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Sociedade
Tinta Ferreira e Hugo Oliveira
Concelhia e distrital aprovam nome de Tinta Ferreira
Confusão instalada na escolha
do candidato à Câmara de Caldas
Maria Anabela Silva
anabela.silva@jornaldeleiria.pt
❚ Está instalada a confusão na escolha
do candidato do PSD à Câmara de
Caldas da Rainha. O nome do vereador
Tinta Ferreira já foi aprovado
pela concelhia e pela distrital, mas
Hugo Oliveira, que também integra o
executivo, não se conforma com o facto
de os militantes não terem sido chamados
a pronunciarem-se sobre a
escolha.
Na semana passada, Hugo Oliveira
entregou ao presidente da Assembleia
de Secção da concelhia uma petição,
subscrita por cerca de 260 militantes,
“o dobro das assinaturas necessárias”,
a pedir a convocação de um plenário.
No entanto, ainda sem decisão
daquele órgão, a distrital aprovou, na
segunda-feira, o nome de Tinta Ferreira.
Em reacção, Hugo Oliveira enviou
às comissões nacional e distrital
um pedido para a convocação de
eleições para a concelhia, alegando
que a estrutura “está sem mandato
desde 9 de Novembro”. E, se o pedido
for atendido, Hugo Oliveira garante
que entrará na corrida à liderança da
concelhia.
“É preciso que haja eleições para legitimar
qualquer decisão que a concelhia
tome”, defende o vereador do
PSD, que considera que a aprovação
do nome de Tinta Ferreira pela distrital
é “no mínimo extemporânea e
precipitada”, uma vez que está ainda
pendente o pedido para a convocação
do plenário. “Nada me move contra os
meus colegas de vereação ou contra
o presidente da câmara e da concelhia.
Mas entendo que a escolha do can-
Impasse em Leiria
Nacional dá prazo
à concelhia
DR
A reunião realizada, na semana
passada, entre representantes da
concelhia de Leiria, da distrital e
da nacional do PSD, para debater o
processo autárquico na capital de
distrito, terminou num impasse.
Ao que o JORNAL DE LEIRIA
apurou, nem a concelhia nem a
distrital apresentaram qualquer
nome. Perante essa situação, os
representantes da nacional terão
dado à concelhia uma semana
para a indicação de um candidato.
Se tal não acontecer, e de acordo
com fontes do partido, a nacional
poderá chamar a si o processo e,
em consonância com a distrital,
avançar com um nome. No
entanto, o mais certo é que a
concelhia venha a propor um
candidato, que pode passar pelo
próprio presidente da estrutura,
Álvaro Madureira. Resta saber se a
nacional aceita a sugestão ou se
avançará com uma alternativa. “A
concelhia de Leiria está a trabalhar
para que o processo corra bem e
para que seja encontrada uma
solução o mais consensual
possível. A distrital tem todo o
gosto em ajudar”, afirma
Fernando Costa, presidente da
distrital, que não esteve presente
na reunião, tendo-se feito
representar pelos seus vice-
-presidentes. Até ao fecho de
edição, não foi possível contactar
Álvaro Madureira.
didato deve passar pelos militantes. É
o mais legítimo e democrático”, afirma.
Apesar de entender que o escrutínio
do nome por eleições directas “é
o modelo mais correcto num concelho
com mais de dois mil militantes”,
Fernando Costa, presidente da distrital
e da concelhia de Caldas da Rainha,
alega que os estatutos do partido
“não permitem a realização de directas”.
O dirigente frisa ainda que, segundo
os estatutos, a convocação de
um plenário de militantes para a escolha
do candidato “não é obrigatória”
e o seu parecer “não é vinculativo”.
“Os militantes devem ser ouvidos.
Não é uma questão técnico-jurídica,
mas política”, contrapõe Hugo Oliveira,
que diz aguardar de forma
“tranquila” a decisão dos órgãos distritais
e nacionais do partido ao seu pedido
para a convocação de eleições
para a concelhia. Sobre a possibilidade
de avançar com uma candidatura
como independente, o autarca é lacónico
na resposta: “As minhas decisões
dependem daquilo que o partido
decidir”.
Por seu lado, Tinta Ferreira acompanha
o desenrolar do processo “com
serenidade”, aguardando pela as deliberações
dos “órgãos próprios” e que
“tudo decorra de forma pacífica”. O
autarca confessa-se ainda “muito satisfeito”
pela indicação do seu nome
pela concelhia e pela distrital, que interpreta
como “uma prova de confiança”.
Além do nome de Tinta Ferreira, a
distrital do PSD aprovou, na segundafeira,
as recandidaturas de Rui Rocha
(Ansião), Paulo Tito Morgado (Alvaiázere)
e Paulo Inácio (Alcobaça).
DR
Jornal de Leiria 24 de Janeiro de 2013 13
Reclamações entre moradores de Leiria
Alegado toxicodependente
vira “caso de saúde pública”
Daniela Franco Sousa
daniela.sousa@jornaldeleiria.pt
❚ A ocupação da garagem e do sótão
de um prédio, por um homem
com alegados problemas de toxicodependência,
está a motivar várias
queixas de inquilinos, na Rua
Nossa Senhora da Encarnação, em
Leiria, desagradados com um caso
que dizem ser de saúde pública.
Alexandra Roque, responsável
pela empresa gestora do condomínio,
explica que o indivíduo
“coabita com dois cães” em áreas
comuns do prédio, onde os animais
deixam dejectos. É nestes espaços
“sem condições de habitabilidade”
que o homem mantém os seus
pertences, “alguns deles degradados,
emanando cheiros nauseabundos”.
Alexandra Roque conta
que há objectos espalhados pela via
pública e que os moradores se deparam
com o acesso condicionado
à garagem. “Apesar de aparentemente
inofensivo, se alguém o enfrenta
mostra-se bastante agressivo”,
expõe ainda a gestora.
Um vizinho lamenta que as autoridades
não intercedam por uma
pessoa “com problemas de saúde”,
que “precisa de ajuda”. A
mesma fonte explica que o homem
terá cortado relações com o
pai, que deixou de viver num dos
apartamentos desse prédio. Sem
acesso a casa, o indivíduo tem-se
mantido na garagem.
A PSP refere que o homem de 42
anos é “dependente, aparentemente,
de álcool e também, apa-
Verba contempla todas as freguesias de Leiria
Leiria investe 2,8 milhões
na reparação de estradas
❚ Quase 2,8 milhões de euros é
quanto a Câmara de Leiria se prepara
para investir na melhoria da
rede viária do concelho, com intervenções
em todas as freguesias.
Lino Pereira, vereador da Obras
Municipais, explica que os trabalhos
contemplam, sobretudo,
repavimentações, estando também
previstas obras em alguns
sistemas de drenagem de águas
pluviais, o alcatroamento de vias
ainda em tuvenant e a execução
de vários muros. “Todas as freguesias
serão contempladas”, assegura
o autarca, frisando que a
identificação das vias a intervir foi
feita “em parceria com os presidentes
de junta”.
A abertura do concurso foi aprovada
na reunião de câmara de
Bastonário fala sobre futuro da Justiça
O presente e o futuro da Justiça em Portugal é o tema
da conferência que o bastonário da Ordem dos
Advogados, António Marinho e Pinto, vai proferir, no
sábado, na Biblioteca Municipal de Pedrógão Grande,
a partir das 17 horas. A iniciativa é da Federação
Distrital de Leiria da Juventude Socialista.
rentemente, descompensado psicologicamente”.
Informa ter dado
conhecimento do caso à Delegação
de Saúde de Leiria, Ministério Público,
junto do Tribunal Judicial de
Leiria, e Câmara de Leiria, tendo
sido emitido um mandado de condução
do individuo, para que se
apresentasse nos serviços de psiquiatria
do hospital em Leiria”.
Contudo, nota a PSP, feita a avaliação
clínica, não resultou em internamento.
O delegado de saúde confirma
ter recebido exposições da PSP sobre
desacatos provocados pelo cidadão
e garante ter solicitado avaliação
psiquiátrica ao hospital, o
qual entendeu “não serem reunidos
critérios que levem ao seu internamento
compulsivo, já que
não se observa doença mental”.
Tratando-se de uma questão social,
ultrapassa a competência da Delegação
de Saúde, nota o médico.
Quanto aos cães, são uma situação
recente, sobre a qual a delegação já
está a actuar.
A Segurança Social diz que o homem
recebe pensão de invalidez e
é acompanhado pelo Instituto da
Droga e Toxicodependência, que
se tem articulado com os serviços
de saúde pública e de saúde mental.
“Tratando-se de um caso clinicamente
identificado, a institucionalização
do beneficiário,
sem qualquer enquadramento familiar,
tem decorrido pelos serviços
de saúde competentes nestas
situações”, acrescenta a segurança
social.
terça-feira, com o voto contra de
Blandina Oliveira (independente)
e a abstenção dos vereadores
do PSD. “Dada a conjuntura económica
do País e a situação financeira
da autarquia, é uma opção
política errada fazer investimentos
deste montante em obras
de alcatrão”, defendeu Blandina
Oliveira.
A vereadora frisou ainda que o
presidente da câmara “tem referido
que a prioridade, em termos
de investimento, são as obras
comparticipadas”, o que não é o
caso. A autarca criticou também o
facto de a autarquia ir recorrer a
um empréstimo bancário para
custear estas obras. “Não considero
que seja a opção correcta”,
acrescentou