religião e pragmatismo em william james - Universidade Federal de ...
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2 – RELIGIÃO<br />
2.1 – Conceituando a <strong>religião</strong><br />
2.1.1 – Delimitação do assunto<br />
Exist<strong>em</strong> diversas formas <strong>de</strong> se conceituar “<strong>religião</strong>”, e é pelo próprio fato <strong>de</strong><br />
ser<strong>em</strong> elas tão numerosas e tão diferentes uma da outra que a palavra “<strong>religião</strong>” significa<br />
antes um nome coletivo do que um princípio ou essência singular. Assim, nesse estudo não<br />
encontrar<strong>em</strong>os uma essência única, mas muitas características que pod<strong>em</strong> fazer parte da<br />
<strong>religião</strong>.<br />
Além do conceito <strong>de</strong> <strong>religião</strong> propriamente dito, é preciso também consi<strong>de</strong>rar o<br />
“sentimento religioso”. Consi<strong>de</strong>rado amiú<strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> única, exist<strong>em</strong> muitas relações<br />
que os autores faz<strong>em</strong> para especificar que tipo <strong>de</strong> entida<strong>de</strong> ela é. “Uma pessoa a liga ao<br />
sentimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência; outra, a <strong>de</strong>riva do medo; outras a ligam à vida sexual; outras<br />
ainda a i<strong>de</strong>ntificam com o sentimento do infinito; e assim por diante” (James, 1995). Essas<br />
divergências mostram como o sentimento religioso também não po<strong>de</strong> ser tomado como<br />
algo específico, mas um conjunto <strong>de</strong> sentimentos que pod<strong>em</strong> estar presentes nos indivíduos<br />
<strong>de</strong> modo alternado. “Existe o medo religioso, o amor religioso, o terror religioso, a alegria<br />
religiosa, etc” (Id<strong>em</strong> Ibid<strong>em</strong>), e esses sentimentos são os mesmos que as pessoas<br />
manifestam <strong>em</strong> outras ocasiões. Contudo, as <strong>em</strong>oções religiosas são, naturalmente,<br />
distinguíveis das outras <strong>em</strong>oções concretas. Mas não há motivos para pensar o sentimento<br />
religioso como uma entida<strong>de</strong> isolada dos outros sentimentos. Pensando que não existe uma<br />
<strong>em</strong>oção religiosa específica, é possível afirmar também que não existe nenhum tipo<br />
específico e essencial <strong>de</strong> objeto da <strong>religião</strong>.<br />
Sendo tão vasto o campo da <strong>religião</strong>, não é possível cobri-lo por inteiro nesse<br />
estudo, que terá que se limitar a uma parcela do assunto. A primeira distinção que po<strong>de</strong> ser<br />
feita é a distinção entre <strong>religião</strong> individual e <strong>religião</strong> institucional. James propõe <strong>em</strong> seu<br />
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