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Consenso - Federação Brasileira de Gastroenterologia

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II <strong>Consenso</strong> Brasileiro sobre Helicobacter pylori<br />

Promoção:<br />

<strong>Fe<strong>de</strong>ração</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Gastroenterologia</strong><br />

Núcleo Brasileiro para pesquisa do Helicobacter


Objetivos<br />

• Estabelecer condutas relativas à infecção por H. pylori<br />

a serem divulgadas em todo o Brasil.<br />

• Constituir instrumento a ser utilizado pelas entida<strong>de</strong>s<br />

organizadoras do <strong>Consenso</strong> para alertar e solicitar<br />

providências aos órgãos públicos responsáveis pela saú<strong>de</strong><br />

da população, das implicações, a curto e longo prazo, das<br />

conseqüências <strong>de</strong>sta infecção.


FLUXOGRAMA I<br />

• Convite às principais autorida<strong>de</strong>s nacionais na área, a partir <strong>de</strong><br />

lista elaborada pelas duas socieda<strong>de</strong>s organizadoras do evento.<br />

• Alocação dos participantes em cinco subgrupos <strong>de</strong> acordo com<br />

a principal área <strong>de</strong> interesse/atuação, a saber:<br />

HP e Dispepsia Funcional<br />

HP e DRGE<br />

Hp e AINEs<br />

Tratamento HP<br />

Retratamento HP<br />

Cada grupo teve <strong>de</strong>signado um expositor e um relator.<br />

• Elaboração <strong>de</strong> questionário, previamente distribuído aos<br />

participantes, para funcionar como roteiro das discussões.


FLUXOGRAMA II<br />

• A reunião foi realizada nos dias 19 e 20/06/04 em São Paulo.<br />

• Antes <strong>de</strong> cada discussão dos subgrupos, o relator expunha, em<br />

sete minutos, os principais focos a serem <strong>de</strong>senvolvidos.<br />

• Ao final da reunião, o relator elaborava as conclusões do subgrupo,<br />

as quais foram submetidas a todos os participantes, na reunião<br />

plenária, ao final do evento.<br />

CONSENSO: 70% ou mais <strong>de</strong> concordância entre os participantes


PARTICIPANTES<br />

Coor<strong>de</strong>nadores: Luiz Gonzaga Vaz Coelho e Schlioma Zaterka<br />

Patologistas convidados<br />

Kyioshi Iryia – São paulo (SP)<br />

Miriam Trevisan – Campinas (SP)<br />

Grupo Dispepsia Funcional<br />

Aloísio Carvalhaes – Campinas (SP)<br />

Fernando Cor<strong>de</strong>iro – Recife (PE)<br />

José Murillo R. Zeitune - Campinas (SP<br />

Lúcia Libanez – Fortaleza (CE)<br />

Luiz Edmundo Mazzoleni – Porto Alegre (RS) -Expositor<br />

Maria do Carmo F. Passos - B. Horizonte (MG) - Relator


Grupo<br />

DRGE<br />

Grupo<br />

AINEs<br />

Dulciene Queiroz – Belo Horizonte (MG)<br />

Ismael Maguilnilk – Porto Alegre (RS)<br />

Joaquim Prado Moraes Filho – São Paulo (SP)- Expositor<br />

Jorge Luis Jorge – Florianópolis (SC)<br />

Júlio C. Pereira Lima – Porto Alegre (RS)<br />

Márcio M. Tolentino – Bauru (SP) - Relator<br />

Marcus Túlio Haddad – Rio <strong>de</strong> Janeiro (RJ)<br />

Ricardo Barbutti – São Paulo (SP)<br />

Fre<strong>de</strong>rico N. Magalhães – Campinas (SP) Expositor<br />

Carlos Fonseca – Natal (RN)<br />

Décio Chinzon – São Paulo (SP) Relator<br />

Geraldo Ishak – Belém (PA)<br />

José Roberto Almeida – Recife (PE)<br />

Marcos Kleiner – Curitiba (PR)


Grupo<br />

Tratamento<br />

Grupo<br />

Retratamento<br />

Ana Tereza B. Gomes – Salvador (BA)<br />

Carlos Antônio M. Feitosa – João Pessoa (PB)<br />

Elizabete Kawakami – São Paulo (SP)<br />

Farid Na<strong>de</strong>r - Pelotas (RS) - Relator<br />

Heraldo A. C. Rocha – João Pessoa (PB) Expositor<br />

José Alves – Catanduva (SP)<br />

José Miguel L. Parente - Teresina (PI)<br />

Edson Pedro da Silva – Blumenau (SC) Relator<br />

Jaime N. Eisig – São Paulo (SP)<br />

José Pedrazzoli Jr – BragançaPaulista (SP) Expositor<br />

Laércio T. Ribeiro – Maceió (AL)<br />

Luís Chehter - São Paulo (SP)<br />

Ricardo Aires – Fortaleza (CE)<br />

Ricardo Brandt <strong>de</strong> Oliveira – Ribeirão Preto (SP)


Conceito:<br />

HP e DISPEPSIA FUNCIONAL<br />

• Semelhante àquele emanado por Roma II acrescido <strong>de</strong><br />

Diagnóstico:<br />

exame parasitológico <strong>de</strong> fezes (82%).<br />

• Ao se optar pela pesquisa <strong>de</strong> HP durante a endoscopia ela <strong>de</strong>verá<br />

ser realizada em corpo e antro (76%).<br />

• O estudo histológico <strong>de</strong>ve incluir a coleta <strong>de</strong> 05 fragmentos: dois<br />

do antro, dois do corpo e um da incisura angularis (75%).


Tratamento:<br />

HP e DISPEPSIA FUNCIONAL<br />

• Consi<strong>de</strong>rar custo benefício (88%), aceitando-se número necessário<br />

para tratamenro (NNT) <strong>de</strong> 1/15 ou 1/10 (85%)<br />

• Avaliação histológica, incluindo o tipo e a intensida<strong>de</strong> do processo<br />

inflamatório e a presença <strong>de</strong> metaplasia intestinal constitui parâmetro<br />

para indicação <strong>de</strong> erradicação.<br />

• Havendo opção para tratamento o esquema <strong>de</strong>verá ser idêntico àquele<br />

•<br />

utilizado para a úlcera péptica (100%) e com duração <strong>de</strong> sete dias (76%).


HP e DISPEPSIA FUNCIONAL<br />

Tratamento:<br />

• Status CagA não influencia na <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> erradicar o<br />

microrganismo (95%).<br />

• Opinião do paciente <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada na <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong><br />

tratamento (82%).<br />

• O tempo <strong>de</strong> seguimento para avaliar melhora dos sintomas após<br />

a erradicação é <strong>de</strong> no mínimo um ano (74%).<br />

Não houve consenso quanto a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> erradicação do HP na<br />

dispepsia funcional (sim: 48%; não:52%)<br />

Sugestão <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> estudo multicêntrico nacional


HP e DRGE<br />

• A pesquisa <strong>de</strong> HP não é, rotineiramente, recomendada na DRGE (81%).<br />

HP não é causa <strong>de</strong> DRGE, nem influencia a sua evolução.<br />

• A indicação <strong>de</strong> erradicação da bactéria não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da DRGE, mas<br />

basicamente <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> risco para o câncer <strong>de</strong> estômago.<br />

• O uso crônico <strong>de</strong> IBP não implica na erradicação da bactéria.<br />

Sugestão: Elaboração <strong>de</strong> documento <strong>de</strong> revisão sobre DRGE e HP para<br />

balizar investigações futuras


HP e AINEs<br />

• Todos os pacientes com queixas dispépticas <strong>de</strong>vem ser inquiridos<br />

quanto ao uso <strong>de</strong> AINEs.<br />

• Pesquisa e, consequentemente, tratamento está indicado:<br />

Pacientes que vão iniciar tratamento contínuo com AINEs não<br />

seletivos (96%).<br />

Pacientes com história pregressa <strong>de</strong> úlcera e/ou complicações<br />

(100%), in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da fase ou período <strong>de</strong> tratamento<br />

(92%) e do tipo (92%), dose e indicação terapêutica para<br />

utilização <strong>de</strong> AINEs e/ou AAS (96%).<br />

• Em pacientes <strong>de</strong> risco para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> úlcera e/ou<br />

complicações, a erradicação HP diminui mas não impe<strong>de</strong> o risco<br />

<strong>de</strong> úlcera e/ou complicações. O <strong>Consenso</strong> recomenda, nesta situação,<br />

a utilização profilática <strong>de</strong> IBP (88%).


Sugestão:<br />

HP e AINEs<br />

Estudo prospectivo, multicêntrico, nacional, para estudar o papel<br />

da infecção por HP em usuários crônicos AAS como anti-agregante<br />

plaquetário.


• Úlcera gastroduo<strong>de</strong>nal (100%)<br />

TRATAMENTO HP<br />

Indicações: Doenças<br />

• Linfoma MALT <strong>de</strong> baixo grau (100%)<br />

• Pós-cirurgia para câncer gástrico avançado, em pacientes submetidos<br />

• a gastrectomia parcial (96%)<br />

• Pós-ressecção <strong>de</strong> câncer gástrico precoce (endoscópica ou<br />

cirúrgica) (96%)<br />

• Gastrite histológica intensa (78%)


TRATAMENTO HP<br />

Indicações: Situações clínicas<br />

• Pacientes <strong>de</strong> risco para úlcera/complicações que utilizarão<br />

AINEs (100%)<br />

• Pacientes com história prévia <strong>de</strong> úlcera ou HDA que utilizarão<br />

AINEs (100%)<br />

• Pacientes <strong>de</strong> risco para câncer gástrico (96%)<br />

• Pacientes com história prévia <strong>de</strong> úlcera ou HDA que <strong>de</strong>verão usar<br />

AINEs específico ou não específico (96%)<br />

• Pacientes <strong>de</strong> risco para úlcera ou complicações que <strong>de</strong>verão usar<br />

cronicamente AAS em doses baixas (79%)


TRATAMENTO HP<br />

Esquemas <strong>de</strong> tratamento<br />

1) IBP + amoxicilina 1,0g + claritromicina 500mg, duas vezes ao<br />

dia, durante sete dias<br />

2) IBP uma vez ao dia + claritromicina 500mg duas vezes ao dia<br />

+ furazolidona 200mg duas vezes ao dia, durante sete dias<br />

3) IBP uma vez ao dia + furazolidona 200mg três vezes ao dia +<br />

tetraciclina 500mg quatro vezes ao dia, durante sete dias


TRATAMENTO HP<br />

Controle da erradicação <strong>de</strong>verá ser verificado:<br />

• Úlcera duo<strong>de</strong>nal (74%)<br />

• Úlcera gástrica (96%)<br />

• Linfoma MALT <strong>de</strong> baixo grau (96%)<br />

Controle da erradicação:<br />

• Oito semanas, no mínimo, após o final da medicação<br />

• Através do teste respiratório quando não houver<br />

indicação para endoscopia (76%)<br />

• Na endoscopia, através <strong>de</strong> teste da urease e histologia (72%)<br />

• Suspen<strong>de</strong>r uso antisecretores 7 a 10 dias antes do exame (85%)


Sugestão:<br />

TRATAMENTO HP<br />

• Estudos multicêntricos nacionais:<br />

Dispepsia funcional<br />

DRGE<br />

Novos esquemas terapêuticos<br />

• Obesida<strong>de</strong> mórbida<br />

:


RETRATAMENTO HP<br />

Após a falência <strong>de</strong> um dos tratamentos iniciais propostos pelo <strong>Consenso</strong>,<br />

recomenda-se mais duas tentativas <strong>de</strong> tratamento, com duração,<br />

<strong>de</strong> 10 a 14 dias, não se repetindo ou esten<strong>de</strong>ndo o esquema inicial.<br />

Os esquemas a serem utilizados <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do tratamento inicial:<br />

Se foi utilizado IBP + amox + claritro ou IBP + fura + claritro<br />

Primeira opção:<br />

IBP (dose plena) bid + sal <strong>de</strong> bismuto 240mg bid + furazolidona 200mg<br />

bid + amoxicilina 1,0g bid (po<strong>de</strong>ndo ser substituída pela tetraciclina)<br />

Segunda opção:<br />

IBP (dose plena) bid + levofloxacina 500mg uid + amoxicilina1,0g bid<br />

(po<strong>de</strong>ndo ser substituída por furazolidona 400mg uid)


RETRATAMENTO HP<br />

Se o esquema inicial foi IBP + fura + tetra:<br />

Primeira opção:<br />

IBP (dose plena) bid + amoxicilina 1,0g bid + claritromicina<br />

500mg bid<br />

Segunda opção:<br />

IBP (dose plena) bid + furazolidona 200mg bid + sal <strong>de</strong><br />

bismuto 240mg bid + amoxicilina bid (po<strong>de</strong>ndo ser<br />

substituída por tetraciclina)<br />

Sugestão: estudo multicêntrico nacional para validação dos<br />

esquemas <strong>de</strong> retratamento.

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