13.06.2013 Views

Pericardite Aguda e Crônica - SBC-SC

Pericardite Aguda e Crônica - SBC-SC

Pericardite Aguda e Crônica - SBC-SC

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Curso Nacional de Reciclagem<br />

em Cardiologia da Região Sul<br />

<strong>Pericardite</strong> <strong>Aguda</strong> e <strong>Crônica</strong><br />

Jamil Cherem Schneider


a) Pericárdio Visceral: camada serosa inserida na<br />

superfície do coração.<br />

b) Pericárdio Parietal: externo, rico em colágeno e fibras<br />

elásticas.<br />

Pericárdio Normal<br />

c) A pressão intrapericárdica normal é zero ou negativa.<br />

d) Barreira física contra infecção entre o coração e órgãos<br />

adjacentes.<br />

e) Limita a distensão aguda do coração, aumentando o efeito<br />

que a distensão de um ventrículo exerce na pressão do<br />

ventrículo contralateral → interdependência ventricular.


• Seca<br />

• Fibrinosa<br />

• Efusiva<br />

<strong>Pericardite</strong> <strong>Aguda</strong>


• Efusiva<br />

• Adesiva<br />

• Constritiva<br />

<strong>Pericardite</strong> <strong>Crônica</strong>


DOENÇAS DO PERICÁRDIO<br />

Infecciosas:<br />

Etiologia<br />

Virais → enterovírus, vírus da hepatite B,<br />

mononucleose, varicela.<br />

Bacterianas → Inespecífica (purulenta).<br />

Específica (tuberculose).<br />

Micóticas Mic ticas → histoplasmose, candidíase,<br />

paracoccidioidomicose.<br />

Parasitárias<br />

Parasit rias → toxoplasmose, amebíase,<br />

esquistossomose, filariose.


DOENÇAS DO PERICÁRDIO<br />

Etiologia<br />

Doenças Doen as auto-imunes:<br />

auto imunes: Febre reumática.<br />

Lupus Eritematoso Sistêmico.<br />

Artrite reumatóide.<br />

Esclerodermia.<br />

Metabólicas:<br />

Metab licas: Uremia.<br />

Mixedema.<br />

Gota.


DOENÇAS DO PERICÁRDIO<br />

Etiologia<br />

Pós-infarto infarto do Miocárdio:<br />

Mioc rdio:<br />

Precoce → 72 horas.<br />

Tardio → 30 a 180 dias: Síndrome de Dressler.<br />

Traumática:<br />

Traum tica: Fechado: acidente automobilístico.<br />

Aberto<br />

Síndrome ndrome Pós-pericardiectomia<br />

pericardiectomia.


DOENÇAS DO PERICÁRDIO<br />

Etiologia<br />

Neoplasias:<br />

Primárias → Mesoteliomas.<br />

Secundárias → Câncer de Pulmão ou de Mama,<br />

Leucemias e Linfomas (Linfoma não-Hodgking),<br />

Sarcomas e Tumor de Wilms (crianças).<br />

Pós-radioterapia.<br />

radioterapia.<br />

Medicamentos:<br />

Procainamida, Hidralazina, Metisergida, Isoniasida,<br />

Hidantoína.


<strong>Pericardite</strong> <strong>Aguda</strong><br />

• Febre, mal-estar e mialgia<br />

• Dor torácica em região precordial ou no HTE, que<br />

pode irradiar para a região do trapézio<br />

• A dor melhora sentado e piora em decúbito dorsal<br />

• Ao exame físico caracteriza-se pela presença de<br />

derrame pleural, atrito pericárdico (mono, bi ou<br />

trifásico) e taquicardia


<strong>Pericardite</strong> <strong>Aguda</strong><br />

• O diagnóstico caracteriza-se pela<br />

existência de pelo menos 2 dos 3<br />

critérios:<br />

• – Dor torácica característica<br />

– Atrito pericárdico<br />

– Alterações de repolarização<br />

ventricular no ECG


Estágio 1: acompanham o início da dor e 90% dos pacientes<br />

apresentam supradesnivelamento de ST com concavidade para<br />

cima, exceto em AVR e V1.<br />

Estágio 2: ocorre alguns dias depois. Retorno do ST à linha de<br />

base, acompanhado pelo achatamento da onda T.<br />

Estágio 3: inversão da onda T de modo que o vetor se torne<br />

oposto ao do ST; não há ondas Q ou diminuição das ondas R.<br />

Estágio 4: ocorre semanas ou meses depois, com reversão das<br />

ondas T ao normal.<br />

<strong>Pericardite</strong> <strong>Aguda</strong><br />

Eletrocardiogramas Seriados


ECG na pericardite


<strong>Pericardite</strong> <strong>Aguda</strong>- Estágio I, II


<strong>Pericardite</strong><strong>Aguda</strong>–EstágioIII


<strong>Pericardite</strong> <strong>Aguda</strong><br />

• Rx de Tórax – varia de normal à aumento da<br />

área cardíaca (DP > 250 ml); pode revelar<br />

patologia pulmonar ou mediastinal<br />

• Ecocardiograma – Derrame<br />

pericárdico,sinais de tamponamento, doença<br />

cardíaca concomitante; eco normal não<br />

exclui o diagnóstico


<strong>Pericardite</strong> <strong>Aguda</strong> - Laboratório<br />

• VHS, PCR, LDH, Leucócitos,<br />

Parâmetros de função renal e hepática,<br />

Análise de urina, Troponina I.


<strong>Pericardite</strong> <strong>Aguda</strong> - Tratamento<br />

• Tratamento da doença de base<br />

• AINH – Ibuprofeno,<br />

• Colchicina - isolada ou associada ao AINH, pode ser<br />

utilizada como tratamento inicial ou nas crises de<br />

recorrência<br />

• Corticóide – Doenças do tecido conjuntivo,<br />

pericardite urêmica, e nos casos recorrentes não<br />

responsivos à Colchicina ou AINH


<strong>Pericardite</strong> <strong>Aguda</strong> - Tratamento<br />

• Etiologia bacteriana – antibióticos<br />

adequados, drenagem pericárdica e<br />

exploração cirúrgica<br />

• Insuficiência Renal – intensificação da<br />

diálise ou mudança para diálise<br />

peritoneal


<strong>Pericardite</strong> <strong>Aguda</strong> – quando<br />

• Febre > 38° C<br />

• Início subagudo<br />

• Imunodepressão<br />

• Trauma<br />

internar?<br />

• Terapia com anticoagulante oral<br />

• Miopericardite<br />

• Derrame pericárdico importante ou tamponamento cardíaco


<strong>Pericardite</strong> com derrame –<br />

quadro clínico<br />

• O D.P. pode ser silencioso, sendo um<br />

achado nos exames complementares<br />

• Compressão de estruturas mediastinais<br />

• O exame físico pode ser normal,porém nos<br />

casos em que há aumento da pressão intrapericárdica,<br />

existem sinais de IC direita


<strong>Pericardite</strong> com derrame – Rx de<br />

Tórax


<strong>Pericardite</strong> com Derrame - ECG<br />

• Baixa voltagem<br />

• Depressão do segmento PR<br />

• Alternância do complexo QRS<br />

• Tais alterações são sugestivas, porém não<br />

diagnósticas, pela baixa sensibilidade do<br />

método


Tamponamento Cardíaco:<br />

Alternância Elétrica


Ecocardiograma no<br />

Derrame<br />

Pericárdico


Pulso Paradoxal<br />

Queda Inspiratória da PA sistólica > 15 mmHg.<br />

75% dos Pacientes.


DOENÇAS DO PERICÁRDIO<br />

Derrame Pericárdico<br />

INDICAÇÕES INDICA INDICAÇÕES ÕES DE DRENAGEM:<br />

Evolução Evolu Evolução ão prolongada → acima de 10 dias.<br />

Sem diagnóstico diagn diagnóstico stico etiológico etiol etiológico gico firmado.<br />

Casos com toxemia que sugere acúmulo ac acúmulo mulo<br />

purulento.<br />

Punção Pun Punção ão terapêutica no tamponamento.<br />

ASPECTO DO LÍQUIDO: LLÍQUIDO:<br />

QUIDO:<br />

Amarelo – citrino: citrino citrino: virais e tuberculose.<br />

Purulento: bacterianas inespecíficas.<br />

inespec inespecíficas. ficas.<br />

Hemorrágico:<br />

Hemorr Hemorrágico: gico: neoplasias


DOENÇAS DO PERICÁRDIO<br />

Exames do Líquido Pericárdico<br />

Exames Bacterioscópicos<br />

Bacteriosc picos e de<br />

Cultura:<br />

Aeróbios, Aer bios, anaeróbios, anaer bios, fungos e bacilo de<br />

Koch. Koch<br />

Exame Citológico:<br />

Citol gico:<br />

Células lulas neoplásicas neopl sicas e leucócitos.<br />

leuc citos.<br />

Neutrófilos<br />

Neutr filos ⇑ → viral e tuberculose (fase<br />

inicial).<br />

Mononucleares ⇑ (fase mais tardia).<br />

Piócitos Pi citos → purulenta.<br />

Exame bioquímico:<br />

bioqu mico:<br />

Glicose ⇓ nas infecções. infec ões.<br />

Adenosinadeaminase (ADA) ⇑ → tuberculose.


Biópsia do Pericárdio<br />

• Experiência do INCOR – positiva em<br />

10,5% dos casos; nos demais o<br />

diagnóstico foi de pericardite crônica<br />

inespecífica<br />

• Videopericardioscopia – 30% de<br />

diagnóstico


<strong>Pericardite</strong> Constritiva<br />

• Restrição ao enchimento ventricular diastólico e<br />

redução de função em razão de um pericárdio<br />

espessado e freqüentemente calcificado<br />

• 18% dos casos submetidos à pericardiectomia, o<br />

pericárdio não se encontrava espessado<br />

• <strong>Pericardite</strong> efusivo-constritiva – tamponamento e<br />

constrição ocasionada pelo pericárdio visceral


<strong>Pericardite</strong> Constritiva<br />

Diagnóstico Diferencial<br />

• Embolia pulmonar<br />

• Infarto de VD<br />

• DBPOC<br />

• Cardiomiopatia restritiva


<strong>Pericardite</strong> Constritiva<br />

Quadro Clínico<br />

• Sintomas de IC direita – anasarca, ascite,<br />

distensão abdominal e edema de MMII;<br />

sintomas de IC esquerda – dispnéia por<br />

disfunção diastólica<br />

• Dor torácica com características da<br />

pericardite ou mesmo atípica<br />

• Fadiga, anorexia,náuseas, dispepsia e perda<br />

de peso


<strong>Pericardite</strong> Constritiva<br />

• Caquexia cardíaca<br />

Exame Físico<br />

• Sinais de IC direita e elevação do pulso venoso<br />

jugular<br />

• Sinal de Kussmaul<br />

• Ruído (knock) pericárdico<br />

• Desdobramento de B2 – fechamento precoce da<br />

valva aórtica


RX de Tórax: T rax:<br />

<strong>Pericardite</strong> Constritiva<br />

Aumento da Área rea Cardíaca: Card aca: 58% pequeno.<br />

Sem Congestão Pulmonar Acentuada.<br />

Calcificação Calcifica ão Pericárdica:<br />

Peric rdica: 40% (sinal mais útil). til).<br />

Derrame Pleural: 55%.<br />

Átrio trio Esquerdo Aumentado: 33%.


<strong>Pericardite</strong> Constritiva<br />

Eletrocardiograma:<br />

Baixa Voltagem.<br />

Onda T isoelétrica isoel trica ou invertida.<br />

Sobrecarga de Átrio trio Esquerdo.<br />

Fibrilação Fibrila ão Atrial. Atrial<br />

Sobrecarga de Ventrículo Ventr culo Direito → 5%.


<strong>Pericardite</strong> Constritiva<br />

Ecocardiograma<br />

• A FE encontra-se normalmente preservada<br />

• Aumento dos átrios com dimensões ventriculares<br />

normais<br />

• Diminuição inspiratória da velocidade de fluxo da<br />

onda E mitral maior do que 25%<br />

• Diminuição expiratória na velocidade de fluxo<br />

diastólico da veia hepática e aumento do fluxo<br />

diastólico reverso<br />

• Espessamento pericárdico e calcificações


Tomografia Computadorizada e<br />

RNM


<strong>Pericardite</strong> Constritiva<br />

Estudo Hemodinâmico


<strong>Pericardite</strong> Constritiva<br />

Tratamento<br />

• Tratamento antituberculose deve ser iniciado antes<br />

da cirurgia e mantido por 1 ano<br />

• Diuréticos<br />

• Indicação cirúrgica clássica nos casos em que há IC<br />

clínica<br />

• A intervenção não deve ser adiada, pois pacientes<br />

em classe funcional avançada apresentam maior<br />

mortalidade (30 a 40% X 6 a 19%) e o benefício<br />

cirúrgico é menor


<strong>Pericardite</strong> Constritiva<br />

Tratamento

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!