perfil sociodemografico e adesão ao tratamento do paciente ...
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3 REVISÃO DE LITERATURA<br />
3.1 Malformações congênitas<br />
3.1.1 Aspectos conceituais<br />
Diversas literaturas apresentam diferentes conceitos para os termos<br />
“malformações congênitas” e “anomalias congênitas”, e outras expõem como palavras<br />
sinônimas. Dentre outros termos, encontra-se usualmente alguns poucos cita<strong>do</strong>s, como<br />
perturbação, deformação ou displasia. Conforme levantamento de da<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong> por Gomes<br />
e Piccinini (2010), o termo “malformação” se refere apenas a patologias estruturais e os<br />
termos “anomalias” e “síndromes” a alterações cromossômicas.<br />
Comumente, durante a revisão de literatura realizada para este estu<strong>do</strong>,<br />
encontraram-se várias referências utilizan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s esses termos, não evidencian<strong>do</strong> as<br />
diferenciações conceituais quanto às origens das malformações. Consoante a OPAS (1984),<br />
malformações congênitas são definidas como to<strong>do</strong> defeito na constituição de algum órgão ou<br />
conjunto de órgão que determine uma anomalia morfológica estrutural presente no<br />
nascimento devi<strong>do</strong> à causa genética, ambiental ou mista.<br />
Desse mo<strong>do</strong>, referências voltadas à embriologia conceituam de maneira mais<br />
completa esses diferentes termos. Moore e Persaud (2008) classificam as malformações<br />
congênitas usan<strong>do</strong> a nomenclatura perturbação. Todavia, a palavra perturbação não é<br />
usualmente empregada nas Unidades de Internação Neonatal, tornan<strong>do</strong>-se pouco conhecida<br />
nas instituições de saúde. O profissional de saúde diante de qualquer alteração na estrutura <strong>do</strong><br />
corpo <strong>do</strong> recém-nasci<strong>do</strong> associa diretamente <strong>ao</strong> termo malformação congênita.<br />
Hockenberry e Wilson (2011) conceituam de maneira simples e clara as<br />
malformações como o resulta<strong>do</strong> da formação deficiente de teci<strong>do</strong>s, poden<strong>do</strong> ser classificadas<br />
de acor<strong>do</strong> com o defeito na morfogênese: incompleta, desenvolvimento de teci<strong>do</strong> acessório ou<br />
defeitos funcionais. Ainda conceitua morfogênese como um conjunto de eventos controla<strong>do</strong>s<br />
geneticamente que ocorre em uma sequência ordenada durante a vida embrionária e fetal.<br />
Pode ocorrer de maneira incompleta, resultan<strong>do</strong> na falta de desenvolvimento <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s (ex.<br />
agenesia <strong>do</strong> ducto deferente), hipoplasia (ex. micrognatia), separação incompleta (ex.<br />
sindactilia), fechamento completo (ex. fenda palatina) ou persistência em localização anterior<br />
(ex. criptorquídia). No caso de desenvolvimento de teci<strong>do</strong>s acessórios, o recém-nasci<strong>do</strong><br />
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