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Fig. 4 “Praxinoscópio” (1877) Emile Reynaud Fig. 5 “Praxinoscópio-teatro” (1877) Emile Reynaud 78
A projeção luminosa Há ainda uma outra qualidade detectável na imagem cinematográfica que não era até então comum a essas imagens mutáveis produzidas por meio desses sofisticados brinquedos óticos e que, no entanto, já havia sido conseguida em outras imagens anteriores a ela: sua projeção luminosa em uma sala escura, onde o público se dispõe a apreciá-las. Esta outra qualidade da imagem, remete, na verdade, aos espetáculos visuais produzidos com a utilização de um outro invento conhecido como lanterna mágica 28 , e que era manipulado em exibições públicas desde o século XVII. 29 Fig. 6 “Lanterna Mágica”, in “L’ Optique” (1874) 28 A pesquisadora Donata Pesenti Campagnoni (1996, p. 62) descreve o dispositivo: “A lanterna mágica era, na realidade, uma máquina simples, uma espécie de pequena caixa munida de uma fonte de luz artificial, um espelho côncavo posterior e um sistema de lentes que permitia projetar sobre uma superfície branca as imagens ampliadas de vidros pintados com cores transparentes.” 29 O uso da lanterna mágica na produção de espetáculos visuais logo foi vislumbrado pelos envolvidos com a antiga tradição da Mágica Natural. Eles adaptaram as novas descobertas científicas fundadas na óptica às suas tradições. Absorveram as novas descobertas da ciência e se apropriaram dela para atender aos seus interesses. 79
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