Cristina Toshie Lucena Nishio - Biblioteca Digital de Teses e ...
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Essa lógica <strong>de</strong> figuração viabiliza o que Panofsky (1975) chama <strong>de</strong> “objetivação<br />
do subjetivo”, visto que ela pressupõe a elaboração <strong>de</strong> um espaço pictórico que se<br />
hierarquiza a partir <strong>de</strong> um “ponto <strong>de</strong> vista i<strong>de</strong>al”, que passa a funcionar, então, como o<br />
centro gerador <strong>de</strong> sentido e or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ssa imagem. Esse centro coincidiria com o olho <strong>de</strong> um<br />
suposto “sujeito” a olhar a cena. Essa noção <strong>de</strong> “sujeito” como centro fundador <strong>de</strong> sentido<br />
e or<strong>de</strong>m, contudo, permanece mascarada pela invisibilida<strong>de</strong> do código. Voltaremos ainda a<br />
abordar essa noção <strong>de</strong> sujeito i<strong>de</strong>al. Antes, porém, propomos uma revisão em torno da<br />
noção <strong>de</strong> perspectiva artificialis, sua aplicação na configuração da imagem pictórica, suas<br />
semelhanças com os processos óticos que ocorrem no olho humano, e, finalmente, a<br />
substituição <strong>de</strong>ssas regras matemáticas pelo uso da câmara obscura, com vistas a<br />
compreen<strong>de</strong>r melhor sua operacionalização na imagem cinematográfica.<br />
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