Distribuir Alegria! - Carvalhal
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eram pacientemente preparadas e colocadas com greda<br />
(que se ia buscar ao rio), e quando a noite vinha,<br />
acendiam-se para iluminarem as ruas com a sua brilhante<br />
chama.<br />
Durante algumas horas a noite do <strong>Carvalhal</strong>, transformava-se<br />
em cenário irreal. Centenas de chamazinhas<br />
trémulas brilhavam no escuro da noite, armadas nas<br />
portas, paredes, muros, escadas, varandas, janelas e<br />
sacadas, também nos pátios e jardins das casas senhoriais,<br />
que abriam os portões de par em par, para que<br />
todos os pudessem ver.<br />
Ricos e pobres, os carvalhenses de outrora sabiam unirse<br />
no mesmo amor colectivo à sua terra, cada um com o<br />
seu brio, fazia desta noite uma característica e animada<br />
festa. Conta-se que vinha muita gente para a ver.<br />
Estas festividades e a tradição das Luminárias com cascas<br />
de caracóis, parece ser um resquício da tradição<br />
das procissões nocturnas. Sem nenhuma certeza, nem<br />
fonte segura, aceitamos que se iniciou em 1891, que<br />
veio complementar as já existentes Celebrações de S.<br />
José.<br />
Das cerimónias litúrgicas que se efectuavam naqueles<br />
tempos, final século XIX e primeira metade do Século<br />
XX, fazia parte o cântico de S. José cujos versos apresentamos:<br />
Meigo Santo em teu encanto De José com toda a fé<br />
Acho alívio na minha dor<br />
Sois doçura na amargura<br />
Sois termo consolador.<br />
A virtude hei-de exaltar<br />
Desde agora a toda a hora<br />
Seu louvor hei-de cantar.<br />
(…)<br />
Fontes: Povo do <strong>Carvalhal</strong> – Usos e Costumes, Biblioteca-Museu António<br />
Moura,1990; Povo do <strong>Carvalhal</strong>- Falas e Crenças, Biblioteca-Museu António<br />
Moura, 1989.<br />
Boletim Informativo F. <strong>Carvalhal</strong> - N.º 7