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02 - A PSICOSE NA PERSPECTIVA LACANIANA - Fio

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na substituição do significante fálico pelo significante Nome-do-Pai. (DOR,<br />

1989, p.90).<br />

A castração para Lacan é realizada através do rompimento da relação dual<br />

com a mãe, exercida através do signo lingüístico, efetuada pela palavra. A metáfora<br />

paterna, a Lei do pai, realiza um corte simbólico nessa relação.<br />

Entretanto, na formação das psicoses, não há a interdição do pai, no<br />

complexo de Édipo.<br />

1.1 A Foraclusão do Nome-do-Pai<br />

A psicose regride e está fixada na fase do corte, a criança continua numa<br />

posição fusional com a mãe, fazendo-se dela o significante desejado por ela, ou<br />

seja, o falo, possibilitando assim, a não inscrição da castração simbólica. (ALMEIDA,<br />

2010).<br />

Essa relação fusional está explícita na relação de Nina com sua mãe, na qual<br />

a relação aparentemente de acordo com os fragmentos do filme é de completa<br />

simbiose.<br />

A posição do pai no Édipo é essencial, e a ausência não do pai real, mas do<br />

pai simbólico, o pai no discurso da mãe, impossibilita a simbolização da lei que<br />

estabeleceria a castração simbólica. (DOR, 1989).<br />

Mas, o ponto em que queremos insistir é que não é unicamente da maneira<br />

como a mãe se arranja com a pessoa do pai que convém nos ocuparmos,<br />

mas da importância que ela dá à palavra dele – digamos com clareza, a sua<br />

autoridade –, ou, em outras palavras, do lugar que ela reserva ao Nome-do-<br />

Pai a promoção da lei. (LACAN, [1949] 1998, p.585).<br />

A mãe deve reservar um lugar ao Nome-do-Pai que possa interditar essa<br />

relação, e “não é apenas o pai que pode funcionar como organizador, corte, princípio<br />

de resposta; uma palavra dita pode ter um efeito de Nome-do-Pai e dita por alguém,<br />

que não seja o pai” (FERRETTI, 2004, p.131).<br />

Quando não há a instituição do Nome-do-Pai para a criança, de acordo com<br />

Lacet (2004), o mecanismo do recalque originário não acontece, havendo assim,<br />

uma falha simbólica estrutural, em que o sujeito passa a rejeitar o significante Nome-<br />

do-Pai, que não se inscreve como falta simbólica no Outro.<br />

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