religião e pragmatismo em william james - Universidade Federal de ...
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para cada espécie <strong>de</strong> coisa experienciada, seja ela termo ou relação” (Id<strong>em</strong><br />
ibid<strong>em</strong>).<br />
Com relação à <strong>religião</strong>, o método <strong>em</strong>pírico se aplicou no sentido <strong>de</strong> estar<br />
avaliando a <strong>religião</strong> através <strong>de</strong> seus frutos. O julgamento sobre a <strong>religião</strong> foi feito s<strong>em</strong><br />
nenhum sist<strong>em</strong>a teológico a priori, e a partir <strong>de</strong> um agregado e juízos fragmentários sobre o<br />
valor <strong>de</strong> algumas experiências, foi <strong>de</strong>cidido que um tipo <strong>de</strong> <strong>religião</strong> foi aprovado ou não<br />
pelos seus frutos.<br />
Abstratamente, pareceria ilógico tentar medir o valor dos frutos <strong>de</strong> uma <strong>religião</strong><br />
<strong>em</strong> termos meramente humanos <strong>de</strong> valor. De que maneira se po<strong>de</strong> medir o valor s<strong>em</strong><br />
consi<strong>de</strong>rar se existe realmente o Deus que os inspira? Se existe o Deus, a conduta dos<br />
homens para a sua satisfação seria razoável, ela só não seria se Deus não existisse. Mas essa<br />
crença <strong>em</strong> Deus é fruto <strong>de</strong> uma evolução <strong>em</strong>pírica, as divinda<strong>de</strong>s <strong>em</strong> geral eram cultuadas<br />
porque os frutos eram apreciados.<br />
Além da própria existência <strong>de</strong> Deus, também é aplicado o <strong>pragmatismo</strong> aos<br />
atributos <strong>de</strong> Deus. Eles pod<strong>em</strong> ser diferenciados <strong>em</strong> dois tipos diferentes, atributos<br />
metafísicos e atributos morais. Os atributos metafísicos diz<strong>em</strong> respeito a qualida<strong>de</strong>s como a<br />
existência a se <strong>de</strong> Deus, por ex<strong>em</strong>plo; seu repúdio à inclusão num gênero; sua infinida<strong>de</strong><br />
realizada; sua auto-suficiência, seu amor <strong>de</strong> si próprio e sua absoluta felicida<strong>de</strong> <strong>em</strong> si<br />
mesmo; entre outras. Com relação a esses atributos metafísicos, James se pergunta qual<br />
seria a utilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas qualida<strong>de</strong>s ser<strong>em</strong> verda<strong>de</strong>iras para a nossa vida. E conclui que não<br />
t<strong>em</strong> importância nenhuma se eles for<strong>em</strong> verda<strong>de</strong>iros ou não. Nas palavras <strong>de</strong>le, “<strong>de</strong>vo<br />
confessar com franqueza que (...) não posso conceber que tenha a menos importância para<br />
nós, sob o aspecto religioso, que qualquer um <strong>de</strong>les seja verda<strong>de</strong>iro” (James, 1995).<br />
Já os atributos morais estão <strong>em</strong> uma situação totalmente diferente, eles são o<br />
alicerce da vida santa, <strong>de</strong>terminam <strong>de</strong> um modo positivo o medo, a esperança, a<br />
expectativa, etc.<br />
“A santida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, por ex<strong>em</strong>plo: sendo santo, Deus só po<strong>de</strong> querer o<br />
b<strong>em</strong>. Sendo onipotente, po<strong>de</strong> assegurar-lhe o triunfo. Sendo onisciente, po<strong>de</strong><br />
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