redação professor sandro lucena aparência - Canal dos Concursos
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REDAÇÃO<br />
PROFESSOR SANDRO LUCENA<br />
NÃO USE<br />
● clichês → “percebe-se que, sabe-se que, é notório que, ...”<br />
● falsos argumentos → “No Brasil não há discriminação porque a lei<br />
diz que to<strong>dos</strong> são iguais.”<br />
● redundância / ambigüidade → “Repetiu de novo que o ministro e o<br />
deputado se encontraram no seu gabinete.”<br />
●incoerência → “Graças ao extermínio <strong>dos</strong> chefes do tráfico,a<br />
violência está melhorando e cerca de 527 bandi<strong>dos</strong> já foram presos<br />
no Rio de Janeiro ou não.”<br />
APARÊNCIA<br />
● letra legível → preserve a estética do seu texto (letra ideal é a<br />
manuscrita). Não dilate a letra ou a diminua demais em função do<br />
espaço restante no papel.<br />
● parágrafos → visualmente harmoniza<strong>dos</strong> quanto ao tamanho / bem<br />
demarca<strong>dos</strong><br />
● margens → regulares, evitando a sinuosidade<br />
● rasura → traço simples / discrição<br />
● referências à parte física do texto → “Como visto no parágrafo<br />
anterior...” ; “como mencionado acima...”<br />
● eu x você<br />
● eco → “A construção da nação não se fez com a integração <strong>dos</strong><br />
esta<strong>dos</strong>.”<br />
● linguagem coloquial → “Tem uma coisa estranha acontecendo<br />
aqui.”<br />
● perío<strong>dos</strong> longos<br />
● abreviação → p/ c/ s/ ñ/ pq<br />
1
CUIDADO!<br />
● limites do texto → quantidade máxima e/ou mínima de linhas<br />
indicada pela banca<br />
● translineação → a vogal viúva, a ocorrência de termos chulos<br />
● sigla → identificar a sigla em sua primeira ocorrência no texto<br />
● pronome relativo → processo de coesão textual / conexão entre as<br />
unidades do texto<br />
ANULAÇÃO DO TEXTO<br />
● fuga ao tema<br />
● identificação do candidato → assinatura, rubrica, traços,<br />
sinais (qualquer tipo de código), cumprimentos<br />
● aquém do limite mínimo estipulado<br />
●paralelismo → “Havia um problema familiar, psicológico<br />
e de dinheiro.”<br />
→ “A sociedade avaliou e concordou com<br />
a decisão do ministro.”<br />
→ “Os jovens desejam trabalhar, um<br />
casamento feliz e sendo bem empregado.”<br />
TEMA X TÍTULO<br />
→ O tema é geral. O título é específico.<br />
→ Tema: O domínio da proposta e a capacidade de aproveitamento<br />
da idéia.<br />
→ Observar a obrigatoriedade ou não de oferecer um título ao texto.<br />
→ Não usar o tema como instrumento de protestos exacerba<strong>dos</strong>,<br />
discriminações em qualquer nível, propagandas políticas, práticas<br />
de publicidade, pregações religiosas.<br />
2
DICAS<br />
■ Tenha a clareza da importância de se fazer um rascunho.<br />
■ Não deixe palavras ou idéias subentendidas. A <strong>redação</strong> não é um<br />
diálogo com você mesmo. Seja claro em relação ao que quer dizer.<br />
■ Não conte com “o que eu quis dizer foi ...”. Você NÃO será avaliado<br />
pelo que “quis dizer”, mas pelo que efetivamente disse no seu texto. Vale<br />
o escrito!<br />
■ A banca espera uma argumentação bem colocada e bem<br />
fundamentada. Faça uso de exemplos.<br />
Os clichês tornam seu texto padronizado em relação a<br />
centenas de outras redações de vários candidatos. Por esse<br />
motivo, sua <strong>redação</strong> se tornará desinteressante: sem brilho,<br />
sem originalidade. Inove! Surpreenda a banca que avaliará<br />
seu texto.<br />
■ Procure ser autêntico, natural, espontâneo.<br />
■ Releia o texto mais uma vez, antes de entregar sua <strong>redação</strong>.<br />
■ Use caneta para saber conciliar o desconforto da rasura quando ela for<br />
inevitável.<br />
■ Saiba administrar seu tempo para elaborar a <strong>redação</strong>.<br />
■ Você obterá agilidade e habilidade na escrita com a efetiva prática do<br />
texto.<br />
■ Leia muito e tente construir um texto que resuma as ideias principais do<br />
que foi lido.<br />
■ Use dicionário sempre.<br />
Texto Narrativo<br />
É o texto no qual ocorre o relato de um fato real ou<br />
imaginário. Existem personagens que vão executar ações em<br />
um lugar e tempo determina<strong>dos</strong>.<br />
O FATO é o centro de uma narrativa. Em geral, a<br />
narrativa se desenvolve na prosa.<br />
3
“Aboletado na varanda, lendo Graciliano Ramos, O<br />
Dr. Amâncio não viu a mulher chegar.<br />
-Não quer que se carpa o quintal, moço?<br />
Estava um caco: mal vestida, cheirando a fumaça,a<br />
face escalavrada.<br />
Mas os olhos... (sempre guardam alguma coisa de<br />
passado, os olhos)”.<br />
(KIEFER, Charles. A dentadura postiça. Porto Alegre, Mercado Aberto, p. 50)<br />
Descrição objetiva<br />
“Com a finalidade de compensar as possíveis<br />
irregularidades do piso, o seu freezer possui, na parte<br />
inferior dianteira, dois pés niveladores para um perfeito<br />
apoio no chão.” (Manual de Instruções)<br />
Texto Descritivo<br />
É o texto que prioriza as características, os detalhes. O<br />
autor pretende transmitir a imagem de um ser concreto ou de<br />
um lugar. Não há a presença do elemento TEMPO. Não<br />
existe relação de fato anterior ou posterior no que é descrito.<br />
Ocorre uma simultaneidade na caracterização: a cronologia<br />
está ausente no texto.<br />
Descrição subjetiva<br />
Meu primo tinha olhos grandes e profun<strong>dos</strong><br />
e neles espelhavam-se as suas mágoas e a<br />
sua desconfiança.<br />
4
Texto Dissertativo<br />
É o texto que apresenta a análise de alguém sobre<br />
algum assunto. Exige-se a exposição de um ponto de vista. O<br />
autor analisa, interpreta, explica e avalia os da<strong>dos</strong> da<br />
realidade. Predominam os termos abstratos. O tempo verbal<br />
predominante é o presente no seu valor atemporal.<br />
O texto dissertativo pode ser expositivo ou<br />
argumentativo.<br />
No âmbito da cultura brasileira, a Rua e a Casa ocupam lugares nitidamente<br />
distintos, que, por sua vez, condicionam comportamentos francamente diferencia<strong>dos</strong>:<br />
o que se faz na Rua não se faz em Casa e vice-versa.<br />
Se a Casa é o espaço do aconchego e da proteção, a Rua é o do desamparo e<br />
do abandono. “Sentir-se em casa” é uma expressão da nossa língua que significa<br />
“estar à vontade”, “sentir-se abrigado, protegido”; ao contrário, “ir para o olho da rua”<br />
denota “desamparo social, exposição ao risco, solidão”.<br />
A Rua é o espaço da transgressão, onde vivem os malandros e marginais; é o<br />
território do salve-se-quem-puder, onde prevalece a lei do cada-um-por-si. Domínio do<br />
anonimato e da despersonalização, é na Rua que um cidadão de bem pode ser<br />
molestado por autoridades de segurança pública e tratado como um criminoso.<br />
A casa e a rua. Roberto da Mata (adaptado)<br />
Expositivo: Apresenta-se um assunto sem o propósito de<br />
convencer o leitor. É a exposição da ideia do autor sem a<br />
preocupação de criar um debate ou uma contestação.<br />
Argumentativo: O autor apresenta sua opinião com<br />
coerência e lógica para mostrar que ele possui razão. Ele<br />
pretende persuadir o leitor a partilhar de sua opinião ou mudar<br />
o seu ponto de vista.<br />
“Em geral as pessoas morrem em torno <strong>dos</strong> trinta anos e são<br />
sepultadas por volta <strong>dos</strong> setenta. Leva quarenta anos para os<br />
outros perceberem que aquela pessoa está morta. Lembre-se: a<br />
vida é sempre uma incerteza. Somente o que é morto é certo,<br />
fixo, sólido.”<br />
(Revista Motivação & Sucesso, empresa ANTHROPOS Consulting)<br />
5
Texto para análise<br />
A mulher estava analisando estas (1) obras clássicas (10) : Os<br />
Lusíadas, Os Sertões e Os Miseráveis (11) . Helena sabia que essas (2)<br />
leituras me (3) agradariam bastante. São textos espetaculares (4) !<br />
Minha irmã (5) pretendia escolher um livro para (12) me<br />
presentear. Ela (6) sempre diz que comprar algo para (13) mim (7) é tarefa<br />
difícil (8) . Realmente, isso (14) é verdade! (9)<br />
6