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20 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Economia<br />

Nos últimos meses fecharam vários espaços emblemáticos<br />

Encerramento <strong>de</strong> lojas fragiliza<br />

centro da cida<strong>de</strong><br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />

raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ É o exemplo mais recente <strong>de</strong> uma<br />

tendência que se verifica há meses.<br />

A In!, uma das lojas emblemáticas<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, fechou as portas há duas<br />

semanas, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> nove anos <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong>. Engrossa assim o<br />

número <strong>de</strong> espaços comerciais<br />

encerrados no centro da cida<strong>de</strong>,<br />

com impactos na sua dinâmica e<br />

imagem, aponta o geógrafo Herculano<br />

Cachinho.<br />

A Casa dos Cafés, junto à Praça<br />

Rodrigues Lobo, o Kanto do Livro,<br />

neste local, livraria técnica que tinha<br />

aberto há pouco mais <strong>de</strong> um<br />

ano, são outros exemplos <strong>de</strong> lojas<br />

fechadas na cida<strong>de</strong>, que já tinha<br />

visto encerrar outros espaços emblemáticos<br />

como a Massimo Dutti,<br />

a Porta 6 ou a Creaminal.<br />

No Largo 5 <strong>de</strong> Outubro fechou recentemente<br />

uma loja <strong>de</strong> lingerie<br />

que existia há décadas. Álvaro Sousa<br />

justifica este <strong>de</strong>sfecho com a<br />

quebra no negócio. “Tive muitas<br />

vezes prejuízos mensais”. Garante<br />

que o incomoda ter <strong>de</strong> fechar as<br />

portas, mas frisa que o comércio da<br />

cida<strong>de</strong> está “um bocadinho ao<br />

abandono” porque os clientes não<br />

têm po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra. “Olham mas<br />

não entram nas lojas nem compram”.<br />

“A retracção nas vendas que se<br />

tem vindo a registar nos últimos<br />

meses e que não se perspectiva que<br />

A reindustrialização <strong>de</strong> Portugal<br />

Opinião<br />

Manuel<br />

Gomes<br />

A In! fechou há duas semanas<br />

Herculano Cachinho<br />

Dinâmica “transfere-se para o shopping”<br />

A existência <strong>de</strong> “muitos<br />

espaços vazios no centro da<br />

cida<strong>de</strong>” <strong>de</strong>ixa apreensivo<br />

Herculano Cachinho, geógrafo<br />

que nos últimos meses esteve<br />

em <strong>Leiria</strong> por várias vezes para<br />

escrever o capítulo O centro <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> no passado, no presente<br />

e no futuro, que integra o livro<br />

A nova vida do velho centro. O<br />

especialista em urbanismo diz<br />

Oministro da Economia parece que<br />

constatou a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolver os<br />

problemas económicos e financeiros do<br />

País apenas com austerida<strong>de</strong>. Também não<br />

era difícil chegar a essa conclusão olhando para a<br />

realida<strong>de</strong> dos resultados obtidos pela actual<br />

governação, por muito que se <strong>de</strong>seje transformar<br />

<strong>de</strong>rrotas em vitórias como acontece no futebol.<br />

Tendo-se feito luz no pensamento <strong>de</strong> Álvaro Santos<br />

Pereira, este tem-se empenhado nos últimos meses<br />

na criação <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> reindustrialização <strong>de</strong><br />

Portugal <strong>de</strong>sdobrando-se, para o efeito, em<br />

inúmeros contactos com os parceiros sociais<br />

nacionais e com políticos europeus. Ainda bem!<br />

Também Cavaco Silva, parte <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong><br />

lí<strong>de</strong>res europeus que, a certa altura, enten<strong>de</strong>ram<br />

que a indústria europeia (e já agora a agricultura)<br />

era para acabar, guinando a Europa para uma<br />

economia <strong>de</strong>smaterializada <strong>de</strong> serviços, vem agora<br />

apoiar esta opção <strong>de</strong> Álvaro Santos Pereira. Nunca é<br />

tar<strong>de</strong> para o arrependimento! Partindo do princípio<br />

que o Chefe Gaspar o <strong>de</strong>ixará sonhar alto em<br />

termos <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> algo visível e útil para a vida<br />

dos cidadãos e para a promoção do crescimento,<br />

resta a interrogação <strong>de</strong> saber qual será o conceito<br />

RICARDO GRAÇA<br />

que em <strong>Leiria</strong> “gran<strong>de</strong> parte<br />

das dinâmicas estão a<br />

transferir-se para o shopping, o<br />

que era <strong>de</strong> esperar”. E lembra<br />

que o fecho <strong>de</strong> lojas na cida<strong>de</strong><br />

tem impactos “muito gran<strong>de</strong>s”.<br />

Se não houver novas aberturas,<br />

“a imagem do centro agrava-se<br />

e isso reflecte-se no abandono”<br />

do espaço por parte dos<br />

consumidores.<br />

<strong>de</strong> reindustrialização nos dias <strong>de</strong> hoje, em<br />

Portugal. Será uma indústria baseada na mão-<br />

-<strong>de</strong>-obra barata e no empobrecimento geral dos<br />

portugueses como preten<strong>de</strong>, aparentemente, o<br />

FMI? Nunca conseguiremos competir, nesta<br />

base, com muitos outros países em termos <strong>de</strong><br />

custos <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra. Quando o ministro da<br />

Economia vem dizer que <strong>de</strong>vemos “apostar<br />

naquilo em que fomos bons durante muitos anos<br />

e que, por erro <strong>de</strong> política económica<br />

negligenciámos” fico um pouco apreensivo.<br />

Fomos bons em quê? Na produção a feitio <strong>de</strong><br />

confecções e calçado a preços baratos, apoiada<br />

pela inflação <strong>de</strong>slizante mensal no tempo do<br />

escudo? Portugal precisa <strong>de</strong> indústrias que<br />

possam gerar alto valor acrescentado, ou seja,<br />

suportadas por investigação, <strong>de</strong>senvolvimento e<br />

engenharia e alavancadas por gran<strong>de</strong>s empresas<br />

que garantam a sustentabilida<strong>de</strong> das<br />

exportações. Apoie-se o futuro retirando-se<br />

lições criativas do passado. Aguar<strong>de</strong>mos, pois,<br />

pela boa-nova do ministro lá para finais <strong>de</strong><br />

Fevereiro, segundo parece.<br />

Economista<br />

venha a melhorar a breve prazo” é<br />

também a principal razão para que<br />

a João Ratão passe entretanto para<br />

<strong>de</strong>ntro da Stop.<br />

“As medidas <strong>de</strong> austerida<strong>de</strong> que<br />

estão a ser implementadas diminuíram<br />

consi<strong>de</strong>ravelmente o po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> compra das famílias, levandoas<br />

a optar por artigos mais em conta,<br />

sobretudo quando se trata -<br />

como é o caso da João Ratão - <strong>de</strong><br />

vestuário <strong>de</strong> criança, em que as<br />

roupas têm um período <strong>de</strong> uso<br />

mais curto. Por outro lado, as marcas/lojas<br />

<strong>de</strong> adulto cada vez mais<br />

comercializam também roupa <strong>de</strong><br />

criança, pelo que haverá uma tendência<br />

para reduzir as lojas especializadas<br />

neste público”, aponta<br />

Álvaro Albino.<br />

O também presi<strong>de</strong>nte da Acilis vê<br />

com “muita apreensão” o fecho<br />

<strong>de</strong> lojas. “Para a dinâmica <strong>de</strong> qualquer<br />

cida<strong>de</strong> é importante a manutenção<br />

<strong>de</strong> um comércio <strong>de</strong> rua forte<br />

e competitivo, que atraia público<br />

e que gere emprego e receitas locais”.<br />

O dirigente diz que “o vizinho<br />

do lado <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser concorrente<br />

para ser aliado, pelo que o<br />

encerramento <strong>de</strong> lojas no centro<br />

enfraquece o comércio e <strong>de</strong>sertifica<br />

ainda mais a cida<strong>de</strong>”.<br />

Por isso, “é importante que os comerciantes<br />

se unam e que as entida<strong>de</strong>s<br />

com responsabilida<strong>de</strong> na<br />

gestão do espaço público incentivem<br />

e promovam a revitalização<br />

dos centros urbanos”.<br />

Veja mais<br />

anúncios<br />

<strong>de</strong><br />

imobiliário<br />

na página<br />

24<br />

Para saber<br />

como<br />

anunciar na<br />

secção <strong>de</strong><br />

classificados<br />

do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> ligue<br />

244 800400<br />

<strong>Leiria</strong> Workshop<br />

ensina a conciliar<br />

família e trabalho<br />

A importância da conciliação da<br />

vida profissional e familiar para o<br />

sucesso empresarial é o nome do<br />

workshop que se realiza no<br />

próximo dia 29, pelas 18:30 horas,<br />

no auditório do Grupo Cobertura<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, no 11º piso do<br />

centro comercial D. Dinis, em<br />

<strong>Leiria</strong>. O evento é organizado pelo<br />

núcleo da Associação Cristã <strong>de</strong><br />

Empresários e Gestores e será<br />

coor<strong>de</strong>nado por Laura Sánchez<br />

Pardos, da Fundación Más<br />

Familia. Insere-se no âmbito do<br />

Programa AconteSER: Li<strong>de</strong>rar com<br />

Responsabilida<strong>de</strong>, que visa apoiar<br />

os lí<strong>de</strong>res das PME a <strong>de</strong>senvolver<br />

práticas <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança responsável,<br />

“essenciais ao sucesso das suas<br />

empresas”. O workshop é gratuito,<br />

mas <strong>de</strong> inscrição obrigatória.<br />

Porto <strong>de</strong> Mós Moinhos<br />

Velhos apresenta<br />

plano <strong>de</strong> recuperação<br />

A Têxteis Moinhos Velhos, empresa<br />

situada em Mira <strong>de</strong> Aire, em Porto<br />

<strong>de</strong> Mós, e que se apresentou à<br />

insolvência no passado mês <strong>de</strong><br />

Novembro, reúne-se em<br />

assembleia <strong>de</strong> credores amanhã,<br />

pelas 10 horas, no Tribunal <strong>de</strong><br />

Porto <strong>de</strong> Mós. Jorge Faustino,<br />

nomeado pelo tribunal como<br />

administrador da insolvência,<br />

explica que a sua proposta é no<br />

sentido da recuperação daquela<br />

empresa, sugerindo a reformulação<br />

do plano <strong>de</strong> insolvência, orientado<br />

para a reestruturação, que a própria<br />

Têxteis Moinhos Velhos elaborou<br />

em Novembro. A empresa<br />

encontra-se em activida<strong>de</strong> há mais<br />

<strong>de</strong> 40 anos e emprega cerca <strong>de</strong> 100<br />

trabalhadores.<br />

Caldas da Rainha<br />

Seminário divulga<br />

incentivos às<br />

empresas<br />

Empresas portuguesas em 2013 é<br />

o nome do seminário que se<br />

realiza na próxima quarta-feira, a<br />

partir das 14:30 horas, no<br />

auditório da Expoeste, em Caldas<br />

da Rainha. Organizado pela<br />

Associação Industrial da Região<br />

Oeste, o evento conta com a<br />

presença <strong>de</strong> Franquelim Alves,<br />

gestor do Compete, que falará<br />

sobre incentivos às empresas,<br />

financiamento e capital <strong>de</strong> risco.<br />

Paula Silvestre, coor<strong>de</strong>nadora do<br />

projecto Formação PME/AEP,<br />

falará sobre o mesmo. Está<br />

prevista ainda a apresentação da<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social<br />

da AIRO e do ciclo <strong>de</strong> workshops<br />

para este ano.

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