religião e pragmatismo em william james - Universidade Federal de ...
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conversão “é o fato <strong>de</strong> mostrar a um ser humano, n<strong>em</strong> que seja por um breve lapso <strong>de</strong><br />
t<strong>em</strong>po, o ponto culminante da sua capacida<strong>de</strong> espiritual – uma importância que<br />
reincidências o erro não pod<strong>em</strong> diminuir, mas que a persistência po<strong>de</strong> aumentar” (Id<strong>em</strong><br />
Ibid<strong>em</strong>).<br />
2.6 – A santida<strong>de</strong> e seu valor<br />
Depois <strong>de</strong> ter passado pela conversão, chegamos ao ponto on<strong>de</strong> é preciso<br />
mostrar quais são os frutos práticos das conversões para a vida. Isso po<strong>de</strong> ser dividido <strong>em</strong><br />
duas etapas distintas, uma é <strong>de</strong>screver os frutos da vida religiosa, a outra é julgá-los.<br />
Pass<strong>em</strong>os então para a primeira tarefa.<br />
Inicialmente, seria útil fazer uma reflexão a respeito das diferenças entre os<br />
homens. Quais são as condições internas que pod<strong>em</strong> fazer um caráter humano diferir tanto<br />
<strong>de</strong> outro? A resposta que James oferece é a <strong>de</strong> que “as causas da diversida<strong>de</strong> humana<br />
resid<strong>em</strong> sobretudo <strong>em</strong> nossas diferentes suscetibilida<strong>de</strong>s para a excitação <strong>em</strong>ocional e nos<br />
diferentes impulsos e inibições que elas traz<strong>em</strong> <strong>em</strong> seu cortejo” (id<strong>em</strong>, ibid<strong>em</strong>). De um<br />
modo geral, a nossa atitu<strong>de</strong> moral e prática é s<strong>em</strong>pre resultante <strong>de</strong> dois conjuntos <strong>de</strong> forças<br />
que atuam <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nós, os impulsos e as inibições. Os impulsos são aqueles que nos<br />
impel<strong>em</strong> a fazer algo, nos <strong>em</strong>purram para uma direção, nos impulsionam para algum lugar.<br />
Enquanto que as inibições são aquelas que nos retêm.<br />
Mas uma gran<strong>de</strong> excitação <strong>em</strong>ocional po<strong>de</strong> romper com todas as inibições.<br />
Quando uma <strong>em</strong>oção se torna muito forte a ponto <strong>de</strong> quase explodir ela é capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrubar<br />
as inibições que vão contra ela, esse sentimento dominante sufoca todos os outros<br />
sentimentos que pod<strong>em</strong> surgir. Nos homens é muito freqüente esse tipo <strong>de</strong> episódio e são<br />
fáceis <strong>de</strong> se l<strong>em</strong>brar muitos ex<strong>em</strong>plos, mas James cita um ex<strong>em</strong>plo com animais<br />
particularmente interessante que citarei na íntegra:<br />
“Num dos seus discursos, Henry Drummond fala <strong>de</strong> uma inundação na<br />
Índia, on<strong>de</strong> uma <strong>em</strong>inência encimada por um bangalô permaneceu in-submersa<br />
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