Juliana Campos De Oliveira - CONPEDI
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Assim sendo, o desenvolvimento de pesquisas nesta óptica, é indispensável.<br />
Confirmando, Irigalba destaca que “muitas pessoas (sobretudo alguns cientistas sociais)<br />
consideram uma indiscutível evidência a proposta de integrar o „social‟ e o „ecológico‟”<br />
(2005, p.11). E complementa:<br />
as ciências sociais informam-nos que a complexidade social não é<br />
fragmentária nem se apresenta atomizada; ao contrário, é diferenciada,<br />
multicausal, interdependente, global e integradora. (...) Essa<br />
interdependência no plano social tem sua correspondência na ecologia<br />
quando se afirma que todos os organismos modificam em alguma medida os<br />
ecossistemas nos quais vivem. Tal afirmação transposta para o campo social,<br />
implica que os profissionais da intervenção social precisam ser muito<br />
conscientes (e conseqüentes) da responsabilidade que assumem ao intervir<br />
(em todas as formas em que os assistentes sociais podem fazê-lo) (...) Nossa<br />
tendência é acrescentar (...) a dimensão social nas análises ecológicas, como<br />
se comentássemos ou lembrássemos que ficariam incompletas se não<br />
levassem em conta que o ser humano é mias uma ser vivo e um ator chave.<br />
(IDEM, p. 12)<br />
Seguindo essa perspectiva, a autora ressalta ainda a “necessidade dos cientistas (...)<br />
trabalharem em equipes multi e interdisciplinares” (IBIDEM, p.15).<br />
O Direito também segue a tendência interdisciplinar. Relativamente ao Direito<br />
Ambiental, Santos assevera que: “o Direito Ambiental tem como base estudos complexos que<br />
envolvem várias ciências como biologia, antropologia, sistemas educacionais, ciências<br />
sociais, princípios de direito internacional, entre outras” (1999, p.1).<br />
3. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E INFORMAÇÃO<br />
Aliada à idéia do desenvolvimento de estudos interdisciplinares, está a de uma<br />
sociedade bem informada acerca da necessidade da integração desenvolvimento social –<br />
preservação ambiental, base do desenvolvimento sustentável. Neste sentido, é de grande<br />
importância o posicionamento de Vilmar, que afirma:<br />
Sei que há muito a ser feito e os resultados talvez não possam ser vistos<br />
ainda, como aqueles construtores de catedrais da Idade Média, que iniciavam<br />
sua obra já sabendo que não veriam sua conclusão. Vivemos ainda sob o<br />
domínio de um modelo de desenvolvimento mentiroso que, em sua corrida<br />
consumista e excludente, torna como líquido e certo que o planeta será capaz<br />
de ceder infinitamente recursos e receber infinitamente nossos restos. Os<br />
problemas sócio ambientais estão mostrando que não é bem assim. Existe<br />
hoje um verdadeiro bloqueio econômico para impedir que a mídia ambiental<br />
brasileira consiga ampliar sua tiragem e atender ao grande público. (...)<br />
Nosso maior desafio agora deve ser engajar cada vez maiores seguimentos<br />
da sociedade na compreensão adequada da problemática ambiental, suas<br />
conseqüências e as diferentes possibilidades de soluções. Só bem informada<br />
uma sociedade será capaz de decidir, de forma adequada, entre adotar um<br />
* Trabalho publicado nos Anais do XIX Encontro Nacional do <strong>CONPEDI</strong> realizado em Fortaleza - CE nos dias 09, 10, 11 e 12 de Junho de 2010<br />
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