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Arminianismo e Metodismo – José Goncalves Salvador

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CAPÍTULO I<br />

COMO SE CONSTRÓI UMA GRANDE NAÇÃO<br />

1. OS PAÍSES-BAIXOS, CONDIÇÕES GEOGRÁFICAS.<br />

A Holanda e Bélgica, mais conhecidas outrora por Países-Baixos, ocupavam<br />

uma faixa de terras ao longo do Mar do Norte, na Europa Norte Ocidental. No leste<br />

confrontavam-se com diversos territórios germânicos e, no oeste, com a Picardia e<br />

Campanha francesas. Não tinham, pois, fronteiras naturais, salvo as marítimas,<br />

apesar de recortados por movimentados cursos de água, como o Reno, o Escalda e<br />

outros.<br />

O baixo nível do seu litoral facilitava a invasão quase constante da parte<br />

continental pelas águas do mar, ameaçando lavouras e residências. Em vista disso,<br />

fazia-se mister construir diques e abrir canais, opor-se ao elemento adverso e<br />

transformar a pouco fértil planície em solo aproveitável. E, assim, desenvolveu-se<br />

ali, especialmente nas províncias do norte, as quais vieram a constituir a moderna<br />

Holanda, um povo laborioso e empreendedor, afeito aos perigos, dado ao comércio<br />

e amante da liberdade.<br />

2. O INTERCÂMBIO COMERCIAL.<br />

À falta de matérias primas e de víveres, tinha o holandês que voltar-se para o<br />

mar e para o comércio. Dependendo de outras nações, precisava estreitar relações<br />

com elas e fazer-se pacífico. A posição geográfica do país colocava-o, naturalmente,<br />

como intermediário entre as regiões setentrionais e as centrais e, até as do meiodia,<br />

circunstâncias a que se juntaram as do capitalismo estrangeiro, graças ao<br />

afluxo de judeus expulsos de Espanha e Portugal, por seus reis.<br />

As indústrias mais prosperaram então. Mercadorias subiam e desciam seus<br />

rios, tornando-se alguns dos seus portos dos mais freqüentados em toda a Europa:<br />

Antuérpia e Amsterdã. De lá se recambiavam tecidos de diversos tipos, vidros,<br />

cristais, relógios, bacalhau e inclusive o latão e o cobre que Portugal traficava com o<br />

Oriente. Para os Países-Baixos remetiam os lusos o açúcar da Ilha da Madeira e do<br />

Brasil, vinho, azeite, sal, artigos da África e especiarias do Levante.<br />

Com a derrota da “Armada Invencível,” na qual os ibéricos perderam o<br />

melhor de suas embarcações, passou a Holanda a predominar nos mares junto com<br />

a Inglaterra. Duas de suas companhias de comércio ganharam faina: a das Índias<br />

Orientais e a das Índias Ocidentais. Terras do Índico e da África caíram sob seu<br />

domínio, não escapando à sua cobiça nem o rico nordeste brasileiro.<br />

3. A VIDA SOCIAL.<br />

Todos estes fatores repercutiram em sua vida social e cultural. A aristocracia<br />

urbana e a rural viviam pouco distanciadas uma da outra. O número de cidades era

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