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<strong>Jornal</strong><br />

DE LEIRIA<br />

Prémio ÑH9<br />

<strong>Jornal</strong> com<br />

melhor <strong>de</strong>sign<br />

da Península<br />

Ibérica<br />

Semanário Regional<br />

Director <strong>de</strong> Mérito<br />

José Ribeiro Vieira<br />

Director João Nazário<br />

Ano XXVIII<br />

Edição 1489<br />

24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

€ 1,00<br />

www.jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Temporal mostrou um País frágil<br />

Paralisado A região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> foi particularmente afectada pela intempérie do fim-<strong>de</strong>-semana,<br />

evi<strong>de</strong>nciando estar mal preparada para respon<strong>de</strong>r a situações <strong>de</strong>sta natureza. Sem electricida<strong>de</strong>,<br />

água e telecomunicações ficou praticamente paralisada Págs. 4/8<br />

Escolha <strong>de</strong> candidatos causam guerras internas<br />

Confusão instalada no PSD<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e Caldas da Rainha<br />

❚ Está instalada a confusão na escolha<br />

do candidato do PSD à Câmara<br />

<strong>de</strong> Caldas da Rainha. A concelhia<br />

e a distrital já aprovaram o<br />

nome <strong>de</strong> Tinta Ferreira, mas Hugo<br />

Oliveira exige que os militantes sejam<br />

ouvidos. Em <strong>Leiria</strong>, o processo<br />

continua num impasse. Pág. 13<br />

Rui Crespo<br />

“David Neves é<br />

parte do problema<br />

da ribeira<br />

dos Milagres”<br />

Págs.10/11<br />

Nasceu há 75 anos<br />

Aero Clube<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

quase certo<br />

em Pombal<br />

Pág.32/33<br />

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RICARDO GRAÇA<br />

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2 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Radar<br />

Comentário enigmático João dos Santos<br />

Olho clínico Impressões<br />

João Marques<br />

A Câmara <strong>de</strong> Pedrógão<br />

Gran<strong>de</strong>, li<strong>de</strong>rada por João<br />

Marques, vai avançar com um projecto-piloto<br />

para testar a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> adaptação <strong>de</strong> espécies como<br />

o pinheiro manso, o sobreiro e o<br />

carvalho naquela região. Se resultar,<br />

o projecto funcionará também<br />

como fonte <strong>de</strong> receitas para a câmara,<br />

através da venda <strong>de</strong> cortiça e <strong>de</strong><br />

pinhões.<br />

Hél<strong>de</strong>r Roque<br />

Parte do serviço <strong>de</strong><br />

urgência geral do Hospital<br />

Santo André, em <strong>Leiria</strong>, ficou<br />

inundada <strong>de</strong>vido a uma 'fuga <strong>de</strong><br />

água” numa tubagem interna. O<br />

presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong><br />

Administração, Hel<strong>de</strong>r Roque,<br />

investiu mais <strong>de</strong> três milhões <strong>de</strong><br />

euros na requalificação, do serviço,<br />

reaberto em Maio, mas o edifício<br />

ainda apresenta algumas<br />

fragilida<strong>de</strong>s.<br />

António Mexia<br />

A empresa presidida por<br />

António Mexia parece estar<br />

longe do século XXI. Quando<br />

muitos países europeus já<br />

eliminaram os postes <strong>de</strong><br />

electricida<strong>de</strong>, fazendo passar a<br />

energia por via subterrânea, em<br />

Portugal proliferam os postes em<br />

zonas <strong>de</strong> floresta. A maioria das<br />

infra-estruturas é da<br />

responsabilida<strong>de</strong> da REN, mas cabe<br />

à EDP garantir um serviço <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> aos seus consumidores, o<br />

que não tem acontecido, com<br />

situações <strong>de</strong> falhas <strong>de</strong><br />

abastecimento em várias zonas do<br />

distrito a arrastarem-se há anos.<br />

Dona Mécia e D. Genuíno (continuado)<br />

Ai<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que os portugueses são responsáveis<br />

pela crise porque andaram a viver acima das<br />

suas possibilida<strong>de</strong>s, é um enorme embuste,<br />

diz Dona Mena. Esta mentira só é ultrapassada<br />

por outra, <strong>de</strong> que <strong>de</strong>vemos ser castigados com uma<br />

austerida<strong>de</strong>, dado os hábitos <strong>de</strong> consumo exagerados<br />

que adoptamos. Mas, nem os portugueses merecem<br />

castigo, nem a austerida<strong>de</strong> é inevitável…<br />

D. Genuíno, abre os olhos e consi<strong>de</strong>ra que Dona<br />

Mena <strong>de</strong>verá explicar melhor o que diz. Claro que<br />

explico, diz Dona Mena. Quem viveu muito acima das<br />

suas possibilida<strong>de</strong>s nas últimas décadas foi a classe<br />

política e os muitos que se alimentaram da enorme<br />

manjedoura que é orçamento <strong>de</strong> Estado. A<br />

administração central e local enxameou-se <strong>de</strong><br />

milhares <strong>de</strong> "boys", criaram-se institutos inúteis,<br />

fundações fraudulentas e empresas municipais para<br />

facilitar os gastos, assinaram-se contratos levando a<br />

prejuízos para o Estado. Tudo para facilmente se gastar<br />

o nosso dinheiro, com a justificação <strong>de</strong> que se servia<br />

melhor o povo! Agora estamos cercados por credores…<br />

Oh! Dona Mena veja lá o que diz, reage com ar<br />

preocupado D. Genuíno. Dona Mena continua<br />

explicando que a este regabofe se juntou uma<br />

epi<strong>de</strong>mia fatal que é a corrupção, ou a propositada má<br />

gestão que a facilita. Olhe que dou exemplos, diz Dona<br />

Mécia ao cada vez mais espantado do D. Genuíno. Por<br />

exemplo: a Expo 98 transformou uma zona <strong>de</strong>gradada<br />

numa nova cida<strong>de</strong>, gerou mais-valias urbanísticas<br />

milionárias, mas no final <strong>de</strong>u prejuízo. Foi ainda o<br />

Euro 2004 com os seus estádios que não são usados, e<br />

a compra dos submarinos, com pagamento <strong>de</strong> luvas e<br />

corrupção provada, mas só na Alemanha. E foram as<br />

vigarices <strong>de</strong> Isaltino Morais, que nunca mais é preso. A<br />

que se juntam os casos <strong>de</strong> Duarte Lima e Dias Loureiro<br />

no BPN, e o caso do BPP, muitas das parcerias públicoprivadas<br />

e mais um rol interminável <strong>de</strong> golpes que<br />

<strong>de</strong>pauperam o erário público. Sim, são golpes, reafirma<br />

Dona Mécia, pois todos estes negócios e privilégios<br />

concedidos a um polvo que, com os seus tentáculos, se<br />

alimenta do dinheiro do português têm responsáveis<br />

conhecidos, pelo que eu consi<strong>de</strong>ram que foram ao<br />

O humor criado em Portugal é<br />

uma coisa arriscada<br />

Bruno Nogueira, humorista, Diário<br />

<strong>de</strong> Notícias<br />

Ricardo<br />

Charters<br />

d’Azevedo<br />

Não gosto nem <strong>de</strong> mulheres nem<br />

<strong>de</strong> homens, gosto <strong>de</strong> pesssoas<br />

Raquel Freire, cineasta, Visão<br />

nosso bolso. E têm como consequência os sacrifícios<br />

por que hoje passamos, mas <strong>de</strong> que só somos<br />

responsáveis por não termos corrido com “eles” há<br />

muito, pois isto tem décadas e começou <strong>de</strong> mansinho.<br />

Animando-se, D. Genuíno atalha dizendo que,<br />

enquanto isto, os portugueses têm vivido muito<br />

abaixo do nível médio do europeu, e naturalmente<br />

acima das suas possibilida<strong>de</strong>s, pois há quem não nos<br />

<strong>de</strong>ixa criar riqueza, quer criando leis castradoras da<br />

iniciativa privada, quer “roubando”.<br />

Vejo que começas a perceber, comenta Dona Mécia.<br />

Já reparaste, continua, que o buraco do BPN e o crédito<br />

mal parado na CGD, correspon<strong>de</strong>m ao valor do<br />

aumento <strong>de</strong> impostos que nos é aplicado?<br />

O estado das nossa contas públicas é o resultado do<br />

regabofe e da corrupção, muitas vezes mascarada por<br />

uma má gestão que vai beneficiar alguns. Devemos<br />

castigar quem entupiu, quem protelou, quem<br />

dificultou, e igualmente quem geriu mal. Avancemos<br />

em força para os tribunais, termina Dona Mécia, para<br />

que eles sintam quanto nos fizeram mal.<br />

Para isso temos os tribunais, é verda<strong>de</strong>, diz D.<br />

Genuíno. Que <strong>de</strong>ixem <strong>de</strong> ser cegos para que<br />

encontrem os culpados <strong>de</strong> forma que sejam<br />

castigados, pois a eles <strong>de</strong>vemos o nosso enorme<br />

aumento <strong>de</strong> impostos, e a situação em que o país está.<br />

Devemos ainda exigir a eliminação dos privilégios, e<br />

das “pequenas” mordomias, <strong>de</strong> alguns que nos<br />

arruínam e obrigá-los a participar na redução <strong>de</strong><br />

salários e <strong>de</strong> rendas. Há que renegociar as parcerias<br />

público-privadas reduzindo-lhes as margens, rever os<br />

juros da dívida pública, extinguir organismos, pren<strong>de</strong>r<br />

e recuperar os milhões roubados nomeadamente<br />

lançando-lhes ás canelas os o fisco... Restaure-se um<br />

mínimo <strong>de</strong> serieda<strong>de</strong> e poupar-se-ão milhões. Sem<br />

penalizar os cidadãos, respon<strong>de</strong>ndo ao FMI e aos<br />

outros nossos credores.<br />

Esta sim, é a única alternativa séria à austerida<strong>de</strong> a<br />

que nos querem con<strong>de</strong>nar e ao assalto fiscal que se<br />

anuncia, anuncia Dona Mécia.<br />

Engenheiro


As mulheres repetem erros vezes<br />

sem conta<br />

Mariela Michelena, psicanalista<br />

e escritora venezuelana, Visão<br />

A poluição do ar é um assassino invisível<br />

Jacqueline MacGla<strong>de</strong>, directora da Agência Europeia do<br />

Ambiente, Público<br />

Não temos estadistas. Aqui há<br />

uma coligação em que andam<br />

todos à pancada por porcarias<br />

Alexandre Soares dos Santos,<br />

presi<strong>de</strong>nte do Grupo Jerónimo<br />

Martins, Expresso<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 3<br />

Invoca-se a Constituição por<br />

motivos <strong>de</strong> conveniência<br />

Luís Marques, Director-geral da SIC<br />

Fórumdasemana Editorial<br />

O FMI quer mais produtos taxados com 23% <strong>de</strong> IVA<br />

Não estamos preparados<br />

O Fundo Monetário Internacional (FMI) não está<br />

satisfeito com o número <strong>de</strong> bens que beneficiam <strong>de</strong><br />

taxa mínima <strong>de</strong> IVA e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que “ainda há<br />

margem para um novo alargamento <strong>de</strong> base fiscal”.<br />

Num relatório publicado na passada sexta-feira, e<br />

que acompanha a sexta avaliação do programa <strong>de</strong><br />

ajustamento português, os técnicos consi<strong>de</strong>ram<br />

que mais produtos <strong>de</strong>vem passar <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> 6% ou<br />

13% para a taxa normal <strong>de</strong> 23%. E dão exemplos,<br />

entre os quais o vinho, eventos culturais e<br />

Ricardo<br />

Borges,<br />

secretário-geral<br />

da A<strong>de</strong>ga<br />

Cooperativa da<br />

Batalha<br />

Zito Camacho,<br />

fotógrafo e<br />

proprietário <strong>de</strong><br />

um bar<br />

Eduardo<br />

Louro,<br />

economista<br />

Somos contra. Estes aumentos não<br />

têm nexo. As a<strong>de</strong>gas estão a fazer<br />

um esforço para não aumentarem<br />

os preços, numa fase em que não<br />

existe po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra. Se agora<br />

aumentarem o IVA, mais 10% sobre<br />

o produto final, será muito<br />

complicado para os consumidores.<br />

O mesmo se aplica à cultura, que<br />

<strong>de</strong>via, antes, ser promovida pelo<br />

Governo.<br />

Conforme temos vindo a notar nos<br />

anteriores aumentos do IVA, o<br />

mais grave é que é o comércio que<br />

os tem vindo a suportar. Na actual<br />

realida<strong>de</strong> económica é <strong>de</strong> todo<br />

impossível aos empresários<br />

aumentar preços para<br />

acompanhar o IVA. O Governo<br />

<strong>de</strong>ve repensar e <strong>de</strong>terminar que<br />

tem vindo a per<strong>de</strong>r receita <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

inicio do aumento da carga fiscal.<br />

Se há uma redução <strong>de</strong> negócios,<br />

logo há uma redução <strong>de</strong> valores<br />

para os cofres do Estado.<br />

Não concordo, nem faz sentido.<br />

Nem sabemos até que ponto estas<br />

propostas são balões <strong>de</strong> ensaios<br />

para outras medidas. Carregar nos<br />

impostos sobre o consumo é<br />

agravar a ferida no mercado<br />

interno. Esta gente pensa que a<br />

retoma da economia só se faz pela<br />

via das exportações mas não é<br />

assim. Agravar o consumo interno,<br />

que é uma parcela importante da<br />

economia, é sempre negativo.<br />

Que<br />

comentários<br />

lhe merece<br />

este assunto?<br />

Amado da<br />

Silva, reitor da<br />

Universida<strong>de</strong><br />

Autónoma <strong>de</strong><br />

Lisboa<br />

João Lázaro,<br />

director<br />

artístico do Te-<br />

-Ato<br />

Sílvia Alves,<br />

escritora<br />

alimentos transformados, como as conservas <strong>de</strong><br />

peixe, cujas taxas praticadas são actualmente <strong>de</strong><br />

13%. Para o FMI, este tipo <strong>de</strong> bens “não parece<br />

servir para satisfazer necessida<strong>de</strong>s básicas”, pelo<br />

que <strong>de</strong>veriam per<strong>de</strong>r o direito a taxas reduzidas e<br />

intermédias <strong>de</strong> IVA.<br />

Recor<strong>de</strong>-se que o Governo realizou uma reforma do<br />

IVA, ainda no ano passado, on<strong>de</strong> fez subir taxas<br />

aplicadas a vários bens, on<strong>de</strong> protegeu <strong>de</strong>sse<br />

aumento o vinho e a cultura.<br />

O FMI acrescenta ainda que tal proposta resi<strong>de</strong> na<br />

sua preocupação pela equida<strong>de</strong> beneficiando os<br />

“ricos” com esta <strong>de</strong>spesa fiscal. Mas que conceito <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>spesa fiscal é este? Esses produtos já pagam 13%<br />

actualmente (e o vinho e os alimentos 23% na<br />

restauração). Quer dizer que o Estado está a dar um<br />

bónus? Bónus? E são os ricos que consomem<br />

conservas <strong>de</strong> peixe e bebem vinho? Alguma vez<br />

pensaram em ligar estas activida<strong>de</strong>s ao processo<br />

produtivo, à real criação <strong>de</strong> valor e ao papel da<br />

cultura na <strong>de</strong>finição das necessida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong><br />

uma socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrática?<br />

Essa proposta é o resultado <strong>de</strong> um pensamento<br />

tecnocrata, frio e isento <strong>de</strong> qualquer humanida<strong>de</strong>.<br />

A socieda<strong>de</strong> evolui por via da cultura. Qualquer dia<br />

estamos transformados em máquinas <strong>de</strong> fazer<br />

coisas. Deixamos <strong>de</strong> pensar, <strong>de</strong> sentir e <strong>de</strong> ter<br />

sentido estético. Se retiramos o acesso à cultura, a<br />

curto prazo teremos um aumento exponencial da<br />

violência e a perda <strong>de</strong> valores como a<br />

solidarieda<strong>de</strong>. A cultura não po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada<br />

um luxo ou usufruto exclusivo da burguesia. É um<br />

bem essencial, que faz parte integrante do ser<br />

humano.<br />

Não concordo. E nem comento a junção<br />

provocatória <strong>de</strong> um produto com a manifestação<br />

que nos distingue e eleva dos outros seres: a<br />

Cultura. É um erro pensar que o País tem apenas o<br />

caminho da austerida<strong>de</strong> pela austerida<strong>de</strong>, sob o<br />

jugo <strong>de</strong> interesses <strong>de</strong> uma “entida<strong>de</strong>” que nos é<br />

apresentada como panaceia <strong>de</strong> nossos erros<br />

económico-financeiros <strong>de</strong> há décadas. Decisões<br />

que não contemplam o tempo próprio da vida das<br />

pessoas, não as servem, servem-se <strong>de</strong>las.<br />

As consequências dos fortes vendavais do passado<br />

fim-<strong>de</strong>-semana foram assustadoras. Não pelas<br />

consequências em si, que apesar dos prejuízos e<br />

incómodos que representaram não tiveram a<br />

gravida<strong>de</strong> das <strong>de</strong> outras <strong>de</strong>monstrações <strong>de</strong> força da<br />

natureza, mas pela fragilida<strong>de</strong> que o País evi<strong>de</strong>nciou<br />

perante um <strong>de</strong>svio à norma.<br />

Num ápice, ficámos sem água, sem luz, sem<br />

telecomunicações e com as estradas cortadas. As fábricas<br />

pararam, muitas escolas foram encerradas, não era<br />

possível abastecer os carros. O País praticamente<br />

paralisou, <strong>de</strong>ixando a população <strong>de</strong>sprotegida face a uma<br />

intempérie <strong>de</strong> dimensão inferior aos constrangimentos<br />

que causou. No fundo, os acontecimentos do fim-<strong>de</strong>semana,<br />

em que a relação causa efeito foi<br />

manifestamente <strong>de</strong>sproporcionada, evi<strong>de</strong>nciaram que o<br />

País não está preparado para lidar com situações limite.<br />

O problema começa na própria população que, pouco<br />

educada para estas situações, não se acautelou<br />

<strong>de</strong>vidamente após os alertas das autorida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>scurando<br />

o reforço da protecção das suas habitações e outros<br />

haveres, mas também ao negligenciar a manutenção dos<br />

seus terrenos, nomeadamente no que diz respeito ao<br />

abate <strong>de</strong> árvores velhas ou doentes.No entanto, o mais<br />

alarmante é a fragilida<strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nciada por infra-estruturas<br />

absolutamente estratégicas para a segurança e<br />

funcionamento do País. Não é admissível que numa<br />

situação <strong>de</strong> emergência, em pleno século XXI, a resposta<br />

fique condicionada pela falta <strong>de</strong> comunicações<br />

dificultando os pedidos <strong>de</strong> auxilio e a coor<strong>de</strong>nação das<br />

operações <strong>de</strong> socorro.<br />

Mas o pior foi mesmo o apagão que se abateu sobre o<br />

País, com especial incidência na zona Centro. Milhares <strong>de</strong><br />

casas e empresas ficaram às escuras, em muitos casos por<br />

vários dias, com prejuízos difíceis <strong>de</strong> suportar num<br />

período <strong>de</strong> tantas dificulda<strong>de</strong>s. Infelizmente, este caso<br />

não foi mais do que o prolongamento do péssimo serviço<br />

com que a EDP e a REN têm brindado os seus clientes,<br />

com frequentes quebras <strong>de</strong> energia que têm afectado com<br />

gravida<strong>de</strong> a activida<strong>de</strong> empresarial <strong>de</strong>sta região. As<br />

imagens <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> inovação trabalhadas nos<br />

gabinetes <strong>de</strong> marketing e os lucros fabulosos conseguidos<br />

à custa do monopólio do mercado são completamente<br />

inversos à qualida<strong>de</strong> do serviço que estas empresas<br />

apresentam, ficando a sensação <strong>de</strong> que as priorida<strong>de</strong>s<br />

estão mal escalonadas. De facto, é difícil perceber como é<br />

possível que um serviço tão estratégico, principalmente<br />

numa era em que somos completamente “electro<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes”,<br />

apresente, por incompetência, tantas falhas<br />

pondo em causa a própria segurança do País e da sua<br />

população. E nem a situação anómala que se viveu po<strong>de</strong><br />

servir <strong>de</strong> justificação, pois não é crível que nos países<br />

escandinavos ou da América do Norte, on<strong>de</strong> a natureza é<br />

mais agressiva, o abastecimento <strong>de</strong> energia esteja à mercê<br />

<strong>de</strong>ste género <strong>de</strong> manifestações. Ou seja, olhando para o<br />

que aconteceu, é verda<strong>de</strong>iramente assustador pensar nas<br />

consequências <strong>de</strong> um eventual fenómeno <strong>de</strong> outras<br />

proporções, <strong>de</strong> que não estamos livres. Foi um aviso que<br />

obriga a reflectir … Não po<strong>de</strong>mos esquecer que tivemos<br />

um terramoto <strong>de</strong>molidor...<br />

João Nazário<br />

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4 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Abertura<br />

Falta <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong><br />

e telecomunicações<br />

paralisou região<br />

Electricida<strong>de</strong> Depois do temporal do fim-<strong>de</strong>-semana, a região parou, as<br />

torneiras secaram e escolas, empresas e comércio encerraram. Especialistas<br />

dizem que a população não sabe lidar com estes eventos mas os sistemas <strong>de</strong><br />

resposta também falharam<br />

Jacinto Silva Duro<br />

jacinto. duro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚Portas sem chave e abertura <strong>de</strong><br />

código, fogões com placas <strong>de</strong> vitrocerâmica,<br />

estores eléctricos, portões<br />

automáticos, piso irradiante,<br />

aquecimento central e <strong>de</strong> águas eléctrico,<br />

centrais <strong>de</strong> alarme, elevadores,<br />

climatização e aspiração central são<br />

mais-valias que encarecem gran<strong>de</strong>mente<br />

o preço das casas novas. Contudo,<br />

em situações como a que se viveu<br />

no fim-<strong>de</strong>-semana, a ausência <strong>de</strong><br />

electricida<strong>de</strong> mostrou que nem sempre<br />

a existência <strong>de</strong> tantos sistemas<br />

automatizados é uma vantagem.<br />

Em edifícios mais mo<strong>de</strong>rnos, houve<br />

quem ficasse fechado fora <strong>de</strong><br />

casa porque as portas, accionadas<br />

por códigos, não abriam.<br />

Nos lares <strong>de</strong> idosos com pisos superiores,<br />

<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser possível usar<br />

elevadores e sistemas <strong>de</strong> elevação <strong>de</strong><br />

ca<strong>de</strong>iras. Durante dias, não houve<br />

aquecimento. “Não tínhamos electricida<strong>de</strong><br />

para po<strong>de</strong>r usar os exaustores<br />

da cozinha, por isso, não podíamos<br />

cozinhar e nem podíamos lavar<br />

roupa. Foi preciso recorrer às lavandarias<br />

da cida<strong>de</strong> para ter lençóis<br />

e outras peças <strong>de</strong> uso do dia-a-dia”,<br />

recorda Fernanda Lagoa, responsável<br />

pelo Lar S. Joseph, <strong>de</strong> Boa Vista,<br />

<strong>Leiria</strong>.<br />

EDP respon<strong>de</strong> que lar<br />

não era “prioritário”<br />

“Somos completamente electro-<br />

-<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes”, resume o coor<strong>de</strong>nador<br />

da Protecção Civil do CNE<br />

(Corpo Nacional <strong>de</strong> Bombeiros), na<br />

região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Uma <strong>de</strong>pendência<br />

que já é má, quando a energia falha,<br />

mas que po<strong>de</strong> ser pior quando se<br />

ouve o impensável. “A pior surpresa<br />

foi ligar à EDP para solicitar um gerador<br />

e ficar a saber que o meu lar,<br />

com <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> pessoas, algumas<br />

acamadas, com frio e a comer por<br />

sondas, 'não era prioritário' para a<br />

empresa”, recorda Fernanda Lagoa.<br />

Uma afirmação lamentável e estranha<br />

que foi repetida a outros clientes<br />

em situação semelhante. Apenas<br />

na quarta-feira, cinco dias <strong>de</strong>pois do<br />

temporal, o Exército disponibilizou<br />

geradores para algumas localida<strong>de</strong>s<br />

dos concelhos <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e <strong>de</strong> Pombal.<br />

Perante a cada vez maior <strong>de</strong>pendência<br />

energética, Ricardo Martins<br />

acredita que estes inci<strong>de</strong>ntes se vão<br />

tornando comuns por resultarem<br />

da evolução tecnológica. Contudo,<br />

alerta, a população não está preparada<br />

para lidar com eventos <strong>de</strong>ste<br />

tipo. Não tem rádios a pilhas em<br />

casa, lanternas, comida enlatada e<br />

géneros não perecíveis, uma reserva<br />

<strong>de</strong> água e combustíveis ou abrigos<br />

alternativos.<br />

Uma visão partilhada por Manuel<br />

João Ribeiro, docente do Curso <strong>de</strong><br />

Protecção Civil, do Instituto Politécnico<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. O alerta da Protecção<br />

Civil, que chegou apenas a laranja<br />

– o vermelho teria sido para um<br />

evento com as dimensões do furacão<br />

Katrina -, não foi suficiente para<br />

que a população tomasse precauções.<br />

“Não reduziram a velocida<strong>de</strong><br />

nas estradas, não limparam algerozes,<br />

não <strong>de</strong>sobstruíram ribeiros e não<br />

cortaram árvores em risco”, diz.<br />

Durante o temporal, houve quem<br />

arriscasse e fosse “passear” e tirar fotografias<br />

para as zonas mais afectadas,<br />

em vez <strong>de</strong> seguir os conselhos<br />

da Protecção Civil e ficar em casa.<br />

Muitas habitações permaneceram<br />

com os estores subidos e sem qualquer<br />

tipo <strong>de</strong> protecção. “Em vez <strong>de</strong><br />

nos falarem em cores abstractas,<br />

nas rádios e televisões po<strong>de</strong>riam<br />

ter feito avisos mais claros e incisivos<br />

sobre o que nos esperava durante<br />

as 24 horas do alerta”, afirma<br />

Jaime da Silva, <strong>de</strong> Bajouca, <strong>Leiria</strong>,<br />

que passou quatro dias sem electricida<strong>de</strong>.<br />

Nunca estaremos preparados<br />

para tudo”<br />

O mau tempo também impediu<br />

comunicações via rádio a partir dos<br />

quartéis <strong>de</strong> bombeiros, no sábado,<br />

como foi confirmado à Agência Lusa<br />

pelo Comando Distrital <strong>de</strong> Operações<br />

<strong>de</strong> Socorro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

"Houve falta <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> comunicação<br />

fixos e móveis, quer dos<br />

operadores privados <strong>de</strong> telecomunicações<br />

quer do próprio Sistema Integrado<br />

<strong>de</strong> Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Emergência e<br />

Depois do temporal<br />

Narciso Mota critica<br />

EDP e Governo<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Pombal<br />

está revoltado com aquilo que<br />

apelida <strong>de</strong> “profunda<br />

impreparação para acudir a<br />

situações <strong>de</strong> emergência nacional”.<br />

Para Narciso Mota, a EDP e a REN<br />

<strong>de</strong>monstraram que per<strong>de</strong>ram “a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta em tempo<br />

<strong>de</strong> crise”. “Notamos, hoje, que a<br />

EDP <strong>de</strong>lapidou o seu historial <strong>de</strong><br />

manutenção das re<strong>de</strong>s eléctricas,<br />

assim como a limpeza a<strong>de</strong>quada<br />

dos seus corredores florestais.<br />

Notamos ainda o <strong>de</strong>saparecimento<br />

dos seus quadros técnicos mais<br />

qualificados, por força <strong>de</strong> reformas<br />

antecipadas, substituídas por<br />

jovens quadros sem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão no terreno,<br />

completamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />

administrações centralizadas em<br />

Lisboa e Porto”, afirma o autarca<br />

em comunicado. Mota adianta que<br />

a EDP, recentemente vendida à<br />

China Three Gorges “por força <strong>de</strong><br />

estar mais preocupada com megainvestimentos<br />

no estrangeiro,<br />

<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ocupar o seu <strong>de</strong>sígnio<br />

nacional <strong>de</strong> parceiro no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento económico.”<br />

Narciso Mota elogia a autarquia,<br />

bombeiros, Protecção Civil e as<br />

juntas pelo apoio dado às<br />

populações e mostra ainda o seu<br />

<strong>de</strong>scontentamento para com o<br />

alheamento do Governo. “Notámos<br />

a ausência <strong>de</strong> uma voz amiga e<br />

solidária com responsabilida<strong>de</strong><br />

tutelar, que nos perguntasse se<br />

estávamos bem.”<br />

Segurança <strong>de</strong> Portugal”, insurge-<br />

-se o presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Pombal,<br />

Narciso Mota. A ele junta-se a<br />

voz dos autarcas <strong>de</strong> Ansião e Pedrógão<br />

Gran<strong>de</strong>.<br />

Electricida<strong>de</strong>, água e comunicações,<br />

na quarta-feira <strong>de</strong> manhã, cinco<br />

dias <strong>de</strong>pois do temporal, ainda<br />

não tinham sido restabelecidas no<br />

Oeste <strong>de</strong> Pombal e em algumas zonas<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e Marinha Gran<strong>de</strong>.<br />

É aceitável justificar esta aparente<br />

impreparação com a excepcionalida<strong>de</strong><br />

e gravida<strong>de</strong> da situação? Obviamente<br />

que não. O JORNAL DE<br />

LEIRIA sabe que houve situações<br />

on<strong>de</strong> nem sequer o patamar mínimo<br />

foi assegurado. Ainda por cima quando<br />

havia um alerta laranja da Protecção<br />

Civil, o segundo mais grave na<br />

escala. “Por aquilo que foi registado<br />

na época, se houvesse um tremor <strong>de</strong><br />

terra, como o <strong>de</strong> 1755, haveria consequências<br />

graves para a região”,<br />

alerta Ricardo Martins.<br />

O general Garcia Leandro sublinha<br />

a “impon<strong>de</strong>rabilida<strong>de</strong> dos eventos<br />

naturais” para dizer que “nunca estaremos<br />

preparados para tudo”. Para<br />

o militar que já dirigiu o Instituto <strong>de</strong><br />

Defesa Nacional, o que aconteceu na<br />

região Centro foi uma situação “anómala”.<br />

Seria impossível acautelar o<br />

que se passou, assegura.<br />

A existência <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> árvores<br />

em risco que acabaram por se<br />

precipitar para cima das linhas eléctricas,<br />

explica o general, só aconteceu<br />

<strong>de</strong>vido ao abandono da silvicultura<br />

e <strong>de</strong>spovoamento das zonas<br />

rurais.<br />

Manuel João Ribeiro alinha pela<br />

mesma bitola: algumas coisas po<strong>de</strong>riam<br />

ser evitadas, através do or<strong>de</strong>namento<br />

do território, organização<br />

e manutenção <strong>de</strong> infra-estruturas<br />

previsivelmente em risco.<br />

O especialista explica que talvez<br />

só o Japão estivesse preparado<br />

para um temporal <strong>de</strong>stes. Em primeiro<br />

lugar, <strong>de</strong>vido à educação<br />

dada à população, num país com<br />

problemas sísmicos e <strong>de</strong> tufões, e,<br />

em segundo, porque as infra-estruturas<br />

nipónicas são melhor pensadas<br />

e mais resistentes aos cataclismos<br />

que as nossas.


Os danos<br />

materiais<br />

ainda estão<br />

por<br />

contabilizar<br />

Reposição<br />

<strong>de</strong> energia<br />

e telecomunicações<br />

foi uma<br />

priorida<strong>de</strong><br />

No pavilhão<br />

do Sporting<br />

Marinhense<br />

o tecto voou<br />

FOTOS: RICARDO GRAÇA<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 5<br />

Desporto afectado<br />

Vendaval <strong>de</strong>strói<br />

obras recentes<br />

<strong>de</strong> UDL e Sporting<br />

Marinhense<br />

❚ União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e Sporting Marinhense.<br />

Dois históricos do <strong>de</strong>sporto<br />

da região tiveram, no sábado, a<br />

mais cruel das pagas pelos milhares<br />

<strong>de</strong> jovens e <strong>de</strong>sportistas que formaram<br />

nas suas instalações. Numa altura<br />

em que os apoios minguam, os<br />

dois emblemas estavam a trabalhar<br />

ou tinham acabado <strong>de</strong> concluir obras<br />

<strong>de</strong> melhoramento nas suas infraestruturas,<br />

mas o vendaval <strong>de</strong>struiu<br />

gran<strong>de</strong> parte do património. Os prejuízos<br />

são “gigantescos”.<br />

Há pouco mais <strong>de</strong> mês e meio, a<br />

União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> inaugurou a cobertura<br />

da bancada da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong><br />

Santa Eufémia, local on<strong>de</strong> os escalões<br />

<strong>de</strong> formação trabalham. Sábado,<br />

essa cobertura simplesmente<br />

<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> existir: o vento <strong>de</strong>struiua<br />

por completo. No clube, a frustração<br />

<strong>de</strong> ver a obra há anos ansiada ir<br />

pelos ares custa, e muito, a digerir.<br />

Muitas lágrimas foram vertidas<br />

quando os dirigentes chegaram ao<br />

local e viram que nada sobrava a não<br />

ser ferros retorcidos.<br />

“Está tudo <strong>de</strong>struído”, lamenta<br />

Fernando Encarnação, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

da União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. “A cobertura<br />

da bancada, um poste <strong>de</strong> iluminação,<br />

diversos projectores <strong>de</strong><br />

iluminação e a vedação do lado do<br />

pinhal” foram alvo da ira do vento.<br />

Segundo o dirigente, o prejuízo está<br />

avaliado em 40 mil euros.<br />

Também no Sporting Marinhense<br />

os dias que correm são <strong>de</strong> dor e<br />

consternação. O clube da Embra, a levantar-se<br />

do marasmo em que viveu<br />

nos últimos anos, tinha arrancado<br />

com as obras <strong>de</strong> substituição da cobertura<br />

há uma semana, mas a natureza<br />

revelou-se impiedosa. O processo<br />

estava a meio e algumas telhas<br />

tinham já sido substituídas. Essas, resistiram.<br />

As velhas é que não. O pavilhão<br />

está completamente inundado.<br />

Alberto Maia, director <strong>de</strong> comunicação,<br />

fala em “prejuízos incalculáveis”.<br />

“Temos passado os dias a tirar<br />

água. O piso está encharcado e o<br />

taco <strong>de</strong>scolou. Não temos hipótese<br />

<strong>de</strong> fazer os próximos jogos neste<br />

pavilhão”, referiu, <strong>de</strong>salentado.<br />

Como é óbvio, não foram estas as<br />

únicas instalações que sofreram<br />

com o temporal, como o Clube-Escola<br />

<strong>de</strong> Ténis <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, que viu a cobertura<br />

voar, ou a se<strong>de</strong> do <strong>Leiria</strong> e<br />

Marrazes, atingida por uma árvore.<br />

Muros caídos, como no Estádio Municipal<br />

da Marinha Gran<strong>de</strong>, janelas<br />

partidas, coberturas danificadas,<br />

como no Magalhães Pessoa, jogos e<br />

jogos adiados, o fim-<strong>de</strong>-semana foi<br />

mesmo para esquecer. Depois das<br />

limpezas feitas, o movimento associativo<br />

vai ter <strong>de</strong> continuar a mostrar<br />

resiliência e encarar <strong>de</strong> frente mais<br />

esta provação. MS


6 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Abertura<br />

Empresas<br />

com milhares<br />

<strong>de</strong> euros<br />

<strong>de</strong> prejuízos<br />

Contas à vida A activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> muitas<br />

empresas da região foi seriamente<br />

afectada. Os empresários ainda estão a<br />

contabilizar o montante dos prejuízos<br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />

raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Lojas e restaurantes fechados,<br />

estufas <strong>de</strong>struídas e empresas impossibilitadas<br />

<strong>de</strong> laboral foram<br />

os resultados do temporal que se<br />

abateu sobre a região e que provocou<br />

sérios impactos no tecido<br />

empresarial.<br />

Anteontem, à hora do fecho<br />

<strong>de</strong>sta edição, muitas empresas<br />

não tinham ainda conseguido voltar<br />

a trabalhar normalmente. Os<br />

prejuízos <strong>de</strong>verão ascen<strong>de</strong>r a largas<br />

<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> euros,<br />

mas poucos empresários os tinham<br />

já contabilizado.<br />

No grupo TJ o temporal causou<br />

estragos a vários níveis: telhados<br />

levantados, pinheiros que caíram<br />

e danificaram vedações e automóveis<br />

e inundações que estragaram<br />

equipamentos, conta João<br />

Faustino. O empresário da Marinha<br />

Gran<strong>de</strong> revela que as fábricas<br />

estiveram sem laborar normalmente<br />

dois dias e meio. Segunda-<br />

-feira foi possível instalar três geradores,<br />

alugados em Castelo<br />

Branco.<br />

Além <strong>de</strong>ste custo e dos estragos,<br />

o empresário fala nos prejuízos<br />

causados pelo facto <strong>de</strong> a produção<br />

estar parada. “Ainda não sei o<br />

montante total, mas serão largos<br />

milhares <strong>de</strong> euros. Temos seguro,<br />

não sei se irá cobrir tudo, mas espero<br />

que assegure pelo menos<br />

uma parte”.<br />

Foi à custa <strong>de</strong> geradores que<br />

muitos negócios e particulares<br />

conseguiram minimizar os impactos<br />

da falta <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong>. A<br />

corrida a estes equipamentos, que<br />

custam entre 100 e mil euros, fez<br />

com que esgotassem em várias lojas.<br />

“Mais houvesse e mais se<br />

vendia”, confirma fonte <strong>de</strong> um espaço<br />

em <strong>Leiria</strong>, acrescentando<br />

que também se ven<strong>de</strong>ram todas<br />

as lanternas a pilhas.<br />

A Famol<strong>de</strong> também foi afectada<br />

e os prejuízos <strong>de</strong>verão ser<br />

“consi<strong>de</strong>ráveis”. As máquinas estiveram<br />

paradas e está em risco o<br />

cumprimento dos prazos <strong>de</strong> entrega.<br />

Na Key Plastics, para não se<br />

correr o risco <strong>de</strong> não cumprir os<br />

prazos, os operários vão fazer horas<br />

extra no próximo fim-<strong>de</strong>-<br />

-semana, o que representa custos<br />

acrescidos para a empresa.<br />

Há ainda a contabilizar os prejuízos<br />

causados pelos micro-cortes<br />

que se registaram <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

reposta a electricida<strong>de</strong>, que obrigam<br />

a <strong>de</strong>itar fora todo o material<br />

que esteja nas linhas <strong>de</strong> pintura,<br />

por exemplo, explica o director<br />

fabril.<br />

Pedro Silva, da Parcigraf, diz<br />

que para já os prejuízos se situam<br />

entre os dois mil e os três<br />

mil euros. Três computadores já<br />

se estragaram, na segunda <strong>de</strong> manhã<br />

o pessoal teve <strong>de</strong> ser mandado<br />

para casa e os micro-cortes<br />

sentidos na terça-feira ameaçavam<br />

os equipamentos a laser, “ultra<br />

sensíveis, que precisam <strong>de</strong><br />

estabilida<strong>de</strong> na corrente”.<br />

“É um transtorno enormíssimo”,<br />

diz o empresário. “Vem um<br />

bocado <strong>de</strong> vento e as linhas eléctricas<br />

caem todas, isto é terceiro-<br />

-mundista”.<br />

600 pessoas em casa<br />

Na Martingança, à hora do fecho<br />

<strong>de</strong>sta edição, havia ainda boa<br />

parte da freguesia sem eletricida<strong>de</strong><br />

(que tinha falhado na sexta-<br />

-feira às 23 horas). O presi<strong>de</strong>nte<br />

da Junta <strong>de</strong> Freguesia estimava<br />

em 600 as pessoas dispensadas<br />

porque as empresas não podiam<br />

laborar.<br />

A Unifato teve <strong>de</strong> manter fechado<br />

o outlet do Alto do Vieiro durante<br />

todo o fim-<strong>de</strong>-semana, e ainda<br />

na segunda-feira. As lojas do<br />

centro da cida<strong>de</strong> tiveram <strong>de</strong> en-<br />

cerrar antes da hora no sábado. “É<br />

difícil contabilizar os prejuízos,<br />

mas são muitos, porque não só não<br />

se ven<strong>de</strong> como tem <strong>de</strong> se pagar aos<br />

funcionários”, diz José Caixeiro.<br />

Manuel Quiaios, proprietário<br />

do Quebra-Mar e do Casino, na<br />

Praia do Pedrógão, refere que os<br />

prejuízos são “enormes”. Além<br />

dos estragos causados pelo mau<br />

tempo, não pô<strong>de</strong> servir refeições<br />

e na segunda-feira ainda não fazia<br />

i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> quando conseguiria abrir<br />

os estabelecimentos. “Felizmente<br />

tenho seguro”.<br />

Em Caldas da Rainha, <strong>de</strong>z hectares<br />

<strong>de</strong> estufas <strong>de</strong> morango foram<br />

completamente <strong>de</strong>struídas, num<br />

prejuízo superior a um milhão <strong>de</strong><br />

euros e que coloca em risco 80<br />

empregos. “Isto é uma empresa<br />

familiar e neste momento não sabemos<br />

se conseguimos repor o<br />

investimento, até porque ainda<br />

estamos a pagar parte do empréstimo”,<br />

disse Sérgio Constantino<br />

à Lusa. Neste concelho houve<br />

ainda “graves prejuízos” em estufas<br />

<strong>de</strong> morangos, <strong>de</strong> outros produtos<br />

alimentares e <strong>de</strong> flores.<br />

Agricultura<br />

Germiplanta<br />

fortemente afectada<br />

As estufas da Germiplanta, em<br />

Monte Redondo, sofreram<br />

enormes estragos causados pelo<br />

mau tempo. Além <strong>de</strong>stes prejuízos,<br />

“que ainda não foram<br />

contabilizados”, há os <strong>de</strong>correntes<br />

da falta <strong>de</strong> comunicações, o que<br />

não lhes permite contactar os<br />

clientes. À hora do fecho <strong>de</strong>sta<br />

edição, a empresa estava há quatro<br />

dias sem electricida<strong>de</strong> e sem<br />

comunicações, segundo Diana<br />

Carvalho. A ministra da Agricultura<br />

já disse que os agricultores po<strong>de</strong>m<br />

recorrer ao PRODER e a linhas <strong>de</strong><br />

crédito bancário para pagar os<br />

prejuízos, mas não adiantou<br />

valores. “O que importa é que o<br />

Ministério actue rapidamente para<br />

que possamos produzir as plantas<br />

para os nossos clientes, não<br />

comprometendo as campanhas <strong>de</strong><br />

Primavera-Verão <strong>de</strong> todos aqueles<br />

que, como nós, queiram continuar<br />

a produzir”, diz Diana Carvalho.


FOTOS: RICARDO GRAÇA<br />

DR<br />

Parte do tecto<br />

do<br />

restaurante<br />

Quebra-Mar<br />

voou e partiu<br />

vidros do bar<br />

em frente, na<br />

Praia do<br />

Pedrógão,<br />

em <strong>Leiria</strong><br />

Geradores<br />

foram a bóia<br />

<strong>de</strong> salvação<br />

para muitos e<br />

esgotaram em<br />

várias lojas<br />

Inaugurada<br />

há mês e<br />

meio,<br />

cobertura da<br />

bancada da<br />

Aca<strong>de</strong>mia da<br />

União <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>, em<br />

Santa<br />

Eufémia ficou<br />

totalmente<br />

<strong>de</strong>struída<br />

Quem se<br />

atreveu a ir<br />

para a rua<br />

teve <strong>de</strong><br />

enfrentar<br />

chuva e<br />

ventos fortes<br />

No day after,<br />

os bombeiros<br />

não tiveram<br />

mãos a medir<br />

para<br />

respon<strong>de</strong>r aos<br />

pedidos da<br />

população<br />

Na Praça<br />

Rodrigues<br />

Lobo, em<br />

<strong>Leiria</strong>, a<br />

esplanada só<br />

não voou por<br />

estar presa a<br />

ca<strong>de</strong>ado<br />

Estufas da<br />

Germiplanta<br />

ficaram<br />

parcialmente<br />

<strong>de</strong>struídas<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 7<br />

DR


8 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Abertura<br />

Temporal provoca caos na região<br />

Mau tempo Poucas horas bastaram para criar o caos no País. O distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> foi um dos mais<br />

afectados pelo mau tempo do fim-<strong>de</strong>-semana, levando ao corte <strong>de</strong> energia, água e telecomunicações.<br />

Elisabete Cruz<br />

elisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Mais <strong>de</strong> 800 ocorrências foram registadas<br />

pelo Comando Distrital <strong>de</strong><br />

Operações <strong>de</strong> Socorro (CDOS) <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

entre sexta-feira e terça-feira. O balanço<br />

final ainda não está feito, mas<br />

Sérgio Gomes, comandante distrital<br />

da Protecção Civil <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, refere que<br />

as chamadas foram muitas, mas sem<br />

registo <strong>de</strong> feridos com gravida<strong>de</strong>.<br />

“Houve pequenos inci<strong>de</strong>ntes, com algumas<br />

pessoas a serem transportadas<br />

ao hospital, mas mais por uma questão<br />

<strong>de</strong> precaução”, revela.<br />

Das ocorrências registadas, Sérgio<br />

Gomes aponta a queda <strong>de</strong> árvores,<br />

postes e cabos <strong>de</strong> alta e média tensão<br />

como as situações mais relatadas,<br />

tendo-se ainda registado algumas<br />

inundações e danos em coberturas <strong>de</strong><br />

edifícios. A zona Centro foi a mais atingida<br />

pelos ventos na or<strong>de</strong>m dos 140<br />

quilómetros por hora e pela chuva forte.<br />

A falta <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong> levou ao<br />

corte no abastecimento <strong>de</strong> água, uma<br />

vez que, sem energia, as bombas <strong>de</strong>ixaram<br />

<strong>de</strong> funcionar, e à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

comunicações móveis e fixas.<br />

Fonte do Instituto Português do<br />

Mar e da Atmosfera (IPMA) disse à<br />

agência Lusa que o mau tempo foi um<br />

fenómeno raro <strong>de</strong> Inverno. "O que<br />

aconteceu na madrugada <strong>de</strong> sextafeira<br />

para sábado foi a passagem <strong>de</strong><br />

uma <strong>de</strong>pressão muito cavada pelo<br />

norte do território do continente",<br />

afirmou, referindo tratar-se <strong>de</strong> um<br />

processo que os meteorologistas <strong>de</strong>signam<br />

tecnicamente por "ciclogénese<br />

explosiva".<br />

O vento forte levou a que dois remates<br />

<strong>de</strong> pináculo, um da fachada do<br />

portal principal, outro da fachada da<br />

porta lateral, do Mosteiro <strong>de</strong> Santa Maria<br />

da Vitória, na Batalha, caíssem. Um<br />

dos remates pesava cerca <strong>de</strong> cem<br />

quilos, segundo disse o director Pedro<br />

Redol, justificando a queda, “exclusivamente,<br />

pelo mau tempo e muito<br />

Apicer avança com queixa contra EDP e REN<br />

Apenas os seguros po<strong>de</strong>m valer a quem teve prejuízos<br />

❚ Depois da tempesta<strong>de</strong>, a bonança<br />

não traz boas notícias para quem viu<br />

as suas casas e automóveis danificados<br />

por árvores que caíram, mesmo<br />

que, antes do temporal, tenham avisado<br />

os proprietários para as cortar. O<br />

mesmo vale para as empresas cuja activida<strong>de</strong><br />

ficou paralisada pela falta <strong>de</strong><br />

electricida<strong>de</strong> e água.Só um seguro específico<br />

contra <strong>de</strong>sastres naturais<br />

po<strong>de</strong> valer a quem foi prejudicado<br />

Fenómeno é comparável ao que aconteceu em 2009 no Oeste<br />

provavelmente por causa <strong>de</strong> uma rajada<br />

<strong>de</strong> vento muito localizada”.<br />

Na Praia do Pedrógão, em <strong>Leiria</strong>, o<br />

areal substituiu o asfalto, que ficou coberto<br />

<strong>de</strong> dunas, apenas transitável a<br />

pé ou com veículos todo-o-terreno. O<br />

bar <strong>de</strong> praia Quebra-Mar sofreu com<br />

a fúria do vento, que enviou parte da<br />

pela falta <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong> ou queda <strong>de</strong><br />

árvores provocadas pelo mau tempo.<br />

A lei <strong>de</strong>sresponsabiliza a EDP, particulares<br />

e autarquias nestes casos.<br />

Porquê? Porque se tratou <strong>de</strong> um caso<br />

“fortuito ou <strong>de</strong> força maior”. A lista <strong>de</strong><br />

eventos que prefiguram estas situações<br />

inclui greves gerais, incêndios,<br />

terramotos, inundações, <strong>de</strong>scargas<br />

atmosféricas directas, sabotagens,<br />

intervenção <strong>de</strong> terceiros e... ventos <strong>de</strong><br />

RICARDO GRAÇA<br />

cobertura contra o estabelecimento <strong>de</strong><br />

restauração em frente.<br />

Na freguesia <strong>de</strong> Colmeias, a queda<br />

<strong>de</strong> árvores também danificou habitações.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da junta, Artur<br />

Santos, criticou os proprietários que<br />

ignoraram os sucessivos alertas para<br />

cortar árvores sinalizadas como es-<br />

intensida<strong>de</strong> excepcional. O Código Civil<br />

Português refere ainda que, para<br />

que houvesse uma compensação,<br />

teria <strong>de</strong> haver um nexo <strong>de</strong> causalida<strong>de</strong><br />

entre o facto e o dano. Ora, um<br />

evento da natureza não po<strong>de</strong> ser imputado<br />

a mais ninguém que à providência<br />

divina. Em suma, segundo a<br />

EDP, cerca <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> pessoas<br />

ficaram às escuras e <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> milhar<br />

tiveram prejuízos ainda não<br />

Os números<br />

140<br />

quilómetros por hora foi a<br />

velocida<strong>de</strong> do vento registada<br />

em algumas zonas<br />

19<br />

metros foi a altura das ondas<br />

registadas pelo Instituto<br />

Hidrográfico na praia da Nazaré<br />

3000<br />

é o número aproximado <strong>de</strong><br />

alunos que não teve aulas em<br />

toda a região, <strong>de</strong>vido às<br />

consequências do mau tempo<br />

tando em risco. “Há mais <strong>de</strong> três ou<br />

quatro anos que temos insistido com<br />

as pessoas. Algumas já foram multadas,<br />

mas nem assim cumpriram. Agora,<br />

as vítimas po<strong>de</strong>rão mover processos<br />

judiciais contra os proprietários”,<br />

refere Artur Santos.<br />

A agitação marítima no concelho da<br />

Nazaré provocou ondas <strong>de</strong> 19 metros,<br />

segundo registo dos equipamentos do<br />

Instituto Hidrográfico. A força das vagas<br />

<strong>de</strong>struiu por completo o estendal<br />

do peixe seco na praia e galgou a marginal,<br />

causando danos em diversas lojas.<br />

O farol do molhe norte do Porto <strong>de</strong><br />

Abrigo da Nazaré ficou inutilizado, o<br />

que levou a autarquia a solicitar às entida<strong>de</strong>s<br />

competentes a “rápida e ur-<br />

quantificados, mas quem não tem um<br />

seguro dificilmente será ressarcido<br />

dos danos causados pela falta <strong>de</strong><br />

electricida<strong>de</strong> ou pela queda <strong>de</strong> árvores<br />

e <strong>de</strong> outros objectos. Mas a Associação<br />

Portuguesa da Indústria <strong>de</strong><br />

Cerâmica (Apicer) não se conforma<br />

com esta situação e vai fazer uma<br />

queixa junto da EDP Distribuição e<br />

junto da REN - Re<strong>de</strong>s Energéticas Nacionais,<br />

alegando que os prejuízos po-<br />

gente reparação” daquele equipamento,<br />

que acabou por cair ontem ao<br />

mar.<br />

A queda <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> árvores tornou<br />

as estradas da região quase intransitáveis.<br />

Um dos pontos mais<br />

problemáticos foi a EN 8-5, na Fervença,<br />

Alcobaça,que esteve encerrada<br />

ao tráfego automóvel durante<br />

quase todo o dia <strong>de</strong> sábado. Também<br />

a EN242, que liga <strong>Leiria</strong> à Marinha<br />

Gran<strong>de</strong>, chegou a estar condicionada<br />

<strong>de</strong>vido à queda <strong>de</strong> árvores, assim<br />

como a Auto-Estrada 1, entre Pombal<br />

e Con<strong>de</strong>ixa.<br />

Milhares <strong>de</strong> alunos sem aulas<br />

Em toda a região, milhares <strong>de</strong> alunos<br />

ficaram sem aulas <strong>de</strong>vido a danos,<br />

falta <strong>de</strong> água e luz, pelo menos dois<br />

dias. “Voou parte da cobertura do telhado,<br />

o que nos obrigou a interditar<br />

meta<strong>de</strong> do refeitório. Conseguimos<br />

tapá-lo, para evitar que chova cá <strong>de</strong>ntro,<br />

mas é uma situação provisória”,<br />

adianta Pedro Biscaia, director da Escola<br />

Secundária Afonso Lopes Vieira,<br />

em <strong>Leiria</strong>, que foi obrigado a encerrar<br />

a escola, na segunda-feira, por falta <strong>de</strong><br />

água. Na terça-feira, ainda estavam<br />

encerrados 17 estabelecimentos <strong>de</strong> ensino<br />

no concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, prejudicando<br />

2300 alunos.<br />

Em Caldas da Rainha, danos na Escola<br />

Secundária Bordalo Pinheiro<br />

afectaram cerca <strong>de</strong> 900 alunos. Vários<br />

jardins <strong>de</strong> infância e escolas no concelho<br />

<strong>de</strong> Pombal estiveram fechados,<br />

<strong>de</strong>ixando sem aulas mais <strong>de</strong><br />

1200 jovens.<br />

As corporações dos Bombeiros Municipais,<br />

Voluntários <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Maceira<br />

e Ortigosa forneceram água a instituições,<br />

como lares e centros <strong>de</strong> dia,<br />

estabelecimentos <strong>de</strong> ensino e pecuárias,<br />

que ficaram com o abastecimento<br />

interrompido na sequência<br />

do mau tempo. À hora do fecho do<br />

JORNAL DE LEIRIA ainda existiam localida<strong>de</strong>s<br />

da região sem abastecimento<br />

<strong>de</strong> água e electricida<strong>de</strong>.<br />

<strong>de</strong>riam ser consi<strong>de</strong>ravelmente menores,<br />

se cumprissem a legislação<br />

em vigor. O vice-presi<strong>de</strong>nte da Apicer<br />

e director-geral da Matcerâmica, Marcelo<br />

Sousa, afirma que a lei impõe<br />

uma distância <strong>de</strong> segurança entre as<br />

árvores e os cabos <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong>. A<br />

responsabilida<strong>de</strong>, aponta, é da EDP,<br />

que distribui, mas também da REN,<br />

que <strong>de</strong>veria garantir o fornecimento<br />

sem interrupções. JSD e DFS


10 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Entrevista<br />

Rui Crespo O porta-voz da Comissão <strong>de</strong> Ambiente e<br />

Defesa da Ribeira dos Milagres aponta o <strong>de</strong>do ao presi<strong>de</strong>nte<br />

da Associação <strong>de</strong> Suinicultores <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e ao po<strong>de</strong>r político,<br />

local e central, que tem permitido arrastar o problema da<br />

poluição suinícola<br />

“David Neves <strong>de</strong>via<br />

ser afastado<br />

do processo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>spoluição”<br />

Maria Anabela Silva<br />

anabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Na sequência das <strong>de</strong>scargas registadas<br />

nos últimos dias, a<br />

Comissão <strong>de</strong> Ambiente e Defesa<br />

da Ribeira dos Milagres anunciou<br />

que irá promover uma campanha<br />

<strong>de</strong> boicote à carne <strong>de</strong> porco. É o último<br />

recurso?<br />

É quase um último recurso. Admito<br />

que esta posição <strong>de</strong> força<br />

acabe por penalizar fundamentalmente<br />

os suinicultores cumpridores<br />

e responsáveis por talhos,<br />

por quem tenho muito respeito.<br />

A campanha valerá mais<br />

pelo efeito mediático do que pelas<br />

consequências práticas. Tendo<br />

em conta a situação económica<br />

das famílias, as pessoas não se<br />

interessarão muito se a carne é<br />

produzida na região ou em Espanha.<br />

O importante será o preço. O<br />

objectivo passará por chamar para<br />

a nossa causa alguns agentes económicos<br />

prejudicados pelas <strong>de</strong>scargas<br />

e que muito terão a ganhar<br />

com a resolução do problema.<br />

Gostávamos que esses agentes<br />

pu<strong>de</strong>ssem anunciar que, durante<br />

um <strong>de</strong>terminado período, não<br />

consumiriam carne <strong>de</strong> porco da região.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Associação <strong>de</strong><br />

Suinicultores <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, David<br />

Neves, consi<strong>de</strong>rou a i<strong>de</strong>ia um<br />

“disparate”.<br />

Outra coisa não seria <strong>de</strong> esperar.<br />

Nunca teremos qualquer apoio<br />

do senhor David Neves, que sempre<br />

fez parte do problema. A senhora<br />

ministra <strong>de</strong>via pôr os olhos<br />

na pessoa em causa, que já <strong>de</strong>u<br />

provas da sua incompetência. A<br />

bem do projecto <strong>de</strong> <strong>de</strong>spoluição e<br />

da construção da ETES, David Neves<br />

<strong>de</strong>via ser afastado do processo.<br />

Ele está ligado à produção <strong>de</strong><br />

carne e <strong>de</strong> rações e ao transporte<br />

e tratamento <strong>de</strong> efluentes. Interessa-lhe<br />

protelar a situação.<br />

Depois <strong>de</strong> um período sem chuva<br />

e com a previsão <strong>de</strong> pluviosida<strong>de</strong>,<br />

as <strong>de</strong>scargas dos últimos dias<br />

eram previsíveis. As forças poli-<br />

ciais pecaram por inércia?<br />

A fiscalização <strong>de</strong>via ter ido em<br />

força para a ribeira. A GNR <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

tem apenas dois elementos<br />

com equipamento a<strong>de</strong>quado para<br />

andar <strong>de</strong>ntro da ribeira, o que é<br />

manifestamente pouco. Devia haver<br />

maior presença fiscalizadora,<br />

nomeadamente junto das suiniculturas,<br />

mas há explorações on<strong>de</strong><br />

a fiscalização nunca vai. Entre os<br />

Pinheiros e os Marrazes há suiniculturas<br />

que, praticamente todos<br />

os dias, lançam efluentes nos cursos<br />

<strong>de</strong> água sem qualquer tipo <strong>de</strong><br />

pudor ou <strong>de</strong> receio. Há suiniculturas<br />

com condutas directas a <strong>de</strong>spejar<br />

para a ribeira. Algumas já foram<br />

<strong>de</strong>tectadas pelas força <strong>de</strong> segurança<br />

e retiradas, mas nada nos<br />

garante que não tenham sido instaladas<br />

<strong>de</strong> novo. Há suinicultores<br />

que adquiriram terrenos entre as<br />

explorações e a ribeira para vedarem<br />

o espaço e impedirem que as<br />

autorida<strong>de</strong>s entrem livremente.<br />

O rio tem <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> metros on<strong>de</strong><br />

não se vê a água <strong>de</strong>vido à <strong>de</strong>nsi-<br />

Amante da pesca<br />

Defensor da ribeira<br />

Rui Crespo nasceu e vive a cerca<br />

<strong>de</strong> 400 metros da Ribeira dos<br />

Milagres, on<strong>de</strong> diz ter passado<br />

alguns dos momentos mais<br />

felizes da sua infância e<br />

juventu<strong>de</strong>, a pescar e a tomar<br />

banho. “Fui felicíssimo na<br />

ribeira”, confessa Rui Crespo,<br />

que há cerca <strong>de</strong> sete anos<br />

assumiu o comando da<br />

Comissão <strong>de</strong> Ambiente e Defesa<br />

da Ribeira dos Milagres,<br />

fundada por José Carlos Faria, a<br />

quem o actual porta-voz da<br />

comissão presta “a maior<br />

homenagem” pelo seu empenho<br />

nesta causa. Depois <strong>de</strong> uma<br />

carreira profissional como<br />

administrativo, Rui Crespo, 57<br />

anos, está em situação <strong>de</strong> pré-<br />

-reforma. Casado e pai <strong>de</strong> dois<br />

filhos, nos tempos livres gosta<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportos ao ar livre, como<br />

caça e pesca.<br />

da<strong>de</strong> da vegetação. É uma situação<br />

conveniente para os suinicultores,<br />

porque serve para ocultar focos<br />

poluidores.<br />

Parece-lhe, então, aceitável o argumento<br />

das forças <strong>de</strong> segurança,<br />

que alegam que não é fácil i<strong>de</strong>ntificar<br />

a origem das <strong>de</strong>scargas?<br />

Reconheço essa dificulda<strong>de</strong>, assim<br />

como as questões legais que impõem<br />

que apenas o flagrante <strong>de</strong>lito<br />

conte. Em <strong>de</strong>terminado momento<br />

há uma alteração ao caudal<br />

da água, numa zona on<strong>de</strong> há uma<br />

suinicultura, mas porque a exploração<br />

já não está a lançar ao rio<br />

não se consi<strong>de</strong>ra flagrante. Há casos<br />

<strong>de</strong> tractores que <strong>de</strong>spejam na<br />

ribeira, mas isso também acontece<br />

por falta <strong>de</strong> controlo. Se as autorida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>tectam um tractor<br />

com um <strong>de</strong>pósito têm <strong>de</strong> apurar o<br />

que leva e on<strong>de</strong> vai <strong>de</strong>spejar.<br />

Na sequência das últimas <strong>de</strong>scargas<br />

falou na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> endurecer<br />

a luta. Além do boicote à<br />

carne <strong>de</strong> porco, que medidas estão<br />

a ser equacionadas?


Há uma inércia muito gran<strong>de</strong> dos<br />

políticos e dos agentes turísticos locais.<br />

Não percebo como é que Monte<br />

Real, cujo turismo é bastante<br />

prejudicado pelo problema, nunca<br />

tentou uma aproximação à comissão.<br />

Só iria tirar divi<strong>de</strong>ndos se se<br />

juntasse a nós nesta pressão. Falo<br />

<strong>de</strong> Monte Real, mas também posso<br />

incluir Marinha Gran<strong>de</strong> e Vieira<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Vamos tentar trazer para<br />

a nossa causa outras forças da socieda<strong>de</strong>,<br />

nomeadamente do turismo.<br />

As praias da Vieira e <strong>de</strong> São Pedro<br />

<strong>de</strong> Moel e aquelas que ficam<br />

entre São Pedro e Nazaré sofrem<br />

com as <strong>de</strong>scargas. Gosto particularmente<br />

da Vieira, on<strong>de</strong> passei<br />

muitas férias, mas, pelo conhecimento<br />

que tenho do problema,<br />

não me atrevo a molhar os pés naquela<br />

praia. Já houve situações<br />

em que as <strong>de</strong>scargas violentas na<br />

ribeira tiveram efeitos visíveis na<br />

praia, mas faltou coragem às entida<strong>de</strong>s<br />

para a interditar a banhos. Já<br />

houve análises à água da ribeira<br />

com valores perigosos, comunica-<br />

dos à câmara, que os ignorou.<br />

Quem é o principal responsável<br />

pelo arrastar do problema?<br />

Sem dúvida, o po<strong>de</strong>r político, quer<br />

o Governo quer os sucessivos presi<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> câmara. Uma posição<br />

<strong>de</strong> força da câmara obrigaria as entida<strong>de</strong>s<br />

policiais a uma actuação<br />

diferente. A autarquia <strong>de</strong>via também<br />

fazer uma pressão maior junto<br />

do po<strong>de</strong>r central. Por outro<br />

lado, os ministros e os secretários<br />

<strong>de</strong> Estado não po<strong>de</strong>m andar sucessivamente<br />

a atribuir responsabilida<strong>de</strong>s<br />

aos anteriores. Se o<br />

processo está assim tão complicado,<br />

que se comece do zero. O arrastar<br />

do problema <strong>de</strong>ve-se também<br />

à incompetência das entida<strong>de</strong>s<br />

envolvidas, com sucessivos falhanços.<br />

Que interesses estão por <strong>de</strong>trás<br />

dos sucessivos entraves criados<br />

ao processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>spoluição?<br />

Os vários organismos envolvidos<br />

nesta questão (Ambilis, Recilis,<br />

Associação <strong>de</strong> Suinicultores e produtores<br />

<strong>de</strong> carne e <strong>de</strong> rações) es-<br />

tão todos interligados. Há pessoas<br />

com responsabilida<strong>de</strong>s nos<br />

vários sectores, o que é prejudicial<br />

ao processo. Criou-se um circulo<br />

fechado, que vai empurrando as<br />

situações <strong>de</strong> um lado ou para o outro,<br />

dispersando as responsabilida<strong>de</strong>s.<br />

É preciso mudar os protagonistas<br />

e que apareça gente com<br />

novas i<strong>de</strong>ias e mentalida<strong>de</strong>s. Caso<br />

contrário, os actuais 'actores' do<br />

sector vão tentar arrastar o processo<br />

o tempo que for possível.<br />

A ministra do Ambiente, que foi<br />

<strong>de</strong>putada eleita por <strong>Leiria</strong>, tem<br />

afirmado que há a “intenção<br />

clara” da tutela em resolver <strong>de</strong><br />

vez o problema dos efluentes<br />

suinícolas. Acredita nisso?<br />

Não acredito, porque essas promessas<br />

já foram feitas muitas vezes.<br />

No passado houve anúncio <strong>de</strong><br />

medidas, <strong>de</strong> projectos e <strong>de</strong> parcerias<br />

que não <strong>de</strong>ram em nada.<br />

Gastou-se muito dinheiro em estudos<br />

e projectos sem quaisquer<br />

resultados. Desapareceu dinheiro.<br />

Este era um caso <strong>de</strong> polícia, mas,<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 11<br />

RICARDO GRAÇA<br />

provavelmente, aconteceria como<br />

noutros casos em que as investigações<br />

não chegam a conclusão<br />

nenhuma. A ETES prevista custará<br />

cerca <strong>de</strong> 17 milhões <strong>de</strong> euros e<br />

a ministra anunciou a disponibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fundos comunitários<br />

para suportar <strong>de</strong>z milhões. O restante<br />

tem <strong>de</strong> ser, obrigatoriamente,<br />

suportado pelos suinicultores.<br />

É o único sector que conheço<br />

que, apesar <strong>de</strong> não cumprir<br />

com os requisitos, continua a funcionar.<br />

Em muitos casos, as suiniculturafuncionam<br />

em instalações<br />

ilegais, sem licenciamento<br />

nem condições físicas para os animais<br />

nem <strong>de</strong> tratamento dos<br />

efluentes.<br />

Está <strong>de</strong>siludido com a ministra do<br />

Ambiente?<br />

Cheguei a acreditar que a ministra,<br />

conhecedora do problema,<br />

pu<strong>de</strong>sse contribuir para a sua resolução.<br />

Mas, está a ser uma <strong>de</strong>cepção,<br />

<strong>de</strong>ixando arrastar a situação<br />

e anunciando medidas que<br />

não irão resultar.<br />

Tempos <strong>de</strong> juventu<strong>de</strong><br />

“Fui felicíssimo<br />

na ribeira”<br />

❚ Acredita que vai voltar a pescar na<br />

Ribeira dos Milagres como nos seus<br />

tempos <strong>de</strong> juventu<strong>de</strong>?<br />

Nunca <strong>de</strong>vemos dizer nunca. Em Viseu,<br />

existe um rio que, há cerca <strong>de</strong> 15<br />

anos, estava completamente poluído<br />

e sem vida e que hoje tem trutas. Tenho<br />

poucas esperanças que essa regeneração<br />

venha a acontecer na Ribeira<br />

dos Milagres. O meu filho, que tem 12<br />

anos, às vezes pergunta-me se um dia<br />

po<strong>de</strong>rá tomar banho na ribeira como<br />

eu fiz. Uma das coisas que mais prazer<br />

me dava seria que ele pu<strong>de</strong>sse disfrutar<br />

da ribeira como eu e os meus amigos<br />

disfrutámos quando tínhamos a<br />

sua ida<strong>de</strong>. Fui felicíssimo na ribeira.<br />

Pescávamos, tomávamos banho e fazíamos<br />

petiscos com os peixes que apanhávamos.<br />

Há cerca <strong>de</strong> 40 ou 45 anos<br />

bebi água da ribeira. Gostava que o<br />

meu filho um dia pu<strong>de</strong>sse fazer o<br />

mesmo, mas começo ficar <strong>de</strong>scrente.<br />

Face às posições que tem tomado alguma<br />

vez temeu pela sua segurança?<br />

O meu envolvimento nesta luta têm-<br />

-me trazido algumas inimiza<strong>de</strong>s e já<br />

recebi chamadas telefónicas, que<br />

chamo <strong>de</strong> 'manhosas'. Deixei <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r<br />

chamadas <strong>de</strong> números privados.<br />

Já disse publicamente que, se alguma<br />

coisa <strong>de</strong> anormal me acontecer, <strong>de</strong>verão<br />

começar as investigações por algumas<br />

empresas relacionadas com a<br />

questão da poluição da ribeira. Posso<br />

perceber que, em <strong>de</strong>sespero <strong>de</strong><br />

causa, algumas pessoas me atribuam<br />

responsabilida<strong>de</strong>s por coisas menos<br />

boas que lhes aconteçam. Mas, se isso<br />

acontece, é porque são incumpridores.<br />

Espero que respeitem a minha família.<br />

Se alguma coisa <strong>de</strong> mal lhe<br />

acontecer levarei até ao último minuto<br />

da minha vida para i<strong>de</strong>ntificar<br />

e responsabilizar os culpados.<br />

Em <strong>de</strong>staque<br />

Se alguma coisa<br />

<strong>de</strong> anormal me<br />

acontecer,<br />

<strong>de</strong>verão começar<br />

as investigações<br />

por algumas<br />

empresas<br />

relacionadas<br />

com a questão<br />

da poluição da<br />

ribeira


12 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Socieda<strong>de</strong><br />

Descrença nos partidos estimula<br />

candidaturas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

Eleições Apresentado publicamente no dia 18, o movimento cívico + Concelho da Marinha Gran<strong>de</strong> vai<br />

concorrer às próximas autárquicas. São já três as candidaturas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes anunciadas na região<br />

Movimento + Concelho da Marinha Gran<strong>de</strong> foi apresentado publicamente na semana passada<br />

Maria Anabela Silva com DFS<br />

anabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Numa fase em que a confiança dos<br />

portugueses nos partidos políticos já<br />

conheceu melhores dias, como revelou<br />

o estudo Barómetro da Qualida<strong>de</strong><br />

da Democracia, divulgado no<br />

ano passado e, segundo o qual, quase<br />

meta<strong>de</strong> dos inquiridos disse não se<br />

sentir representado pelos partidos, há<br />

espaço para o surgimento <strong>de</strong> movimentos<br />

cívicos e candidaturas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.<br />

Da autoria <strong>de</strong> investigadores do Instituto<br />

<strong>de</strong> Ciências Sociais da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Lisboa, aquele estudo concluía<br />

isso mesmo, com os inquiridos<br />

a respon<strong>de</strong>rem que, <strong>de</strong>pois do Presi<strong>de</strong>nte<br />

da República, são os movimentos<br />

cívicos que melhor voz dão<br />

às suas preocupações, à frente dos<br />

partidos e dos sindicatos.<br />

A nível nacional houve já algumas<br />

experiências <strong>de</strong> candidaturas<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, como a entrada<br />

na corrida à Presidência da República<br />

<strong>de</strong> Fernando Nobre, que, em<br />

2011, conseguiu mais <strong>de</strong> 14% dos<br />

votos. O médico acabaria por <strong>de</strong>sbaratar<br />

um pouco o capital <strong>de</strong> confiança<br />

conseguido com essa candidatura<br />

quando encabeçou a lista<br />

do PSD por Lisboa nas últimas legislativas<br />

e se viu envolvido na<br />

confusão em torno da presidência<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Milei em<br />

“banho-maria”<br />

Constituído em 2009,<br />

sobretudo por pessoas vindas<br />

do CDS-PP, on<strong>de</strong> se inclui<br />

Isabel Gonçalves, vereadora na<br />

Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, o Milei<br />

(Movimento In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte por<br />

<strong>Leiria</strong>) tem a sua activida<strong>de</strong><br />

política em “banho-maria”.<br />

Quem o diz é Ana Paula Silva,<br />

que integrou o núcleo<br />

fundador do movimento e que<br />

foi eleita <strong>de</strong>putada na<br />

Assembleia Municipal <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>, como in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte nas<br />

listas do PSD. “A parte política<br />

do Milei está adormecida.<br />

Ainda não reunimos em<br />

assembleia para <strong>de</strong>cidir se<br />

haverá candidaturas nas<br />

próximas autárquicas”, diz a<br />

autarca, que foi militante do<br />

CDS-PP durante 18 anos, mas<br />

que acredita que “será pelos<br />

movimentos cívicos que, cada<br />

vez mais, se po<strong>de</strong>rá fazer a<br />

gestão da coisa pública”. “Nos<br />

partidos estamos mais presos à<br />

disciplina partidária. Sinto-me<br />

mais confortável e muito mais<br />

liberta na posição <strong>de</strong><br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte”, confessa.<br />

da Assembleia da República.<br />

A nível autárquico tem havido<br />

também algumas candidaturas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,<br />

a maioria protagonizada<br />

por 'dissi<strong>de</strong>ntes' dos partidos,<br />

como foi o caso <strong>de</strong> Isaltino Morais, Valentim<br />

Loureiro e Fátima Felgueiras.<br />

Na região, <strong>de</strong>pois da experiência<br />

em <strong>Leiria</strong> do Milei (Movimento In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

por <strong>Leiria</strong>) nas autárquicas<br />

<strong>de</strong> 2009, e <strong>de</strong> Hél<strong>de</strong>r Roque,<br />

em 2002, há já três candidaturas ditas<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes anunciadas para as<br />

eleições <strong>de</strong>ste ano: Vítor Frazão (Ourém),<br />

António Trinda<strong>de</strong> (Nazaré) e +<br />

Concelho da Marinha Gran<strong>de</strong>, um<br />

movimento cívico que preten<strong>de</strong> conquistar<br />

a câmara da cida<strong>de</strong> vidreira.<br />

Apresentado publicamente na semana<br />

passada, aquele movimento<br />

<strong>de</strong>fine-se como “abrangente e pluralista,<br />

multipartidário, não i<strong>de</strong>ológico<br />

e <strong>de</strong>scomprometido com a governação<br />

concelhia presente ou do<br />

passado”. “Os partidos estão longe da<br />

sua comunida<strong>de</strong>, são dogmáticos e<br />

movem-se, muitas vezes, por razões<br />

pouco nobres e interesses estranhos.<br />

É preciso refundá-los e introduzir-<br />

-lhes o povo. E chamar à política todos<br />

os bem intencionados para sairmos<br />

vencedores”, afirmou Carlos<br />

Logrado, um dos fundadores do +<br />

Concelho da Marinha Gran<strong>de</strong>, durante<br />

a apresentação do movimento.<br />

Na ocasião, foram explicados os objectivos<br />

<strong>de</strong>ste “grupo <strong>de</strong> cidadãos<br />

eleitores”, que surgiu para “ser um<br />

veículo privilegiado da intervenção cívica<br />

dos munícipes e que preten<strong>de</strong> assentar<br />

a sua acção num “mo<strong>de</strong>lo<br />

participativo”, envolvendo associações,<br />

clubes empresas e autarcas (actuais<br />

e antigos) na discussão <strong>de</strong> um<br />

programa para o concelho.<br />

Movimentos po<strong>de</strong>m<br />

ajudar partidos<br />

“Começam a surgir sinais <strong>de</strong> movimentos<br />

da socieda<strong>de</strong> que querem<br />

chegar à política sem ser pela via dos<br />

partidos”, nota José A<strong>de</strong>lino Maltez,<br />

politólogo, que acredita que, se esses<br />

movimentos forem além dos “falsos<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte que aparecem na sequência<br />

<strong>de</strong> tricas entre as comissões<br />

locais dos partidos”, po<strong>de</strong>m ser um<br />

“excelente sinal <strong>de</strong> revitalização da<br />

<strong>de</strong>mocracia”. Esse é também o entendimento<br />

<strong>de</strong> José Leite Viegas, sociólogo,<br />

que consi<strong>de</strong>ra a emergência<br />

<strong>de</strong> grupos cívicos “salutar para a<br />

vida dos partidos, ajudando-os a reflectir<br />

sobre a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diálogo<br />

com os eleitores”.<br />

Cabeça-<strong>de</strong>-lista do PSD à Câmara<br />

<strong>de</strong> Ourém em 2009, Vítor Frazão vai<br />

concorrer agora sem o apoio do partido.<br />

“Avanço porque elementos do<br />

PSD local me rejeitaram e não aceitaram<br />

as minhas propostas para o<br />

DANIELA FRANCO SOUSA<br />

próximo acto eleitoral. Concorro,<br />

ainda, porque sinto apoio popular, coragem<br />

e serieda<strong>de</strong> para levar por<br />

diante um projeto vencedor que promova<br />

e <strong>de</strong>senvolva o concelho”, explica.<br />

Vítor Frazão diz estar consciente<br />

das “gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s” da candidatura,<br />

“por se tratar do nascimento<br />

dum movimento cívico pela<br />

primeira vez em Ourém”, mas assegura<br />

que está “preparado para as<br />

enfrentar com uma equipa formada<br />

por todos os oureenses que pretendam<br />

apoiar esta candidatura, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

da sua matriz política”.<br />

E revela que, “a campanha<br />

será humil<strong>de</strong>, sem aparatos e alicerçada<br />

num programa que dignifique<br />

Ourém e os oureenses”.<br />

Foi como in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte que António<br />

Trinda<strong>de</strong> chegou à presidência<br />

da Junta da Nazaré e <strong>de</strong>pois a vereador<br />

na câmara. Nas últimas autárquicas,<br />

integrou a lista do PS, mas prepara-se<br />

para voltar à condição <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte,<br />

com uma candidatura à<br />

Câmara da Nazaré. “Sinto-me mais livre<br />

como in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. Irei sempre<br />

ser uma pessoa rebel<strong>de</strong> e que não se<br />

inibe <strong>de</strong> contrariar as orientações<br />

partidárias, se isso for contra os meus<br />

princípios e orientações”, afirma , frisando,<br />

no entanto, que durante a<br />

sua experiência partidária “nunca”<br />

sentiu restrições à sua acção política.


Socieda<strong>de</strong><br />

Tinta Ferreira e Hugo Oliveira<br />

Concelhia e distrital aprovam nome <strong>de</strong> Tinta Ferreira<br />

Confusão instalada na escolha<br />

do candidato à Câmara <strong>de</strong> Caldas<br />

Maria Anabela Silva<br />

anabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Está instalada a confusão na escolha<br />

do candidato do PSD à Câmara <strong>de</strong><br />

Caldas da Rainha. O nome do vereador<br />

Tinta Ferreira já foi aprovado<br />

pela concelhia e pela distrital, mas<br />

Hugo Oliveira, que também integra o<br />

executivo, não se conforma com o facto<br />

<strong>de</strong> os militantes não terem sido chamados<br />

a pronunciarem-se sobre a<br />

escolha.<br />

Na semana passada, Hugo Oliveira<br />

entregou ao presi<strong>de</strong>nte da Assembleia<br />

<strong>de</strong> Secção da concelhia uma petição,<br />

subscrita por cerca <strong>de</strong> 260 militantes,<br />

“o dobro das assinaturas necessárias”,<br />

a pedir a convocação <strong>de</strong> um plenário.<br />

No entanto, ainda sem <strong>de</strong>cisão<br />

daquele órgão, a distrital aprovou, na<br />

segunda-feira, o nome <strong>de</strong> Tinta Ferreira.<br />

Em reacção, Hugo Oliveira enviou<br />

às comissões nacional e distrital<br />

um pedido para a convocação <strong>de</strong><br />

eleições para a concelhia, alegando<br />

que a estrutura “está sem mandato<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> Novembro”. E, se o pedido<br />

for atendido, Hugo Oliveira garante<br />

que entrará na corrida à li<strong>de</strong>rança da<br />

concelhia.<br />

“É preciso que haja eleições para legitimar<br />

qualquer <strong>de</strong>cisão que a concelhia<br />

tome”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o vereador do<br />

PSD, que consi<strong>de</strong>ra que a aprovação<br />

do nome <strong>de</strong> Tinta Ferreira pela distrital<br />

é “no mínimo extemporânea e<br />

precipitada”, uma vez que está ainda<br />

pen<strong>de</strong>nte o pedido para a convocação<br />

do plenário. “Nada me move contra os<br />

meus colegas <strong>de</strong> vereação ou contra<br />

o presi<strong>de</strong>nte da câmara e da concelhia.<br />

Mas entendo que a escolha do can-<br />

Impasse em <strong>Leiria</strong><br />

Nacional dá prazo<br />

à concelhia<br />

DR<br />

A reunião realizada, na semana<br />

passada, entre representantes da<br />

concelhia <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, da distrital e<br />

da nacional do PSD, para <strong>de</strong>bater o<br />

processo autárquico na capital <strong>de</strong><br />

distrito, terminou num impasse.<br />

Ao que o JORNAL DE LEIRIA<br />

apurou, nem a concelhia nem a<br />

distrital apresentaram qualquer<br />

nome. Perante essa situação, os<br />

representantes da nacional terão<br />

dado à concelhia uma semana<br />

para a indicação <strong>de</strong> um candidato.<br />

Se tal não acontecer, e <strong>de</strong> acordo<br />

com fontes do partido, a nacional<br />

po<strong>de</strong>rá chamar a si o processo e,<br />

em consonância com a distrital,<br />

avançar com um nome. No<br />

entanto, o mais certo é que a<br />

concelhia venha a propor um<br />

candidato, que po<strong>de</strong> passar pelo<br />

próprio presi<strong>de</strong>nte da estrutura,<br />

Álvaro Madureira. Resta saber se a<br />

nacional aceita a sugestão ou se<br />

avançará com uma alternativa. “A<br />

concelhia <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está a trabalhar<br />

para que o processo corra bem e<br />

para que seja encontrada uma<br />

solução o mais consensual<br />

possível. A distrital tem todo o<br />

gosto em ajudar”, afirma<br />

Fernando Costa, presi<strong>de</strong>nte da<br />

distrital, que não esteve presente<br />

na reunião, tendo-se feito<br />

representar pelos seus vice-<br />

-presi<strong>de</strong>ntes. Até ao fecho <strong>de</strong><br />

edição, não foi possível contactar<br />

Álvaro Madureira.<br />

didato <strong>de</strong>ve passar pelos militantes. É<br />

o mais legítimo e <strong>de</strong>mocrático”, afirma.<br />

Apesar <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r que o escrutínio<br />

do nome por eleições directas “é<br />

o mo<strong>de</strong>lo mais correcto num concelho<br />

com mais <strong>de</strong> dois mil militantes”,<br />

Fernando Costa, presi<strong>de</strong>nte da distrital<br />

e da concelhia <strong>de</strong> Caldas da Rainha,<br />

alega que os estatutos do partido<br />

“não permitem a realização <strong>de</strong> directas”.<br />

O dirigente frisa ainda que, segundo<br />

os estatutos, a convocação <strong>de</strong><br />

um plenário <strong>de</strong> militantes para a escolha<br />

do candidato “não é obrigatória”<br />

e o seu parecer “não é vinculativo”.<br />

“Os militantes <strong>de</strong>vem ser ouvidos.<br />

Não é uma questão técnico-jurídica,<br />

mas política”, contrapõe Hugo Oliveira,<br />

que diz aguardar <strong>de</strong> forma<br />

“tranquila” a <strong>de</strong>cisão dos órgãos distritais<br />

e nacionais do partido ao seu pedido<br />

para a convocação <strong>de</strong> eleições<br />

para a concelhia. Sobre a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> avançar com uma candidatura<br />

como in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, o autarca é lacónico<br />

na resposta: “As minhas <strong>de</strong>cisões<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m daquilo que o partido<br />

<strong>de</strong>cidir”.<br />

Por seu lado, Tinta Ferreira acompanha<br />

o <strong>de</strong>senrolar do processo “com<br />

serenida<strong>de</strong>”, aguardando pela as <strong>de</strong>liberações<br />

dos “órgãos próprios” e que<br />

“tudo <strong>de</strong>corra <strong>de</strong> forma pacífica”. O<br />

autarca confessa-se ainda “muito satisfeito”<br />

pela indicação do seu nome<br />

pela concelhia e pela distrital, que interpreta<br />

como “uma prova <strong>de</strong> confiança”.<br />

Além do nome <strong>de</strong> Tinta Ferreira, a<br />

distrital do PSD aprovou, na segundafeira,<br />

as recandidaturas <strong>de</strong> Rui Rocha<br />

(Ansião), Paulo Tito Morgado (Alvaiázere)<br />

e Paulo Inácio (Alcobaça).<br />

DR<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 13<br />

Reclamações entre moradores <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Alegado toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

vira “caso <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública”<br />

Daniela Franco Sousa<br />

daniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ A ocupação da garagem e do sótão<br />

<strong>de</strong> um prédio, por um homem<br />

com alegados problemas <strong>de</strong> toxico<strong>de</strong>pendência,<br />

está a motivar várias<br />

queixas <strong>de</strong> inquilinos, na Rua<br />

Nossa Senhora da Encarnação, em<br />

<strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong>sagradados com um caso<br />

que dizem ser <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública.<br />

Alexandra Roque, responsável<br />

pela empresa gestora do condomínio,<br />

explica que o indivíduo<br />

“coabita com dois cães” em áreas<br />

comuns do prédio, on<strong>de</strong> os animais<br />

<strong>de</strong>ixam <strong>de</strong>jectos. É nestes espaços<br />

“sem condições <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong>”<br />

que o homem mantém os seus<br />

pertences, “alguns <strong>de</strong>les <strong>de</strong>gradados,<br />

emanando cheiros nauseabundos”.<br />

Alexandra Roque conta<br />

que há objectos espalhados pela via<br />

pública e que os moradores se <strong>de</strong>param<br />

com o acesso condicionado<br />

à garagem. “Apesar <strong>de</strong> aparentemente<br />

inofensivo, se alguém o enfrenta<br />

mostra-se bastante agressivo”,<br />

expõe ainda a gestora.<br />

Um vizinho lamenta que as autorida<strong>de</strong>s<br />

não intercedam por uma<br />

pessoa “com problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>”,<br />

que “precisa <strong>de</strong> ajuda”. A<br />

mesma fonte explica que o homem<br />

terá cortado relações com o<br />

pai, que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> viver num dos<br />

apartamentos <strong>de</strong>sse prédio. Sem<br />

acesso a casa, o indivíduo tem-se<br />

mantido na garagem.<br />

A PSP refere que o homem <strong>de</strong> 42<br />

anos é “<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, aparentemente,<br />

<strong>de</strong> álcool e também, apa-<br />

Verba contempla todas as freguesias <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

<strong>Leiria</strong> investe 2,8 milhões<br />

na reparação <strong>de</strong> estradas<br />

❚ Quase 2,8 milhões <strong>de</strong> euros é<br />

quanto a Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> se prepara<br />

para investir na melhoria da<br />

re<strong>de</strong> viária do concelho, com intervenções<br />

em todas as freguesias.<br />

Lino Pereira, vereador da Obras<br />

Municipais, explica que os trabalhos<br />

contemplam, sobretudo,<br />

repavimentações, estando também<br />

previstas obras em alguns<br />

sistemas <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> águas<br />

pluviais, o alcatroamento <strong>de</strong> vias<br />

ainda em tuvenant e a execução<br />

<strong>de</strong> vários muros. “Todas as freguesias<br />

serão contempladas”, assegura<br />

o autarca, frisando que a<br />

i<strong>de</strong>ntificação das vias a intervir foi<br />

feita “em parceria com os presi<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> junta”.<br />

A abertura do concurso foi aprovada<br />

na reunião <strong>de</strong> câmara <strong>de</strong><br />

Bastonário fala sobre futuro da Justiça<br />

O presente e o futuro da Justiça em Portugal é o tema<br />

da conferência que o bastonário da Or<strong>de</strong>m dos<br />

Advogados, António Marinho e Pinto, vai proferir, no<br />

sábado, na Biblioteca Municipal <strong>de</strong> Pedrógão Gran<strong>de</strong>,<br />

a partir das 17 horas. A iniciativa é da Fe<strong>de</strong>ração<br />

Distrital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> da Juventu<strong>de</strong> Socialista.<br />

rentemente, <strong>de</strong>scompensado psicologicamente”.<br />

Informa ter dado<br />

conhecimento do caso à Delegação<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Ministério Público,<br />

junto do Tribunal Judicial <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>, e Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, tendo<br />

sido emitido um mandado <strong>de</strong> condução<br />

do individuo, para que se<br />

apresentasse nos serviços <strong>de</strong> psiquiatria<br />

do hospital em <strong>Leiria</strong>”.<br />

Contudo, nota a PSP, feita a avaliação<br />

clínica, não resultou em internamento.<br />

O <strong>de</strong>legado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> confirma<br />

ter recebido exposições da PSP sobre<br />

<strong>de</strong>sacatos provocados pelo cidadão<br />

e garante ter solicitado avaliação<br />

psiquiátrica ao hospital, o<br />

qual enten<strong>de</strong>u “não serem reunidos<br />

critérios que levem ao seu internamento<br />

compulsivo, já que<br />

não se observa doença mental”.<br />

Tratando-se <strong>de</strong> uma questão social,<br />

ultrapassa a competência da Delegação<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, nota o médico.<br />

Quanto aos cães, são uma situação<br />

recente, sobre a qual a <strong>de</strong>legação já<br />

está a actuar.<br />

A Segurança Social diz que o homem<br />

recebe pensão <strong>de</strong> invali<strong>de</strong>z e<br />

é acompanhado pelo Instituto da<br />

Droga e Toxico<strong>de</strong>pendência, que<br />

se tem articulado com os serviços<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mental.<br />

“Tratando-se <strong>de</strong> um caso clinicamente<br />

i<strong>de</strong>ntificado, a institucionalização<br />

do beneficiário,<br />

sem qualquer enquadramento familiar,<br />

tem <strong>de</strong>corrido pelos serviços<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> competentes nestas<br />

situações”, acrescenta a segurança<br />

social.<br />

terça-feira, com o voto contra <strong>de</strong><br />

Blandina Oliveira (in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte)<br />

e a abstenção dos vereadores<br />

do PSD. “Dada a conjuntura económica<br />

do País e a situação financeira<br />

da autarquia, é uma opção<br />

política errada fazer investimentos<br />

<strong>de</strong>ste montante em obras<br />

<strong>de</strong> alcatrão”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u Blandina<br />

Oliveira.<br />

A vereadora frisou ainda que o<br />

presi<strong>de</strong>nte da câmara “tem referido<br />

que a priorida<strong>de</strong>, em termos<br />

<strong>de</strong> investimento, são as obras<br />

comparticipadas”, o que não é o<br />

caso. A autarca criticou também o<br />

facto <strong>de</strong> a autarquia ir recorrer a<br />

um empréstimo bancário para<br />

custear estas obras. “Não consi<strong>de</strong>ro<br />

que seja a opção correcta”,<br />

acrescentou


14 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Socieda<strong>de</strong><br />

Município da Marinha Gran<strong>de</strong> preocupado com <strong>de</strong>gradação da fábrica Angolana<br />

Imóvel classificado utilizado<br />

por toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

❚ Pelo menos uma <strong>de</strong>zena <strong>de</strong> toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

utiliza um imóvel<br />

da Marinha Gran<strong>de</strong> classificado<br />

<strong>de</strong> Monumento <strong>de</strong> Interesse<br />

Público como local <strong>de</strong> consumo<br />

<strong>de</strong> droga, avançou à Lusa Ana<br />

Patrícia Nobre, presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> uma<br />

associação <strong>de</strong> apoio social local.<br />

Em causa está a Fábrica Lusitana<br />

<strong>de</strong> Vidros Angolana, que pertence<br />

a privados, espaço que está<br />

<strong>de</strong>voluto e também serve para<br />

alguns sem-abrigo pernoitarem. A<br />

situação “constitui mais um drama<br />

social”, sublinhou a responsável<br />

da Associação Novo Olhar II,<br />

“numa cida<strong>de</strong> que tem um pro-<br />

Ansião<br />

Quiosque do<br />

cidadão instalado<br />

no edifício<br />

da câmara<br />

❚ Ansião será um dos sete concelhos<br />

do País a receber os primeiros<br />

quiosques do cidadão,<br />

um projecto do Governo que preten<strong>de</strong>r<br />

dotar as vilas e cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

pequena e média dimensão com<br />

os serviços prestados pelas lojas<br />

do cidadão. O gabinete do secretário<br />

<strong>de</strong> Estado adjunto do<br />

ministro adjunto e dos Assuntos<br />

Parlamentares explica que, através<br />

<strong>de</strong>stes quiosques, os cidadãos<br />

po<strong>de</strong>rão ace<strong>de</strong>r a serviços<br />

relacionados com a Justiça, Administração<br />

Tributária e Segurança<br />

Social, como fazer o pedido<br />

do cartão europeu <strong>de</strong> seguro<br />

<strong>de</strong> doença e do registo criminal,<br />

obter o comprovativo <strong>de</strong> imposto<br />

único automóvel, do pagamento<br />

do IVA ou do Imposto<br />

Único <strong>de</strong> Circulação, proce<strong>de</strong>r à<br />

alteração <strong>de</strong> morada ou solicitar<br />

a emissão <strong>de</strong> certidão permanente<br />

dos registos predial, civil<br />

ou comercial. “É uma solução <strong>de</strong><br />

atendimento electrónico com redução<br />

<strong>de</strong> custos e melhoria <strong>de</strong><br />

eficiência e conforto para o cidadão”,<br />

frisa o gabinete <strong>de</strong> Feliciano<br />

Barreiras Duarte, adiantando<br />

que o projecto tem suscitado<br />

o interesse <strong>de</strong> várias autarquias,<br />

sem revela quais. Em Ansião,<br />

o quiosque funcionará nos<br />

Paços do Concelho, com os utilizadores<br />

a po<strong>de</strong>rem contar com o<br />

apoio das colaboradoras afectas<br />

ao Serviço <strong>de</strong> Atendimento Avançado<br />

da câmara.<br />

blema muito grave <strong>de</strong> consumo e<br />

tráfico <strong>de</strong> droga”. Ana Patrícia<br />

Nobre enten<strong>de</strong> que é necessário<br />

avançar com “uma acção concertada”,<br />

mas admite constrangimentos,<br />

<strong>de</strong>vido à “inexistência <strong>de</strong><br />

equipas <strong>de</strong> rua <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2011, por<br />

cortes no financiamento”.<br />

A antiga fábrica representa também<br />

um perigo à segurança <strong>de</strong><br />

transeuntes e à circulação automóvel,<br />

admitiu Paulo Vicente,<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte da Câmara da<br />

Marinha Gran<strong>de</strong>.“O imóvel, que<br />

não é património municipal, tem<br />

causado muitas preocupações à<br />

autarquia, <strong>de</strong>vido ao seu estado<br />

Áreas a reflorestar ar<strong>de</strong>ram recentemente<br />

Localização<br />

Fábrica situada na<br />

Avenida Vítor Gallo<br />

O imóvel, que está classificado<br />

como Monumento <strong>de</strong><br />

Interesse Público <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Junho <strong>de</strong><br />

2003, insere-se numa zona central<br />

da cida<strong>de</strong>, junto a uma das artérias<br />

mais movimentadas<br />

da cida<strong>de</strong>, a Avenida Vitor Gallo.<br />

Nesta via estão localizados<br />

estabelecimentos <strong>de</strong> comércio e<br />

serviços, complexos fabris e<br />

industriais.<br />

Pedrógão Gran<strong>de</strong> troca eucalipto por sobreiro e pinheiro manso<br />

Baldios usados como 'cobaias'<br />

em projecto <strong>de</strong> reflorestação<br />

❚ Os cerca <strong>de</strong> 40 hectares <strong>de</strong> floresta,<br />

proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Câmara <strong>de</strong> Pedrógão<br />

Gran<strong>de</strong>, que ar<strong>de</strong>rem no Verão<br />

<strong>de</strong> 2011, vão ser usados como 'cobaias'<br />

para testar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

adaptação <strong>de</strong> espécies como o pinheiro<br />

manso, o sobreiro e o carvalho<br />

naquela região. O projecto será<br />

<strong>de</strong>senvolvido em áreas antes ocupadas<br />

por pinheiro bravo e eucapalipto<br />

na zona Norte do concelho, conhecida<br />

como 'baldio da Ervi<strong>de</strong>ira'.<br />

João Marques, presi<strong>de</strong>nte do município,<br />

explica que a acção <strong>de</strong> re-<br />

florestação, promovida pela câmara,<br />

preten<strong>de</strong> “fazer uma experiência”<br />

com espécies que possam funcionar<br />

como alternativa ao pinheiro bravo<br />

e ao eucalipto. “Queremos perceber<br />

se o pinheiro manso e o sobreiro se<br />

adaptam a estas altitu<strong>de</strong>s. Se assim<br />

for, os privados po<strong>de</strong>rão seguir o<br />

exemplo do município”, adianta o<br />

autarca, frisando que, se resultar, o<br />

projecto funcionará também como<br />

uma fonte <strong>de</strong> receitas para a câmara,<br />

através da venda <strong>de</strong> cortiça e <strong>de</strong><br />

pinhões.<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação, colocando em<br />

causa a segurança pública”, frisou.<br />

Recentemente, foi publicada<br />

em Diário da República a proposta<br />

<strong>de</strong> fixação <strong>de</strong> zona especial<br />

<strong>de</strong> protecção do Monumento <strong>de</strong><br />

Interesse Público, por parte da Direcção-geral<br />

do Património Cultural,<br />

encontrando-se agora em<br />

consulta pública. “A autarquia<br />

irá aproveitar o aviso <strong>de</strong> inquérito<br />

público para se pronunciar<br />

pormenorizadamente sobre esta<br />

matéria, já que é um problema<br />

que se arrasta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008”, assegurou<br />

o vice-presi<strong>de</strong>nte.<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Apoiado pelo Pro<strong>de</strong>r (Programa<br />

<strong>de</strong> Desenvolvimento Rural), através<br />

<strong>de</strong> uma candidatura já aprovada,<br />

o projecto prevê um investimento<br />

<strong>de</strong> 150 mil euros. O concurso<br />

para a preparação dos terrenos<br />

e plantação já foi lançado, prevendo-se<br />

que os trabalhos avancem<br />

nas próximas semanas. “Po<strong>de</strong>rá<br />

ser uma forma <strong>de</strong> apontarmos novos<br />

caminhos para a nossa floresta,<br />

um sector vital para o País”, afirma<br />

o presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Pedrógão<br />

Gran<strong>de</strong>. MAS<br />

Recolha <strong>de</strong> sangue em Porto <strong>de</strong> Mós<br />

As instalações do Fórum Cultural <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós<br />

(antiga Casa do Povo) acolhem, no domingo, uma<br />

acção <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> sangue, organizada pelo<br />

Instituto Português do Sangue e da Transplantação,<br />

que irá <strong>de</strong>correr entre as 9 e as 13 horas.<br />

Investimento Azoia<br />

constrói centro <strong>de</strong> dia<br />

para idosos<br />

A Casa Centro <strong>de</strong> Apoio Social <strong>de</strong><br />

Azoia, em <strong>Leiria</strong>, vai avançar com a<br />

construção <strong>de</strong> um centro <strong>de</strong> dia,<br />

com capacida<strong>de</strong> para 30 utentes. A<br />

obra, orçada em cerca <strong>de</strong> 400 mil<br />

euros, será edificada junto às<br />

actuais instalações da instituição,<br />

on<strong>de</strong> funciona já uma creche, um<br />

ATL e serviço <strong>de</strong> apoio domiciliário.<br />

A colocação da primeira pedra do<br />

centro <strong>de</strong> dia está marcada para<br />

sábado, às 14:30 horas.<br />

<strong>Leiria</strong> Associação<br />

<strong>de</strong> autismo recolhe<br />

donativos<br />

Dar voz ao autismo é o nome <strong>de</strong><br />

uma campanha <strong>de</strong> angariação <strong>de</strong><br />

fundos que a Associação<br />

Portuguesa para as Perturbações<br />

do Desenvolvimento e Autismo<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está promover para<br />

angariar verbas <strong>de</strong>stinadas à<br />

aquisição <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong><br />

comunicação aumentativa. A<br />

acção é feita através da internet,<br />

no en<strong>de</strong>reço https://bescrowd<br />

funding.ppl.pt/pt/prj/voz-aoautismo,<br />

e preten<strong>de</strong> angariar, no<br />

mínimo, cerca <strong>de</strong> 1550 euros.<br />

Distrito Associação<br />

<strong>de</strong> reformados quer<br />

núcleo em <strong>Leiria</strong><br />

A APRe!, associação <strong>de</strong> reformados e<br />

aposentados, promove hoje pelas 17<br />

horas, nas instalações da Nerlei, em<br />

<strong>Leiria</strong>, uma reunião para dar a<br />

conhecer esta associação, que<br />

preten<strong>de</strong> criar um núcleo no distrito.<br />

“Tendo em conta o que está a<br />

acontecer e o facto <strong>de</strong> estarem a<br />

mexer no que é nosso, esta<br />

associação preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os<br />

interesses <strong>de</strong> todos os reformados”,<br />

explica o coor<strong>de</strong>nador da reunião<br />

em <strong>Leiria</strong>, José Júlio. Po<strong>de</strong>m<br />

participar no evento reformados e<br />

pessoas à beira da reforma.<br />

Porto <strong>de</strong> Mós<br />

Parquímetros na vila<br />

reactivados<br />

O estacionamento nas Avenidas<br />

Dr. Francisco Sá Carneiro e <strong>de</strong><br />

Santo António e na Rua Eng.º<br />

A<strong>de</strong>lino Amaro da Costa, em<br />

Porto <strong>de</strong> Mós, vai voltar a ser<br />

pago. Os parquímetros instalados<br />

no local estavam <strong>de</strong>sactivados há<br />

vários meses, na sequência das<br />

obras <strong>de</strong> requalificação daquelas<br />

artérias. Com a conclusão dos<br />

trabalhos, a câmara informa que<br />

vai reactivar os parquímetros.


Socieda<strong>de</strong> Educação<br />

Mega-agrupamento entrou em funcionamento em 2010/11<br />

Partilha <strong>de</strong> espaço e perda <strong>de</strong><br />

proximida<strong>de</strong> sentidas em Ansião<br />

Elisabete Cruz<br />

elisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Três anos <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter sido<br />

criado o mega-agrupamento em<br />

Ansião, a directora Ermelinda<br />

Men<strong>de</strong>s faz um balanço positivo.<br />

No entanto, admite que há aspectos<br />

ne-gativos que são, contudo,<br />

impossíveis <strong>de</strong> alterar, tais como a<br />

perda <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong>.<br />

O mega agrupamento foi constituído<br />

no ano lectivo <strong>de</strong> 2010/11 e<br />

incluiu todas as escolas e jardins<br />

<strong>de</strong> infância do concelho <strong>de</strong> Ansião.<br />

Apesar do esforço da direcção em<br />

estar presente junto <strong>de</strong> todas as escolas,<br />

a responsável afirma não ser<br />

fácil, uma vez que as escolas estão<br />

dispersas pelo concelho.<br />

“Se com um agrupamento <strong>de</strong><br />

1500 alunos já é complicado, imagino<br />

com 3000 alunos”, constata<br />

Ermelinda Men<strong>de</strong>s, consi<strong>de</strong>rando<br />

que o “balanço é positivo apesar<br />

das dificulda<strong>de</strong>”.<br />

“Fazemos um esforço para nos<br />

aproximar <strong>de</strong> todas as escolas e<br />

<strong>de</strong>senvolvemos esforços no sentido<br />

<strong>de</strong> estarmos atentos para algo<br />

que não esteja tão bem”, salienta<br />

a directora, que recorda que a<br />

agregação não foi fácil. “É sempre<br />

perturbador ter <strong>de</strong> juntar mais<br />

professores e com esta dimensão<br />

é também difícil conhecer todos os<br />

professores e alunos.”<br />

Ermelinda Men<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>ra<br />

que um dos principais handicaps<br />

dos nega-agrupamentos é a falta<br />

<strong>de</strong> proximida<strong>de</strong>. “Só conseguimos<br />

motivar se estivermos perto<br />

das pessoas, ouvindo-as e falando<br />

com elas, o que se torna muito difícil<br />

com várias escolas espalhadas”,<br />

afirma.<br />

A EB 2,3 e Secundária Pascoal <strong>de</strong><br />

Melo foi escolhida para se<strong>de</strong> do<br />

Ermelinda Men<strong>de</strong>s (2.ª na foto) li<strong>de</strong>ra equipa <strong>de</strong> cinco elementos<br />

agrupamento. “Para a EB 2,3 <strong>de</strong><br />

Avelar foi mais doloroso, porque<br />

nós éramos a escola <strong>de</strong> acolhimento.<br />

Não é fácil sair da zona <strong>de</strong><br />

conforto. É como mudar <strong>de</strong> casa.<br />

Aliás, na vila surgiram 'fantasmas'<br />

<strong>de</strong> que a escola ia fechar...”,<br />

recorda.<br />

Os serviços administrativos passaram<br />

para a escola se<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ixando<br />

um apoio em Avelar para fazer<br />

a ligação. “Mas até os programas<br />

informáticos eram diferentes.” A<br />

integração das pessoas foi “a parte<br />

mais difícil”. Para os professores<br />

as <strong>de</strong>spesas aumentaram.<br />

“Passaram a dar aulas nas várias<br />

escolas, o que os obrigou a um trajecto<br />

maior, onerando as suas <strong>de</strong>spesas,<br />

sem qualquer compensação.”<br />

Também o número <strong>de</strong> docentes<br />

necessário diminuiu, <strong>de</strong>i-<br />

Produzida pelo Pavilhão do Conhecimento<br />

Física no dia-a-dia na escola<br />

<strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos<br />

❚ A Escola Básica José Malhoa, do<br />

Agrupamento <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos,<br />

recebe entre os dias 28 <strong>de</strong> Janeiro<br />

e 8 <strong>de</strong> Fevereiro a exposição A<br />

Física no dia-a-dia na escola, produzida<br />

pelo Pavilhão do Conhecimento.<br />

A exposição está organizada por<br />

divisões <strong>de</strong> uma casa: quarto, sala, escritório,<br />

cozinha e jardim. Utilizando<br />

objectos do quotidiano, explicamse<br />

vários princípios básicos da Física<br />

Clássica, trazendo uma nova visão<br />

do mundo que nos ro<strong>de</strong>ia. As activida<strong>de</strong>s<br />

oferecidas utilizam materiais<br />

simples, como clips e pregos, espelhos<br />

e relógios, chaleiras e balanças<br />

<strong>de</strong> cozinha, etc. A iniciativa faz parte<br />

do programa O Mundo na Escola,<br />

do Ministério da Educação e Ciência,<br />

que está a ser levada a vários pontos<br />

do País até Maio. A exposição po<strong>de</strong><br />

ser visitada nos dias úteis, entre as 9<br />

e as 17 horas, e das 14 e às 19 horas,<br />

durante o fim-<strong>de</strong>-semana.<br />

ELISABTE CRUZ<br />

xando a escola <strong>de</strong> recorrer aos<br />

professores contratados.<br />

A agregação trouxe benefícios.<br />

“Há que racionalizar para poupar<br />

custos. A partilha <strong>de</strong> espaços e <strong>de</strong><br />

equipamentos é uma mais-valia.<br />

A colaboração entre todos também<br />

é agradável. Mais gente, mais<br />

i<strong>de</strong>ias. Se antes já havia colaboração<br />

com Avelar, agora ainda há<br />

mais. Apoiamo-nos mutuamente<br />

nos projectos que cada escola<br />

continua a ter, mas agora com<br />

objectivos <strong>de</strong>finidos por uma única<br />

direcção”, afirma Ermelinda<br />

Men<strong>de</strong>s.<br />

“Partilha, inclusão e diálogo”<br />

são as palavras chaves do sucesso.<br />

“Não quisemos mudar nada radicalmente.<br />

Permitimos dar continuida<strong>de</strong><br />

aos projectos que existiam.<br />

Agora há um fio condutor.”<br />

Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Criados mais quatro<br />

mega-agrupamentos<br />

O Ministério da Educação e<br />

Ciência (MEC) anunciou a<br />

criação <strong>de</strong> mais quatro megaagrupamentos<br />

para o distrito <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>. Em Caldas da Rainha,<br />

foram agregados o<br />

Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong><br />

Santa Catarina, e a Escola<br />

Secundária Rafael Bordalo<br />

Pinheiro, que irá integrar um<br />

total <strong>de</strong> 1794 alunos. Apesar dos<br />

pareceres negativos, no<br />

concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, vão juntarse<br />

o Agrupamento <strong>de</strong> Escolas<br />

José Saraiva com a Escola<br />

Secundária Domingos Sequeira,<br />

reunindo 2763 alunos.<br />

Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong><br />

Mira <strong>de</strong> Aire e Alvados fica junto<br />

da do Agrupamento <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong><br />

Mós, com 2796 alunos. De forma<br />

consensual, o ministério<br />

or<strong>de</strong>nou a agregação do<br />

Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong><br />

Pombal à Escola Secundária <strong>de</strong><br />

Pombal. Tendo em conta que o<br />

número <strong>de</strong> alunos ascen<strong>de</strong> os<br />

três mil, o vereador da<br />

Educação da Câmara <strong>de</strong><br />

Pombal, Fernando Parreira,<br />

afirma que há hipótese <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sagregar alguns escolas para<br />

que haja um “equilíbrio” entre<br />

os agrupamentos. O MEC refere<br />

que os novos agrupamentos<br />

entram em funcionamento logo<br />

que as novas Comissões<br />

Administrativas<br />

Provisórias sejam nomeadas. As<br />

escolas que os constituem<br />

continuarão a funcionar<br />

normalmente.<br />

Agrupamento <strong>de</strong> Escolas da Batalha<br />

Pais exigem mais qualida<strong>de</strong>s<br />

nas refeições escolares<br />

❚ A Associação <strong>de</strong> Pais do Agrupamento<br />

<strong>de</strong> Escolas da Batalha associou-se<br />

aos estabelecimentos <strong>de</strong><br />

ensino dos concelhos <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

Batalha, Marinha Gran<strong>de</strong> e Porto <strong>de</strong><br />

Mós, com refeitórios concessionados<br />

à empresa Gertal, para exigir à<br />

extinta Direcção Regional <strong>de</strong> Educação<br />

do Centro uma “resolução rápida<br />

e eficaz dos problemas que se<br />

têm registado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do serviço<br />

<strong>de</strong> refeições”. Tal com o JOR-<br />

NAL DE LEIRIA já noticiou, os pais<br />

acusam a empresa <strong>de</strong> não cumprir<br />

o ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> encargos e relatam<br />

“situações que condicionam a qualida<strong>de</strong><br />

do serviço <strong>de</strong> refeições”.<br />

“É frequente o fornecimento <strong>de</strong> refeições<br />

mal confeccionadas, falhas<br />

ao nível da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> refeições<br />

servidas e o recurso a produtos<br />

alimentares sem qualida<strong>de</strong> e não<br />

previstos nas ementas contratadas.”<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 15<br />

A Física vai à escola<br />

A candidatura apresentada pela Associação <strong>de</strong> Pais<br />

da EB 2,3 José Saraiva ao concurso Pais com Ciência<br />

foi aprovada pelo programa Ciência Viva. Com o<br />

nome A Física vem à nossa escola, a proposta<br />

aprovada e irá levar à José Saraiva professores e<br />

cientistas.<br />

Prémio Pedro Matos<br />

Matemática<br />

na engenharia<br />

em concurso<br />

❚ Está lançada a quinta edição do<br />

Prémio Pedro Matos, que este ano<br />

tem como tema Matemática na engenharia,<br />

cujo mote para os trabalhos<br />

é <strong>de</strong>smonta uma máquina<br />

e investiga a utilida<strong>de</strong> da matemática.<br />

Os estudantes são convidados a<br />

olhar para uma máquina ou imaginá-la<br />

e <strong>de</strong>screver o seu funcionamento<br />

através da matemática aí<br />

utilizada, apresentando a concurso<br />

um trabalho <strong>de</strong> forma criativa<br />

e original.<br />

Promovido pelo Instituto Politécnico<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a iniciativa é integrada<br />

no programa da edição <strong>de</strong><br />

2013 do Mat-Oeste – Matemática<br />

na Região Oeste, evento que é organizado<br />

pelo Departamento <strong>de</strong><br />

Matemática da Escola Superior<br />

<strong>de</strong> Tecnologia e Gestão e é dirigido<br />

a docentes <strong>de</strong> todos os níveis<br />

<strong>de</strong> ensino e ao público em geral.<br />

Para concorrer é obrigatório o<br />

preenchimento <strong>de</strong> uma pré-inscrição<br />

on-line até ao dia 17 <strong>de</strong><br />

Abril.<br />

Os trabalhos elaborados serão<br />

expostos no dia do Mat-Oeste,<br />

que <strong>de</strong>corre a 11 <strong>de</strong> Julho. Para<br />

mais informações consultar a página<br />

em www.premiopedromatos.ipleiria.pt.<br />

Cursos preparatórios<br />

ESTG prepara<br />

jovens para o<br />

ensino superior<br />

❚ Com o mote Prepara connosco a<br />

tua entrada no ensino superior!, a<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologia e<br />

Gestão (ESTG), do Instituto Politécnico<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (IPL), vai ministrar<br />

cursos preparatórios <strong>de</strong> apoio ao ingresso<br />

ao ensino superior nas áreas<br />

científicas da Matemática e da Física<br />

e Química. Esta formação tem<br />

especial atenção às necessida<strong>de</strong>s<br />

dos potenciais candidatos, ajudando-os<br />

a prepararem-se para as<br />

provas <strong>de</strong> ingresso ao ensino superior.<br />

Fundamentos <strong>de</strong> Matemática<br />

e Fundamentos <strong>de</strong> Física e Química<br />

são os cursos oferecidos, com<br />

início previsto para a última semana<br />

<strong>de</strong>ste mês, cuja duração é <strong>de</strong><br />

quatro meses. Esta formação <strong>de</strong>stina-se<br />

a todos os estudantes que<br />

tenham concluído o ensino secundário<br />

e que não ingressaram no<br />

ensino superior, que tenham já<br />

frequentado o ensino superior sem<br />

o completar ou que frequentem o<br />

12.º ano e não tenham apoio nestas<br />

áreas científicas.


16 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Leitores<br />

Nas catástrofes<br />

saltam à vista as<br />

fragilida<strong>de</strong>s<br />

O recente mau tempo que assolou a<br />

nossa região <strong>de</strong>ixou gran<strong>de</strong> parte da<br />

população à beira do <strong>de</strong>sespero. Os<br />

prejuízos, seguramente, somam-se<br />

em milhões, tanto pelo que se<br />

danificou como pelo que não se<br />

pô<strong>de</strong> fazer quando faltou água e<br />

electricida<strong>de</strong>. Com a queda <strong>de</strong><br />

árvores também algumas vias<br />

ficaram intransitáveis. Estas<br />

catástrofes revelam muitas das<br />

nossas fragilida<strong>de</strong>s: as mais<br />

imediatas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da<br />

qualida<strong>de</strong> das infraestruturas; e, as<br />

mais profundas, <strong>de</strong>correntes dos<br />

nossos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> expansão,<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e ocupação do<br />

território.<br />

Prever catástrofes naturais é<br />

difícil, ou até mesmo impossível.<br />

No entanto, é para mitigar essas<br />

contingências e imprevisibilida<strong>de</strong>s<br />

que se <strong>de</strong>vem fazer estudos, tomar<br />

certas <strong>de</strong>cisões estratégicas e<br />

preventivas e criar planos <strong>de</strong><br />

resposta para a emergência. Será<br />

difícil que as infraestruturas<br />

suportem todas as catástrofes e<br />

intempéries, ainda que <strong>de</strong>vam ser<br />

planeadas e executadas para resistir<br />

a casos <strong>de</strong> excepção – pelo menos<br />

assim mandam os vários<br />

regulamentos das várias<br />

especialida<strong>de</strong>s.<br />

Nestes dias passados<br />

<strong>de</strong>monstraram-se, violentamente,<br />

os efeitos do modo <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado, e<br />

por vezes caótico, como nos<br />

expandimos, ocupamos e infraestruturamos<br />

o território. Os nossos<br />

mo<strong>de</strong>los urbanos difusos, com<br />

zonas urbanizadas <strong>de</strong> baixa<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>scontinuamente<br />

espalhadas por gran<strong>de</strong>s zonas do<br />

território, são apontados como<br />

sendo altamente insustentáveis.<br />

Isto porque <strong>de</strong>sperdiçamos solos,<br />

aumentamos <strong>de</strong>snecessariamente<br />

as distâncias <strong>de</strong> transporte e<br />

fazemos crescer, <strong>de</strong> igual modo, a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais<br />

infraestruturas básicas e serviços.<br />

Mas os mo<strong>de</strong>los difusos causam<br />

outro problema que só se evi<strong>de</strong>ncia<br />

em casos <strong>de</strong> emergência. Devido às<br />

<strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s, gran<strong>de</strong> parte das<br />

nossas infraestruturas não<br />

constituem malhas ou anéis entre<br />

si, ou seja, não existe redundância<br />

ou ligações alternativas quando a<br />

ligação principal falha.<br />

Normalmente é por essa razão que<br />

nas cida<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong> existem sistemas<br />

“malhados” <strong>de</strong> infraestruturas,<br />

mais facilmente se resolvem avarias<br />

e se conseguem garantir<br />

abastecimentos alternativos.<br />

Estando gran<strong>de</strong> parte das re<strong>de</strong>s já<br />

montadas, e não se prevendo, a<br />

curto prazo, expansões urbanas que<br />

ocupem os vazios ou façam<br />

ligações alternativas, os problemas<br />

das <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s persistirá.<br />

Seja qual for a solução, os custos<br />

serão sempre elevados. Resta-nos<br />

então a intervenção <strong>de</strong> emergência<br />

Jardim Botânico <strong>de</strong> Coimbra<br />

encerrado por questões <strong>de</strong> segurança<br />

São <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> árvores arrancadas pela raiz, entre<br />

elas algumas das mais antigas e <strong>de</strong> maior porte do<br />

Jardim Botânico da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

(JBUC). Os danos do temporal ainda estão a ser<br />

contabilizados, mas há exemplares irrecuperáveis.<br />

A Cunninghamia lanceolata datava do início do<br />

século XIX, tendo sido plantada na época em que<br />

Avelar Brotero foi director do JBUC, e no sábado<br />

não resistiu aos ventos que superaram os 120<br />

Km/hora em Coimbra. Era uma das três árvores<br />

mais antigas <strong>de</strong>ste Jardim. As raízes arrancaram<br />

mesmo o muro do canteiro on<strong>de</strong> estava plantada,<br />

no Quadrado Central, a primeira área construída.<br />

Um cenário que se repetiu por outras zonas do<br />

JBUC. O Jardim Garcia da Horta, junto à Avenida<br />

das Tílias, foi um dos locais mais afectados. Só<br />

nesse terraço foram quatro as árvores <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

porte <strong>de</strong>rrubadas pelo vento: um cipreste <strong>de</strong><br />

monterey (Cupressus macrocarpa), um feijoeiro-daíndia<br />

(Erythrina crista-galli), uma Bauhinia<br />

purpurea e uma Araucaria heterophylla.<br />

No Terraço das Coníferas (árvores que dão pinhas),<br />

junto à Alameda Júlio Henriques, os danos são<br />

evi<strong>de</strong>ntes. Duas árvores caíram, um abeto (Abies<br />

sp.) e uma picea (Picea sp.) e as ramadas<br />

arrancadas das restantes acumulam-se, barrando a<br />

passagem numa das principais avenidas do JBUC.<br />

Na Escola Médica também o exemplar único <strong>de</strong><br />

tetraclinis (Tetraclinis articulata) foi arrancado pela<br />

raiz e caiu em cima da gra<strong>de</strong> que ro<strong>de</strong>ava o<br />

pública, a do Estado - pelo menos<br />

enquanto não for <strong>de</strong>smantelado.<br />

Micael Sousa, <strong>Leiria</strong><br />

Eng.º Civil / Mestre em Energia e<br />

Ambiente<br />

Paulo Fonseca<br />

<strong>de</strong>srespeita<br />

Assembleia<br />

Municipal<br />

A última sessão da Assembleia<br />

Municipal <strong>de</strong> Ourém foi palco <strong>de</strong><br />

mais uma cena hilariante do<br />

presi<strong>de</strong>nte da Câmara, Paulo<br />

Fonseca. Afinal, foi mesmo ali que o<br />

presi<strong>de</strong>nte se anunciou candidato<br />

às próximas eleições autárquicas.<br />

Sabendo todos nós o que<br />

representa tal órgão, e o respeito<br />

que todos <strong>de</strong>vemos ter perante o<br />

mesmo e seus membros, espanta-<br />

-nos a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> bom<br />

senso, ética e moral do presi<strong>de</strong>nte,<br />

agora também candidato, Paulo<br />

Fonseca. Respeito pelas instituições<br />

o pelo que representam é o mínimo<br />

que um presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong>ve<br />

ter, sobretudo no Po<strong>de</strong>r Local.<br />

As sessões da Assembleia<br />

Municipal tem uma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

trabalhos, são representativas <strong>de</strong><br />

patamar, tendo <strong>de</strong>rrubado outras duas árvores<br />

durante a queda.<br />

A zona pública do Jardim Botânico conta ainda<br />

com outras árvores bastante danificadas, entre elas<br />

o cedro-do-japão (Criptomeria japonica), também<br />

contemporânea <strong>de</strong> Avelar Brotero, o eucaliptolimão<br />

(Corymbia citriodora), um jacarandá<br />

(Jacaranda mimosifolia), uma grevilea (Grevillea<br />

robusta) e o cedro-do-himalaias (Cedrus <strong>de</strong>odara).<br />

Para além dos danos no património ecológico, há<br />

ainda muros e gra<strong>de</strong>s <strong>de</strong>struídas pelas árvores<br />

<strong>de</strong>rrubadas. Na mata o cenário é idêntico, com<br />

<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> árvores caídas e vários ramos partidos<br />

que estão a obstruir todos os caminhos.<br />

A partir <strong>de</strong> hoje os portões do Jardim estão<br />

fechados ao público por precaução. Em causa estão<br />

os acessos e avenidas que ainda se encontram<br />

obstruídos por ramos e árvores caídas e que po<strong>de</strong>m<br />

colocar em causa a segurança dos visitantes.<br />

Durante os próximos dias a equipa <strong>de</strong> jardineiros<br />

do JBUC vai concentrar esforços na recuperação e<br />

limpeza da zona pública do Jardim.<br />

Posteriormente, serão avaliadas as condições para<br />

replantar as espécies afectadas pelo temporal. O<br />

Jardim reabrirá ao público assim que as condições<br />

<strong>de</strong> segurança estiverem garantidas, não havendo<br />

ainda uma data prevista para a reabertura.<br />

Departamento <strong>de</strong> Comunicação e Imagem<br />

Jardim Botânico da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

info.botanico@uc.pt<br />

toda a população, através dos<br />

eleitos dos diferentes quadrantes<br />

políticos e tem um regimento<br />

próprio, on<strong>de</strong> não parece constar a<br />

apresentação <strong>de</strong> candidaturas<br />

políticas, sejam elas <strong>de</strong> quem<br />

forem.<br />

A atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Paulo Fonseca<br />

<strong>de</strong>monstrou que pelo “reino da<br />

Câmara <strong>de</strong> Ourém” o lema é:<br />

“quero, posso, mando e faço como<br />

me apetece e dá jeito!” A falta <strong>de</strong><br />

respeito <strong>de</strong>monstrada pela<br />

Assembleia Municipal, o ridículo e<br />

embaraço da situação criados por<br />

esta atitu<strong>de</strong> apenas po<strong>de</strong>rá ter uma<br />

justificação: Paulo Fonseca, actual<br />

presi<strong>de</strong>nte, sem apoiantes para o<br />

A direcção do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> recebe com agrado<br />

para publicação a correspondência dos leitores que<br />

tratem <strong>de</strong> questões do interesse público. Reserva-se<br />

o direito <strong>de</strong> seleccionar os trechos mais<br />

importantes das Cartas ao Director, <strong>de</strong>vidamente<br />

i<strong>de</strong>ntificadas, publicadas nesta secção.<br />

direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

DR<br />

anúncio da sua recandidatura,<br />

aproveitou esta sala cheia para<br />

cenário! Dizemos sem apoiantes,<br />

porque ao que parece o apoio <strong>de</strong><br />

João Heitor, presi<strong>de</strong>nte da<br />

Concelhia Socialista e chefe <strong>de</strong><br />

gabinete do presi<strong>de</strong>nte Paulo<br />

Fonseca, irá para Vítor Frazão, que<br />

tem elogiado e <strong>de</strong>fendido nas re<strong>de</strong>s<br />

sociais: “Vítor Frazão está por<br />

convicções numa candidatura. Não<br />

está por conveniências” e “Nos<br />

últimos dois anos conheci um<br />

Frazão que <strong>de</strong>sconhecia. Um<br />

homem coerente e que<br />

efectivamente não está para<br />

protagonismos pessoais”. Com<br />

uma Concelhia assim percebe-se o<br />

nervosismo <strong>de</strong> Paulo Fonseca,<br />

agora recandidato, em quebrar<br />

todos os protocolos.<br />

A Comissão Politica da concelhia<br />

<strong>de</strong> Ourém do PSD<br />

psdourem@gmail.com<br />

Associação Zoófila<br />

<strong>de</strong>marca-se <strong>de</strong><br />

campanha contra<br />

autarquia<br />

Maria dos Anjos Vieira, na<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte da<br />

Associação Zoófila <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Fiéis<br />

Amigos (AZLFA), vem por esta via<br />

comunicar que a instituição que<br />

representa repudia e se <strong>de</strong>marca da<br />

campanha difamatória com base<br />

em textos e fotos que têm vindo a<br />

ser postos a circular nos<br />

diversificados meios informativos,<br />

relativamente a maus tratos <strong>de</strong><br />

animais por parte dos serviços<br />

camarários. Tal campanha<br />

manifestamente visa lesar não só<br />

cada uma das instituições<br />

envolvidas, mas também<br />

comprometer o seu trabalho<br />

conjunto em prol <strong>de</strong> uma causa,<br />

com a qual todos somos sensíveis.<br />

Preten<strong>de</strong> ainda alertar para o facto<br />

<strong>de</strong> que só <strong>de</strong>verá ser dado crédito<br />

ao que emanar directamente do<br />

nosso site e do nosso Facebook.<br />

Tudo o mais nos sendo alheio.<br />

Mais informa que, sendo a<br />

campanha assumida como da<br />

responsabilida<strong>de</strong> da pessoa da<br />

secretária da AZLFA, não só na<br />

referência ao cargo, mas também<br />

no outorgar-se falar em nome da<br />

sua presi<strong>de</strong>nte, Maria dos Anjos, a<br />

AZLFA proce<strong>de</strong>rá judicialmente<br />

contra a pessoa em causa, do<br />

mesmo a informando, bem como<br />

<strong>de</strong> que ficarão suspensas, até<br />

comprovação da alegada<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, não só as suas funções,<br />

mas também a sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

associada.<br />

Aproveita o ensejo para agra<strong>de</strong>cer<br />

à Câmara Municipal toda a<br />

colaboração e apoio que tem vindo<br />

a prestar à AZLFA e às suas<br />

iniciativas <strong>de</strong> sensibilização e<br />

angariação <strong>de</strong> fundos, junto da<br />

população do concelho.<br />

Maria dos Anjos Vieira,<br />

presi<strong>de</strong>nte da AZLFA<br />

azlfa@sapo.pt


Opinião<br />

Criminosos… Dizem eles.<br />

Criminosos…Dizemos nós<br />

António<br />

Soares<br />

Viva!<br />

OEstado Social está a acabar. Não por outra,<br />

que, pela simples razão, que o socialismo<br />

sempre acaba, quando acaba o dinheiro<br />

dos outros. Para escon<strong>de</strong>r a vergonha, os<br />

comunistas, encerraram fronteiras, levantaram<br />

muros, bloquearam as comunicações, colocaram<br />

pais, filhos, vizinhos, em vigia mutua,<br />

exterminaram 80 e 100 milhões dos seus próprios<br />

cidadãos e, mesmo assim, caíram <strong>de</strong> podres. Quem<br />

os ouve hoje e não conhece a história, po<strong>de</strong> até<br />

confundi-los com paladinos da liberda<strong>de</strong>. Só quem<br />

não queria, não via que Portugal, há muito, estava<br />

em rota <strong>de</strong> colisão com um asteroi<strong>de</strong>, chamado,<br />

abismo. Deslumbrados pelo po<strong>de</strong>r, que a todo o<br />

custo era mister obter, os políticos andaram a<br />

ven<strong>de</strong>r a banha da cobra, prometendo o que não<br />

tinham. Em vez <strong>de</strong> aguardarem pacientemente um<br />

ovo, cada dia, acharam que a solução seria abrir a<br />

galinha. Durante décadas as farmácias foram uma<br />

activida<strong>de</strong> produtiva e rentável. Hoje, meia dúzia<br />

<strong>de</strong> anos volvidos sobre a perseguição política que<br />

sobre elas se abateu, <strong>de</strong>zenas faliram e centenas<br />

estão à beira disso. Centros históricos <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s<br />

como Lisboa e <strong>Leiria</strong>, fervilhavam <strong>de</strong> vida,<br />

activida<strong>de</strong> comercial, cultural, serviços, lazer. Nas<br />

últimas décadas, os políticos, passaram a perseguir<br />

tudo o que mexia nas cida<strong>de</strong>s. A burocracia e<br />

coacção sobre os agentes <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

como promotores e comerciantes, foi mais que<br />

muita. Enquanto isso, nos sinistros corredores do<br />

po<strong>de</strong>r, facilitava-se tudo, aos po<strong>de</strong>rosos interesses<br />

que arrastavam a vida das cida<strong>de</strong>s, para as<br />

periferias. Hoje os centros <strong>de</strong> Lisboa e <strong>Leiria</strong>, estão<br />

Assistindo aos “pulinhos <strong>de</strong> alegria” do<br />

governo lusitano provocado pela<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> regresso aos mercados,<br />

recor<strong>de</strong>i uma afirmação <strong>de</strong> Kant a que<br />

sempre atribuí muito significado. Disse ele: "No<br />

reino dos fins, tudo tem ou um preço ou uma<br />

dignida<strong>de</strong>. Quando uma coisa tem preço, po<strong>de</strong> ser<br />

substituída por algo equivalente; por outro lado, a<br />

coisa que se acha acima <strong>de</strong> todo preço, e por isso não<br />

admite qualquer equivalência, compreen<strong>de</strong> uma<br />

dignida<strong>de</strong>." Mesmo partindo <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ia simples<br />

<strong>de</strong> mercado como um local físico ou virtual, on<strong>de</strong><br />

ven<strong>de</strong>dores e compradores procuram o melhor<br />

negócio, fácil se torna perceber que é <strong>de</strong> coisas com<br />

preço <strong>de</strong> que nos mercados se fala e que nalguns<br />

<strong>de</strong>les, até a dignida<strong>de</strong> dos mercadores se dispensa!<br />

Fica sempre <strong>de</strong> fora essa dignida<strong>de</strong> quando, a única<br />

finalida<strong>de</strong> é conseguir a todo o custo a rentabilida<strong>de</strong><br />

máxima dos que têm dinheiro para comprar o que os<br />

outros precisam <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r. Como no caso do<br />

mercado financeiro on<strong>de</strong>, com recurso a<br />

procedimentos imorais, os <strong>de</strong>tentores do dinheiro<br />

compram a baixíssimo preço e com juros<br />

inimagináveis, as dívidas públicas dos países, <strong>de</strong><br />

todos os países, mas principalmente, dos que<br />

estiverem mais pobres e em maior sofrimento! Não<br />

<strong>de</strong>ixa pois <strong>de</strong> ser triste que os governantes do meu<br />

país façam surgir aos nossos olhos, sem qualquer<br />

explicação, o ingresso nesse antro mercantil como o<br />

objetivo máximo da sua governação! Com uma<br />

economia moribunda e com os rumores<br />

permanentes <strong>de</strong> políticas ineficazes sempre a<br />

precisarem <strong>de</strong> mais cortes, a que preço vai Portugal<br />

Amélia do<br />

Vale<br />

<strong>de</strong>sertos, a empurrar para a miséria os seus agentes,<br />

anteriormente prósperos. Em sequência, <strong>de</strong>ste<br />

turbilhão <strong>de</strong> incompetências, <strong>de</strong>magogias e erros<br />

estratégicos políticos, milhares <strong>de</strong> empresários, vão<br />

encerrando as portas, muitas vezes resistindo até à<br />

exaustão, consumindo todas as suas economias na<br />

esperança <strong>de</strong> dias melhores, acabando por não<br />

conseguir pagar impostos e segurança social. E o<br />

que fazem os políticos, verda<strong>de</strong>iros responsáveis<br />

por esta situação? Com as prerrogativas a que se<br />

auto-atribuem, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m que os empresários <strong>de</strong>vem<br />

ser tratados como criminosos e, para além <strong>de</strong> lhes<br />

confiscarem o património, ainda os ameaçam com<br />

ca<strong>de</strong>ia. Em vez <strong>de</strong> estarem a ser julgados, os<br />

verda<strong>de</strong>iros criminosos andam por aí a estudar<br />

filofantasias e a ocupar cargos importantes no<br />

sistema nacional e internacional, com todas as<br />

mordomias inerentes, incluindo viaturas e<br />

motoristas privados, continuando a gastar à tripaforra.<br />

Enquanto isso, passaram a intimidar as suas<br />

vítimas, em vergonhosos processos <strong>de</strong> contornos<br />

persecutórios e confiscatórios que, não sendo mais<br />

do que a aplicação da sua vonta<strong>de</strong> sinistra,<br />

<strong>de</strong>savergonhadamente apelidam <strong>de</strong>, lei. Ajudados<br />

pela ganância <strong>de</strong> um sistema financeiro<br />

<strong>de</strong>sregulado, colocaram Portugal e outros povos<br />

numa situação complicadíssima <strong>de</strong> proporções<br />

imprevisíveis. Vamos pois colocar as coisas no seu<br />

lugar: Os criminosos são vocês, não nós,<br />

empresários e povo que trabalha. Tratem, pois, <strong>de</strong><br />

corrigir a “lei”.<br />

Empresário<br />

conseguir financiar-se? Pela minha parte perceciono<br />

este mercado como um polvo, um enorme polvo que<br />

continuando a pertencer à classe Cefalópo<strong>de</strong> (um<br />

cérebro com pés), <strong>de</strong>ixa a or<strong>de</strong>m Octópo<strong>de</strong> (com oito<br />

pés) criando mais e mais pés sempre que nos países<br />

os governos tratam os respetivos povos não como<br />

pessoas, mas como meios para negociarem nos<br />

mercados. E <strong>de</strong> facto o que somos nós hoje, se não<br />

apenas coisas dispensáveis, vidas a quem se agrafa<br />

uma etiqueta com um preço! Dizem os freudianos<br />

que há vários tipos <strong>de</strong> medo, mas que o pior <strong>de</strong>les é<br />

aquele que resulta <strong>de</strong> nos sentirmos culpados pela<br />

situação que nos ameaça. Dizem que esse medo nos<br />

paralisa. E é verda<strong>de</strong>! Andamos ou não com esse<br />

medo? Se não, o que nos leva a aceitar docilmente e<br />

sem revolta, que alguém an<strong>de</strong> a trocar a nossa<br />

dignida<strong>de</strong> por um preço necessário a figurar na folha<br />

<strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> um qualquer mercador? Quem sabe se<br />

não residirá nesta situação, <strong>de</strong> assunção <strong>de</strong><br />

dignida<strong>de</strong> humana perdida, a causa para<br />

regressarmos à nossa condição animal e muitos <strong>de</strong><br />

nós passarmos a enten<strong>de</strong>r o abate <strong>de</strong> um animal que<br />

mata uma criança, como uma ameaça às nossas<br />

próprias vidas! E é nesta situação insustentável que<br />

eu ando à procura <strong>de</strong> caminhos. Se para mim faz<br />

sentido que no reino dos fins, tudo tenha, ou um<br />

preço ou uma dignida<strong>de</strong>, eu não prescindo <strong>de</strong> agir<br />

para que todos estejamos no tudo que tem<br />

dignida<strong>de</strong>. Por on<strong>de</strong> começar? Assim, com um grito:<br />

Viva a Constituição da República Portuguesa! Com<br />

muita emoção e razão, façamo-la viver.<br />

Professora<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 17<br />

Teorias Rurais<br />

Francisco<br />

Freire<br />

Ao Sábado e ao Domingo<br />

calam-se as pedreiras.<br />

Durante a semana<br />

aquilo é mais alegre, e<br />

sempre <strong>de</strong>scem ambulâncias<br />

com umas pernas retalhadas e<br />

umas costas amolgadas,<br />

lembrando outras coisas<br />

entretanto perdidas nas lagoas<br />

adjacentes. A pedra, como a<br />

batata, já dá pouco rendimento.<br />

Para o peso que tem, não dá<br />

mesmo quase nada. Mas numa<br />

serra sem terra, não temos<br />

outro remédio. A semana<br />

passada, antes da higiénica<br />

tempesta<strong>de</strong>, um tipo sem<br />

travões veio parar <strong>de</strong>ntro do<br />

café, pisou 20 carros antes <strong>de</strong><br />

entrar e pedir outra Macieira.<br />

Qualquer dia ainda o levam<br />

preso, a ele e aos outros calões<br />

que se recusam a emigrar para a<br />

colónia <strong>de</strong> Angola (on<strong>de</strong> há sol e<br />

bom marisco), e que preferem<br />

antes retirar-se para a prisão-<br />

-escola. Eles bem querem<br />

plantar e colher, mas não há<br />

condições, o vento não <strong>de</strong>ixa, e<br />

assim se alcançam estes<br />

paupérrimos resultados. Cabras<br />

e mandriões, a serra está cheia<br />

<strong>de</strong>les! Nas planícies, lá em<br />

baixo, já curtiram o estrume e já<br />

andam a semear alhos, favas e<br />

rabanetes; aqui em cima ainda<br />

querem que eu vá fazer mais<br />

azeite!? Já se sabe o que a casa<br />

gasta, e não tenho outro<br />

remédio senão ir para o lagar<br />

prensar azeitona. De certeza<br />

que na Angola também há<br />

tempesta<strong>de</strong>s, mas lá não têm<br />

pedreiras, senão até mandava<br />

uns CV's. A dormir não vamos<br />

lá! As cepas já estão a ficar<br />

marrecas e daqui a umas<br />

semanas já as vou podar. Há<br />

esperança <strong>de</strong> conseguir sair<br />

daqui outra vez, quando a<br />

chuva seguir viagem (não sei<br />

para on<strong>de</strong>) e o sol voltar a sorrir.<br />

Com este tempo, nem as silvas,<br />

nem as canas - sempre<br />

atrevidas – aparecem por cá.<br />

Entretanto vou afiando a<br />

gadanha, a espingarda já está<br />

bem oleada. Tenho umas<br />

tábuas para meter na porta do<br />

curral, antes do boi se <strong>de</strong>cidir a<br />

partir aquilo tudo outra vez. O<br />

ano passado queimei 18<br />

cartuchos antes <strong>de</strong>le voltar a<br />

entrar. Está visto que não é <strong>de</strong><br />

falas mansas. Não é um boi<br />

violento, mas gosta <strong>de</strong> pregar<br />

sustos, e às vezes nem parece<br />

um ruminante. Da maneira que<br />

isto caminha, se não me mexo,<br />

qualquer dia nem tenho<br />

dinheiro para os chumbos. Para<br />

combater o frio é preciso<br />

alguma criativida<strong>de</strong> e muita<br />

ambição pessoal, requisitos que<br />

não me faltam, como<br />

facilmente se nota.<br />

Investigador Associado,<br />

CRIA/FCSH-UNL


18 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Economia<br />

Empresas disponíveis para ajudar<br />

colaboradores em dificulda<strong>de</strong>s<br />

Apoios Muitos trabalhadores encontram junto da entida<strong>de</strong> patronal uma 'bóia <strong>de</strong> salvação' em<br />

situações <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s. Algumas empresas têm vindo a reforçar os apoios <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o agudizar da crise<br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />

raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Num momento em que muitos trabalhadores<br />

enfrentam dificulda<strong>de</strong>s<br />

económicas, que po<strong>de</strong>rão agravarse<br />

já a partir do fim do mês, quando<br />

os salários sofrerem um corte por via<br />

do aumento da taxa <strong>de</strong> IRS, são muitas<br />

vezes as empresas que ajudam,<br />

criando ou reforçando apoios existentes<br />

no âmbito da sua política <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong> social.<br />

As empresas ouvidas pelo JORNAL<br />

DE LEIRIA mostram-se disponíveis<br />

para apoiar os seus colaboradores,<br />

conscientes da importância do seu<br />

bem estar para o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

própria empresa.<br />

“Não obstante não possuir um fundo<br />

especifico para o efeito, o Grupo LN<br />

contempla na sua política <strong>de</strong> recursos<br />

humanos disponibilida<strong>de</strong> para apoio<br />

aos seus colaboradores em casos críticos<br />

ou <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s que pontualmente<br />

possam sentir”, aponta<br />

Natália Valinha. A presi<strong>de</strong>nte do Conselho<br />

<strong>de</strong> Administração acrescenta<br />

que, “com o agravar da conjuntura, e<br />

tendo percepção das dificulda<strong>de</strong>s<br />

que possam surgir em termos sociais<br />

no seio dos seus colaboradores”,<br />

o grupo “reforçou o seu papel neste<br />

âmbito, criando internamente maior<br />

envolvimento do <strong>de</strong>partamento recursos<br />

humanos, no intuito <strong>de</strong> diagnosticar<br />

e agir <strong>de</strong> forma célere em prol<br />

<strong>de</strong> situações que se revelem <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>”.<br />

Acrescenta que até hoje o<br />

grupo “não tem <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> ficar sensível<br />

a estas situações, dando ênfase<br />

à sua responsabilida<strong>de</strong> social, vertente<br />

fundamental e crucial para o seu <strong>de</strong>senvolvimento”.<br />

“Des<strong>de</strong> o início da crise 2008/2009<br />

temos <strong>de</strong>dicado uma especial atenção<br />

às necessida<strong>de</strong>s dos colaboradores”,<br />

aponta Paulo Pinto. O director da<br />

Redcats (La Redoute) refere que,<br />

“sempre que solicitado”, a empresa<br />

provi<strong>de</strong>ncia adiantamento <strong>de</strong> vencimento<br />

e/ou subsídios <strong>de</strong> férias/Natal,<br />

apoio na gestão pessoal, nomeadamente<br />

na reestruturação <strong>de</strong> dívidas,<br />

apoio psicológico em situações graves<br />

(por exemplo a morte <strong>de</strong> um familiar)<br />

e apoio legal através do advogado da<br />

empresa.<br />

“A política <strong>de</strong> recursos humanos da<br />

Redcats assenta particularmente no<br />

bem estar do colaborador e, neste sentido,<br />

os benefícios sociais assumem<br />

um papel prepon<strong>de</strong>rante”. Paulo Pinto<br />

acrescenta que se preten<strong>de</strong> “manter<br />

os apoios existentes e gerir as necessida<strong>de</strong>s<br />

caso a caso”.<br />

Os números<br />

1000<br />

trabalhadores são apoiados pelo<br />

Fundo <strong>de</strong> Emergência Social <strong>de</strong><br />

dois milhões <strong>de</strong> euros criado<br />

pela Jerónimo Martins<br />

1350<br />

euros <strong>de</strong> salário mensal: quem<br />

auferia menos queeste valor no<br />

Santan<strong>de</strong>r Totta viu o salário ser<br />

aumentado<br />

A Umbelino Monteiro “coloca a<br />

tónica” na saú<strong>de</strong> e bem estar dos colaboradores,<br />

por isso proporciona,<br />

<strong>de</strong> forma gratuita, semanalmente,<br />

consultas médicas na empresa para o<br />

colaborador e membros da família.<br />

“Este ano o plano <strong>de</strong> exames médicos<br />

individuais vai ser alargado, para que<br />

os serviços médicos disponham <strong>de</strong><br />

mais meios <strong>de</strong> diagnóstico precoce”,<br />

diz Teresa Monteiro. A directora-<br />

-geral acrescenta que há ainda um<br />

protocolo com um ginásio que permite<br />

aos funcionários beneficiarem<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scontos.<br />

“Com o objectivo <strong>de</strong> aumentar a<br />

protecção individual e da família, todos<br />

os funcionários têm um seguro <strong>de</strong><br />

vida”, diz a responsável. A empresa<br />

oferece ainda um incentivo finan-<br />

ceiro à natalida<strong>de</strong> (cujo valor não foi<br />

revelado) e tem um protocolo com<br />

uma loja <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> infância que<br />

proporciona <strong>de</strong>scontos aos funcionários<br />

da Umbelino. A empresa dá formação<br />

a todos os colaboradores, por<br />

a consi<strong>de</strong>rar um “pilar estratégico”, e<br />

estabeleceu um protocolo com uma<br />

empresa que conce<strong>de</strong> preços mais<br />

vantajosos aos funcionários nas suas<br />

acções <strong>de</strong> formação.<br />

Além <strong>de</strong> medicina no trabalho, a<br />

Famol<strong>de</strong> disponibiliza há “largos<br />

anos” um médico <strong>de</strong> medicina curativa<br />

semanalmente. Tem protocolos<br />

com farmácias e analistas que<br />

permitem aos seus funcionários ter<br />

“benefícios quer a nível económico<br />

quer <strong>de</strong> comodida<strong>de</strong>”, refere Miriam<br />

Martins.<br />

inCentea apresenta livro com história da empresa<br />

Viagem à Essência é o nome do livro que a inCentea<br />

apresenta hoje, pelas 18 horas, na Arquivo,<br />

em <strong>Leiria</strong>. É o “registo para memória futura dos<br />

principais acontecimentos e pessoas que ao longo<br />

<strong>de</strong>stes 25 anos fizeram a inCentea <strong>de</strong> hoje”.<br />

ACEGE recomenda<br />

Empresas <strong>de</strong>vem ser<br />

“anel <strong>de</strong> segurança”<br />

Para a Associação Cristã <strong>de</strong><br />

Empresários e Gestores (ACEGE),<br />

as empresas <strong>de</strong>vem accionar<br />

“sistemas confi<strong>de</strong>nciais <strong>de</strong> autodiagnóstico<br />

social, que captem as<br />

situações pessoais e familiares<br />

mais graves” dos colaboradores. O<br />

presi<strong>de</strong>nte da associação, citado<br />

pelo Expresso, enten<strong>de</strong> que a<br />

“vocação natural” das<br />

comunida<strong>de</strong>s empresariais é<br />

“serem um terceiro anel <strong>de</strong><br />

segurança”: o primeiro <strong>de</strong>ve ser o<br />

próprio indivíduo e o segundo a<br />

família. Para a secretária-geral da<br />

BCSD Portugal,conselho<br />

empresarial para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento sustentável, “as<br />

empresas têm plena consciência da<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ir mais longe e<br />

<strong>de</strong> ter uma resposta alargada para<br />

um problema que não é apenas da<br />

sua organização, mas da<br />

socieda<strong>de</strong>”.<br />

“Também a nível da saú<strong>de</strong> mental<br />

existe espaço para os colaboradores<br />

exporem eventuais preocupações e,<br />

em caso <strong>de</strong> ter influência tanto a nível<br />

pessoal como no trabalho, são sugeridos<br />

profissionais especializados”.<br />

A directora <strong>de</strong> recursos humanos explica<br />

que “todos os colaboradores<br />

passam gran<strong>de</strong> parte do seu tempo<br />

diário no local <strong>de</strong> trabalho e, por isso,<br />

este <strong>de</strong>ve ser potencializador <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

mental. “O <strong>de</strong>sgaste laboral é por<br />

vezes acentuado e difícil <strong>de</strong> conciliar<br />

com a vida familiar, social e escolar”.<br />

“Oficialmente” não tem mecanismos<br />

<strong>de</strong> apoio social, mas a Yudo está<br />

sempre atenta e disposta a apoiar os<br />

seus colaboradores, garante José Dantas.<br />

O responsável aponta o caso <strong>de</strong><br />

dois funcionários que estavam com<br />

dificulda<strong>de</strong>s económicas, um já com<br />

a luz cortada e outro com problemas<br />

relacionados com o crédito bancário,<br />

a quem foram adiantados os subsídios<br />

<strong>de</strong> Natal. A empresa está a equacionar<br />

criar um fundo <strong>de</strong> apoio para minimizar<br />

os impactos dos cortes dos salários<br />

<strong>de</strong>vido às novas taxas <strong>de</strong> IRS.<br />

Os Estaleiros Navais <strong>de</strong> Peniche<br />

mantêm a “política <strong>de</strong> sempre”, que<br />

assenta em “procurar acudir a situações<br />

colocadas pelos trabalhadores”,<br />

a quem em caso <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> é feito<br />

um “avanço por conta <strong>de</strong> remunerações<br />

futuras”.


Economia<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 19<br />

Amado da Silva recordou na Nerlei amigo falecido há um ano<br />

Ribeiro Vieira, um homem<br />

<strong>de</strong> acção que dizia o que pensava<br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />

raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ O gosto pela leitura e pela aprendizagem<br />

foi uma das características<br />

<strong>de</strong> José Ribeiro Vieira recordadas<br />

anteontem pelo amigo Amado<br />

da Silva numa conferência realizada<br />

nas instalações da Nerlei, <strong>de</strong><br />

que era presi<strong>de</strong>nte quando faleceu,<br />

há um ano. O reitor da Universida<strong>de</strong><br />

Autónoma <strong>de</strong> Lisboa<br />

lembrou o homem <strong>de</strong> acção que<br />

dizia o que pensava, que “era humil<strong>de</strong>”<br />

e tinha um vincado “sentido<br />

<strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>”.<br />

Amado da Silva disse que o traço<br />

mais comum que encontrou<br />

nas diversas opiniões sobre Ribeiro<br />

Vieira foi a sua enorme cultura.<br />

“Curiosamente não foi a sua capacida<strong>de</strong><br />

empresarial, que muitos<br />

associavam à intuição”, apontou. O<br />

orador <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u que o “empresário<br />

tem <strong>de</strong> saber lidar com as pessoas,<br />

e isso exige uma base cultural<br />

muito gran<strong>de</strong>, exige perceber<br />

que os outros também existem,<br />

que são iguais a nós, na dignida<strong>de</strong>,<br />

e diferentes, nas suas vertentes, na<br />

maneira <strong>de</strong> ser e <strong>de</strong> estar”. Para<br />

Amado da Silva, Ribeiro Vieira tinha<br />

isso <strong>de</strong> forma “muito salutar,<br />

não era vaidoso”. Pelo contrário,<br />

“era humil<strong>de</strong>”.<br />

O reitor da Autónoma <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u<br />

que “a humilda<strong>de</strong> é o cimento da<br />

<strong>de</strong>mocracia”. “Sem humilda<strong>de</strong> não<br />

há <strong>de</strong>mocracia, sem humilda<strong>de</strong><br />

não há espírito <strong>de</strong> equipa. É a humilda<strong>de</strong><br />

que garante que quem<br />

tem <strong>de</strong> tomar as <strong>de</strong>cisões finais o<br />

faz com o credo na boca, mesmo<br />

sabendo que está a correr um risco,<br />

porque não há certezas”.<br />

Numa conversa informal e <strong>de</strong>scontraída,<br />

Amado da Silva recordou<br />

os tempos em que andaram<br />

juntos no Liceu <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, “que era<br />

fantástico”, contando algumas histórias<br />

com humor, lamentando<br />

que este se esteja a per<strong>de</strong>r e frisando<br />

que o humor “é importante<br />

na gestão”. Ribeiro Vieira “tinha-<br />

-o”. “E tinha sobretudo o sentido<br />

Reitor da Autónoma (à esq.) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que “humilda<strong>de</strong> é o cimento da <strong>de</strong>mocracia”<br />

D. Dinis Business School<br />

Veiga Simão presi<strong>de</strong> ao Conselho Superior<br />

Tomou posse na terça-feira o<br />

Conselho Superior da D. Dinis<br />

Business School, presidido por<br />

Veiga Simão (na foto), que referiu<br />

esperar que este projecto contribua<br />

para, “honrando o passado, colocar<br />

a região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na frente do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e do <strong>de</strong>sígnio<br />

nacional da internacionalização”.<br />

Integram ainda este órgão Alzira<br />

Marques, Amado da Silva, Ana<br />

Sargento, Gabriel Silva, Hél<strong>de</strong>r<br />

Roque, Henrique Neto, Joaquim<br />

Menezes, Jorge Santos, Luís<br />

Amado, Luís Reto, Nuno Mangas,<br />

Rosa Pedrosa e Rui Filinto. O<br />

presi<strong>de</strong>nte da Nerlei afirmou que a<br />

escola vai servir os empresários da<br />

região Centro. Quanto aos <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>, lembrou que “são<br />

reconhecidos pelo seu<br />

empreen<strong>de</strong>dorismo e pela<br />

apetência pelo risco”, mas<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u que <strong>de</strong>vem ser também<br />

“conhecidos pelas suas<br />

competências e qualificações”. A<br />

Business School surge num<br />

momento “cada vez mais difícil”<br />

para os negócios, mas existe a<br />

consciência <strong>de</strong> que a “qualificação<br />

assume um papel importante” e<br />

que é preferível agir do que<br />

“protestar contra o vento ou<br />

esperar que ele passe”.<br />

Amanhã <strong>de</strong> manhã na Nerlei<br />

Ministro da Economia <strong>de</strong>bate reindustrialização<br />

❚ A Associação Empresarial da Região<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> recebe amanhã, pelas<br />

10:30 horas, nas suas instalações,<br />

o ministro da Economia e<br />

Inovação. A visita <strong>de</strong> Álvaro Santos<br />

Pereira insere-se na iniciativa Encontros<br />

com os Sectores, que o seu<br />

ministério está a promover no âm-<br />

bito da <strong>de</strong>finição da Estratégia para<br />

a Reindustrialização, consi<strong>de</strong>rada<br />

“um dos pilares da agenda <strong>de</strong> crescimento<br />

sustentável para o País,<br />

perspectivando uma política a médio<br />

e a longo prazo”. Os convidados<br />

para este encontro são entida<strong>de</strong>s<br />

(associações empresariais, centros<br />

e pólos tecnológicos e universida<strong>de</strong>s)<br />

e empresas ligadas ao Cluster<br />

Habitat (fileira casa), que irão <strong>de</strong>bater<br />

os factores chave para este<br />

processo <strong>de</strong> reindustrialização em<br />

Portugal “contribuindo <strong>de</strong>cisivamente<br />

para enriquecer a discussão”.<br />

RICARDO GRAÇA<br />

da amiza<strong>de</strong>. E isso é muito relevante.<br />

Ela não custa dinheiro e<br />

não cobra nada. Nunca cobrámos<br />

nada um ao outro e continuamos<br />

amigos, cada um no seu sítio”,<br />

apontou.<br />

Lembrou que o amigo tinha<br />

como referência o padre António<br />

Vieira, quer era um “homem <strong>de</strong> acção,<br />

que não tinha medo nem receio,<br />

nada se lhe metia pela frente”.<br />

Ribeiro Vieira “era <strong>de</strong>sse mesmo<br />

tipo”. Referindo que muitas vezes<br />

as pessoas têm medo <strong>de</strong> dizer<br />

e <strong>de</strong> escrever o que pensam, Amado<br />

da Silva lembrou que não era o<br />

caso <strong>de</strong> Ribeiro Vieira, citando a<br />

propósito uma das suas crónicas<br />

sobre os fundos comunitários.<br />

Jorge Santos, presi<strong>de</strong>nte da Nerlei,<br />

recordou o seu antecessor como<br />

um “ilustre homem <strong>de</strong> causas,<br />

para quem o ensino e a economia<br />

eram duas faces da mesma moeda,<br />

catalisadores das regiões e das socieda<strong>de</strong>s”.<br />

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20 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Economia<br />

Nos últimos meses fecharam vários espaços emblemáticos<br />

Encerramento <strong>de</strong> lojas fragiliza<br />

centro da cida<strong>de</strong><br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />

raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ É o exemplo mais recente <strong>de</strong> uma<br />

tendência que se verifica há meses.<br />

A In!, uma das lojas emblemáticas<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, fechou as portas há duas<br />

semanas, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> nove anos <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong>. Engrossa assim o<br />

número <strong>de</strong> espaços comerciais<br />

encerrados no centro da cida<strong>de</strong>,<br />

com impactos na sua dinâmica e<br />

imagem, aponta o geógrafo Herculano<br />

Cachinho.<br />

A Casa dos Cafés, junto à Praça<br />

Rodrigues Lobo, o Kanto do Livro,<br />

neste local, livraria técnica que tinha<br />

aberto há pouco mais <strong>de</strong> um<br />

ano, são outros exemplos <strong>de</strong> lojas<br />

fechadas na cida<strong>de</strong>, que já tinha<br />

visto encerrar outros espaços emblemáticos<br />

como a Massimo Dutti,<br />

a Porta 6 ou a Creaminal.<br />

No Largo 5 <strong>de</strong> Outubro fechou recentemente<br />

uma loja <strong>de</strong> lingerie<br />

que existia há décadas. Álvaro Sousa<br />

justifica este <strong>de</strong>sfecho com a<br />

quebra no negócio. “Tive muitas<br />

vezes prejuízos mensais”. Garante<br />

que o incomoda ter <strong>de</strong> fechar as<br />

portas, mas frisa que o comércio da<br />

cida<strong>de</strong> está “um bocadinho ao<br />

abandono” porque os clientes não<br />

têm po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra. “Olham mas<br />

não entram nas lojas nem compram”.<br />

“A retracção nas vendas que se<br />

tem vindo a registar nos últimos<br />

meses e que não se perspectiva que<br />

A reindustrialização <strong>de</strong> Portugal<br />

Opinião<br />

Manuel<br />

Gomes<br />

A In! fechou há duas semanas<br />

Herculano Cachinho<br />

Dinâmica “transfere-se para o shopping”<br />

A existência <strong>de</strong> “muitos<br />

espaços vazios no centro da<br />

cida<strong>de</strong>” <strong>de</strong>ixa apreensivo<br />

Herculano Cachinho, geógrafo<br />

que nos últimos meses esteve<br />

em <strong>Leiria</strong> por várias vezes para<br />

escrever o capítulo O centro <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> no passado, no presente<br />

e no futuro, que integra o livro<br />

A nova vida do velho centro. O<br />

especialista em urbanismo diz<br />

Oministro da Economia parece que<br />

constatou a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolver os<br />

problemas económicos e financeiros do<br />

País apenas com austerida<strong>de</strong>. Também não<br />

era difícil chegar a essa conclusão olhando para a<br />

realida<strong>de</strong> dos resultados obtidos pela actual<br />

governação, por muito que se <strong>de</strong>seje transformar<br />

<strong>de</strong>rrotas em vitórias como acontece no futebol.<br />

Tendo-se feito luz no pensamento <strong>de</strong> Álvaro Santos<br />

Pereira, este tem-se empenhado nos últimos meses<br />

na criação <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> reindustrialização <strong>de</strong><br />

Portugal <strong>de</strong>sdobrando-se, para o efeito, em<br />

inúmeros contactos com os parceiros sociais<br />

nacionais e com políticos europeus. Ainda bem!<br />

Também Cavaco Silva, parte <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong><br />

lí<strong>de</strong>res europeus que, a certa altura, enten<strong>de</strong>ram<br />

que a indústria europeia (e já agora a agricultura)<br />

era para acabar, guinando a Europa para uma<br />

economia <strong>de</strong>smaterializada <strong>de</strong> serviços, vem agora<br />

apoiar esta opção <strong>de</strong> Álvaro Santos Pereira. Nunca é<br />

tar<strong>de</strong> para o arrependimento! Partindo do princípio<br />

que o Chefe Gaspar o <strong>de</strong>ixará sonhar alto em<br />

termos <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> algo visível e útil para a vida<br />

dos cidadãos e para a promoção do crescimento,<br />

resta a interrogação <strong>de</strong> saber qual será o conceito<br />

RICARDO GRAÇA<br />

que em <strong>Leiria</strong> “gran<strong>de</strong> parte<br />

das dinâmicas estão a<br />

transferir-se para o shopping, o<br />

que era <strong>de</strong> esperar”. E lembra<br />

que o fecho <strong>de</strong> lojas na cida<strong>de</strong><br />

tem impactos “muito gran<strong>de</strong>s”.<br />

Se não houver novas aberturas,<br />

“a imagem do centro agrava-se<br />

e isso reflecte-se no abandono”<br />

do espaço por parte dos<br />

consumidores.<br />

<strong>de</strong> reindustrialização nos dias <strong>de</strong> hoje, em<br />

Portugal. Será uma indústria baseada na mão-<br />

-<strong>de</strong>-obra barata e no empobrecimento geral dos<br />

portugueses como preten<strong>de</strong>, aparentemente, o<br />

FMI? Nunca conseguiremos competir, nesta<br />

base, com muitos outros países em termos <strong>de</strong><br />

custos <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra. Quando o ministro da<br />

Economia vem dizer que <strong>de</strong>vemos “apostar<br />

naquilo em que fomos bons durante muitos anos<br />

e que, por erro <strong>de</strong> política económica<br />

negligenciámos” fico um pouco apreensivo.<br />

Fomos bons em quê? Na produção a feitio <strong>de</strong><br />

confecções e calçado a preços baratos, apoiada<br />

pela inflação <strong>de</strong>slizante mensal no tempo do<br />

escudo? Portugal precisa <strong>de</strong> indústrias que<br />

possam gerar alto valor acrescentado, ou seja,<br />

suportadas por investigação, <strong>de</strong>senvolvimento e<br />

engenharia e alavancadas por gran<strong>de</strong>s empresas<br />

que garantam a sustentabilida<strong>de</strong> das<br />

exportações. Apoie-se o futuro retirando-se<br />

lições criativas do passado. Aguar<strong>de</strong>mos, pois,<br />

pela boa-nova do ministro lá para finais <strong>de</strong><br />

Fevereiro, segundo parece.<br />

Economista<br />

venha a melhorar a breve prazo” é<br />

também a principal razão para que<br />

a João Ratão passe entretanto para<br />

<strong>de</strong>ntro da Stop.<br />

“As medidas <strong>de</strong> austerida<strong>de</strong> que<br />

estão a ser implementadas diminuíram<br />

consi<strong>de</strong>ravelmente o po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> compra das famílias, levandoas<br />

a optar por artigos mais em conta,<br />

sobretudo quando se trata -<br />

como é o caso da João Ratão - <strong>de</strong><br />

vestuário <strong>de</strong> criança, em que as<br />

roupas têm um período <strong>de</strong> uso<br />

mais curto. Por outro lado, as marcas/lojas<br />

<strong>de</strong> adulto cada vez mais<br />

comercializam também roupa <strong>de</strong><br />

criança, pelo que haverá uma tendência<br />

para reduzir as lojas especializadas<br />

neste público”, aponta<br />

Álvaro Albino.<br />

O também presi<strong>de</strong>nte da Acilis vê<br />

com “muita apreensão” o fecho<br />

<strong>de</strong> lojas. “Para a dinâmica <strong>de</strong> qualquer<br />

cida<strong>de</strong> é importante a manutenção<br />

<strong>de</strong> um comércio <strong>de</strong> rua forte<br />

e competitivo, que atraia público<br />

e que gere emprego e receitas locais”.<br />

O dirigente diz que “o vizinho<br />

do lado <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser concorrente<br />

para ser aliado, pelo que o<br />

encerramento <strong>de</strong> lojas no centro<br />

enfraquece o comércio e <strong>de</strong>sertifica<br />

ainda mais a cida<strong>de</strong>”.<br />

Por isso, “é importante que os comerciantes<br />

se unam e que as entida<strong>de</strong>s<br />

com responsabilida<strong>de</strong> na<br />

gestão do espaço público incentivem<br />

e promovam a revitalização<br />

dos centros urbanos”.<br />

Veja mais<br />

anúncios<br />

<strong>de</strong><br />

imobiliário<br />

na página<br />

24<br />

Para saber<br />

como<br />

anunciar na<br />

secção <strong>de</strong><br />

classificados<br />

do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> ligue<br />

244 800400<br />

<strong>Leiria</strong> Workshop<br />

ensina a conciliar<br />

família e trabalho<br />

A importância da conciliação da<br />

vida profissional e familiar para o<br />

sucesso empresarial é o nome do<br />

workshop que se realiza no<br />

próximo dia 29, pelas 18:30 horas,<br />

no auditório do Grupo Cobertura<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, no 11º piso do<br />

centro comercial D. Dinis, em<br />

<strong>Leiria</strong>. O evento é organizado pelo<br />

núcleo da Associação Cristã <strong>de</strong><br />

Empresários e Gestores e será<br />

coor<strong>de</strong>nado por Laura Sánchez<br />

Pardos, da Fundación Más<br />

Familia. Insere-se no âmbito do<br />

Programa AconteSER: Li<strong>de</strong>rar com<br />

Responsabilida<strong>de</strong>, que visa apoiar<br />

os lí<strong>de</strong>res das PME a <strong>de</strong>senvolver<br />

práticas <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança responsável,<br />

“essenciais ao sucesso das suas<br />

empresas”. O workshop é gratuito,<br />

mas <strong>de</strong> inscrição obrigatória.<br />

Porto <strong>de</strong> Mós Moinhos<br />

Velhos apresenta<br />

plano <strong>de</strong> recuperação<br />

A Têxteis Moinhos Velhos, empresa<br />

situada em Mira <strong>de</strong> Aire, em Porto<br />

<strong>de</strong> Mós, e que se apresentou à<br />

insolvência no passado mês <strong>de</strong><br />

Novembro, reúne-se em<br />

assembleia <strong>de</strong> credores amanhã,<br />

pelas 10 horas, no Tribunal <strong>de</strong><br />

Porto <strong>de</strong> Mós. Jorge Faustino,<br />

nomeado pelo tribunal como<br />

administrador da insolvência,<br />

explica que a sua proposta é no<br />

sentido da recuperação daquela<br />

empresa, sugerindo a reformulação<br />

do plano <strong>de</strong> insolvência, orientado<br />

para a reestruturação, que a própria<br />

Têxteis Moinhos Velhos elaborou<br />

em Novembro. A empresa<br />

encontra-se em activida<strong>de</strong> há mais<br />

<strong>de</strong> 40 anos e emprega cerca <strong>de</strong> 100<br />

trabalhadores.<br />

Caldas da Rainha<br />

Seminário divulga<br />

incentivos às<br />

empresas<br />

Empresas portuguesas em 2013 é<br />

o nome do seminário que se<br />

realiza na próxima quarta-feira, a<br />

partir das 14:30 horas, no<br />

auditório da Expoeste, em Caldas<br />

da Rainha. Organizado pela<br />

Associação Industrial da Região<br />

Oeste, o evento conta com a<br />

presença <strong>de</strong> Franquelim Alves,<br />

gestor do Compete, que falará<br />

sobre incentivos às empresas,<br />

financiamento e capital <strong>de</strong> risco.<br />

Paula Silvestre, coor<strong>de</strong>nadora do<br />

projecto Formação PME/AEP,<br />

falará sobre o mesmo. Está<br />

prevista ainda a apresentação da<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social<br />

da AIRO e do ciclo <strong>de</strong> workshops<br />

para este ano.


Economia<br />

Escola profissional da área das terapêuticas não convencionais<br />

IMT abre em <strong>Leiria</strong> com cursos<br />

<strong>de</strong> “elevada empregabilida<strong>de</strong>”<br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />

raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Massoterapia/técnicos auxiliares<br />

<strong>de</strong> fisioterapia é um dos cursos que o<br />

Instituto <strong>de</strong> Medicina Tradicional<br />

(IMT) vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já ministrar em <strong>Leiria</strong>,<br />

on<strong>de</strong> sábado inaugurou um espaço.<br />

Este é, segundo Fânia Gomes,<br />

responsável da <strong>de</strong>legação, um dos<br />

cursos profissionais com mais procura<br />

no IMT. Fre<strong>de</strong>rico Carvalho acrescenta<br />

que é igualmente um dos que<br />

“dá gran<strong>de</strong>s garantias <strong>de</strong> emprego”.<br />

O director <strong>de</strong> formação frisa que o IMT<br />

está acreditado pela Direcção Geral do<br />

Emprego e das Relações <strong>de</strong> Trabalho<br />

e que a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> vai ter, no<br />

primeiro ano <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, pelo<br />

menos <strong>de</strong>z formadores, já que os<br />

horários <strong>de</strong> funcionamento são alargados<br />

e incluem o fim-<strong>de</strong>-semana.<br />

Gran<strong>de</strong> parte dos cursos estão vocacionados<br />

para jovens com o 9º ano,<br />

que preten<strong>de</strong>m apren<strong>de</strong>r uma profissão.<br />

Mas não dão equivalência ao<br />

12º ano. “O que garantem é elevada<br />

empregabilida<strong>de</strong>”, sustenta aquele<br />

responsável. Os cursos são pagos,<br />

sendo a mensalida<strong>de</strong> média na or<strong>de</strong>m<br />

dos 150 euros.<br />

O IMT <strong>de</strong>senvolve formação na área<br />

da Medicina Tradicional, Complementar<br />

e Alternativa, sendo o “instituto<br />

português com maior leque <strong>de</strong><br />

cobertura a este nível, oferecendo<br />

formação <strong>de</strong> longa duração, organizada<br />

em mol<strong>de</strong>s idênticos a cursos su-<br />

A vereadora Isabel Gonçalves marcou presença na inauguração<br />

periores na área da saú<strong>de</strong>, cursos<br />

profissionais <strong>de</strong> média e curta duração,<br />

pós-graduações, workshops,<br />

cursos livres e seminários”.<br />

Reflexologia, Shiatsu, Tui-Na, massagens<br />

Ayurvédica e Desportiva são<br />

alguns dos cursos a disponibilizar<br />

em <strong>Leiria</strong> numa primeira fase. Depois<br />

haverá outros como Osteopatia,<br />

Acupunctura e Técnicas Manipulativas.<br />

“O IMT tem ofertas para diversos<br />

tipos <strong>de</strong> procura. Há cursos mais ori-<br />

entados para jovens à procura do<br />

primeiro emprego ou <strong>de</strong>sempregados<br />

que querem entrar num mercado <strong>de</strong><br />

trabalho em crescimento e com capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> absorção, como é o caso,<br />

por exemplo, dos massagistas e técnicos<br />

auxiliares <strong>de</strong> fisioterapia em<br />

clínicas <strong>de</strong> reabilitação, SPA, ginásios,<br />

cruzeiros, unida<strong>de</strong>s hoteleiras”,<br />

explica Fânia Gomes.<br />

“Também há ofertas para profissionais<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e bem-estar que se<br />

RAQUEL DE SOUSA SILVA<br />

Investimento <strong>de</strong> 20 milhões <strong>de</strong> euros<br />

Derovo <strong>de</strong> Proença-a-Nova arranca em Março<br />

❚Arranca no final <strong>de</strong> Março a<br />

unida<strong>de</strong> da Derovo em Proença-a-<br />

-Nova, que tem capacida<strong>de</strong> para albergar<br />

um milhão <strong>de</strong> galinhas, que<br />

<strong>de</strong>verão produzir por ano 290 milhões<br />

<strong>de</strong> ovos, que serão comercializados<br />

em fresco e pré-pasteurizados,<br />

para posterior transformação.<br />

Inicialmente estimado em 28 milhões<br />

<strong>de</strong> euros, o projecto foi alvo <strong>de</strong><br />

alguns ajustes e o investimento <strong>de</strong>verá<br />

situar-se nos 20 milhões, revelou<br />

ao JORNAL DE LEIRIA Amândio<br />

Santos, administrador do grupo<br />

sediado em Pombal. O complexo da<br />

Derovo em Proença-a-Nova conta<br />

com 11 pavilhões.<br />

O projecto cria entre 60 e 70<br />

postos <strong>de</strong> trabalho e o recrutamento<br />

<strong>de</strong>verá ocorrer em Feverei-<br />

ro, sendo que os resi<strong>de</strong>ntes do<br />

concelho têm preferência, tendo<br />

"em conta o acordo assinado entre<br />

o grupo e a câmara", explicou à<br />

Lusa o presi<strong>de</strong>nte da autarquia.<br />

João Paulo Catarino mostra-se<br />

satisfeito com a concretização <strong>de</strong>ste<br />

projecto, explicando que “este<br />

foi um processo que teve um licenciamento<br />

difícil por parte da tu-<br />

Menus<br />

com oferta<br />

<strong>de</strong> 5 dias<br />

no Algarve<br />

querem diferenciar no mercado,<br />

fazendo formação complementar em<br />

áreas on<strong>de</strong> há procura e para as quais<br />

não fizeram formação <strong>de</strong> base, como<br />

Shiatsu, Tui-na, Auriculoterapia, Massagem<br />

Ayurvédica ou Reflexologia. E,<br />

naturalmente, para profissionais <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> como enfermeiros, fisioterapeutas,<br />

psicólogos, que po<strong>de</strong>rão encontrar<br />

neste sector das terapêuticas<br />

não convencionais a sua entrada no<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho”, acrescenta.<br />

tela. E quando esse licenciamento<br />

foi obtido surgiu a crise económica,<br />

o que veio dificultar o seu financiamento”.<br />

Resultado da junção <strong>de</strong> 70 avicultores,<br />

em 1994, a Derovo transforma<br />

actualmente mais <strong>de</strong> três milhões<br />

<strong>de</strong> ovos por dia nas suas<br />

duas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção, em<br />

Pombal e nas Astúrias (Espanha).<br />

Refeições das 19 às 24 horas . ABERTO AO ALMOÇO<br />

Rua Gago Coutinho, n.º 17 . 2400-146 <strong>Leiria</strong> (junto à Praça Rodrigues Lobo)<br />

Tel. 244 831 607/Tm. 914 243 173 . malaguetaafrodisiaca@gmail.com<br />

www.malaguetaafrodisiaca.com<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 21<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Novo restaurante<br />

no D. Dinis<br />

❚Chama-se Piso 4 o restaurante<br />

que abriu recentemente no Centro<br />

Comercial D. Dinis, em <strong>Leiria</strong>. Luís<br />

Bento explorava o café existente no<br />

quarto piso e passa agora a explorar<br />

também o espaço contíguo,<br />

alargando a oferta. Além das sopas<br />

e baguetes que antes estavam<br />

disponíveis, os clientes po<strong>de</strong>m<br />

agora contar com um prato do dia<br />

“a preços muito acessíveis” e também<br />

com bifanas. Daqui a algum<br />

tempo o empresário pensa disponibilizar<br />

igualmente lanches e petiscos.<br />

O Piso 4 funciona sobretudo à<br />

hora do almoço, mas também serve<br />

jantares a grupos, sob marcação.<br />

Fátima<br />

Mesa redonda<br />

discute turismo<br />

❚ Turismo em Fátima é o tema da<br />

mesa redonda que se realiza amanhã,<br />

nas instalações do Museu <strong>de</strong><br />

Arte Sacra e Etnologia daquela<br />

cida<strong>de</strong>. Marcada para as 21:30 horas,<br />

a iniciativa é da Liga dos Amigos<br />

<strong>de</strong>ste espaço museológico.<br />

Francisco Vieira, director da<br />

Insignare, António Nabais, museólogo,<br />

Jorge Heleno, hoteleiro, Nadine<br />

Guénou, ceramista, e Paulo Sametti,<br />

com experiência em acolhimento<br />

a peregrinos, irão partilhar testemunhos<br />

e perspectivas sobre a realida<strong>de</strong><br />

turística <strong>de</strong> Fátima e o seu papel<br />

no turismo português.<br />

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22 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Economia<br />

Expansão Salsa abre<br />

duas lojas na capital<br />

angolana<br />

Com uma forte presença<br />

internacional e lojas em vários<br />

países, a marca portuguesa Salsa<br />

continua a sua expansão, <strong>de</strong>sta vez<br />

em Angola, on<strong>de</strong> abriu duas lojas<br />

em Luanda. Em comunicado, frisa<br />

tratar-se <strong>de</strong> “mais um passo no<br />

caminho do sucesso da marca”,<br />

que tem vindo a abraçar um projeto<br />

<strong>de</strong> internacionalização que<br />

exponencia a importância da moda<br />

portuguesa no estrangeiro”.<br />

Alimentar Bolsa<br />

Gourmet aberta a<br />

empresas portuguesas<br />

A Câmara <strong>de</strong> Comércio e Indústria<br />

Luso-Alemã está a organizar uma<br />

missão empresarial com vista à<br />

promoção <strong>de</strong> produtos alimentares<br />

portugueses “da mais elevada<br />

qualida<strong>de</strong>” na Cimeira dos Sabores<br />

(também chamada Bolsa <strong>de</strong><br />

Produtos Gourmet). Iniciativa da<br />

associação alemã Corpus<br />

Culinario, reúne os comerciantes<br />

lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> produtos gourmet na<br />

Alemanha e realiza-se a 15 <strong>de</strong> Abril<br />

em Bad Kissingen. Segundo aquela<br />

câmara <strong>de</strong> comércio, para os<br />

produtores portugueses esta<br />

cimeira “representa uma<br />

oportunida<strong>de</strong> para divulgarem os<br />

seus produtos no maior mercado<br />

europeu, junto <strong>de</strong> profissionais<br />

especializados que incluem<br />

comerciantes gourmet, gestores da<br />

gastronomia <strong>de</strong> topo, chefes <strong>de</strong><br />

cozinha, diretores do sector<br />

hoteleiro e da comunicação social<br />

alemã especializada”. A Bolsa <strong>de</strong><br />

Produtos Gourmet “<strong>de</strong>staca-se<br />

como o evento mais importante<br />

para este nicho <strong>de</strong> mercado” e em<br />

cada uma das 15 edições anteriores<br />

recebeu mais <strong>de</strong> 60 expositores<br />

internacionais.<br />

Leiturasdasemana (https://www.facebook.com/livraria.arquivo)<br />

Quem paga o estado social<br />

em Portugal?<br />

Raquel Varela (coor<strong>de</strong>nadora)<br />

Editora: Bertrand<br />

«Este livro prova com números e factos que os<br />

trabalhadores portugueses contribuem para o<br />

Estado social o necessário para pagar a sua saú<strong>de</strong>,<br />

educação, bem-estar e infraestruturas.» Os diversos<br />

autores documentam o percurso <strong>de</strong> consolidação<br />

do Estado Social e a importância das contribuições<br />

dos cidadãos ao longo <strong>de</strong> décadas indicando que a<br />

solidarieda<strong>de</strong> social é imperativa. Também se<br />

<strong>de</strong>stacam as constantes ameaças das políticas<br />

neoliberais à consolidação do Estado Social<br />

sobretudo a partir da década <strong>de</strong> 80.<br />

Marinha Gran<strong>de</strong> Open<br />

acolhe evento sobre<br />

aeronáutica<br />

Os requisitos para ser fornecedor da<br />

indústria aeronáutica vão estar em<br />

<strong>de</strong>bate hoje num workshop que se<br />

realiza nas instalações da Open, na<br />

Marinha Gran<strong>de</strong>. Organizada pela<br />

Pool-Net em colaboração com o<br />

Centimfe, esta acção é<br />

<strong>de</strong>senvolvida no âmbito do projeto<br />

ETF - Empresa Tooling do Futuro e<br />

visa a divulgação e experimentação<br />

<strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> suporte ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das empresas.<br />

<strong>Leiria</strong> Tosquia<br />

Cabeleireiros com novo<br />

espaço e mais serviços<br />

O Tosquia Cabeleireiros mudou <strong>de</strong><br />

instalações e trocou a Avenida<br />

Marquês <strong>de</strong> Pombal, pela Rua<br />

Machado dos Santos, em <strong>Leiria</strong>.<br />

Com esta mudança, Vasco Santos,<br />

Anabela Santos e Sabrina Rodrigues<br />

preten<strong>de</strong>m disponibilizar, além do<br />

habitual trabalho <strong>de</strong> cabeleireiro<br />

unissexo, consultoria <strong>de</strong> imagem e<br />

serviço <strong>de</strong> fotografia, <strong>de</strong> moda, para<br />

bebés ou famílias. O novo espaço<br />

emprega seis colaboradores.<br />

Portugal já é exce<strong>de</strong>ntário em gasóleo<br />

Já foi iniciada na refinaria <strong>de</strong> Sines a produção comercial<br />

<strong>de</strong> gasóleo, <strong>de</strong>pois do projecto <strong>de</strong> reconversão <strong>de</strong>sta<br />

refinaria e da <strong>de</strong> Matosinhos. O investimento, <strong>de</strong> 1,4 mil<br />

milhões <strong>de</strong> euros, teve como principal objectivo “o<br />

aumento da produção <strong>de</strong> gasóleo em <strong>de</strong>trimento<br />

sobretudo da produção <strong>de</strong> fuelóleo, em linha com as<br />

necessida<strong>de</strong>s do mercado e <strong>de</strong> forma a aumentar a<br />

competitivida<strong>de</strong> do aparelho refinador da Galp Energia”,<br />

refere a empresa em comunicado. “Com este<br />

investimento, o país passará não só a produzir gasóleo<br />

suficiente para satisfazer a totalida<strong>de</strong> das necessida<strong>de</strong>s<br />

do mercado português, como a exportar este produto<br />

que até agora importava. A Galp Energia dá assim um<br />

contributo significativo para a redução da factura<br />

energética nacional e para o equilíbrio da balança<br />

comercial”, acrescenta. O processo <strong>de</strong> arranque do novo<br />

equipamento teve início no dia 10, prevendo-se a<br />

estabilização da produção à carga máxima durante este<br />

trimestre. Tem capacida<strong>de</strong> para processar diariamente<br />

43 mil barris <strong>de</strong> gasóleo <strong>de</strong> vácuo pesado. “De salientar<br />

que todo o projecto obe<strong>de</strong>ceu aos mais elevados padrões<br />

<strong>de</strong> segurança e qualida<strong>de</strong>, passando por rigorosos<br />

sistemas <strong>de</strong> controlo, os quais permitiram que fosse<br />

agora concluído com pleno sucesso”, frisa a Galp.<br />

Como Avalia A Sua Vida?<br />

Clayton M. Christensen<br />

Editora: Lua <strong>de</strong> Papel<br />

"Este livro não oferece respostas fáceis. Mas vai<br />

levá-lo a pensar nas questões mais importantes que<br />

lhe vão surgir pelo caminho. Não lhe vai dizer o que<br />

<strong>de</strong>ve pensar, mas como pensar, baseando-se em<br />

pesquisas <strong>de</strong>senvolvidas na Harvard Business<br />

School e outras instituições. Não lhe vai indicar o<br />

caminho para a felicida<strong>de</strong>. Mas vai fornecer-lhe as<br />

ferramentas para que viva a vida que quer viver, as<br />

mesmas que usam os gestores das companhias que<br />

transformaram o mundo em que vivemos.<br />

DR<br />

Óbidos Associação<br />

parceira do AgroCluster<br />

do Ribatejo<br />

O AgroCluster do Ribatejo e a<br />

associação empresarial Óbidos.com<br />

assinaram um protocolo <strong>de</strong> colaboração<br />

nos termos do qual esta<br />

funcionará como uma <strong>de</strong>legação<br />

daquela organização, “actuando<br />

como um veículo dinamizador da<br />

activida<strong>de</strong> do cluster agroindustrial,<br />

na medida em que irá<br />

exercer a sua intervenção e<br />

influência junto das empresas e<br />

empresários <strong>de</strong>sta região”.<br />

Parceria Vista Alegre<br />

Atlantis junta-se<br />

à Christian Lacroix<br />

A Vista Alegre Atlantis (VAA)<br />

firmou uma parceria <strong>de</strong> cinco anos<br />

com a marca francesa <strong>de</strong> luxo<br />

Christian Lacroix. A apresentação<br />

das quatro colecções <strong>de</strong> mesa e<br />

das peças <strong>de</strong>corativas <strong>de</strong>correu a<br />

semana passada em Paris, numa<br />

feira internacional <strong>de</strong> <strong>de</strong>coração.<br />

De acordo com fonte da VAA,<br />

citada pelo <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Negócios,<br />

todos os anos vão ser<br />

apresentadas novas colecções. As<br />

peças são <strong>de</strong>senvolvidas pelas<br />

duas marcas. A Vista Alegre<br />

assume a produção, mas também<br />

tem envolvimento no <strong>de</strong>sign. Por<br />

exemplo, algumas das borboletas<br />

da colecção Butterflies (na foto)<br />

são <strong>de</strong>senhos do seu inventário.<br />

Segundo a mesma fonte, "a Vista<br />

Alegre não se limita a<br />

ser o produtor na<br />

sombra: a<br />

marca Vista<br />

Alrege não<br />

<strong>de</strong>saparece e<br />

não é<br />

canibalizada".<br />

E existe um<br />

logótipo conjunto<br />

que aparecerá nas peças.


Economia<br />

Numa transversal da Praça Rodrigues Lobo, em <strong>Leiria</strong><br />

Tradição com Alma divulga<br />

produtos artesanais portugueses<br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />

raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Ginja <strong>de</strong> Alcobaça, azeite da Pia do<br />

Urso, rebuçados <strong>de</strong> Portalegre, queijos<br />

<strong>de</strong> Serpa e da Covilhã e mel da<br />

Lousã são alguns dos artigos à venda<br />

na Tradição com Alma, espaço<br />

que abriu recentemente junto à Praça<br />

Rodrigues Lobo, em <strong>Leiria</strong>. “Nasceu<br />

da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> não <strong>de</strong>ixar cair no<br />

esquecimento as tradições, os produtos<br />

que nasceram com as gentes<br />

<strong>de</strong> cada terra, com as melhores qualida<strong>de</strong>s,<br />

feitos com alma, à maneira<br />

antiga, seguindo as receitas com<br />

centenas <strong>de</strong> anos”.<br />

Licenciada em turismo, mas no<br />

<strong>de</strong>semprego, Sofia Simões resolveu<br />

abrir esta loja <strong>de</strong> produtos alimentares,<br />

apostando num projecto que<br />

se “diferencia” pela ligação dos produtos<br />

regionais à respectiva região<br />

a que pertencem, dando a conhecer<br />

a qualida<strong>de</strong> dos produtos e a região.<br />

“Tendo em conta esta crise, o melhor<br />

que podia fazer era apostar no<br />

que é nosso”, argumenta.<br />

“Trabalharemos no sentido <strong>de</strong>,<br />

através dos produtos regionais, levar<br />

o turista português a ir para<br />

fora cá <strong>de</strong>ntro”, diz Sofia Simões.<br />

“Todos os nossos produtos são feitos<br />

artesanalmente, não sendo encontrados<br />

em gran<strong>de</strong>s superfícies, e<br />

muitos <strong>de</strong>les são já produtos premiados<br />

pela sua qualida<strong>de</strong> excepcional”,<br />

diz a empreen<strong>de</strong>dora, apontando<br />

o exemplo da marca Sabor a<br />

Fado.<br />

Empresa <strong>de</strong> Marinha Gran<strong>de</strong><br />

Ferreira & Filhos fez anos<br />

e apresentou novos mo<strong>de</strong>los<br />

Sofia Simões investiu cinco mil euros e criou o seu emprego<br />

Agricultura criou maior número <strong>de</strong> negócios<br />

Comércio com mais fechos e novas aberturas<br />

O ano passado houve quase 28<br />

mil dissoluções <strong>de</strong> empresas,<br />

número que compara com a<br />

criação <strong>de</strong> 29 mil negócios, <strong>de</strong><br />

acordo com dados do Ministério<br />

da Justiça citados pelo Público.<br />

Sem apontar números para cada<br />

um dos casos, o diário refere um<br />

saldo líquido <strong>de</strong> 496 empresas<br />

no distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Só na<br />

Ma<strong>de</strong>ira é que o saldo entre<br />

dissolução e criação <strong>de</strong><br />

empresas foi negativo. A nível<br />

nacional, os dados mostram que<br />

o comércio a retalho foi o sector<br />

que li<strong>de</strong>rou os dois indicadores;<br />

abriram 3805 novas lojas, mas<br />

fecharam 2436. O segundo lugar<br />

foi ocupado pela promoção<br />

imobiliária, com 2967 aberturas<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 23<br />

RICARDO GRAÇA<br />

e 2406 encerramentos. O sector<br />

agrícola foi o que mais cresceu<br />

em termos absolutos no número<br />

<strong>de</strong> novos negócios criados,<br />

tendo-se registado uma<br />

diferença <strong>de</strong> 474 empresas, “o<br />

que po<strong>de</strong>rá ser um sinal da<br />

procura por alternativas num<br />

momento <strong>de</strong> difícil<br />

empregabilida<strong>de</strong>”.<br />

Evento <strong>de</strong>corre hoje na ESTG<br />

Sessão <strong>de</strong> esclarecimentos<br />

sobre incentivos do QREN<br />

AAPI promove Business Drink na Batalha<br />

A Associação <strong>de</strong> Acção para a Internacionalização<br />

promove na quinta-feira, dia 31, pelas 18:30 horas,<br />

no Hotel Mestre Afonso Domingues, na Batalha, o<br />

primeiro Informal Business Drink, com o objectivo<br />

<strong>de</strong> permitir a troca <strong>de</strong> experiências entre<br />

empresários.<br />

Seis pessoas na rua<br />

Somagil em<br />

processo <strong>de</strong><br />

insolvência<br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />

raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Os credores da Somagil Electricida<strong>de</strong><br />

aceitaram, na assembleia realizada<br />

recentemente, que seja apresentada<br />

uma proposta para a viabilização<br />

da empresa da Maceira, o que<br />

<strong>de</strong>verá acontecer no prazo <strong>de</strong> 60 dias.<br />

O administrador <strong>de</strong> insolvência explica<br />

que uma das causas da situação<br />

a que a Somagil chegou foi a “anulação,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> aprovado, <strong>de</strong> um concurso<br />

da Parque Escolar, <strong>de</strong> valor superior<br />

a um milhão <strong>de</strong> euros”.<br />

A empresa requereu a insolvência<br />

em Novembro e <strong>de</strong>pois dispensou seis<br />

trabalhadores. Segundo contaram ao<br />

JORNAL DE LEIRIA na segunda-feira,<br />

foi-lhes entregue um documento<br />

a garantir que os seus direitos estariam<br />

salvaguardados até 18 <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Sem qualquer outro documento na<br />

sua posse, no dia seguinte apresentaram-se<br />

no local <strong>de</strong> trabalho. “Queremos<br />

que nos clarifiquem a situação,<br />

formalmente”, explicam os trabalhadores,<br />

que esperavam os documentos<br />

para o Fundo <strong>de</strong> Garantia<br />

Salarial e para o subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego.<br />

“Andamos nesta in<strong>de</strong>finição<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dezembro. Nem sequer<br />

po<strong>de</strong>mos ir procurar emprego”, lamentaram<br />

na segunda-feira.<br />

Frisando que não há salários nem<br />

subsídios em atraso, aqueles trabalhadores<br />

tencionavam continuar a<br />

apresentar-se no local <strong>de</strong> trabalho<br />

até obterem os referidos documentos<br />

e já pediram a intervenção da Autorida<strong>de</strong><br />

para as Condições <strong>de</strong> Trabalho.<br />

O administrador da insolvência garante<br />

que “não havia hipótese nenhuma”<br />

<strong>de</strong> manter aqueles postos <strong>de</strong><br />

trabalho e explica que os documentos<br />

só não foram entregues aos trabalhadores<br />

na segunda-feira porque<br />

quando lhe chegaram às mãos “estavam<br />

errados”. Na terça-feira os trabalhadores<br />

foram contactados para receberem<br />

os documentos, “mas faltava<br />

a carta <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedimento, pelo<br />

que não aceitámos e vamos continuar<br />

à espera”, explica um <strong>de</strong>les.<br />

❚ Numa comemoração on<strong>de</strong> esteve<br />

❚ A Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologia vos à Investigação e Desenvolvi-<br />

presente o secretário geral da Asso-<br />

e Gestão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (ESTG) promove mento Tecnológico nas Empresas<br />

ciação Nacional das Empresas do<br />

hoje, a partir das 14 horas, no Au- (SII&DT), Sistema <strong>de</strong> Incentivos à<br />

Comércio e da Reparação Automóvel,<br />

ditório 1 do Edifício B, uma sessão Inovação (SI Inovação), e Siste-<br />

José Neves da Silva, o director geral<br />

<strong>de</strong> esclarecimentos sobre os sistemas <strong>de</strong> Incentivos à Qualificação e<br />

da Iveco Portugal, David Carlos, enmas<br />

<strong>de</strong> incentivos do Quadro <strong>de</strong> Internacionalização <strong>de</strong> PME (SI<br />

tre mais <strong>de</strong> 180 convidados, a Ferreira<br />

Referência Estratégico Nacional Qualificação PME).<br />

& Filhos, concessionário Iveco para a<br />

(QREN). A participação nesta ses- “Os incentivos ao investimento<br />

região, celebrou mais um aniversário,<br />

são é gratuita. O evento é organi- empresarial visam o acréscimo <strong>de</strong><br />

o 21.º, e apresentou ao público as viazado<br />

em colaboração com o Insti- produtivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> competitivituras<br />

Daily, Eurocargo, Trakker e<br />

tuto <strong>de</strong> Apoio às Pequenas e Méda<strong>de</strong> das empresas, e a melhoria do<br />

Stralis e, ainda, a nova Stralis Hi Way.<br />

dias Empresas e à Inovação (IAP- perfil <strong>de</strong> especialização <strong>de</strong> Portu-<br />

“Não queremos ser os maiores, mas<br />

MEI), que estará representado atragal, favorecendo o <strong>de</strong>senvolvi-<br />

sim os melhores”, afirmou o admivés<br />

<strong>de</strong> Patrícia Sousa e Dina Sobral. mento territorial e a internacionistrador<br />

da empresa, Nuno Ferreira,<br />

A sessão está aberta a todos nalização da economia e priori-<br />

no final do buffet–convívio que mar-<br />

aqueles que pretendam obter mais zando o apoio a projectos <strong>de</strong> incou<br />

a data. Durante o encontro, Ne-<br />

informações sobre financiamenvestimento em activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> proves<br />

da Silva elogiou a Ferreira & Fito,<br />

sendo abordados os programas dução <strong>de</strong> bens e serviços transalhos,<br />

“empresa que está a vencer a cri- Nuno Ferreira reafirmou<br />

com candidaturas a <strong>de</strong>correr accionáveis ou internacionalizáveis”,<br />

se e a lidar com a recessão”. vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento sólido tualmente: Sistemas <strong>de</strong> Incenti- aponta a organização.<br />

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Alerta-se para a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> situações em que a oferta <strong>de</strong> emprego publicada já foi preenchida <strong>de</strong>vido ao tempo que me<strong>de</strong>ia a sua disponibilização ao <strong>Jornal</strong> e a sua publicação.


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Telef: 236 209 110 Fax: 236 209 111 Mail:<br />

pombal.tc@tribunais.org.pt<br />

ANÚNCIO<br />

Processo: 1922/11.9TBPBL<br />

Ação Esp. Cump. Obrig. DL269/98<br />

(superior Alçada 1ªInstª)<br />

N/Referência: 3176586<br />

Data: 11-09-2012<br />

2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1489 - 24.01.2013<br />

Autor: Pombalconta – Contabilida<strong>de</strong>, Organização<br />

e Fiscalida<strong>de</strong>, Lda.<br />

Réu: Leonel <strong>de</strong> Jesus Oliveira e outro(s)...<br />

Ficam os Réus: Leonel <strong>de</strong> Jesus Oliveira, NIF-<br />

190283734, domicílio: Rua Pinhal Leitão, nº 10,<br />

Charneca, 3100-399 Pombal e Réu: Cidália<br />

Gameiro Moreira Oliveira, NIF- 216081262,<br />

domicílio: Rua Pinhal Leitão, nº 10, Charneca,<br />

3100-399 Pombal, com última residência conhecida<br />

na morada indicada, citados para contestarem,<br />

querendo, no prazo <strong>de</strong> 20 dias contados<br />

da data da publicação do último anúncio, a acção<br />

acima i<strong>de</strong>ntificada, com a advertência <strong>de</strong> que na<br />

falta <strong>de</strong> contestação po<strong>de</strong>rá ser conferida força<br />

executiva à petição. Ficam ainda advertidos <strong>de</strong><br />

que as provas <strong>de</strong>vem ser oferecidas na audiência<br />

<strong>de</strong> julgamento, po<strong>de</strong>ndo apresentar até 5 testemunhas<br />

e que é obrigatória a constituição <strong>de</strong><br />

mandatário judicial.<br />

O pedido consiste no pagamento <strong>de</strong> €5.841,12,<br />

proveniente <strong>de</strong> contrato, tudo como melhor consta<br />

do duplicado da petição inicial que se encontra<br />

nesta Secretaria, à disposição do citando.<br />

A Juíza <strong>de</strong> Direito,<br />

Rosa Maria Cardoso Saraiva<br />

O Oficial <strong>de</strong> Justiça,<br />

José Cor<strong>de</strong>iro Vintém<br />

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facebook.com/trabalhinhosdalaurinda<br />

Ficha<br />

Técnica<br />

JORLIS, LDA.<br />

Gerência<br />

Maria Alexandra Vieira,<br />

João Nazário<br />

Direcção Editorial<br />

Maria Alexandra Vieira,<br />

Arnaldo Sapinho, Orlando Cardoso,<br />

Anabela Frazão<br />

Director<br />

João Nazário<br />

(direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Redacção<br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva (coor<strong>de</strong>nação)<br />

(raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Damião Leonel, Daniela Franco Sousa,<br />

Elisabete Cruz, Graça Menitra, Jacinto<br />

Silva Duro, Maria Anabela Silva, Miguel<br />

Sampaio, Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />

Fotografia<br />

Ricardo Graça<br />

(ricardo.graca@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Copy<strong>de</strong>sk<br />

Orlando Cardoso<br />

orlandocardososter@gmail.com<br />

Colaboradores permanentes<br />

Ana Ferraz Pereira, Joaquim Paulo, Luci<br />

Pais, Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong>, Orlando Cardoso,<br />

Paula Lagoa<br />

Direcção Gráfica<br />

Gabinete Técnico Jorlis<br />

Paginação e Produção<br />

Isil da Trinda<strong>de</strong> (coor<strong>de</strong>nação)<br />

(isilda.trinda<strong>de</strong>@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Rita Carlos (rita.carlos@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Serviços Administrativos/Assinantes<br />

Cília Ribeiro<br />

(cilia.ribeiro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

(assinantes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Tesouraria<br />

Patrícia Carvalho<br />

(patricia.carvalho@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Serviços Comerciais<br />

Maria Nunes<br />

(maria.nunes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

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O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está aberto<br />

à participação <strong>de</strong> todos os cidadãos<br />

<strong>de</strong> acordo com o ponto 5 do Estatuto<br />

Editorial<br />

Boletim <strong>de</strong> assinatura<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 27<br />

Nome | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |<br />

| | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |<br />

Morada | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |<br />

| | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |<br />

CP | | | | | - | | | | Localida<strong>de</strong> | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |<br />

País | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Telefone | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |<br />

Profissão | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Habilitações Literárias | | | | | | | | | | | | | |<br />

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Assinatura<br />

Palavras cruzadas<br />

Horizontais: 1 – Cometeramos um erro. 2 – Psicologia. Além. 3 – 90 (Rom.).<br />

Letra grega (pl.). Tal como foi dito. 4 – Aqui estão!. Feita uma operação. 5 –<br />

Voraz, <strong>de</strong>vastador. Verme microscópio que causa na vi<strong>de</strong>ira a doença chamada<br />

erinose. 6 – Botânica (abrev.). Algebra (abrev.). 7 – Faças acenos. O maior grau,<br />

apogeu. 8 – O m. q. durame. Senhor (Hebraico). 9 – Berne. Cida<strong>de</strong> Espanhola.<br />

Também (Arc.). 10 – Chalaceia. Espécie <strong>de</strong> cera que se extrai da carnaubeira<br />

(Bras.). 11 – Relativo a semestre.<br />

VERTICAIS: 1- O m.q. Enxertia. 2 – Orvalho. Pinheiro-do-brasil, curiúva. 3 –<br />

Letra grega. Compreen<strong>de</strong>rá. 4 – Ice, levante. Região. Nome <strong>de</strong> letra. 5 – Maltrapilho.<br />

Receavam. 6 – Festim. Corte com serrote. 7 – Avarenta. Em uns. 8<br />

– Duas vogais. Montalha da Bulgária oci<strong>de</strong>ntal. Naturalida<strong>de</strong> (abrev.). 9 – Estirpe,<br />

raça familiar (Fig.). Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cal<strong>de</strong>ia. 10 – Toureie. Terreno que contém<br />

mineral. 11 – Conjunto <strong>de</strong> cacauzeiros.<br />

Solução do problema anterior: Horizontais: 1 - SILABO. ASCA. 2 - ASITA. SITUA.<br />

3 – IA. ITRIA. IT. 4 – BAU. AER. ADA. 5 – ACRESCENTA. 6 – M. RU. R. AO. V. 7 – SO-<br />

BRESSAIA. 8 – SEU. AAA. RAI. 9 – OG. MERLO. MV. 10 – VALAR. VILOA. 11 – ORAR. PO-<br />

TOSI.<br />

Verticais: 1 – SAIBAM. SOVO. 2 – ISAAC. SEGAR. 3 – LI. URROU. LA. 4 – ATI. EUB. MAR.<br />

5 – BATAS. RAER. 6 – O. RECREAR. P. 7 – SIRE. SALVO. 8 – AIA. NAS. OIT. 9 – ST.<br />

ATOAR. LO. 10 – CUIDA. IAMOS. 11 - AATA. VAIVAI.<br />

Sudoku


28 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Desporto<br />

Há um milhar e meio <strong>de</strong> tesouros<br />

por <strong>de</strong>scobrir no distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Geocaching Há quem pratique pela adrenalina das experiências extremas e quem o faça pelo<br />

contacto com a natureza e pela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir recantos únicos. Quer experimentar?<br />

Miguel Sampaio<br />

miguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Se passar por um indivíduo a vasculhar<br />

uma moita, a levantar pedras<br />

ou a meter a mão em buracos <strong>de</strong><br />

uma pare<strong>de</strong> não pense que se trata <strong>de</strong><br />

um maluquinho ou <strong>de</strong> alguém que se<br />

está a preparar para fazer alguma<br />

malda<strong>de</strong>. Muito provavelmente, encontrou<br />

um geocacher em busca <strong>de</strong><br />

mais um tesouro. Uma prática que<br />

tem cada vez mais a<strong>de</strong>ptos na região.<br />

Geocacher? Geocaching? Mas o que<br />

é isso, afinal <strong>de</strong> contas? Vamos explicar.<br />

Basicamente, o geocaching é a versão<br />

mo<strong>de</strong>rna e actualizada da tradicional<br />

caça ao tesouro. É uma activida<strong>de</strong><br />

lúdica, que privilegia o contacto<br />

com a natureza. Sozinho ou em<br />

grupo, o geocacher - aquele que pratica<br />

o geocaching - usa a localização por<br />

GPS para encontrar tesouros – as caches<br />

- escondidos por outros geocachers,<br />

que po<strong>de</strong>m estar em qualquer<br />

local do mundo, numa ilha isolada –<br />

a Berlenga tem meia-dúzia – ou no<br />

centro <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> como <strong>Leiria</strong>. A<br />

<strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> cada cache, ou contentor,<br />

e as suas coor<strong>de</strong>nadas geográficas<br />

estão publicadas numa página da internet<br />

acessível a toda a gente, em<br />

www.geocaching.com.<br />

Artur Gomes, também conhecido<br />

por Gato Maltês, é um dos nomes incontornáveis<br />

<strong>de</strong>sta tribo na região<br />

por colocar aos outros a<strong>de</strong>ptos da activida<strong>de</strong><br />

dos mais interessantes e<br />

complexos <strong>de</strong>safios. Encontrou a sua<br />

primeira cache há três anos e meio –<br />

já leva 607 <strong>de</strong>scobertas – e 3 meses <strong>de</strong>pois<br />

sentiu “as primeiras ânsias <strong>de</strong> owner”.<br />

“Há quem pratique geocaching<br />

pela adrenalina que as geocaches<br />

mais radicais proporcionam e há<br />

quem aprecie o simples contacto<br />

com a natureza. No fundo, há caches<br />

para todos os gostos. Basta dar uma<br />

olha<strong>de</strong>la aos atributos que constam na<br />

página para se ter uma i<strong>de</strong>ia do tipo <strong>de</strong><br />

aventura que nos espera”, salienta o<br />

Gato Maltês.<br />

Filipe Marques, o ‘mafill’ do geocaching,<br />

é, também ele, owner <strong>de</strong> várias<br />

caches e um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>scobridor<br />

<strong>de</strong> tesouros: já leva 1386. Começou em<br />

Maio <strong>de</strong> 2008, por influência <strong>de</strong> um<br />

amigo, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então tem sido somar<br />

caches atrás <strong>de</strong> caches. No distrito, na<br />

terça-feira, quando escrevemos o artigo,<br />

só havia uma pessoa no distrito<br />

com mais caches <strong>de</strong>scobertas do que<br />

mafill. “O contacto com a natureza é<br />

o que me faz continuar, mas existem<br />

muitas experiências, algumas das<br />

quais nunca tinha sequer sonhado em<br />

Geocaching: a caça ao tesouro em <strong>Leiria</strong><br />

Rio Lena<br />

ESTG<br />

Rua Estrada da Estação<br />

Rio Lis<br />

A19<br />

A19<br />

Fonte: www.geocaching.com<br />

Rotunda<br />

Almoinha<br />

Gran<strong>de</strong><br />

Escola<br />

Rodrigues<br />

Lobo<br />

Estádio<br />

Magalhães<br />

Pessoa<br />

Escola<br />

Domingos Sequeira<br />

Escola<br />

D. Dinis<br />

Nova<br />

<strong>Leiria</strong><br />

ESECS<br />

IPL<br />

Câmara<br />

Castelo<br />

Sé<br />

Praça Jardim Luís<br />

Rodrigues <strong>de</strong> Camões<br />

Lobo<br />

Rua Barão <strong>de</strong> Viamonte<br />

Rotunda do<br />

Estádio<br />

Estrada dos Marinheiros<br />

Pc. Goa<br />

Damão<br />

eDiu<br />

Avenida Marquês <strong>de</strong> PombaL<br />

Av. Heróis <strong>de</strong> Angola<br />

Parque da cida<strong>de</strong><br />

Rua <strong>de</strong> Tomar<br />

Jardim Santo<br />

Agostinho<br />

O lado negro da activida<strong>de</strong><br />

Vandalismo também ataca no geocaching<br />

Esta é uma activida<strong>de</strong> à partida<br />

limpa, que não implica gran<strong>de</strong>s<br />

custos para aqueles que a ela<br />

a<strong>de</strong>rem e só <strong>de</strong>veria ter um lado<br />

positivo. Mas não é assim. “Há<br />

todo o género <strong>de</strong> pessoas a<br />

praticar geocaching, mas nem<br />

todos são dignos do título<br />

geocacher, e os menos<br />

conscienciosos não olham a<br />

meios para <strong>de</strong>scobrir o contentor.<br />

Por vezes, um local <strong>de</strong>sfigura-se<br />

após meia dúzia <strong>de</strong> visitas <strong>de</strong><br />

quem vai procurar o “tesouro”.<br />

Com o crescimento acentuado <strong>de</strong><br />

praticantes, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

surgirem maus praticantes é<br />

maior, e por conseguinte também<br />

Rio Lis<br />

os danos nos locais dos<br />

escon<strong>de</strong>rijos ten<strong>de</strong>m a<br />

aumentar.”, salienta Artur<br />

Gomes, que tem visto algumas<br />

das obras-primas que <strong>de</strong>ixa para<br />

os outros serem vandalizadas.<br />

“Infelizmente, é um sentimento<br />

que me tem assolado com muita<br />

frequência e me tem tirado a<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> continuar a escon<strong>de</strong>r<br />

caches. Sinto uma enorme<br />

tristeza quando <strong>de</strong>scubro que<br />

alguém vandalizou e/ou roubou<br />

os contentores. Nos últimos três<br />

ou quatro meses vi coisas que<br />

nunca imaginei que alguém que<br />

pratica uma activida<strong>de</strong> tão<br />

saudável fosse capaz <strong>de</strong> fazer.”<br />

Cemitério<br />

Rua N. Sra da Encarnação<br />

Avenida Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima<br />

Rua Paulo VI<br />

Rua das Olhalvas<br />

Circular Interna<br />

Rua Paulo VI<br />

Centro<br />

Hospitalar<br />

<strong>Leiria</strong>/Pombal<br />

Rio Lis<br />

Rotunda<br />

<strong>de</strong> Sto. André<br />

Ribeira<br />

do Sirol<br />

realizar, que se tornaram realida<strong>de</strong> por<br />

causa do geocaching, como o salto <strong>de</strong><br />

pára-quedas e o mergulho. Além,<br />

claro, dos amigos que se vão fazendo.”<br />

As caches contêm pequenos objectos<br />

para recompensar quem a encontrou,<br />

mas o maior prémio é a busca<br />

em si e o facto <strong>de</strong>, <strong>de</strong>sta forma, ter<br />

conhecido um local on<strong>de</strong> nunca se tinha<br />

estado. Na região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, o número<br />

<strong>de</strong> caches tem vindo a aumentar.<br />

O distrito é o quinto do País com<br />

mais tesouros por <strong>de</strong>scobrir, com<br />

1678, e o concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> o sétimo,<br />

com 391. No Mundo há dois milhões<br />

e cinco milhões <strong>de</strong> geocachers.<br />

Quem experimenta, por norma,<br />

fica convencido. Imagine que quer<br />

correr, mas não gosta <strong>de</strong> correr sem<br />

objectivo. Po<strong>de</strong> sair para o seu jogging<br />

matinal e com o seu smartphone ir<br />

<strong>de</strong>scobrindo on<strong>de</strong> estão as caches<br />

Cache tradicional<br />

Este é o tipo cache mais comum e <strong>de</strong>ve ser<br />

constituída no mínimo por um recipiente físico e um<br />

livro <strong>de</strong> registo (logbook). Nano ou micro caches<br />

são recipientes pequenos que apenas suportam<br />

uma folha <strong>de</strong> registo (logsheet). As coor<strong>de</strong>nadas<br />

publicadas na página da cache tradicional são<br />

a sua a localização exacta.<br />

Multi-cache<br />

As múltiplas envolvem dois ou mais locais a visitar,<br />

mas na localização final tem <strong>de</strong> existir sempre um<br />

recipiente físico. A maioria das multi-caches tem<br />

uma dica para encontrar a segunda cache, e esta<br />

uma dica para a terceira, e por aí em diante.<br />

Caches mistério<br />

Neste tipo <strong>de</strong> geocache, para conseguirmos obter<br />

as coor<strong>de</strong>nadas reais da cache, temos <strong>de</strong> resolver<br />

primeiro alguns quebra-cabeças. Tornam-se muitas<br />

vezes numa plataforma para geocaches inovadoras<br />

e personalizadas, que não se encaixam noutras<br />

categorias.<br />

Letterbox híbrido<br />

É outro tipo <strong>de</strong> caça ao tesouro, com várias pistas<br />

em vez das coor<strong>de</strong>nadas. Em alguns casos,<br />

o proprietário da letterbox criou o recipiente<br />

<strong>de</strong> maneira a ser paralelamente uma letterbox<br />

e uma multi-cache, publicando assim as coor<strong>de</strong>nadas<br />

na pagina oficial do www.geocaching.com.<br />

Devem conter um carimbo, sendo que este<br />

não é um item <strong>de</strong> troca, <strong>de</strong>vendo permanecer<br />

na caixa para que os próximos visitantes o possam<br />

utilizar para carimbar a sua visita.<br />

para <strong>de</strong>scobrir, assinar e apontar na<br />

aplicação que está <strong>de</strong>scoberta. Quando<br />

isso acontece, no mapa surge mais<br />

um sorriso e há quem se vicie nisso.<br />

“Há quem an<strong>de</strong> nisto pelos números<br />

e há quem pratique um geocaching<br />

mais <strong>de</strong>sprendido e sem pressas, seguindo<br />

a máxima <strong>de</strong> que o verda<strong>de</strong>iro<br />

tesouro é a experiência, o conhecimento<br />

e a <strong>de</strong>scoberta.”<br />

Como em tudo na vida, “há caches<br />

excelentes e algumas que <strong>de</strong>ixam<br />

muito a <strong>de</strong>sejar”, lamenta Artur Gomes,<br />

que <strong>de</strong>staca os trabalhos <strong>de</strong><br />

NocturnosBike, Esquadrão do Liz e<br />

Carocha&Sardanisca. “Para quem<br />

quiser fazer uma selecção mais cuidada,<br />

na página das caches é possível<br />

observar os pontos favoritos atribuídos<br />

e analisar os relatos <strong>de</strong> quem as visita.<br />

Eu faço isso e até agora não sofri<br />

<strong>de</strong>silusões.”


Desporto<br />

An<strong>de</strong>bol, futebol, hóquei, basquetebol e futsal: todos foram afectados<br />

Adiado, a palavra mais comum<br />

em fim-<strong>de</strong>-semana <strong>de</strong> tempesta<strong>de</strong><br />

Miguel Sampaio<br />

miguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Foi um fim-<strong>de</strong>-semana absolutamente<br />

atípico. Uma enorme<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> jogos, nas mais variadas<br />

modalida<strong>de</strong>s, ficou por realizar<br />

<strong>de</strong>vido ao temporal que se<br />

abateu sobre a região. A falta <strong>de</strong> luz<br />

foi o principal óbice ao normal <strong>de</strong>senrolar<br />

da jornada, mas também<br />

as estradas intransitáveis e os danos<br />

nas infra-estruturas <strong>de</strong>sportivas<br />

provocaram o adiamento <strong>de</strong> jogos.<br />

Nas camadas jovens então,<br />

raro foi o clube que não foi afectado,<br />

a maior parte <strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong><br />

luz para realizar as partidas.<br />

No futebol e no futsal, o facto <strong>de</strong><br />

os árbitros estarem em formação<br />

fez com que houvesse menos partidas<br />

marcadas. Ainda assim, segundo<br />

dados da Associação <strong>de</strong> Futebol<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, houve mais <strong>de</strong> 60<br />

jogos que tiveram <strong>de</strong> ser adiados.<br />

Mesmo sem luz, nos jogos dos<br />

mais pequenos, por serem disputados<br />

bem cedo, muitos jogos foram<br />

realizados.<br />

No an<strong>de</strong>bol, o Atlético Clube da<br />

Sismaria recebia sábado, pelas 17<br />

horas, no pavilhão da Gândara, o<br />

Vitória <strong>de</strong> Setúbal. Em caso <strong>de</strong><br />

triunfo, garantia o apuramento<br />

para a fase final da 2.ª Divisão <strong>de</strong><br />

an<strong>de</strong>bol, poule on<strong>de</strong> serão <strong>de</strong>cididas<br />

as duas equipas que sobem à<br />

1.ª Divisão. No entanto, a falta <strong>de</strong><br />

luz inviabilizou a partida, que foi<br />

adiada para 17 <strong>de</strong> Fevereiro, um domingo.<br />

Para o capitão <strong>de</strong> equipa,<br />

João Sousa, esta é uma situação<br />

que acaba por prejudicar a equipa,<br />

uma vez que terá <strong>de</strong> entrar em<br />

campo no dia seguinte a uma <strong>de</strong>sgastante<br />

viagem a Tavira.<br />

Ainda no an<strong>de</strong>bol, o jogo entre o<br />

Colégio João <strong>de</strong> Barros e a Juventu<strong>de</strong><br />

do Lis, da 1.ª Divisão feminina,<br />

estava marcado para as 16 ho-<br />

ras <strong>de</strong> sábado no recém inaugurado<br />

pavilhão <strong>de</strong> Meirinhas, mas<br />

porque havia algumas placas soltas<br />

na infra-estrutura, acabou por ser<br />

<strong>de</strong>sviado para o Centro Desportivo<br />

Juve Lis e jogado às 21 horas. A<br />

equipa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> acabou por vencer,<br />

por 25-21. Curiosamente, o jogo <strong>de</strong><br />

seniores masculinos da Juventu<strong>de</strong><br />

do Lis frente à Académica <strong>de</strong> Coimbra,<br />

marcado para as 20 horas, não<br />

chegou a realizar-se.<br />

Também o hóquei em patins foi<br />

afectado pela intempérie. A partida<br />

da equipa feminina do HC Turquel,<br />

campeão nacional, em Araze<strong>de</strong>,<br />

concelho <strong>de</strong> Montemor-o-<br />

Velho, foi adiada para 3 <strong>de</strong> Fevereiro.<br />

Na 3.ª Divisão masculina, o<br />

sábado marcava o final do campeonato.<br />

Valeu que tudo estava<br />

Clubes e Associação <strong>de</strong> Futebol <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> reuniram na sexta-feira<br />

Divisão <strong>de</strong> Honra vai manter-se com 16 clubes<br />

❚ A Associação <strong>de</strong> Futebol <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

(AFL) reuniu na sexta-feira<br />

com os clubes, tendo como objectivo<br />

preparar a Assembleia Geral<br />

<strong>de</strong> dia 31 <strong>de</strong> Janeiro, em que estará<br />

em cima da mesa a reformulação<br />

dos campeonatos distritais.<br />

A manutenção <strong>de</strong> uma Divisão <strong>de</strong><br />

Honra <strong>de</strong> futebol com 16 clubes, ao<br />

invés <strong>de</strong> uma redução para 14,<br />

como foi admitido pelo próprio<br />

presi<strong>de</strong>nte da instituição, Júlio<br />

Juve Lis tinha o jogo marcado para as Meirinhas. Acabou por jogar, e ganhar, em casa<br />

Os números<br />

60<br />

Número <strong>de</strong> jogos sob a égi<strong>de</strong> da<br />

Associação <strong>de</strong> Futebol <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

que tiveram <strong>de</strong> ser adiados<br />

24<br />

Número <strong>de</strong> jogos <strong>de</strong>an<strong>de</strong>bol<br />

adiados <strong>de</strong>vido ao temporal. No<br />

hóquei em patins não se<br />

realizaram duas partidas no<br />

distrito e no basquetebol oito<br />

Vieira, em entrevista ao JORNAL<br />

DE LEIRIA, foi uma das <strong>de</strong>cisões<br />

mais relevantes. Caldas SC e <strong>Leiria</strong><br />

e Marrazes retiraram as propostas<br />

com que tinham avançado<br />

para a reformulação da competição<br />

e que previa a divisão da Honra<br />

em duas séries.<br />

Um dos temas que promete ser<br />

mais polémico na reunião magna<br />

refere-se às punições para os clubes<br />

que abdiquem <strong>de</strong> subir <strong>de</strong> di-<br />

visão. O facto é que <strong>de</strong>pois do<br />

que aconteceu com o Alqueidão da<br />

Serra na temporada passada, que<br />

<strong>de</strong>sceu <strong>de</strong> escalão por ter abdicado<br />

<strong>de</strong> subir, o artigo 113 passou a<br />

ser bastante contestado. No entanto,<br />

a AFL quer que os clubes tenham<br />

a noção que se essa lei for<br />

revogada, outros clubes acabarão<br />

por ser prejudicados: ou terá <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scer mais alguém, ou evitará a<br />

subida <strong>de</strong> uma outra equipa, a<br />

RICARDO GRAÇA/ARQUIVO<br />

<strong>de</strong>cidido, com a subida <strong>de</strong> divisão<br />

já atribuída a Sismaria e Cucujães.<br />

Estas equipas <strong>de</strong>frontavam-se e<br />

tiveram <strong>de</strong> mudar <strong>de</strong> pavilhão,<br />

Era suposto jogarem em Cucujães<br />

e acabaram por entrar em campo<br />

em São João da Ma<strong>de</strong>ira. Já o jogo<br />

entre Juventu<strong>de</strong> Ouriense e o HC<br />

Mealhada B não se realizou, tendo<br />

sido remarcado para amanhã, sexta-feira,<br />

às 20:30 horas.<br />

No basquetebol, o pavilhão <strong>de</strong><br />

Pousos estava pronto para receber<br />

a fase final do Campeonato Distrital<br />

<strong>de</strong> sub-19 feminino, mas a intempérie<br />

obrigou a adiar a competição<br />

para o final da época <strong>de</strong>sportiva.<br />

Além <strong>de</strong>sses quatro <strong>de</strong>safios,<br />

outros tantos não pu<strong>de</strong>ram<br />

ser disputados no fim-<strong>de</strong>semana.<br />

que estiver no escalão imediatamente<br />

inferior.<br />

No futsal, duas medidas <strong>de</strong>verão<br />

avançar, se os clubes <strong>de</strong>cidirem<br />

por votar a favor na Assembleia<br />

Geral. Passa pela extinção da Divisão<br />

<strong>de</strong> Honra feminina, <strong>de</strong>vido<br />

à redução do número <strong>de</strong> equipas<br />

inscritas, e, pelo mesmo motivo,<br />

da 2.ª Divisão distrital masculina,<br />

actualmente com um reduzido<br />

número <strong>de</strong> equipas.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 29<br />

Hóquei em patins<br />

Sismaria conhece<br />

calendário<br />

Depois <strong>de</strong> vencer a zona Centro da<br />

3.ª Divisão <strong>de</strong> hóquei em patins, o<br />

Atlético Clube da Sismaria já<br />

conhece os adversários da prova<br />

<strong>de</strong> apuramento do Campeão<br />

Nacional, que disputará com os<br />

vencedores das zonas Norte e Sul.<br />

No dia 2 <strong>de</strong> Fevereiro recebe o<br />

Caldas das Taipas e a 9 <strong>de</strong><br />

Fevereiro visita os Açores, para<br />

jogar com o Marítimo SC. Visita<br />

Caldas das Taipais, Guimarães, a 2<br />

<strong>de</strong> Março, e termina a competição<br />

uma semana <strong>de</strong>pois, na recepção<br />

ao Marítimo SC.<br />

Arbitragem Colóquio<br />

sobre gestão <strong>de</strong><br />

carreira na ESECS<br />

Amanhã, sexta-feira, pelas<br />

21:30 horas, o auditório 2 da<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Educação e<br />

Ciências Sociais, em <strong>Leiria</strong>,<br />

acolhe o colóquio Arbitragem:<br />

experiências e gestão <strong>de</strong> carreira.<br />

O convidado será Bertino<br />

Miranda, árbitro assistente com<br />

as insígnias da FIFA. Esta<br />

organização da Associação <strong>de</strong><br />

Futebol <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> terá entradas<br />

gratuitas para os alunos do<br />

Instituto Politécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

Ciclismo Alcobaça<br />

apresenta equipas<br />

para 2013<br />

O Alcobaça Clube <strong>de</strong> Ciclismo vai<br />

apresentar no próximo sábado,<br />

pelas 17 horas, os atletas que ao<br />

longo do ano <strong>de</strong> 2013 vão<br />

representar as cores clube. Em<br />

causa vão estar as equipas <strong>de</strong><br />

cicloturismo, BTT, paraciclismo,<br />

escolas, ca<strong>de</strong>tes, juniores e<br />

respectivas equipas técnicas. O<br />

Alcobaça CC é uma das melhores<br />

escolas <strong>de</strong> formação do País e<br />

recebeu no passado mês <strong>de</strong><br />

Dezembro o estatuto <strong>de</strong><br />

Utilida<strong>de</strong> Pública.<br />

Futsal Artur Silva<br />

treina Núcleo<br />

<strong>de</strong> Pombal<br />

O até agora treinador dos<br />

juniores <strong>de</strong> futsal da ADR<br />

Barreiros aceitou o convite do<br />

Núcleo Sportinguista <strong>de</strong> Pombal<br />

para treinar a equipa sénior, que<br />

ocupa a 10.ª posição da 1.ª<br />

Divisão distrital, zona Norte. A<br />

estreia <strong>de</strong> Artur Silva, técnico <strong>de</strong><br />

52 anos que já passou pela ADR<br />

Mata, será no sábado, no reduto<br />

do ACRDC Sismaria.


30 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Desporto<br />

Futebol<br />

2.ª Divisão – Zona Sul<br />

Resultados<br />

Casa Pia-1.º Dezembro 0-0<br />

Futebol Benfica-Farense 0-1<br />

Louletano-Mafra 2-0<br />

Oeiras-Oriental 0-4<br />

Pinhalnovense-Torreense 0-1<br />

Ribeira Brava-Carregado 1-3<br />

Sertanense-CD Fátima 1-0<br />

União <strong>Leiria</strong> SAD-Quarteirense 4-0<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Mafra 36 16 11 3 2 30-14<br />

Farense 32 16 9 5 2 21-13<br />

Torreense 31 16 9 4 3 24-16<br />

União <strong>Leiria</strong> SAD 31 16 9 4 3 22-11<br />

Oriental 29 16 9 2 5 40-21<br />

Sertanense 27 16 8 3 5 23-15<br />

CD Fátima 23 16 7 2 7 18-17<br />

Casa Pia 22 16 4 10 2 14-10<br />

Carregado 20 16 5 5 6 25-28<br />

1.º Dezembro 17 16 3 8 5 16-21<br />

Futebol Benfica 16 16 4 4 8 20-29<br />

Quarteirense 15 16 3 6 7 14-25<br />

Louletano 14 16 2 8 6 13-21<br />

Pinhalnovense 13 16 3 4 9 15-28<br />

Oeiras 10 16 1 7 8 14-25<br />

Ribeira Brava 9 16 2 3 11 21-36<br />

Próxima jornada 27 <strong>de</strong> Janeiro<br />

1.º Dezembro-Ribeira Brava, Carregado-União <strong>Leiria</strong><br />

SAD, Farense-Pinhalnovense, CD Fátima-Louletano,<br />

Mafra-Casa Pia, Oriental-Sertanense,<br />

Quarteirense-Futebol Benfica, Torreense-Oeiras<br />

3.ª Divisão – Série D<br />

Resultados<br />

Caldas SC-Beneditense 3-0<br />

Ginásio Alcobaça-Mortágua 2-1<br />

AC Marinhense-Sporting Pombal 1-0<br />

Penelense-Alcanenense (adiado)<br />

Sourense-Oliveira Hospital 1-2<br />

Vitória Sernache-Torres Novas 0-0<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Sporting Pombal 31 15 10 1 4 27-15<br />

Caldas SC 29 15 8 5 2 23-12<br />

Oliveira Hospital 29 15 9 2 4 25-13<br />

Sourense 27 15 7 6 2 23-14<br />

Vitória Sernache 27 15 8 3 4 26-13<br />

Alcanenense 22 14 7 1 6 17-17<br />

AC Marinhense 19 15 5 4 6 19-24<br />

Penelense 18 14 5 3 6 13-19<br />

Torres Novas 16 15 4 4 7 18-31<br />

Ginásio Alcobaça 15 15 4 3 8 18-25<br />

Mortágua 8 15 2 2 11 16-27<br />

Beneditense 8 15 2 2 11 10-25<br />

Próxima jornada 27 <strong>de</strong> Janeiro<br />

Beneditense-Ginásio Alcobaça, Caldas<br />

SC-Penelense, Mortágua-Sourense, Oliveira<br />

Hospital-AC Marinhense, Sporting Pombal-<br />

Vitória Sernache, Torres Novas-Alcanenense<br />

3.ª Divisão – Série E<br />

Resultados<br />

Eléctrico P. Sôr-Barreirense 2-1<br />

Fabril Barreiro-Amora 1-0<br />

Pêro Pinheiro-Lourinhanense 3-3<br />

Real SC-SL Cartaxo 3-0<br />

Sacavenense-União Tires 2-0<br />

Sintrense-GD Peniche 6-0<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Eléctrico P. Sôr 28 15 8 4 3 24-9<br />

Sintrense 28 15 8 4 3 31-11<br />

Fabril Barreiro 26 15 7 5 3 27-14<br />

Sacavenense 26 15 8 2 5 24-13<br />

Barreirense 24 15 6 6 3 25-22<br />

União Tires 22 15 6 4 5 15-17<br />

Real SC 22 15 6 4 5 22-14<br />

Amora 21 15 6 3 6 17-22<br />

Lourinhanense 19 15 5 4 6 24-21<br />

Pêro Pinheiro 18 15 5 3 7 19-23<br />

GD Peniche 14 15 4 2 9 13-36<br />

SL Cartaxo 1 15 0 1 14 6-45<br />

Próxima jornada 27 <strong>de</strong> Janeiro<br />

Amora-Sintrense, Barreirense-Real SC, Fabril Barreiro-Sacavenense,<br />

Lourinhanense-União Tires, GD<br />

Peniche-Eléctrico P. Sôr, SL Cartaxo-Pêro Pinheiro<br />

1.ª Divisão AF <strong>Leiria</strong> – Zona Norte<br />

Resultados<br />

Bombarralense-Avelarense 2-0<br />

Figueiró Vinhos-Atouguiense 5-0<br />

Guiense-GRAP 4-0<br />

<strong>Leiria</strong> e Marrazes-Nazarenos 4-1<br />

Meirinhas-Lisboa e Marinha 2-1<br />

Pataiense-Vieirense 2-1<br />

Pelariga-Portomosense 0-5<br />

Pousaflores-Alvaiázere 2-0<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

<strong>Leiria</strong> e Marrazes 31 15 9 4 2 33-16<br />

Pelariga 30 15 9 3 3 32-23<br />

Pousaflores 30 15 9 3 3 27-17<br />

Portomosense 29 15 9 2 4 30-15<br />

GRAP 28 15 8 4 3 34-14<br />

Figueiró Vinhos 27 15 8 3 4 29-11<br />

Guiense 27 15 8 3 4 36-17<br />

Meirinhas 20 15 5 5 5 23-19<br />

Pataiense 20 15 5 5 5 25-23<br />

Lisboa e Marinha 20 15 6 2 7 18-28<br />

Nazarenos 18 15 5 3 7 18-22<br />

Atouguiense 17 15 5 2 8 26-30<br />

Avelarense 13 15 4 1 10 17-39<br />

Vieirense 10 15 2 4 9 12-27<br />

Alvaiázere 8 15 2 2 11 10-36<br />

Bombarralense 8 15 2 2 11 7-40<br />

Próxima jornada 27 <strong>de</strong> Janeiro<br />

Atouguiense-Avelarense, Figueiró Vinhos-<br />

GRAP, Guiense-Nazarenos, <strong>Leiria</strong> e Marrazes-<br />

Vieirense, Meirinhas-Portomosense,<br />

Pataiense-Alvaiázere, Pelariga-Bombarralense,<br />

Pousaflores-Lisboa e Marinha<br />

1.ª Divisão AF <strong>Leiria</strong> – Zona Norte<br />

Resultados<br />

AD Ranha-Motor Clube (adiado)<br />

Alegre e Unido-GD Ilha (adiado)<br />

ARCUDA-Moita Boi (adiado)<br />

CC Ansião-R. Pedroguense 2-1<br />

Mata Mourisca-Caseirinhos 2-0<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Moita Boi 15 5 5 0 0 15-1<br />

CC Ansião 12 6 3 3 0 18-6<br />

Motor Clube 9 5 3 0 2 12-9<br />

Mata Mourisca 9 6 2 3 1 10-7<br />

ARCUDA 8 5 2 2 1 10-9<br />

GD Ilha 7 5 2 1 2 9-6<br />

AD Ranha 7 5 2 1 2 6-12<br />

Alegre e Unido 5 5 1 2 2 6-6<br />

R. Pedroguense 3 6 1 0 5 5-11<br />

Caseirinhos 0 6 0 0 6 1-25<br />

Próxima jornada 27 <strong>de</strong> Janeiro<br />

Caseirinhos-AD Ranha, GD Ilha-CC Ansião,<br />

Moita Boi-Alegre e Unido, Motor Clube-AR-<br />

CUDA, R. Pedroguense-Mata Mourisca<br />

1.ª Divisão AF <strong>Leiria</strong> – Zona Sul<br />

Resultados<br />

Alfeizerense-GDRC Unidos 0-3<br />

Alqueidão Serra-União <strong>Leiria</strong> 1-3<br />

GDR Boavista-Os Vidreiros 0-0<br />

Maceirinha-Nadadouro 2-1<br />

Santo Amaro-Outeirense (adiado)<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

União <strong>Leiria</strong> 18 6 6 0 0 24-2<br />

Alqueidão Serra 13 6 4 1 1 15-8<br />

GDRC Unidos 12 6 4 0 2 14-9<br />

Outeirense 10 5 3 1 1 12-5<br />

GDR Boavista 10 6 3 1 2 5-5<br />

Maceirinha 6 5 2 0 3 5-12<br />

Os Vidreiros 5 6 1 2 3 3-12<br />

Nadadouro 4 6 1 1 4 7-13<br />

Santo Amaro 3 5 1 0 4 6-11<br />

Alfeizerense 0 5 0 0 5 1-15<br />

Próxima jornada 27 <strong>de</strong> Janeiro<br />

GDR Cultural Unidos-Maceirinha, Nadadouro-<br />

GDR Boavista, Os Vidreiros-Alqueidão Serra,<br />

Outeirense-Alfeizerense, União <strong>Leiria</strong>-Santo<br />

Amaro<br />

1.ª Divisão <strong>de</strong> juniores – Zona Sul<br />

Resultados<br />

Belenenses-União <strong>Leiria</strong> 2-0<br />

Benfica-Sporting 1-1<br />

Nacional-Olhanense 1-0<br />

Portimonense-União Coimbra 1-1<br />

Real SC-Estoril Praia 2-2<br />

Vitória Setúbal-Sacavenense 5-0<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Benfica 50 21 15 5 1 67-11<br />

Sporting 49 21 15 4 2 58-19<br />

Vitória Setúbal 47 21 15 2 4 43-19<br />

Nacional 41 21 12 5 4 42-15<br />

União <strong>Leiria</strong> 36 21 11 3 7 39-34<br />

Real SC 30 21 9 3 9 29-38<br />

Sacavenense 24 21 7 3 11 21-41<br />

Estoril Praia 23 21 6 5 10 27-39<br />

Belenenses 19 21 5 4 12 28-33<br />

União Coimbra 18 21 5 3 13 20-43<br />

Olhanense 11 21 2 5 14 13-43<br />

Portimonense 7 21 1 4 16 14-66<br />

Próxima jornada 26 <strong>de</strong> Janeiro<br />

Estoril Praia-Benfica, Olhanense-Portimonense,<br />

Sacavenense-Nacional, Sporting-Vitória<br />

Setúbal, União Coimbra-Belenenses, União <strong>Leiria</strong>-Real<br />

SC<br />

1.ª Divisão feminina<br />

Resultados<br />

Atlético Ouriense-Escola FF Setúbal 1-0<br />

Boavista-Vilaver<strong>de</strong>nse 2-2<br />

Cesarense-F. Laura Santos 3-2<br />

Futebol Benfica-1.º Dezembro 1-4<br />

Leixões-Clube Albergaria 1-3<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

1.º Dezembro 33 14 10 3 1 34-15<br />

Atlético Ouriense 32 14 10 2 2 30-11<br />

Clube Albergaria 28 14 8 4 2 31-15<br />

Vilaver<strong>de</strong>nse 21 14 5 6 3 25-20<br />

Cesarense 20 14 5 5 4 20-18<br />

Boavista 19 14 5 4 5 22-21<br />

F. Laura Santos 15 14 5 0 9 18-33<br />

Leixões 14 14 4 2 8 16-26<br />

Escola FF Setúbal 9 14 2 3 9 12-27<br />

Futebol Benfica 4 14 1 1 12 7-29<br />

Próxima jornada 27 <strong>de</strong> Janeiro<br />

1.º Dezembro-Boavista, Clube Albergaria-Futebol<br />

Benfica, Escola FF Setúbal-Leixões, F. Laura<br />

Santos-Atlético Ouriense, Vilaver<strong>de</strong>nse-Cesarense<br />

Hóquei em patins<br />

1.ª Divisão<br />

Resultados<br />

HC Turquel-Ac. Espinho 4-2<br />

Paço Arcos-Gulpilhares 8-2<br />

Tigres Almeirim-Limianos 7-1<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

FC Porto 37 14 12 1 1 101-42<br />

Benfica 35 14 11 2 1 88-45<br />

Paço Arcos 30 15 9 3 3 65-41<br />

Valongo 29 14 9 2 3 69-38<br />

Oliveirense 29 14 9 2 3 84-56<br />

Física T. Vedras 27 14 9 0 5 60-45<br />

Can<strong>de</strong>lária 23 14 7 2 5 70-44<br />

Óquei Barcelos 21 14 7 0 7 64-55<br />

HC Turquel 19 15 5 4 6 53-65<br />

HA Cambra 18 14 6 0 8 48-62<br />

Tigres Almeirim 13 15 4 1 10 46-95<br />

Sporting 12 14 3 3 8 45-64<br />

HC Braga 11 14 3 2 9 46-74<br />

Limianos 10 15 3 1 11 53-92<br />

Ac. Espinho 10 15 3 1 11 44-65<br />

Gulpilhares 9 15 3 0 12 47-100<br />

Próxima jornada 26 <strong>de</strong> Janeiro<br />

Benfica-Ac. Espinho, Can<strong>de</strong>lária-Sporting, Física<br />

T. Vedras-Gulpilhares, HC Braga-Óquei<br />

Barcelos, HC Turquel-Limianos, Oliveirense-<br />

HA Cambra, Paço Arcos-FC Porto, Tigres Almeirim-Valongo<br />

2.ª Divisão – Zona Sul<br />

Resultados<br />

Ac. Coimbra-AD Oeiras 1-4<br />

Campo Ourique-Alenquer Benfica (adiado)<br />

Grândola-Santa Cita 5-2<br />

HC Sintra-Biblioteca IR 5-2<br />

HC Vasco Gama-Entroncamento 6-7<br />

Juv. Salesiana-Alcobacense 6-2<br />

Nafarros-GD Sesimbra 2-4<br />

Sporting Tomar-HC Mealhada 3-3<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Sporting Tomar 38 15 12 2 1 76-50<br />

HC Mealhada 35 15 11 2 2 68-34<br />

Alenquer Benfica 29 14 9 2 3 86-49<br />

Campo Ourique 29 14 9 2 3 59-39<br />

Grândola 28 15 9 1 5 69-54<br />

Alcobacense 28 15 9 1 5 76-66<br />

HC Sintra 28 15 9 1 5 78-63<br />

Biblioteca IR 25 15 7 4 4 64-57<br />

AD Oeiras 23 15 7 2 6 68-63<br />

Juv. Salesiana 17 15 5 2 8 59-63<br />

Santa Cita 16 15 4 4 7 51-61<br />

GD Sesimbra 14 15 4 2 9 59-69<br />

Entroncamento 10 15 3 1 11 64-90<br />

HC Vasco Gama 9 15 2 3 10 46-85<br />

Ac. Coimbra 7 15 2 1 12 39-77<br />

Nafarros 5 15 1 2 12 50-92<br />

Próxima jornada 2 <strong>de</strong> Fevereiro<br />

Ac. Coimbra-Biblioteca IR, AD Oeiras-GD Sesimbra,<br />

Campo Ourique-Santa Cita, HC Mealhada-Grândola,<br />

HC Sintra-Entron-camento,<br />

HC Vasco Gama-Alcobacense, Juv. Salesiana-<br />

Alenquer Benfica, Sporting Tomar-Nafarros<br />

3.ª Divisão – Zona Centro<br />

Resultados<br />

Cucujães-AC Sismaria 5-3<br />

Juv. Ouriense-HC Mealhada B (adiado)<br />

Oliveira Hospital-Sp. Marinhense 3-4<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

AC Sismaria 22 10 7 1 2 41-25<br />

Cucujães 21 10 7 0 3 51-36<br />

Sp. Marinhense 16 10 5 1 4 36-40<br />

Juv. Ouriense 15 9 5 0 4 40-35<br />

HC Mealhada B 10 9 3 1 5 27-40<br />

Oliveira Hospital 1 10 0 1 9 23-42<br />

Basquetebol<br />

Divisão CNB2 – Zona Centro<br />

Resultados<br />

ACER Ton<strong>de</strong>la-Unidos Tortosendo 44-31<br />

Lousanense-Chamusca Basket V-FC<br />

UF Buarcos-Sp. Marinhense 46-66<br />

Náutico Abrantes-CAD Coimbra 50-66<br />

Classificação<br />

P J V E G<br />

Sp. Marinhense 16 9 7 2 599-529<br />

Gumirães 14 8 6 2 527-441<br />

UF Buarcos 14 9 5 4 540-516<br />

Náutico Abrantes 14 9 5 4 572-550<br />

ACER Ton<strong>de</strong>la 13 9 4 5 489-479<br />

CAD Coimbra 13 8 5 3 466-479<br />

Lousanense 13 9 4 5 496-516<br />

Unidos Tortosendo 11 9 2 7 511-557<br />

Chamusca Basket 9 8 1 7 410-543<br />

Próxima jornada 26 <strong>de</strong> Janeiro<br />

CAD Coimbra-Gumirães, Sp. Marinhense-ACER<br />

Ton<strong>de</strong>la, UF Buarcos-Chamusca Basket, Unidos<br />

Tortosendo-Náutico Abrantes<br />

An<strong>de</strong>bol<br />

2.ª Divisão – Zona Sul<br />

Resultados<br />

AC Sismaria-Vitória Setúbal (adiado)<br />

Boa-Hora FC-Marienses 32-30<br />

Ginásio Sul-Benavente 26-29<br />

Samora Correia-Passos Manuel 23-29<br />

Vela Tavira-Marítimo 34-30<br />

Benavente-Marítimo 32-24<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Passos Manuel 34 13 10 1 2 359-317<br />

AC Sismaria 33 12 10 1 1 336-289<br />

Benavente 28 13 7 1 5 360-340<br />

Marítimo 28 13 7 1 5 394-370<br />

Ginásio Sul 25 13 6 0 7 364-357<br />

Vitória Setúbal 23 12 5 1 6 322-324<br />

Boa-Hora FC 20 13 3 1 9 314-363<br />

Vela Tavira 20 12 4 0 8 315-354<br />

Marienses 19 11 4 0 7 285-303<br />

Samora Correia 18 12 3 0 9 283-315<br />

Próxima jornada 26 <strong>de</strong> Janeiro<br />

Benavente-Vela Tavira, Marienses-Ginásio Sul,<br />

Marítimo-Samora Correia, Passos Manuel-AC<br />

Sismaria, V. Setúbal-Boa-Hora FC<br />

1. ª Divisão feminina<br />

Resultados<br />

Alavarium-Colégio Gaia 40-25<br />

Juventu<strong>de</strong> Lis-Col. João Barros 25-21<br />

Juventu<strong>de</strong> Mar-Sports Ma<strong>de</strong>ira 16-28<br />

Maiastars-Ma<strong>de</strong>ira SAD 12-34<br />

Passos Manuel-JAC Alcanena 24-31<br />

Juventu<strong>de</strong> Mar-Ma<strong>de</strong>ira SAD 15-36<br />

Maiastars-Sports Ma<strong>de</strong>ira 20-31<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Alavarium 36 12 12 0 0 379-302<br />

Ma<strong>de</strong>ira SAD 33 12 10 1 1 384-233<br />

Col. João Barros 31 12 9 1 2 352-270<br />

Juventu<strong>de</strong> Lis 31 13 8 2 3 341-290<br />

JAC Alcanena 26 12 6 2 4 338-310<br />

Colégio Gaia 24 12 6 0 6 324-341<br />

Maiastars 22 12 4 2 6 308-324<br />

Sports Ma<strong>de</strong>ira 22 12 5 0 7 311-338<br />

Juventu<strong>de</strong> Mar 19 13 3 0 10 279-366<br />

CA Leça 18 12 3 0 9 270-310<br />

Passos Manuel 16 12 2 0 10 273-380<br />

Santa Joana 14 12 1 0 11 274-369<br />

Próxima jornada 26 <strong>de</strong> Janeiro<br />

Alavarium-CA Leça, Colégio Gaia-Santa Joana, JAC<br />

Alcanena-Col. João Barros, Ma<strong>de</strong>ira SAD-Maiastars,<br />

Passos Manuel-Juve Lis, Sports Ma<strong>de</strong>ira-Juve Mar<br />

Voleibol<br />

2.ª Divisão – Série A<br />

Resultados<br />

CV Lisboa-SO Marinhense 3-0<br />

CV Oeiras-CN Ginástica 0-3<br />

Classificação<br />

P J V D G<br />

CN Ginástica 24 12 8 4 30-15<br />

CV Oeiras 23 12 8 4 27-20<br />

CV Lisboa 22 12 8 4 26-19<br />

SO Marinhense 3 12 0 12 7-36<br />

Futsal<br />

2.ª Divisão – Série A<br />

Resultados<br />

Boavista-CRECOR 6-4<br />

Cohaemato-ADR Mata 1-5<br />

Lameirinhas-Desportivo Aves 5-4<br />

Tabuaço-Mace<strong>de</strong>nse 12-5<br />

Vale Cambra-Pare<strong>de</strong>s 3-3<br />

Viseu 2001-Covão Lobo 6-0<br />

CS São João-Póvoa Futsal (adiado)<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Boavista 24 10 8 0 2 46-23<br />

Lameirinhas 24 11 8 0 3 40-38<br />

Póvoa Futsal 19 10 6 1 3 32-23<br />

Tabuaço 18 11 5 3 3 45-39<br />

Covão Lobo 18 11 5 3 3 37-33<br />

Cohaemato 17 11 5 2 4 33-34<br />

Viseu 2001 17 11 5 2 4 34-22<br />

Desportivo Aves 16 11 5 1 5 32-30<br />

ADR Mata 15 11 4 3 4 33-30<br />

Pare<strong>de</strong>s 12 11 3 3 5 35-41<br />

CS São João 11 9 3 2 4 33-33<br />

CRECOR 8 11 1 5 5 31-44<br />

Vale Cambra 7 11 2 1 8 29-42<br />

Mace<strong>de</strong>nse 5 11 1 2 8 38-66<br />

Próxima jornada 26 <strong>de</strong> Janeiro<br />

ADR Mata-Tabuaço, Cohaemato-Póvoa Futsal,<br />

Covão Lobo-Boavista, CRECOR-CS São João, Desportivo<br />

Aves-Viseu 2001, Mace<strong>de</strong>nse-Vale Cambra,<br />

Pare<strong>de</strong>s-Lameirinhas<br />

2.ª Divisão – Série B<br />

Resultados<br />

AMSAC-Amarense 4-4<br />

Belenenses-Albufeira Futsal 4-4<br />

Burinhosa-Os Vinhais (adiado)<br />

Matraquilhos FC-Vila Ver<strong>de</strong> (adiado)<br />

Os Torpedos-Sportivo Loures 4-2<br />

Rangel-Quinta Lombos 3-4<br />

UP Venda Nova-Portela 2-4<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Belenenses 25 11 8 1 2 64-37<br />

Quinta Lombos 25 11 8 1 2 37-29<br />

Sportivo Loures 24 11 8 0 3 60-42<br />

AMSAC 19 11 6 1 4 48-38<br />

Vila Ver<strong>de</strong> 18 10 6 0 4 42-31<br />

Amarense 16 11 4 4 3 35-32<br />

Os Vinhais 16 10 5 1 4 38-32<br />

AM Portela 15 11 5 0 6 32-39<br />

UP Venda Nova 14 11 4 2 5 36-35<br />

Albufeira Futsal 14 11 4 2 5 42-46<br />

Burinhosa 13 10 4 1 5 39-43<br />

Matraquilhos FC 9 10 3 0 7 26-51<br />

Os Torpedos 7 11 2 1 8 32-47<br />

Rangel 2 11 0 2 9 33-62<br />

Próxima jornada 26 <strong>de</strong> Janeiro<br />

Albufeira Futsal-Burinhosa, Amarense-Rangel,<br />

AMSAC-Sportivo Loures, Os Vinhais-UP Venda<br />

Nova, Portela-Matraquilhos FC, Quinta Lombos-<br />

Belenenses, Vila Ver<strong>de</strong>-Os Torpedos<br />

3.ª Divisão – Série C<br />

Resultados<br />

Achete-Caldas SC 4-5<br />

Alha<strong>de</strong>nse-Mendiga 9-2<br />

Boa Esperança-ABC Nelas 5-5<br />

Eléctrico P. Sôr-Miranda Corvo (adiado)<br />

MTBA-Casal Velho 6-1<br />

Pro<strong>de</strong>co Covões-CD Fátima (adiado)<br />

Ribeira Fra<strong>de</strong>s-Olho Marinho 2-3<br />

Classificação<br />

P J V E D G<br />

Mendiga 23 11 7 2 2 50-42<br />

Eléctrico P. Sôr 21 10 6 3 1 42-26<br />

Alha<strong>de</strong>nse 21 11 6 3 2 39-26<br />

Boa Esperança 18 11 5 3 3 29-29<br />

Achete 16 11 4 4 3 47-38<br />

Pro<strong>de</strong>co Covões 16 10 4 4 2 36-28<br />

ABC Nelas 16 11 4 4 3 39-33<br />

Miranda Corvo 16 10 5 1 4 26-32<br />

MTBA 14 11 4 2 5 32-31<br />

Caldas SC 13 11 4 1 6 39-41<br />

CD Fátima 11 10 3 2 5 28-40<br />

Olho Marinho 9 11 2 3 6 24-40<br />

Casal Velho 8 11 2 2 7 20-36<br />

Ribeira Fra<strong>de</strong>s 4 11 0 4 7 34-43<br />

Próxima jornada 26 <strong>de</strong> Janeiro<br />

ABC Nelas-Pro<strong>de</strong>co, Caldas-Boa Esperança, Casal<br />

Velho-Ribeira Fra<strong>de</strong>s, Mendiga-Achete, M. Corvo-<br />

Alha<strong>de</strong>nse, MTBA-Fátima, Olho Marinho-Eléctrico


Desporto<br />

“Batiam-nos à porta a dizer<br />

que o Marinhense <strong>de</strong>via”<br />

José Robalo O presi<strong>de</strong>nte do AC Marinhense fala das dívidas que herdou e<br />

aponta caminhos para o futuro do clube. Certo é que não se recandidatará<br />

Miguel Sampaio<br />

miguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚Médico <strong>de</strong> profissão, José Robalo garante<br />

que está a fazer uma verda<strong>de</strong>ira<br />

cura às dívidas do Atlético Clube<br />

Marinhense. Pegou no clube num<br />

momento <strong>de</strong>licado, mas está aos<br />

poucos a erguê-lo. Acredita que a<br />

equipa sénior <strong>de</strong> futebol cair nos distritais<br />

é inevitável, numa altura em<br />

que os apoios são cada vez menores.<br />

Foi eleito há ano e meio e herdou uma<br />

dívida muito gran<strong>de</strong>. O problema<br />

está resolvido?<br />

Não. Conseguimos equilibrar as contas<br />

neste ano e meio <strong>de</strong> mandato. Tínhamos<br />

imensas dívidas e algumas<br />

mantêm-se, <strong>de</strong>verão rondar meta<strong>de</strong><br />

daquelas que recebemos.<br />

De quanto é que era a dívida?<br />

Não temos um valor, porque houve<br />

um altura em que nos batiam à porta<br />

todos os dias a dizer que o Marinhense<br />

<strong>de</strong>via dinheiro. As contas no<br />

banco estavam a vermelho, os cartões<br />

<strong>de</strong> créditos tinham saldos negativos<br />

<strong>de</strong> alguns milhares <strong>de</strong> euros, havia dívidas<br />

fiscais e à Segurança Social, e<br />

também a jogadores <strong>de</strong> há três ou<br />

quatro anos. Já <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tomarmos<br />

posse, um dos anteriores directores<br />

também disse que terá emprestado dinheiro<br />

em 2004 – e tudo indica que<br />

sim – e exigiu que se pagasse os 25 mil<br />

euros na altura.<br />

Qual é a situação actual?<br />

Neste momento, à Segurança Social<br />

não <strong>de</strong>vemos nada, o IVA está pago e<br />

o guarda do campo, que tinha quatro<br />

meses em atraso, neste momento<br />

tem só dois. Aos jogadores do actual<br />

plantel, os que ficaram e aceitaram jogar<br />

sem receber nada e tinham dívidas<br />

anteriores, <strong>de</strong>ve-se um terço do<br />

que se <strong>de</strong>via.<br />

Mas há jogadores que avançaram<br />

para tribunal para receber...<br />

Isso parou, porque baseiam-se num<br />

documento do anterior presi<strong>de</strong>nte a<br />

dizer que se <strong>de</strong>ve, mas esse documento<br />

tem <strong>de</strong> ter três assinaturas<br />

para ser válido. Os advogados estão a<br />

tratar disso. É evi<strong>de</strong>nte que têm <strong>de</strong> receber,<br />

mas é quando o clube tiver disponibilida<strong>de</strong>.<br />

Temos outras priorida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> pagamento: primeiro ao Estado,<br />

<strong>de</strong>pois à pessoa que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do<br />

clube, que é a guarda do campo, em<br />

terceiro, aqueles que a custo zero – não<br />

pagámos or<strong>de</strong>nados a jogadores nestes<br />

dois anos - optaram por continuar<br />

a representar o Atlético Clube Marinhense.<br />

Depois virão os outros.<br />

Como está a questão dos terrenos<br />

da Portela?<br />

É uma situação que se arrasta há 15<br />

anos. Teve a ver com a venda inicial<br />

a um promotor imobiliário, que <strong>de</strong>u<br />

um cheque ao presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> então,<br />

Fernando Luís. Deveria ter sido <strong>de</strong>volvido,<br />

uma vez que o negócio não<br />

se efectuou. É uma questão que<br />

está em tribunal, não sei o que dali<br />

vai sair, mas não será bom para o Marinhense,<br />

com toda a certeza.<br />

Mais tar<strong>de</strong>. o terreno esteve vendido<br />

à E.LeClerc para a construção <strong>de</strong><br />

um hipermercado...<br />

Acabaram por <strong>de</strong>sistir. Depois, houve<br />

um grupo <strong>de</strong> sócios, com a aprovação<br />

da assembleia-geral e a custo<br />

Em <strong>de</strong>staque<br />

Muito<br />

provavelmente<br />

o saneamento<br />

financeiro<br />

completo passará<br />

pela alienação da<br />

se<strong>de</strong>, se os sócios<br />

assim o<br />

enten<strong>de</strong>rem<br />

zero para o clube, que <strong>de</strong>cidiu pôr<br />

em tribunal o E.LeClerc, o anterior<br />

presi<strong>de</strong>nte [Hél<strong>de</strong>r Fernan<strong>de</strong>s] e<br />

mais dois directores, porque a cláusula<br />

<strong>de</strong> incumprimento do contrato<br />

era <strong>de</strong> 1,4 milhões <strong>de</strong> euros e eles<br />

aceitaram 800 mil euros. Questionam<br />

a legitimida<strong>de</strong> que a anterior direcção<br />

tinha em fazer o Marinhense<br />

per<strong>de</strong>r 600 mil euros.<br />

Nesse terreno colocaram um sintético,<br />

bastante polémico, por sinal...<br />

Não fizemos acordo com a SAD da<br />

União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> nem com a empresa.<br />

A Câmara perguntou se estávamos<br />

interessados e se preparávamos o<br />

terreno. Dissemos que sim e a obra<br />

avançou. O problema <strong>de</strong> o sintético<br />

ainda não ter sido pago por quem <strong>de</strong><br />

direito é que não temos o certificado,<br />

o que impe<strong>de</strong> a realização dos jogos<br />

das competições nacionais. As<br />

obras que eram da nossa responsabilida<strong>de</strong><br />

estão todas pagas, não <strong>de</strong>vemos<br />

um tostão a ninguém.<br />

Como é que o Marinhense enfrenta<br />

a crise?<br />

É muito difícil, mas não será só para<br />

o Marinhense. Cada vez os apoios<br />

são menores. Houve alturas em que<br />

havia alguns benefícios para as empresas<br />

que subsidiavam os clubes,<br />

mas terminaram. Ainda por cima, actualmente<br />

as empresas trabalham<br />

com margens <strong>de</strong> lucro reduzidas.<br />

Depen<strong>de</strong>m, então, dos apoios da<br />

autarquia?<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 31<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Sem esses apoios é impossível resistir.<br />

Apesar <strong>de</strong> pouco, é fundamental<br />

para a sobrevivência dos<br />

clubes. No dia em que a câmara<br />

cortar - e está no direito <strong>de</strong> o fazer -<br />

não sei como é que os clubes vão sobreviver.<br />

Principalmente o futebol<br />

sénior, porque na formação é possível<br />

aplicar o conceito <strong>de</strong> utilizador<br />

pagador. É isso que estamos a implementar,<br />

com alguma dificulda<strong>de</strong>,<br />

porque muitos pais estão <strong>de</strong>sempregados.<br />

Com a reformulação dos campeonatos<br />

é muito provável que o Marinhense<br />

caia nos distritais. Incomoda-o?<br />

Não. Nos tempos que correm, sem<br />

apoios financeiros, estar na 2.ª Divisão<br />

po<strong>de</strong>ria ser uma catástrofe.<br />

Basta ver quanto custaria uma <strong>de</strong>slocação<br />

a Castelo Branco. É irrealista,<br />

a não ser que haja um gran<strong>de</strong> suporte.<br />

Se calhar a Marinha Gran<strong>de</strong><br />

até tem condições, mas não está<br />

vocacionada para isso. São muitos<br />

clubes, muitas associações...<br />

Vai recandidatar-se em Maio?<br />

Não. Estarei disponível para ajudar,<br />

não me importarei <strong>de</strong> fazer parte <strong>de</strong><br />

uma comissão para os melhoramentos<br />

na Portela, mas da direcção<br />

não farei parte <strong>de</strong> certeza. Foram<br />

dois anos muito intensos e cansativos.<br />

Mas o Marinhense tem outras<br />

pessoas, mais dinâmicas e outros conhecimentos.<br />

Atletismo<br />

Vidigalense<br />

soma pódios<br />

no Nacional<br />

<strong>de</strong> juniores<br />

❚ A equipa masculina da Juventu<strong>de</strong><br />

Vidigalense (JV) repetiu o segundo<br />

lugar alcançado no ano passado<br />

no Campeonato Nacional <strong>de</strong><br />

Juniores em pista coberta, que se<br />

realizou no passado fim-<strong>de</strong>semana,<br />

em Pombal. O clube <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> foi apenas superado pelo<br />

Benfica, que tem dominado nestes<br />

últimos anos esta competição. De<br />

resto, o emblema <strong>de</strong> Lisboa também<br />

venceu a competição feminina,<br />

na qual a JV foi terceiro classificada,<br />

um lugar abaixo do conseguido<br />

em 2012. Ricardo Men<strong>de</strong>s no<br />

triplo-salto (14,42 metros), Juliana<br />

Pereira no peso (12,02 metros) e Tatiana<br />

Rosário nos 200 metros (25.20<br />

segundos e novo recor<strong>de</strong> distrital)<br />

conquistaram os títulos individuais<br />

para a JV, que ainda somou<br />

sete medalhas individuais <strong>de</strong> prata<br />

e uma <strong>de</strong> bronze. Por sua vez,<br />

Ana Oliveira, do Grupo <strong>de</strong> Atletismo<br />

<strong>de</strong> Fátima, sagrou-se campeã<br />

nacional do salto em altura, com<br />

1,72 metros, recor<strong>de</strong> absoluto <strong>de</strong><br />

Santarém. No próximo fim-<strong>de</strong>semana,<br />

Pombal recebe o apuramento<br />

para o Nacional <strong>de</strong> clubes.<br />

Cross country<br />

Olímpico David<br />

Rosa muda-se<br />

para o Team<br />

MoveFree<br />

❚ O tricampeão nacional <strong>de</strong> cross<br />

country assinou um contrato <strong>de</strong><br />

quatro anos com o Team MoveFree<br />

e vai, já este ano, <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> pedalar<br />

numa Focus trocando <strong>de</strong> bicicletas,<br />

e equipamento, para a Scott. David<br />

Rosa, <strong>de</strong> Fátima, 23.º nos Jogos <strong>de</strong><br />

Londres, consegue assim condições<br />

para abraçar o projecto olímpico<br />

com vista uma nova participação<br />

mais mais mediática competição<br />

do Mundo, <strong>de</strong>sta feita no<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, em 2016. “É, para<br />

mim, um orgulho po<strong>de</strong>r contar<br />

com a MoveFree e os meus outros<br />

parceiros como um apoio para tentar<br />

conseguir atingir os meus objectivos<br />

na modalida<strong>de</strong>, conseguirmos<br />

mais notorieda<strong>de</strong> para o<br />

nosso <strong>de</strong>sporto e uma maior presença<br />

do nosso país nas competições<br />

internacionais”, referiu David<br />

Rosa durante a assinatura do contrato.<br />

O atleta vai elegeu para os<br />

treinos e competição a Scott Scale<br />

RC900, a Scale 910 e ainda a Foil,<br />

para a parte <strong>de</strong> estrada.


32 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Viver<br />

Aero Clube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

voa para Pombal<br />

3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1938 Da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> um punhado <strong>de</strong> sonhadores se<br />

fez um dos mais reputados aeroclubes do País. Mas ao cabo <strong>de</strong> 75<br />

anos <strong>de</strong> tradição no concelho que o viu crescer, é quase certo que o<br />

Aero Clube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> se mudará para Pombal<br />

Daniela Franco Sousa<br />

daniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ A génese do Aero Clube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>ve-se ao sonho<br />

<strong>de</strong> um empresário da cida<strong>de</strong>, José Dias Sequeira Pereira,<br />

conhecido por “Zé dos Aviões”, que, apoiado<br />

por conjunto <strong>de</strong> notáveis do seu tempo, havia <strong>de</strong> fundar<br />

a instituição. Mas ao fim <strong>de</strong> 75 anos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong><br />

no concelho que o viu crescer, é já quase certo que<br />

o Aero Clube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> se vai mudar para Pombal.<br />

Este é um dos clubes mais antigos do género em<br />

Portugal e também um dos primeiros a possuir escola<br />

para pilotos, salienta Afonso Dinis, actual presi<strong>de</strong>nte<br />

do Aero Clube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Consta que foi nesta<br />

escola que a primeira mulher portuguesa tirou brevet,<br />

assim como terá sido também nesta escola que<br />

o primeiro padre apren<strong>de</strong>u a pilotar.<br />

No entanto, e apesar dos motivos <strong>de</strong> orgulho que<br />

tem dado a <strong>Leiria</strong>, o clube “vive da carolice <strong>de</strong> alguns<br />

associados”. Ao contrário <strong>de</strong> outros aeródromos, que<br />

pertencem às autarquias, neste caso, e apesar <strong>de</strong> receber<br />

tantos portugueses e estrangeiros, que <strong>de</strong>scobrem<br />

o concelho por esta via, o aeródromo é mantido<br />

pelo clube, que paga renda mensal ao dono da<br />

proprieda<strong>de</strong>. “São particulares os responsáveis pelo<br />

espaço aeronáutico do distrito”, nota o presi<strong>de</strong>nte<br />

do Aero Clube, para quem a situação não é comportável.<br />

A Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> tem mostrado interesse em ajudar<br />

e, em conjunto com o Aero Clube, <strong>de</strong>senvolveu<br />

um projecto para um novo aeródromo. Suce<strong>de</strong> que<br />

um projecto <strong>de</strong>sta natureza exige um terreno <strong>de</strong> dimensão<br />

consi<strong>de</strong>rável, que a autarquia não dispõe.<br />

Por isso, “estamos a equacionar a hipótese <strong>de</strong> mudar<br />

as instalações para o aeródromo <strong>de</strong> Pombal. Têm<br />

uma pista excelente e bem localizada. A câmara está<br />

receptiva e está a proce<strong>de</strong>r à legalização da infraestrutura<br />

como espaço aeronáutico. Quando esse<br />

passo for dado, equacionamos seriamente a questão.<br />

Po<strong>de</strong> ser para breve”, assegura Afonso Dinis.<br />

Reconhecido por todo o País<br />

O Aero Clube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> reúne hoje três componentes<br />

distintas: aeronáutica; formação, com duas escolas<br />

certificadas, para pilotos <strong>de</strong> aeronaves ligeiras<br />

e <strong>de</strong> avião; e aeromo<strong>de</strong>lismo. No total, o clube conta<br />

com cerca <strong>de</strong> 300 associados, cerca <strong>de</strong> 80 pilotos,<br />

35 dos quais com activida<strong>de</strong> regular. Tem três<br />

aviões.<br />

Ao longo da sua história, o clube tem sido procurado<br />

por alunos e pilotos <strong>de</strong> todo o País. Apesar do<br />

aeródromo ter a particularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser atravessado<br />

por uma estrada, e as condições atmosféricas da região<br />

dificultarem as fases mais críticas do voo, <strong>de</strong>scolagem<br />

e aterragem, certo é que muitos pilotos en-<br />

A preparação<br />

técnica dos<br />

pilotos, aliada<br />

ao seu sentido<br />

<strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong>,<br />

faz com<br />

que, em 75<br />

anos <strong>de</strong><br />

aviação, a<br />

escola não<br />

tenha registo<br />

<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes<br />

mortais<br />

cartados vêm fazer horas <strong>de</strong> voo a <strong>Leiria</strong>, e são também<br />

muitos os que preferem tirar licença <strong>de</strong> pilotagem<br />

nesta instituição, pelo simples facto <strong>de</strong>, uma<br />

vez preparados para pilotar em <strong>Leiria</strong>, sentem-se preparados<br />

para pilotar em qualquer ponto do País. “Somos<br />

alcunhados <strong>de</strong> Navy”, porque aqui as condições<br />

<strong>de</strong> facto são mais complicadas, salienta o presi<strong>de</strong>nte.<br />

A preparação técnica dos pilotos, aliada ao seu sentido<br />

<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>, faz com que, em 75 anos<br />

<strong>de</strong> aviação, a escola não tenha registos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes<br />

mortais, nota Afonso Dinis.<br />

Foi já no início do século XXI que um inci<strong>de</strong>nte<br />

numa pista <strong>de</strong> Viseu fez capotar um avião do Aero<br />

Clube. Apenas lata, <strong>de</strong>sdramatiza o presi<strong>de</strong>nte.<br />

Mais caricata, e embaraçosa, reconhece Afonso Dinis,<br />

terá sido uma situação ocorrida num dos primeiros<br />

voos, nos anos 30, quando um piloto, tentando<br />

exibir-se à população <strong>de</strong> Coimbra, <strong>de</strong>sceu <strong>de</strong><br />

tal maneira sobre o aglomerado, que acabou por não<br />

conseguir recuperar o voo sem o auxílio <strong>de</strong> populares.<br />

Anedóticos parecem também os números alcançados<br />

pelos aviões que participaram numa das primeiras<br />

provas aeronáuticas no distrito, em 1940. Médias<br />

“astronómicas”, <strong>de</strong> 90 quilómetros por hora, ou<br />

potência <strong>de</strong> 40 cavalos, fazem sorrir o presi<strong>de</strong>nte,<br />

ciente <strong>de</strong> que nenhum avião voa hoje com menos <strong>de</strong><br />

100 cavalos. História, tecnologia e lazer são as razões<br />

pelas quais tantos associados se apaixonam pela aeronáutica,<br />

consi<strong>de</strong>ra Afonso Dinis.<br />

IN ECOS DO SÉCULO XX<br />

1<br />

1 - Amadora,<br />

1936. (da esq.<br />

para a dir.)<br />

Sequeira<br />

Pereira,<br />

capitão Tártaro<br />

e um familiar<br />

do primeiro<br />

2 - No campo<br />

on<strong>de</strong> se<br />

encontra a<br />

Base Aérea nº5<br />

<strong>de</strong> Monte Real,<br />

em 1938,<br />

durante a<br />

primeira visita<br />

a esta pista dos<br />

oficiais<br />

Pinheiro<br />

Correia,<br />

Fernando<br />

Tártaro e<br />

Norton<br />

Brandão<br />

3 - Na Ponte da<br />

Pedra,<br />

aquando da<br />

terceira visita<br />

dos oficiais <strong>de</strong><br />

Tancos, em<br />

Outubro <strong>de</strong><br />

1937. Sequeira<br />

Pereira é o<br />

primeiro<br />

(sentado) a<br />

contar da<br />

direita<br />

4 - Lezíria do<br />

Pastel,<br />

Barreiros, 1936<br />

5 - Espectáculo<br />

<strong>de</strong> aeronáutica<br />

reuniu<br />

apreciadores<br />

no aeródromo<br />

do clube, em<br />

2010


Do primeiro voo nos Barreiros,<br />

até à Gândara dos Olivais<br />

❚ Terá sido em 1936, em casa <strong>de</strong> um familiar, que José Dias<br />

Sequeira Pereira, conhecido por “Zé dos Aviões”, travou<br />

conhecimentos com o então capitão aviador Fernando Carvalho<br />

Tártaro, que o convidou para ir à Amadora dar uma<br />

volta <strong>de</strong> avião. Entusiasmado com o baptismo <strong>de</strong> voo, José<br />

Pereira terá pedido <strong>de</strong> imediato ao capitão que se <strong>de</strong>slocasse<br />

a <strong>Leiria</strong> para analisar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ali criar um<br />

campo <strong>de</strong> aviação.<br />

Depois <strong>de</strong> examinarem os Campos do Lis, encontraram<br />

um terreno na zona dos Barreiros, <strong>de</strong>nominado Lezíria do<br />

Pastel, pertencente ao Dr. Ver<strong>de</strong>, que ace<strong>de</strong>u ao pedido dos<br />

entusiastas. Ao sonho do “Zé dos Aviões” juntaram-se outros<br />

apaixonados, como Luís <strong>de</strong> Melo, Carlos Silva, Guerra<br />

Rodrigues, Alves Men<strong>de</strong>s, Vasco Rito, Wellemkamp, Rogério<br />

Travassos, Engenheiro Manso, Camilo Korrodi,<br />

José Carlos Santos, Francisco Pereira, Rocha Ourives e Etelvino<br />

Gaspar.<br />

Se para estes notáveis, trazer aviões para <strong>Leiria</strong> era uma<br />

certeza, aos olhos da maior parte da população, que nunca<br />

vira uma aeronave, tal projecto não passava <strong>de</strong> uma utopia,<br />

à volta da qual se contavam anedotas nos cafés.<br />

Mas nesse mesmo ano, e para espanto <strong>de</strong> muitos, o Vickers,<br />

da Amadora, fez a primeira aterragem na Lezíria do<br />

Pastel, nos Barreiros, tripulado pelo capitão Tártaro.<br />

E foi também em 1936, que dois aviões apareceram nos<br />

céus <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, em direcção aos Barreiros. Relatam os Ecos<br />

do Século XX, que a passagem das aeronaves gerou uma<br />

corrida rumo ao campo <strong>de</strong> aviação. Chegados ao campo,<br />

os entusiastas receberam dois Moranes, <strong>de</strong> Tancos, tripulados<br />

pelos pilotos Rodrigues Costa e Costa Franco, trazendo<br />

como passageiros o coronel Mário Batalha, natural<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, cuja família residia na Rua Comandante João<br />

Belo e o 1º Sargento Ribeiro. A partir daí, o campo começaria<br />

a ser visitado por aviões <strong>de</strong> Amadora e Alverca.<br />

Já no fim <strong>de</strong> 1936, quando o Dr. Ver<strong>de</strong> mandou lavrar o<br />

campo, foi preciso <strong>de</strong>scobrir uma nova pista, noutro local,<br />

tarefa que contou com a ajuda <strong>de</strong> oficiais <strong>de</strong> Tancos,<br />

que vieram analisar a região. Todas as reuniões <strong>de</strong>corriam<br />

na tipografia <strong>de</strong> Carlos Silva, que se tornou se<strong>de</strong> provisória<br />

do Aero Clube.<br />

O próprio “Zé dos Aviões” recorda, no Ecos do Século XX,<br />

o dia em que a boa notícia finalmente chegou. “Em Fevereiro<br />

apareceu na minha residência, então o Hotel<br />

Central, um homem dizendo-me que na sua terra existia<br />

uma gran<strong>de</strong> charneca on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong>ria fazer o campo <strong>de</strong><br />

aviação. Quando chegámos à Serra <strong>de</strong> Porto do Urso, <strong>de</strong>parou-se-nos<br />

aquela imensidão! Ficámos loucos <strong>de</strong> alegria.<br />

Tratava-se <strong>de</strong> um baldio camarário, cheio <strong>de</strong> mateiros<br />

e machureiros. Era ali que seria o nosso Centro <strong>de</strong> Aviação!”<br />

E assim nascia o Aero Clube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a 3 <strong>de</strong> Janeiro<br />

<strong>de</strong> 1938, on<strong>de</strong> se encontra hoje instalada a Base Aérea<br />

nº5 <strong>de</strong> Monte Real.<br />

Ciclone interrompe activida<strong>de</strong><br />

A 8 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1940, por ocasião das Festas dos<br />

“Quando<br />

chegámos à<br />

Serra <strong>de</strong> Porto<br />

do Urso,<br />

<strong>de</strong>parou-se-<br />

-nos aquela<br />

imensidão!<br />

Ficámos<br />

loucos <strong>de</strong><br />

alegria.<br />

Tratava-se <strong>de</strong><br />

um baldio<br />

camarário,<br />

cheio <strong>de</strong><br />

mateiros e<br />

machureiros.<br />

Era ali que<br />

seria o nosso<br />

Centro <strong>de</strong><br />

Aviação!”<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 33<br />

IN ECOS DO SÉCULO XX RICARDO GRAÇA<br />

2<br />

IN ECOS DO SÉCULO XX<br />

3<br />

IN ECOS DO SÉCULO XX<br />

4<br />

Centenários, o Aero Clube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> – que dois meses<br />

antes apresentara, na exposição <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, um stand com<br />

oito secções, relacionadas com a activida<strong>de</strong> aeronáutica<br />

– realizou uma gran<strong>de</strong> festa aérea, <strong>de</strong> propaganda,<br />

patrocinada pelo Diário <strong>de</strong> Notícias. Esta festa – relatada<br />

no livro que assinala 50 Anos <strong>de</strong> Base Aérea n.º5 <strong>de</strong> Monte<br />

Real – juntou mais <strong>de</strong> 30 mil pessoas e contou com<br />

perto <strong>de</strong> uma centena <strong>de</strong> aviões. Mas a presença do Aero<br />

Clube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> no campo <strong>de</strong> Monte Real duraria apenas<br />

até 1941, quando um violento ciclone <strong>de</strong>struiu o<br />

hangar e o único avião, pondo fim às suas activida<strong>de</strong>s.<br />

Entre os anos 40 e 70, Monte Real centrou-se na utilização<br />

militar da pista, sendo que o espaço continuava<br />

a ser usado pelos associados do Aero Clube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

que lá po<strong>de</strong>riam estacionar os seus aviões.<br />

Foi já na década <strong>de</strong> 70 que José Ferrinho, dono <strong>de</strong> um<br />

terreno na Gândara dos Olivais, implementou a construção<br />

<strong>de</strong> uma pista na sua própria proprieda<strong>de</strong>, que<br />

ce<strong>de</strong>u ao Aero Clube e on<strong>de</strong> a instituição ainda mantém<br />

as suas activida<strong>de</strong>s associativas (com a morte <strong>de</strong><br />

José Ferrinho, a colectivida<strong>de</strong> passou a pagar renda<br />

mensal aos her<strong>de</strong>iros pela ocupação do terreno).<br />

A imprensa da época faz referência ao primeiro<br />

avião do Aero Clube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, adquirido através <strong>de</strong><br />

subscrição pública, para a qual contribuíram muitos populares.<br />

Corria o ano <strong>de</strong> 1973, quando a aeronave, comprada<br />

por cerca <strong>de</strong> 600 contos, recebeu por madrinha<br />

<strong>de</strong> baptismo Isabel Damasceno Pereira <strong>de</strong> Campos,<br />

aquela que viria a ser presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

Bons ventos ultramarinos<br />

Se numa primeira fase o Estado Novo apadrinhou muitas<br />

activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas e criou estruturas para captar<br />

o interesse dos jovens – a aeronáutica era uma das<br />

activida<strong>de</strong>s promovidas pela Mocida<strong>de</strong> Portuguesa –<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> meados dos anos 60, e em virtu<strong>de</strong> da<br />

Guerra <strong>de</strong> Ultramar, a maior parte do esforço financeiro<br />

do País foi canalizado para as activida<strong>de</strong>s bélicas. A<br />

aeronáutica viria também a per<strong>de</strong>r com essa transferência.<br />

No entanto, aponta Afonso Dinis, presi<strong>de</strong>nte do Aero<br />

Clube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Marcelo Caetano haveria <strong>de</strong> imprimir<br />

alguma abertura ao regime, promovendo a inauguração<br />

<strong>de</strong> alguns aeródromos.<br />

O retorno das famílias <strong>de</strong> Angola e <strong>de</strong> Moçambique<br />

para a metrópole, assim como <strong>de</strong> muitos militares, que<br />

tinham estado nas colónias e conhecido outras modas<br />

e tecnologias – África do Sul era um dos maiores<br />

expoentes em matéria <strong>de</strong> aeronáutica – fizeram com<br />

que, na década <strong>de</strong> 70, com o retorno <strong>de</strong>sses jovem a<br />

Portugal, houvesse um boom no número <strong>de</strong> apaixonados<br />

pelos aviões. <strong>Leiria</strong> não foi excepção, nota o presi<strong>de</strong>nte<br />

do Aero Clube. A partir dos anos 90, esse boom<br />

esmoreceu, fruto do agudizar das dificulda<strong>de</strong>s económicas,<br />

enten<strong>de</strong> o Afonso Dinis.<br />

5


34 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Curtas<br />

Olaria Mestre Vitor Baraça dá<br />

formação no Cencal<br />

❚ O mestre Vitor Baraça, da conhecida família<br />

ceramista Baraça, dirige a próxima acção <strong>de</strong><br />

formação, no âmbito do Ciclo Gran<strong>de</strong>s Mestres<br />

Barristas Portugueses, que <strong>de</strong>corre no Cencal,<br />

Caldas da Rainha, entre 18 e 23 <strong>de</strong> Março<br />

próximo. O tema será A Arte dos Mestres Baraça<br />

– Tradição, Costumes e Religião na Cerâmica<br />

Barcelense. Este ceramista é <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte directo<br />

<strong>de</strong> duas gerações <strong>de</strong> barristas e partilhará<br />

experiências para conceber formas, executá-las e<br />

proce<strong>de</strong>r à sua <strong>de</strong>coração, adoptando as técnicas e<br />

os processos criativos típicos da cerâmica <strong>de</strong><br />

Barcelos. O curso <strong>de</strong>stina-se a ceramistas, pintores,<br />

artesãos, artistas plásticos, <strong>de</strong>signers ou<br />

professores.<br />

Editora Alternativa Music<br />

estreia disco<br />

❚ A label Alternativa Music vai apresentar o álbum<br />

Alternativa Família este sábado, na FNAC <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

pelas 22 horas. O tema Segregação Social, do MC XL, é o<br />

single <strong>de</strong> apresentação. Esta editora, com raízes em<br />

<strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>dica-se, essencialmente, à promoção dos<br />

MC, DJ, B-Boys e writters da zona centro <strong>de</strong><br />

Portugal e que partilha o gosto pela cultura<br />

hip-hop. Na FNAC estarão, além <strong>de</strong> XL,<br />

Snipez, Proz, Nelinho, Verso, Guto,<br />

Andrew do Rap, o baixista Telmo<br />

Santo e o baterista Ruben Matias. O<br />

evento contará ainda com a voz<br />

feminina <strong>de</strong> Liony Rockley (Maria<br />

Cavalheiro). Com esta apresentação, a<br />

Alternativa Music preten<strong>de</strong> dar a<br />

conhecer não só os seus artistas mas<br />

também os seus serviços e ajudar a<br />

promover novos talentos do hip-hop.<br />

(www.youtube.com/user/alternativaofficial)<br />

Música Metropolitana abre<br />

concurso a novos maestros<br />

❚ As candidaturas ao concurso Jovens Maestros<br />

2013 <strong>de</strong>correm até ao próximo dia 28, numa<br />

coprodução do São Luiz Teatro<br />

Municipal/Metropolitana. Depois do piano, violino<br />

e flauta, a iniciativa este ano dirige-se a jovens<br />

directores <strong>de</strong> orquestra, nacionais ou estrangeiros,<br />

até aos 35 nos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. As provas eliminatórias<br />

com a Orquestra Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa (OML),<br />

<strong>de</strong>correm <strong>de</strong> 15 a 18 <strong>de</strong> Maio. O vencedor será<br />

distinguido com o Prémio Caixa Geral <strong>de</strong> Depósitos<br />

e os <strong>de</strong>z candidatos admitidos às eliminatórias<br />

terão oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dirigir a OML, em ensaios<br />

abertos ao público. Entre estes, o júri elegerá três<br />

finalistas para novas provas com orquestra e<br />

solista.<br />

Designer da Batalha<br />

em <strong>de</strong>staque<br />

na Edit Mag<br />

O trabalho <strong>de</strong> Susana Soares, natural do concelho da Batalha<br />

mas a viver em <strong>Leiria</strong>, está em <strong>de</strong>staque na revista <strong>de</strong> moda e<br />

tendência Edit Mag <strong>de</strong>ste mês. Em Março <strong>de</strong> 2010, criou a<br />

empresa Sushie (a sua alcunha <strong>de</strong>s<strong>de</strong> pequena, <strong>de</strong>vido ao<br />

formato dos seus olhos um pouco nipónicos) e nunca mais<br />

parou. Licenciada em Design Industrial pela Universida<strong>de</strong><br />

Lusófona, Susana Soares começou por fazer malas e outros<br />

acessórios para oferecer à família e amigos, até que resolveu<br />

oficializar a marca. O que mais a i<strong>de</strong>ntifica é a mala principal,<br />

uma vez que foi o primeiro produto lançado. Mas logo foram<br />

surgindo novas peças, como vários tipos <strong>de</strong> bolsas, aventais,<br />

malas para portárteis e, em Julho passado, lenços em tubo. As<br />

malas existem em edições <strong>de</strong> tela/toalha <strong>de</strong> mesa e em cortiça e<br />

os lenços, <strong>de</strong> variados padrões, são <strong>de</strong> algodão. À Edit Mag,<br />

Susana Soares diz que para promover o seu trabalho, é<br />

agressiva na forma <strong>de</strong> fazer markting. “Estou sempre a<br />

actualizar a página do facebook e a apresentar formas<br />

divertidas <strong>de</strong> usar as peças”, diz. Além <strong>de</strong> fotografar tudo o que<br />

faz, esforça-se por estar presente com a marca em lojas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

Viana do Castelo até Faro. E também não falta a feiras, em<br />

Lisboa, no Porto ou em Coimbra, <strong>de</strong> que é exemplo o conhecido<br />

Mercado Quebra Costas.<br />

Jóias<br />

<strong>de</strong> Sandrine Vieira<br />

na Lusa Mater<br />

A <strong>de</strong>signer e joalheira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Sandrine Vieira, mostrou algunas das<br />

suas peças na Lusa Mater, nova plataforma electrónica <strong>de</strong><br />

divulgação e comercialização <strong>de</strong> produtos portugueses para países<br />

da União Europeia, Noruega e Suíça, criada com o objetivo <strong>de</strong><br />

valorizar a nossa produção. A singularida<strong>de</strong> da iniciativa é que<br />

cada campanha Lusa Mater está disponível por um período<br />

curto <strong>de</strong> tempo (<strong>de</strong> 4 a 8 dias) e em quantida<strong>de</strong>s limitadas.<br />

Lusa Mater diz que as jóias <strong>de</strong> Sandrine Vieira<br />

“reflectem a sua paixão pelas coisas comuns do diaa-dia”,<br />

sendo por isso “objectos transformados<br />

em obras <strong>de</strong> arte e em peças singulares,<br />

que se <strong>de</strong>finem pela elegância,<br />

simplicida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sign”.<br />

MyGui<strong>de</strong> Três livrarias da região<br />

entre as mais apetecíveis<br />

❚ As livrarias Arquivo e Letras & Livros (<strong>Leiria</strong>) e<br />

Histórias com Bichos (Óbidos) foram consi<strong>de</strong>radas<br />

entre “as mais apetecíveis livrarias” do País, no blogue<br />

MyGui<strong>de</strong>. Porque “as livrarias <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> ser apenas<br />

um <strong>de</strong>stino para comprar livros e passaram a ser<br />

espaços on<strong>de</strong> po<strong>de</strong> passar-se o tempo na companhia<br />

dos autores favoritos, beber um chá ou apreciar uma<br />

exposição”. Em Lisboa, foram seleccionadas a Ler<br />

Devagar, Bertrand Chiado, LeYa Barata, LeYa na<br />

Buchholz, Nouvelle Librairie Française, Pó dos Livros,<br />

Palavra <strong>de</strong> Viajante, Taschen Chiado, BD Mania e<br />

Nouvelle Librairie Française. A norte a escolha foi para<br />

a Centésima Página (Braga) e para a Lello e Irmão<br />

(Porto). A Galileu (Cascais) e A Fonte <strong>de</strong> Letras<br />

(Montemor-o-Novo) também foram consi<strong>de</strong>radas.


Almanaque<br />

Raquel Martins criativa <strong>de</strong> televisão<br />

O meu restaurante favorito<br />

é a cozinha da minha mãe<br />

❚ Se não tivesse uma profissão ligada ao mundo das<br />

artes, o que seria?<br />

O meu mundo seria um espectáculo se pu<strong>de</strong>sse<br />

<strong>de</strong>dicar muito mais tempo dos meus dias a<br />

pensar, escrever e filmar as minhas próprias<br />

histórias.<br />

O projecto que mais gosto lhe <strong>de</strong>u fazer<br />

É sempre o projecto actual. Não gosto <strong>de</strong> ter feito.<br />

Gosto <strong>de</strong> fazer. Quanto entro na fase <strong>de</strong> edição <strong>de</strong><br />

imagem <strong>de</strong> um ví<strong>de</strong>o ou <strong>de</strong> um filme, sinto-me<br />

realizada.<br />

O espectáculo, concerto ou exposição que mais<br />

lhe ficou na memória<br />

O <strong>de</strong>sktop do meu computador é uma imagem que<br />

vi do Julião Sarmento na Tate Mo<strong>de</strong>rn, em<br />

Londres. Portanto, lembro-me todos os dias <strong>de</strong>ssa<br />

exposição. Uma sala inteira <strong>de</strong>dicada ao pintor<br />

português. Há agora uma retrospectiva da obra<br />

<strong>de</strong>le em Serralves. Quero ir.<br />

O livro da sua vida<br />

Era incapaz <strong>de</strong> ter um único. Recentemente,<br />

gostei mesmo muito <strong>de</strong> A Ilha <strong>de</strong> Sukkwan, <strong>de</strong><br />

David Vann.<br />

Um filme inesquecível<br />

American Beauty, do Sam Men<strong>de</strong>s. Ou melhor: do<br />

Alan Ball, o argumentista.<br />

Se tivesse <strong>de</strong> escolher uma banda sonora para si,<br />

qual seria?<br />

Eu queria respon<strong>de</strong>r Pan Pipes com ferrinhos mas,<br />

a verda<strong>de</strong>, é que tenho uma resposta a sério para<br />

esta pergunta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o mês passado. A banda é<br />

M83 e a música chama-se Midnight Souls Still<br />

Remain. Um projecto pessoal para as próximas<br />

férias é, precisamente, fazer uma autobiografia<br />

visual ao som <strong>de</strong>sta música.<br />

Um artista que gostaria <strong>de</strong> ter visto no Teatro<br />

Stephens?<br />

De ter visto? Nina Simone. Queria ver? Bon Iver.<br />

Uma viagem inevitável<br />

A viagem <strong>de</strong> casa para o trabalho e vice-versa.<br />

Ênfase no regresso.<br />

Um vício que gostava <strong>de</strong> não ter<br />

Chegar atrasada a todo o lado.<br />

Uma personalida<strong>de</strong> que admira<br />

Reservo a minha admiração para a personalida<strong>de</strong><br />

que conseguir acabar com a impunida<strong>de</strong> in<strong>de</strong>cente<br />

e imoral <strong>de</strong> todos os aproveitadores – seja por má fé<br />

requintada ou por pura incompetência - do Estado<br />

português.<br />

Um actor que gostasse <strong>de</strong> levar a jantar<br />

Já que posso escolher, um que saiba<br />

cozinhar. Mas po<strong>de</strong> ser amigo do<br />

Adrian Brody.<br />

Um restaurante da região<br />

A minha mãe diz muitas vezes<br />

que a cozinha <strong>de</strong>la parece um<br />

restaurante. Eu confirmo. Por<br />

isso, o restaurante <strong>de</strong>la.<br />

Um prato <strong>de</strong> eleição<br />

Qualquer um feito pela minha<br />

mãe. Mas sem carne.<br />

Um refúgio (no distrito)<br />

A varanda em São Pedro <strong>de</strong> Moel.<br />

E o jardim da Várzea.<br />

Um sonho para <strong>Leiria</strong>?<br />

Desejar que a loja Creaminal volte a<br />

abrir é muito mau? Lamento, mas neste<br />

momento era isso que “esta Pêpa” queria.<br />

Julião Samento<br />

DR<br />

American Beauty<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 35<br />

Projecto<br />

internacional<br />

Mesa <strong>de</strong><br />

Cabeceira<br />

Carlos<br />

Martins<br />

Nina<br />

Simone<br />

Parte 1.<br />

Hoje, fascinei-me com o<br />

facto <strong>de</strong> acordar todos os<br />

dias eu, sem per<strong>de</strong>r info.<br />

O sono não se explica, é<br />

como os gostos. Eu tenho mau<br />

sono, não sei dormir, por isso –<br />

não durmo. Zombificar em<br />

Budapeste é a mesma coisa que<br />

fazer amor em Trás-os-Montes.<br />

Vai dar tudo ao mesmo clímax<br />

<strong>de</strong> parvoíce mata-ratos e “uh uh<br />

uh que és muita bom”. Depois<br />

ou já não sou ou nunca fui. Não<br />

gosto das duas, mas a escolher<br />

era a segunda, comiseração<br />

aceito sempre seja com<br />

transpiração, seja com whisky.<br />

Às vezes um gajo só tem<br />

comiseração. Falta atenção?<br />

Come-se pena às colheres,<br />

transformo isso tudo em música<br />

no coração e volto à gruta<br />

encantada. Gostava <strong>de</strong><br />

conseguir ter sexo, <strong>de</strong>sligá-lo do<br />

amor e ter orgasmos com<br />

companhia para cigarros. E ficar<br />

triste <strong>de</strong>pois como toda a gente.<br />

Estou preso em morte. Em vez<br />

<strong>de</strong> viver, observo-me a viver e<br />

rio-me da ridícula performance.<br />

Em bom, tudo isto em bom,<br />

<strong>de</strong>us me livre que eu não seja<br />

soberbo. Palhaço. Preso a<br />

carida<strong>de</strong>s. Tenho <strong>de</strong> <strong>de</strong>smontar<br />

Budapeste para me livrar <strong>de</strong>ste<br />

fascínio. Quero ir para casa ter<br />

um AVC quentinho. Ouço<br />

húngaros a falar não sei se <strong>de</strong><br />

batatas, se <strong>de</strong> poesia absurda.<br />

Estou farto <strong>de</strong> aqui estar e não<br />

sei ir para casa, não posso fumar<br />

mais porque já me <strong>de</strong>u o tilt do<br />

dia na veia a piscar. Latejo <strong>de</strong><br />

seca. Um dia morro e agora<br />

estou aqui a não ser, com tanta<br />

vida por morrer lá fora. Não sei o<br />

que faço aqui, não sou daqui<br />

nem ela é <strong>de</strong> mim.<br />

Parte 2.<br />

Ri sozinho <strong>de</strong> paspalhice, chorei<br />

<strong>de</strong>vagar e <strong>de</strong>pois pensei: isto não<br />

<strong>de</strong>via acontecer, ninguém <strong>de</strong>ve<br />

dizer szeretlek, love you, amo-te<br />

e <strong>de</strong>pois dizer que “amor não<br />

acontece em duas semanas”. Só<br />

queria duas coisas: braços <strong>de</strong><br />

casa e a minha casa. Senti toda a<br />

pujança <strong>de</strong> ser estúpido, burro e<br />

isso doeu ainda mais porque sei<br />

que não sou nem estúpido nem<br />

burro. Depois ela voltou atrás<br />

assim: "I was blind". E eu: "Isso é<br />

dum filme". Ela: "I could not see".<br />

Eu: "É cantiga dos U2". E<br />

dormimos com arrepios <strong>de</strong> tanto<br />

drama espojados na nossa cama<br />

a fazer <strong>de</strong> conta amor.<br />

Parte 3.<br />

Hoje, já não suspiro. E suspirar é<br />

muito bom.<br />

Músico


36 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Entrevista<br />

Paulo Fuentez <strong>de</strong>signer gráfico<br />

“Não sinto necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

visibilida<strong>de</strong>”<br />

Daniela Franco Sousa<br />

daniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Foi uma surpresa encontrar trabalhos seus publicados<br />

no Rockport LogoLounge Master Library?<br />

Fui avisado pela LogoLounge. Basicamente, é uma comunida<strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> as pessoas inserem os logótipos que<br />

bem enten<strong>de</strong>m, acabando por resultar numa gran<strong>de</strong><br />

base <strong>de</strong> dados, on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> ir beber inspiração. A partir<br />

<strong>de</strong>sta comunida<strong>de</strong> são feitas várias publicações, e<br />

as pessoas são informadas sobre os trabalhos que são<br />

escolhidos. Em 2007, concorri ao European Logo Design<br />

Award e ganhei. Fiquei muito contente, até porque<br />

foi o meu primeiro feito <strong>de</strong>sse género. Existe um<br />

gran<strong>de</strong> mercado <strong>de</strong> concursos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign gráfico.<br />

Qual é o significado <strong>de</strong> feitos como estes para um<br />

jovem artista gráfico português?<br />

Po<strong>de</strong> trazer alguma visibilida<strong>de</strong>, mas funciona muito<br />

mais enquanto satisfação pessoal.<br />

Qual é a diferença entre criar a partir da periferia e<br />

criar a partir <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> centro urbano?<br />

Nunca criei a partir <strong>de</strong> nenhum gran<strong>de</strong> centro urbano,<br />

não tenho essa experiência. Em <strong>Leiria</strong>, os constrangimentos<br />

que existem são os constrangimentos da<br />

própria profissão em si. Vêm sobretudo do cliente e<br />

não do <strong>de</strong>signer. Por norma, quando o cliente paga<br />

uma fortuna por um logótipo, não pe<strong>de</strong> nada, não diz<br />

nada, simplesmente aposta naquilo. Quando paga<br />

pouco - o que muitas vezes acontece por cá- o primo<br />

O <strong>de</strong>sign<br />

gráfico tem<br />

pouco <strong>de</strong><br />

criativida<strong>de</strong>.<br />

Criativida<strong>de</strong><br />

serão apenas<br />

20% do<br />

processo e<br />

pren<strong>de</strong>m-se<br />

com aquele<br />

clique que é<br />

preciso ter.<br />

Tudo o resto é<br />

trabalho,<br />

pesquisa,<br />

investigação,<br />

atenção ao<br />

observar tudo<br />

o que nos<br />

ro<strong>de</strong>ia<br />

do cliente sabe, o tio sabe, o afilhado sabe, toda a gente<br />

sabe, e até mais do que o profissional a quem se paga<br />

para fazer o trabalho.<br />

Quais são as fontes <strong>de</strong> inspiração numa cida<strong>de</strong> como<br />

<strong>Leiria</strong>?<br />

Não é o mar nem são os Campos do Lis. São os meus<br />

amigos, e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida que se possa ter por cá.<br />

O facto <strong>de</strong> a cida<strong>de</strong> ser pequena reflecte-se também,<br />

<strong>de</strong> alguma maneira, no processo <strong>de</strong> trabalho.<br />

A paternida<strong>de</strong> fez aguçar a criativida<strong>de</strong>?<br />

Penso que não, pelo menos tenho agora muito menos<br />

tempo para criar. Mas julgo que o <strong>de</strong>sign gráfico tem<br />

pouco <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong>. Criativida<strong>de</strong> serão apenas<br />

20% do processo e pren<strong>de</strong>m-se com aquele clique que<br />

é preciso ter. Tudo o resto é trabalho, pesquisa, investigação,<br />

atenção ao observar tudo o que nos ro<strong>de</strong>ia.<br />

Esse conhecimento implica viajar muito?<br />

Viajo pouco, não sou gran<strong>de</strong> fã <strong>de</strong> viagens. Mas é preciso<br />

ter atenção à socieda<strong>de</strong>, a todos os níveis.<br />

Curiosamente, a alcunha Fuentez faz lembrar ou-tras<br />

paragens.<br />

Já era conhecido por Fuentez, mas quando formámos<br />

a banda The AllStar Project, cada elemento passou a ter<br />

a sua alcunha. A AllStar nasceu por brinca<strong>de</strong>ira e achámos<br />

durante muito tempo que <strong>de</strong>víamos viver a banda<br />

como uma 'brinca<strong>de</strong>ira-séria', para eliminar todas as<br />

questões que, por vezes, fazem com que outras bandas<br />

se separem. Esta questão dos nomes foi uma forma <strong>de</strong><br />

aligeirar o ambiente, porque vínhamos <strong>de</strong> outras ban-<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Sem canudo<br />

Singrar como<br />

autodidacta<br />

Natural <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Paulo dos<br />

Santos Silva, conhecido por<br />

Fuentez, tem 32 anos e<br />

currículo como <strong>de</strong>signer<br />

gráfico. O conhecimento nesta<br />

área resultou essencialmente<br />

das suas pesquisas e das suas<br />

experiências <strong>de</strong> trabalho, já que<br />

a formação superior nunca se<br />

proporcionou. Como artista<br />

gráfico, Paulo Fuentez foi um<br />

dos escolhidos para integrar o<br />

sétimo volume da colecção <strong>de</strong><br />

livros norte-americanos<br />

Rockport LogoLounge Master<br />

Library, que conta com duas<br />

mil i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s e logótipos<br />

<strong>de</strong>senhados por alguns dos<br />

mais consagrados <strong>de</strong>signers<br />

gráficos e talentos promissores,<br />

<strong>de</strong> todo o Mundo. Na cena<br />

musical, foi um dos membros<br />

fundadores dos leirienses The<br />

AllStar Project.<br />

das on<strong>de</strong> algumas coisas não tinham corrido bem.<br />

A música é um capítulo encerrado?<br />

Não está encerrado, porque continuo a ouvir muita<br />

música. Mas não tenho muito tempo para fazer música.<br />

Ando a tocar com algumas pessoas, mas nem sei<br />

se é para chegarmos a algum lado.<br />

O que mudou na cena musical <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

início dos The AllStar Project?<br />

É hoje muito mais fácil ter acesso a material <strong>de</strong> som,<br />

do que no início dos AllStar. A internet e as re<strong>de</strong>s sociais<br />

tornam tudo mais rápido. E há também mais festivais.<br />

Naquela altura ainda não havia Fa<strong>de</strong> In, não havia<br />

sítios para tocar. Além disso, também existe agora<br />

uma nova fornada <strong>de</strong> gente a tocar, miúdos <strong>de</strong> 20<br />

anos a fazerem coisas porreiras. Talvez editar seja hoje<br />

mais fácil.<br />

A vossa banda contribuiu também para alguma mudança?<br />

Talvez tenhamos contribuído para alguma mudança,<br />

mas existia um trabalho que vinha <strong>de</strong> trás, com outras<br />

bandas, como os Silence 4, como os próprios Phase, e,<br />

antes disso, outras bandas <strong>de</strong> punk, etc. Cada uma veio<br />

contribuir para alguma mudança. Nada aconteceu do<br />

dia para a noite...<br />

On<strong>de</strong> se vê daqui a 10 anos?<br />

Nesta cida<strong>de</strong>. Decidi há muito tempo que iria ficar por<br />

<strong>Leiria</strong>. Espero ficar por aqui com amigos, a fazer estas<br />

coisas interessantes. Não sinto necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong>.


38 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Obrigatório<br />

Subway Ri<strong>de</strong>rs Música <strong>de</strong><br />

improviso e esquizofrenia<br />

❚ A sugestão <strong>de</strong>ste fim-<strong>de</strong>-semana do Beat Club, em<br />

<strong>Leiria</strong>, chama-se Subway Ri<strong>de</strong>rs e assume-se como um<br />

peculiar e estranho colectivo <strong>de</strong> músicos fundado em<br />

1989 em Coimbra. A sua música é, fundamentalmente<br />

fruto <strong>de</strong> um improviso calculado a roçar a<br />

esquizofrenia, com uma pitada <strong>de</strong> garage rock, free-jazz<br />

e punk. Canções que não o são. Versões que não o são.<br />

Enfim, aqui tudo é possível. Menos tocar alinhado. A<br />

banda é composta por um elenco on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong>m<br />

encontrar músicos <strong>de</strong> importantes bandas nacionais<br />

como os Tiguana Bibles, Bunny Ranch ou The<br />

Parkinsons. Este sábado, 26 <strong>de</strong> Janeiro, a partir das<br />

23:30 horas, no Beat Club, em <strong>Leiria</strong>, o espectáculo vai<br />

ser mesmo único, <strong>de</strong> luxo e não <strong>de</strong>ixará ninguém<br />

indiferente. Obrigatório será não faltar!<br />

Apresentação Os Soares Barbosa -<br />

Ansianenses Ilustres<br />

❚ Ricardo Charters d'Azevedo é o autor do livro Os<br />

Soares Barbosa - Ansianenses Ilustres que vai ser<br />

apresentado este sábado, dia 26, pelas 16:30 horas<br />

nos edifício dos Paços <strong>de</strong> Concelho <strong>de</strong> Ansião. Este<br />

é um minucioso trabalho <strong>de</strong> pesquisa realizado por<br />

este autor, natural <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, que tem <strong>de</strong>dicados os<br />

anos mais recentes a estudar e a compilar a história<br />

da região. Os Soares Barbosa - Ansianenses Ilustres é<br />

um estudo sobre os elementos da família Soares<br />

Barbosa, nados e criados em Ansião, e, em<br />

particular, os irmãos António Soares Barbosa e<br />

Jerónimo Soares Barbosa, duas das mais ímpares<br />

personalida<strong>de</strong>s do panorama da cultura<br />

portuguesa. Mais <strong>de</strong> 200 anos passados, os seus<br />

escritos são ainda lidos e estudados em Portugal e<br />

no estrangeiro.<br />

Leiturasdasemana<br />

Dinheiro<br />

Martim Amis<br />

Editora: Quetzal<br />

«Numa obra fundamental do século XX, Martin Amis<br />

profetiza o que estava para vir e se concretizou, para mal<br />

<strong>de</strong> todos nós. Uma comédia muito negra sobre a ganância<br />

<strong>de</strong>smedida.», Helena Vasconcelos, jornal Público.<br />

A história que se conta em Money - que o Guardian<br />

consi<strong>de</strong>rou o gran<strong>de</strong> romance inglês da década <strong>de</strong><br />

oitenta - <strong>de</strong>corre entre Nova Iorque e Londres, nos<br />

tempos dos motins <strong>de</strong> Brixton e do casamento real.<br />

John Self - o seu narrador e protagonista – um homem<br />

que personifica a ganância <strong>de</strong>sses anos <strong>de</strong> ouro do<br />

capitalismo, em que o <strong>de</strong>sprezo pelos valores sociais e<br />

humanos só conseguia ser suplantado pelo amor ao<br />

dinheiro - e a cegueira pelo dinheiro, por sua vez, pelo<br />

terror da falta <strong>de</strong>le.<br />

A Paixão<br />

Almeida Faria<br />

Editora: Assírio & Alvim<br />

Almeida Faria foi recentemente distinguido com o<br />

Tributo <strong>de</strong> Consagração Fundação Inês <strong>de</strong> Castro 2012.<br />

«Ler Almeida Faria é regressar, <strong>de</strong> outro modo, a<br />

Yoknapatawpha, a criação <strong>de</strong> William Faulkner para o<br />

implacável sul, essa paisagem <strong>de</strong> morte, infortúnio,<br />

exasperação e <strong>de</strong>clínio. A Paixão é a reinvenção <strong>de</strong>sse<br />

sul povoado <strong>de</strong> vozes que se suce<strong>de</strong>m e se contaminam.<br />

(...) compreen<strong>de</strong>r como só a palavra po<strong>de</strong>rá fazer<br />

do espaço tempo, numa modulação do humano que é,<br />

afinal, uma lógica do sensível e do concreto em que as<br />

i<strong>de</strong>ias são i<strong>de</strong>ias do corpo, i<strong>de</strong>ias no corpo (...) A Paixão<br />

será porventura a mais espessa cortina <strong>de</strong> linguagem<br />

que a literatura portuguesa terá produzido na segunda<br />

meta<strong>de</strong> do século XX. » Luís Quintais.


Crianças<br />

Alcobaça Ciclo <strong>de</strong> ateliers<br />

<strong>de</strong> música para bebés<br />

❚ A Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> Alcobaça inaugura no<br />

domingo, dia 27, pelas 11 horas, no Clube Alcobacense,<br />

mais um ciclo <strong>de</strong> Ateliers <strong>de</strong> Música para Bebés. Esta<br />

activida<strong>de</strong> expressamente dirigida a crianças dos 0<br />

aos 36 meses, será <strong>de</strong>dicada às estações do ano e<br />

promete sensibilizar e conduzir o público infantil ao<br />

universo da música. Brincando com os Sons... no<br />

Inverno é o espectáculo que marca a estreia <strong>de</strong>sta<br />

nova série <strong>de</strong> ateliers mensais. O conceito tem sido<br />

<strong>de</strong>senvolvido por Maria João Costa e Ana Carlota<br />

Silveiro, docentes que também foram responsáveis<br />

pelo ciclo realizado no ano passado. A 26 <strong>de</strong> Maio, será<br />

a vez da oficina <strong>de</strong> Primavera. Os ateliers têm como<br />

objectivo sensibilizar os pais para a importância <strong>de</strong><br />

uma estimulação musical precoce e orientá-los na<br />

forma como interagem musicalmente com os filhos.<br />

DR<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 39<br />

Polifonia<br />

<strong>de</strong> porcelana,<br />

cristais e sopros<br />

no Mimo<br />

❚ O Orfeão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Conservatório <strong>de</strong> Artes<br />

convida os leirienses e não só para um concerto<br />

curioso e ímpar. A 9 <strong>de</strong> Fevereiro, sábado, pelas 17<br />

horas, uma constelação <strong>de</strong> sons <strong>de</strong> porcelana,<br />

cristais e sopros vai invadir o Museu da Imagem<br />

em Movimento (Mimo), no Castelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

durante um concerto que junta o recém-chegado<br />

Gamelão <strong>de</strong> Porcelana e Cristal aos instrumentos<br />

<strong>de</strong> sopro, tocados por alunos e professores da<br />

escola <strong>de</strong> música da instituição. “Será uma 'brisa<br />

<strong>de</strong> sons, e um vendaval <strong>de</strong> emoções' o que nos<br />

espera no concerto <strong>de</strong> sábado”, anuncia Joaquim<br />

Branco, director pedagógico da escola <strong>de</strong> música<br />

do Orfeão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. O espectáculo vai juntar a<br />

sonorida<strong>de</strong> única do Gamelão <strong>de</strong> Porcelana e<br />

Cristal aos sons característicos dos sopros, num<br />

concerto on<strong>de</strong> actuarão alunos e professores dos<br />

cursos profissionais <strong>de</strong> Sopro e Percussão, e do<br />

grupo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras da instituição. O gamelão é<br />

uma i<strong>de</strong>ia inspirada no milenar instumento<br />

javanês mas também em várias tendências da<br />

música experimental. É constituído por centenas<br />

<strong>de</strong> peças <strong>de</strong> porcelana, faiança, grês, vidro e<br />

cristal tornando-o, simultaneamente, numa<br />

escultura <strong>de</strong> tons garridos.<br />

DR<br />

DR<br />

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40 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Agenda<br />

Artes<br />

Artur Franco<br />

mostra<br />

pintura nos<br />

claustros dos<br />

Paços do<br />

Concelho <strong>de</strong><br />

Pombal<br />

Dança<br />

Os claustros dos Paços do Concelho<br />

<strong>de</strong> Pombal recebem uma exposição<br />

<strong>de</strong> pintura <strong>de</strong> Artur Franco, até 30<br />

<strong>de</strong> Março. Naturalista figurativo,<br />

tem <strong>de</strong>sempenhado papel muito<br />

importante no registo pictórico das<br />

al<strong>de</strong>ias, cida<strong>de</strong>s e gentes da região<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, ora pintando a óleo sobre<br />

tela, ora em aguarela<br />

A exposição Partida: Çava e um<br />

Ponto (<strong>de</strong>senho, pintura e<br />

fotografia <strong>de</strong> Diana Rodrigues,<br />

estudante da Escola Secundária<br />

Francisco Rodrigues Lobo.), é<br />

inaugurada sábado, 26, pelas 21<br />

horas, no Espaço+Jovem <strong>Leiria</strong>, no<br />

Mercado Sant´Ana. A inauguração<br />

conta com a participação especial<br />

do músico João Barreiro<br />

Ilustração <strong>de</strong> Susa Monteiro em<br />

exposição na galeria da Livraria<br />

Arquivo, <strong>Leiria</strong>, até dia 31<br />

História do Parlamentarismo,<br />

exposição itinerante do Museu da<br />

Assembleia da República, no foyer<br />

do Teatro José Lúcio da Silva (TJLS),<br />

<strong>Leiria</strong>, até dia 31<br />

Alves Redol (centenário do seu<br />

nascimento 1911-2011) em<br />

exposição na Biblioteca Municipal<br />

<strong>de</strong> Ourém, numa iniciativa dos<br />

alunos da Escola <strong>de</strong> Artes <strong>de</strong> Ourém<br />

do Projecto Amarte, até dia 31<br />

Ida<strong>de</strong> com Arte, trabalhos realizados<br />

pelos idosos do Centro <strong>de</strong> Dia<br />

João Costa da Fonseca, no Arquivo<br />

Municipal <strong>de</strong> Pombal, até dia 31<br />

Brainstorm - Metáforas Poéticas é o<br />

título da exposição <strong>de</strong> Sofia Ribeirinho,<br />

patente na Biblioteca Municipal<br />

<strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós, até dia 31<br />

Exposição Figuras do 18 <strong>de</strong> Janeiro<br />

<strong>de</strong> 1934, no Museu Joaquim<br />

Correia, Marinha Gran<strong>de</strong>, a<br />

propósito da revolta operária<br />

ocorrida nesta data, até 9 <strong>de</strong><br />

Fevereiro<br />

Oficina <strong>de</strong> Dança e <strong>de</strong> Consciência<br />

do Movimento para seniores,<br />

sábado, 26, pelas 15 horas, no<br />

Museu Municipal <strong>de</strong> Ourém (Casa<br />

do Administrador), numa sessão<br />

orientada por Sofia Ferreira,<br />

terapeuta do movimento<br />

Forróbodó, workshop <strong>de</strong> Carnaval<br />

na Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Dança <strong>de</strong> Alcobaça,<br />

nos próximos dois sábados, 26, e 2<br />

<strong>de</strong> Fevereiro, entre as 17 e as 18:15<br />

horas, nas instalações do Clube<br />

Alcobacense, Alcobaça<br />

Teatro<br />

Letras<br />

Queijadas Gourmet, revista<br />

musical portuguesa para todas<br />

as ida<strong>de</strong>s, pelo grupo <strong>de</strong> teatro<br />

Jograis e Trovadores, sábado, 26,<br />

às 21:30 horas, no Clube<br />

Figueiroense, Figueiró dos<br />

Vinhos. A direcção musical é <strong>de</strong><br />

Pedro Janela, com vozes <strong>de</strong><br />

Miguel Portela, Margarida<br />

Herda<strong>de</strong> Lucas e Patrícia Silva e<br />

participação <strong>de</strong> vários músicos<br />

convidados<br />

Stand up comedy<br />

com Nilton,<br />

sábado, 26, às<br />

21:30 horas,<br />

no Cine-<br />

Teatro<br />

Municipal<br />

<strong>de</strong> Ourém,<br />

para<br />

maiores <strong>de</strong><br />

16 anos<br />

Uma conversa entre três<br />

trintões, interpretada por André<br />

Nunes, Rui Unas e Aldo Lima, é<br />

o mote da peça As mulheres não<br />

percebem…, <strong>de</strong> Fre<strong>de</strong>rico<br />

Pombares, Henrique Dias e<br />

Roberto Pereira, que sobe ao<br />

palco do Teatro José Lúcio da<br />

Silva, <strong>Leiria</strong>, hoje, 24, pelas<br />

21:30 horas. Com encenação <strong>de</strong><br />

José Pedro Gomes, estes amigos<br />

<strong>de</strong> longa data, vão falar do que<br />

os homens dizem quando as<br />

mulheres não os ouvem:<br />

futebol, condição física, vinho,<br />

cozinha ou <strong>de</strong>sempenho sexual.<br />

Para maiores <strong>de</strong> 16 anos<br />

Apresentação do livro Os Soares<br />

Barbosa – Ansianenses ilustres,<br />

da autoria <strong>de</strong> Ricardo Charters<br />

d'Azevedo, sábado, 26, pelas 17<br />

horas, no auditório municipal <strong>de</strong><br />

Ansião. A apresentação estará a<br />

cargo <strong>de</strong> Manuel Augusto Dias,<br />

historiador local e resulta <strong>de</strong> uma<br />

parceria entre o município <strong>de</strong><br />

Ansião e a Al-Baiaz- Associação<br />

<strong>de</strong> Defesa do Património<br />

Apresentação do livro Viagem à<br />

Essência (uma edição InCentea),<br />

hoje, 24, pelas 18 horas, na<br />

Livraria Arquivo. No mesmo<br />

espaço, mas na próxima quarta-<br />

-feira, 30, pelas 18:30 horas,<br />

realiza-se o Clube <strong>de</strong> Leitura da<br />

Arquivo<br />

Música<br />

Homens da<br />

Luta integram<br />

concerto <strong>de</strong><br />

bandas a<br />

realizar<br />

sábado na<br />

Marinha<br />

Gran<strong>de</strong><br />

Isabel Pinto Gonçalves apresenta o<br />

livro <strong>de</strong> poesia Lá, no Mundo da<br />

Lua, sábado, 26, às15:30 horas, na<br />

Biblioteca Municipal <strong>de</strong> Pombal,<br />

com intervenções <strong>de</strong> João Silvano,<br />

Élio Coimbra e grupo A Seita do<br />

Marquês. A venda da obra reverte<br />

totalmente a favor do equipamento<br />

do Centro <strong>de</strong> Dia do Marquês para<br />

doentes <strong>de</strong> Alzheimer e outras<br />

<strong>de</strong>mências e para atribuição <strong>de</strong><br />

uma bolsa <strong>de</strong> estudo<br />

Tabacaria dá o mote para escutar<br />

a poesia das pessoas<br />

(heterónimos) <strong>de</strong> Pessoa, sábado,<br />

26, às 22 horas, no Centro <strong>de</strong><br />

Activida<strong>de</strong>s Recreativas <strong>de</strong><br />

Casais do Júlio, Peniche, no<br />

âmbito do projecto A poesia anda<br />

por aí…da Câmara Municipal <strong>de</strong><br />

Peniche<br />

Quintas com música no Museu é o<br />

título da nova iniciativa do Museu<br />

Municipal <strong>de</strong> Ourém (Casa do<br />

Administrador), a ter lugar hoje,<br />

24, às 19 horas. Com entrada livre,<br />

o evento <strong>de</strong>corre na última quintafeira<br />

<strong>de</strong> cada mês<br />

O Projecto Fádo com Alma vai<br />

estar na FNAC <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> a<br />

apresentar o disco Nós, domingo,<br />

27, pelas 17 horas<br />

Tremoço no Telhado, grupo<br />

formado em Maio do ano passado,<br />

(rock com influência <strong>de</strong> outros<br />

estilos musicais) em concerto<br />

domingo, 27, pelas 16 horas, no<br />

Espaço O Nariz (Recreio dos<br />

Artistas), em <strong>Leiria</strong><br />

Ex-pianista do tenor Luciano<br />

Pavarotti, o maestro Stefano<br />

Nanni dá um concerto amanhã, 25,<br />

pelas 22 horas, no Teatro Chaby<br />

Pinheiro, Nazaré. Como<br />

convidados especiais, participam<br />

no espectáculo Abel Dias (actor e<br />

cantor), Yolanda Soares (soprana)<br />

e Daniel Tapadinha (trompete)<br />

Concerto <strong>de</strong> bandas (Homens da<br />

Luta, Meio Cru, Iodine, Homem <strong>de</strong><br />

Marte e Os Invasores), sábado, 25,<br />

pelas 22 horas, no Sport Império<br />

Marinhense, Marinha Gran<strong>de</strong>. O<br />

preço da entrada é <strong>de</strong> dois euros.<br />

A organização é do<br />

Sindicato dos Trabalhadores da<br />

Indústria Vidreira, no<br />

âmbito das comemorações das<br />

comemorações do 18 <strong>de</strong><br />

Janeiro <strong>de</strong> 1934<br />

Crianças<br />

Cinema


Depois <strong>de</strong> Jojo, o reinci<strong>de</strong>nte<br />

(2011), o Teatro da Rainha realiza<br />

um novo espectáculo para a<br />

infância (maiores <strong>de</strong> 6 anos),<br />

agora com O Teatro dos Papás,<br />

do autor francês Joseph Danan e<br />

com encenação <strong>de</strong> Fernando<br />

Mora Ramos. A estreia <strong>de</strong>corre<br />

no Centro Cultural e <strong>de</strong><br />

Congressos (CCC), Caldas da<br />

Rainha, amanhã, 25, às 21:30<br />

horas e continua em cena<br />

sábado, 26, e 2 <strong>de</strong> Fevereiro, à<br />

mesma hora, e domingo, 27 às<br />

16h30. Entre os dias 28 e 8 <strong>de</strong><br />

Fevereiro, durante a semana, há<br />

sessões para público escolar<br />

Realizado por Francisco Manso<br />

e João Correa, o filme Aristi<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Sousa Men<strong>de</strong>s – o Cônsul <strong>de</strong><br />

Bordéus, é apresentado a partir<br />

<strong>de</strong> hoje, 24, até dia 30, no<br />

Teatro Miguel Franco (TMF),<br />

<strong>Leiria</strong>, com sessões às 21:30<br />

horas e nos dias 24, 25, 26 e 29,<br />

também às 15:30 horas e no dia<br />

30 também às 18:30 horas. Para<br />

maiores <strong>de</strong> 16 anos e com os<br />

actores Vítor Norte, Carlos<br />

Paulo e João Monteiro<br />

CALDAS DA RAINHA<br />

Vivacine Tel.262 840 197<br />

De quinta a quarta-feira<br />

Django Sala 1. 15:05, 18:20 e<br />

21:35<br />

horas; Guia Para Um Final Feliz<br />

Sala 2. 13:15, 15:50 ,<br />

18:30, 21:25 e 00:05 horas; O<br />

Impossível Sala 3. 13:10, 15:45,<br />

18:20, 21:20 e 23:55 horas;<br />

Zambézia 2D VP<br />

Sala 4. 11:00, 13:25 e 15:40<br />

horas; Os Miseráveis<br />

Sala 4. 18:00 e 21:20 horas;<br />

Argo<br />

Sala 5. 13:20, 16:00, 18:35, 21:30<br />

e 00:10 horas<br />

LEIRIA<br />

Teatro Miguel Franco<br />

Tel: 244 839 680<br />

Quinta e sexta-feira, Segunda a<br />

quarta-feira, às 18:30 e 21:30<br />

horas<br />

Aristi<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Sousa Men<strong>de</strong>s<br />

- O Cônsul <strong>de</strong> Bordéus<br />

Sábado e domingo, às 21:30<br />

horas<br />

Castello Lopes Cinemas<br />

Tel: 244845870<br />

De quinta a quarta-feira<br />

O Impossível - Digital<br />

Sala 1. 13:20, 15:50, 19:00, 21:50<br />

e 00:20 horas; Django<br />

Libertado - Digital Sala 2.<br />

14:40, 18:10 e 21:30 horas; Argo<br />

- Digital Sala 3. 18:50 horas;<br />

Guia para um Final Feliz -<br />

Digital Sala 3. 13:10, 16:10, 21:20<br />

e 23:50 horas; A Vida <strong>de</strong> Pi Sala<br />

4. 12:55, 15:20, 18:00, 21:00 e<br />

23:30 horas; Jack Reacher Sala<br />

5. 13:00, 16:00, 18:30, 21:10 e<br />

00:00 horas; Decisão <strong>de</strong> Risco<br />

Sala 6. 12:50, 15:30, 18:20, 21:15<br />

e 00:10 horas; Os Miseráveis<br />

Sala 7. 12:40, 15:40, 18:40 e<br />

21:40 horas<br />

Cinema City<br />

Tel. 244845071<br />

De quinta a quarta-feira<br />

Sammy 2 VP Sala 1. 11:10 horas;<br />

Django Libertado Sala 1. 13:10,<br />

18:35 e 00:05 horas; Django<br />

Libertado Sala VIP 4. 15:30 e<br />

21:35 horas; O Impossivel Sala<br />

1. 16:25 e 21:50 horas; O<br />

Impossivel Sala VIP 4. 11:10,<br />

13:20 e 18:45horas; O<br />

Impossivel Sala 7. 00:10 horas;<br />

Hotel Transylvânia VP Sala 2-K.<br />

11:30, 13:30, 15:30 e 17:30 horas;<br />

Zambézia VP 3D Sala 2-K. 19:30<br />

horas; Zambézia VP Sala 7.<br />

11:40, 13:40 e 15:40 horas;<br />

Decisão <strong>de</strong> Risco Sala 2-K.<br />

15:50, 19:00, 21:45 e 00:0 horas;<br />

Guia Para um Final Feliz Sala 3.<br />

11:20, 13:40, 16:10, 18:50, 21:30<br />

e 00:00 horas; A Origem Dos<br />

Guardiões VP Sala 5-L. 11:20 e<br />

13:20 horas; Os Miseráveis Sala<br />

5-L. 15:20, 18:20, 21:20 e 00:20<br />

horas; A Vida <strong>de</strong> Pi 3D Sala 6-S.<br />

13:30, 16:05 e 21:40 horas; Argo<br />

Sala 6-S. 18:40 horas. Argo Sala<br />

7. 21:40 horas; Jack Reacher<br />

Sala 6-S. 00:15 horas.<br />

Hobbit: Uma Viagem<br />

Inesperada Sala 7.<br />

17:30 horas<br />

POMBAL<br />

Pombalcine Tel.236 218 801<br />

Sexta, sábado e segunda-feira<br />

Terapia a Dois21:00 horas;<br />

Domingo Terapia a Dois 16:00 e<br />

21:00 horas;<br />

Eventos<br />

Feira dos Pinhões, sábado,<br />

26, na Praça do<br />

Município, Ansião,<br />

com ven<strong>de</strong><strong>de</strong>iras <strong>de</strong><br />

toda a região para<br />

ven<strong>de</strong>r, aos molhos<br />

ou em fiadas, o<br />

famoso fruto do<br />

pinheiro manso. Este<br />

ano as ruas serão<br />

animadas pelo grupo <strong>de</strong><br />

gaiteiros Amigos <strong>de</strong> Alfafar e,<br />

pelas 15 horas, há folclore na Praça<br />

do Município<br />

Turismo em Fátima é o nome da<br />

mesa redonda, que <strong>de</strong>corre<br />

amanhã, 25, pelas 21:30 horas, no<br />

Museu <strong>de</strong> Arte Sacra e Etnologia,<br />

Fátima, com a participação <strong>de</strong><br />

Francisco Vieira (director da<br />

Insignare), António Nabais<br />

(museólogo), Jorge Heleno<br />

(hoteleiro), Nadine Guénou<br />

(ceramista) e Paulo Sametti, com<br />

experiência em acolhimento a<br />

peregrinos. A mo<strong>de</strong>ração é <strong>de</strong><br />

Gonçalo Cardoso, director daquele<br />

museu<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 41<br />

O Pão é o tema da segunda<br />

edição da Ucharia <strong>de</strong> Sabores, a<br />

<strong>de</strong>correr sábado, 26, na Ucharia<br />

do Con<strong>de</strong>, no Centro Histórico<br />

<strong>de</strong> Ourém, com mostras e<br />

<strong>de</strong>gustações <strong>de</strong> pão <strong>de</strong> trigo,<br />

centeio, <strong>de</strong> milho e <strong>de</strong> alfarroba,<br />

produzido um pouco por todo o<br />

concelho<br />

Oficina <strong>de</strong> Escrita em<br />

Comunicação e Ciência,<br />

orientada por António Pieda<strong>de</strong><br />

(doutorando em Tecnologia<br />

Bioquímica) sábado, 26, das 10<br />

às 12:30 e das 14 às 17 horas, na<br />

Biblioteca Municipal <strong>de</strong> Ourém<br />

O Carnaval está à porta na<br />

Nazaré, este ano sob o mote Ai<br />

qu’inganes c’mó Tó Tó, com<br />

reinado <strong>de</strong> Alex Veríssimo e<br />

Maria Victor Mafra. A animação<br />

já arrancou pelas salas <strong>de</strong> baile:<br />

dia 26 <strong>de</strong>corre no Circulo<br />

Cultural Mar-Alto<br />

e dia 2 <strong>de</strong> Fevereiro no Casino<br />

Salão <strong>de</strong> Festas, a partir das<br />

21:30 horas<br />

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42 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013<br />

Gente&lustre<br />

Assuntos Políticos<br />

Jovem <strong>de</strong> Peniche é<br />

assessor <strong>de</strong> Cavaco Silva<br />

❚ A<strong>de</strong>mar Vala Marques é o novo<br />

assessor para assuntos políticos na<br />

Casa Civil <strong>de</strong> Cavaco Silva. Antigo<br />

adjunto do gabinete do secretário<br />

<strong>de</strong> Estado, Feliciano Barreiras<br />

Duarte, este advogado, 30 anos<br />

(ex-lí<strong>de</strong>r da concelhia <strong>de</strong> Peniche<br />

do PSD e ex-<strong>de</strong>putado municipal),<br />

assumiu o cargo na Presidência da<br />

República, imediatamente após<br />

exoneração das suas funções no<br />

Governo.<br />

Tecnologia Miguel<br />

Silvestre assume<br />

Parque <strong>de</strong> Óbidos<br />

❚ Miguel Silvestre assumiu o cargo<br />

<strong>de</strong> director executivo do Parque<br />

Tecnológico <strong>de</strong> Óbidos, em<br />

substituição <strong>de</strong> Filipe Montargil<br />

que regressou à sua activida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

docente na Escola Superior <strong>de</strong><br />

Comunicação Social, em Lisboa.<br />

Miguel Silvestre é também o<br />

coor<strong>de</strong>nador da área da Economia,<br />

Criativida<strong>de</strong> e Inovação da<br />

empresa municipal Óbidos<br />

Criativa.<br />

História<strong>de</strong>Vida Julieta Fernan<strong>de</strong>s<br />

Socorro Comandante<br />

<strong>de</strong> Alcobaça é adjunto<br />

<strong>de</strong> comando nacional<br />

❚ O segundo comandante <strong>de</strong><br />

Operações <strong>de</strong> Socorrro Distrital <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>, Carlos Guerra, assumiu o<br />

lugar <strong>de</strong> adjunto do Comando<br />

Nacional <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Socorro,<br />

comandado por José Manuel<br />

Moura, ex-comandante distrital e<br />

recentemente nomeado para o<br />

cargo nacional. Ex-comandante<br />

dos Bombeiros <strong>de</strong> Benedita, Carlos<br />

Guerra foi membro da Liga dos<br />

Bombeiros Portugueses.<br />

Banca Carlos Courelas<br />

presi<strong>de</strong> a conselho<br />

geral da CCAM<br />

❚ Carlos Courelas, da Caixa <strong>de</strong><br />

Crédito Agrícola Mútuo <strong>de</strong><br />

Pombal (CCAM) foi reeleito<br />

presi<strong>de</strong>nte do Conselho Geral e<br />

<strong>de</strong> Supervisão <strong>de</strong>sta instituição,<br />

<strong>de</strong> acordo com escolha em<br />

Assembleia Geral, pelas Caixas<br />

associadas do País. Entre outros,<br />

este órgão <strong>de</strong> gestão integra<br />

também Afonso <strong>de</strong> Sousa Marto<br />

(CCAM da Batalha) e Jorge<br />

Volante (CCAM <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós).<br />

“Posso dizer que levei a vida a brincar”<br />

Graça Menitra<br />

graca.menitra@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Julieta Fernan<strong>de</strong>s (Mimi para os amigos), 81 anos,<br />

é uma mulher alegre e feliz, para quem a vida tem<br />

<strong>de</strong> ser levada a brincar. No seu “currículo maluco, a<br />

puxar à categoria”, como refere, apresenta-se como<br />

pedinte, pintora, coralista, escritora, mo<strong>de</strong>lo,<br />

dramaturga, actriz, directora <strong>de</strong> cena, gestora,<br />

industrial <strong>de</strong> lanifícios, artífice, cozinheira,<br />

costureira, jardineira, entre outras profissões. Com<br />

efeito, meio a brincar, meio a sério, esta professora<br />

reformada do ensino básico já foi, ou ainda é, isto<br />

tudo e muito mais. Apesar <strong>de</strong> viúva há 18 anos e<br />

doente, teve e continua a ter uma vida plena <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong>s. Católica por convicção e educação, foi<br />

a terceira mulher servita <strong>de</strong> N. S. <strong>de</strong> Fátima e<br />

sempre colaborou em peditórios para as mais<br />

diversas causas (Cruz Vermelha, Cáritas ou Luta<br />

contra o cancro). Esteve na direcção da Casa do<br />

Trabalho (ACISJF), que pertencia a uma associação<br />

católica internacional ao serviço da juventu<strong>de</strong><br />

feminina e foi membro do grupo sócio-caritativo da<br />

Cruz da Areia. Criou em <strong>Leiria</strong> o Guidismo (nome<br />

português da secção das raparigas escuteiras), a<br />

que estiveram ligadas as suas filhas e a ex-<br />

-presi<strong>de</strong>nte da Câmara, Isabel Damasceno.<br />

Porque sempre se viu <strong>de</strong> lápis na mão a fazer<br />

<strong>de</strong>senhos, já <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> reformada, Mimi cursou<br />

pintura na Socieda<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Belas-Artes, em<br />

Lisboa, on<strong>de</strong> curiosamente teve um dos seus<br />

quatro filhos como professor. Colectiva ou<br />

individualmente, já mostrou os seus trabalhos<br />

(cada vez menos figurativos e mais abstractos) em<br />

cerca <strong>de</strong> 20 exposições, a mais recente na se<strong>de</strong> da<br />

Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social dos<br />

Professores, em <strong>Leiria</strong>. Canta no Coro Sénior do<br />

Orfeão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e no Corális (do qual uma sua irmã<br />

Julieta<br />

Fernan<strong>de</strong>s só<br />

lamenta não<br />

saber tocar um<br />

instrumento,<br />

nem que fosse<br />

pífaro<br />

GRAÇA MENITRA<br />

é directora), criado há 26 anos por um grupo <strong>de</strong><br />

professores, com o maestro Guy Stoffel e que hoje<br />

tem como maestrina uma ucraniana Larisa<br />

Babenko. Já editou alguns livros (escrita e<br />

ilustração), como por exemplo Contos para os meus<br />

netos (infantil) e Ao longo dos anos (poesia). E em<br />

mãos tem muitos outros. Sempre que tem<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar o palco, não regateia e já<br />

representou pelo menos duas operetas das sete que<br />

escreveu, sempre com recurso a músicas<br />

conhecidas. Sexta filha <strong>de</strong> 12, nunca faltaram na<br />

casa dos pais (ele <strong>de</strong> Urqueira (Ourém), ela dos<br />

Pousos (<strong>Leiria</strong>) os teatros e os teatrinhos, com a<br />

manjedoura do burro a servir <strong>de</strong> palco. E, enquanto<br />

professora na escola primária do Centro Paulo VI<br />

(on<strong>de</strong> leccionou 17 anos), tirava partido do palco do<br />

salão para uns teatros mais a sério. Aquando do<br />

início do Coralis, fez a sua primeira passagem <strong>de</strong><br />

Música Trompetista<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> integra<br />

orquestra mundial<br />

❚ João Gaspar, <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, estudante<br />

na Aca<strong>de</strong>mia Superior da<br />

Orquestra Metropolitana (on<strong>de</strong><br />

integrou o Quinteto <strong>de</strong> Sopros), é<br />

um dos músicos <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

seleccionados para a Orquestra<br />

Mundial, a par <strong>de</strong> Mickael<br />

Faustino. Trompetista da<br />

Filarmónica das Chãs, 21 anos,<br />

João Gaspar prestoudo provas em<br />

2012, mas ainda não foi chamado<br />

para as digressões mundiais.<br />

mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> chapéus e, no 10º aniversário do<br />

mesmo coral, os professores apresentaram um<br />

espectáculo no José Lúcio da Silva, com uma<br />

opereta sua, sobre o 1º Dezembro.<br />

Durante muitos anos, Julieta Fernan<strong>de</strong>s geriu o<br />

restaurante A Barraca, organizado durante a Feira<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e cujos lucros revertiam para a obra social<br />

do Lar <strong>de</strong> Santa Isabel. Tricotava também<br />

camisolas, ao serão, para os filhos, numa máquina<br />

que o marido lhe ofereceu. Ainda hoje faz tricot<br />

mas à mão para si e para oferecer. Durante alguns<br />

anos, fez igualmente centenas <strong>de</strong> arranjos <strong>de</strong> Natal,<br />

todos diferentes, que <strong>de</strong>pois vendia na Gráfica <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>. Passava o Outono à procura <strong>de</strong> materiais pelos<br />

campos, já que sempre foi apaixonada pelo contacto<br />

com a natureza. “Posso dizer que a minha vida<br />

sempre foi <strong>de</strong> muito trabalho. Mas tudo o que fiz me<br />

<strong>de</strong>u prazer, até quando apanhava erva no campo para<br />

os coelhos”, lembra. E porque se habituou na<br />

quintinha dos pais (actual Casa Episcopal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>), a<br />

apanhar azeitona ou fazer as <strong>de</strong>scamisadas, ainda<br />

hoje não dispensa a jardinagem, num pequeno<br />

terreno da sua habitação.<br />

Muita cuidadosa com a saú<strong>de</strong> e para manter a<br />

mente em activida<strong>de</strong>, Julieta Fernan<strong>de</strong>s não abdica<br />

do crapô (cartas), que joga com uma amiga e<br />

sempre que po<strong>de</strong> (embora hoje menos), adora fazer<br />

viagens. Organizou também algumas (sobretudo a<br />

espectáculos a Lisboa) mas aproveitou sobretudo as<br />

excursões que o seu cunhado (Manuel Crespo,<br />

director do Mensageiro) fazia ao estrangeiro.<br />

Durante uma viagem à Rússia, não abdicou <strong>de</strong><br />

estudar o alfabeto russo (cirilico) que, entretanto,<br />

resolveu acrescentar ao seu nome no cartão <strong>de</strong><br />

visita. Mimi não quer “agarrar-se” à internet, por<br />

temer ficar sem tempo para fazer outras coisas e só<br />

lamenta não saber tocar um instrumento, nem que<br />

fosse pífaro.


Aconteceu<br />

Sala cheia para ouvir o Chefe Cozinheiro do Ano<br />

Louis Anjos, Chefe Cozinheiro do Ano 2012, regressou<br />

no passado dia 15 à Escola <strong>de</strong> Hotelaria <strong>de</strong> Fátima,<br />

on<strong>de</strong> tirou o curso. O objectivo era uma entrevista<br />

com Paulo Amado, director da Intermagazine, revista<br />

especializada nas áreas da restauração e da hotelaria,<br />

mas o encontro transformou-se numa partilha <strong>de</strong><br />

experiências e conhecimentos, com Louis Anjos a<br />

falar para uma plateia <strong>de</strong> alunos do curso técnico <strong>de</strong><br />

Cozinha/Pastelaria. A escola convidou também<br />

alguns chefs <strong>de</strong> cozinha da região para trocarem<br />

experiências e conhecimentos relativamente à<br />

profissão.<br />

Nazaré discutiu educação, trabalho<br />

e empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

A segunda sessão do ciclo <strong>de</strong> seminários <strong>de</strong>dicados à<br />

temática Educação, Trabalho e Empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

para o Século XXI <strong>de</strong>correu no passado dia 16, na<br />

Biblioteca Municipal da Nazaré, com a participação<br />

<strong>de</strong> Joaquim Meneses, da Iberomol<strong>de</strong>s, José Manuel<br />

Silva, do IP<strong>Leiria</strong>, e Miguel Silvestre, da Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> Óbidos. Joaquim Meneses apresentou a<br />

comunicação Atitu<strong>de</strong> Empreen<strong>de</strong>dorista, em que<br />

falou do sector dos mol<strong>de</strong>s, que emprega em Portugal<br />

8500 pessoas.<br />

Rotary Clube <strong>de</strong> Pombal discute novas regras<br />

<strong>de</strong> facturação<br />

Organizado pela Junta <strong>de</strong> Freguesia da Guia, em<br />

parceria com o Rotary Club <strong>de</strong> Pombal, <strong>de</strong>correu no<br />

passado dia 11, no Quartel da 5ª Companhia Oeste dos<br />

Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> Pombal, mais uma edição<br />

do Fórum Empresarial, com o tema, Novas regras na<br />

facturação e na circulação <strong>de</strong> mercadorias. A<br />

apresentação coube a José Lourenço Gante, membro<br />

do Rotary Club <strong>de</strong> Pombal e director adjunto da<br />

Direcção <strong>de</strong> Finanças <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

DR<br />

DR<br />

DR<br />

Ponto Fuga Sal Nunkachov<br />

Camisa<br />

Roberta<br />

Biagi<br />

Casaco<br />

Maison Scotch<br />

Camisa<br />

Roberta Biagi<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013 43<br />

Mo<strong>de</strong>lo - Ana Rita Pinheiro<br />

(Acting Mo<strong>de</strong>ls)<br />

Guarda roupa - Pull Over<br />

Fotografia - Sal Nunkachov<br />

Casaco<br />

Adidas<br />

Vestido<br />

Nolita


Empresas municipais <strong>de</strong> Ourém<br />

Arquivado processo contra<br />

administradores<br />

❚ O Tribunal <strong>de</strong> Contas (TC) arquivou<br />

um processo movido contra actuais<br />

e antigos administradores <strong>de</strong> empresas<br />

municipais <strong>de</strong> Ourém. Em<br />

causa, estava a acumulação <strong>de</strong> funções<br />

<strong>de</strong> quatro secretárias do executivo<br />

que, durante vários meses,<br />

eram também remuneradas pelas<br />

empresas municipais pelo apoio administrativo<br />

que prestavam aos seus<br />

órgãos sociais.<br />

A Inspecção-Geral da Administração<br />

Local (IGAL) consi<strong>de</strong>rou “ilegal”<br />

essa acumulação, com os auditores<br />

a proporem a aplicação <strong>de</strong> sanções<br />

pecuniárias aos administradores<br />

das empresas municipais. O caso<br />

foi remetido ao Ministério Público<br />

junto do (TC), que <strong>de</strong>cidiu agora arquivar<br />

o processo, por enten<strong>de</strong>r que<br />

“os requisitos necessários para que se<br />

consi<strong>de</strong>re existir uma infracção financeira<br />

estão comprometidos”.<br />

“Na verda<strong>de</strong>, os pagamentos<br />

efectuados pelas empresas municipais<br />

às trabalhadoras foram realizados<br />

apenas após as autorizações<br />

emitidas pelo órgão competente,<br />

Viagens (fora) da minha terra<br />

E que tal aplicar na região um pouco da receita que o<br />

governo autónomo do País Basco aplicou a Bilbau,<br />

tornando a cida<strong>de</strong> numa das mais interessantes e vivas<br />

cida<strong>de</strong>s da “Espanha Ver<strong>de</strong>”? Dir-me-ão: “mas, por<br />

aqui, não há uma gran<strong>de</strong> obra <strong>de</strong> um arquitecto<br />

famoso, como o Guggenheim!” Sim e não. O Estádio<br />

Municipal Dr. Magalhães Pessoa foi “<strong>de</strong>senhado” por<br />

um arquitecto famoso... ou por alguém do seu<br />

gabinete. É certo que o <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> Tomás Taveira não<br />

é certamente um candidato à originalida<strong>de</strong> ou sequer à<br />

unicida<strong>de</strong>, como se po<strong>de</strong> comprovar pelas receitas<br />

aplicadas nos estádios <strong>de</strong> Aveiro e <strong>de</strong> Alvala<strong>de</strong>. Mas,<br />

caramba, é, e vou repetir-me, uma obra <strong>de</strong> um<br />

nos termos previstos na lei”, po<strong>de</strong><br />

ler-se no <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> arquivamento<br />

do processo.<br />

A maioria dos casos <strong>de</strong> acumulação<br />

<strong>de</strong> funções começou em Novembro<br />

<strong>de</strong> 2010 e terminou em Julho<br />

<strong>de</strong> 2011, quando, já no <strong>de</strong>correr da<br />

inspecção da IGAL, o presi<strong>de</strong>nte da<br />

câmara emitiu um <strong>de</strong>spacho a <strong>de</strong>terminar<br />

o fim da autorização para a<br />

acumulação <strong>de</strong> funções. Com esse<br />

<strong>de</strong>spacho, os inspectores da IGAL<br />

consi<strong>de</strong>raram que foi “reposta a legalida<strong>de</strong>”.<br />

Apesar disso, os auditores<br />

<strong>de</strong>fendiam a aplicação <strong>de</strong> sanções financeiras<br />

aos envolvidos, mas o TC<br />

<strong>de</strong>cidiu em sentido contrário.<br />

Entre os envolvidos estavam José<br />

Alho, enquanto presi<strong>de</strong>nte do Conselho<br />

<strong>de</strong> Administração (CA) do Centro<br />

<strong>de</strong> Negócios <strong>de</strong> Ourém (já extinto),<br />

João Heitor, enquanto presi<strong>de</strong>nte<br />

da extinta VerOurém, Gisela Cid,<br />

como administradora da AmbiOurém<br />

(também já extinta) e <strong>de</strong> Nazareno<br />

do Carmo, enquanto presi<strong>de</strong>nte<br />

da administração da SRU <strong>de</strong> Fátima.<br />

MAS<br />

A humanida<strong>de</strong> não é um estado a que se<br />

ascenda. É uma dignida<strong>de</strong> que se<br />

conquista<br />

Vercors<br />

Bilbau<br />

Jaime<br />

Matmoros<br />

arquitecto famoso. Está bem, foi implantada no pior<br />

lugar possível, <strong>de</strong>stoando em termos <strong>de</strong> antípodas da<br />

beleza com um dos mais belos castelos <strong>de</strong> Portugal.<br />

Admito, como também dou o braço a torcer se me<br />

disserem que ter um imóvel <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> interesse, como<br />

é o Guggenheim, também não chega. Bilbau começou a<br />

sofrer, há anos, uma revolução nos transportes e em<br />

toda a sua zona ribeirinha. A cida<strong>de</strong> percebeu que tem<br />

um rio. Por <strong>Leiria</strong>, e na maior parte das cida<strong>de</strong>s da<br />

região, talvez a excepção seja Coimbra. Por cá um rio é<br />

apenas um aci<strong>de</strong>nte orográfico, usado por alguns<br />

porcos como sua coutada pessoal. Pura e<br />

simplesmente, não é usufruído.<br />

Jorlis - Edições e Publicações, Lda.<br />

Parque Movicortes<br />

2404-006 Azoia - <strong>Leiria</strong><br />

Tel. 244 800 400 Fax 244 800 401<br />

geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Administração garante que foi restabelecida a normallida<strong>de</strong><br />

Serviço <strong>de</strong> Urgência do Hospital<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> inundado<br />

Elisabete Cruz<br />

elisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Uma "fuga <strong>de</strong> água" numa das torres<br />

<strong>de</strong> internamento do Hospital <strong>de</strong> Santo<br />

André <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (HSA), do Centro<br />

Hospitalar <strong>Leiria</strong>-Pombal (CHLP), provocou<br />

uma inundação na zona 'laranja'<br />

do serviço <strong>de</strong> Urgências, ao final da noite<br />

<strong>de</strong> terça-feira. A partir das 8 horas <strong>de</strong><br />

ontem, o serviço <strong>de</strong> Urgência Geral já<br />

se encontrava a “trabalhar a 100 por<br />

cento, em todas as zonas”.<br />

O Conselho <strong>de</strong> Administração (CA)<br />

do CHLP explica que que a urgência se<br />

manteve em “funcionamento normal,<br />

com excepção da zona laranja [cor<br />

atribuída na triagem <strong>de</strong> Manchester],<br />

que integra a sala <strong>de</strong> observação”. Os<br />

doentes que estavam internados neste<br />

local foram “transferidos para outros<br />

serviços do hospital”.<br />

Segundo o CHLP, a fuga <strong>de</strong> água terá<br />

sido provocada "pela cedência <strong>de</strong> uma<br />

junta <strong>de</strong> ligação na tubagem interna,<br />

numa das pare<strong>de</strong>s da biblioteca, no primeiro<br />

andar, que por estar fechada im-<br />

Hospital e bombeiros tentaram minimizar consequências<br />

pediu a <strong>de</strong>tecção precoce do inci<strong>de</strong>nte".<br />

A água "acumulou-se na biblioteca<br />

e <strong>de</strong>pois drenou para o tecto da zona<br />

'laranja' das urgências, causando uma<br />

inundação", sem provocar “quaisquer<br />

danos pessoais”. O CA revelou ainda<br />

que “foram reagendadas todas as cirurgias<br />

não urgentes”, que estavam<br />

previstas para ontem, iniciando-se já<br />

RICARDO GRAÇA<br />

hoje a “activida<strong>de</strong> cirúrgica programada<br />

na Cirurgia do Ambulatório”, e<br />

amanhã a “restante activida<strong>de</strong> cirúrgica<br />

no Bloco Central”.<br />

O serviço <strong>de</strong> urgências do Hospital<br />

<strong>de</strong> Santo André foi inaugurado a 8 <strong>de</strong><br />

Maio <strong>de</strong> 2012. A nova urgência mo<strong>de</strong>rnizou-se<br />

e passou a ter capacida<strong>de</strong><br />

para aten<strong>de</strong>r 250 utentes por dia.<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> convida<br />

os seus<br />

leitores a<br />

partilharem<br />

i<strong>de</strong>ias para a<br />

região<br />

observadas<br />

noutros locais<br />

do País ou do<br />

estrangeiro.<br />

Basta<br />

enviarem<br />

duas ou três<br />

fotografias e<br />

um texto com<br />

1500<br />

caracteres<br />

para<br />

direccao@jor<br />

nal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

E quanto a transportes... Em Caldas e <strong>Leiria</strong>, o comboio,<br />

que po<strong>de</strong>ria ser transformado numa mais-valia,<br />

continua nas mãos da CP e Refer, em vez <strong>de</strong> servir o<br />

bem comum. Há alguma razão para que seja impossível<br />

ir <strong>de</strong> Lisboa a Coimbra e Porto pela Linha do Oeste?<br />

Nenhuma. Nem sequer uma razão técnica. Bastava<br />

mudar uma agulha um pouco <strong>de</strong>pois do Louriçal. E o<br />

que dizer das três <strong>de</strong>snecessárias e caras auto-estradas?<br />

Po<strong>de</strong>riam ser muito úteis para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

regional... se não fossem pagas. Acreditem. É precisa<br />

uma revolução no or<strong>de</strong>namento do território, como a<br />

que chegou há décadas a Bilbau. Mas é possível fazer<br />

melhor.

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