Cristina Toshie Lucena Nishio - Biblioteca Digital de Teses e ...
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qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marca, ou vestígio, do real. E essa nova qualida<strong>de</strong> que surge na imagem<br />
fotográfica se <strong>de</strong>ve à ligação existencial que ela passa a apresentar em relação ao seu<br />
referente real. Ou seja, a imagem passa a estar existencialmente associada à realida<strong>de</strong><br />
física que lhe <strong>de</strong>u origem e que agora está representada na imagem.<br />
São, enfim, esses efeitos do processo químico sobre a constituição da imagem que<br />
levam Santaella (1998) a diferenciar o “paradigma fotográfico” do “pré-fotográfico”,<br />
qualificando-o como “diático e dominantemente indicial”.<br />
“Fundamentalmente, a morfogênese do paradigma fotográfico repousa sobre<br />
técnicas óticas <strong>de</strong> formação da imagem a partir <strong>de</strong> uma emanação luminosa,<br />
que o cinema e o ví<strong>de</strong>o não vieram modificar, mas só levar a sua máxima<br />
eficácia. Nesse paradigma, a imagem é o resultado sobre um suporte químico<br />
ou eletromagnético (cristais <strong>de</strong> prata da foto ou a modulação eletrônica do<br />
ví<strong>de</strong>o) do impacto dos raios luminosos emitidos pelo objeto ao passar pela<br />
objetiva. Enquanto o suporte no paradigma pré-fotográfico é uma matéria<br />
ainda vazia e passiva, no paradigma fotográfico, o suporte é um fenômeno<br />
químico ou eletromagnético preparado para o impacto, pronto para reagir ao<br />
menor estímulo da luz.”. (Santaella, 1998, p. 308)<br />
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