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1 ÁCIDO URICO: O ácido úrico é o produto final ... - Laboratório Vitale

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<strong>ÁCIDO</strong> <strong>URICO</strong>:<br />

O <strong>ácido</strong> <strong>úrico</strong> <strong>é</strong> o <strong>produto</strong> <strong>final</strong> do metabolismo das purinas, estando elevado em várias<br />

situações clinicas al<strong>é</strong>m da gota. Somente 10% dos pacientes com hiperuricemia tem gota.<br />

Níveis elevados tamb<strong>é</strong>m são encontrados na insuficiência renal, etilismo, cetoacidose<br />

diab<strong>é</strong>tica, psoríase, pr<strong>é</strong>-eclâmpsia, dieta rica em purinas, neoplasias, pós quimioterapias e<br />

radioterapias, uso de paracetamol , ampicilina, aspirina(doses baixas), didadosina, diur<strong>é</strong>ticos,<br />

beta-bloqueadores, dentre outras drogas. Diminuição dos níveis <strong>é</strong> encontrada em dietas<br />

pobres em purina, defeitos dos túbulos renais, porfiria, uso de tetraciclina, alupurinol, aspirina,<br />

corticóides, indometacina, metotrexato, metildopa, verapamil, intoxicação por metais<br />

pesados, e no aumento do clearence renal.<br />

Sinonímia: Uricemia,Urato<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Ácido <strong>úrico</strong> urinário, Provas de atividade reumática, Fator reumatóide<br />

Valores de referências: Homens: 2,5 a 7,0 mg/dl<br />

Preparo: Jejum de 8 horas<br />

Mulheres: 1,5 a 6,0 mg/dl<br />

Interpretação: Aumento: gota, midixidema, acromegalia, pseudo e hipoparatireoidismo.<br />

Diabetes, hipercolesterollemia, obesidade, hiperparatireoidismo, leucemia, mieloma<br />

múltiplo,policetemia, mielofibrose, anemias hemolíticas, metaplasia mieloide, anemia<br />

perniciosa, linfomas, pneumonia, jejum, mononucleose, insuficiência renal, pr<strong>é</strong>-eclampsia,<br />

insuficiência cardíaca, infarto miocárdio, hipertensão arterial, artrite reumatóide, eczema<br />

crônico.<br />

Diminuição: D. de Wilson, alcoolismo com hepatopatia, contrastes radiológicos,<br />

hemocromatose, S. do hormônio anti diur<strong>é</strong>tico, alopurinol, probenecid, anti inflamatórios não<br />

esteróides, aspirina e vitamina C.<br />

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ALBUMINA:<br />

A albumina <strong>é</strong> a proteína mais abundante no plasma. É sintetizada no fígado em velocidade<br />

dependente da ingestão prot<strong>é</strong>ica, mas regulada por retroalimentação pelo teor de albumina<br />

circulante.<br />

Hiperalbuminemia <strong>é</strong> encontrada na desidratação. A diminuição <strong>é</strong> encontrada na cirrose<br />

hepática, cirrose biliar primaria, D. de Nilson, hemacromatose deficiência de alfa1- antitripsina,<br />

hepatite viral, auto imune, alcoólica ou induzida por drogas , S. nefrótica, má nutrição,<br />

hipertireoidismo.<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Eletroforese de proteínas, proteínas totais e frações<br />

Valores de referências: Soro: 3,5 a 5,5g/dl<br />

Preparo: Jejum de 4 horas<br />

AMILASE:<br />

È uma enzima excretada pelo pâncreas, sensível no diagnostico de pancreatite aguda.Eleva-se<br />

12 horas após o inicio da pancreatite e persiste por 3 a 4 dias.Valores 3 a 5 vezes a cima do<br />

nível normal são considerados significativos.Níveis elevados tamb<strong>é</strong>m são encontrados em<br />

tumores periampulares, caxumba, ulcera p<strong>é</strong>ptica perfurada, obstrução e infarto intestinal,<br />

colecistopatias sem pancreatite, cirrose hepática, aneurisma de aorta, apendicite, traumas,<br />

queimaduras, uso de colin<strong>é</strong>rgicos, meperidina e morfinas.Hipertrigliceridemia pode causar<br />

resultados falsamente baixos.<br />

Sinonímia: Amilasemia, Alfa-milase<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Lípase<br />

Valores de referência: Soro:


ANAL SWAB:<br />

Sinonímia: Pesquisa de Oxiúros ou Enterobius vermiculares.<br />

Material: Material da região peri-anal colhido em 3 dias diferentes, com espátula própria<br />

fornecida pelo <strong>Laboratório</strong>.<br />

Colheita, conservação: Colher preferencialmente à noite ou pela manhã antes de defecar e da<br />

higiene pessoal. Não usar pomadas ou talco na região peri-anal. Guardar em lugar fresco at<strong>é</strong><br />

enviar ao laboratório.<br />

Preparo do paciente: Evitar defecar e ou fazer higiene pessoal antes da colheita.<br />

M<strong>é</strong>todo: M<strong>é</strong>todo de Hall, modificado Os ovos aderem aos bastões de colheita e são<br />

posteriormente observados ao microscópio.<br />

Interferentes: Uso de anti-helmínticos at<strong>é</strong> há 4 semanas. Uso de pomadas, talco ou higiene<br />

antes da colheita.<br />

Valor de referência : Negativo.<br />

Interpretação: O teste <strong>é</strong> útil no diagnóstico da oxiuríase ou enterobiose. Os ovos de E.<br />

vermicularis raramente são encontrados no exame parasitológico de fezes, pois a postura dos<br />

ovos pelas fêmeas do parasita não <strong>é</strong> feita no intestino, e sim na região peri-anal do indivíduo<br />

infectado, causando o prurido característico desta parasitose.<br />

Exames relacionados: Parasitológico de fezes.<br />

ANTIESTREPTOLISINA ´´O´´ :<br />

A Estreptolisina O elevada indica infecção por estreptococos beta-hemolíticos, mas de forma<br />

isolada não permite o diagnóstica de febre reumática ou glomerulonefrite difusa aguda. Níveis<br />

de AEO podem apresentar variações com valores normais diferentes em populações<br />

distintas.Titulos em elevação durante determinações seriadas são mais significativos que uma<br />

única determinação.Nas infecções estreptocócicas, AEO <strong>é</strong> detectada em 85% das faringites,<br />

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30% das piodermites e 50% das GNDA.Na febre reumática, 80% dos casos apresentam AEO<br />

elevada 2 meses após inicio do quadro, 75% em 2 meses, 35% em 6 meses, e 20% em 12<br />

meses. Falso-positivo pode ocorrer em pacientes com tuberculoses, hepatites e<br />

esquistossomose.<br />

Sinonímia: ASLO, ASO,AEO<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Proteína C reativa, VHS<br />

Valores de referências: at<strong>é</strong> 200UL<br />

Preparo: Jejum de 8 horas<br />

Interferentes: Falso- positivo pode ocorrer em pacientes com tuberculoses, hepatites e<br />

esquistossomose<br />

ANTI- TPO- ANTICORPOS ANTI-MICROSSOMAIS:<br />

O principal uso deste exame <strong>é</strong> a confirmação do diagnostico de doença auto-imune da<br />

tireóide. O anticorpo anti-TPO tem sido utilizado no lugar da determinação do anticorpo anti-<br />

microssomal. Anticorpos anti-TPO podem ser detectados em pessoas em doença tireoidiana<br />

significativa.<br />

Sinonímia: AAM, Anti-TPO<br />

Material: Soro<br />

Exames afins:T3.T4,TSH,T4L,Anti-tireoglobulina<br />

Preparo: Jejum de 8 horas<br />

BETA HCG:<br />

O HCG <strong>é</strong> uma glicoproteína composta de 2 subunidades (alfa e beta). Dosado por<br />

quimiluminescência <strong>é</strong> sensível o bastante para detectar uma gravidez normal as vezes tão<br />

cedo quanto após 7 dias da implantação, embora o mais seguro 15 dias após a implantação.<br />

Deve-se ter em mente, no entanto, que variações são observadas quanto ao prazo usual da<br />

implantação e que a detecção de BHCG pode sofrer interferências da metodologia utilizada e<br />

da presença rara, mas possível dos anticorpos heterofílicos. Algumas das metodologias para<br />

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detecção do HCG são direcionadas primariamente para diagnóstico de gravidez, tais ensaios<br />

não necessariamente detectam mol<strong>é</strong>culas degradadas ou homogêneas encontradas em<br />

doenças trofoblásticas. Esta aumentado na gravidez, coriocarcinoma, mola hidatiforme, e<br />

neoplasias de c<strong>é</strong>lulas germinativas dos ovários e testículos. Pode estar pouco elevado na<br />

gravidez ectópica e na gravidez de risco (risco de aborto) quando os níveis podem cair<br />

progressivamente.<br />

Sinonímia: beta Hcg, beta GCH<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: CEA, Alfa feto proteína.<br />

Preparo: Jejum de 4 horas<br />

BILIRRUBINA TOTAL E FRAÇÕES:<br />

A bilirrubina resulta da decomposição da hemoglobina nos sistema reticulo endotelial. É<br />

conjugada no fígado para a seguir ser excretada na bile. O teste <strong>é</strong> útil para diagnostico<br />

diferencial de doenças hepatobiliares e outras causas de icterícia. A destruição excessiva de<br />

hemácias ou a incapacidade do fígado de excretar as quantidades normais de bilirrubinas<br />

produzidas acarretam aumentos nos níveis s<strong>é</strong>ricos de bilirrubina,<br />

Existem duas formas de bilirrubina no corpo: bilirrubina indireta ou não conjugada, que circula<br />

livremente ate chegar ao fígado onde <strong>é</strong> conjugada com o glucuronídeo transferase e depois<br />

excretada na bile.<br />

Causas de aumento da bilirrubina direta (conjugada): doenças hepáticas hereditárias, lesão de<br />

hepatocitos (viral, tóxica, medicamentosa, alcoólica) e obstrução biliar (litíase, neoplasias).<br />

Níveis de bilirrubina direta maiores que 50% dos valores totais são sugestivos de causas pós<br />

hepáticas.<br />

Causas de aumento da bilirrubina indireta: anemias hemolíticas, hemólise auto-imune,<br />

transfusão de sangue, reabsorção de hematomas, eritropoiese ineficaz e doenças hereditárias.<br />

Uso de drogas que ativam o sistema microssomal hepático podem reduzir as bilirrubinas<br />

Sinonímia: Bilirrubina direta ou conjungada, bilirrubina indireta ou não conjungada<br />

Material: Soro<br />

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Exames afins: TGO, TGP, Gama Gt, Fosfatase alcalina, Rh, ABO, Coombs direto e Indireto<br />

Valores de referências: Bilirrubina total at<strong>é</strong> 1,20 mg/dl<br />

M<strong>é</strong>todo: colorim<strong>é</strong>trico<br />

Preparo: Jejum de 8 horas<br />

Neonatos: < 8,8mg/dl<br />

2ºdia: 1,3 a 11,3 mg/dl<br />

3ºdia: 0,7 a 12,7mg/dl<br />

4º ao 6° dia: 0,1 a 12,6 mg/dl<br />

Bilirrubina direta at<strong>é</strong>: 0,40mg/dl<br />

Bilirrubina indireta at<strong>é</strong>: 0,80mg/dl<br />

Interpretação: aumento de bilirrubina conjugada (direta) coledocolitiase, hepatite alcoólica,<br />

auto imune viral ou induzida por drogas, cirrose alcoólica, insuficiência cardíaca congestiva,<br />

mononucleose infecciosa, icterícia pós operatória benigna, S. de Rotor.<br />

CÁLCIO IÔNICO:<br />

O Cálcio iônico <strong>é</strong> a fração biologicamente ativo do cálcio s<strong>é</strong>rico total, representando 43%<br />

desse. Sua concentração <strong>é</strong> mais baixa a noite e maior pela amanhã. A dosagem do cálcio iônico<br />

independe da albumina, entretanto varia com o pH, aumentando na acidose, diminuindo na<br />

alcalose.<br />

Sinonímia: Cálcio iônico, cálcio difusível, cálcio livre<br />

Material: Soro.Colher em tubo a vácuo com gel separador. Não abrir o tubo. Evitar contato<br />

com o ar<br />

Exames afins: Ca, Mg, Cl, Bicarbonato, Gasometria, Proteínas Totais<br />

Preparo: Jejum de 4 horas. Evitar garroteamento prolongado<br />

CÁLCIO TOTAL:<br />

O Cálcio encontra-se ligado as proteínas (47%) e livre (43%). O aumento de cálcio <strong>é</strong> encontrado<br />

no hiperparatireoidismo , algumas neoplasias com ou sem metástases ósseas, mieloma,<br />

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desidratação , hipervitaminose D, síndrome de imobilidade, hipertireoidismo, hepatopatias,<br />

insuficiência renal, sarcoidose, linfoma, uso de diur<strong>é</strong>ticos e estrógenos. Níveis baixos de cálcio<br />

são encontrados na osteomalácia, pancreatite, hipomagnesemia, hipervolemia, má absorção,<br />

deficiência de vitamina D , diminuições da albumina e em situações que cursam com fósforo<br />

elevado(insuficiência renal, hipoparatireoidismo). Níveis críticos de cálcio total são aqueles<br />

inferiores a 6mg/dl e superiores a 14mg/dl. Hemólise pode elevar os resultados.<br />

Sinonímia: Ca, Calcemia, Cálcio Total<br />

Material: Soro.<br />

Exames afins: Cálcio ionizável, fósforo s<strong>é</strong>rico, magn<strong>é</strong>sio , Cloro, Fosfatase Alcalina, Proteínas<br />

s<strong>é</strong>ricas, Creatinina.<br />

Valores de referências: Soro: 8,8 – 11,0 mg/dl<br />

M<strong>é</strong>todo: colorim<strong>é</strong>trico de ponto <strong>final</strong><br />

Preparo: Jejum de 4 horas.<br />

CAPACIDA DE FIXAÇÃO DE FERRO:<br />

O teor de transferrina <strong>é</strong> tradicionalmente mensurado como a capacidade de combinação da<br />

transferrina . Normalmente, 1/3 dos sítios de ligação da transferrina estão ocupados pelo<br />

ferro. Assim, a transferrina tem uma considerável capacidade latente de ligação ao ferro, a<br />

chamada capacidade de combinação latente ou livre de ferro. A quantidade máxima de ferro<br />

que pode se ligar a transferrina <strong>é</strong> a capacidade total de combinação do ferro. Encontra-se<br />

elevada na anemia ferropriva, no uso de anticoncepcionais e gravidez. Valores normais ou<br />

baixos são encontrados nas anemias de doenças crônicas, sideroblásticas, hemolíticas,<br />

hemocromatose, desnutrição, estados inflamatórios e neoplasias. A CTCF aumenta ao mesmo<br />

tempo que a queda do ferro s<strong>é</strong>rico na anemia ferropriva, podendo, as vezes precede-lo .<br />

Sinonímia: TIBC, Siderofilina, Transferrina, e capacidade de combinação do ferro<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Hemograma, ferro, ferritina e transferrina<br />

Preparo: Jejum de 8 horas.<br />

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CEA:<br />

O CEA <strong>é</strong> uma glicoproteína que não <strong>é</strong> órgão especifica. Níveis elevados são encontrados em<br />

vários tumores, mas sua maior aplicação <strong>é</strong> no câncer coloretal. Utilizado para auxiliar no<br />

estadiamento e monitorização , sendo o melhor marcador da resposta ao tratamento de<br />

adenocarcinomas gastro -intestinais. Níves mais elevados são encontrados no câncer coloretal<br />

com metá stases ósseas e hepá ticas. Esta presente em níveis elevados em 65% dos pacientes<br />

com carcinoma coloretal, ao diagnóstico. Seu aumento pode preceder evidencias de<br />

metastases em exames de imagem. Outra s neoplasias podem cursar com níveis elevados de<br />

CEA: câncer de mama, pulmão, ová rio, estômago,pâncreas, útero, tireóide e tumores de<br />

cabeça e pescoço. Níveis elevados tamb<strong>é</strong>m podem ocorrer em fumantes, inflamações,<br />

infecções,úlceras p<strong>é</strong>pticas, pancreatite , doença inflamatória intestinal, cirrose hepática,<br />

enfisema pulmonar, polipose retal e doença mamária benigna. Resultados negativos podem<br />

ocorrer na fase precoce do câncer e em alguns pacientes com câncer coloretal metastitico.<br />

Cirurgia,quimioterapia e radioterapia podem causar aumentos transitórios de CEA na<br />

circulação . Para fins de comparação deve -se usar mesmo todo.<br />

Sinonímia: CEA, antígeno carcinoembrionário, antígeno carcinoembriogenico<br />

Material: Soro ou plasma<br />

Exames afins: Alfa-feto proteína, e Gonadotrofina coriônica<br />

Preparo: Jejum de 8 horas.<br />

Interferentes: hemólise e lipemia<br />

CÉLULAS LE:<br />

A c<strong>é</strong>lula Le pode ser um neutrófilo, monócito e raramente um eosinófilo que fagocitou a massa<br />

LE. Entretanto, a presença de somente uma c<strong>é</strong>lula Le, não <strong>é</strong> suficiente para dar um resultado<br />

positivo, sendo necessário para isso a observação de várias c<strong>é</strong>lulas LE típicas. No lúpus<br />

eritematoso sistêmico a positividade da pesquisa <strong>é</strong> observada em 70% a 80 % dos casos.<br />

Podem ocorrer reações falso- negativas nas leucopenias e usos de corticóides. Reações falso-<br />

positiva podem ocorrer em reações a drogas, artrite reumatóide, glomerulonefrite, entre<br />

outras. Este teste foi suplantado pela pesquisa e anticorpos antinucleares (FAN) por<br />

imunofluorescência indireta.<br />

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Sinonímia: C<strong>é</strong>lulas de Hargraves, c<strong>é</strong>lulas do lúpus eritematoso<br />

Material: Sangue total com coágulo<br />

Exames afins: Fan, Complemento, imunocomplexos.<br />

Valores de referências: Negativo<br />

Preparo: Jejum de 8 horas.<br />

CHAGAS:<br />

Os testes sorológicos são utilizados para confirmação da suspeita clínica da Doença de Chagas<br />

e triagem em bancos de sangue. Entretanto, alguns cuidados são necessários na escolha do<br />

m<strong>é</strong>todo e sua interpretação . O Machado Guerreiro era o exame de escolha no passado,<br />

mas por apresentar baixa sensibilidade (69%), baixa especificidade e complexidade na sua<br />

execução não mais deve ser utilizado. Os m<strong>é</strong>todos Hemaglutinação , imunofluorescência e<br />

imunoensaio apresentam sensibilidade próximo a 100%. Tendo em vista a possibilidade de<br />

falso -positivos (leishmania, malária, sífilis, toxoplasmose, hanseníase, doenças do colágeno,<br />

hepatites) <strong>é</strong> recomendado que o soro seja testado, em pelo menos 2 m<strong>é</strong>todos todos<br />

diferentes antes de aceito, pelo clínico assistente, a positividade da sorologia.<br />

Sinonímia: Trypanossoma cruzi, machado guerreiro, sorologia para Tripanossomíase<br />

americano<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Pesquisa de Tripanossoma Cruzi<br />

Valores de referências: Negativo<br />

Preparo: Jejum de 8 horas.<br />

CLEARENCE DE CREATININA:<br />

Teste utilizado para avaliação da taxa de filtração glomerular, sendo mais sensível que a<br />

determinação s<strong>é</strong>rica isolada. No clearence de creatinina valores s<strong>é</strong>ricos e urinários são<br />

medidos e a depuração <strong>é</strong> calculada e corrigida tendo em vista a superfície corporal. Clearence<br />

elevado pode ser encontrado após exercícios, na gravidez e no diabete melito. Variação intra-<br />

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individual, desse teste pode chegar a 15%. Armazenamento da urina por muito tempo, em<br />

altas temperaturas pode causar conversão da creatina á creatinina, acarretando aumentos.<br />

Sinonímia: Depuração de creatinina. GFR ( Taxa de filtração glomerular).<br />

Material: Soro e urina<br />

Exames afins: Ur<strong>é</strong>ia, Urina tipo I<br />

Valores de referências: Soro ou plasma: 0,4 a 1,4 mg/dl<br />

Urina Homem: 21 a 26 mg/Kg/dia<br />

Mulher: 16 a 22 mg/Kg/dia<br />

Depuração: Homem: 97 a 137 ml/min/1,73m²<br />

Mulher: 88 a 128 ml/min/1,73m²<br />

Criança: 70 a 140 ml/min/1,73m²<br />

Preparo: Colher urina de 12 ou 24 horas. Coletar a amostra de sangue no mesmo dia de<br />

entrega da urina.<br />

COLESTEROL TOTAL E FRAÇÕES:<br />

O colesterol <strong>é</strong> o principal lipídeo associado a doença vascular ateroscleotica. Tamb<strong>é</strong>m <strong>é</strong><br />

utilizado na produção de hormônios esteróides , <strong>ácido</strong>s biliares e na constituição das<br />

membranas celulares. Seu metabolismo ocorre no fígado, sendo transportado no sangue por<br />

lipoproteínas (70% por LDL, 25% por HDL, e 5% por VLDl).<br />

Colesterol total:<br />

Sinonímia: Esterol ciclopentanoperhidrofenantreno,colesterol<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Lipidograma eletroforetico, Colesterol HDL,Colesterol LDL, Triglicerides<br />

Valores de referências: Valor normal: Menor ou igual a 200mg/dl<br />

Limítrofe: 200 a 240 mg/dl<br />

Aumentado: Maior que 240mg/dl<br />

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Preparo: Jejum de 12 horas<br />

M<strong>é</strong>todo: enzimático colorim<strong>é</strong>trico<br />

Interpretação: aumento: icterícia obstrutiva, hepatite por vírus, cirrose, pancreatite, diabete<br />

mellitus, hipotireoidismo, hiperlidemia familiar, gota, anorexia nervosa, S. de Cushing, porfiria<br />

intermitente aguda, gravidez, corticosteróides.<br />

Diminuição: hepatopatias graves, inanição, uremia terminal, septicemia, hipertireoidismo, S.<br />

da má absorção, anemia hipocromica severa, hemofilia, grandes queimaduras, D. de Gaucher<br />

Colesterol HDL:<br />

Sinonímia: HDL-colesterol, alfa colesterol, colesterol ligado a lipoproteinas e alta densidade .<br />

Fração predominantemente ligada aos fosfolipideos.<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Colesterol total,Colesterol LDL, Triglicerides e lipidrograma eletroforetico<br />

Valores de referências: Valor normal: Homens: maior que 40mg/dl<br />

Preparo: Jejum de 12 horas<br />

Mulheres: Maior que 50mg/dl<br />

Ideal: Homens: maior que 55mg/dl<br />

Mulheres: maior que 60mg/dl<br />

Interpretação: aumento: padrão familiar, exercícios vigorosos, ingestão moderada de bebidas<br />

alcoólicas<br />

Diminuição: hiperlidemia familiar combinada, D. Tangier, hipertrigliceridemia, pancreatite<br />

Colesterol LDL:<br />

Sinonímia: LDL-colesterol, beta colesterol, colesterol ligado a lipoproteinas de baixa<br />

densidade. Fração predominantemente ligada aos Colesterol.<br />

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Material: Soro<br />

Exames afins: Colesterol ,Colesterol hDL, Triglicerides e lipidrograma eletroforetico<br />

Valores de referências: Valor normal: Menor que 100mg/dl*<br />

Limitrofe: 100 a 130mg/dl<br />

Aumentado: 130 a 160mg/dl<br />

Muito aumentado: maior que 160mgdl<br />

*No paciente pós evento cardiovascular ou Diab<strong>é</strong>tico a meta de LDL <strong>é</strong> menor que 70mg/dl<br />

Preparo: Jejum de 12 horas<br />

Interpretação: Diminuição: má nutrição, crianças, diabetalipoproteinanemia<br />

S.nefrótica<br />

Colesterol VLDL:<br />

Aumento: hipercolesterolemia familiar, hiperlidemia, hipotereoidismo,<br />

Sinonímia: VLDL-colesterol, pr<strong>é</strong> beta colesterol, colesterol ligado a lipoproteinas demuito<br />

baixa densidade.<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Colesterol ,Colesterol HDL,Colesterol LDL, Triglicerides e lipidrograma<br />

eletroforetico<br />

Valores de referências: Valor normal: menor que 30mg/dl<br />

Preparo: Jejum de 12 horas<br />

COOMBS DIRETO:<br />

Limitrofe: 30 a 40mg/dl<br />

Aumentado: maior que 40mg/dl<br />

O teste de Coombs direto, tamb<strong>é</strong>m chamado de teste direto da antiglobulina humana, <strong>é</strong> o<br />

principal teste utilizado na investigação das anemias hemolíticas auto-imunes. Detecta<br />

hemáceas sensibilizadas com Imunoglobulina IgG e complemento. Um pequeno percentual de<br />

12


pacientes normais apresentam Coombs direto positivo. A causa mais comum de resultados<br />

positivos em pacientes sem anemia hemolítica <strong>é</strong> a presença de anticorpos induzidos por<br />

drogas. Drogas que interferem: penicilinas, cefalosporinas, sulfonidas, tetraciclina, metildopa,<br />

insulina, dipirona e clorpropamida.<br />

Sinonimia: Pesquisa de sensibilização eritrocitária.<br />

Material: Sangue total ou do cordão umbilical com anticoagulante.<br />

Valores de referência: Negativo<br />

Exames afins: Aglutininas Anti-Rh, Reticulócitos, FAN.<br />

COOMBS INDIRETO:<br />

A pesquisa de anticorpos irregulares ou Teste de Coombs indireto detecta, no soro,<br />

Imunoglobulinas IgG ou frações do complemento ligadas às hemáceas. É utilizada no pr<strong>é</strong>-natal<br />

de gestantes Rh negativo, triagem de anemias hemolíticas e provas pr<strong>é</strong>-transfusionais.<br />

Sinonímia: Aglutininas Anti-Rh.<br />

Material: Soro.<br />

Exames afins: DDO em líquido amniótico. Painel de hemácias. Pesquisa de outros anticorpos<br />

em painel frio e quente com salina, albumina e albumina-antiglobulina,<br />

Valores de referência: Negativo<br />

Preparo: Não há necessidade de jejum.<br />

COPROLOGICO FUNCIONAL:<br />

Útil na avaliação de distúrbios funcionais e orgânicos do processo de digestão e absorção dos<br />

alimentos permitindo diagnosticar: insuficiência gástrica, pancreática e biliar, desvios da flora<br />

bacteriana, síndromes ileais, colites e outras alterações do sistema digestivo. Todavia, esta<br />

prova <strong>é</strong> pouco precisa e vem sendo substituída por outros exames.<br />

Sinonímia: Prova coprológica funcional. Prova funcional da digestão. Prova de digestão<br />

alimentar.<br />

13


Material: fezes rec<strong>é</strong>m-emitidas oriundas especificamente do regime preconizado. Esta prova<br />

não se aplica a fezes de pacientes que não se submeterem ao regime descrito adiante. Não <strong>é</strong><br />

factível para lactentes e para crianças que ainda não mastigam carne.<br />

Regime:<br />

Crianças at<strong>é</strong> 12 anos de idade não necessitam de dieta. Para maiores de 12 anos, nos 3<br />

dias que antecedem a coleta, seguir as recomendações abaixo:<br />

Caf<strong>é</strong> da manhã<br />

Um copo de leite, com ou sem caf<strong>é</strong> e açúcar. Três fatias de pão com manteiga<br />

amolecida (aproximadamente 1 colher de sopa rasa de manteiga para cada fatia de pão)<br />

ou chapa.<br />

Almoço<br />

Arroz à vontade com duas batatas cozidas.<br />

Um bife de colchão duro, de tamanho m<strong>é</strong>dio (cerca de 100g), mal passado na grelha<br />

Uma colher de sopa de feijão.<br />

Sobremesa<br />

Uma banana e um pedaço de queijo tipo Minas.<br />

Lanche<br />

Entre as duas refeições principais o paciente poderá servir-se dos mesmos alimentos<br />

indicados para o caf<strong>é</strong> da manhã.<br />

Jantar<br />

Sopa de macarrão com cenoura cozida, batata e carne.<br />

Arroz à vontade e um ovo cozido.<br />

Sobremesa<br />

Uma fatia de bananada ou goiabada com queijo minas.<br />

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No quarto dia colher todo o volume fecal da primeira evacuação do dia e levar ao<br />

laboratório imediatamente. Não deixar as fezes por mais de duas horas sem refrigeração.<br />

As fezes não poderem se misturar com urina ou sangue menstrual.<br />

Se possível e com concordância m<strong>é</strong>dica o paciente deverá suspender toda a<br />

medicamentação.<br />

Não <strong>é</strong> permitida a ingestão de bebidas alcoólicas ou gasosas.<br />

CREATINOFOSFOQUINASE - CK TOTAL:<br />

Enzima encontrada principalmente na musculatura estriada, c<strong>é</strong>rebro e coração. É um<br />

marcador sensível mais inespecífico de lesão muscular, inclusive miocárdica. Níveis elevados<br />

são encontrados no infarto agudo do miocárdio, miocardite, hipertermia maligna, distrifia<br />

muscular , exercício físico, dermatopolimiosite, rabdomiloise, em traumas e injeções<br />

musculares.<br />

Sinonímia: CPK,CK, CK total, Creatina fosfoquinase.<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: DHL, TGO(AST),Aldolase, CKMB, Troponina T.<br />

Valores de referência: Homens: 24-195 U/L<br />

Preparo: jejum de 4 horas<br />

Mulheres: 24-170 U/L<br />

M<strong>é</strong>todo: Cin<strong>é</strong>tico UV- 37ºC automatizado<br />

CREATINOQUINASE CARDÍACA (CK-MB):<br />

A Dosagem da CK-Mb tem sensibilidade de 50% a entrada do paciente no pronto socorro,<br />

sendo que medidas seriadas aumentam sua sensibilidade para 90% no diagnóstico do infarto<br />

agudo do miocárdio. È detectável em 4 a 6 horas após a lesão do miocárdio , ocorrendo pico<br />

em 12 a 24 horas e o retorno a níveis normais em 2 a 3 dias. A CK-Mb representa 20% do total<br />

da creatinofosfaquinase presente no miocárdio e 3% presente na musculatura esquel<strong>é</strong>tica.<br />

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Sinonímia: CK-Mb,Izoenzima MB da creatinoquinase,izoenzima cardíaca, creatina fosfoquinase<br />

cardíaca.<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Ck,TGO(AST),DHL,Troponina T.<br />

Valores de referências: Homens e mulheres: 0-25 U/L a 37ºC<br />

Preparo: Jejum de 4 horas<br />

Interferentes: traumas e cirurgias<br />

CURVA GLICÊMICA:<br />

Medidas seriadas da glicose plasmática, nos tempos: 0,30,90,120 minutos após a<br />

administração de 75g de glicose anidra (em solução aquosa a 25%) por via oral, fornece um<br />

m<strong>é</strong>todo apropriado para diagnóstico de diabetes. Apesar de mais sensível que a determinação<br />

da glicose em jejum, a TOTG <strong>é</strong> afetada por vários fatores que resulta em pobre<br />

reprodutividade do teste, a menos que os resultados se apresentem nitidamente anormais.<br />

As crianças devem receber 1,75g/Kg de peso at<strong>é</strong> a dose máxima de 75g de glicose anidra. A<br />

TOTG <strong>é</strong> indicado nas seguintes situações:<br />

-Diagnóstico do diabetes melito gestacional (nesse caso o TOTG <strong>é</strong> modificado).<br />

-Diagnóstico de tolerância a glicose diminuída, glicemia plasmática em jejum entre 110 e 126<br />

mg/dl.<br />

-Avaliação de pacientes com nefropatia, neuropatia ou retinopatia não explicada de glicemia<br />

plasmática em jejum abaixo de 126mg/dl.<br />

Sinonímia: GTT,TTG,TOTG,Glicemia pós sobrecarga<br />

Material: plasma fluoretado<br />

Exames afins: Glicemia, hemoglobina glicosilada, proteína glicosilada, insulina,frutosamina e<br />

glicemia pós prandial.<br />

Preparo: Jejum de 10 a 12 horas<br />

Tolerância diminuída: tempo 120 min entre 140 a 200mg/dl (diab<strong>é</strong>ticos arsênico, choque,<br />

fadiga, gestação, hipertensão intracraniana, jejum prolongado, hipertireoidismo )<br />

Diabetes melittus: tempos at<strong>é</strong> 120min. Com glicemia superior a 200mg/dl<br />

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Tolerância aumentada: tempo de 60 ou 90 min, com glicemia inferior a 70 mg/dl<br />

(hiperinsulinismo, hipotiroidismo, distrofia muscular, anorexia nervosa).<br />

CURVA GLICEMICA PARA DIAGNOSTICO DE DIABETTES MELLITUS (DMG)<br />

O Diabete Melito Gestacional (DMG) <strong>é</strong> uma das complicações clínicas mais comuns da<br />

gestação. È definido como intolerância à glicose, de gravidade variável, com início ou<br />

diagnóstico realizado pela vez primeira durante a gestação. A conceituação da DMG<br />

independente da necessidade de tratamento com insulina ou da persistência da intolerância<br />

após a gestação. O diagnóstico de DMG não exclui a possibilidade da intolerância à glicose<br />

existir previamente à gestação e não ter sido diagnosticada.<br />

Os principais fatores de risco são:<br />

1-Antecedentes familiares e pessoais:<br />

- idade maior que 25 anos;<br />

- hipertensão arterial sistêmica;<br />

- obesidade com IMC pr<strong>é</strong> gravídico maior que 25 kg/m²;<br />

- antecedente de intolerância a glicose em gestação pr<strong>é</strong>via<br />

2- Antecedentes obst<strong>é</strong>tricos:<br />

- perdas gestacionais de repetição;<br />

- macrossomia;<br />

- obtos fetal ou neonatal sem causa definida;<br />

-má formação fetal;<br />

- hipoglicemia ou síndrome do desconforto respiratório pr<strong>é</strong> natal;<br />

3- Outros fatores:<br />

- excessivo ganho de peso materno na gestação vigente;<br />

-uso de drogas hiperglicemiantes como corticóides ou diur<strong>é</strong>ticos;<br />

- síndrome dos ovários policísticos;<br />

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O rastreamento de diabete gestacional <strong>é</strong> necessário quando:<br />

- glicemia de jejum maior ou igual a 85mg/ dl at<strong>é</strong> 125mg/dl associados ou não a fatores de<br />

risco<br />

-glicemia menor que 85mg/dl, mas com fatores de risco, portanto são considerados com<br />

rastreamento positivo sendo necessária a realização de curva glicêmica com sobrecarga oral<br />

de 75mg de glicose na 27ª semana de gestação.<br />

O teste de sobrecarga oral de 75g de glicose deve ser realizado após pr<strong>é</strong>vio preparo nos 3 dias<br />

que antecedem a curva.<br />

Sinonímia: teste de sobrecarga oral<br />

Material: plasma fluoretado<br />

Exames afins: Glicemia<br />

Preparo: Jejum de 8 a 12 horas<br />

Interpretação:<br />

Rastreamento negativo: glicose inferior a 85mg/dl. Pontos de corte para valores glicêmicos<br />

são:<br />

Jejum 95mg/dl<br />

1 hora após sobrecarga 180mg/dl<br />

2 horas após sobrecarga 155mg/dl<br />

Quando dois ou mais valores são atingidos ou ultrapassados, a gestante deve ser considerada<br />

como portadora de DMG.<br />

DHEA:<br />

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O DHEA <strong>é</strong> produzido pelas supra renais e gônadas nas mulheres saudáveis e homens , o córtex<br />

adrenal <strong>é</strong> o sitio de produção exclusivo do DHEA e DHEA-S. È muito utilizado quando se deseja<br />

avaliar a origem adrenal dos cetoesteróides.<br />

A excessiva produção do DHEA, leva ao hirsutismo e virilização via conversão para testosterona<br />

e androstenediona .<br />

Sinonímia: Dehidroepiandrosterona, androsterolona, 3-beta-hidroxi-5-androsten-17-ona<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: cortisol, androstenediona, testosterona, SDHEA, cromatografia de andrógenos<br />

urinários.<br />

Preparo:Jejum de 6 horas<br />

Interferentes: Hemólise e lipemia<br />

Drogas que aumentam: clomifeno, ACTH<br />

Drogas que diminuem: danazol, andrógenos, cetocanazol, ampicilina (durante a gravidez)<br />

Interpretação: esteróide de origem adrenal, marcador de hiperprodução androgênica pelas<br />

glândulas adrenais (acne, hirsutismo, e virilização)<br />

Aumento: tumor de adrenal, D. de Cushing, hiperplasia adrenal congênita, adrenarca<br />

prematura, esquizofrenia, obesidade.<br />

Diminuição: D. de Addison, anorexia nervosa.<br />

ELETROFORESE DE PROTEÍNAS:<br />

É usada como triagem de anormalidades nas proteínas s<strong>é</strong>ricas.Em um soro normal,<br />

usualmente, 5 bandas (albumina, alfa1, alfa2, beta e gama) são visíveis. È útil na caracterização<br />

das dispoproteinemias das quais as mais comuns são: hipoalbuminemia,<br />

hipogamaglobulinemia, hipergamaglobulinemia policlonal e monoclonal.<br />

Sinonímia: Proteinograma, proteinograma eletrofor<strong>é</strong>tico<br />

Material: soro<br />

Exames afins: Proteinúria, Proteína e Bence-Jones, Provas de função hepática<br />

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Preparo: Jejum de 4 horas<br />

ELETROFORESE DE LIPOPROTEÍNAS:<br />

Os lipídeos circulam no plasma combinados a proteínas (lipoproteínas). As lipoproteínas<br />

podem ser separadas por eletroforese, recebendo nomes de acordo com sua mobilidade: HDL<br />

(alfa-lipoproteína)migram com as alfa 1-globulinas; LDL (beta lipoproteínas) migram com as<br />

betas globulinas; VLDL (pr<strong>é</strong>- betaliproproteínas) migram com as alfa-2 globulinas, e<br />

quilomicrons. É útil no diagnóstico das dilipidemias primárias e secundárias, Fenotipagem<br />

das hiperlipoproteínemias segundo Fredrickson.<br />

Sinonímia: Lipidograma, Lipidograma eletrofor<strong>é</strong>tico, fenotipagem das lipoproteínas<br />

Material: soro ou plasma com Edta<br />

Exames afins: Colesterol total e frações, Triglicerídeos<br />

Preparo:<br />

at<strong>é</strong> 1 ano: jejum de 3 a 4 horas<br />

de 1 a 5 anos: jejum de 6 a 8 horas<br />

de 6 a 10 anos: jejum de 10 a 12 horas<br />

acima de 10 anos: jejum de 12 a 14 horas<br />

ELETROFORESE DE HEMOGLOBINA :<br />

É importante no diagnóstico para o estudo das anemias hemolíticas e talassemias. A principal<br />

hemoglobina dos adultos <strong>é</strong> a Hba, com pequenas quantidades de HbA2 e HbF predomina ao<br />

nascimento e seus níveis diminuem at<strong>é</strong> os 6 meses de idade. As anormalidades da síntese da<br />

hemoglobina são divididas em 3 grupos: 1- produção de mol<strong>é</strong>cula anormal (ex: drepanocitose);<br />

2-redução da quantidade de proteína normal (ex: talassemia); 3- anormalidade de<br />

desenvolvimento (ex: persistência e hemoglobina fetal). É útil no diagnóstico diferencial das<br />

hemoglobinopatias. Algumas outras hemoglobinas identificáveis a eletroforese são: F:fetal,<br />

S:falciforme, C,D,Ge E. Frações que migram juntas na mesma posição (importante para<br />

diagnóstico diferencial): A2, C e E; F e G; S e D.<br />

Sinonímia: Estudo das hemoglobinas, pesquisa de hemoglobinopatias<br />

Material: sangue total com Edta ou heparina<br />

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Exames afins: hemograma, reticulócitos, falcização<br />

Preparo: Jejum de 4 horas<br />

ESPERMOGRAMA:<br />

A realização do espermograma tem como aplicações, principalmente, a avaliação das<br />

glândulas seminais, da fertilidade e monitoramento pós-vasectomia. Al<strong>é</strong>m de esclarecer<br />

infecções neste local.<br />

A coleta e análise do sêmen precisam ser criteriosamente realizados.<br />

Al<strong>é</strong>m das avaliações físico-químicas, microscópicas e morfológicas dos espermatozóides,<br />

podem ser realizadas tamb<strong>é</strong>m avaliações imunológicas, bioquímicas e hormonais.<br />

Preparo e coleta do sêmen:<br />

Confiabilidade dos parâmetros analisados dependem destes procedimentos, sendo os mais<br />

importantes:<br />

Abstinência sexual: O ideal <strong>é</strong> uma abstinência sexual de 5 (cinco) dias, podendo variar<br />

de no mínimo 2 (dois) e no máximo 7 (sete) dias;<br />

A coleta deve ser feita preferencialmente no laboratório – geralmente os laboratórios<br />

oferecem uma sala isolada com uma poltrona confortável, algumas revistas ou vídeos<br />

de material pornográfico onde o paciente entra neste local com o frasco rotulado com<br />

seu nome e material que vai ser coletado (esperma), e depois de coletado ele coloca<br />

em uma pequena janela para que a pessoa que vá pegar este material não veja o<br />

paciente evitando constrangimento.<br />

Se for coletar em casa o que não <strong>é</strong> aconselhável, encaminhar a amostra no prazo máximo de 1<br />

hora;<br />

Antes da coleta, realizar higiene das mãos e pênis;<br />

A amostra deve ser coletada por masturbação em frascos limpo, de vidro ou plástico,<br />

de boca larga, fornecido, pelo laboratório;<br />

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Não utilizar m<strong>é</strong>todos alternativos para obtenção do sêmen (em caso de coleta em<br />

casa) como, por exemplo, relação sexual interrompida (interrompe a relação quando<br />

vai ejacular e colhe o material);<br />

Evitar perda do material durante a coleta. Fechar imediatamente o frasco após a<br />

coleta, para evitar alcalinização;<br />

Recomendar ao paciente a não utilização de preservativos de látex durante a coleta;<br />

É indispensável informar o horário da coleta;<br />

O jejum não <strong>é</strong> obrigatório, exceto quando solicitado a dosagem de frutose, pois níveis<br />

ESTRADIOL:<br />

elevados de glicose podem interferir na dosagem.<br />

O 17-beta estradiol <strong>é</strong> o estrogênio mais ativo e importante na mulher em idade reprodutiva. O<br />

estradiol <strong>é</strong> medido para estudo dos casos de amenorr<strong>é</strong>ia e como guia de monitoração do<br />

desenvolvimento folicular durante a indução da ovulação. É tamb<strong>é</strong>m produzido pelas<br />

glândulas adrenais, testículos e pela conversão perif<strong>é</strong>rica da puberdade precoce feminina,<br />

doença hepática e ginecomastia masculina. Em mulheres menopausadas, a estrona mais do<br />

que o estradiol, <strong>é</strong> o estrogênio circulante predominante.<br />

Informações necessárias:<br />

-Para mulher perguntar:<br />

- regularidade menstrual (duração do ciclo). Se irregular há quanto tempo se tornou irregular e<br />

se <strong>é</strong> necessário o uso de medicamentos para que ocorra a menstruação, data da ultima<br />

menstruação;<br />

- gravidez, idade gestacional,<br />

- uso atual ou pr<strong>é</strong>vio de anticoncepcional ou outros hormônios, e tempo de interrupção se<br />

uso pr<strong>é</strong>vio,<br />

-Para criança perguntar:<br />

- atraso de desenvolvimeto puberal;<br />

-atraso no crescimento;<br />

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- desenvolvimeto puberal precoce, menstruação (se feminino)<br />

Sinonímia: E2, Estradio 17 beta, 17-beta-diol<br />

Material: soro ou plasma heparinizado<br />

Exames afins: Progesterona, FSH,LH,Estriol, Estrona, Estrogenos urinários<br />

Preparo: Jejum de 8 horas<br />

FALCIZAÇÃO DE HEMÁCIAS:<br />

É usado no diagnóstico da anemia falciforme . Esta prova, tamb<strong>é</strong>m chamada de teste de<br />

hemoglobina S, <strong>é</strong> usado para detectar c<strong>é</strong>lulas falciformes que estejam gravemente<br />

deformadas, glóbulos vermelhos rígidos que possam diminuir o fluxo sangüíneo. O traço<br />

falciforme (Hb S) <strong>é</strong> encontrada quase que exclusivamente em pessoas com ascendência<br />

africana. Vários fatores interferem na sensibilidade e reprodutibilidade do teste, entre os quais<br />

se destacam a proporção entre os volumes de sangue e da droga redutora, falha na vedação<br />

do microambiente, e tempo de reação.<br />

Sinonímia: Prova de falcização<br />

Material: sangue total com Edta<br />

Exames afins: Eritrograma, eletroforese de hemoglobina<br />

Valores de referencia: Negativo<br />

M<strong>é</strong>todo: Incubação de hemácias com metabissulfito de sódio a 2 %<br />

Preparo: Jejum de 4 horas<br />

FATOR ANTI-NUCLEO – FAN:<br />

É utilizado no diagnostico de doenças reumatológicas principalmente LES onde a positividade<br />

chega a 95% em pacientes não tratados. Podem ocorrer reações falso positivas no Lupus<br />

induzido por medicamentos, esclerodermia, S de Sjogren,polimiosite, dermatomiosite,<br />

proliartrite reumatóide. Elevações transitórias do FAN podem ocorrer em pacientes com<br />

infecções virais.<br />

Sinonímia: Fan, anticorpos anti-nucleares<br />

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Material: Soro<br />

Exames afins: Celulas LE, anti- Dna, anti-Ena<br />

Preparo: Jejum de 10 a 12 horas<br />

FERRITINA:<br />

È utilizado no diagnóstico e seguimento de anemias ferroprivas e hemocromatose. A dosagem<br />

de ferritina reflete o nível de estoque celular de ferro. Pode estar aumentada em etilistas<br />

ativos e em indivíduos com outras doenças hepáticas como hepatite auto imune e hepatite C,<br />

hemocromatose ediopatica, hemosiderose pós-transfusional, infarto do miocárdio,<br />

hepatocarcionoma. A ferritina <strong>é</strong> um reagente de fase aguda.<br />

Sinonímia: Apoferritina, alfa 2 globulina<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: ferro s<strong>é</strong>rico, transferrina, siderofilina,tgo, eritograma<br />

Preparo: Jejum de 8 horas<br />

FERRO SÉRICO:<br />

A determinação do ferro s<strong>é</strong>rico (FS) <strong>é</strong> usado no diagnóstico diferencial de anemias,<br />

hemocromatose e hemossiderose. Níveis baixos ocorrem na anemia ferropriva,<br />

glomerulopatias, menstruação e fases inicias de remissão da anemia perniciosa. São descritas<br />

variações circadianas com valores baixos de FS a tarde. Pr<strong>é</strong>- menstruação pode elevar os níveis<br />

e caem na menstruação. Na gravidez há possibilidade de elevação inicial do ferro devido a<br />

progesterona e diminuição por aumento de sua necessidade. O uso de anticoncepcional pode<br />

elevar o nível de Ferro S<strong>é</strong>rico.<br />

Para uma avaliação mais completa sugere-se a dosagem de siderofilina, transferrina, índice de<br />

saturação e ferritina.<br />

Sinonímia: Fe, Dosagem marcial, sideremia, siderúria<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Siderofilina(transferrina), Ferritina, Eritograma<br />

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Valor de referencia: 50 a 150 ug/dl<br />

M<strong>é</strong>todo: colorim<strong>é</strong>trico automatizado<br />

Preparo: Jejum de 8 horas<br />

FOSFATASE ALCALINA:<br />

As fosfatases alcalinas estão presentes nas membranas celulares dos: ossos, fígado, intestino,<br />

placenta, rins e leucócitos. As isoenzimas hepáticas e ósseas representam 90% da fosfatase<br />

alcalina circulante. A fosfatase alcalina encontra-se elevada na obstrução biliar intra ou extra-<br />

hepática, hepatoma, metástases hepáticas, cirrose hepática, colangite, hepato-celular,D.de<br />

Paget, carcinoma renal, LES. Diminui no escorbuto, após irradiação, hipofosfatasia,<br />

acondroplasia, hipotiroidismo, D. celíaca.<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Bilirrubinas, TGO,TGP, GGT,hidroxiprolina urinária, izoenzimas da fosfatase<br />

alcalina.<br />

Valores de referências: Adultos: 27 a 100 U/L<br />

Preparo: Jejum de 4 horas<br />

M<strong>é</strong>todo: cin<strong>é</strong>tico<br />

FÓSFORO:<br />

Crianças: 75 a 390 U/L<br />

O organismo de um adulto contem 500 a 600g de fósforo amplamente distribuído. Os papeis<br />

biológicos do fósforo são:<br />

1- Conferem resistência estrutural ao osso quando combinado com o cálcio<br />

2- Participam como agente essencial no metabolismo energ<strong>é</strong>tico e no metabolismo dos<br />

carboidratos e gorduras<br />

3- Atuam como tampão no plasma e urina<br />

4- Mant<strong>é</strong>m a integridade celular<br />

5- Regulam a atividade de algumas enzimas<br />

6- Regulam o transporte do oxigênio<br />

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O fósforo esta elevado nos exercícios, hipovolemia acromegalia, hipoparatireodismo,<br />

metástases ósseas, hipervitaminose D, sarcoidose, hepatopatias, embolia pulmonar,<br />

insuficiência renal e trombocitose. A diminuição ocorre com o uso de anti<strong>ácido</strong>s, diur<strong>é</strong>ticos,<br />

corticóides, glicose endovenosa, hiper alimentação, diálise, sepse, deficiência de vitamina D e<br />

desordens tubulares renais.<br />

Sinonímia: P. Pi. Fosforo inorgânico, Fosfato, Fosfatemia (HPO4)<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Cálcio, Fosfatase alcalina, Fosfatase ácida, Calciúria, Fosfatúria, PTH, Vitamina D<br />

Valores de referências: Adultos: 2,5 a 5,6 mg/dl<br />

Preparo: Jejum de 6 horas<br />

FATOR REUMATÓIDE:<br />

Crianças: 4,0 a 7,0 mg/dl<br />

Urina: 340 a 1.000mg/24 horas<br />

O fator reumatóide <strong>é</strong> um anticorpo, da classe IgM, dirigido contra IgG. É classicamente<br />

utilizado no diagnostico da artrite reumatóide, entretanto, algumas considerações devem ser<br />

realizadas na interpretação de seu resultado.<br />

Fator reumatóide <strong>é</strong> positivo em 5 a 10% da população saudável e em 25 % dos indivíduos<br />

maiores de 70 anos, doenças que cursam com aumento de gama globulinas podem causar<br />

falso-positivos biológicos (LES,Sindrome de Sjorgren, artritre reativa, gota, pseudogota,<br />

esclerodermia, polimiosite e polimialgia reumática).<br />

Esta presente em 10 a 40% dos portadores de infecções crônicas como sífilis lepra, brucelose,<br />

tuberculose, malaria, esquistossomose, tripanossomíase, hepatite viral, doença hepática<br />

crônica e endocardite).<br />

O fator reumatóide <strong>é</strong> negativo em 1/3 dos pacientes com artrite reumatóide, <strong>é</strong> positivo em<br />

menos de 50% dos casos nos primeiros 6 meses de doença.<br />

Sinonímia: Prova do látex, Fator do látex<br />

Material: Soro ou liquido sinovial<br />

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Exames afins: FAN, mucoproteínas, PCR, VHS, ASLO, alfa-1-glicoproteína ácida<br />

Valores de referências: at<strong>é</strong> 8 UL/ml<br />

M<strong>é</strong>todo: aglutinação<br />

Preparo: Jejum de 8 horas no caso de soro<br />

GAMA GT:<br />

É um marcador sensível de colestase hepatobiliar e do consumo de álcool. Na icterícia<br />

obstrutiva os níveis estão 5 a 50 vezes acima do normal. A gama GT duas vezes maior que o<br />

valor de referencia com razão TGO/TGP >2:1 sugere consumo alcoólico. Tamb<strong>é</strong>m se eleva nas<br />

neoplasias de fígado e tamb<strong>é</strong>m pode elevar durante o uso de ferritoina, fenobarbital,<br />

carbamazepina, ac. Valproico, estrógenos, clofribrato, e metronidazol.<br />

Sinonímia: GGT,Gama Glutamil Transferase<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: TGO,TGP,Fosfatase alcalina, Eletroforese de proteínas<br />

Valores de referências: Homens: < 55,0 U/L<br />

Preparo: Jejum de 6 horas<br />

GLICOSE:<br />

Mulheres: < 38,0 U/L<br />

O diagnóstico dos distúrbios no metabolismo da glicose depende da demonstração de<br />

alteração na concentração de glicose no sangue. As várias desordens do metabolismo dos<br />

carboidratos podem estar associadas com:<br />

1-aumento da glicose plasmática (hiperglicemia)<br />

2- redução da glicose plasmática (hipoglecemia)<br />

3- concentração normal ou diminuída da glicose plasmática acompanhada de excreção urinaria<br />

de açucares redutores diferentes da glicose (erros inatos do metabolismo da glicose).<br />

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Ocorre aumento da glicose no diabetes mellitus<br />

berib<strong>é</strong>ri,hemocromatose,pancreatite,acromegalia,S de cushing, feocromocitoma, epilepsia,<br />

hipertiroidismo, infecções agudas, traumatismo, tumor e hemorragia cerebral, encefalites,<br />

infarto do miocárdio, choque,câncer de pâncreas.<br />

A diminuição ocorre no hiperinsulinismo, excesso de insulinoterapia, tumor de pâncreas,<br />

tireotoxicose, hipotiroidismo, D. de Addison, carcinoma supra-renal, hipopituitarismo anterior,<br />

tumor de hipófise, cirrose hepática, hepatite infecciosa, D. de Van Gierke, hepatomas,<br />

esteatose hepática, desnutrição, vaquexia, drogas hipoglicemiantes.<br />

Sinonímia: Glicemia<br />

Material: Soro<br />

Exames afins:Curva glicêmica, curva insulinêmica, glicosúria, Hemoglobina Glicosilada<br />

Valores de referências: 60 a 110 mg/dl<br />

M<strong>é</strong>todo: enzimático colorim<strong>é</strong>trico<br />

Preparo: Jejum de 8 a 10horas<br />

GLICOSE PÓS PRANDIAL:<br />

A concentração de glicemia duas horas após a ingestão de 75g de glicose em solução aquosa a<br />

25% ( ou refeição contendo 75g de carboidratos) <strong>é</strong> de considerável utilidade na avaliação do<br />

diabetes. Normalmente, após a ingestão de carboidratos a glicose sanguínea tende a retornar<br />

ao normal dentro de duas horas.<br />

Fármacos, agentes químicos, desordens hormonais e dietas, devem ser considerados ao<br />

examinar os resultados. Os valores tamb<strong>é</strong>m tendem a crescer com a idade (10mg/dl por cada<br />

d<strong>é</strong>cada de vida após a idade de 40 anos). Algumas vezes, encontram-se concentrações acima<br />

de 200mg/dl em indivíduos idosos que não apresentam diabetes.<br />

Sinonímia: Glicemia pós prandial<br />

Material: plasma fluoretado<br />

Exames afins:Curva glicêmica, hemoglobina glicosilada, frutosamina<br />

Interferentes: hipoglicemiantes, bebidas alcoólicas<br />

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M<strong>é</strong>todo: enzimático colorim<strong>é</strong>trico<br />

Valores de referências: at<strong>é</strong> 140 mg/dl, duas horas após a refeição<br />

Preparo:<br />

O paciente deve alimentar-se com refeição contendo ao menos 50g de carboidratos. A<br />

refeição mais pratica <strong>é</strong> o almoço. Não ingerir bebidas alcoólicas durante essa refeição.<br />

HORMONIO LUTEIZANTE- LH:<br />

O LH <strong>é</strong> o hormônio estimulador das c<strong>é</strong>lulas intersticiais nos ovários e nos testículos. No sexo<br />

feminino seu grande aumento no meio do ciclo induz a ovulação. Se for dosado de maneira<br />

seriada, pode determinar a data da ovulação. Tamb<strong>é</strong>m utilizado no diagnostico da puberdade<br />

precoce.<br />

Níveis aumentados de LH com FSH normal ou baixo podem ocorrer com obesidade,<br />

hipertiroidismo e doença hepática. Eleva-se nas patologias primariamente gonodais,<br />

mostrando-se em níveis baixos nos hipogonadismos de origem hipofisaria e hipotalâmica. Na<br />

síndrome dos ovários policísticos pode encontrar-se em valores acima do normal, com a<br />

relação LH/FSH maior que dois. Eleva-se na menopausa mais tardiamente que o FSH.<br />

Para mulher questionar:<br />

-regularidade menstrual (duração do ciclo), se irregular há quanto tempo se tornou irregular e<br />

se <strong>é</strong> necessário uso de medicamentos, para que ocorra a menstruação, data da ultima<br />

menstruação.<br />

-gravidez, idade gestacional,<br />

-uso atual ou pr<strong>é</strong>vio de anticoncepcional ou outros hormônios e tempo de interrupção se uso<br />

pr<strong>é</strong>vio.<br />

Para crianças:<br />

-atraso de desenvolvimento puberal<br />

-atraso de crescimento<br />

-desenvolvimento puberal precose, menstruação (se feminino)<br />

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Sinonímia: LH, luteotropina<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: FSH, estriol, progesterona, estimulo de lh com LhrH((GNRH)<br />

Preparo: Jejum de 8 horas<br />

Interferentes: Descongelamentos repetidos, gravidez alto níveis de Beta-HCG interferem com<br />

a dosagem de LH dando resultados falso/ elevados.<br />

HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE- FSH:<br />

O FSH estimula os folículos ovarianos na mulher e a espermatogênese no homem. É secretado<br />

pela hipófise. Encontra-se em nível relativamente elevado no primeiro ano de vida<br />

decrescendo a níveis muitos baixos durante a infância e elevando-se na puberdade at<strong>é</strong> níveis<br />

de adulto. O FSH eleva-se nas deficiências ovarianas ou testiculares, tumores hipofisários<br />

secretores de gonadotrofina, alcoolismo e menopausa. .<br />

A diminuição aparece na deficiência hipotalâmica ou hipofisarias e na produção de ectópica de<br />

hormônios esteróides. É dosado principalmente por mulheres submetidas a fertilização in vitro<br />

e crianças avalecidas para puberdade precose.<br />

Sinonímia: FSH, Folitropina<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: LH, Progesterona, Estradiol, Estimulo de FSH após LHRH<br />

Preparo: Jejum de 8 horas<br />

Informações necessárias:<br />

Para mulher:<br />

- Regularidade menstrual (duração do ciclo) se irregular há quanto tempo se tornou irregular e<br />

se <strong>é</strong> necessário uso de medicamentos para que ocorra a menstruação e data da ultima.<br />

Para criança:<br />

- atraso do desenvolvimento puberal<br />

-atraso do crescimento<br />

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-desenvolvimento puberal precoce, menstruação (se feminino)<br />

HEMOGLOBINA GLICOSILADA:<br />

A medida da glicohemoglobina <strong>é</strong> a mais importante ferramenta para a monitoração do pacinte<br />

diab<strong>é</strong>tico, não deve, entretanto ser usada para o diagnostico do diabetes mellitus.<br />

A glicohemoglobina <strong>é</strong> formada em duas etapas: o primeiro passo <strong>é</strong> a formação de uma aldimia<br />

instável (Hba1 lábil ou pr<strong>é</strong> HbA1C). Durante a circulação do eritrócito, essa <strong>é</strong> convertida em<br />

uma forma cetoamida estável (HbA1C). A taxa de produção <strong>é</strong> dependente do nível de glicose<br />

sanguínea e da vida media das hemáceas (tipicamente 120 dias). Dessa forma, reflete os<br />

valores integrados da glicose correspondentes as ultimas 6 a 8 semanas.fatores que alteram a<br />

sobrevida dos eritrócitos são possíveis interferentes da dosagem de glicohemoglobina.<br />

Deficiência de ferro pode levar a uma sobrevida maior das hemácias com conseqüente<br />

aumento da sua glicosilação. Anemias hemolíticas podem diminuir a meia vida dos eritrócitos<br />

com diminuição dos níveis de glicohemoglobina. Nesses casos <strong>é</strong> recomendada o<br />

acompanhamento desses pacientes pela dosagem de frutosamina.<br />

Sinonímia: HbA1C, HbA1 estável<br />

Material: Sangue com EDTA<br />

Exames afins:Glicemia, GTT, Proteina glicosilada, frutosamina<br />

Valores de referências: Não diab<strong>é</strong>ticos: 4,4 a 6,7 %<br />

HEMOGRAMA:<br />

Diab<strong>é</strong>ticos com bom controle: 6,7 a 7,3%<br />

Diab<strong>é</strong>ticos com controle regular: 7,3 a 9,1 %<br />

Diab<strong>é</strong>ticos com controle ruim: acima de 9,1%<br />

Preparo: Jejum de 4 horas<br />

Constitui importante exame de auxilio diagnostico para doenças hematológicas e sistêmicas.<br />

Rotineiramente indicado para avaliação de anemias, neoplasias hematológicas, reações<br />

infecciosas e inflamatórias, acompanhamento de terapias medicamentosas e avaliação de<br />

distúrbios plaquetários. Fornece dados para classificação das anemias de acordo com<br />

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alterações na forma, tamanho, cor e estrutura das hemácias e conseqüentemente<br />

direcionamento diagnóstico e terapêutico. Orienta na diferenciação entre infecções viróticas e<br />

bacterianas, parasitoses, inflamações, alergias, intoxicações e neoplasias atrav<strong>é</strong>s das<br />

contagens global e diferencial dos leucócitos e avaliação morfológica dos mesmos. Atrav<strong>é</strong>s de<br />

avaliação quantitativa e morfológica das plaquetas segure o diagnostico de patologias<br />

congênitas e adquiridas<br />

Sinonímia: Hematológico, Hemograma de Schiling<br />

Material: Sangue com EDTA<br />

Exames afins:Contagem de plaquetas, VHS, leucograma, eritograma,reticulócitos, mielograma<br />

Preparo: Jejum não necessário.<br />

HEPATITE A:<br />

O vírus da hepatite A <strong>é</strong> um RNA vírus de transmissão fecal-oral, por contato interpessoal, água<br />

ou alimentos contaminados. Período de incubação varia de 10 a 50 dias, sendo a infecção<br />

subclínica em 90% dos menores de 5 anos e 70 a 80% dos adultos.<br />

Anti-HVA-Igm- <strong>é</strong> um marcador de fase aguda, surge concomitantemente com o<br />

desaparecimento do antígeno viral e permanece por 3 a 6 meses.<br />

Anti-HVA-IgG <strong>é</strong> detectado logo após anti HVA IgM e seus títulos aumentam gradualmente com<br />

a infecção, persistindo por toda a vida e indicando imunidade.<br />

A resposta imunológica a vacina contra a hepatite A <strong>é</strong> fundamentalmente do tipo IgG, sendo<br />

que o Anti HVA IgG pode não ser detectado após a vacinação, uma vez que os títulos de<br />

anticorpos induzidos pela vacina são mais baixos que os induzidos pela infecção natural.<br />

Sinonímia: Anti-HAV IgM<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Anti HVA IgG, HbsAg, Anti-Hbs,Anti-Hbc, TGO,TGP,Bilirrubinas<br />

Preparo: Jejum não obrigatório<br />

HEPATITE B:<br />

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O Vírus da hepatite B (HBV) <strong>é</strong> transmitido por via sanguínea, relações sexuais e via vertical. O<br />

quadro clássico de desenvolve após período de incubação de 1,5 a 3 meses ( 6 a 8 semanas).<br />

Na ausência de complicações a infecção se resolve em 2 semanas a 6 meses após a fase aguda,<br />

sendo paralela a depuração do antígeno viral do sangue e seguida do surgimento do anti Hbs.<br />

Sinonímia: HBV<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: anti-HVA,anti-HCV<br />

Preparo: Jejum não obrigatório<br />

HEPATITE B- Anti- HBc IgG e IgM:<br />

São anticorpos contra o antígeno da core. O anti HBc IgM surge ao mesmo tempo que as<br />

alterações das transaminases. Na infecção aguda (1 a 2 semanas após o HbsAg ) e rapidamente<br />

alcança títulos elevados. No 4 a 6 meses subseqüente, anti HBC-Igm predomina com queda<br />

moderada e aumento dos títulos de Anti-Hbc IGm. Em infecções auto limitadas, o Anti-Hbc IgM<br />

se torna indetectável em poucos meses. Pode ser o único marcador da hepatite na janela entre<br />

o desaparecimento do HbsAg e surgimento do anti-HBs. Após um período de 4 a 6 meses todo<br />

anti-HBc <strong>é</strong> do tipo IgG e persiste para toda a vida em 90% dos pacientes. Este anticorpo não<br />

confere imunidade.<br />

Sinonímia: Anti- HBc IgM<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Anti-HBC total, HBsAg, Anti-HBS, HBeAg,AntiHbe total, Tgo, Tgp, Bilirrubinas.<br />

Preparo: Jejum de 8 horas.<br />

HEPATITE B- Anti HBe:<br />

O anti HBe surge na recuperação da infecção aguda, após o antígeno HBeAg não mais ser<br />

detectado. Pode ser detectado por muitos anos após a recuperação da infecção por HBV. Em<br />

um portador de HBV, um resultado positivo de anti HBe usualmente indica inatividade do vírus<br />

de baixa infecciosidade.<br />

Sinonímia: Anti-HBE total (IgG+IgM)<br />

Material: Soro<br />

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Exames afins: HbsAg, Anti-Hbc total(IgG+IgM),Anti Hbs, HbeAg,tgo,tgp, bilirrubinas<br />

Preparo: Jejum não necessário<br />

HEPATITE B- ANTI HBS:<br />

A presença deste anticorpo representa infecção passada com resolução de cura e imunidade<br />

contra HBV. Este anticorpo deve aparecer a partir da 20ª semana e antes da 24ª após o<br />

contagio. O seu não aparecimento pode ser mau prognosticado na evolução da hepatite B.<br />

Aparece tamb<strong>é</strong>m em 83% dos vacinados contra hepatite B, e 17% não aparece.<br />

Sinonímia: Anticorpo da superfície do vírus da hepatite B<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: HbsAg, Anti-Hbc total(IgG+IgM),Anti Hbs, HbeAg,tgo,tgp, bilirrubinas<br />

Preparo: Jejum não necessário<br />

HEPATITE B- HBeAg:<br />

O antígeno ´´e´´ <strong>é</strong> detectável no sangue ao mesmo tempo que o HBsAg. Sua presença derrota<br />

replicação viral e enfecciosidade. Na evolução para formas crônicas, com HBsAg persistindo<br />

por mais de 6 meses, a presença do HBeAg geralmente corresponde a um prognostico de<br />

maior gravidade.<br />

Sinonímia: Antigeno e da hepatite B, antígeno do envelope do vírus da hepatite B<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: HbsAg, Anti-Hbc total(IgG+IgM),Anti Hbs, HbeAg,tgo,tgp, bilirrubinas<br />

Preparo: Jejum não necessário<br />

HEPATITE B- HBSAg-ANTÍGENO AUSTRALIA :<br />

O HBSAg pode tornar-se positivo a partir da 3ª semana após o contagio, ainda no período de<br />

incubação, duas a seis semanas antes das alterações da AlT e duas a cinco semanas antes dos<br />

sinais e sintomas. Ocasionalmente pode ser detectado após 12 semanas. Nos casos agudos e<br />

auto-limitados, o HBSAg usualmente desaparece em 1 a 2 meses após inicio dos sintomas.<br />

Após 20 semanas a persistência do HBSAg após infecção primaria prediz persistência de<br />

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positividade indefinidamente. Um resultado de HBSAg positivo deve sempre ser confirmado e<br />

completado com outros marcadores de infecção.<br />

Sinonímia: Antígeno Australia<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: HbsAg, Anti-Hbc total(IgG+IgM),Anti Hbs, HbeAg,tgo,tgp, bilirrubinas<br />

Preparo: Jejum não necessário<br />

HEPATITE C:<br />

O vírus da hepatite C freqüentemente causa infecção assintomática, mas em torno de 70% dos<br />

infectados evoluem para forma crônica. Cerca de 20% desses evoluirão para cirrose após 20<br />

anos de infecção. A janela imunológica tem sido descrita como de ate 6 meses, mas ensaios de<br />

terceira geração, podem reduzir esse tempo para seis a nove semanas. Resultados falso-<br />

positivos podem ocorrer em grávidas. Vacinação para influenza, hipergamaglobulinemia, fator<br />

reumatóide e doenças reumáticas. Cerca de 50% dos doadores com anti HCV positivo, são<br />

falso- positivos.<br />

Sinonímia: Anti-HCV, Hepatite A e não B<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: tgo,tgp, bilirrubinas, marcadores virais para hepatite A, e B<br />

Preparo: Jejum não necessário<br />

Interferentes: Hemólise<br />

HIV- SOROLOGIA:<br />

A infecção pelo vírus HIV 1 e 2 leva a Síndrome da Imunofluorecência Adquirida- SIDA. Testes<br />

de triagem como Elisa, Elfa, e Meia devem ser confirmados por ensaios mais específicos<br />

(western Blot ou Imunofluosrescência ). Falsos positivos podem ocorrer em testes<br />

imunoenzimáticos nos pacientes com anticorpos anti-HLADR-4, outras viroses, vacinados pela<br />

influenza, hepatites alcoólicas , portadores de distúrbios imunológicos, neoplasias. Filhos de<br />

mãe HIV positivo tem anticorpos maternos, não sendo pois a sorologia definitiva no<br />

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diagnostico. Os testes imunoenzimáticos tem sensibilidade em torno de 98%. Indivíduos de<br />

alto risco , com um teste enzimático positivo, tem valor preditivo positivo de 99%.<br />

Os testes imunoenzimáticos positivos de forma isolada, não podem ser considerados como<br />

diagnóstico de infecção pelo HIV, sendo necessário a realização de Western Blot ou reação em<br />

cadeia da polimerase(PCR).<br />

Sinonímia: Sorologia para AIDS, Sorologia para SIDA<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Relação CD4/CD8, testes cutâneos de imunidade , imunoblot, western Blot<br />

Preparo: Jejum de 8 horas<br />

IMUNOGLOBULINAS:<br />

As dosagens de imunoglobulinas são úteis nos estudos das gamopatias monoclonais,<br />

gamopatias policlonais, imunodeficiência congênitas e adquiridas.<br />

IGG:<br />

É a principal imunoglobulina podendo estar elevada no mieloma IgG, sarcoidose, doença<br />

hepática crônica, doenças autoimunes e infecções. A IgG pode estar diminuída na<br />

imunodeficiência adquirida, deficiências congênitas, gestação, síndromes perdedoras de<br />

proteínas, macro-globunemia de waldenstron, mieloma não secretor de IgG.<br />

Sinonímia: Imunoglobulina IgG<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Imunoglobulinas, Imuno eletroforese<br />

Preparo: Jejum 8 horas<br />

IGM:<br />

É a primeira imunoglobulina a surgir na resposta imunológica. A IgM avalia a imunidade<br />

humoral e <strong>é</strong> utilizada para estabelecer diagnostico e acompanhamento da terapia das<br />

macroglobulinemia de waldestron ou mieloma. Há um aumento de IgM na cirrose biliar<br />

primaria e fatores reumatóides.<br />

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Sinonímia: Imunoglobulina IgM<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Imuno eletroforese, eletroforese de proteínas, crioglobulinas<br />

Preparo: Jejum 8 horas<br />

IGA:<br />

A IgA <strong>é</strong> a imunoglobulina que surge na imunodeficiência congênita ou adquirida de IgA<br />

Sinonímia: Imunoglobulina IgA<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Imunoeletroforese, IgA Salivar, IgG,IgM,IgE<br />

Preparo: Jejum 8 horas<br />

IGE:<br />

A imunoglobulina IgE <strong>é</strong> um indicador da presença de alergias como asma, renite al<strong>é</strong>rgica,<br />

urticária, e eczema ou doenças parasitárias. Os testes sanguíneos de alergia são a IgE total<br />

total e IgE específico para al<strong>é</strong>rgonos isolados ou em conjunto (múltiplos).<br />

IgE total: em crianças com ate 3 anos de idade <strong>é</strong> bom indicador da presença de alergia. Após<br />

esta idade IgE total pode elevar-se devido a parasitoses intestinais e contatos mais intensos<br />

com outros alergenos, não tendo valor diagnostico. Tamb<strong>é</strong>m eleva-se em outras condições<br />

como imunodeficiências, síndrome hiper IgE e na aspergilose broncopulmonar. A dosagem de<br />

igE total s<strong>é</strong>rica, de forma isolada, apresenta valor limitado como m<strong>é</strong>todo de triagem de<br />

doenças alergológicas pois muitos pacientes com níveis elevados de IgE especifico apresentam<br />

níveis de IgE normal.<br />

IgE especifico: <strong>é</strong> utilizado no diagnostico de alergias respiratórias cutâneas e alimentos ,<br />

picadas de insetos, ácaros, pólen, pó domiciliar e na hipersensibilidade a drogas. Não há a<br />

interferência de anti-histaminicos. Podem ser realizados IgE múltiplos para vários alergenos de<br />

forma conjunta. O grau de positividade do IgE múltiplos não pode ser comparado com os<br />

resultados de um teste IgE especifico isolado, e não deve ser interpretado como cumulativo do<br />

grau de positividade de cada um dos IgE específicos.<br />

Sinonímia: Imunoglobulina IgE<br />

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Material: Soro<br />

Exames afins: Imunoeletroforese, IgG,IgA, IgM<br />

Preparo: Jejum 8 horas<br />

MUCOPROTEÍNAS (SEROMUCÓIDES):<br />

As proteínas plasmáticas, a excreção das imunoglobulinas e hormônios e hormônios prot<strong>é</strong>icos,<br />

são sintetizados no fígado e chegam a corrente sanguínea, circulando entre o sangue e os<br />

espaços extra celulares.<br />

As mucoproteínas são glicoproteínas que apresentam como principal constituinte s slfs-<br />

glicoproteína acida que <strong>é</strong> sintetizada nos hepatócitos. Há um aumento nos processos<br />

inflamatórios agudos e crônicos, infecções, artrite reumatóide, lúpus, tumores e neoplasias<br />

metasticas, infarto agudo do miocárdio, queimaduras. Diminui nas hepatopatias e S.nefrótica.<br />

Sinonímia: Mucoproteínas<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Alfa 1 anti-tripsina, PCR, Haptoglobina<br />

Preparo: Jejum de 4 horas<br />

Valor de referência: em tirosina: 2,4 a 4,5mg/dl<br />

PARASITOLOGICO:<br />

Utilizado para a identificação das diversas infestações parasitárias (ovos e larvas de helmintos<br />

e cistos de protozoários) e na triagem das infecções intestinais. A intensidade do parasitismo<br />

influi no numero de formas parasitárias eliminadas. É recomendável o exame de fezes em três<br />

amostras colhidas em dias alternados, pois a ausência de parasitas em amostra de fezes não<br />

elimina a possibilidade da presença do mesmo no organismo .<br />

Os m<strong>é</strong>todos utilizados para a identificação parasitária são: m<strong>é</strong>todo HPJ (Hoffman, Pons e<br />

Janes), m<strong>é</strong>todo de Baersmnann, m<strong>é</strong>todo M.IF, m<strong>é</strong>todo direto a fresco e swab anal.<br />

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POTÁSSIO:<br />

O potássio <strong>é</strong> um cátion predominantemente intra-celular com concentração em torno de<br />

150mEq/L enquanto os níveis s<strong>é</strong>ricos estão em torno de 4mEq/L. Esta diferença <strong>é</strong> importante<br />

na manutenção do potencial el<strong>é</strong>trico na membrana celular e na excitação do tecido neuro<br />

muscular. Mesmo pequena alterações no teor de potássio extra celular afeta profundamente<br />

as funções do sistema cardiovascular e neuromuscular.<br />

O potássio tem duas funções fisiológicas principais:<br />

1- Atua na regulação de muitos processos metabólicos celulares<br />

2- Participa na excitação neuro muscular, isso não se deve somente a concentração do<br />

potássio, mas tamb<strong>é</strong>m a relação do teor de potássio intra e extra celular que <strong>é</strong><br />

determinante potencial da membrana;<br />

Há um aumento de potássio na administração de sais de K ou penicilina G potassica, a<br />

olig<strong>úrico</strong>s, transfusão de sangue estocado muito tempo,choque, destruição celular por<br />

esmagamento, hemólise, convulsões, t<strong>é</strong>tano, drogas anti-leucemias, insuficiência renal<br />

aguda, insuficiência supra renal, hipoaldoterismo primário, paralisia hipercalcêmica<br />

familiar periódica, acidose, infecções crônicas, uso de espirinolactona com K.<br />

O potássio diminui na falta de ingestão de K, diluição dos lÍquidos extracelulares , S. de<br />

Cushing. Hiperaldoterismo primário, clorotiazida e derivados mercuriais, fase crônica das<br />

grandes queimaduras, nefropatias perdedoras de K, diabete insípido, diarr<strong>é</strong>ia, vômitos,<br />

fistulas digestivas<br />

Sinonímia: K, Potassemia, Palemia, Kalemia<br />

Material: Soro ou urina de 24 horas<br />

Exames afins: Sódio, potássio, ur<strong>é</strong>ia e creatinina<br />

Preparo: Jejum de 4 horas<br />

PROGESTERONA:<br />

A progesterona <strong>é</strong> um hormônio sexual esteróide produzido pelo corpo lúteo, durante a<br />

segunda metade do ciclo menstrual, em mulheres não grávidas, pela placenta em grandes<br />

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quantidades na mulher grávida, e pelo córtex supra renal em menor escala, mas em ambas as<br />

fases.<br />

A dosagem de progesterona <strong>é</strong> indicada na avaliação da irregularidade menstrual, de<br />

amenorr<strong>é</strong>ia primaria ou secundaria, nos casos de aborto, onde os níveis reduzidos de<br />

progesterona podem indicar má formação do corpo lúteo (aborto endócrino). Na investigação<br />

da função placentária e nos distúrbios relacionados a síndrome pr<strong>é</strong> menstrual (irritabilidade,<br />

etc).<br />

Os valores encontram-se elevados no: cisto do corpo lúteo, corioepitelioma ovariano, gravidez<br />

molar, hiperplasia supra renal (congênita, masculina) neoplasias ovarianas, puberdade<br />

precoce, tecido placentário (retirado pós parto) e tumores ovarianos lipídicos.Fármacos:<br />

estrógenos, hormônios cortiço-supra renais e progesterona.<br />

Valores reduzidos: ameaça de aborto, amenorr<strong>é</strong>ia, morte fetal, anormalidades menstruais,<br />

deficiência luteinica, insuficiência ovariana, insuficiência placentária, pr<strong>é</strong> eclampsia, sindrome<br />

de Turner e toxemia da gravidez.<br />

Sinonímia: PGR 4 pregmen-3,20-diona<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Estradiol, LH , FSH<br />

Preparo: Jejum de 8 horas<br />

Interferentes: soros hemolisados, ict<strong>é</strong>ricos ou lipêmicos não são recomendados e<br />

descongelamentos.<br />

PROTEÍNA C REATIVA-PCR:<br />

É sintetizada no fígado, presente no plasma de pacientes com doenças agudas. A PCR <strong>é</strong> um<br />

marcador não especifico que eleva em resposta de fase aguda quando houver estimulo de<br />

lesão tecidual, infecção ou necrose celular associada com infarto ou malignidade. É usada para<br />

monitorar processos inflamatórios e diferenciar infecções virais das bacterianas.<br />

A PCR aumenta na febre reumática, infarto do miocárdio, estresse, trauma, infecções<br />

bacterianas e inflamações, hepatite viral.<br />

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Possivelmente pode aumentar na tuberculose ativa, gota, câncer, hanseníase, cirrose ativa,<br />

grandes queimaduras, peritonite, escarlatina, varicela, estado pós cirúrgico, uso de DIU.<br />

Sinonímia: PCR<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: ASLO, Látex, Fator reumatóide, VHS, Alfa-glicoproteína ácida<br />

Preparo: Jejum de 8 horas<br />

PROLACTINA:<br />

A prolactina <strong>é</strong> um hormônio prot<strong>é</strong>ico secretado pela hipófise anterior e pela placenta. Durante<br />

a gravidez, junto com outros hormônios, promove o desenvolvimento mamário para a<br />

produção de leite e estimula a produção de leite no período pós parto.<br />

A prolactina esta presente em mulheres não lactantes, homes e crianças com níveis s<strong>é</strong>ricos<br />

menores que os encontrados em mulheres grávidas.<br />

No homem a PRL inibe a espermatogênese, interrompendo a passagem de espermátide I para<br />

espermatide II. Tem tamb<strong>é</strong>m ação anti-testosterona e pode ser a causa de impotência e<br />

ginecomastia.<br />

A hipersecreção de prolactina pode ser causada por tumores hipofisários (prolactinoma e<br />

tumores que comprimem a haste hipofisária), doença hipotalâmica, estimulo mamilar, trauma<br />

do tórax, hipotiroidismo, insuficiência renal, exercício físico, estresse, alimentação e varias<br />

medicações (fluoxetina).<br />

A hiperprolactinemia inibe a secreção de LH e FSH, podendo levar ao hipogonadismo. A<br />

presença de macroprolactina deve ser considerada nos indivíduos assintomáticos com<br />

elevação da prolactina s<strong>é</strong>rica próxima de 100nanog/ml.<br />

Sinonímia: PRL<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: LH , FSH, Testosterona<br />

Preparo: Jejum de 8 horas<br />

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Interferentes: Descongelamentos repetidos<br />

PROTEÍNAS TOTAIS:<br />

A dosagem das proteínas totais <strong>é</strong> utilizada na avaliação do estado nutricional e na investigação<br />

de edemas.<br />

Aumento:<br />

Policlonal: processo infeccioso, cirrose biliar primaria, hepatite crônica ativa, cirrose portal,<br />

reações al<strong>é</strong>rgicas e asma.<br />

Monoclonal: mieloma múltiplo, tumores linfóides, macroglobulinemia de waldestrona, D. de<br />

cadeias pesadas, crioglobulinemia, amiloidose<br />

Diminuição:<br />

Hipogamaglobulinemia, defeitos na síntese prot<strong>é</strong>ica: Hepatopatias, desnutrição,<br />

hipoalbuminemia<br />

Sinonímia: Proteínas s<strong>é</strong>ricas totais, Proteinemia, Albumina + globulinas<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Estradiol, LH , FSH<br />

Valores de referências: 6,0 a 8,0 g/dl<br />

Preparo: Jejum de 4 horas (coleta matinal- efeito circadiano)<br />

Interferentes: Medicamentos, hemólise<br />

PROTEÍNURIA DE 24 HORAS:<br />

São utilizadas amostras de 24h ou 12 h sem preservativos e mantidas em refrigerador. Não<br />

sendo possível a determinação nas primeiras 48 horas após a coleta, deve-se misturar bem e<br />

separar uma alíquota. Amostras congeladas são estáveis por um ano. Há um aumento da<br />

proteínuria na: glomerulonefrite, S. nefrotica, nefrosclerose, infecção urinaria, litíase urinaria,<br />

tumores urológicos, trauma renal, trombose de veia renal ou cava, mieloma,<br />

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macroglobulinemia, pericardite constritiva, infecções sistêmicas agudas, febre tifóide, malária,<br />

sífilis, edema cerebral,leucemia, intoxicação por mercúrio, chumbo, etc.<br />

Sinonímia: Proteinas na urina, albumina+globulinas+fibrinogenio na urina<br />

Material: urina de 24hs<br />

Exames afins: Microalbuminuria, albuminuria, proteínas totais e frações, eletroforese de<br />

proteínas urinarias.<br />

PSA- ANTIGENO PROSTATICO ESPECIFICO :<br />

O antígeno prostático especifico (PSA) <strong>é</strong> uma protease produzido exclusivamente pelas c<strong>é</strong>lulas<br />

epiteliais e ductos da glândula prostática. O PSA <strong>é</strong> produzido tanto pelo tecido normal como<br />

pelo tecido prostático hiperplásico e neoplásico. No entanto, o tecido prostático canceroso,<br />

produz ao redor de dez vezes mais PSA que o tecido normal.<br />

O PSA <strong>é</strong> o mais efetivo marcador tumoral para o câncer prostático e <strong>é</strong> usado no lugar da<br />

fosfatase ácida prostática como auxiliar no diagnóstico deste câncer em virtude de sua origem<br />

exclusivamente glandular.<br />

O PSA demonstra um prognostico favorável quando os níveis estão estáveis ou em declínio,<br />

enquanto um mal prognostico <strong>é</strong> previsto com valores constantemente elevados. Relação<br />

usada para diagnostico diferencial entre hiperplasias benigna e tumor maligno de próstata;<br />

esta relação só deve ser empregada se o PSA total estiver entre 4,1 e 10ng/ml. Correlacionar<br />

com ultra-som, clinica e biopsia, se necessário.<br />

Tamb<strong>é</strong>m ocorrem aumentos inespecíficos: Prostatite aguda, adenoma e próstata, obstipação<br />

intestinal, procedimentos prostáticos como: toque, massagem, biopsia, Ultra-som trans renal,<br />

relações sexuais, nesses casos aguardar ao menos 10 dias para fazer a dosagem.<br />

Sinonímia: PSA, antígeno prostático especifico<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Fosfatase acida total e prostática<br />

Preparo: Jejum de 6 horas<br />

Interferentes: Fibrina, amostra turva, grande hemólise ou lipemia. Anticorpos heterofilos<br />

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TAP- TEMPO DE PROTOMBINA:<br />

Permite avaliação do tempo de coagulação do plasma após adição de extrato de c<strong>é</strong>rebro com<br />

atividade tromboblástica padronizada. É utilizado na avaliação de alterações congênitas e<br />

adquiridas de fatores da via extrínseca da coagulação, no controle da anticoagulação e na<br />

triagem pr<strong>é</strong> operatória.<br />

Há aumento da tempo na: deficiência de fatores específicos a esse teste (VII,X,V,II), presença<br />

de inibidor, cirrose hepática, hepatites virais, hepatite auto imune, alcoolismo, cirrose biliar<br />

primaria, coagulação intravascular disseminada, terapia anticoagulante antibióticos,<br />

deficiência diet<strong>é</strong>tica de vitamina K, hipertiroidismo.<br />

Sinonímia:Fator II, TP,TAP, tempo de atividade de protombina, tempo de quick, INR<br />

Material: plasma citratado<br />

Exames afins: PTTA, TS,TC<br />

Preparo: Jejum de 4 horas. Informar medicamentos usados nos últimos 10 dias.<br />

Interferentes: anticoagulantes e coleta incorreta. Hemólise<br />

TTPA- TEMPO DE TROBOPLASTINA PARCIAL ATIVADO:<br />

O tempo de tromboplastina parcial ativado (PTTA) normalmente mede a via intrínseca da<br />

coagulação. É utilizado para avaliação pr<strong>é</strong> operatória, no diagnostico de coagulação , no<br />

monitoramento de heperinoterapia.<br />

As causas mais comuns de PTTA, prolongada são: coagulação intravascular dissemida, doença<br />

hepática, anticoagulantes circulantes, terapia com heparina , hemofilia A e B, uso de<br />

anticoagulantes orais, deficiência de vitamina K e hipofibrinogenemia. Quando somente o<br />

PTTA esta prolongado, há deficiência nas etapas inicias da via intrínseca: fatores XII,XI,IX,ou<br />

VIII. Quando o PTTA esta prolongado juntamente com o TP há defeito comum da coagulação<br />

ou estão presentes inibidores como a heparina ou a antitrombina.<br />

Sinonímia: TTPA, fator III, tromboplastina<br />

Material: plasma citratado<br />

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Exames afins: Fibrinogenio, TT,PDF, Prova do laço<br />

Preparo: Jejum de 6 horas. Informar medicamentos usados nos últimos 10 dias.<br />

Interferentes: coleta traumática, hemólise, anticoagulante inadequado.<br />

TEMPO DE SANGRAMENTO- TS:<br />

É o tempo necessário para a hemostasia de um ferimento pequeno, padronizado.<br />

M<strong>é</strong>todo de Ivy e Mielke:<br />

Aplicar um aparelho de pressão no braço do paciente no qual nenhuma veia tenha sido<br />

puncionada. Selecionar uma área de teste na superfície volar (anterior) do antebraço, 5 a<br />

10cm abaixo do sulco do cotovelo, em que não haja lesões, pelos, nem veias superficiais.<br />

Limpar com álcool 70% deixar secar e inflar o esfigmomanometro a 40mmHg e manter essa<br />

pressão durante todo o teste. Ter a mão o cronometro . numa rápida sucessao, fazer a incisão<br />

no local preparado, em ângulo reto com o eixo longitudinal do antebraço e acionar o<br />

cronometro.<br />

A cada 30 segundos, absorver o sangue vertido da incisão, com papel filtro, mas sem esfregar o<br />

corte. Parar o cronometro quando o papel de filtro não apresentar nenhuma mancha de<br />

sangue. Afrouxar a pressão do esfignomanometro e fazer o curativo com band-aid; contar o<br />

numero de gotas ou manchas de sangue do papel de filtro e multiplicar por 30 segundos,<br />

obtendo assim, o tempo de sangramento com precisão de 30 segundos.<br />

M<strong>é</strong>todo de Duke:<br />

Desinfetar o lóbulo da orelha com álcool 70%. Deixar secar e esperar que a região volte a sua<br />

temperatura normal. Com um estilete descartável puncionar o lóbulo e acionar o cronometro.<br />

A cada 30 segundos aspirar a gota de sangue sem esfregar a incisão. Parar o cronometro<br />

quando o papel de filtro não aspirar mais nenhuma gotícula de sangue. Contar o numero de<br />

gotas no papel de filtro e multiplicar por 30 segundos, obtendo assim, o tempo de<br />

sangramento com precisão at<strong>é</strong> 30 segundos. Limpar o lóbulo da orelha.<br />

Valor de referencia: 1 a 3 minutos<br />

Sinonímia:Tempo de Duke, Tempo de YVI, Tempo de Mielke, Tempo de sangria, Coagulograma,<br />

TS.<br />

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Material: Sangue. Feito diretamente no paciente<br />

Exames afins: Coagulograma,TP,TTPA, Fibrinogenio, Plaquetas. Fator VIII<br />

Preparo: Suspender drogas com efeito antiagregante de plaquetas durante 5 dias antes do<br />

teste. Jejum desnecessário<br />

TC- TEMPO DE COAGULAÇÃO:<br />

Permite a avaliação da via intrínseca da coagulação, entretanto, apresenta pouca<br />

sensibilidade. Este aumentado nas deficiências graves de qualquer um dos fatores de<br />

coagulação (exceto fatores XIII e VII). Nos casos de deficiência de fibrinogênio, no uso de<br />

heparina em doses elevadas e na presença de anticoagulantes naturais.<br />

No momento que o sangue começa entrar na seringa, acionar o cronometro. Transferir 1 a 2<br />

ml de sangue para cada um de 2 tubos de ensaio de vidro lavados, não siliconizados , com<br />

diâmetro interno de 8 mm, chamados de tubo A e B. Colocar os tubos no banho Maria a 37°C<br />

ou mantê-los no calor da mão (pode ser na mão do próprio paciente). Deixar os tubos imóveis<br />

por 4 minutos. Dado o 4° minuto testar o tubo A deitando-o quase na horizontal para ver se o<br />

sangue escorre. Se escorrer colocá-lo novamente de p<strong>é</strong> após 30 segundos.<br />

Sinonímia:Tempo de formação do coágulo,Coagulograma , Tc<br />

Material: Sangue<br />

Exames afins: Coagulograma, TP,TTPA, Fibrinogênio, Plaquetas<br />

Valores de referências: 4 a 8 minutos<br />

Obs: quando o diâmetro interno do tubo <strong>é</strong> de 10 a 12mm, o tempo limite aumenta<br />

respectivamente para at<strong>é</strong> 10 min. E at<strong>é</strong> 12 min.<br />

Preparo: Jejum desnecessário<br />

RETICULÓCITOS:<br />

Os reticulócitos têm diâmetro pouco maior que a da hemácia e não tem núcleo, sendo<br />

formado por citoplasma acidófilo, no qual pode se ver um reticulado basófilo após coloração<br />

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com azul cresil brilhante. Os reticulócitos estão presentes normalmente no sangue em torno<br />

de 0,5% a 1,5% do total de hemácias e correspondem a c<strong>é</strong>lulas rec<strong>é</strong>m emitidas na circulação. A<br />

contagem de reticulócitos <strong>é</strong> útil para avaliar atividade eritropoi<strong>é</strong>tica , sendo importante para o<br />

diagnóstico diferencial das anemias e para acompanhar tratamento. Valores aumentados são<br />

encontrados na hiperatividade da medula óssea (reticulocitose) como por exemplo nas<br />

anemias hemolíticas, hemorragia. Valores diminuídos são encontrados na hipoatividade da<br />

medula óssea como por exemplo : na aplasia medular, anemia aplástica, anemia ferropriva e<br />

megaloblástica, antes do tratamento e uremia.<br />

Sinonímia: índice reticulocitário, IR, Índice de Produção de Reticulócitos (IPR).<br />

Material: Sangue com EDTA<br />

Exames afins: Hemograma, Ferro, Ferritina<br />

Valores de referências: Percentual: 0,5 a 1,5%<br />

M<strong>é</strong>todo: azul cresil brilhante<br />

Preparo:Jejum de 6 horas<br />

RUBÉOLA:<br />

Quantitativo: 25.000 a 75.000 mm³<br />

Doença viral de comportamento benigno, exceto em grávidas quando a infecção aguda pode<br />

levar a síndrome da rub<strong>é</strong>ola congênita.<br />

Seguem os achados sorológicos nas situações clinicas possíveis:<br />

1- Infecção primária: IgM torna-se positivo 1 a 3 dias após o inicio da doença sendo<br />

detectável por 2 a 12 meses. Reações falso-positivas podem ocorrer em pacientes com<br />

mononucleose infecciosa, infecções por parvovírus e coxsakievirus B. A IgG torna-se<br />

positiva a partir de 3 a 4 dias de doença, permanecendo indefinidamente. IgG de baixa<br />

avidez esta presente por at<strong>é</strong> 3 meses, sendo a partir de então detectado IgG de alta<br />

avidez.<br />

2- Reinfecção: sorologia positiva anterior a reinfecção. IgG positivo com elevação de 4<br />

vezes ou mais no titulo da segunda amostra, IgM pode estar presente. IgG de alta<br />

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avidez e resposta linfoproliferativa estão presentes. Não representa riscos para<br />

gestantes.<br />

3- Rub<strong>é</strong>ola congênita: no primeira mês de vida, cerca de 20% dos infectados tem IgM<br />

negativo.IgG avidez não tem utilidade pois pode permanecer com baixa avidez por ate<br />

3 anos na rub<strong>é</strong>ola congênita.<br />

4- Imunes e vacinados: IgG positivo, IgM negativo após 3 meses da vacinação. IgG de alta<br />

avidez presente. Índice de soroconversão com a vacina <strong>é</strong> próximo a 95%.<br />

Sinonímia:Rna vírus em cadeia simples pertencente a família doa Togavirus. III doença<br />

exantemática.<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Perfil pr<strong>é</strong> natal, Sorologia para citomegalovírus e para toxoplasmose<br />

Preparo:Jejum de 8 horas<br />

SANGUE OCULTO NAS FEZES:<br />

O sangue oculto nas fezes <strong>é</strong> definido como a presença de sangue nas fezes que requer testes<br />

bioquímicos para sua detecção. Pode ser derivado do trato gastrointestinal alto, bem como do<br />

intestino delgado e do colon. É utilizado como m<strong>é</strong>todo de triagem do carcinoma colorretal,<br />

embora apresente sensibilidade baixa.<br />

Sinonímia:Sangue oculto nas fezes<br />

Material: Fezes<br />

Exames afins:Eritograma, pesquisa imunocromatografica de hemoglobina humana nas fezes<br />

Valores de referências: Negativo<br />

Preparo: Retirar o frasco no laboratório. Não tomar laxante, não fazer uso de contraste<br />

radiológico por via oral nas fezes por 72 horas que anteceder a coleta. Se o exame for<br />

solicitado em 3 amostras, coletá-las em dias consecutivos ou a crit<strong>é</strong>rio m<strong>é</strong>dico.<br />

Dieta: durante 3 dias que antecedem a coleta de material para exame, o paciente não deve<br />

comer carne nem derivados, inclusive caldos, extratos ou molhos que as contenham. Não<br />

comer beterrabas vermelhas, chocolates ou bebidas alcoólicas.<br />

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Medicamentos contendo ferro precisam ser suspensos. Recomenda-se durante esse período<br />

não escovar ou palitar os dentes nem utilizar fio dental, para evitar sangramento das<br />

gengivas.<strong>é</strong> permitido lavar a boca e fazer gargarejos. A contaminação da amostra de fezes com<br />

sangue de qualquer outra etiologia (menstrual , hemorróidas) invalida o teste.<br />

Interferentes: Erros no preparo e na dieta<br />

SDHEA-(DHEA-S)<br />

O DHEA-SO4 e a DHEA são os andrógenos adrenais mais abundantes na circulação, são<br />

andrógenos fracos sintetizados pela supra renal e que determinam os níveis de etiocolanolona<br />

e androsterona no sangue e na urina. Atuam no desenvolvimento dos caracteres sexuais<br />

secundários algum tempo antes do inicio da função gonodal (adrenarca).<br />

A dosagem de DHEA <strong>é</strong> realizada na avaliação do hirsutismo, síndrome virilizantes e nas<br />

suspeitas de adrenarca precoce. A avaliação do DHEA-S <strong>é</strong> útil em pacientes com hiperplasia ou<br />

tumor supra renal <strong>produto</strong>r de cortisol (adrenocarcinomas).<br />

Sinonímia:DHEA-S, sulfato de Dehidroeprandrosterona<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: ACTH, cortisol, androstenediona, testosterona, DHEA, cromatografia de<br />

andrógenos urinários, 17KS<br />

Preparo: jejum de 10 a 12 horas<br />

Interferentes: hemólise e lipemia.<br />

Drogas que interferem:<br />

Aumento: clomifeno, ACTH, danazol<br />

Diminuição: carbamazepina, fenitoina, contraceptivos orais, ampicilina (na gravidez).<br />

Interpretação: metabolito do DHEA, relacionado com hiperfuração androgênica da glândula<br />

adrenal.<br />

Aumento: hiperplasia adrenal congênita, carcinoma adrenal, tumores virulizantes das adrenais,<br />

D. de Cushing hipófise dependente.<br />

Diminuição: D. de Adisson, hipoplasia adrenal.<br />

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SODIO:<br />

O sódio <strong>é</strong> o cátion predominante no liquido extracelular, sendo o principal responsável pela<br />

osmolalidade do plasma. Alem disso, exerce importante papel na excitabilidade neuro<br />

muscular. Alguns fatores regulam a homeostasia do sódio, tais como aldosterona e hormônio<br />

anti diur<strong>é</strong>tico.<br />

Na urina as principais causas de aumento são o uso de diur<strong>é</strong>ticos, dieta rica em sal, secreção<br />

inadequada de sódio, síndrome de cushing.<br />

Sinonímia: Na, Natremia, e Natruíria<br />

Material: Soro, urina<br />

Exames afins: Potássio, cálcio, magn<strong>é</strong>sio, fósforo, ur<strong>é</strong>ia, creatinina<br />

Preparo: Jejum de 4 horas<br />

Interpretação:<br />

Aumento: administração excessiva de salina hipertônica, hiperaldosreronismo primário,<br />

corticosteróides, desidratação, tumor cerebral, trauma crânio encefálico, carbenicilina.<br />

Diminuição: ingestão pobre em Na, vômitos, diarr<strong>é</strong>ia, aspiração, fistula, sudorese, lesões<br />

cutâneas, queimaduras, obstrução venosa profunda, nefrite perdedora de sal, insuficiência<br />

renal aguda, diur<strong>é</strong>tico, cloreto de amônia, hiperglicemia, hiperlipemia, hemorragias,<br />

intoxicação por água, cirrose hepática, e S. nefrótica.<br />

T3- TRIIODOTIRONINA:<br />

A triiodotironina <strong>é</strong> produzida primariamente nos tecidos perif<strong>é</strong>ricos (fígado e músculos) a<br />

partir da tiroxina (T4), sendo tambem secretado em pequenas quantidades pela tireóide. T3 no<br />

sangue, <strong>é</strong> predominantemente ligado a proteínas plasmáticas e o restante encontra-se na<br />

forma livre, constituindo-se na fração metabolicamente ativa.<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: T4,T4L, TBG,TSH<br />

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Preparo:Jejum de 8 horas<br />

Interpretação: Diagnostico de hipotiroidismo e hipertiroidismo<br />

Juntamente com o T4, encontra-se diminuído em doenças graves, no uso de propanolol, de<br />

amiodarona ou corticóides. Em crianças de at<strong>é</strong> 5 anos de idade, o T3, pode ultrapassar at<strong>é</strong> 30%<br />

o valor normal Maximo e de 5 a 10 anos, at<strong>é</strong> 15%.<br />

T4- TETRAIODOTIRONINA:<br />

O T4 <strong>é</strong> um hormônio produzido pela glândula tireóide a partir do iodo e da tireoglobulina<br />

atrav<strong>é</strong>s de processo em múltiplas etapas. É o hormônio do qual deriva a treiiodoteronina (T3).<br />

A concentração total de T4 geralmente reflete a atividade secretória da glândula tireóide.<br />

Sinonímia: Tetraiodotironina<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: T3,T4L,TSH<br />

Preparo:Jejum de 8 horas<br />

Interpretação: Diagnóstico de hipo e hipertiroidismo sendo sua utilização a mais difundida<br />

para este fim. Drogas como amiodarona e propanolol elevam os níveis de T4.<br />

T4 LIVRE:<br />

Os hormônios tireoideanos são transportados no sangue ligados a várias proteínas de ligação.<br />

Estas incluem a TBG, a pr<strong>é</strong> albumina e a albumina. A Tiroxina livre (T4l), isto <strong>é</strong>, não ligada as<br />

proteínas, corresponde a 0,03% da tiroxina total circulante e <strong>é</strong> biologicamente ativa.<br />

A dosagem indireta de T4 livre reflete o estado tireometabólico do individuo, ou seja, colabora<br />

no diagnóstico de hipertiroidismo ou hipotiroidismo.<br />

Sinonímia: T4L, Indice de tiroxina livre, 1TL, Free T4. 3,5,3,5 tetraiodo-L-tironina<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: T3,T4,TSH<br />

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Preparo:Jejum de 4 horas<br />

Interferentes: lipemia, descongelamentos repetidos<br />

Interpretação: teste sensível para avaliação da tireóide não sofre influencia de níveis de TBG,<br />

Aumento: hipertiroidismo, 1º trimestre de gravidez, jejum prolongado,<br />

anticoncepcionais, acido valproico, amiodarona, heparina, propanolol, tiroxina.<br />

Diminuição: hipotiroidismo, hemodiálise, doença grave não tiroideana, lítio, tripetopin,<br />

sulfametoxazol, nitroprussiatos, salicilatos, fenitoina, carbamazepina, acido valproico,<br />

rifampicina.<br />

TBG- GLOBULINA LIGADORA DE TIROXINA:<br />

A TBG <strong>é</strong> uma proteína sintetizada no fígado e responsável pelo transporte de 75% do<br />

T4 total circulante e tamb<strong>é</strong>m na maior parte do T3.<br />

A determinação do TBG <strong>é</strong> utilizada em pacientes portadores de anormalidades<br />

hereditárias que desenvolvem com redução ou ausência da TBG responsáveis por<br />

baixos níveis de tiroxina, sem repercussão clinica.<br />

Alem disso, a concentração de TBG, se altera por influencia de diversas drogas<br />

(anticoncepcionais ou terapia com estrógenos), na gravidez e tamb<strong>é</strong>m por causas<br />

hereditárias, onde <strong>é</strong> útil na diferenciação entre hipotiroidismo congênito (T4 neonatal<br />

baixo ) e deficiência congênita TBG.<br />

Sinonímia: globulina ligada aos hormônios tireoidianod<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: T3, T4, TSH,T4L<br />

Preparo:Jejum de 8 horas<br />

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Interpretação: a Globulina ligadora de tiroxina <strong>é</strong> a principal proteína carreadora de T4,<br />

e T3. Alterações da TBG refletem-se paralelamente na dosagem dos hormônios<br />

tiroideanos.<br />

TESTOSTERONA:<br />

A testosterona <strong>é</strong> um hormônio esteróide que possui múltiplas ações androgênicas<br />

sobre o organismo, incluindo a regulação da secreção de gonadotrofinas pela unidade<br />

hipotálamo-hipofisária, o inicio e a manutenção da espermatogênese, a formação de<br />

fenótipo masculino (durante a diferenciação sexual) e a instalação da puberdade ,<br />

Ao atingir a circulação, a testosterona liga-se a proteínas transportadoras, albumina<br />

(54%) e a globulina ligadora de esteróides sexuais, SHBG (44%). Apenas 2% da<br />

testosterona presente no sangue encontra-se na forma livre.<br />

O controle da produção da testosterona <strong>é</strong> feito no homem por gonadotrofinas, em<br />

especial o LH, que age nas c<strong>é</strong>lulas de Leydig, promovendo um incremento na produção<br />

de testosterona.<br />

Na mulher os níveis de testosterona variam nas diferentes fases do ciclo ovariano,<br />

indicando uma participação do folículo em desenvolvimento no processo de síntese.<br />

Sinonímia: 17- Beta- hidroxi-4- androstin-3-ona<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: LH, FSH, SDHEA, Androstenediona<br />

Preparo:Jejum de 10 a 12 horas<br />

Interferentes: hemólise, icterícia, ou lipemia. Descongelamentos repetidos.<br />

Interpretação: no sexo masculino <strong>é</strong> indicado na pesquisa do desenvolvimento da puberdade e<br />

no hipogonadismo. No sexo feminino tem indicação em casos de hirsutismo e de virilização.<br />

Aumento: puberdade precoce masculina, resistência andrógena, testotoxicose, hiperplasia<br />

adrenal congênita, ovários policísticos, tumores ovarianos.<br />

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Diminuição: puberdade tardia masculina, deficiência de gonadotrofina, anormalidade<br />

testiculares congênitas ou adquiridas, mol<strong>é</strong>stias sistêmicas.<br />

TESTOSTERONA LIVRE:<br />

Todo hormônio, ao ser liberado da glândula de origem, ganha a circulação, e daí distribui-se<br />

pela intimidade dos tecidos onde vai, em nível celular, desempenhar as suas funções. Nesse<br />

trajeto entre o sitio de origem e o órgão efetor, o hormônio circula ligado a proteínas<br />

carreadoras, especificas ou não, que em situações especiais, liberam o hormônio para o<br />

plasma. Daí, ele atravessa a membrana basal dos capilares distribuindo-se pelo fluido<br />

intersticial em direção as c<strong>é</strong>lulas. Atualmente ficou demonstrado que a fração livre, <strong>é</strong> a<br />

responsável pela a fração ligada relaciona-se á distribuição dos hormônios pelos vários tecidos.<br />

A importância da dosagem de testosterona livre faz-se sentir em mulheres com excesso de<br />

produção androgênica de origem adrenal ou ovariana, com manifestações clinicas que vão<br />

desde hirsutismo ate a franca virilização com valores normais da testosterona total.<br />

Sinonímia: 17- beta-hidroxi-4-androsten-3-ona-<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: testosterona, cortisol, DHEA-S, androstenediona<br />

Preparo:Jejum de 4 horas<br />

Interferentes: utilizado no diagnostico de hipogonadismo no sexo masculino e de hirsutismo<br />

no sexo feminino.<br />

Aumento: ovários policísticos, hipertecose, hiperplasia adrenal congênita, resistência<br />

andrógena.<br />

TIPAGEM SANGUINEA: ABO-RH<br />

Os antígenos eritrocitários são geneticamente determinados e podem ser classificados em<br />

diversos sistemas. Os de maior expressão são os sistemas ABO e Rh ou CDE. A determinação<br />

54


dos antígenos eritrocitários deve ser feita para transfusão, transplantes, pr<strong>é</strong> natal ou para<br />

auxiliar no diagnostico de paternidade.<br />

Sinonímia: ABO, tipagem sanguínea, sistema ABO<br />

Material: Sangue com EDTA<br />

Exames afins: coombs, e fator Rh<br />

Preparo:Jejum não obrigatório<br />

Interpretação: <strong>é</strong> útil na tipagem sanguínea pelo sistema ABO<br />

TIREOGLOBULINA, anticorpos anti-<br />

A tireoglobulina <strong>é</strong> o maior componente do colóide intrafolicular da glândula tireóide.<br />

Ate pouco tempo o T4 era considerada exclusivamente intratireoidiana e só alcançava a<br />

circulação como conseqüência de trauma ou certos processos destrutivos glandulares.<br />

Atualmente, sabe-se que os níveis de TG s<strong>é</strong>ricos aumentam com estimulo do TRH,ou TSH e que<br />

a administração do horminio tireoidiano diminui os níveis de TG circulantes.<br />

Imunoglobulinas circulantes dirigidos contra TG estão presentes em pacientes com tireodete<br />

de Hashimoto e, em uma menor extensão, na doença de Graves. Anticorpos anti-TG podem<br />

ser detectados em indivíduos sem doença tireoidiana clinicamente significativa.<br />

Sinonímia: Tireoglobulina, TG, TGB, HTG, HTG monitor, Tireoglob monitor.<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: T3,T4,TSH<br />

Preparo:Jejum de 8 horas<br />

Interferentes: hemólise e lipemia. Descongelamentos repetidos<br />

Interpretação: utilizada como marcador de carcinoma de tireóide, principalmente para<br />

monitoramento pós cirúrgico.<br />

Aumento: D. de graves, bócio multinodular, carcinoma papilar e folicular da tireóide, tiroidites,<br />

hipertiroidismo TSH-dependente<br />

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Diminuição: tireoidectomia, aplasia tireóidea, defeito de síntese de tireoglobulina,<br />

hormonoterapia tireóidea.<br />

TOXOPLASMOSE- IGG e IGM<br />

A toxoplasmose <strong>é</strong> uma parasitose causada por um protozoário intracelular, e a contaminação<br />

humana ocorre geralmente pela ingestão de carne animal contaminada ou de ovócitos<br />

originários de ciclo sexuado que ocorre particularmente no gato.<br />

O exame sorológico <strong>é</strong> obrigatório no exame pr<strong>é</strong>-nupcial e no acompanhamento das mulheres<br />

entre 4 a 10 semanas após o contato e dar permanece em positivo toda a vida.<br />

Sinonímia: Reação de Sabin- Feldman, Toxoplasma Gondei<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Sorologia para citomegalovirus e Epstein-Barr<br />

Preparo: Jejum de 8 horas<br />

Interpretação:<br />

Toxo IgG Toxo IgM Resultado<br />

Negativo Negativo Não existe imunidade. Risco de<br />

infecção .São recomendadas<br />

analises periodicamente<br />

durante a gravidez.<br />

Positivo Negativo Não há infecção aguda<br />

Positivo Positivo Possível infecção aguda. Repetir<br />

a toxo IgM após 2 semanas. Um<br />

aumento significativo poderia<br />

indicar infecção aguda, caso<br />

contrario poderia indicar uma<br />

infecção passada.<br />

Negativo Positivo Fase precoce de uma infecção<br />

aguda. Repetir a toxo IgG e toxo<br />

56


Igm duas semanas após e<br />

observar a evolução sorológica.<br />

Os níveis de IgG podem se elevar quando um novo contato com o agente ocorre ou quando<br />

por uma queda de imunidade, ocorre uma reativação da doença inicial.<br />

Prevenção da toxoplasmose Infecção<br />

1- Lavar muito bem as frutas e aves ate estarem bem passados<br />

2- Cozinhar ou fritar carnes e aves ate estarem bem passa.<br />

3- Impedir o acesso de baratas, moscas e outros insetos aos alimentos<br />

4- Lavar as mãos e utensílios de cozinha, imediatamente após o contato com carnes e<br />

aves cruas ou frutas e vegetais não lavados.<br />

5- Evitar tocar a boca e ou os olhos enquanto estiver manipulando carnes, aves, frutas, e<br />

vegetais<br />

6- Evitar contato com gatos, objetos e locais que possam estar contaminados com pelos<br />

ou fezes. Se inevitável, usar luvas.<br />

7- Usar luvas ao praticar jardinagem ou ao mexer com terra.<br />

8- Desinfetar a roupa de cama do gato, fervendo-a 5 minutos. Trocar a areia da sua caixa<br />

de fezes diariamente.<br />

9- Evitar se possível visitas as pessoas que tem gatos, principalmente se os animais<br />

viverem livres dentro e fora de casa.<br />

10- Uma pesquisa de oocistos nas fezes de determinado gato, pode eventualmente excluí-<br />

lo como transmissor da toxoplasmose.<br />

Gatos velhos geralmente apresentam imunidade e podem não mais ser transmissores.<br />

A toxoplasmose <strong>é</strong> tão mais grave para o feto, quanto mais precocemente adquirida<br />

durante a gravidez. A partir do s<strong>é</strong>timo mês de gestação, a gravidade da infestação<br />

praticamente desaparece.<br />

TOXOPLASMOSE, AVIDEZ DE IGG<br />

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A medida da avidez de IgG <strong>é</strong> útil na determinação do tempo de infestação durante a gravidez<br />

para nortear o tratamento preventivo da toxoplasmose congênita.<br />

Sinonímia: Avidez de Igg anti toxoplasma<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Toxoplasmose IgG, Toxoplasmose IgM, Toxoplasmose PCR<br />

Preparo: Jejum de 8 horas<br />

Interferentes: lipemia , hemólise e presença de filamentos de fibrina. Descongelamentos<br />

repetidos.<br />

Interpretação:<br />

Na fase aguda anticorpos IgG ligam-se fracamente ao antígeno (baixa avidez). Na fase crônica<br />

(maior que 4 meses) tem-se elevada avidez. É indicado para mulheres grávidas, principalmente<br />

no primeiro trimestre que apresentam IgG e IgM positivos. A detecção de anticorpos de alta<br />

avidez em pacientes IgM positivo indica infecção adquirida há mais de 4 meses. Tratamento<br />

anti-parasitário pode manter a baixa avidez por mais de 4 meses. O teste de IgG de avidez <strong>é</strong> o<br />

melhor marcador de infecção aguda em pacientes com IgM positivo.<br />

Informações necessárias:<br />

Na gravidez, perguntar se teve contato com algum animal dom<strong>é</strong>stico (gato,papagaio)se este<br />

exame já foi realizado anteriormente.<br />

TGO-TRANSAMINASE OXALACETICA (AST):<br />

As aminotransferases estão amplamente distribuídas nos tecidos humanos. As atividades mais<br />

elevadas de AST(GOT)encontram-se no miocárdio, fígado, músculo esquel<strong>é</strong>tico com pequenas<br />

quantidades nos rins, pâncreas, baço, c<strong>é</strong>rebro, pulmões e eritrócitos.<br />

AST e a ALT(TGP) são enzimas intracelulares presentes em grandes quantidades no citoplasma<br />

dos hepatócitos. Lesões ou destruição das c<strong>é</strong>lulas hepáticas liberam essas enzimas para a<br />

circulação. A ALT <strong>é</strong> encontrada principalmente no citoplasma do hepatocito, enquanto 80% da<br />

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AST esta presente ma mitocôndria. Essa diferença tem auxiliado no diagnostico e prognostico<br />

de doenças hepáticas<br />

Sinonímia: TGO, GOT, AST, Aspartato aminotransferase<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: TGP, CPK, Bilirrubinas, DHL, Gama-GT<br />

Valores de referencia: 5 a 38 U/L<br />

M<strong>é</strong>todo: cin<strong>é</strong>tico<br />

Preparo:Jejum de 8 horas<br />

Interpretação:<br />

Aumento: rec<strong>é</strong>m-nascido, infarto miocárdio, infarto mesent<strong>é</strong>rico, infarto cerebral, necrose de<br />

músculos esquel<strong>é</strong>ticos, necrose renal, infarto pulmonar, hepatite aguda, mononucleose<br />

infecciosa, infiltração por linfoma e leucemia, icterícia obstrutiva com colangite, cirrose<br />

hepática, hepatomas, pancreatite aguda, hemólise, tuberculose hematogenica,choque,<br />

distrofia muscular pseudo-hipertrofica, dermatomiosite.<br />

TGP- TRNASAMINASE GLUTAMICA PIRUVICA (ALT):<br />

A transaminase pirúvica localiza-se principalmente no fígado. A TGP <strong>é</strong> mais sensível que a<br />

TGO, na detecção de injuria do hepatócito.<br />

Sinonímia: TGP, GPT, ALT, Alanina aminostransferase<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: TGO, Bilirrubinas, DHL, Gama-GT<br />

Preparo:Jejum de 8 horas<br />

Valores de referencia: 10 a 40 U/L<br />

M<strong>é</strong>todo: Cin<strong>é</strong>tico<br />

Interpretação:<br />

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Aumento: hepatite aguda, cirrose hepática, hepatoma secundário, icterícia obstrutiva,<br />

congestão hepática, infarto do miocárdio, pancreatite aguda, etilismo, hepatites não<br />

alcoólicas, anemia hemolítica, hipotiroidismo, insuficiência cardíaca, doenças músculos<br />

esquel<strong>é</strong>ticos.<br />

Os níveis de TGP são superiores a TGO nas hepatites e esteatoses não alcoólicas. Várias drogas<br />

e hemólise podem causar aumentos espúrio da TGO.<br />

TRANSFERRINA:<br />

É a principal proteína plasmática transportadora de ferro. Os íons f<strong>é</strong>rricos provenientes da<br />

degradação do heme no fígado e aqueles absorvidos a partir da dieta são transportados pela<br />

transferrina para os locais de produção dos eritrócitos na medula óssea. A transferrina<br />

(tamb<strong>é</strong>m chamada de siderofilina), uma proteína transportadora sintetizada principalmente<br />

no fígado , controla a absorção do ferro. Sua concentração esta relacionada com capacidade<br />

total de ligação de ferro (TIBC). A avaliçao da TRF <strong>é</strong> útil no diagnostico diferencial da anemia<br />

ferropenica e no acompanhamento do seu tratamento.<br />

Sinonímia: Siderofilina, Beta-1- glocoproteina<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Ferro, Ferritina, Índice de Saturação da transferrina (TIBC), Iga, Relação Iga/<br />

Transferrina<br />

Preparo: Jejum de 8 horas<br />

Interpretação: útil na avaliação do metabolismo do ferro e do estado nutricional prot<strong>é</strong>ico<br />

Aumento: anemias, hipocrômicas e microcíticas<br />

Diminuição: hemocromatose idiopática ou secundaria, processos inflamatórios, infecções<br />

crônicas, câncer, S. nefrótica, carência prot<strong>é</strong>ica, insuficiência hepática.<br />

TRIGLICERIDEOS:<br />

Os Triglicerídeos são produzidos no fígado e intestino utilizando glicerol e outros <strong>ácido</strong>s graxos.<br />

Os triglicerídeos representam mais de 90% das gorduras na alimentação e constituem 95% da<br />

gordura armazenada nos tecidos. Os triglicerídeos em conjunto com o colesterol são úteis na<br />

avaliação do risco cardíaco.<br />

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Sinonímia: Trioleato de glicerol, Triglicerídeos<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Glicemia, Colesterol, Lipidograma<br />

Valores de referência: Valor normal: Menor que 150mg/dl<br />

Limítrofe: 150 a 200mg/dl<br />

Aumentado: 200 a 499mg/dl<br />

Muito aumentado: Maior que 500mg/dl<br />

Obs: Quando o triglic<strong>é</strong>rides <strong>é</strong> superior a 500mg/dl fica prejudicada a interpretação das demais<br />

frações do colesterol, sendo confiável apenas o valor do Colesterol total e do triglic<strong>é</strong>rides<br />

Preparo: Jejum de 12 a 14 horas<br />

Informações: o paciente deve estar com dieta habitual e peso corporal estável nas duas ultima<br />

semanas precedentes a coleta. Não deve realizar exercícios físicos rigorosos nas 24 horas que<br />

antecedem e deve evitar ingestão de bebidas alcoólicas 3 dias antes. Se for fumante, não<br />

modificar o habito.<br />

Interferentes: medicamentos, hormônios tireoideanos, esteróides anabólicos,<br />

betabloqueadores, corticóides, ciclosporina.<br />

UREIA:<br />

A ur<strong>é</strong>ia <strong>é</strong> a principal fonte de excreção do nitrogênio. Produto do metabolismo hepático das<br />

proteínas, <strong>é</strong> excretada pelos rins. Desta forma a ur<strong>é</strong>ia <strong>é</strong> diretamente relacionada a função<br />

metabólica hepática e excretora renal.<br />

Sua concentração pode variar com a dieta, hidratação e função renal. Apesar dessas<br />

limitações, entretanto, o nível de ur<strong>é</strong>ia ainda serve como um índice priditivo da insuficiência<br />

renal sintomática e no estabelecimento de diagnostico na distinção entra varias causas de<br />

insuficiência renal.<br />

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Sinonímia: Carbamida, BVN, Blood Urea Nitrogen, Azotemia<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Creatinina, urina tipo I<br />

Valores de referência: 15 a 40mg/dl<br />

Preparo: Jejum de 4 horas<br />

Interpretação:<br />

Aumento: filtração glomerular deficiente, enterorragia, dieta hiperproteíca, necrose tecidual<br />

por trauma ou infecção, catabolismo aumentado, corticosteróides, desidratação, anuria.<br />

Diminuição: insuficiência hepática, dieta hipoproteíca, inanição, anorexia nervosa<br />

URINA TIPO I:<br />

O exame de urina <strong>é</strong> muito importante para avaliação da função renal e afecções do trato<br />

urinário, podendo auxiliar no diagnostico e avaliação do tratamento.<br />

É realizada uma analise física da urina, analise química qualitativa e quantitativa dos elementos<br />

anormais e analise do sedimento.<br />

Sinonímia: Urina I, EAS, Elementos anormais do sedimento, Urina rotina, Rotina de urina<br />

Material: Urina<br />

Exames afins: Ur<strong>é</strong>ia, Creatinina, Prova dos 3 frascos<br />

Preparo: seguir as instruções do medico assistente quanto a hora da coleta e quanto ao jato<br />

inicial, m<strong>é</strong>dio ou <strong>final</strong>.<br />

Interferentes: medicamentos corantes contendo azul de metileno, acriflavina, fenazopiridina,<br />

constraste tadiologico, falta de higiene na coleta, adição de água ou de outras soluções,<br />

contaminação com resíduos do frasco de coleta mal lavado.<br />

Interpretação: este <strong>é</strong> um exame grosseiro, mas que da inúmeras pistas e informações<br />

importantes sobre as varias patologias. Os exames físicos e químicos são indícios de doenças.<br />

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UROCULTURA:<br />

AS urinoculturas são usadas com maior freqüência para diagnostico de infecção urinaria<br />

bacteriana (rins, ureter, bexiga, uretra). A urina <strong>é</strong> um excelente meio de cultura e crescimento<br />

para a maioria dos microorganismo que infectam o sistema urinário. A combinação de piúria<br />

(pus na urina) e bacteriuria significativa <strong>é</strong> um forte indicador de infecção urinaria.<br />

Coleta de amostras para cultura:<br />

O preparo e a t<strong>é</strong>cnica de coleta de urina variam conforme o sexo e a idade do paciente. O ideal<br />

<strong>é</strong> que a urina seja levada ao laboratório e examinada logo que possível , ela poderá ser<br />

refrigerada por ate 24 horas antes de ser cultivada. Sempre que possível devem ser colhidas<br />

amostras antes do inicio da antibioticoterapia ou do tratamento antimicrobiano.<br />

Adultos e crianças que cooperam:<br />

Mulheres: após boa lavagem dos genitais, coletar o jato ´´m<strong>é</strong>dio´´ para um recipiente est<strong>é</strong>ril.<br />

Se houver menstruação ou leucorreia, aplicar um tampão de algodão na vagina antes da<br />

coletar.<br />

Homens: após boa lavagem da glande, coletar o ´´jato m<strong>é</strong>dio ´´ diretamente para frasco est<strong>é</strong>ril<br />

. Dar atenção especial a lavagem nos casos de fimose muito estreita onde não se consiga um<br />

jato diretamente expelido do meato urinário.<br />

Ambos os sexos: cateterismo vesical: só pode ser praticado por profissional habilitado.<br />

Observando todos os preceitos da t<strong>é</strong>cnica e da esterelidade. Caso contrário, o próprio<br />

procedimento será porta de entrada da infecção urinaria.<br />

Crianças que não cooperam:<br />

Coleta com coletores plásticos: trocar a cada 30 minutos após nova lavagem local<br />

Meninas: após boa lavagem dos genitais com água e sabão ( o uso de antissepticos pode<br />

eventualmente inibir o crescimento da cultura), aplicar o coletor sobre os grande lábios. A<br />

criança devera ficar deitada de barriga para baixo para evitar que a urina reflua na vagina.<br />

Meninos: o mesmo preparo que as meninas. A criança poderá deitar-se de barriga para cima.<br />

Coleta sem coletores plásticos:<br />

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Ambos os sexos:<br />

M<strong>é</strong>todo de Boehsn e Haynes- após a alimentação e antes que a criança urine, lavar-lhe os<br />

genitais com água e sabão. Depois segurar a criança de barriga para baixo sobre a mão aberta .<br />

Acariciar ou percurtir levemente os músculos para v<strong>é</strong>rtebras da região lombar para ativar o<br />

reflexo espinhal de Perez. Uma micção espontânea devera ocorrer dentro de 5 minutos. Dirigir<br />

o jato de urina diretamente para o frasco de coleta est<strong>é</strong>ril.<br />

Sinonímia: cultura de urina<br />

Material: urina do 2º jato m<strong>é</strong>dio, após cuidadosa lavagem dos genitais externos em água<br />

e sabão. Jato inicial devem ser coletados sob expressa solicitação medica.<br />

Exames afins: Urina tipo I, bacterioscópico de urina, antibiograma<br />

Valores de referências: ausência de crescimento bacteriano<br />

VDRL:<br />

A Sífilis <strong>é</strong> uma doença sexualmente transmissível causada pelo Treponema pallidum, um<br />

espiroqueta com espirais compactos.<br />

Os anticorpos contra sífilis começam a aparecer no sangue 4 a 6 semanas depois da infecção.<br />

Na sífilis primaria, os testes VDRL, e FTA-ABS (imunofluorescência indireta) positivam-se depois<br />

do cancro duro com sensibilidade de 85%. Na sífilis secundaria a sensibilidade da sorologia <strong>é</strong><br />

de 99%. Na sífilis terciária, o VDRL tem sensibilidade de 70% e o FTA-ABS de 98%.<br />

VDRL: teste não treponemico, utiliza como antígeno a cardiolipina que normalmente ocorre no<br />

soro em niveis baixos e apresenta-se elevado na sífilis. O VDRL <strong>é</strong> uma reação de floculação,<br />

apresentando alta sensibilidade e baixa especificidade. Torna-se positivo duas semanas após o<br />

cancro. Falso-negativos podem ocorrer na sífilis tardia.<br />

Sinonímia: Venereal Disease Research Laboratories, RSS,RSL<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: FTA-abs, MHATP, Elisa p sífilis<br />

Preparo: Jejum de 4 horas<br />

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M<strong>é</strong>todo: Floculação<br />

Valor de referencia: Soro não reagente<br />

Interpretação:<br />

VDRL <strong>é</strong> útil para acompanhamento e diagnostico de pacientes como sífilis. A presença de<br />

títulos baixos (at<strong>é</strong> 1/4) pode ser indicativa de reação amamnestica (cicatriz imunológica) ou de<br />

falso positivo. Confirmar com FTA-abs ou com Elisa.<br />

Condições que podem causar falso-positivos: hanseníase, tuberculose, pneumonia<br />

pneumococcica, cancro mole, endocardite bacteriana subaguda, escarlatina, leptospirose,<br />

febre recorrente e da mordedura de rato, malaria, tifo, D. Chagas, varicela, pneumonia atípica,<br />

sarampo, linfogranuloma ven<strong>é</strong>reo, hepatite infecciosa, mononucleose, resfriado comum, lúpus<br />

eritematoso sistêmico, artrite reumatóide, perdas ou doações repetidas de sangue, gravidez.<br />

VHS- VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO<br />

A velocidade de hemossedimentação <strong>é</strong> um fenômeno não especifico e sua medida <strong>é</strong><br />

clinicamente útil em desordens associadas com produção aumentada de proteínas de fase<br />

aguda. A VHS <strong>é</strong> a velocidade de sedimentação das hemácias em 1 hora no sangue com<br />

anticoagulante. Este teste baseia-se no fato de que processos inflamatórios e necróticos<br />

alteram as proteínas sanguíneas com conseqüente agregação das hemácias, o que as torna<br />

mais pesadas e mais propensas a sedimentação rápida quando colocadas em um tubo de<br />

ensaio vertical especial. Quanto mais rápida <strong>é</strong> a sedimentação das c<strong>é</strong>lulas maior a VHS. A VHS<br />

não deve ser usada para rastreamento da doença em pacientes assintomáticos. A VHS não <strong>é</strong><br />

diagnostico de qualquer doença especifica, mas sim a indicação de um processo patológico<br />

que dever ser investigado. Tamb<strong>é</strong>m <strong>é</strong> útil para monitoração do progresso de doenças<br />

inflamatórias, se o paciente estiver sendo tratado com corticóide a VHS diminui com a melhora<br />

clinica.<br />

Sinonímia: HS, Velocidade de hemossedimentação, VHS, velocidade de sedimentação globular,<br />

índice de westergreen, índice de KAtz<br />

Material: Sangue com EDTA<br />

Exames afins: PCR, ASLO, Hemograma, Alfa- 1 glicoproteína ácida<br />

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Preparo: Jejum de 4 horas<br />

Valores de referencia:<br />

Homens: at<strong>é</strong> 9mm<br />

Mulheres: at<strong>é</strong> 15mm<br />

Interpretação: a hemossedimentação <strong>é</strong> uma resultante complexa da interação das seguintes<br />

variáveis: hematócrito , morfologia e raio eritrocitário, anticoagulante, fibrinogênio, globulinas,<br />

densidade eritrocitária, densidade plasmática, viscosidade do meio, temperatura e constante<br />

da gravidade.<br />

VITAMINA B12:<br />

A vitamina B12 tamb<strong>é</strong>m conhecida como fator antianemia perniciosa, <strong>é</strong> necessária para a<br />

produção de hemácias. É obtida apenas pela ingestão de proteína animal e requer fator<br />

intrínseco para sua absorção. Tanto a B12 quanto o <strong>ácido</strong> fólico dependem do funcionamento<br />

normal da mucosa intestinal para a sua absorção e são importantes para a produção de<br />

hemácias. Nos níveis de B12 e de folato geralmente são determinados em conjunto porque o<br />

diagnostico de anemia macrocítica requer a dosagem de ambos.<br />

Sinonímia: Cianocobalamina, cobalamina<br />

Material: Soro<br />

Exames afins: Hemograma. Ferro, ac. Fólico<br />

Preparo: Jejum de 8 horas. Não ingerir bebidas alcoólicas na v<strong>é</strong>spera do exame; informar ao<br />

laboratório medicamentos tomados na ultima semana.<br />

Interferentes:<br />

Aumento: acido valproico<br />

Diminuição: outros anticonvulsivantes, aminoglicosideos, aspirina, neomicina, contraceptivos<br />

orais, nitroprussiato, colchicina.<br />

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Interpretação: níveis abaixo do valor referencial confirmam o quadro de anemia<br />

megaloblástica com d<strong>é</strong>ficit de acido fólico e de vitamina B12, ratificando os caracteres<br />

morfológicos eritrocitários como macrocitose e policromasia.<br />

ZINCO:<br />

O zinco <strong>é</strong> um oligoelemento essencial amplamente encontrado na natureza, sendo após o<br />

ferro o segundo oligoelemento mais abundante no organismo.<br />

A dosagem do zinco s<strong>é</strong>rico não <strong>é</strong> um indicador patognomonico de intoxicação ou deficiência<br />

desse metal. Os níveis s<strong>é</strong>ricos são insensíveis para deficiências livres, alterando-se apenas em<br />

deficiências moderadas a graves e podem se apresentar normais em quadros de intoxicação<br />

ou deficiência desse metal.<br />

A dosagem de zinco eritrocitário <strong>é</strong> utilizada com os mesmo fins da s<strong>é</strong>rica, tendo a<br />

particularidade de apresentar valores 4 a 10 vezes mais altos que o soro.<br />

O zinco urinário <strong>é</strong> usado para avaliar toxicidade e deficiência de zinco em conjunto comon<br />

níveis s<strong>é</strong>ricos e eritrocitário.<br />

Sinonímia: ZN<br />

Material: Soro, plasma, urina. Coletar amostra em tubo de vidro isento de contaminação<br />

Interpretação: Zinco urinário elevado na presença de zinco s<strong>é</strong>rico baixo pode ocorrer na<br />

cirrose hepática, etilismo, neoplasias, hepatite viral, período pós operatórios, uso de nutrição<br />

parenteral total e aumento de catabolismo.<br />

Zinco urinário e s<strong>é</strong>rico diminuídos podem ser encontrados na deficiência do metal.<br />

Algumas drogas podem elevar o zinco urinário: bumetamida, clortalidona, cisplatina,<br />

hidroclorotiazida, penicilina, e triantereno.<br />

ZINCO PROTOPORFIRINA:<br />

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É um indicador biológico decorrente da interferência do chumbo na síntese do heme e<br />

correlaciona-se com o chumbo sangüíneo. A zinco protoporfirina (ZPP)pode permanecer<br />

elevada por anos nas intoxicações severas, em razão da inibição da síntese do heme pelo<br />

chumbo depositado e posteriormente liberado. A ZPP <strong>é</strong> o melhor indicador de exposição<br />

crônica que o chumbo sangüíneo por apresentar meia vida longa(67 dias).<br />

Na exposição crônica, o pico de ZPP ocorre em 6 a 9 meses, enquanto o pico do chumbo<br />

sanguíneo ocorre em 3 a 6 meses. Após a eliminação da exposição, a ZPP pode permanecer<br />

acima dos valores de referencia por ate 2 anos.<br />

Sinonímia: ZN-PP<br />

Material: Sangue total- 5 ml de sangue heparinizado.Proteger da luz<br />

Interpretação: avaliação da exposição ocupacional ao chumbo inorgânico. Este elemento,<br />

al<strong>é</strong>m de indicar exposição acima do limite de tolerância, tem significado clinico ou toxicológico<br />

próprio, podendo indicar doença ou disfunção de algum sistema biológico.<br />

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