BILATERALIDADE CEREBRAL NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

No que diz respeito ao ensino de línguas estrangeiras, perceber-se que o cérebro
trabalha de maneira específica. A língua materna, que aprendemos quando começamos a
falar, fica guardada numa região do lobo frontal, no lado esquerdo do cérebro. É, portanto, a
matriz da nossa linguagem.
Quando se aprende uma segunda língua, entra em ação o lado direito do cérebro. É
criada uma espécie de “filial” da linguagem para ajudar a memorizar esse novo dicionário de
palavras estrangeiras. No momento em que outra língua se torna quase igual à língua
materna, muito provavelmente, o aprendizado ficará quase totalmente do lado esquerdo do
cérebro.
Mesmo assim, historicamente muitas das escolas ainda têm privilegiado o trabalho
com o lado esquerdo do cérebro quase que exclusivamente desde a terceira série do ensino
fundamental até a universidade. Além disso, em salas de aula, as carteiras estão dispostas
em um modelo que é confortável para as instruções do lado esquerdo do cérebro. Os alunos
sentam em fileiras, olhando para uma só direção para receber informação que será dada em
uma seqüência de séries verbais tanto em forma de discurso ou impressa. Aulas
exclusivamente expositivas (input) trabalham apenas uma metade do cérebro, o lado
esquerdo. Alunos que são “academicamente dotados” podem, por conta própria, levar a
informação que chega para o lado direito do cérebro para um completo processo de alcance
ao significado.
Como ativar a bilateralidade cerebral?
O cérebro humano tem sido estudado há anos, mas educadores têm prestado
pouquíssima atenção a isto. Recentes e avançados estudos tecnológicos têm tornado possível
a análise de cérebros vivos, possibilitando as descobertas reveladoras de interessantes
características do cérebro humano.
Quando se ativam emoções, trabalha-se com o lado direito do cérebro. O hipocampo,
que fica bem no meio do cérebro, captura e armazena sensações e emoções de uma
experiência. Ao se trabalhar com as emoções dos alunos, ativar-se o lado direito do cérebro
e conseqüentemente realizando o ensino com eficiência.
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