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Proteínas - Campus Porto Seguro

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QUÍMICA DE ALIMENTOS<br />

Curso técnico em Alimentos<br />

Prof. a Michelle Andrade Souza<br />

PROTEÍNAS


Composição<br />

PROTEÍNAS<br />

Definição:<br />

São polímeros complexos formados por<br />

moléculas orgânicas (os aminoácidos):<br />

Alto peso molecular (6000 a<br />

100000 dáltons);<br />

Unidades repetitivas.<br />

Carbono (50 a 55%)<br />

Oxigênio (20 a 24%)<br />

Hidrogênio (6 a 8%)<br />

Nitrogênio (16%)<br />

Enxofre (0,2 a 0,3 %)


PROTEÍNAS<br />

Funções:<br />

Biológicas:<br />

contráteis (actina e miosina);<br />

Estruturais (queratina, colágeno);<br />

Biocatalizadores;<br />

Horminais (insulina, glucagon);<br />

Transferência (ferritina, hemoglobina);<br />

Proteção contra agentes agressores:<br />

Anticorpos (mamiféros);<br />

Veneno (cobras)<br />

Antibióticos (microrganismos);<br />

Doenças de origem alimentar:<br />

Toxina botulínica e Príons.


Digestão das proteínas:<br />

Boca: ação mecânica;<br />

Estômago: HCl (suco gástrico) desnatura proteína e pepsina inicia a hidrólise<br />

(transformando em polipeptídeos);<br />

Intestino delgado: Suco pancreático e suco entérico liberam as enzimas tripsina,<br />

carboximetilpeptidase e aminopeptidase que degradam os polipeptídeos em<br />

aminoácidos, dipeptídeos e tripeptídeos.<br />

Mucosa: Ação das peptidases, tripeptidases para liberar aminoácidos na corrente<br />

sanguínea;<br />

Intestino grosso: Elimina material não digerido que pode ser fermentado pela flora<br />

intestinal.<br />

Não há reserva de proteínas quantidades<br />

acima das necessidades são todas<br />

metabolizadas.<br />

Fígado mantém o balanço de aminoácidos plasmáticos, sintetiza proteínas essenciais,<br />

enzimas, lipoproteínas, hemoglobina, converte proteína em glicose.


A absorção de proteínas é afetada por fatores intrínsecos ( capacidade digestiva,<br />

absorção intestinal) e extrínsecos (alimentos ingeridos, teor de nutrientes e<br />

processamento)<br />

Determinam<br />

biodisponibilidade de nutrientes


BIODISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES<br />

“Porção disponível de qualquer nutriente é aquela que<br />

efetivamente é absorvida em uma forma que possa ser utilizada<br />

pelo organismo em seu metabolismo celular”.<br />

BIODISPONIBILIDADE DE PROTEÍNAS<br />

“Proteína degradada em aminoácidos livres, para que seja efetivamente<br />

absorvida e possa ser utilizada pelo organismo, com a finalidade principal<br />

de síntese protéica”.<br />

PROTEÍNA AA LIVRE<br />

SÍNTESE PROTEICA<br />

FATORES QUE AFETAM A BIODISPONIBILIDADE:<br />

Alimentos fontes de proteínas;<br />

Conformação das proteínas, fibrosas e insolúveis são menos atacadas<br />

pelas proteases que as globulinas solúveis;<br />

Fixação com metais, lipídeos, celulose e outros polissacarídeos;<br />

Presença de fatores anti-nutricionais


AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS<br />

São aminoácidos que o organismo não consegue<br />

sintetizar de modo algum ou em quantidade suficiente<br />

para suprir as necessidades do organismo<br />

Exemplos:Histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina,<br />

fenilalanina, treonina, triptofano e valina<br />

AMINOÁCIDOS NÃO-ESSENCIAIS<br />

Se houver deficiência pode ser sintetizado a partir de AA<br />

essenciais ou de precursores<br />

Exemplos: Alanina, ácido aspártico, asparagina, ácido glutâmico,<br />

prolina e serina<br />

QUALIDADE DA PROTEÍNA<br />

É definida pela presença de aminoácidos essenciais e pela<br />

biodisponibilidade dos mesmos:<br />

Proteína de alto valor biológico Proteína de origem animal , possui todos os<br />

aminoácidos essenciais (ovo, leite carnes);<br />

Proteína de baixo valor biológico Proteína de origem vegetal , carente em<br />

aminoácidos essenciais;


Aminoácidos<br />

Unidades estruturais das proteínas;<br />

Definição: São compostos químicos que possuem um grupo<br />

carboxila (COOH), um grupo amino (NH2) e uma cadeia lateral<br />

(R) ligados ao mesmo átomo de carbono.<br />

H<br />

R C COOH Estrutura básica<br />

NH 2<br />

R: cadeia lateral ou grupo R é diferente nos 20 tipos de<br />

aminoácidos mais freqüentemente encontrados na natureza,<br />

principalmente nos alimentos.


Classificação dos<br />

aminoácidos:<br />

A mais aceita utiliza apolaridade da cadeia<br />

lateral, que significa a tendência de<br />

interação com a água<br />

Aminoácidos polares sem carga;<br />

Aminoácidos com radicais apolares ou<br />

hidrofóbicos;<br />

Aminoácidos carregados positivamente;<br />

Aminoácidoscarregados negativamente.


Propriedades ácido-básicas<br />

de aminoácidos:<br />

Em soluções aquosas de pH neutro os grupos<br />

carboxila e amino encontram-se ionizáveis:<br />

Assim são denominados Íons dipolar “Zwitterion”


Propriedades ácido básicas de<br />

aminoácidos:<br />

São moléculas anfóteras, ou seja, atuam<br />

tanto como base quanto como ácido:<br />

Atuação como ácido:<br />

Atuação como base:


Titulação de aminoácidos:


Titulação de aminoácidos:<br />

Conclusões:<br />

A curva de titulação indica a carga elétrica<br />

líquida do aminoácido em qualquer pH;<br />

O pH no qual o aminoácido apresenta carga<br />

elétrica igual a zero é denominado pH<br />

isoelétrico ou ponto isoelétrico (ocorre o<br />

predomínio da forma dipolar);<br />

Em qualquer pH que o aminoácido estiver<br />

abaixo de seu ponto isoelétrico apresentará<br />

carga elétrica positiva e acima negativa.


Peptídeos<br />

Definição:<br />

São formados por aminoácidos através de<br />

ligações amídicas denominadas peptídicas.<br />

2 a 10 aminoácidos = oligopeptídeos<br />

11 a 49 aminoácidos = polipeptídeos<br />

≥ a 50 aminoácidos = proteínas


Constituição química<br />

Forma Simplificada:<br />

H 3N +____ Ala ____ Asp ____ Fhe ____ COOH


<strong>Proteínas</strong><br />

Definição:<br />

<strong>Proteínas</strong> são polimeros de aminoácidos,<br />

codificados por gens, podendo ser<br />

constituídas por uma ou mais cadeias<br />

polipeptídeas.<br />

Ex: a lisozima uma enzima que possui 129<br />

aminoácidos possui peso molecular igual<br />

a aproximadamente 15000000 daltons =<br />

15 KDa


Classificação das proteínas:<br />

De acordo com a forma ou<br />

conformação:<br />

Globulares: as cadeias são enoveladas<br />

firmimente “empacotadas”, geralmente são<br />

solúveis em sistemas aquosos.<br />

Fibrosas: as cadeias são esticadas ou<br />

estendidas, geralmente são insolúveis na<br />

água.


Classificação das proteínas: De acordo com a forma ou<br />

conformação:<br />

hemoglobina<br />

músculo


Classificação das proteínas:<br />

De acordo com a composição:<br />

Simples: formadas apenas por aminoácidos;<br />

Conjulgadas: Constituídas por aminoácidos e<br />

outros componentes fazendo parte da sua<br />

estrutura (denominado grupo prostético).<br />

Ex: Glicoproteína, lipoproteína, cromoproteína.


Classificação das proteínas:<br />

De acordo com a solubilidade:<br />

Albuminas: Solúveis em água (lactoalbumina);<br />

Globulinas: Insolúveis em águam, mas solúveis em<br />

soluções salinas neutras (lactoglobulina);<br />

Prolaminas: Insolúveis em água e em soluções<br />

salinas, mas solúveis em etanol (gliadina);<br />

Glutelinas: Insolúveis em água, soluções salinas e<br />

etanol, mas solúveis em soluções acidas ou<br />

alcalinas (gluteína);<br />

Escleroproteínas: Insolúveis (colágeno e<br />

queratina).


Estrutura e Conformação<br />

das proteínas:<br />

Estrutura primária: é a sequência de<br />

aminoácidos ao longo da cadeia<br />

polipeptídica


Estrutura e Conformação das<br />

proteínas:<br />

Estrutura secundária: arranjo<br />

espacial local de um segmento da<br />

cadeia polpipeptídica, através de<br />

ligações de hidrogênio;


Estrutura e Conformação das<br />

proteínas:<br />

Estrutura terciária: é o enovelado final da cadeia<br />

polipeptídica ou sua estrutura em três dimensões,<br />

mantida por interações intermoleculares do tipo<br />

ligações de hidrogênio, pontes dissulfeto, Van Der<br />

Valls e iônicas.


Estrutura e Conformação<br />

das proteínas:<br />

•Estrutura quaternária: é a interação entre<br />

subunidades de uma proteína, ou seja,<br />

refere-se a proteína com duas ou mais<br />

subunidades polipeptídicas.


Estrutura primária<br />

Estrutura terciária<br />

1. Estrutura das proteínas<br />

Estrutura quaternária<br />

Estrutura secundária


Desnaturação de proteínas


Alimentos<br />

Funcionais<br />

x<br />

Propriedades<br />

Funcionais<br />

Alimentos Funcionais: são aqueles que, além de suas<br />

propriedades nutritivas, possuem ação fisiológica que resultam em<br />

benefícios à saúde, seja na sua manutenção ou na prevenção de<br />

doenças. Essas propriedades são ditas serem Propriedades Funcionais<br />

Nutracêuticas.<br />

Propriedades Funcionais: são todas aquelas que não são<br />

nutritivas, mas que influem na estrutura e aceitabilidade do alimento.<br />

Tais como: viscosidade, solubilidade, adsorção de água e lípideos,<br />

formação de emulsões, de formação de gel e de textura.


Classificação das<br />

propriedades funcionais<br />

Reológicas: propriedades que dependem de características físicas e<br />

químicas específicas das proteínas (viscosidade);<br />

Sensoriais: se manifestam através dos órgãos dos sentidos,<br />

propriedades sensoriais (textura, cor, gosto, aroma) .<br />

Intermoleculares: depende da habilidade da proteína de formar<br />

ligações cruzadas entre suas próprias moléculas ou com outros<br />

componentes do alimento (formação de fibras de proteínas,<br />

geleificação, formação de massa visco-elástica)


Definições...<br />

•Segundo Fennema (1993), propriedades funcionais das proteínas<br />

são aquelas propriedades físico-químicas que lhes permitem<br />

contribuir para a aceitabilidade do alimento.<br />

•Kinsella (1982), define propriedades funcionais como aquelas<br />

propriedades físico-químicas que afetam o comportamento das<br />

proteínas nos sistemas alimentares durante o processamento,<br />

estocagem, preparação e o consumo.


Classificação das<br />

propriedades funcionais<br />

Classificação proposta por Pour- El (1981):<br />

Hidrofílicas: depende da afinidade da proteína pela água<br />

(solubilidade, capacidade de hidratação e de retenção de água);<br />

Interfásicas: depende da capacidade das moléculas de proteínas se<br />

unirem e formarem uma película entre duas fases imiscíveis<br />

(emulsificação e formação de espumas);


Classificação das propriedades<br />

funcionais<br />

Reológicas: propriedades que dependem de características físicas e<br />

químicas específicas das proteínas (viscosidade);<br />

Sensoriais: se manifestam através dos órgãos dos sentidos,<br />

propriedades sensoriais (textura, cor, gosto, aroma) .<br />

Intermoleculares: depende da habilidade da proteína de formar<br />

ligações cruzadas entre suas próprias moléculas ou com outros<br />

componentes do alimento (formação de fibras de proteínas,<br />

geleificação, formação de massa visco-elástica)


Propriedades Funcionais<br />

Solubilidade:<br />

É determinada por 3 fatores principais:<br />

Grau de Hidratação;<br />

Distribuição de cargas ao longo da cadeia;<br />

Presença de substâncias não protéicas como fosfato,<br />

carboidratos e lipídeos.<br />

Maior ou menor afinidade das moléculas de proteínas pelo<br />

solvente, que no caso dos alimentos é a água.


Propriedades Funcionais<br />

Solubilidade:<br />

Radicais de proteína polares: exterior da molécula<br />

Radicais de proteína apolares: interior da molécula


Solubilidade


Solubilidade


Solubilidade:<br />

Propriedades Funcionais<br />

Dados de solubilidade de proteínas;<br />

bebidas alimentícias;<br />

floculação ou sedimentação protéica;<br />

aparência e textura do produto.


Propriedades Funcionais<br />

Hidratação e Capacidade de retenção de água:<br />

Essas propriedades relacionam-se com a quantidade<br />

de água que permanece na proteína ou no alimento protéico<br />

após exposição a um excesso de água e a aplicação de uma<br />

força de centrifugação ou pressão.<br />

As propriedades funcionais hidrofílicas são muito<br />

importantes nas carnes para garantir os atributos de textura,<br />

suculência e maciez características desses produtos.


Propriedades Funcionais<br />

Hidratação e Capacidade de retenção de água:<br />

A água firmemente ligada a grupos hidrofílicos das<br />

cadeias polipeptídicas (carboxílicos, sufidrílicos, amínicos),<br />

representa a água de hidratação.


Propriedades Funcionais<br />

Hidratação e Capacidade de retenção de água:<br />

A água livre pode estar imobilizada na rede tridimensional da<br />

proteína, através de ligações cruzadas e forças eletrostáticas entre as<br />

cadeias polipeptídicas.


Capacidade de fixação de<br />

água


Propriedades Funcionais<br />

pH<br />

Força iônica<br />

Propriedades<br />

Hidrofílicas<br />

Temperatura


Propriedades Funcionais<br />

Força iônica: Efeito “salting – in” e “salting – out”.<br />

pH ionização e magnitude<br />

da carga protéica<br />

forças interativas<br />

(atração e\ou repulsão)<br />

No ponto isoelétrico, pH no qual a proteína apresenta carga<br />

elétrica nula, a mesma se precipita. Logo, as propriedades de absorção<br />

e retenção de água e de solubilidade são prejudicadas.


Perfil de solubilidade da proteína isolada do soro<br />

do leite aquecidas a 70º C em diferentes tempos


Propriedades Funcionais<br />

Temperatura: quando se eleva diminui as interações<br />

de ligação de hidrogênio e conseqüentemente a ligação de<br />

proteína com a água é prejudicada.<br />

Proteína com estrutura compacta pode ter sua<br />

propriedades funcionais hidrofílicas melhorada, com<br />

aquecimento.


Depende:<br />

Propriedades Funcionais<br />

Viscosidade<br />

A viscosidade dos fluidos protéicos está diretamente<br />

relacionada com o diâmetro aparente das moléculas dispersas:<br />

• características próprias de cada proteína;<br />

• das interações proteína-água e<br />

• das interações proteína-proteína.<br />

TIXOTROPIA: fenômeno que consiste na diminuição da viscosidade<br />

de soluções protéicas quando as mesmas são agitadas.<br />

RELAÇÃO ENTRE:<br />

Viscosidade X Solubilidade (ovoalbumina);<br />

Viscosidade X Capacidade de absorção de água


Propriedades funcionais<br />

interfásicas<br />

Geleificação; Capacidade de formar espumas e Emulsificação


Propriedades Funcionais<br />

Emulsificação:<br />

Emulsão mistura de 2 líquidos<br />

imiscíveis.<br />

Ex: emulsão de óleo em água (leite)<br />

emulsão de água em óleo<br />

(manteiga)<br />

As emulsões alimentares tendem<br />

a desestabilizar–se pelos<br />

mecanismos de:<br />

a) Sedimentação;<br />

b) Floculação;<br />

c) Colisão.


Propriedades Funcionais<br />

Emulsificação:<br />

Agente emulsificante:<br />

Polissacarídeos<br />

espessantes;<br />

<strong>Proteínas</strong> (moléculas<br />

anfipáticas ou<br />

anfifilicas)<br />

partes hidrofóbicas e<br />

hidrofílicas numa<br />

mesma molécula.


Propriedades Funcionais<br />

Emulsificação:<br />

Dois aspectos interessam na emulsão:<br />

capacidade de emulsificação: quantidade de óleo que<br />

pode emulsificar-se por grama de proteína, antes que<br />

se inverta a fase;<br />

estabilidade da emulsão (ES): expressa como<br />

porcentagem de diminuição de volume da emulsão<br />

inicial.<br />

ES = (volume emulsão final/ volume emulsão ) X 100<br />

Fatores que afetam a formação e a estabilidade de uma emulsão:<br />

tamanho da partícula de gordura;<br />

Solubilidade;<br />

Temperatura;<br />

pH;<br />

viscosidade.


Propriedades Funcionais<br />

Emulsificação:<br />

As salsichas, são um sistema de dispersão grosseira<br />

de um sólido (gordura) em um líquido que constituem a<br />

fase continua, no qual as proteínas da carne atuam como<br />

emulsificante.<br />

Outros exemplos: leite, maionese, queijo fundido,<br />

assados...


Propriedades Funcionais<br />

Formação e Estabilidade da espuma:<br />

A capacidade de uma proteína formar espuma refere-se a<br />

expansão de volume da disperção protéica com a incorporação de ar por<br />

batimento, agitação ou aeração.


Propriedades Funcionais<br />

Formação e Estabilidade da espuma:<br />

Para poder avaliar as propriedades espumantes das proteínas, é<br />

necessário levar em conta três parâmetros:<br />

Capacidade de formação de espumas: é a área interfacial que a<br />

proteína pode criar;<br />

Estabilidade da espuma: diz respeito à retenção do volume máximo<br />

de espuma formada em função do tempo de repouso;<br />

Firmeza da espuma: É a capacidade que tem a coluna de espuma de<br />

suportar determinada massa.<br />

Espumas com texturas diversas são encontradas nos alimentos,<br />

tais como: merengues, bolos, marshmallow, mousse, cerveja, pães.


Propriedades Funcionais<br />

Formação e Estabilidade da espuma:<br />

Fatores que interferem na Formação e<br />

estabilidade da espuma:<br />

Concentração de proteínas: maior concentração<br />

maior estabilidade, porém não afeta a formação de<br />

espuma;<br />

pH: ponto isoelétrico;<br />

Quantidade de<br />

espuma que<br />

se forma é<br />

pequena<br />

ar/água)<br />

melhora a estabilidade (maior<br />

espessura e rigidez das proteínas<br />

adsorvidas na interface<br />

o Adição de açúcar melhora a estabilidade da espuma;<br />

o Presença de lipídeos atrapalham a formação de<br />

espuma, visto que se colocam na interface ar/água.


Propriedades Funcionais<br />

Geleificação:<br />

Quando as proteínas desnaturadas agregam-se para formar uma<br />

rede protéica ordenada, este processo denomina-se geleificação.<br />

A geleificação implica na formação de uma massa insolúvel e<br />

bem hidratada e interações específicas proteína- proteína.<br />

Formação de géis: - soluções protéicas (ptnas do soro do leite e<br />

da clara do ovo).<br />

- dispersões de ptnas insolúveis ou<br />

parcialmente insolúvel (colágeno, etc).


Propriedades Funcionais<br />

Geleificação:


Propriedades Funcionais<br />

Geleificação:<br />

A geleificação possui papel fundamental na<br />

preparação de numerosos alimentos, entre eles diversos<br />

produtos lácteos, clara do ovo coagulada, géis de gelatina,<br />

vários produtos cárneos triturados e aquecidos, massas de<br />

panificação.


Aplicações...<br />

As proteínas servem como ingredientes funcionais<br />

numa ampla e sempre crescente faixa de aplicação em<br />

alimentos:<br />

<strong>Proteínas</strong> do glúten = propriedades visco-elásticas da<br />

massa do pão;<br />

<strong>Proteínas</strong> musculares = suculência e textura da carne;<br />

<strong>Proteínas</strong> do ovo = características sensoriais de bolos e<br />

sobremesas;<br />

<strong>Proteínas</strong> do leite = produção de queijo e demais<br />

produtos lácteos;


Aplicações...<br />

Dificuldades na determinação das propriedades funcionais das<br />

proteínas:<br />

Fatores intrínsecos (tamanho, composição<br />

e seqüência de aa, carga, estrutura, etc).<br />

Fatores extrínsecos (pH, temperatura,<br />

condições de secagem e estocagem,etc).<br />

Propriedades funcionais<br />

das proteínas


Considerações Finais<br />

Visto que as preferências alimentares são baseadas, grandemente,<br />

aos atributos sensoriais dos alimentos tais como, sabor, textura,<br />

aroma, viscosidade, e as propriedades funcionais das proteínas estão<br />

intimamente ligadas na determinação dessas características. Nada<br />

mais justo que a dedicação no estudo das mesmas, pra garantir uma<br />

maior aceitação de novos alimentos pelo consumidor.<br />

Diante da ampla aplicação das propriedades funcionais das<br />

proteínas nos alimentos, muitas pesquisas estão sendo desenvolvidas<br />

em busca de descobrir novas fontes potencias de proteínas com essas<br />

características.


Bibliografia<br />

FENNEMA, O. R. Aminoácidos, Péptidos y <strong>Proteínas</strong>. IN: Química<br />

de los alimentos. Zaragoza, Espanha: Ed Acribia 1993;<br />

SGARBIERI, V.C. <strong>Proteínas</strong> em Alimentos. São Paulo,1996;<br />

DAMODARAN, S; PARAF, A. Food Proteins and their<br />

Applications. New York. ed.Board, 1997;<br />

DONADEL, M. E. PRUDENCIO-FERREIRA, S.H, Propriedades<br />

funcionais de concentrado protéico de feijão envelhecido.Revis.<br />

Ciência e Tecnologia de Alimentos.v.19, n.3 Campinas set.\dez.1999;<br />

YURIKA, M.I., et all Propriedades funcionais da farinha e<br />

concentrado protéico de feijão guandu (Cajanus cajans (I.) millsp).<br />

Revis ALAN v.50, n.3 Caracas set. 2000;


Bons Estudos

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