Curso de Verão em FARMACOLOGIA - Insight Equipamentos ...
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transm<strong>em</strong>brânica se torne ativa. Na ausência do estímulo as bombas são<br />
recicladas <strong>de</strong> volta para o compartimento citoplasmático (SCHUBERT, 2005).<br />
3. Úlcera gástrica<br />
A úlcera gástrica é um dos distúrbios mais comuns que afetam o sist<strong>em</strong>a<br />
gastrintestinal. Po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como uma lesão na mucosa do trato digestivo,<br />
que se esten<strong>de</strong> através da camada muscular da mucosa até a submucosa, ou<br />
ainda mais profundamente (CONTRAN et al., 1996). Nessa lesão profunda tanto<br />
os componentes do tecido epitelial e conectivo, incluindo miofibroblastos<br />
subepiteliais, células do músculo liso, vasos e nervos, po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>struídos<br />
(MILANI E CALABRÒ, 2001).<br />
As úlceras provavelmente resultam <strong>de</strong> diferentes mecanismos patogênicos<br />
e, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> sua etiologia, são formadas quando ocorre um <strong>de</strong>sequilíbrio<br />
entre fatores agressores da mucosa, sejam eles endógenos (HCl e pepsina) ou<br />
exógenos (etanol, AINEs, fumo), e os fatores protetores da mucosa gástrica<br />
(muco, bicarbonato, prostaglandinas, fluxo sanguíneo, óxido nítrico) (Revisado por<br />
GLAVIN E SZABO, 1992). Teoricamente, este <strong>de</strong>sequilíbrio ocorre <strong>em</strong> 3<br />
condições: (i) com a redução dos mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, (ii) com o aumento dos<br />
fatores agressores ou (iii) com a associação <strong>de</strong> ambos (CHAPADEIRO et al.,<br />
1987).<br />
Os mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa que atuam na porta <strong>de</strong> entrada dos xenobióticos<br />
no organismo são diversos, e entre eles encontram-se:<br />
• Os mastócitos e macrófagos resi<strong>de</strong>ntes na lamina própria que atuam<br />
como células sinalizadoras da presença <strong>de</strong> substâncias estranhas. Essas células<br />
são capazes <strong>de</strong> liberar uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mediadores inflamatórios e<br />
citocinas que po<strong>de</strong>m alterar o fluxo sanguineo da mucosa e aumentar o<br />
recrutamento <strong>de</strong> granulócitos para a região afetada (HAGABOAM et al, 1993).<br />
• O epitélio que é especializado <strong>de</strong> forma a manter s<strong>em</strong>pre as suas<br />
funções como barreira ao ácido gástrico e a outros agressores. A gran<strong>de</strong><br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proliferação do epitélio lhe confere habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reparação ao<br />
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