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Relatório final de PIS Lúcia Martins.pdf

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“(…) como [Horas do Conto] se organizam<br />

po<strong>de</strong>m ser muito variadas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da<br />

natureza do grupo, da sensibilida<strong>de</strong> e<br />

perícia comunicativa do mediador e será<br />

importante que caminhem no sentido <strong>de</strong><br />

possibilitar a construção <strong>de</strong> relações com e<br />

entre livros, permitindo à criança,<br />

condicionada pela sua maior ou menor<br />

competência leitora, uma maior liberda<strong>de</strong> na<br />

projeção sobre o livro ou um texto em<br />

particular e a criação <strong>de</strong> um vinculo que a<br />

faça regressar, mais tar<strong>de</strong>, à relação direta<br />

com a leitura.” (Taquelim, 2011: 1)<br />

Assim, a Hora do Conto é um momento <strong>de</strong> apaziguamento e <strong>de</strong> libertação do<br />

imaginário, on<strong>de</strong> todos os intervenientes se encontram reunidos por um sentimento e<br />

uma vonta<strong>de</strong> comuns, com um intuito <strong>de</strong> fruição. Mas é importante referir que, com a<br />

utilização <strong>de</strong> livros on<strong>de</strong> “a língua escrita dos textos [é] <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>”, a hora do conto<br />

ganha, na sua realização oral, “uma vida, um sabor e um mistério que obrigam o<br />

educador/leitor na situação <strong>de</strong> leitura a retirar o máximo partido <strong>de</strong>ste momento<br />

encantatório” (Gomes, 1996: 39).<br />

Adilson Moreno, no seu texto “Contar histórias: um legado da tradição oral<br />

incorporado nas práticas pedagógicas” (2007), assinala que “o contar histórias é uma<br />

estratégia que ajuda o [educador ou professor] a seduzir a criança a mergulhar no<br />

mundo fantástico da Literatura” (Moreno, 2007: 641), proporcionando um<br />

encantamento que envolve não só as crianças mas também os adultos, pois, como<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m Papalia, Olds & Feldman na obra O Mundo da Criança (2007: 326), essa é<br />

uma “situação agradável tanto para as crianças como para os adultos”, promovendo a<br />

“ligação emocional” entre uns e outros.<br />

Precisamente nesse sentido, Ana <strong>Lúcia</strong> Merege (2005) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que, para<br />

contar histórias, não há regras, o melhor é usar o coração e a intuição (cf. Moreno,<br />

2007: 642), mas, e recuperando a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> José António Gomes sobre a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> o educador “tirar o máximo partido <strong>de</strong>sse momento encantatório”, é importante ele<br />

apropriar-se da história que vai ler ou contar, criar uma atmosfera <strong>de</strong> encantamento<br />

com as crianças e recorrer a comportamentos não verbais (como a postura, a<br />

expressão facial, os gestos, a movimentação no espaço, …) e à entoação e à<br />

expressivida<strong>de</strong> da leitura (ou do conto) <strong>de</strong> forma a tornar esse momento mágico em<br />

algo que seja emotivamente experienciado pelas crianças e que provoque<br />

<strong>de</strong>slumbramento, tal como Cristina Taquelim, no seu texto “Animação à leitura” afirma:<br />

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