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7° Simulado ESAF - editoraferreira

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04<br />

08<br />

12<br />

16<br />

Décio Sena<br />

LÍNGUA PORTUGUESA<br />

<strong>7°</strong> SIMULADO PADRÃO <strong>ESAF</strong> COM GABARITO COMENTADO<br />

DÉCIO SENA<br />

Leia o texto seguinte para responder às questões de 01 a 04.<br />

O que os cientistas admitem hoje é que a idade da terra sobe a bilhões de anos, ou mesmo a tempo<br />

muito maior, dentro do qual o aparecimento da vida impõe-se como de época recente, embora ainda<br />

recuada de centenas de milhões de anos. Interessante é que os espaços paleontológicos sejam tanto mais<br />

curtos quanto mais avançada é a organização da vida, passando do reino vegetal ao animal e das formas<br />

inferiores às superiores. A era cenozóica, compreendendo as idades terciária e quaternária, durante a qual<br />

surgiram os mamíferos placentários, o mastodonte, o elefante, o rinoceronte, assim como outros e<br />

também o homem, é calculada em 50 milhões de anos, enquanto a época anterior, durante a qual<br />

apareceram reptis, tartarugas, dinossauros, as primeiras aves, serpentes, mamíferos, numerosos insetos e<br />

plantas com flores, deve ter durado quase o triplo desse tempo, aproximadamente 150 milhões de anos. A<br />

era anterior, a paleozóica, a dos primeiros reptis, crustáceos, moluscos, pólipos, cefalópodes, reláquios,<br />

cordados e outros é estimada em mais de 350 milhões de anos, enquanto que as eras anteriores, com<br />

vestígios de vida animal nas sedimentações de carvão de pedra, têm uma duração calculada em mais de<br />

um bilhão de anos. Mas, apesar de todos esses cálculos serem apresentados como devendo corresponder à<br />

realidade, não há dúvida de que a idade provável do mundo e a da época em que apareceram a matéria<br />

vida, depois os animais e finalmente o homem, são por demais problemáticas, comportando dúvidas e<br />

imprecisões, embora numerosos dados concretos dêem o direito de se formular tais suposições. Assim,<br />

mesmo que o fator tempo não possa ser estimado de maneira precisa, não há dúvida de que as idades em<br />

questão devem ser medidas, não por milhares de anos, sim por dezenas, centenas ou mesmo milhões<br />

deles, como tem sido comprovado pelos achados mencionados.<br />

SILVA MELLO, Religião: Prós e Contras. Ed. Civilização Brasileira.<br />

Questão 01)<br />

Marque o item que corrobora as idéias defendidas no texto.<br />

a) Relativizado à idade do planeta em que vivemos, o surgimento das primeiras formas de vida vegetal<br />

pode ser considerado, de certa forma, recente e, sem dúvida, como o último passo da cadeia<br />

representativa da evolução humana.<br />

b) Maior sofisticação do tipo de vida encontrada na Terra ocorre em relação direta com os diversos<br />

estágios que se sucederam na formação do planeta: quanto mais evoluídos os seres que o habitavam,<br />

maior o tempo necessário para a transposição a um outro estágio.<br />

c) A mais antiga das eras por que passou a evolução do planeta – a era paleozóica – é estimada, em sua<br />

duração, em cerca de 350 milhões de anos.<br />

d) O surgimento das primeiras aves, das serpentes, de alguns mamíferos, numerosos insetos ocorreu em<br />

período de aproximadamente 150 milhões de anos, com existência entre as eras cenozóica e<br />

paleozóica.<br />

e) A era de maior duração – estimada em mais de um bilhão de anos – curiosamente é aquela em que<br />

não se nota qualquer traço de vida animal, sendo, na verdade, apenas depositária dos minerais, dentre<br />

os quais sobressai o carvão de pedra.<br />

Questão 02)<br />

Marque o conjunto de palavras-chave do texto.<br />

a) “cientistas” (l. 01) – “aparecimento da vida” (l. 02) – “espaços paleontológicos” (l. 03) – “dúvidas<br />

e imprecisões” (ls. 15-16) – “suposições” (l. 16);<br />

b) “idade da terra” (l. 01) – aparecimento da vida (l. 02) – espaços paleontológicos – (l. 03) “dúvidas e<br />

imprecisões” (ls. 15-16) – suposições (l. 16);<br />

c) “idade da terra” (l. 01) – “bilhões de anos” (l. 01) – “organização da vida” (l. 04) – “vestígios de<br />

vida animal” (l. 12) – “idade provável do mundo” (l. 14) – “suposições” (l. 16);<br />

1


Décio Sena<br />

d) “bilhões de anos” (l. 01) – “aparecimento da vida” (l. 02) – “era cenozóica” (l. 05) – “A era<br />

anterior, a paleozóica” (ls. 09-10) – “mamíferos” (l. 06) – “realidade” (l. 14) – “idade provável do<br />

mundo” (l. 14)- “problemáticas” (l. 15);<br />

e) “organização da vida” (l. 04) – “mamíferos placentários” (l. 06) – “mastodonte” (l. 06) – “matéria<br />

vida” (ls. 14-15) – “animais” (l. 15) – “homem” (l. 15).<br />

Questão 03)<br />

Marque a afirmação falsa.<br />

a) O conector “embora” usado em “dentro do qual o aparecimento da vida impõe-se como de época<br />

recente, embora ainda recuada de centenas de milhões de anos.” (ls. 02-03) poderia ser substituído<br />

por se bem que, preservando-se o fragmento de qualquer alteração semântica.<br />

b) Os vocábulos assinalados nas passagens: “O que os cientistas admitem hoje é que a idade da terra<br />

sobe a bilhões de anos” (l. 01) e “Interessante é que os espaços paleontológicos sejam tanto mais<br />

curtos” (ls. 03-04) têm mesmo valor nas estruturas dos períodos em que aparecem.<br />

c) Em “O que os cientistas admitem hoje é que a idade da terra sobe a bilhões de anos, ou mesmo a<br />

tempo muito maior, dentro do qual o aparecimento da vida impõe-se como de época recente” (ls. 01-<br />

02) pode-se observar reforço que intensifica adjetivo já disposto em grau superlativo absoluto<br />

sintético.<br />

d) O período inicial do texto “O que os cientistas admitem hoje é que a idade da terra sobe a bilhões de<br />

anos, ou mesmo a tempo muito maior, dentro do qual o aparecimento da vida impõe-se como de<br />

época recente, embora ainda recuada de centenas de milhões de anos.” (ls. 01-03) reescrito com a<br />

inserção de vírgulas isolando os vocábulos “hoje” e “mesmo” preservaria o rigor gramatical.<br />

e) Em “A era cenozóica, compreendendo as idades terciária e quaternária, durante a qual surgiram os<br />

mamíferos placentários, o mastodonte, o elefante, o rinoceronte, assim como outros e também o<br />

homem, é calculada em 50 milhões de anos, enquanto a época anterior, durante a qual apareceram<br />

reptis, tartarugas, dinossauros, as primeiras aves, ... ” (ls. 05-08) os pronomes relativos assinalados<br />

são alusivos a referentes distintos.<br />

Questão 04)<br />

Marque a afirmação que é verdadeira.<br />

a) O acento grave encontrado em “passando do reino vegetal ao animal e das formas inferiores às<br />

superiores.” (ls. 04-05) tem emprego facultativo.<br />

b) As preposições assinaladas em “Mas, apesar de todos esses cálculos serem apresentados como<br />

devendo corresponder à realidade, não há dúvida de que a idade provável do mundo e da época em<br />

que apareceram a matéria vida, depois os animais e finalmente o homem” (ls. 13-15) surgem ambas<br />

por exigência do nome “dúvida”.<br />

c) Em “comportando dúvidas e imprecisões, embora numerosos dados concretos dêem o direito de se<br />

formular tais suposições.” (ls. 15-16) nota-se deslize de concordância verbal.<br />

d) em “ não há dúvida de que as idades em questão devem ser medidas, não por milhares de anos, sim<br />

por dezenas, centenas ou mesmo milhões deles” (ls. 17-19), poderia haver inclusão da conjunção e,<br />

antes do vocábulo assinalado, permanecendo o fragmento a partir dele escrito com valor semântico<br />

adversativo.<br />

e) O último conectivo do texto, “como” (l. 19), tem visível carga semântica comparativa.<br />

Nas questões 05 e 06, marque o item em que os dois períodos estão gramaticalmente corretos.<br />

Questão 05)<br />

a) Os americanos merecem esta nossa prostração diante do seu ícone dourado. O Oscar transformou-se<br />

no símbolo maior da competência comercial americana. / Os americanos merecem-nos esta<br />

prostração ante seu ícone dourado. O Oscar se transformou no símbolo máximo da competência<br />

comercial americana.<br />

2


Décio Sena<br />

b) Eles conquistaram o mundo com o sortilégio, nada mais certo que a maior festa da sua indústria seja<br />

isso, uma orgia autocongratulatória, a celebração da glória de ser rico e americano e adulado,<br />

transformado no maior evento anual da mídia para todo o mundo, inclusive você e eu, que não somos<br />

nada disso. / Eles conquistaram-no com sortilégio, nada mais certo de que a maior festa da sua<br />

indústria seja isso, uma orgia autocongratulatória, a celebração da glória de ser rico, e americano, e<br />

adulado, transformado no maior evento anual da mídia para todo mundo, até você e eu, que não<br />

somos nada disso.<br />

c) Há dias a NET mostrou a entrega dos Cesar, o Oscar francês. Só para provar que, com toda a sua<br />

pretensão de ser uma alternativa para a vulgarização do mundo pelos americanos, não há nada mais<br />

americanófilo do que um francês. / Faz dias a NET mostrou a entrega dos Cesar, o Oscar francês. Só<br />

para provar de que, com toda sua pretensão de ser uma alternativa para a vulgarização do mundo<br />

pelos americanos, não existe nada mais americanófilo que um francês.<br />

d) Mas quem viu o Cesar também deve ter notado outra coisa. Nenhum dos filmes premiados chegou ao<br />

Brasil ou, pelo que eu saiba, tem qualquer possibilidade de furar o quase monopólio americano da<br />

distribuição que existe aqui e chegar ao Brasil. / Mas quem assistiu ao Cesar também deve ter notado<br />

outra coisa. Filmes alguns que se premiem chegam ao Brasil ou, pelo que eu saiba, tem qualquer<br />

possibilidade de furar o quase monopólio americano da distribuição que existe aqui e chegar ao<br />

Brasil.<br />

e) Deve haver, ainda, uma indústria de cinema na Itália, mas, pelo que se vê aqui do cinema italiano, ela<br />

morreu junto com o Fellini. / Devem haver, ainda, bons filmes produzidos pela indústria de cinema na<br />

Itália, mas, pelo que se vê daqui a indústria do cinema italiana morreu junto com Fellini.<br />

LUIZ FERNANDO VERISSIMO, O Globo, 18-03-99, com adaptações.<br />

Questão 06)<br />

a) A questão dos estacionamentos públicos em nossas cidades não podem e nem poderiam estar longe<br />

de um encaminhamento correto, justo e eficaz, a partir da importância que detêm no complexo campo<br />

da organização do trânsito e até no âmbito da ação policial, com seus indeléveis componentes<br />

sociológicos. / Questões de estacionamento público em nossa cidade não podem e nem se deveriam<br />

situar longe de encaminhamento correto, justo e eficaz, a partir da importância que detêm no<br />

complexo campo da organização do trânsito e mesmo no âmbito da ação policial, com suas<br />

inevitáveis associações sociológicas.<br />

b) Não posso deixar de aduzir que, como tantos, sempre fui favorável ao estacionamento gratuito na via<br />

pública, até que, por força da profissão policial militar, comecei a conviver, prevenir, e conhecer a<br />

sanha ilícita e oportunista dos conhecidos flanelinhas e suas indesejáveis mazelas. / Não posso deixar<br />

de aduzir de que, como tantos, sempre fui favorável ao estacionamento gratuito na via pública, até<br />

que, forçado pela profissão de policial militar, comecei a conviver, prevenir e conhecer a sanha ilícita<br />

e oportunista dos conhecidos flanelinhas e suas indesejáveis mazelas.<br />

c) Acaba se tornando mais fácil aos senhores leitores entenderem por que existem guardadores<br />

clandestinos, além de outras irregularidades. / Acabam se tornando mais fácil aos senhores leitores<br />

entenderem por que existem guardadores clandestinos, além de outras irregularidades.<br />

d) Importante frisar que os trabalhadores guardadores legais não ficarão à mercê do processo e<br />

desenvolverão seu trabalho cuidando de grupos pequenos de veículos em rotatividade,<br />

proporcionando ao usuário maior segurança e tranqüilidade. / É importante que se frise que os<br />

trabalhadores guardadores legais não ficarão à mercê do processo e desenvolverão seu trabalho<br />

cuidando de grupos pequenos de veículos em rotatividade, proporcionando ao usuário maior<br />

segurança e tranqüilidade.<br />

e) Ainda não foram concluídos os estudos sobre os preços a serem praticados, mas com certeza não<br />

ultrapassarão os atuais. / Ainda não se concluiu os estudos sobre os preços a serem praticados, mas<br />

com certeza não excederão dos atuais.<br />

PAULO AFONSO CUNHA, O Globo, 18-03-99, com adaptações.<br />

Nas questões 07 e 08, marque o item sublinhado que apresenta erro de estruturação sintática ou de<br />

propriedade vocabular.<br />

Questão 07)<br />

3


Décio Sena<br />

Muito conhecidos são os pesadelos produzidos por abusos alimentares, sobretudo à noite. Isso é<br />

tão comum, que muitas pessoas se vêm obrigadas (1) a reduzir tais refeições, unicamente por essa razão.<br />

Também é freqüente dormirem (2) os doentes mais calmamente e terem sonhos mais agradáveis quando<br />

se submetem a dietas apropriadas e determinados tratamentos médicos. Já Pitágoras prescrevia a (3) seus<br />

discípulos o uso de leguminosas, a fim de (4) que a alma não perdesse tempo, gastando energias no sujo<br />

trabalho da digestão. Mesmo quando há componentes psíquicos nas moléstias, não é raro verificar-se (5)<br />

influência favorável das terapêuticas dietéticas e medicamentosas sobre o humor e a disposição dos<br />

doentes.<br />

SILVA MELLO, Mistérios e realidades deste e do outro mundo, Ed. Civilização Brasileira, com adaptações.<br />

a) 1;<br />

b) 2;<br />

c) 3;<br />

d) 4;.<br />

e) 5.<br />

Questão 08)<br />

Por mais que relutássemos em aceitar não ter havido (1) interferências no corpo de jurados, os<br />

quais estiveram, sempre, a distância dos disse-me-disse (2) naturais em caso de tanta efervescência, que<br />

provocou rebuliços em todos os quadrantes do país, nada nos demovia da idéia, mesmo porque éramos,<br />

como somos até hoje, partidários de que o aparato punitivo da justiça não deve estar sendo mal aplicado<br />

às escâncaras, (3) notadamente em casos como este em que o réu, salvo melhor juízo, não fizera jus (4)<br />

à (5) pena tão extensa.<br />

GILBERTO ANTINELLI, Correio Braziliense, com adaptações.<br />

a) 1;<br />

b) 2;<br />

c) 3;<br />

d) 4;<br />

e) 5.<br />

Questão 09)<br />

Numere os períodos de modo a formarem um texto coeso e coerente e, depois, aponte a seqüência<br />

correta.<br />

( ) Não.<br />

( ) No entanto, para chegar a esta conclusão, nem era preciso medir a superfície,<br />

bastou olhar para as margens do plano, seus limites.<br />

( ) Cabe ver o seguinte: a superfície tem margens, limites, e por ter limites, tem<br />

uma forma.<br />

( ) Tem toda razão, o ponto não está no centro.<br />

( ) Quando o artista começa a criar uma imagem, ele parte de um plano<br />

pictórico, uma superfície.<br />

( ) Ou não?<br />

( ) Se eu afirmar, por exemplo, que este ponto se encontra no centro do<br />

retângulo, vocês concordariam comigo?<br />

( ) Esta superfície ainda está vazia, não há nada dentro dela, mas ela já constitui<br />

uma forma espacial.<br />

FAYGA OSTROWER, A Construção do Olhar, O Olhar, Companhia das Letras, com adaptações.<br />

a) 3 – 5 – 7 – 1 – 4 – 2 – 8 – 6;<br />

b) 6 – 8 – 3 – 7 – 1 – 5 – 4 – 2;<br />

c) 5 – 4 – 8 – 1 – 3 – 7 – 2 – 6;<br />

d) 6 – 1 – 2 – 5 – 8 – 4 – 3 – 7;<br />

e) 7 – 4 – 6 – 8 – 1 – 3 – 2 – 5.<br />

Questão 10)<br />

4


Décio Sena<br />

Marque o par em que um dos períodos está gramaticalmente incorreto.<br />

a) O sistema capitalista – obviamente – repele o enunciado de sua essência anticristã e procura, por<br />

todos os meios, afirmar e propalar sua perfeita consonância com os ideais cristãos. / O sistema<br />

capitalista – obviamente – repele o enunciado de sua essência anti-religiosa e procura, com afinco,<br />

confirmar sua perfeita consonância com os ideais cristãos, além de expandir-lhe.<br />

b) Um dos objetivos mais caros à propaganda universal do capitalismo consiste em apresentá-lo como o<br />

paladino cavalheiresco e desinteressado das liberdades humanas e dos valores religiosos. / É dos<br />

objetivos mais caros à propaganda universal capitalista apresentá-lo como o paladino cavalheiresco e<br />

desinteressado das liberdades humanas e dos valores religiosos.<br />

c) Ao proclamar-se defensor perpétuo do cristianismo e patrono de suas instituições, faz o capitalismo<br />

excelente negócio que será tanto mais rendoso quanto mais puder contar com a conivência – explícita<br />

ou não – das autoridades religiosas. / Ao se proclamar defensor perpétuo do cristianismo e patrono de<br />

suas instituições, o capitalismo faz negócio excelente, o qual quanto mais vier a contar com a<br />

conivência – explícita ou implícita – das autoridades religiosas mais rendoso será.<br />

d) Nenhum capitalista, enquanto membro da sua classe, pousado e repousado no fofo colchão dos<br />

próprios privilégios, terá a honradez de confessar-se espoliador do Próximo, semeador da fome,<br />

profiteur da injustiça e coisas que tais. / Nenhum capitalista, como membro de sua classe, pousado e<br />

repousado no fofo colchão dos próprios privilégios, terá a honradez de se confessar espoliador do<br />

Próximo ou coisa que tal.<br />

e) Os dividendos que o capitalismo embolsa, a partir dessa empulhação erigida em ideologia, são mais<br />

do que evidentes: em primeiro lugar, a classe capitalista, ao descrever-se como a única e legítima<br />

herdeira das verdades evangélicas, compra para si a consciência na terra e uma cadeira cativa no céu.<br />

/ Os dividendos que o capitalismo embolsa, a partir dessa empulhação disfarçada em ideologia, são<br />

os mais evidentes possíveis: em primeiro lugar, a classe capitalista, ao se descrever como a única e<br />

legítima herdeira das verdades evangélicas, compra para si consciência na terra e cadeira cativa no<br />

céu.<br />

HÉLIO PELLEGRINO, A burrice do demônio, Editora Rocco, com adaptações<br />

GABARITO: D<br />

Comentários:<br />

GABARITOS COMENTADOS<br />

QUESTÃO 01<br />

A resposta a esta questão pode ser observada lendo-se atentamente o que está contido entre as<br />

linhas 05 e 10.<br />

GABARITO: B<br />

Comentários:<br />

QUESTÃO 02<br />

As palavras que encerram o tópicos fundamentais do texto, que o estruturam como um conjunto<br />

semântico são, sem dúvida, as que surgem na alternativa “b”.<br />

Dada a natureza desta questão, sugere-se unicamente leitura atenta para o texto.<br />

QUESTÃO 03<br />

5


GABARITO: C<br />

Comentários:<br />

Décio Sena<br />

Não há qualquer adjetivo no fragmento de transcrito na alternativa “c” da questão flexionado em<br />

superlativo absoluto sintético. O reforço a adjetivo existente em tal passagem ocorre em “ ... ou mesmo a<br />

tempo muito maior ... ”, no qual o vocábulo “maior” é a flexão em comparativo de superioridade do<br />

adjetivo grande.<br />

Quatro adjetivos merecem atenção quanto às suas flexões:<br />

Normal Comparativo de Superiori- Superlativo Relativo de Superlativo Relativo de<br />

dade<br />

Superioridade<br />

Superioridade<br />

bom melhor o melhor ótimo<br />

ruim pior o pior péssimo<br />

grande maior o maior máximo<br />

pequeno menor o menor mínimo<br />

GABARITO: E<br />

Comentários:<br />

QUESTÃO 04<br />

O conectivo a que se alude introduz carga semântica comparativa.<br />

Saliente-se, ainda, nesta questão, a incorreção a que se faz referência na alternativa “c”,<br />

relativamente à concordância da forma verbal “formular”, constante de voz passiva pronominal, que, por<br />

ter seu sujeito indicativo de terceira pessoa do plural deveria ter-se apresentado redigido desta forma: ...<br />

dêem o direito de se formularem tais suposições.<br />

GABARITO: A<br />

Comentários:<br />

QUESTÃO 05<br />

Assinalam-se os deslizes das alternativas “b”, “c”, “d” e “e”:<br />

“b”: na primeira passagem: nada mais certo de que a maior festa ...<br />

“c”: na segunda passagem: Só para provar que, com toda sua pretensão de ser ...<br />

“d”: na segunda passagem: ou, pelo que eu saiba, têm qualquer possibilidade de furar ...<br />

“e”: na segunda passagem: Deve haver, ainda, bons filmes produzidos pela indústria ...<br />

GABARITO: D<br />

Comentários<br />

QUESTÃO 06<br />

Assinalam-se os deslizes das alternativas “a”, “b”, “c” e “e”:<br />

“a”: na primeira passagem: A questão dos estacionamentos públicos em nossas cidades não pode<br />

e nem poderia estar longe de um encaminhamento correto, ...<br />

6


Décio Sena<br />

“b”: na primeira passagem: comecei a conviver com a sanha ilícita e oportunista dos conhecidos<br />

flanelinhas e suas indesejáveis mazelas, a preveni-las e a conhecê-las ...<br />

na segunda passagem: Não posso deixar de aduzir que, como tantos ...<br />

“c”: na segunda passagem: Ainda não se concluíram os estudos sobre os preços ...<br />

GABARITO: A<br />

Comentários:<br />

QUESTÃO 07<br />

Ocorreu erro na utilização da forma verbal. O verbo ver, flexionado em terceira pessoa do plural<br />

do presente do indicativo é grafado vêem. Desta forma, o texto corrigido aponta: Isso é tão comum, que<br />

muitas pessoas se vêem obrigadas a reduzir tais refeições , ...<br />

GABARITO: E<br />

Comentários:<br />

QUESTÃO 08<br />

Para entender-se este item há que se considerar o sentido indefinido que impregna o substantivo<br />

“pena”. Não há, no texto, indicação de que tipo seria tal pena, qual a duração dela. Diz-se, apenas, que é<br />

“pena tão extensa”. O substantivo está, desta forma, utilizado em sentido indefinido, o que permite dizerse<br />

que não há artigo definido antes dele. O vocábulo “a”, que o antecede, é a preposição exigida pela<br />

regência do substantivo “jus”.<br />

Imagine-se uma possível troca dos vocábulos “jus” por castigo, por exemplo: ... notadamente em<br />

casos como este em que o réu, salvo melhor juízo, não fizera jus a castigo tão extenso.<br />

Nas demais alternativas:<br />

“a” – Na locução verbal assinalada, o verbo principal é haver, utilizado com sentido de existir,<br />

portanto impessoal. A forma verbal auxiliar assume esta característica de impessoalidade, também.<br />

“b” – Substantivos compostos que resultam de frases substantivadas são invariáveis: os disse-medisse,<br />

os bumba-meu-boi.<br />

“c” – Acento grave de utilização obrigatória nas locuções adverbiais formadas por palavras<br />

femininas.<br />

“d” – Grafia correta para o vocábulo.<br />

GABARITO: B<br />

Comentários:<br />

QUESTÃO 09<br />

O vocábulo “superfície” é um bom índice de ligação entre os períodos nomeados por 1 e 2:<br />

“Quando o artista começa a criar uma imagem, ele parte de um plano pictórico, uma superfície.<br />

Esta superfície ainda está vazia, não há nada dentro dela, mas ela já constitui uma forma espacial.”<br />

7


Décio Sena<br />

Outra sugestão que se pode fazer aos candidatos que terão que resolver questão com este modelo<br />

parte da compreensão de que os dois períodos acima deverão estar encadeados na ordem que acima se<br />

apresentou como viável. Desta maneira, a quinta e a última numeração das alternativas têm que apresentar<br />

numeração seqüencialmente colocada em ordem crescente. Ainda que não se conheça qual a disposição<br />

no parágrafo destes dois períodos – se em seu início, meio ou fim –, verificar-se-á quais alternativas<br />

apresentam o quinto e o oitavo números dispostos em seqüência crescente.<br />

Na questão que agora se comenta, apenas a alternativa “b” tem esta exigência satisfeita. Isto já<br />

seria suficiente para a solução da questão, que deveria, então, apenas ter confirmado esta opção como<br />

resposta.<br />

GABARITO: A<br />

Comentários:<br />

QUESTÃO 10<br />

Ocorreu deslize de regência verbal. O verbo expandir, por ser transitivo direto, não pode ser<br />

complementado pelo pronome pessoal oblíquo átono “lhe”, de utilização restrita, enquanto complemento<br />

verbal, dos verbos transitivos diretos. Desta forma, a retificação do texto apontaria: ... confirmar sua<br />

perfeita consonância com os ideais cristãos, além de expandi-los.<br />

8

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