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Juliana Campos De Oliveira - CONPEDI

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ambiental verde – flora – carecem de sobreposições à agenda ambiental marrom – degradante<br />

dos recursos ambientais” (2005, p.12).<br />

Para Barbosa, os objetivos do “Our Common Future”<br />

dizem que deve se retomar o crescimento como condição necessária para<br />

erradicar a pobreza; mudar a qualidade de crescimento para torná-lo mais<br />

justo, eqüitativo e menos intensivo em matérias-primas e energia; atender às<br />

necessidades humanas essenciais de emprego, alimentação, energia, água e<br />

saneamento; manter um nível populacional sustentável; conservar e melhorar<br />

a base de recursos (2005, p. 47).<br />

Esta afirmativa também subsidia as respostas referentes às questões 8 e 11.<br />

Ao responder à questão 9, a maioria dos alunos adotaram posicionamento que<br />

concorda com Gorgulho, segundo o qual “a disponibilidade de água por habitante foi reduzida<br />

em 60% nos últimos 50 anos. E neste mesmo período a população do Planeta cresceu 50%.<br />

(...) tudo poderá acontecer, até mesmo possíveis guerras, não por causa do petróleo ou por<br />

terras, mas, pela água” (1999, p. 06) e com Teixeira et al.: “atualmente, admite-se que se não for<br />

alterado o estilo de vida da sociedade, um quarto da população mundial sofrerá a falta de água nas<br />

próximas décadas” (2001, p. 01).<br />

A abordagem da questão 10 remete à interpretação, elaborada por Barbosa, do art.<br />

225 da Constituição Federal Brasileira, quando diz que tal artigo “impõe que meio ambiente e<br />

economia relacionem-se de forma respeitada” (2005, p. 48). Apesar da maioria dos alunos<br />

considerar a racionalização da água uma questão ambiental, e outra parcela, uma questão<br />

econômica, houve alunos que corroboraram com a visão de Barbosa acerca do art. 225 da CF,<br />

correlacionando o meio ambiente e a economia.<br />

Na questão 14, quando os alunos responderam que o gasto realizado pela empresa da<br />

Flórida para transferir uma árvore foi “apenas para aparecer na mídia”, leva-se a uma reflexão<br />

correlacionando este ponto de vista com a afirmação de Vilmar: “existe hoje um verdadeiro<br />

bloqueio econômico para impedir que a mídia ambiental brasileira consiga ampliar sua<br />

tiragem e atender ao grande público” (2006, p. 04). Quando, nesta questão, os sujeitos da<br />

pesquisa fizeram referência à riqueza natural do Brasil, têm uma postura que segue a<br />

tendência das respostas atribuídas à questão 13, no sentido de serem favoráveis à destinação<br />

de gastos para resolução de problemas ambientais e remete à afirmação de Anello, segundo a<br />

qual “a biodiversidade e a sustentabilidade configuram uma “contradição” que “cristaliza os<br />

conflitos da sociedade brasileira” (2004, p.58). Além disso, a autora considera que, superar<br />

essa contradição é a tarefa que se apresenta a nossa sociedade.<br />

* Trabalho publicado nos Anais do XIX Encontro Nacional do <strong>CONPEDI</strong> realizado em Fortaleza - CE nos dias 09, 10, 11 e 12 de Junho de 2010<br />

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