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Edição 11 - Faculdade Cantareira

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P ublicidade<br />

R<br />

odrigo Lopes Cardoso. Ser<br />

diretor de arte e construir um<br />

mundo melhor para as crianças. Esse<br />

é o objetivo do aluno de Publicidade<br />

e Propaganda da <strong>Faculdade</strong><br />

<strong>Cantareira</strong>. Com 22 anos de idade e<br />

cursando o 5º semestre, Rodrigo é<br />

um dos beneficiados pelo programa<br />

Escola da Família pelo qual<br />

conseguiu a bolsa de estudos<br />

integral.<br />

Oferecido pelo governo do Estado<br />

de São Paulo, esse programa visa a<br />

pagar o estudo de jovens que<br />

querem cursar o ensino superior e<br />

não têm condições financeiras de<br />

para fazê-lo em faculdade particular.<br />

Em troca, o aluno escolhido deve<br />

prestar serviços a alguma escola da<br />

rede pública, aos sábados e<br />

domingos, até se formar.<br />

Na Escola Celso Dacorso, Zona<br />

Leste de São Paulo, região de<br />

Itaquera, Rodrigo desenvolve sua<br />

FICLigado! 18<br />

Desenhando<br />

para o futuro<br />

Aluno ensina charge e caricatura a<br />

crianças em troca dos estudos<br />

atividade, ensinando o que sabe<br />

fazer bem – charges e caricaturas – a<br />

duas turmas: no período da manhã, a<br />

crianças de sete a nove anos; e no<br />

período da tarde, a adolescentes de<br />

dez a dezenove anos.<br />

Cumprindo oito horas de trabalho<br />

por dia, aos sábados e domingos, ele<br />

se orgulha do que faz. “Gosto de<br />

ensinar crianças”, diz. “De certa<br />

forma, estou contribuindo para a<br />

formação delas. Muitas não têm<br />

perspectiva dentro daquela<br />

comunidade.”<br />

A ida dos alunos à escola aos<br />

sábados e domingos não é<br />

obrigatória, mas, segundo Rodrigo,<br />

muitas vão pelo lazer. Essa idéia é<br />

confirmada por Everton Leandro,<br />

aluno da 7ª série, quinze anos: “Eu<br />

não sabia desenhar e nem era<br />

interessado. Passei a gostar depois<br />

que tive aulas com o Rodrigo”.<br />

Os alunos utilizam o material da<br />

escola para fazer seus trabalhos.<br />

Alguns já estão no nível avançado e<br />

até arriscam opinar sobre a arte. “A<br />

Rodrigo, seus<br />

desenhos e seus<br />

alunos: trabalho<br />

compensador<br />

caricatura precisa sair de forma<br />

engraçada e não feia. ”, diz Éderson<br />

Leonardo, dezenove anos.<br />

‘CANSATIVO, MAS COMPENSA’<br />

Rodrigo conseguiu a bolsa em<br />

2005, quando já estava na<br />

<strong>Cantareira</strong>. “Se não fosse a bolsa,<br />

teria trancado a matrícula”, diz ele.<br />

Quanto à correria do dia-a-dia, o<br />

artista não esconde: “É complicado,<br />

pois acordo às 5h30 e chego em casa<br />

à meia-noite. E ainda nos fins de<br />

semana vou à escola. É cansativo,<br />

mas compensa bastante”.<br />

Não é difícil conseguir a bolsa,<br />

explica o estudante. “Primeiro, você<br />

tem de ter estudado em escola<br />

pública. Depois, você escolhe a<br />

escola em que deseja trabalhar e a<br />

em que você quer estudar.”<br />

Quanto ao futuro, ele reforça:<br />

“Pretendo trabalhar na área de<br />

publicidade. Quero ser diretor de<br />

arte, mas quero continuar com as<br />

crianças depois que sair da<br />

faculdade”.<br />

[visite nosso site: www.cantareira.br]

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