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16 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Leitores<br />

Nas catástrofes<br />

saltam à vista as<br />

fragilida<strong>de</strong>s<br />

O recente mau tempo que assolou a<br />

nossa região <strong>de</strong>ixou gran<strong>de</strong> parte da<br />

população à beira do <strong>de</strong>sespero. Os<br />

prejuízos, seguramente, somam-se<br />

em milhões, tanto pelo que se<br />

danificou como pelo que não se<br />

pô<strong>de</strong> fazer quando faltou água e<br />

electricida<strong>de</strong>. Com a queda <strong>de</strong><br />

árvores também algumas vias<br />

ficaram intransitáveis. Estas<br />

catástrofes revelam muitas das<br />

nossas fragilida<strong>de</strong>s: as mais<br />

imediatas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da<br />

qualida<strong>de</strong> das infraestruturas; e, as<br />

mais profundas, <strong>de</strong>correntes dos<br />

nossos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> expansão,<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e ocupação do<br />

território.<br />

Prever catástrofes naturais é<br />

difícil, ou até mesmo impossível.<br />

No entanto, é para mitigar essas<br />

contingências e imprevisibilida<strong>de</strong>s<br />

que se <strong>de</strong>vem fazer estudos, tomar<br />

certas <strong>de</strong>cisões estratégicas e<br />

preventivas e criar planos <strong>de</strong><br />

resposta para a emergência. Será<br />

difícil que as infraestruturas<br />

suportem todas as catástrofes e<br />

intempéries, ainda que <strong>de</strong>vam ser<br />

planeadas e executadas para resistir<br />

a casos <strong>de</strong> excepção – pelo menos<br />

assim mandam os vários<br />

regulamentos das várias<br />

especialida<strong>de</strong>s.<br />

Nestes dias passados<br />

<strong>de</strong>monstraram-se, violentamente,<br />

os efeitos do modo <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado, e<br />

por vezes caótico, como nos<br />

expandimos, ocupamos e infraestruturamos<br />

o território. Os nossos<br />

mo<strong>de</strong>los urbanos difusos, com<br />

zonas urbanizadas <strong>de</strong> baixa<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>scontinuamente<br />

espalhadas por gran<strong>de</strong>s zonas do<br />

território, são apontados como<br />

sendo altamente insustentáveis.<br />

Isto porque <strong>de</strong>sperdiçamos solos,<br />

aumentamos <strong>de</strong>snecessariamente<br />

as distâncias <strong>de</strong> transporte e<br />

fazemos crescer, <strong>de</strong> igual modo, a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais<br />

infraestruturas básicas e serviços.<br />

Mas os mo<strong>de</strong>los difusos causam<br />

outro problema que só se evi<strong>de</strong>ncia<br />

em casos <strong>de</strong> emergência. Devido às<br />

<strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s, gran<strong>de</strong> parte das<br />

nossas infraestruturas não<br />

constituem malhas ou anéis entre<br />

si, ou seja, não existe redundância<br />

ou ligações alternativas quando a<br />

ligação principal falha.<br />

Normalmente é por essa razão que<br />

nas cida<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong> existem sistemas<br />

“malhados” <strong>de</strong> infraestruturas,<br />

mais facilmente se resolvem avarias<br />

e se conseguem garantir<br />

abastecimentos alternativos.<br />

Estando gran<strong>de</strong> parte das re<strong>de</strong>s já<br />

montadas, e não se prevendo, a<br />

curto prazo, expansões urbanas que<br />

ocupem os vazios ou façam<br />

ligações alternativas, os problemas<br />

das <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s persistirá.<br />

Seja qual for a solução, os custos<br />

serão sempre elevados. Resta-nos<br />

então a intervenção <strong>de</strong> emergência<br />

Jardim Botânico <strong>de</strong> Coimbra<br />

encerrado por questões <strong>de</strong> segurança<br />

São <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> árvores arrancadas pela raiz, entre<br />

elas algumas das mais antigas e <strong>de</strong> maior porte do<br />

Jardim Botânico da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

(JBUC). Os danos do temporal ainda estão a ser<br />

contabilizados, mas há exemplares irrecuperáveis.<br />

A Cunninghamia lanceolata datava do início do<br />

século XIX, tendo sido plantada na época em que<br />

Avelar Brotero foi director do JBUC, e no sábado<br />

não resistiu aos ventos que superaram os 120<br />

Km/hora em Coimbra. Era uma das três árvores<br />

mais antigas <strong>de</strong>ste Jardim. As raízes arrancaram<br />

mesmo o muro do canteiro on<strong>de</strong> estava plantada,<br />

no Quadrado Central, a primeira área construída.<br />

Um cenário que se repetiu por outras zonas do<br />

JBUC. O Jardim Garcia da Horta, junto à Avenida<br />

das Tílias, foi um dos locais mais afectados. Só<br />

nesse terraço foram quatro as árvores <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

porte <strong>de</strong>rrubadas pelo vento: um cipreste <strong>de</strong><br />

monterey (Cupressus macrocarpa), um feijoeiro-daíndia<br />

(Erythrina crista-galli), uma Bauhinia<br />

purpurea e uma Araucaria heterophylla.<br />

No Terraço das Coníferas (árvores que dão pinhas),<br />

junto à Alameda Júlio Henriques, os danos são<br />

evi<strong>de</strong>ntes. Duas árvores caíram, um abeto (Abies<br />

sp.) e uma picea (Picea sp.) e as ramadas<br />

arrancadas das restantes acumulam-se, barrando a<br />

passagem numa das principais avenidas do JBUC.<br />

Na Escola Médica também o exemplar único <strong>de</strong><br />

tetraclinis (Tetraclinis articulata) foi arrancado pela<br />

raiz e caiu em cima da gra<strong>de</strong> que ro<strong>de</strong>ava o<br />

pública, a do Estado - pelo menos<br />

enquanto não for <strong>de</strong>smantelado.<br />

Micael Sousa, <strong>Leiria</strong><br />

Eng.º Civil / Mestre em Energia e<br />

Ambiente<br />

Paulo Fonseca<br />

<strong>de</strong>srespeita<br />

Assembleia<br />

Municipal<br />

A última sessão da Assembleia<br />

Municipal <strong>de</strong> Ourém foi palco <strong>de</strong><br />

mais uma cena hilariante do<br />

presi<strong>de</strong>nte da Câmara, Paulo<br />

Fonseca. Afinal, foi mesmo ali que o<br />

presi<strong>de</strong>nte se anunciou candidato<br />

às próximas eleições autárquicas.<br />

Sabendo todos nós o que<br />

representa tal órgão, e o respeito<br />

que todos <strong>de</strong>vemos ter perante o<br />

mesmo e seus membros, espanta-<br />

-nos a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> bom<br />

senso, ética e moral do presi<strong>de</strong>nte,<br />

agora também candidato, Paulo<br />

Fonseca. Respeito pelas instituições<br />

o pelo que representam é o mínimo<br />

que um presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong>ve<br />

ter, sobretudo no Po<strong>de</strong>r Local.<br />

As sessões da Assembleia<br />

Municipal tem uma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

trabalhos, são representativas <strong>de</strong><br />

patamar, tendo <strong>de</strong>rrubado outras duas árvores<br />

durante a queda.<br />

A zona pública do Jardim Botânico conta ainda<br />

com outras árvores bastante danificadas, entre elas<br />

o cedro-do-japão (Criptomeria japonica), também<br />

contemporânea <strong>de</strong> Avelar Brotero, o eucaliptolimão<br />

(Corymbia citriodora), um jacarandá<br />

(Jacaranda mimosifolia), uma grevilea (Grevillea<br />

robusta) e o cedro-do-himalaias (Cedrus <strong>de</strong>odara).<br />

Para além dos danos no património ecológico, há<br />

ainda muros e gra<strong>de</strong>s <strong>de</strong>struídas pelas árvores<br />

<strong>de</strong>rrubadas. Na mata o cenário é idêntico, com<br />

<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> árvores caídas e vários ramos partidos<br />

que estão a obstruir todos os caminhos.<br />

A partir <strong>de</strong> hoje os portões do Jardim estão<br />

fechados ao público por precaução. Em causa estão<br />

os acessos e avenidas que ainda se encontram<br />

obstruídos por ramos e árvores caídas e que po<strong>de</strong>m<br />

colocar em causa a segurança dos visitantes.<br />

Durante os próximos dias a equipa <strong>de</strong> jardineiros<br />

do JBUC vai concentrar esforços na recuperação e<br />

limpeza da zona pública do Jardim.<br />

Posteriormente, serão avaliadas as condições para<br />

replantar as espécies afectadas pelo temporal. O<br />

Jardim reabrirá ao público assim que as condições<br />

<strong>de</strong> segurança estiverem garantidas, não havendo<br />

ainda uma data prevista para a reabertura.<br />

Departamento <strong>de</strong> Comunicação e Imagem<br />

Jardim Botânico da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

info.botanico@uc.pt<br />

toda a população, através dos<br />

eleitos dos diferentes quadrantes<br />

políticos e tem um regimento<br />

próprio, on<strong>de</strong> não parece constar a<br />

apresentação <strong>de</strong> candidaturas<br />

políticas, sejam elas <strong>de</strong> quem<br />

forem.<br />

A atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Paulo Fonseca<br />

<strong>de</strong>monstrou que pelo “reino da<br />

Câmara <strong>de</strong> Ourém” o lema é:<br />

“quero, posso, mando e faço como<br />

me apetece e dá jeito!” A falta <strong>de</strong><br />

respeito <strong>de</strong>monstrada pela<br />

Assembleia Municipal, o ridículo e<br />

embaraço da situação criados por<br />

esta atitu<strong>de</strong> apenas po<strong>de</strong>rá ter uma<br />

justificação: Paulo Fonseca, actual<br />

presi<strong>de</strong>nte, sem apoiantes para o<br />

A direcção do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> recebe com agrado<br />

para publicação a correspondência dos leitores que<br />

tratem <strong>de</strong> questões do interesse público. Reserva-se<br />

o direito <strong>de</strong> seleccionar os trechos mais<br />

importantes das Cartas ao Director, <strong>de</strong>vidamente<br />

i<strong>de</strong>ntificadas, publicadas nesta secção.<br />

direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

DR<br />

anúncio da sua recandidatura,<br />

aproveitou esta sala cheia para<br />

cenário! Dizemos sem apoiantes,<br />

porque ao que parece o apoio <strong>de</strong><br />

João Heitor, presi<strong>de</strong>nte da<br />

Concelhia Socialista e chefe <strong>de</strong><br />

gabinete do presi<strong>de</strong>nte Paulo<br />

Fonseca, irá para Vítor Frazão, que<br />

tem elogiado e <strong>de</strong>fendido nas re<strong>de</strong>s<br />

sociais: “Vítor Frazão está por<br />

convicções numa candidatura. Não<br />

está por conveniências” e “Nos<br />

últimos dois anos conheci um<br />

Frazão que <strong>de</strong>sconhecia. Um<br />

homem coerente e que<br />

efectivamente não está para<br />

protagonismos pessoais”. Com<br />

uma Concelhia assim percebe-se o<br />

nervosismo <strong>de</strong> Paulo Fonseca,<br />

agora recandidato, em quebrar<br />

todos os protocolos.<br />

A Comissão Politica da concelhia<br />

<strong>de</strong> Ourém do PSD<br />

psdourem@gmail.com<br />

Associação Zoófila<br />

<strong>de</strong>marca-se <strong>de</strong><br />

campanha contra<br />

autarquia<br />

Maria dos Anjos Vieira, na<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte da<br />

Associação Zoófila <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Fiéis<br />

Amigos (AZLFA), vem por esta via<br />

comunicar que a instituição que<br />

representa repudia e se <strong>de</strong>marca da<br />

campanha difamatória com base<br />

em textos e fotos que têm vindo a<br />

ser postos a circular nos<br />

diversificados meios informativos,<br />

relativamente a maus tratos <strong>de</strong><br />

animais por parte dos serviços<br />

camarários. Tal campanha<br />

manifestamente visa lesar não só<br />

cada uma das instituições<br />

envolvidas, mas também<br />

comprometer o seu trabalho<br />

conjunto em prol <strong>de</strong> uma causa,<br />

com a qual todos somos sensíveis.<br />

Preten<strong>de</strong> ainda alertar para o facto<br />

<strong>de</strong> que só <strong>de</strong>verá ser dado crédito<br />

ao que emanar directamente do<br />

nosso site e do nosso Facebook.<br />

Tudo o mais nos sendo alheio.<br />

Mais informa que, sendo a<br />

campanha assumida como da<br />

responsabilida<strong>de</strong> da pessoa da<br />

secretária da AZLFA, não só na<br />

referência ao cargo, mas também<br />

no outorgar-se falar em nome da<br />

sua presi<strong>de</strong>nte, Maria dos Anjos, a<br />

AZLFA proce<strong>de</strong>rá judicialmente<br />

contra a pessoa em causa, do<br />

mesmo a informando, bem como<br />

<strong>de</strong> que ficarão suspensas, até<br />

comprovação da alegada<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, não só as suas funções,<br />

mas também a sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

associada.<br />

Aproveita o ensejo para agra<strong>de</strong>cer<br />

à Câmara Municipal toda a<br />

colaboração e apoio que tem vindo<br />

a prestar à AZLFA e às suas<br />

iniciativas <strong>de</strong> sensibilização e<br />

angariação <strong>de</strong> fundos, junto da<br />

população do concelho.<br />

Maria dos Anjos Vieira,<br />

presi<strong>de</strong>nte da AZLFA<br />

azlfa@sapo.pt

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