Curso de Verão em FARMACOLOGIA - Insight Equipamentos ...
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Aspectos históricos<br />
A história da toxicologia confun<strong>de</strong>-se com a história das civilizações<br />
humanas. Primeiramente o ser humano observava o efeito <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas<br />
plantas e animais ingeridos por outros animais e seres humanos. Através da<br />
observação <strong>de</strong> efeitos tóxicos causados pela substância no organismo era<br />
<strong>de</strong>saconselhado o uso <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas plantas e animais.<br />
As civilizações antigas, grega e romana, foram as primeiras a instituir o<br />
uso <strong>de</strong> substâncias químicas para eliminar <strong>de</strong>safetos e para controlar outros<br />
povos (SCHOU E HODEL, 2003). Relatos que datam <strong>de</strong> 1500 a.C. reportam o uso<br />
do ópio, venenos utilizados <strong>em</strong> pontas <strong>de</strong> flechas e alguns metais (LANGMAN E<br />
KAPUR, 2006). Alguns representantes <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância histórica para a<br />
ciência foram vítimas <strong>de</strong> intoxicações, como Sócrates pela cicuta e Cleópatra<br />
por uma naja. A partir <strong>de</strong> 1453, no período renascentista, a toxicologia começa<br />
a ser moldada, surge uma <strong>de</strong>finição clássica da toxicologia como a ciência dos<br />
envenenamentos. Neste período há a preocupação com as proprieda<strong>de</strong>s físico-<br />
químicas dos tóxicos (estudo dos tóxicos), com os efeitos que interfer<strong>em</strong> na<br />
fisiologia e no comportamento dos seres vivos (efeito tóxico), métodos para a<br />
análise quantitativa e qualitativa <strong>de</strong> matérias biológicas e não biológicas<br />
(diagnóstico da intoxicação) e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> procedimentos que<br />
permitam o tratamento dos intoxicados.<br />
Um agente tóxico, também conhecido por toxicante ou poison é <strong>de</strong>finido<br />
como qualquer substância que <strong>em</strong> dose suficiente provoque doenças e a morte<br />
(LANGMAN E KAPUR, 2006). Paracelso (1493-1541), um médico do século 16<br />
observou que “todas as substâncias são tóxicas; não exist<strong>em</strong> substâncias que<br />
não sejam tóxicas. A dose certa é que diferencia o r<strong>em</strong>édio do tóxico”. Esta<br />
observação permitiu que muito t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>pois fosse introduzido o termo índice<br />
terapêutico para fármacos. O índice terapêutico é obtido a partir <strong>de</strong><br />
experimentos simples e <strong>de</strong> curta duração (LANGMAN E KAPUR, 2006). A<br />
afirmação <strong>de</strong> Paracelso é corroborada pela observação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong><br />
alimentos com baixas concentrações <strong>de</strong> agentes tóxicos (como o arsênio, o<br />
chumbo, o diclorodifeniltricloroetano [DDT] e o ácido cianídrico) e não causam<br />
sinais <strong>de</strong> toxicida<strong>de</strong> aguda, ao passo que gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> água<br />
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