religião e pragmatismo em william james - Universidade Federal de ...
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participam da falsida<strong>de</strong> ou da irrelevância. Não po<strong>de</strong> ser analisada por<br />
suas conseqüências pragmáticas” (Id<strong>em</strong> Ibid<strong>em</strong>).<br />
Porém, como dito anteriormente, para o pragmatista muitas idéias trabalham<br />
melhor por meio <strong>de</strong> sua verificação indireta ou possível, do que por meio <strong>de</strong> sua verificação<br />
direta e positiva. O racionalismo coloca o nome <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> fenomenal concreta como<br />
uma entida<strong>de</strong> prévia in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, e coloca-a atrás da realida<strong>de</strong> como sua explicação. Para<br />
retratar o que isso significa, James usa o ex<strong>em</strong>plo da saú<strong>de</strong>, da força o do dinheiro. Os<br />
racionalistas utilizam esses nomes como explicação para os fenômenos, como, por<br />
ex<strong>em</strong>plo, quando diz<strong>em</strong> que um hom<strong>em</strong> dorme b<strong>em</strong> e faz uma boa digestão porque é<br />
saudável, consegue levantar muito peso porque é forte e t<strong>em</strong> muito dinheiro porque é rico.<br />
Saú<strong>de</strong>, força e riqueza são apenas os nomes dos fenômenos, por ter o hom<strong>em</strong> um bom sono<br />
e uma boa digestão é que chamamo-lo <strong>de</strong> saudável, etc. Além disso, seguindo Aristóteles<br />
na diferenciação entre hábito e ato, “o verda<strong>de</strong>iro, expondo o assunto com brevida<strong>de</strong>, é<br />
somente o expediente no processo <strong>de</strong> nosso pensamento, do mesmo modo que o direito é<br />
somente o expediente no processo <strong>de</strong> nosso comportamento” (Id<strong>em</strong> Ibid<strong>em</strong>).<br />
Com esse pensamento, o “absolutamente” verda<strong>de</strong>iro, significando algo que<br />
jamais se alterará, ou seja, que nenhuma experiência jamais alterará, é algo muito obscuro,<br />
é aquele ponto i<strong>de</strong>al on<strong>de</strong> imaginamos que todas as nossas verda<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>porárias algum dia<br />
convergirão. Porém, até que se tenha um sábio com a experiência absolutamente completa,<br />
t<strong>em</strong>os que viver hoje com a verda<strong>de</strong> que pod<strong>em</strong>os ter hoje e estarmos prontos amanhã para<br />
tachá-la <strong>de</strong> falsida<strong>de</strong>. Assim como aconteceu com inúmeras <strong>de</strong>scobertas da ciência, como o<br />
próprio James afirma:<br />
“A astronomia ptol<strong>em</strong>aica, o espaço euclidiano, a lógica<br />
aristotélica, a metafísica escolástica foram a solução por séculos, mas<br />
a experiência humana t<strong>em</strong> superado esses limites, e nós agora<br />
chamamos essas coisas somente <strong>de</strong> relativamente verda<strong>de</strong>iras, ou<br />
verda<strong>de</strong>iras <strong>de</strong>ntro daqueles limites <strong>de</strong> experiência. Em termos<br />
absolutamente, eram falsos; pois sab<strong>em</strong>os que esses limites eram<br />
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