br />

Etapas de fabricação de eixos envolvem operações de corte de barras,<br />

furações, torneamento, operações de fresamento e retificação<br />

lhorias que se mostrem mais econômicas<br />

ou produtivas. Quando<br />

se trabalha com altos volumes,<br />

embora os lotes sejam de poucas<br />

peças, um aumento de 5% no<br />

ritmo <strong>da</strong> produção pode significar<br />

um ganho enorme ao final de um<br />

certo período.<br />

Os equipamentos utilizados<br />

na usinagem de eixos são, na<br />

grande maioria, máquinas CNC<br />

– Computer Numerical Control –,<br />

sendo que 45% destas têm menos<br />

de cinco anos de i<strong>da</strong>de. Somente<br />

no ano de 2008, a área recebeu 30<br />

novas máquinas dos mais diversos<br />

modelos, indica<strong>da</strong>s para operações<br />

que variam do torneamento<br />

à retificação.<br />

As etapas de fabricação de eixos<br />

envolvem principalmente operações<br />

de corte de barras, furações<br />

(furos de centro e furos roscados),<br />

torneamento, operações de fresamento<br />

(aberturas de chavetas<br />

22<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

e faceamento de superfícies) e<br />

retificação. A WEG oferece ao<br />

mercado mais de 30.000 tipos de<br />

motores, sendo que muitos deles<br />

são itens especiais que os clientes<br />

têm dificul<strong>da</strong>de em encontrar no<br />

mercado, ou seja, qualquer pessoa<br />

que necessitar de um motor com<br />

alguma característica específica,<br />

encontrará na companhia uma<br />

solução precisa e adequa<strong>da</strong>.<br />

Fotos: divulgação WEg<br />

OTIMIzAçãO DE PrOcESSOS<br />

Atualmente, o ensino <strong>da</strong> usinagem<br />

está bem difundido nas facul<strong>da</strong>des<br />

de Engenharia Mecânica,<br />

mas não há como superar a experiência<br />

que se ganha enfrentando<br />

os desafios <strong>da</strong> área todos os dias<br />

no chão de fábrica. Assim ocorreu<br />

com André Luiz Klauberg, <strong>da</strong><br />

Engenharia Industrial <strong>da</strong> WEG,<br />

que está há nove anos na companhia<br />

e há oito trabalha especificamente<br />

na produção de eixos.<br />

Segundo ele, para se obter o êxito<br />

esperado pela organização, além<br />

de todo o enfoque técnico que é<br />

destinado à produção, é também<br />

fun<strong>da</strong>mental “comprar bem”. É<br />

preciso qualificar fornecedores e<br />

estabelecer parcerias que possam<br />

contribuir para o aumento <strong>da</strong><br />

competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> operação.<br />

Na fabricação de eixos, um dos<br />

processos mais importantes é o<br />

torneamento e, por este motivo,<br />

a interação entre fornecedor e<br />

usuário se torna intensa. De acordo<br />

com Antonio Petry, vendedor<br />

técnico <strong>da</strong> Sandvik Coromant,<br />

são objetivos constantes a busca<br />

genuinamente brasileira, WEg mantém filiais de ven<strong>da</strong> em mais de<br />

100 países, entre eles, argentina, chile, china, dubai e Índia


GESTãO EMPrESArIAl II<br />

Etapas de fabricação de eixos envolvem operações de corte de barras,<br />

furações, torneamento, operações de fresamento e retificação<br />

lhorias que se mostrem mais econômicas<br />

ou produtivas. Quando<br />

se trabalha com altos volumes,<br />

embora os lotes sejam de poucas<br />

peças, um aumento de 5% no<br />

ritmo <strong>da</strong> produção pode significar<br />

um ganho enorme ao final de um<br />

certo período.<br />

Os equipamentos utilizados<br />

na usinagem de eixos são, na<br />

grande maioria, máquinas CNC<br />

– Computer Numerical Control –,<br />

sendo que 45% destas têm menos<br />

de cinco anos de i<strong>da</strong>de. Somente<br />

no ano de 2008, a área recebeu 30<br />

novas máquinas dos mais diversos<br />

modelos, indica<strong>da</strong>s para operações<br />

que variam do torneamento<br />

à retificação.<br />

As etapas de fabricação de eixos<br />

envolvem principalmente operações<br />

de corte de barras, furações<br />

(furos de centro e furos roscados),<br />

torneamento, operações de fresamento<br />

(aberturas de chavetas<br />

22<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

e faceamento de superfícies) e<br />

retificação. A WEG oferece ao<br />

mercado mais de 30.000 tipos de<br />

motores, sendo que muitos deles<br />

são itens especiais que os clientes<br />

têm dificul<strong>da</strong>de em encontrar no<br />

mercado, ou seja, qualquer pessoa<br />

que necessitar de um motor com<br />

alguma característica específica,<br />

encontrará na companhia uma<br />

solução precisa e adequa<strong>da</strong>.<br />

Fotos: divulgação WEg<br />

OTIMIzAçãO DE PrOcESSOS<br />

Atualmente, o ensino <strong>da</strong> usinagem<br />

está bem difundido nas facul<strong>da</strong>des<br />

de Engenharia Mecânica,<br />

mas não há como superar a experiência<br />

que se ganha enfrentando<br />

os desafios <strong>da</strong> área todos os dias<br />

no chão de fábrica. Assim ocorreu<br />

com André Luiz Klauberg, <strong>da</strong><br />

Engenharia Industrial <strong>da</strong> WEG,<br />

que está há nove anos na companhia<br />

e há oito trabalha especificamente<br />

na produção de eixos.<br />

Segundo ele, para se obter o êxito<br />

esperado pela organização, além<br />

de todo o enfoque técnico que é<br />

destinado à produção, é também<br />

fun<strong>da</strong>mental “comprar bem”. É<br />

preciso qualificar fornecedores e<br />

estabelecer parcerias que possam<br />

contribuir para o aumento <strong>da</strong><br />

competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> operação.<br />

Na fabricação de eixos, um dos<br />

processos mais importantes é o<br />

torneamento e, por este motivo,<br />

a interação entre fornecedor e<br />

usuário se torna intensa. De acordo<br />

com Antonio Petry, vendedor<br />

técnico <strong>da</strong> Sandvik Coromant,<br />

são objetivos constantes a busca<br />

genuinamente brasileira, WEg mantém filiais de ven<strong>da</strong> em mais de<br />

100 países, entre eles, argentina, chile, china, dubai e Índia


GESTãO EMPrESArIAl II<br />

por geometrias que controlem<br />

adequa<strong>da</strong>mente a formação<br />

dos cavacos e permitam<br />

acabamentos mais finos com<br />

parâmetros de corte mais<br />

produtivos, além de classes<br />

de metal duro que resistam<br />

melhor aos desgastes.<br />

Manter o fluxo de produção é<br />

tão importante para a WEG que<br />

a companhia criou uma espécie de<br />

almoxarifado móvel que realiza<br />

de duas a três ron<strong>da</strong>s por turno,<br />

disponibilizando e repondo todo<br />

o ferramental necessário à produção<br />

– um método que evita a saí<strong>da</strong><br />

do operador <strong>da</strong> máquina para a<br />

busca de qualquer ferramenta.<br />

Além disso, o desenvolvimento<br />

dos custos é acompanhado com<br />

muita atenção.<br />

Para o gerenciamento de ferramentas,<br />

por exemplo, foram<br />

adotados indicadores específicos,<br />

monitorados mensalmente ou<br />

quinzenalmente por um grupo<br />

de analistas que cui<strong>da</strong>m especificamente<br />

<strong>da</strong> usinagem.<br />

WEG ENErGIA<br />

Com a evolução dos negócios<br />

para a área de energia, surgiu a<br />

necessi<strong>da</strong>de de montar a uni<strong>da</strong>de<br />

WEG Máquinas, destina<strong>da</strong> à produção<br />

de motores e geradores sob<br />

encomen<strong>da</strong>. Entre os segmentos<br />

industriais que mais consomem<br />

estes produtos estão o sucroalcoleiro,<br />

naval/offshore (óleo e gás) e<br />

o siderúrgico.<br />

Edinei Gomes de Sales, <strong>da</strong><br />

Engenharia Industrial <strong>da</strong> WEG<br />

Máquinas, informa que os produtos<br />

engenheirados exigem muitas<br />

ferramentas especiais. Os motores<br />

produzidos ali apresentam grandes<br />

dimensões, sendo que as carcaças<br />

À esquer<strong>da</strong>, antonio petry, vendedor técnico <strong>da</strong> sandvik coromant, e à<br />

direita, Edinei gomes de sales, <strong>da</strong> Engenharia industrial <strong>da</strong> WEg<br />

2<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

Foto áurea/Edson clóvis scharf<br />

divulgação WEg


e tampas podem ser caldeira<strong>da</strong>s<br />

ou fundi<strong>da</strong>s, deman<strong>da</strong>ndo muitas<br />

operações de fresamento de faces<br />

e canais, além do torneamento de<br />

eixos de maiores dimensões.<br />

A alta diversificação de itens<br />

impõe certos desafios para a otimização<br />

dos processos de usinagem.<br />

Justamente por não se tratar<br />

de produção seria<strong>da</strong>, o arranjo<br />

físico no chão de fábrica dedicado<br />

a estes produtos é funcional<br />

pois, como ca<strong>da</strong> produto possui<br />

características específicas, inviabiliza-se<br />

a montagem de células<br />

de manufatura, por exemplo.<br />

As exigências técnicas e o<br />

volume de produção fizeram<br />

com que o atendimento, que<br />

anteriormente era oferecido por<br />

um distribuidor, passasse a ser<br />

feito diretamente pelo fabricante<br />

de ferramentas. Atualmente,<br />

2<br />

GESTãO EMPrESArIAl II<br />

investimentos expressivos<br />

o fornecedor de ferramentas<br />

mantém o especialista em usinagem<br />

Antonio Petry à disposição<br />

<strong>da</strong> empresa para atuar em estreita<br />

parceria com os profissionais<br />

de Engenharia <strong>da</strong> WEG e com<br />

o grupo de lean manufacturing,<br />

(manufatura enxuta) em busca<br />

de soluções otimiza<strong>da</strong>s para os<br />

processos que envolvam peças<br />

de grandes dimensões e usinagem<br />

pesa<strong>da</strong>.<br />

posiciona<strong>da</strong> como fornecedora de motores elétricos para qualquer tipo<br />

de aplicação, a WEg possui hoje to<strong>da</strong>s as certificações exigi<strong>da</strong>s pelas<br />

principais indústrias dentro e fora do país, <strong>da</strong> automotiva à eletronuclear.<br />

mais conheci<strong>da</strong> pelos motores elétricos, a empresa atua em quatro áreas<br />

distintas de negócio: motores, automação, energia e tintas industriais.<br />

orienta<strong>da</strong> para produtos de primeira linha, a companhia sempre investiu<br />

em quali<strong>da</strong>de e trabalha com grupos de ccq (círculos de controle de<br />

quali<strong>da</strong>de) há mais de 20 anos, o que tem contribuído para o processo de<br />

melhoria contínua de seus produtos e serviços.<br />

nos últimos anos a WEg cresceu entre 20% e 30% ao ano, com ênfase<br />

volta<strong>da</strong> aos produtos dedicados ao segmento de energia. segundo<br />

andressa pereira, assessora de imprensa do marketing corporativo <strong>da</strong><br />

WEg, a empresa possui forte atuação no desenvolvimento social nas<br />

regiões nas quais está inseri<strong>da</strong>, o que contribui para a quali<strong>da</strong>de de<br />

vi<strong>da</strong> de seus funcionários e também <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des onde mantém fábricas.<br />

suas ações abrangem aspectos sociais, econômicos e ambientais,<br />

colaborando significativamente para a formação e capacitação de mão<br />

de obra especializa<strong>da</strong>.<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

com mix variado de produtos, empresa produz cerca de 6.000<br />

diferentes tipos de eixos<br />

Os trabalhos de otimização visam<br />

não só a redução dos tempos<br />

de usinagem, mas também dos<br />

tempos de set-up que, em função<br />

do tamanho <strong>da</strong>s peças, tendem a<br />

ser maiores. O trabalho conjunto<br />

também visa a eliminar gargalos.<br />

Um bom exemplo ocorreu na<br />

usinagem de uma placa de ancoragem<br />

(SAE 1045), onde a troca<br />

<strong>da</strong> classe do metal duro de GC<br />

4030 para GC 4230 e a mu<strong>da</strong>nça<br />

<strong>da</strong> geometria de quebra cavacos<br />

de PH para PM, além de alguns<br />

ajustes nos parâmetros de corte,<br />

promoveram ganhos de até 48%<br />

nos tempos de usinagem.<br />

Hoje um dos principais fornecedores<br />

de ferramentas <strong>da</strong> WEG é a<br />

Sandvik Coromant, por proporcionar<br />

serviços de assistência técnica à<br />

altura <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> empresa<br />

com prazos e custos competitivos.<br />

A julgar pelo êxito que vem obtendo<br />

ao longo dos últimos tempos<br />

e com o crescimento contínuo <strong>da</strong><br />

WEG nos mercados aos quais se<br />

dedica, esta parceria promete consoli<strong>da</strong>r-se<br />

ca<strong>da</strong> vez mais.<br />

Eng Msc francisco Marcondes<br />

editor-chefe<br />

Revista O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

divulgação WEg


TENDêNcIAS E OPOrTUNIDADES<br />

produtivi<strong>da</strong>de amplia<strong>da</strong><br />

com corte a laser<br />

colhedoras case iH, monta<strong>da</strong>s em piracicaba, já recebem componentes fabricados na uni<strong>da</strong>de de sorocaba<br />

2<br />

Fabricante de<br />

máquinas agrícolas,<br />

cnH reativa fábrica<br />

e constrói planta<br />

modelo equipa<strong>da</strong><br />

com sistemas de<br />

última geração<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

Direcionando seus produtos<br />

para os setores agrícola e<br />

<strong>da</strong> construção civil, a Case<br />

New Holland (CNH) – importante<br />

fabricante de equipamentos<br />

de origem italiana – é uma <strong>da</strong>s<br />

empresas que compõem o Grupo<br />

Fiat. Em 2007, a CNH detectou a<br />

oportuni<strong>da</strong>de de incrementar sua<br />

produção de máquinas agrícolas<br />

e de construção – equipamentos<br />

que apresentam em comum grandes<br />

dimensões e elevados níveis de<br />

tecnologia embarca<strong>da</strong>.<br />

Para isso, a empresa resolveu<br />

reativar sua fábrica de Sorocaba<br />

(SP), que se encontrava inoperante<br />

desde o ano de 2001. Agora,<br />

com a planta totalmente reforma<strong>da</strong><br />

e atualiza<strong>da</strong>, a fabricação <strong>da</strong>s<br />

colheitadeiras será inicia<strong>da</strong> no<br />

final de 2009 e, ao final de 2010,<br />

a planta deverá produzir também<br />

máquinas para construção. Com<br />

a operação no Brasil, a uni<strong>da</strong>de<br />

será referência mundial expor-<br />

divulgação cnH


tando para todos os mercados em<br />

que a CNH atua.<br />

O objetivo <strong>da</strong> empresa é tornar<br />

Sorocaba uma planta modelo que<br />

sirva de referência para o grupo.<br />

Com este propósito, o complexo<br />

fabril foi ampliado de 90 mil para<br />

150 mil metros quadrados, incluindo<br />

o novo Centro de Logística<br />

e Distribuição de Peças, e passou<br />

a receber sistemas produtivos<br />

com recursos de alta tecnologia e<br />

alta performance.<br />

Para equipar a fábrica, a CNH<br />

adquiriu seis máquinas de corte a<br />

laser dota<strong>da</strong>s de um sofisticado<br />

sistema de alimentação de carga<br />

e descarga automatizado. As máquinas<br />

já instala<strong>da</strong>s em Sorocaba<br />

– que atualmente produzem<br />

componentes para a uni<strong>da</strong>de<br />

de Piracicaba – estabelecem um<br />

ao lado, torres de<br />

prateleiras do sistema<br />

automatizado de<br />

alimentação<br />

de chapas<br />

marco histórico, já que compõem<br />

o primeiro sistema de corte a<br />

laser totalmente automatizado<br />

do Brasil.<br />

PrOcESSO ESPEcIAlIzADO<br />

Para encontrar as máquinas<br />

mais adequa<strong>da</strong>s à nova produção<br />

de Sorocaba, a CNH levou em<br />

consideração as condições específicas<br />

envolvi<strong>da</strong>s em seus processos<br />

de fabricação – chapas de aço estrutural<br />

de alta espessura; lotes pe-<br />

máquinas de corte a laser proporcionam maior precisão,<br />

além de economizar matéria prima<br />

Fotos: roberto silva<br />

quenos de produção; e fabricação<br />

de alta eficiência, que deman<strong>da</strong>va<br />

agili<strong>da</strong>de para a<strong>da</strong>ptações futuras<br />

de projeto.<br />

O sistema escolhido é formado<br />

por seis máquinas de corte a laser<br />

modelo Platino 1530, com 4.000<br />

Watts de potência, dividi<strong>da</strong>s em<br />

duas linhas de operação; to<strong>da</strong>s<br />

fabrica<strong>da</strong>s pela empresa italiana<br />

PRIMA INDUSTRIE e forneci<strong>da</strong>s<br />

pela MAN Ferrostaal.<br />

O processo de corte ocorre<br />

quando o feixe de laser se forma a<br />

partir <strong>da</strong> excitação <strong>da</strong>s partículas<br />

de três gases (hélio, gás carbônico<br />

e nitrogênio). Este feixe é refletido<br />

por um jogo de espelhos e convergido<br />

sobre a chapa que será corta<strong>da</strong>.<br />

Nivaldo Bezerra, engenheiro<br />

de Manufatura <strong>da</strong> CNH, destaca<br />

que o sistema trabalha com excelente<br />

precisão dimensional. Além<br />

disso, informa que outras vantagens<br />

do corte a laser são a agili<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> operação e a possibili<strong>da</strong>de de<br />

trabalhar com diversas espessuras<br />

de chapas de aço.<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong> 29


TENDêNcIAS E OPOrTUNIDADES<br />

vErSATIlIDADE<br />

Para atender a uma deman<strong>da</strong><br />

por produtos ca<strong>da</strong> vez mais complexos<br />

e altamente tecnológicos,<br />

as indústrias de equipamentos<br />

agrícolas precisam desenvolver<br />

modelos ca<strong>da</strong> dia mais eficientes<br />

e adequados para ca<strong>da</strong> aplicação.<br />

Deste modo, a versatili<strong>da</strong>de do<br />

processo de fabricação é uma<br />

característica valoriza<strong>da</strong> na produção<br />

de equipamentos para<br />

este mercado. Considerando esta<br />

tendência, a CNH optou por<br />

trabalhar com o sistema de corte<br />

a laser, já que esta é uma solução<br />

que se a<strong>da</strong>pta à produção de lotes<br />

pequenos e seriados.<br />

“As máquinas de corte a laser<br />

são destina<strong>da</strong>s a operações com<br />

altos volumes de produção e que<br />

possam estar sujeitas a sofrer alterações<br />

em seu projeto”, comenta<br />

Valter Ribeiro, gerente de Produto<br />

<strong>da</strong> Divisão de Chapas <strong>da</strong> MAN<br />

Ferrostaal. Segundo o gerente, o<br />

corte a laser possibilita que se faça<br />

alterações no projeto <strong>da</strong> fabricação<br />

do produto, pois se a<strong>da</strong>pta<br />

facilmente ao corte de diferentes<br />

materiais e espessuras.<br />

De acordo com Ribeiro, o<br />

sistema de corte a laser automatizado<br />

tem proporcionado maiores<br />

0<br />

sistema de<br />

automação <strong>da</strong>s<br />

máquinas garante<br />

agili<strong>da</strong>de e<br />

segurança<br />

durante o corte<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

roberto silva<br />

índices de produtivi<strong>da</strong>de para a<br />

CNH, devido à grande agili<strong>da</strong>de<br />

do sistema de alimentação automática<br />

acoplado a ca<strong>da</strong> linha de<br />

produção. Neste processo, o manipulador<br />

<strong>da</strong> máquina retira a chapa<br />

de aço <strong>da</strong> prateleira, leva-a até o<br />

ponto onde será feito o corte e,<br />

enquanto o laser opera sobre esta<br />

chapa, o manipulador movimenta<br />

outras chapas de volta às prateleiras.<br />

Apesar de o sistema envolver<br />

seis máquinas que trabalham<br />

simultaneamente, apenas dois<br />

operadores são necessários para<br />

supervisionar o funcionamento<br />

de to<strong>da</strong> a estação de corte.<br />

Ribeiro afirma que o nível de<br />

produtivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s máquinas aumenta<br />

significativamente no conjunto<br />

graças à ação do sistema de<br />

automação. “Elas podem realizar<br />

as operações de carga e descarga<br />

100% automáticas”, explica. “Além<br />

disso, também apresentam alta<br />

veloci<strong>da</strong>de tanto no corte quanto<br />

no deslocamento <strong>da</strong>s chapas”.<br />

Atendendo às especificações


na uni<strong>da</strong>de de<br />

sorocaba também<br />

será construído o<br />

maior centro de<br />

distribuição de peças<br />

<strong>da</strong> cnH na<br />

américa latina<br />

<strong>da</strong> CNH nos aspectos de agili<strong>da</strong>de,<br />

produtivi<strong>da</strong>de e segurança <strong>da</strong>s<br />

operações, as máquinas de corte<br />

a laser PRIMA INDUSTRIE<br />

também oferecem a vantagem de<br />

economizar matéria prima, realizando<br />

cortes sem rebarbas, além<br />

de conseguir operar em chapas de<br />

maior espessura – 10 milímetros<br />

no caso <strong>da</strong> planta de Sorocaba<br />

–, podendo cortar chapas de até<br />

25 mm. “Queríamos poder contar<br />

com equipamentos eficientes<br />

e produtivos, por isso optamos<br />

pelo sistema de corte a laser automatizado”,<br />

afirma o engenheiro<br />

Bezerra, <strong>da</strong> CNH.<br />

na contracorrente<br />

MADE IN brASIl<br />

Há 50 anos no mercado brasileiro,<br />

a CNH conta com quatro<br />

plantas instala<strong>da</strong>s no País – além<br />

<strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des de Sorocaba e Piracicaba,<br />

existem também as de<br />

Contagem (MG) e Curitiba (PR).<br />

Segundo Bezerra, a proposta original<br />

<strong>da</strong> reativação <strong>da</strong> fábrica de<br />

Sorocaba é trazer para o País uma<br />

parte importante <strong>da</strong> produção<br />

dos equipamentos importados. A<br />

meta é atender com estes produtos<br />

to<strong>da</strong> a deman<strong>da</strong> do mercado<br />

latino-americano.<br />

Com o intuito de assegurar<br />

a agili<strong>da</strong>de e quali<strong>da</strong>de na produção,<br />

a CNH também adotou<br />

a estratégia de centralizar todos<br />

os processos de fabricação na<br />

própria planta de Sorocaba, sem<br />

terceirizar etapas (veja quadro<br />

abaixo). “Para isto, contamos com<br />

o trabalho de engenheiros especializados<br />

nas áreas de corte, dobra,<br />

usinagem, sol<strong>da</strong>, montagem e<br />

pintura, que garantem que todos<br />

os requisitos exigidos pela empresa<br />

sejam atendidos”, afirma Rogério<br />

uma <strong>da</strong>s estratégias adota<strong>da</strong>s pela cnH na fábrica de sorocaba é a<br />

verticalização do processo de produção <strong>da</strong>s colheitadeiras. Enquanto a<br />

maioria <strong>da</strong>s empresas opta pela terceirização na fabricação de seus produtos,<br />

a empresa escolheu trazer para dentro <strong>da</strong> planta to<strong>da</strong> a cadeia de<br />

produção, podendo assim acompanhar de perto as etapas dos processos,<br />

a fim de disponibilizar ao mercado um produto final de alta confiabili<strong>da</strong>de.<br />

para nivaldo bezerra, engenheiro de manufatura <strong>da</strong> cnH, a verticalização<br />

é importante para que a empresa não perca o know-how <strong>da</strong> produção.<br />

“quando a empresa conhece o processo de fabricação, pode avaliar qual<br />

a melhor forma de colocar o projeto em prática e também alterá-lo, de<br />

acordo com as necessi<strong>da</strong>des do cliente”, explica bezerra.<br />

roberto silva<br />

<strong>da</strong> esquer<strong>da</strong> para a direita:<br />

valter ribeiro, <strong>da</strong> man Ferrostaal<br />

e nivaldo bezerra, <strong>da</strong> cnH<br />

Rosetti, gerente <strong>da</strong> Engenharia de<br />

Manufatura <strong>da</strong> CNH.<br />

Para Bezerra, a tecnologia<br />

aplica<strong>da</strong> na fabricação dos equipamentos<br />

agrícolas é o que assegura<br />

o diferencial do produto <strong>da</strong> empresa.<br />

“Ao adquirir os equipamentos<br />

para fabricar as colheitadeiras,<br />

procuramos o que havia de melhor<br />

no mercado”, revela ele.<br />

No momento, sob a liderança<br />

do diretor industrial Theodoro<br />

Paraschiva, a fábrica está trabalhando<br />

no desenvolvimento de<br />

todo o parque industrial e do<br />

projeto piloto <strong>da</strong>s colheitadeiras,<br />

e novas máquinas estão sendo<br />

testa<strong>da</strong>s para adequar a produção<br />

<strong>da</strong> fábrica às exigências operacionais<br />

<strong>da</strong> CNH. Nesta fase, os<br />

com a verticalização<br />

<strong>da</strong> fabricação dos<br />

produtos, empresa<br />

mantém maior<br />

controle sobre os<br />

processos produtivos<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong> 1


TENDêNcIAS E OPOrTUNIDADES<br />

uni<strong>da</strong>de de sorocaba<br />

teve área amplia<strong>da</strong><br />

para 150 mil metros<br />

quadrados<br />

profissionais <strong>da</strong> companhia estão<br />

empenhados em a<strong>da</strong>ptar os projetos<br />

dos produtos desenvolvidos no<br />

exterior às condições de trabalho<br />

que encontrarão no Brasil.<br />

Priorizando a tecnologia na<br />

fabricação <strong>da</strong>s colheitadeiras e<br />

retroescavadeiras, a planta contará<br />

com processos modernos de<br />

fabricação, como sol<strong>da</strong> mig com<br />

tecnologia pulsativa (50% menos<br />

energia e respingo), tecnologia<br />

várias marcas e força mundial<br />

subsidiária do grupo Fiat, a case new Holland (cnH) foi cria<strong>da</strong> em<br />

1999, resultado <strong>da</strong> fusão <strong>da</strong> case corporation com a new Holland n.v.<br />

operando atualmente em 170 países, a companhia registrou faturamento<br />

global de us$ 18,5 bilhões em 2008, sendo que os equipamentos para<br />

o mercado agrícola representaram 70% deste total, enquanto que os<br />

equipamentos destinados à construção civil responderam por 24% dos<br />

negócios e as operações de serviços financeiros pelos 6% restantes.<br />

mantendo aproxima<strong>da</strong>mente 31.500 colaboradores em nível mundial,<br />

a empresa possui 40 fábricas e 27 centros de pesquisa estrategicamente<br />

distribuídos pela Europa, américa do norte, américa latina e<br />

ásia. a região composta pela américa do sul e américa central responde<br />

por cerca de 12% <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s globais no segmento agrícola e 20% dos<br />

negócios no setor <strong>da</strong> construção.<br />

considera<strong>da</strong> a maior fabricante mundial de tratores e colheitadeiras<br />

agrícolas, a cnH fabrica também equipamentos para construção como retroescavadeiras,<br />

minicarregadeiras, pás-carregadeiras, escavadeiras, motoniveladoras<br />

e tratores de esteira. to<strong>da</strong>s as plantas <strong>da</strong> cnH na américa<br />

latina estão localiza<strong>da</strong>s no brasil. Em contagem (mg) são fabrica<strong>da</strong>s as<br />

máquinas para construção; em curitiba (pr) são produzidos equipamentos<br />

agrícolas; em piracicaba (sp) são fabrica<strong>da</strong>s as colhedoras de cana de açúcar<br />

e café, e na fábrica de sorocaba serão produzi<strong>da</strong>s máquinas agrícolas,<br />

máquinas de construção e componentes para a uni<strong>da</strong>de de piracicaba.<br />

2<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

divulgação cnH<br />

AGV (Automated Guided Vehicle)<br />

para movimentar o produto automaticamente<br />

entre os processos<br />

e pintura com a possibili<strong>da</strong>de de<br />

aplicação mono ou bi componente,<br />

que possui alto teor de sólidos<br />

e baixa temperatura, reduzindo<br />

assim a emissão de compostos<br />

orgânicos voláteis.<br />

Na uni<strong>da</strong>de de Sorocaba também<br />

será construído o maior<br />

centro de logística e distribuição<br />

de peças <strong>da</strong> CNH na América Latina,<br />

com o objetivo de ser o mais<br />

moderno do Grupo Fiat. Nos 60<br />

mil metros quadrados do centro,<br />

serão instalados equipamentos de<br />

última geração para a movimentação<br />

e embalagem dos produtos, e o<br />

estoque será abastecido com 154<br />

mil diferentes tipos de peças.<br />

Thaís Tüchumantel<br />

Jornalista


notÍcias&curiosi<strong>da</strong>dEs i<br />

Eletrônica industrial ganha curso superior<br />

com o credenciamento <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong>de de tecnologia sEnai anchieta, rede<br />

de ensino amplia área de atuação e promove mais benefícios ao mercado<br />

procurando atender a crescente<br />

deman<strong>da</strong> por mão de<br />

obra qualifica<strong>da</strong> na área de<br />

eletrônica <strong>da</strong> região metropolitana<br />

de São Paulo, a Facul<strong>da</strong>de de Tecnologia<br />

SENAI Anchieta criou o<br />

Curso Superior de Tecnologia<br />

em Eletrônica Industrial. O objetivo<br />

é formar profissionais que<br />

estejam melhor preparados para<br />

atuar no mercado industrial.<br />

Credencia<strong>da</strong> em novembro<br />

de 2008, a instituição de ensino<br />

superior iniciou suas operações<br />

em julho deste ano com o ingresso<br />

<strong>da</strong> primeira turma de futuros tecnólogos<br />

em eletrônica industrial.<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

O curso promove aos alunos o<br />

conhecimento sobre a integração<br />

de tecnologias <strong>da</strong> eletrônica,<br />

acionamentos eletromecânicos e<br />

controles inteligentes por meio<br />

de trabalhos realizados em computadores,<br />

microcontroladores e<br />

controladores programáveis.<br />

De acordo com Augusto Lins<br />

de Albuquerque Neto, diretor <strong>da</strong><br />

Facul<strong>da</strong>de de Tecnologia, o novo<br />

curso formará profissionais capacitados<br />

para projetar, implementar<br />

e realizar manutenção de produtos<br />

e processos eletrônicos voltados<br />

principalmente para a automação<br />

industrial. “É muito importante<br />

formar profissionais em nível<br />

superior para a área <strong>da</strong> eletrônica,<br />

pois este é um setor indispensável<br />

para as empresas que encontram-se<br />

em constante desenvolvimento”,<br />

explica.<br />

O diretor ain<strong>da</strong> ressalta que a<br />

formação de profissionais capazes<br />

de li<strong>da</strong>r com os desafios do mercado<br />

de trabalho oferecerá mais<br />

competitivi<strong>da</strong>de às companhias e<br />

instituições <strong>da</strong> região paulistana.<br />

Segundo Neto, o conteúdo tecnológico<br />

desenvolvido para o curso<br />

desempenha papel fun<strong>da</strong>mental no<br />

processo produtivo <strong>da</strong>s empresas, já<br />

que a eletrônica é a base <strong>da</strong> opera-<br />

divulgação sEnai anchieta


ção dos equipamentos e sistemas<br />

industriais modernos. “Com colaboradores<br />

melhor preparados,<br />

os serviços oferecidos ao mercado<br />

poderão ser ca<strong>da</strong> vez mais eficientes”,<br />

acrescenta ele.<br />

APrENDIzADO DE qUAlIDADE<br />

O Curso Superior de Tecnologia<br />

em Eletrônica Industrial tem<br />

duração de três anos e é constituído<br />

por quatro módulos: básico, específico<br />

I, específico II e final.<br />

Depois de concluir o módulo<br />

específico I, com duração de dois<br />

semestres, o aluno acumula o<br />

conhecimento necessário para<br />

atuar como programador de produtos<br />

e sistemas eletrônicos para<br />

automação industrial; para atuar<br />

como mantenedor, deve concluir<br />

o módulo específico II.<br />

Para formar-se tecnólogo em<br />

eletrônica industrial, é necessário<br />

que o aluno cumpra 2.400 horas de<br />

aulas teóricas e práticas, realiza<strong>da</strong>s<br />

no período noturno, e mais 400<br />

horas de estágio supervisionado.<br />

Pensando no desenvolvimento<br />

e bem-estar dos estu<strong>da</strong>ntes, a<br />

Facul<strong>da</strong>de oferece infraestrutura completa de ensino<br />

laboratórios do curso superior de tecnologia em Eletrônica industrial<br />

proporcionam conhecimento prático aos alunos<br />

Facul<strong>da</strong>de de Tecnologia SENAI<br />

Anchieta oferece infraestrutura<br />

completa de ensino. Além <strong>da</strong>s<br />

salas de aula, onde é ministra<strong>da</strong> a<br />

parte teórica do curso, a uni<strong>da</strong>de<br />

possui laboratórios de eletrônica,<br />

automação e robótica, assim como<br />

biblioteca com acervo, salas de<br />

estudo e área de consulta.<br />

De acordo com Neto, o SENAI<br />

é conhecido por realizar a união<br />

perfeita entre teoria e prática,<br />

algo imprescindível para o bom<br />

aprendizado dos alunos. “Com os<br />

laboratórios, os estu<strong>da</strong>ntes terão<br />

a oportuni<strong>da</strong>de de colocar em<br />

prática o que aprenderão nas aulas<br />

teóricas, ampliando assim seu conhecimento<br />

e a excelência de suas<br />

ativi<strong>da</strong>des”, conclui o diretor.<br />

fernan<strong>da</strong> feres<br />

Jornalista<br />

processo<br />

seletivo<br />

os interessados em participar do<br />

processo seletivo do curso superior<br />

de tecnologia em Eletrônica<br />

industrial deverão se inscrever na<br />

Facul<strong>da</strong>de de tecnologia sEnai anchieta<br />

ao final de ca<strong>da</strong> semestre.<br />

a prova é composta por uma re<strong>da</strong>ção<br />

e um teste com 70 questões de<br />

múltipla escolha – nível de conclusão<br />

do Ensino médio.<br />

para mais informações, entre em<br />

contato com a Facul<strong>da</strong>de de tecnologia<br />

sEnai anchieta:<br />

Rua Gan<strong>da</strong>vo, 550 - V. Mariana - SP<br />

Fone: (11) 5579-7426<br />

www.sp.senai.br/eletronica<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong> 5<br />

Fotos: divulgação sEnai anchieta


notÍcias&curiosi<strong>da</strong>dEs ii<br />

biketrial, uma maneira singular<br />

de an<strong>da</strong>r de bicicleta<br />

a arte de utilizar a bicicleta para transpor obstáculos tem<br />

conquistado ca<strong>da</strong> vez mais adeptos em todo o mundo<br />

Dá para imaginar uma bicicleta<br />

sem banco? É assim que<br />

os praticantes do biketrial<br />

se locomovem. Há 31 anos, o piloto<br />

espanhol de mototrial (esporte<br />

em que se utiliza uma motocicleta<br />

para transpor obstáculos) Pedro<br />

Pi criou o biketrial. Dedicado a<br />

ensinar o mototrial a seu filho de<br />

apenas seis anos e ciente do peso<br />

<strong>da</strong> moto, Pedro Pi – detentor de<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

30 títulos consecutivos na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de<br />

– criou uma bicicleta<br />

a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> que pudesse ultrapassar<br />

os mesmos obstáculos.<br />

Na época, o esporte ain<strong>da</strong> estava<br />

em seu início e era chamado de<br />

trialsin – <strong>da</strong> expressão espanhola<br />

trial sin motor (trial sem motor).<br />

A primeira bicicleta de trial do<br />

mundo, a Montesita T5, cria<strong>da</strong> na<br />

fábrica de motocicletas Montesa,<br />

mais se parecia com uma motocicleta<br />

– apenas não era dota<strong>da</strong><br />

de motor.<br />

Sentindo a necessi<strong>da</strong>de de<br />

aumentar a produção de bicicletas<br />

a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s e com uma vasta experiência<br />

na área, Pedro Pi abriu sua<br />

própria fábrica especializa<strong>da</strong> em<br />

produtos para biketrial, a Monty<br />

Bicycles. Hoje, a empresa figura<br />

entre as expoentes do ciclismo de<br />

Fotos: antonio larghi


peças usina<strong>da</strong>s<br />

em cnc: processo<br />

proporciona mais<br />

segurança<br />

para o biker<br />

competição, liderando mundialmente<br />

as ven<strong>da</strong>s de bicicletas para<br />

biketrial.<br />

Coman<strong>da</strong><strong>da</strong> por Pedro e seu<br />

filho Ot Pi, a fábrica Monty exporta<br />

seus produtos para mais de<br />

30 países, sendo que Inglaterra e<br />

Japão encabeçam a lista <strong>da</strong> populari<strong>da</strong>de<br />

alcança<strong>da</strong> pelo esporte. No<br />

Japão, o biketrial é considerado<br />

um esporte nacional. A ci<strong>da</strong>de de<br />

Seki-Itadori tem até um museu<br />

especialmente dedicado a Ot Pi,<br />

onde se pode encontrar desde os<br />

primeiros modelos de bicicletas<br />

para biketrial até os mais moder-<br />

nos fabricados atualmente.<br />

Já inscrito como mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de<br />

esportiva na União de Ciclismo<br />

Internacional (UCI), o biketrial<br />

foi criando identi<strong>da</strong>de com o<br />

tempo.<br />

Mais tarde, com filosofia e<br />

regras já determina<strong>da</strong>s, o esporte<br />

deixou de fazer parte <strong>da</strong> UCI e<br />

criou uma união própria – e foi<br />

neste momento que passou a se<br />

chamar biketrial. A União Internacional<br />

de Biketrial, instituí<strong>da</strong><br />

em 1992, tem sede em Seki-Itadori<br />

e conta com delegados responsáveis<br />

em vários países.<br />

Edu capivara, publicitário, implantou o biketrial no brasil em 1985<br />

lIMITE MáXIMO<br />

Transpor obstáculos naturais<br />

e artificiais sem encostar pés ou<br />

braços no chão é o principal objetivo<br />

dos praticantes de biketrial. O<br />

esporte fica ain<strong>da</strong> mais desafiador<br />

quando se sabe que a dificul<strong>da</strong>de<br />

dos obstáculos aumenta conforme<br />

a prática do biker. Pedras, barrancos,<br />

pedregulhos e costeiras de<br />

mar são alguns tipos de obstáculos<br />

naturais. Já esca<strong>da</strong>s, muros, pallets<br />

(módulos de madeira) e tambores<br />

são classificados como artificiais.<br />

Para vencer as provas, o participante<br />

precisa cometer menos<br />

faltas do que seus adversários ou<br />

zerar o percurso – isto é, não cometer<br />

nenhuma falta.<br />

Por se tratar de um esporte<br />

radical, o praticante deve estar<br />

protegido contra possíveis acidentes,<br />

devendo usar equipamento<br />

especial. Durante o exercício do<br />

esporte é necessário utilizar capacete,<br />

luvas (com dedos fechados)<br />

e calça de moletom ou nylon. Caneleiras,<br />

camisa de manga longa<br />

e tênis “cano alto” são acessórios<br />

de uso recomendável. Por outro<br />

lado, joelheiras e cotoveleiras não<br />

são obrigatórias, pois restringem o<br />

movimento do esportista.<br />

Quem deseja praticar o bi-<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong>


notÍcias&curiosi<strong>da</strong>dEs ii<br />

ketrial deve possuir habili<strong>da</strong>des<br />

naturais de coordenação motora,<br />

força física e veloci<strong>da</strong>de<br />

de resposta. Estas quali<strong>da</strong>des<br />

são essenciais, já que superar os<br />

obstáculos pode ser uma tarefa<br />

perigosa. Muitas vezes, o piloto<br />

tem frações de segundo para<br />

compensar erros de cálculo ou<br />

situações de desequilíbrio.<br />

As competições apresentam<br />

um percurso com várias sessões.<br />

Ca<strong>da</strong> sessão varia de seis a dez grupos<br />

de obstáculos, que por sua vez<br />

podem ter de 20 a 50 metros de<br />

extensão. Ca<strong>da</strong> um é delimitado<br />

por fitas plásticas. Dois minutos<br />

é o tempo que o piloto tem para<br />

concluir ca<strong>da</strong> sessão. Para quem<br />

exceder este tempo, há penalização<br />

de cinco pontos. No total, são<br />

32 regras que devem ser segui<strong>da</strong>s<br />

pelos competidores.<br />

As penalizações são relativas<br />

aos apoios realizados pelo biker<br />

– nome pelo qual os praticantes<br />

do biketrial são chamados. Por<br />

exemplo, apoiar um pé no chão<br />

acrescenta um ponto no cartão<br />

do participante; dois pés (alterna<strong>da</strong>mente)<br />

– dois pontos; dois pés<br />

(juntos) – cinco pontos; e assim<br />

sucessivamente. Quem acumular<br />

menos pontos é o vencedor <strong>da</strong><br />

competição.<br />

rEcOrDES MUNDIAIS<br />

Mundialmente famoso entre<br />

os amantes do esporte, Ot Pi é o<br />

piloto que mais coleciona vitórias<br />

em campeonatos mundiais e nacionais.<br />

Patrocinado pela Monty,<br />

o biker também conta com recordes<br />

vali<strong>da</strong>dos e registrados pelo<br />

Guinness World of Records.<br />

Campeonatos nacionais e mundiais<br />

são realizados anualmente em<br />

vários países. A Europa sai na frente<br />

quando o assunto é biketrial, segui<strong>da</strong><br />

de Japão e América do Norte.<br />

Nos locais com maior número<br />

de praticantes, a organização <strong>da</strong>s<br />

provas pode envolver mais de dois<br />

milhões de dólares, como ocorre<br />

antonio larghi<br />

coordenação<br />

motora, equilíbrio<br />

e força física<br />

são habili<strong>da</strong>des<br />

indispensáveis na<br />

prática do biketrial<br />

por exemplo no Japão.<br />

Além disso, investimentos<br />

milionários também podem ser<br />

vistos no campo <strong>da</strong> tecnologia<br />

aplica<strong>da</strong> às bicicletas para trial.<br />

Os equipamentos têm se a<strong>da</strong>ptado<br />

de acordo com a evolução dos<br />

pilotos, uma facili<strong>da</strong>de a mais para<br />

quem pratica o esporte.<br />

NOvA MODAlIDADE<br />

No Brasil, o biketrial surgiu<br />

em 1983, porém com outro<br />

nome. Velotrial foi o nome <strong>da</strong>do<br />

ao esporte por Eduardo Tadeu <strong>da</strong><br />

Fonseca, quando o piloto achou<br />

que tinha inventado uma nova<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de. Eduardo, que já<br />

praticava bicicross e freestyle por<br />

diversão, resolveu a<strong>da</strong>ptar sua<br />

bicicleta para transpor sessões<br />

de mototrial, e muitas vezes terminava<br />

o percurso sem cometer<br />

nenhuma falta.<br />

Edu Capivara – apelido pelo<br />

qual é conhecido no meio – teve<br />

contato com o biketrial em 1985,<br />

quando Pedro Pi esteve no Ginásio<br />

do Ibirapuera, em São Paulo,<br />

para organizar uma competição de<br />

motos. Pedro Pi se interessou em<br />

saber que havia pessoas praticando<br />

o esporte que ele havia inventado


notÍcias&curiosi<strong>da</strong>dEs ii<br />

À esquer<strong>da</strong>, ot pi com uma bicicleta de transporte pessoal, modelo<br />

monty EF-38. À direta, pedro pi, com uma bicicleta de biketrial, modelo<br />

top de linha kamel 221<br />

Fabricação<br />

Em 1988, nasciam as primeiras<br />

bicicletas dota<strong>da</strong>s de freios hidráulicos<br />

e, em 1992, as fábricas<br />

de bicicleta para biketrial passaram<br />

a utilizar alumínio como matéria-prima.<br />

desde então, a tecnologia não<br />

parou de evoluir. atualmente as<br />

gancheiras de ro<strong>da</strong>s, suportes de<br />

pinças e manetes de freio, entre<br />

outros componentes, são usinados<br />

em cnc, o que oferece maior<br />

segurança para o biker, já que o<br />

controle numérico computadorizado<br />

é um processo que aumenta<br />

a quali<strong>da</strong>de dos componentes e<br />

diminui o retrabalho e o desperdício<br />

na usinagem.<br />

0<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

e ajudou Edu Capivara a comprar<br />

uma bicicleta adequa<strong>da</strong>.<br />

Na mesma época, aconteceria<br />

o campeonato mundial de biketrial<br />

na Espanha – onde participaram<br />

profissionais <strong>da</strong> Alemanha,<br />

Bélgica e França. Convi<strong>da</strong>do pelo<br />

fun<strong>da</strong>dor do esporte, Edu Capivara<br />

pôde ter mais contato com a<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de. “Fiquei hospe<strong>da</strong>do<br />

na casa dele”, lembra o piloto.<br />

Naquele momento, Edu Capivara<br />

voltou a São Paulo com<br />

planos de implantar o biketrial no<br />

Brasil. O biker se tornou, então,<br />

delegado <strong>da</strong> União Internacional<br />

de biketrial e começou a organizar<br />

campeonatos. Segundo o esportista,<br />

a prática desta mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de no<br />

Brasil tem sofrido altos e baixos.<br />

divulgação<br />

“Na época em que elaborei projetos<br />

para incentivar o esporte, a<br />

prática cresceu; depois ficou muito<br />

tempo escondi<strong>da</strong>”, comenta.<br />

Durante 17 anos – período<br />

em que se dedicou ao esporte<br />

– Edu Capivara deixou de lado a<br />

carreira de publicitário e passou<br />

a participar regularmente de<br />

shows, programas de televisão,<br />

lançamentos de produtos e organização<br />

de campeonatos. “Nesta<br />

época, o biketrial chegou a ter<br />

mais de 200 atletas ca<strong>da</strong>strados<br />

em todo o Brasil”.<br />

Depois de ter ganho mais de 30<br />

prêmios em função do biketrial, o<br />

piloto deixou o esporte para <strong>da</strong>r<br />

continui<strong>da</strong>de à sua primeira profissão.<br />

Hoje, Edu Capivara ministra<br />

palestras e transmite seus conhecimentos<br />

para jovens interessados<br />

no esporte.<br />

De acordo com Capivara, ain<strong>da</strong><br />

existem muitos empecilhos à entra<strong>da</strong><br />

de novos adeptos ao esporte.<br />

“Os equipamentos continuam<br />

caros, limitando o interesse de<br />

quem quer iniciar-se no esporte”.<br />

Sobre os diferenciais do biketrial,<br />

ele ressalta:“É o limite máximo do<br />

controle em uma bicicleta, não há<br />

nenhuma mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de que exija<br />

mais do que esta, tanto em relação<br />

à resistência do corpo quanto à<br />

resistência dos componentes do<br />

equipamento ”.<br />

para saber mais<br />

sobre biketrial acesse:<br />

www.biketrialbrasil.com<br />

Mariana blessa<br />

Jornalista


notÍcias&curiosi<strong>da</strong>dEs iii<br />

além de grandes oportuni<strong>da</strong>des<br />

para viabilizar negociações,<br />

as feiras direciona<strong>da</strong>s<br />

a setores específicos <strong>da</strong> economia<br />

proporcionam momentos decisivos<br />

para as empresas.<br />

De acordo com Mauro Trevisan,<br />

gerente de Marketing e Ven<strong>da</strong>s<br />

Internacionais <strong>da</strong> DEB’MAQ,<br />

passados os primeiros meses após<br />

a Feimafe – Feira Internacional de<br />

Máquinas-Ferramenta e Sistemas<br />

Integrados de Manufatura, já é possível<br />

discutir e avaliar os resultados<br />

decorrentes <strong>da</strong>s ações realiza<strong>da</strong>s no<br />

evento. “Houve melhora significativa<br />

na quali<strong>da</strong>de do público; os<br />

visitantes estavam interessados em<br />

conhecer e adquirir os equipamentos<br />

expostos”, pontua Trevisan.<br />

Em relação às últimas edições<br />

<strong>da</strong> Feimafe, o gerente explica que,<br />

embora o mercado esteja vivendo<br />

um período de recuperação econômica,<br />

o volume de negócios<br />

realizados durante o evento deste<br />

2<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

ano surpreendeu e superou em 8%<br />

os números <strong>da</strong> edição de 2007.<br />

Para Trevisan, o clima favorável<br />

originado na Feimafe deve se<br />

estender e, ain<strong>da</strong>, estimular a ampliação<br />

<strong>da</strong>s estratégias de mercado<br />

utiliza<strong>da</strong>s pela empresa no segundo<br />

semestre de 2009. “Além dos resultados<br />

imediatos alcançados durante<br />

a semana <strong>da</strong> feira, os profissionais<br />

<strong>da</strong> área de Ven<strong>da</strong>s continuam trabalhando<br />

nas negociações inicia<strong>da</strong>s<br />

no evento”, ressalta.<br />

PErSPEcTIvAS DE MErcADO<br />

Outra tendência que eventos<br />

como a Feimafe possibilitam<br />

identificar é a reação do mercado<br />

frente aos lançamentos e às novas<br />

tecnologias apresenta<strong>da</strong>s.<br />

Por meio <strong>da</strong> divulgação de<br />

produtos, serviços e outros projetos,<br />

as empresas conseguem<br />

obter perspectivas mais amplas em<br />

relação aos rumos do segmento.<br />

“Durante a Feimafe identificamos<br />

divulgação deb'maq<br />

sinais de<br />

um segundo<br />

semestre<br />

promissor<br />

com base nos<br />

resultados obtidos na<br />

Feimafe, dEb’maq<br />

identifica melhorias<br />

para seus negócios<br />

sinais evidentes de melhora para<br />

a economia do setor”, afirma o<br />

gerente. “Em consequência deste<br />

panorama chegaremos ao mês de<br />

outubro com expectativas promissoras”,<br />

acredita.<br />

Segundo Trevisan, geralmente<br />

as máquinas mais procura<strong>da</strong>s<br />

pelos clientes são os tornos universais,<br />

que representam 50% <strong>da</strong>s<br />

ven<strong>da</strong>s anuais <strong>da</strong> empresa. Entretanto,<br />

neste ano os equipamentos<br />

de grande porte – como tornos<br />

verticais – também registraram<br />

grande procura durante a Feimafe.<br />

O gerente ressalta que a feira<br />

também ofereceu oportuni<strong>da</strong>des<br />

de estreitar parcerias com diversas<br />

instituições de ensino. “Já estamos<br />

com a programação de visitas de<br />

nossa Uni<strong>da</strong>de Móvel de Difusão<br />

Tecnológica defini<strong>da</strong> até junho de<br />

2010”, comemora ele.<br />

fabíola Perez<br />

Jornalista


Formação de<br />

profissionais capazes<br />

de li<strong>da</strong>r com os<br />

desafios do mercado<br />

oferecerá ain<strong>da</strong> mais<br />

competitivi<strong>da</strong>de para<br />

as empresas


Esponsabili<strong>da</strong>dE<br />

para não errar, opte pela simplici<strong>da</strong>de<br />

nossaparcEladE<br />

certamente estamos passando pela maior<br />

crise econômica dos últimos 50 anos e<br />

não temos previsões claras sobre a sua<br />

extensão. Neste cenário de recessão, as empresas<br />

são leva<strong>da</strong>s à busca de soluções que possam ao<br />

menos mantê-las vivas. Questões como fluxo<br />

de caixa ou net working capital (eficiência do<br />

capital líquido aplicado) se tornam ain<strong>da</strong> mais<br />

relevantes, e a redução de custos passa a ser a<br />

priori<strong>da</strong>de nas organizações. Isto é o óbvio.<br />

Desta forma, passamos a procurar uma<br />

receita ideal para esta situação e percebemos<br />

que não existe uma fórmula mágica que resolva<br />

todos os problemas. O que existem são decisões<br />

referenciais, mas que não se aplicam a to<strong>da</strong>s as<br />

empresas.<br />

A ver<strong>da</strong>de é que, ain<strong>da</strong> que exista uma forte<br />

redução de deman<strong>da</strong> na cadeia produtiva,<br />

simplesmente cortar custos não irá garantir<br />

a existência de nossa empresa. Precisamos<br />

sim buscar a eficiência de custeio em todos os<br />

nossos processos, mas não podemos perder a<br />

visão estratégica em nossos negócios e, sobretudo,<br />

não podemos suprimir investimentos<br />

essenciais à manutenção e pereni<strong>da</strong>de <strong>da</strong> nossa<br />

organização.<br />

No momento em que as decisões para redução<br />

de custos são inevitáveis, devemos ter uma<br />

visão holística e procurar ver nossos clientes e<br />

fornecedores como parceiros e não inimigos<br />

contra os quais temos que travar uma batalha.<br />

Este é o momento de usarmos a sinergia para<br />

buscar e potencializar novas oportuni<strong>da</strong>des de<br />

crescimento.<br />

Na ênfase de buscarmos as óbvias e necessárias<br />

reduções de custos, muitas vezes focamos<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

o fator preço e deixamos de lado os conceitos<br />

básicos <strong>da</strong> eficiência de custeio, que estão na<br />

melhora <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de dos processos, algo<br />

que também parece óbvio para todos.<br />

To<strong>da</strong>via, embora a criativi<strong>da</strong>de e inovação<br />

sejam fatores imprescindíveis para o sucesso<br />

<strong>da</strong>s empresas, focar o óbvio pode, às vezes, ser a<br />

solução mais certeira para a obtenção de nossas<br />

metas. A frase que ouvi de um amigo eluci<strong>da</strong><br />

bem essa ideia: “A nossa experiência no mercado<br />

metalmecânico tem mostrado que a maior<br />

parte <strong>da</strong>s organizações erra mais; não porque<br />

deixam de criar coisas novas, mas sim porque<br />

deixam de fazer as coisas óbvias”.<br />

Talvez neste momento, devamos resgatar<br />

alguns conceitos e questionar algumas decisões<br />

antes de implementá-las. Por exemplo, antes de<br />

solicitar a um fornecedor que reduza os preços<br />

de seus serviços ou produtos, talvez devamos<br />

perguntar o que mais ele poderia fazer para nos<br />

aju<strong>da</strong>r a reduzir nossos custos e tornar nossas<br />

empresas mais competitivas. Pense nisso!<br />

antonio larghi<br />

fernando G. de Oliveira<br />

Gerente regional de ven<strong>da</strong>s<br />

machine Investments<br />

e soluções especiais<br />

sandvik coromant


O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong> 5


SANDVIK COROMANT - DISTRIBUIDORES<br />

ARWI Tel: 54 3026-8888<br />

Caxias do Sul - RS<br />

ATALANTA TOOLS Tel: 11 3837 9106<br />

São Paulo - SP<br />

COFAST Tel: 11 4997 1255<br />

Santo André - SP<br />

COFECORT Tel: 16 3333 7700<br />

Araraquara - SP<br />

COMED Tel: 11 2442 7780<br />

Guarulhos - SP<br />

CONSULTEC Tel: 51 3343 6666<br />

Porto Alegre - RS<br />

COROFERGS Tel: 51 33371515<br />

Porto Alegre - RS<br />

CUTTING TOOLS Tel: 19 3243 0422<br />

Campinas – SP<br />

DIRETHA Tel: 11 2063-0004<br />

São Paulo - SP<br />

ESCÂNDIA Tel: 31 3295 7297<br />

Belo Horizonte - MG<br />

FERRAMETAL Tel: 85 3226 5400<br />

Fortaleza - CE<br />

GALE Tel: 41 3339 2831<br />

Curitiba - PR<br />

GC Tel: 49 3522 0955<br />

Joaçaba - SC<br />

HAILTOOLS Tel: 27 3320 6047<br />

Vila Velha - ES<br />

JAFER Tel: 21 2270 4835<br />

Rio de Janeiro - RJ<br />

KAYMÃ Tel: 67 3321 3593<br />

Campo Grande - MS<br />

o leitor de O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

pode entrar em contato com os<br />

editores pelo e-mail:<br />

omundo.<strong>da</strong>usinagem@sandvik.com<br />

ou ligue: 0800 770 5700<br />

SANDvIK cOrOMANT<br />

Atendimento ao cliente<br />

0800 559698<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong><br />

MACHFER Tel: 21 3882-9600<br />

Rio de Janeiro - RJ<br />

MAXVALE Tel: 12 3941 2902<br />

São José dos Campos - SP<br />

MSC Tel: 92 3613 9117<br />

Manaus - AM<br />

NEOPAQ Tel: 51 3527 1111<br />

Novo Hamburgo - RS<br />

PRODUS Tel: 15 3225 3496<br />

Sorocaba - SP<br />

PS Tel: 14 3312-3312<br />

Bauru - SP<br />

PS Tel: 44 3265 1600<br />

Maringá - PR<br />

PÉRSICO Tel: 19 3421 2182<br />

Piracicaba - SP<br />

REPATRI Tel: 48 3433 4415<br />

Criciúma - SC<br />

SANDI Tel: 31 3295 5438<br />

Belo Horizonte - MG<br />

SINAFERRMAQ Tel: 71 3379 5653<br />

Lauro de Freitas - BA<br />

TECNITOOLS Tel: 31 3295 2951<br />

Belo Horizonte - MG<br />

THIJAN Tel: 47 3433 3939<br />

Joinville - SC<br />

TOOLSET Tel: 21 2290-6397<br />

Rio de Janeiro - RJ<br />

TRIGON Tel: 21 2270 4566<br />

Rio de Janeiro - RJ<br />

TUNGSFER Tel: 31 3825 3637<br />

Ipatinga - MG<br />

fAlE cOM ElES<br />

amilto matiazo (scania): (11) 4344-9460<br />

andré luiz klauberg (WEg): (47) 3276-4169<br />

andressa pereira (WEg): (47) 3276-4295<br />

antonio batocchio (unicamp): (19) 3521-3299<br />

antonio petry (sandvik coromant): (47) 9922-1920<br />

augusto lins de albuquerque neto (sEnai): (11) 5579-7426<br />

<strong>da</strong>niel lima (volvo do brasil): (41) 3317-8133<br />

Edinei g. de sales (WEg): (47) 3276-6912<br />

Edu capivara (biketrial): (11) 9625-3746<br />

Fernando g. oliveira (sandvik coromant): (11) 5696-5587<br />

Francisco marcondes (sandvik coromant): (11) 5696-5424<br />

laercio avileis Junior: (11) 3506-6999<br />

mauro trevisan (dEb'maq): (35) 3433-8310<br />

nivaldo bezerra (cnH): (15) 3334-1700<br />

ranulfo vieira (sandvik coromant): (11) 5696-5560<br />

rogério rosetti (cnH): (15) 3334-1700<br />

ronaldo Ferreira (sandvik coromant): (11) 5696-5680<br />

valter ribeiro (man Ferrostaal): (11) 5522-5999<br />

publicação <strong>da</strong> sandvik coromant do brasil issn 1518-6091 rg bn 217-147<br />

mi<br />

stan<strong>da</strong>rd ou<br />

especial?<br />

Escolha a<br />

ferramenta certa<br />

tEndências E<br />

oportuni<strong>da</strong>dEs<br />

cnH investe<br />

em sistemas<br />

de corte de<br />

alta precisão<br />

59<br />

EquipEs autogErEnciávEis<br />

Estratégia para estimular a<br />

iniciativa e a criativi<strong>da</strong>de<br />

ANUNcIANTES NESTA EDIçãO<br />

O <strong>Mundo</strong> <strong>da</strong> <strong>Usinagem</strong> 59<br />

Arwi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16<br />

Blaser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12<br />

Casa do Metal . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24<br />

Deb´Maq . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33<br />

Dormer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17<br />

Dynamach . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39<br />

Ergomat . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15<br />

Grob . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25<br />

Haas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19<br />

HDT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45<br />

Hexagon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18<br />

Intertech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14<br />

Marubeni . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41<br />

Mazak . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27<br />

Mitutoyo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9<br />

Okuma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5<br />

Ricavi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8<br />

ROMI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23<br />

Sandvik . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4ª capa<br />

Sandvik Local . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43<br />

Selltis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2ª capa<br />

Stamac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13<br />

Turrettini . . . . . . . . . . . . . . . . . .3ª capa<br />

Movimento - Cursos<br />

Durante todo o ano, a Sandvik Coromant oferece<br />

cursos específicos para os profissionais do mundo <strong>da</strong><br />

usinagem. Acesse www.coromant.sandvik.com/br,<br />

na barra principal, clique em 'treinamento' e confira o<br />

Programa de Treinamento 2009. Você poderá participar<br />

de palestras e também de cursos in plant, ministrados<br />

dentro de sua empresa!

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!