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religião e pragmatismo em william james - Universidade Federal de ...

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as realida<strong>de</strong>s existentes são originalmente reveladas” (Id<strong>em</strong> Ibid<strong>em</strong>). Na medida então que<br />

as concepções religiosas possam tocar esse sentimento <strong>de</strong> realida<strong>de</strong>, elas seriam cridas<br />

como reais.<br />

Com a citação <strong>de</strong> diversos casos, James tenta provar que existe <strong>em</strong> nosso<br />

mecanismo mental um sentido da realida<strong>de</strong> presente mais difundido e geral do que aquele<br />

que os nossos sentido especiais nos fornec<strong>em</strong>. Na esfera puramente religiosa da<br />

experiência, muitas pessoas possu<strong>em</strong> os objetos <strong>de</strong> sua crença na forma <strong>de</strong> realida<strong>de</strong>s quase<br />

sensíveis, diretamente apreendidas. Chegam a ser quase tão intensas quanto as alucinações.<br />

Elas são tão convincentes para aqueles que a experimentam, que pod<strong>em</strong> se passar por<br />

qualquer experiência sensível direta, e <strong>em</strong> regra geral, são muito mais convincentes que os<br />

resultados estabelecidos pela lógica simples.<br />

2.4 – Nascidos uma vez e duas vezes (o equilíbrio mental e a alma enferma)<br />

Se fôss<strong>em</strong>os procurar a preocupação principal da vida humana, uma das<br />

possíveis respostas seria “a busca pela felicida<strong>de</strong>”.<br />

“A escola hedonística <strong>de</strong> ética <strong>de</strong>duz a vida moral inteiramente das<br />

experiências <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> e infelicida<strong>de</strong> produzidas pelos diferentes gêneros <strong>de</strong><br />

conduta; e, ainda mais na vida religiosa do que na vida moral, a felicida<strong>de</strong> e a<br />

infelicida<strong>de</strong> parec<strong>em</strong> ser os pólos ao redor dos quais gira o interesse. Não<br />

precisamos ir tão longe a ponto <strong>de</strong> dizer, com o autor recent<strong>em</strong>ente citado, que<br />

todo entusiasmo persistente é, como tal, <strong>religião</strong>, n<strong>em</strong> precisamos qualificar o<br />

mero riso <strong>de</strong> exercício religioso; mas somo obrigados a admitir que qualquer<br />

gozo persistente po<strong>de</strong> produzir o tipo <strong>de</strong> <strong>religião</strong> que consiste na admiração<br />

agra<strong>de</strong>cida do dom <strong>de</strong> uma existência tão feliz; e precisamos também<br />

reconhecer que as maneiras mais complexas <strong>de</strong> experimentar a <strong>religião</strong> são<br />

novas maneiras <strong>de</strong> produzir felicida<strong>de</strong>, maravilhosos caminhos interiores para<br />

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