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Orações de sapiência - Universidade de Coimbra

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INTRODUÇÃO<br />

<strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1562, em nome <strong>de</strong>l-rei o louva pelo seu bom serviço e pe<strong>de</strong><br />

continue a servi-lo com o novo embaixador D. Álvaro <strong>de</strong> Castro, 35 como também ao<br />

embaixador português ao Concílio <strong>de</strong> Trento, que, em missiva datada <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Julho do mesmo ano, escreve ao seu soberano:<br />

«Por algũas indulgências que tenho mandado pedir a Sua Santida<strong>de</strong> tenho entendido<br />

ser António Pinto mui bem ouvido e está Sua Santida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mui bom ânimo para as<br />

cousas <strong>de</strong> Vossa Alteza e para os que estamos em seu serviço e que o dito António<br />

Pinto está habilitado e acreditado para que se Vossa Alteza mui bem possa servir<br />

<strong>de</strong>le em as cousas que naquela corte tocarem a seu serviço.» 36<br />

Como remuneração pelos valiosos serviços que prestava ao bom andamento<br />

dos negócios entre a cúria romana e a coroa portuguesa, e para além das benesses<br />

eclesiásticas que nunca cessaram <strong>de</strong> o acompanhar, 37 recebeu, em 25 <strong>de</strong> Outubro<br />

<strong>de</strong> 1564, a nomeação para <strong>de</strong>sembargador da Casa da Suplicação. 38<br />

Em 22 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1566 profere, no consistório público em que D. Fernando<br />

Meneses prestou, em nome <strong>de</strong> D. Sebastião, obediência ao recém-eleito papa Pio<br />

V, uma breve Oração latina, conforme era <strong>de</strong> praxe em tais solenida<strong>de</strong>s, impressa<br />

pelo editor romano Julius Bolanus <strong>de</strong> Accoltis, que incluiu no opúsculo a brevíssima<br />

resposta que em nome do sumo pontífice pronunciou António Florebelli, bispo <strong>de</strong><br />

Lavellino. 39<br />

3 3 7<br />

35 Corpo Diplomático Português, tomo 10, p. 31. D. Álvaro <strong>de</strong> Castro entrou em Roma a<br />

25 <strong>de</strong> Agosto do citado ano, como se vê <strong>de</strong> carta do Doutor António Pinto, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro,<br />

dirigida <strong>de</strong> Roma ao rei português e que po<strong>de</strong> ler-se na página 16 do tomo 8º da colecção <strong>de</strong><br />

textos diplomáticos acabada <strong>de</strong> citar.<br />

36 O. c., tomo 10, página 4. Do mesmo D. Fernão Martins Mascarenhas, veja-se o que, na<br />

mesma data, escreve a Lourenço Pires <strong>de</strong> Távora: “António Pinto, do qual estou tão contente<br />

segundo tenho entendido do seu proce<strong>de</strong>r que tendo Sua Alteza naquela corte por agente<br />

escusaria com sua boa diligência um embaixador mor achando ele tão boa graça em Sua<br />

Santida<strong>de</strong>.” O. c., ibi., página 5. Ver também carta do mesmo ao mesmo, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> Agosto do<br />

mesmo ano, o. c., ibi., página 7.<br />

37 E que parece não tinha muito pejo em pedir, como se vê do seguinte passo <strong>de</strong> uma<br />

carta ao recém nomeado arcebispo <strong>de</strong> Braga D. Agostinho <strong>de</strong> Castro: “Despois que Vossa<br />

Senhoria for em Braga cuidarei nas mercês que lhe hei-<strong>de</strong> suplicar e não será sobre visitação<br />

<strong>de</strong> igrejas, por[que] nesse seu arcebispado não tenho mais que cem mil réis <strong>de</strong> pensão em ũa<br />

igreja, sendo eu natural <strong>de</strong>le.” Carta datada <strong>de</strong> Roma, 30 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1588. Arquivo Distrital<br />

<strong>de</strong> Braga, Gaveta das Cartas, doc. 112, 1 vº. No mesmo arquivo, ibi., com os números 113,<br />

115, 116 e 230 se guardam mais quatro cartas <strong>de</strong> António Pinto ao mesmo <strong>de</strong>stinatário, datadas<br />

respectivamente <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1588, 5 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1588, 1º <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1588 e<br />

10 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1592. As três primeiras foram escritas em Roma e a última em Madrid.<br />

38 ANTT, Chancelaria <strong>de</strong> D. Sebastião, livro 13, f. 383 vº.<br />

39 Veja-se o Apêndice II, on<strong>de</strong> reproduzimos o texto latino e damos a nossa versão <strong>de</strong>ste<br />

discurso <strong>de</strong> circunstância, que, se não <strong>de</strong>sabona os merecimentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempeçado latinista<br />

do Doutor Pinto, tão-pouco, pela sua brevida<strong>de</strong> e obrigada estreiteza <strong>de</strong> tema, permitiria uma<br />

brilhante revelação dos mesmos, caso eles fossem excepcionais.<br />

Obra protegida por direitos <strong>de</strong> autor

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