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Relatório final de PIS Lúcia Martins.pdf

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III – A Literatura Infantil no Jardim <strong>de</strong> Infância<br />

O livro para crianças, em termos comerciais, po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado um objeto<br />

<strong>de</strong> arte, e <strong>de</strong>ve sê-lo, assim como um mero artefacto comercial, consi<strong>de</strong>rando como<br />

critério fundamental na escolha do livro <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> o gosto da criança. Mas, na<br />

opinião <strong>de</strong> Rui Marques Veloso, o gosto da criança não é “… um elemento <strong>de</strong><br />

referência <strong>de</strong> primeira importância, já que ele ainda não existe <strong>de</strong> forma sustentada,<br />

tendo em conta as reduzidas vivências e o limitado conhecimento experiencial que<br />

alimentam um espírito critico ainda em formação.” (Veloso, 2003: 1).<br />

Rui Marques Veloso, nos estudos que tem realizado neste domínio, tem<br />

verificado que, muitas vezes, as crianças, <strong>de</strong>vido à sua boa recetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todo o tipo<br />

<strong>de</strong> histórias e <strong>de</strong> ilustrações, são atraídas por narrativas que não permitem o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do imaginário ou por livros com ilustrações “<strong>de</strong> traço” e com cores<br />

excessivas, sem possuírem uma dimensão plástica <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Por estas razões,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que é fundamental a crítica criar meios <strong>de</strong> transmitir ao educador, aos<br />

familiares das crianças e a outros agentes educativos, informações e conhecimentos<br />

sobre o que <strong>de</strong> bom existe no mercado <strong>de</strong> forma a orientar as opções <strong>de</strong> seleção<br />

<strong>de</strong>sses adultos-mediadores relativamente aos livros que <strong>de</strong>verão dar a ler às crianças.<br />

Marques Veloso dá como exemplo o caso da revista Malasartes, através da qual os<br />

críticos divulgam o que <strong>de</strong> bom vai sendo publicado no campo da literatura infantil,<br />

tendo um papel formativo na construção <strong>de</strong> um espírito crítico indispensável na<br />

seleção dos livros.<br />

Assim, o educador ou outro adulto-mediador, quando preten<strong>de</strong> selecionar um<br />

bom livro para crianças, <strong>de</strong>ve ter em conta a qualida<strong>de</strong> do texto e das imagens, o tema<br />

e a a<strong>de</strong>quação ao público infantil, tendo sempre em conta que não há dois leitores<br />

com as mesmas vivências, os mesmos interesses e as mesmas experiências <strong>de</strong><br />

leitura.<br />

Deve também ter em conta que o livro é um instrumento precioso na<br />

alimentação <strong>de</strong> um tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta e <strong>de</strong> conquista, pois este, ao ser utilizado no<br />

ato <strong>de</strong> contar histórias, proporciona o <strong>de</strong>senvolvimento da criança, a aquisição <strong>de</strong><br />

competências que a ajudam a compreen<strong>de</strong>r o mundo e promove aprendizagens<br />

emocionais e cognitivas. Por isso, o educador <strong>de</strong>ve possibilitar sempre situações <strong>de</strong><br />

leitura <strong>de</strong> (ou contar) histórias às crianças porque estas proporcionam momentos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scoberta do mundo que as ro<strong>de</strong>ia, <strong>de</strong> alargamento <strong>de</strong> conhecimentos e <strong>de</strong><br />

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