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Arminianismo e Metodismo – José Goncalves Salvador

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PREFÁCIO<br />

Bispo César da Corso Filho<br />

Li, com prazer, os originais deste livrinho. Por diversos motivos. Primeiro,<br />

porque escritos por um companheiro de ministério, cujo curriculum vitae, vencido<br />

até aqui, venho acompanhando desde o princípio. Depois, porque fruto de esforços<br />

com que ele sempre vence nos empreendimentos que toma a peito, e da piedade<br />

sincera e profunda que, como apanágio de seus dias, ele cultiva em termos<br />

estritamente evangélicos. Enfim, porque campo cultural de suma importância para<br />

nós, quando nos confrontamos com o dilema do “sim ou não,” em face do convite<br />

que o Filho de Deus nos faz, tocante à redenção - campo cultural que ele lavra com<br />

muita prudência e circunspecção.<br />

Abrangem muitos âmbitos que se prendem ao magno problema - e, na Terra,<br />

somos ou não livres para aceitar a chamada de Jesus Cristo para o Reino de Deus,<br />

ou se, na Terra, estamos ou não sujeitos a predeterminismo, com referência à<br />

salvação eterna.<br />

A base que se vale, em grande extensão, o autor, é a pessoa de Armínio e a<br />

controvérsia a que ela deu causa. Para isso, ele se foi à Geografia, à História, aos<br />

imperativos da lógica e aos lampejos das armas terçadas nas arenas da Teologia.<br />

Contudo, seu trabalho é muito sucinto para matéria tão extensa e muito simples<br />

para tema tão complicado.<br />

O autor foi, no meu entender, feliz em ressaltar que nós, metodistas,<br />

avançamos mais na doutrina do livre arbítrio, que o próprio pastor Neerlandês. De<br />

fato precisamos distinguir Wesley de Armínio.<br />

Não podemos jamais negar que Deus predestinou muitas coisas para certas<br />

esferas da vida humana, sobretudo no curso das coisas materiais. Assim, quem não<br />

comer e beber, há de sucumbir, e quem, de grande altura, se lançar no espaço<br />

desarmado de páraquedas, há de morrer ao tocar o solo. Isso, para não referir à<br />

inalterabilidade dos grandes fenômenos físicos das estações, das luas, das chuvas,<br />

dos raios, em que quase não podemos interferir, senão para nosso resguardo de<br />

seus efeitos. Assim, deu Deus seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crê,<br />

não pereça, mas tenha a vida eterna. Até aí vai a predestinação de Deus. Todavia,<br />

comer e beber, como lançar-nos, de grande altura, ao espaço e, ainda, crer no Filho<br />

Unigênito, é atitude que depende de nós. E aqui é que está nosso livre arbítrio,<br />

nossa liberdade, seguidos de nossos deveres e conseqüentes responsabilidades.<br />

Mas o que deduzimos da Bíblia, da lógica e da experiência, de acordo com o<br />

que acabo de declarar, é que, no campo propriamente moral e espiritual (religioso),<br />

somos soberanamente livres. Para isso a Providência nos dotou de inteligência,<br />

razão e consciência, que nos conduzem ao senso de nossos deveres e conseqüentes<br />

responsabilidades, tão vivo em todos nós. Sem dúvida, só até onde chega nosso

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