05.06.2013 Views

Curso de Verão em FARMACOLOGIA - Insight Equipamentos ...

Curso de Verão em FARMACOLOGIA - Insight Equipamentos ...

Curso de Verão em FARMACOLOGIA - Insight Equipamentos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

RESPOSTA FEBRIL<br />

Amanda Leite Bastos Pereira<br />

A febre, comum a várias doenças, é uma resposta sistêmica iniciada<br />

quando um organismo sofre dano tecidual inflamatório e/ou infeccioso. Diante<br />

<strong>de</strong>sse <strong>de</strong>safio, o cérebro lança mão <strong>de</strong>ssa po<strong>de</strong>rosa resposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa.<br />

(Ivanov & Romanovsky, 2004). Po<strong>de</strong> ser também <strong>de</strong>finida como um aumento<br />

controlado da t<strong>em</strong>peratura corporal, ocasionado por uma elevação do ponto <strong>de</strong><br />

regulag<strong>em</strong> <strong>de</strong>sta t<strong>em</strong>peratura, que se localiza no hipotálamo. Esta mudança,<br />

por sua vez, é induzida por mediadores produzidos durante uma inflamação ou<br />

processo infeccioso (Kluger, 1991; Roth & De Souza, 2001).<br />

A atuação do hipotálamo na resposta febril é <strong>de</strong> fundamental importância<br />

e uma das características primárias que a difere <strong>de</strong> hipertermia. Nesta última,<br />

caracterizada pela incapacida<strong>de</strong> do organismo <strong>de</strong> dissipar calor na mesma<br />

intensida<strong>de</strong> que este foi produzido, não há alteração hipotalâmica. Ainda, na<br />

hipertermia, uma das principais alterações fisiológicas é a vasodilatação<br />

periférica, com o objetivo <strong>de</strong> dissipar o calor. Na resposta febril, o que se busca<br />

é conservar a t<strong>em</strong>peratura, <strong>de</strong>corrente da alteração do termostato orgânico,<br />

caracterizando-se, portanto, <strong>em</strong> vasoconstrição periférica.<br />

A administração <strong>de</strong> lipopolissacarí<strong>de</strong>o (LPS), proveniente <strong>de</strong> pare<strong>de</strong><br />

celular <strong>de</strong> bactérias Gram-negativas, a animais <strong>de</strong> laboratório representa um<br />

dos mo<strong>de</strong>los clássicos <strong>de</strong> indução da resposta febril, mimetizando o que ocorre<br />

naturalmente <strong>em</strong> processos infecciosos por este tipo <strong>de</strong> bactéria. O LPS<br />

estimula receptores do tipo Toll-4 <strong>em</strong> células fagocíticas (particularmente <strong>em</strong><br />

macrófagos) (A<strong>de</strong>r<strong>em</strong> & Ulevitch, 2000) induzindo a liberação <strong>de</strong> citocinas (no<br />

caso da resposta febril chamadas <strong>de</strong> pirógenos endógenos), que por sua vez<br />

atuam levando a mensag<strong>em</strong> ao hipotálamo para indução <strong>de</strong> febre (Kluger,<br />

1991). Outros agentes também po<strong>de</strong>m ser utilizados para a indução <strong>de</strong> febre,<br />

incluindo materiais provenientes <strong>de</strong> pare<strong>de</strong> celular <strong>de</strong> bactérias Gram-positivas<br />

e fragmentos virais. No entanto, as vias <strong>de</strong> indução melhor estabelecidas até o<br />

momento presente utilizam o LPS como mo<strong>de</strong>lo.<br />

94

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!