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religião e pragmatismo em william james - Universidade Federal de ...

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livro se preocupar apenas com a <strong>religião</strong> pessoal e <strong>de</strong>ixar à parte o ramo institucional. De<br />

certa forma, essa é uma posição surpreen<strong>de</strong>nte, pois a <strong>religião</strong> é mais comumente<br />

relacionada à instituição religiosa do que à <strong>de</strong>voção individual <strong>de</strong> cada um.<br />

Porém, pelo menos <strong>em</strong> um sentido a <strong>religião</strong> pessoal se mostrará mais<br />

importante do que a <strong>religião</strong> institucional, pois <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> estabelecidas, as igrejas passam a<br />

viver uma tradição “<strong>de</strong> segunda mão”, pois são os seus fundadores que originalmente<br />

mantiveram a comunhão direta e pessoal com o divino.<br />

“A <strong>religião</strong>, por conseguinte, (...) significará para nós os<br />

sentimentos, atos e experiências <strong>de</strong> indivíduos <strong>em</strong> sua solidão, na<br />

medida <strong>em</strong> que se sintam relacionados com o que quer que possam<br />

consi<strong>de</strong>rar o divino. Uma vez que a relação tanto po<strong>de</strong> ser moral<br />

quanto física ou ritual, é evi<strong>de</strong>nte que da <strong>religião</strong> (...) pod<strong>em</strong> brotar<br />

secundariamente teologias, filosofias e organizações eclesiásticas.<br />

Nestas conferências, no entanto, como eu já disse, as experiências<br />

pessoais imediatas encherão mantos que farte o nosso t<strong>em</strong>po, e<br />

escassamente tratar<strong>em</strong>os <strong>de</strong> teologia ou eclesiasticismo” (Id<strong>em</strong><br />

Ibid<strong>em</strong>).<br />

Mas apesar <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>finição, existe a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controvérsia no termo<br />

“divino” se esse for <strong>de</strong>finido num sentimento d<strong>em</strong>asiado restrito. Pois exist<strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

pensamento que costumamos chamar <strong>de</strong> religiosos e que, na verda<strong>de</strong>, não postulam <strong>de</strong><br />

forma positiva um Deus, como no caso do Budismo. Diante <strong>de</strong> religiões como esta, James<br />

adota a posição <strong>de</strong> “quando <strong>em</strong> nossa <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> <strong>religião</strong> falamos da relação do indivíduo<br />

com ‘o que ele consi<strong>de</strong>ra divino’, faz-se mister interpretarmos o termo ‘divino’ <strong>de</strong> modo<br />

muito lato, como se <strong>de</strong>notasse qualquer objeto s<strong>em</strong>elhante à divinda<strong>de</strong>, seja ele uma<br />

divinda<strong>de</strong> concreta ou não” (Id<strong>em</strong> Ibid<strong>em</strong>).<br />

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