05.06.2013 Views

Catabolismo e aminoácidos e ciclo da uréia

Catabolismo e aminoácidos e ciclo da uréia

Catabolismo e aminoácidos e ciclo da uréia

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Catabolismo</strong> de <strong>aminoácidos</strong><br />

e <strong>ciclo</strong> <strong>da</strong> <strong>uréia</strong><br />

Prof. Jonas Contiero<br />

2006


A fração de energia metabólica deriva<strong>da</strong> dos<br />

<strong>aminoácidos</strong> varia muito com o tipo de organismo<br />

considerado e com a situaçã metabólica em que ele se<br />

encontra<br />

Carnívoros podem obter através <strong>da</strong>oxi<strong>da</strong>ção dos<br />

<strong>aminoácidos</strong> até 90% <strong>da</strong>s suas necessi<strong>da</strong>des de<br />

energia<br />

Herbívoros obtém apenas uma pequena fração de suas<br />

necessi<strong>da</strong>des energéticas<br />

Microrganismos podem retirar <strong>aminoácidos</strong> de seu<br />

ambiente, os quais podem ser oxi<strong>da</strong>dos como<br />

combustíveis quando de sua necessi<strong>da</strong>de energética<br />

Vegetais Raramente oxi<strong>da</strong>m <strong>aminoácidos</strong>


Oxi<strong>da</strong>ção dos <strong>aminoácidos</strong> nos animais<br />

Pode ocorrer em três circunstâncias:<br />

Durante síntese e degra<strong>da</strong>ção de proteínas celulares,<br />

alguns <strong>aminoácidos</strong> liberados podem sofrer oxi<strong>da</strong>ção<br />

Quando em uma dieta rica em proteínas <strong>aminoácidos</strong><br />

excedentes são catabolizado<br />

Durante jejum severo e ou diabetes melito proteínas<br />

corporais são hidroliza<strong>da</strong>s e seus <strong>aminoácidos</strong><br />

empregado como combustíveis


Uso dos <strong>aminoácidos</strong><br />

• Podem ser utilizados para síntese de<br />

proteínas<br />

• Caso não sejam utilizados para essa<br />

finali<strong>da</strong>de, devem ser degra<strong>da</strong>dos.<br />

• Em animais, proteínas e <strong>aminoácidos</strong> não<br />

são armazenados como fonte de energia<br />

semelhante ao que ocorre com<br />

carboidratos e lipídeos.<br />

• Uma parte importante <strong>da</strong> degra<strong>da</strong>ção de<br />

<strong>aminoácidos</strong> ocorre no fígado.


<strong>Catabolismo</strong> de<br />

<strong>aminoácidos</strong><br />

• Desaminação:aminoácido perde seu grupo<br />

amino e os α-cetoácidos formados podem<br />

sofrer oxi<strong>da</strong>çãpo até CO 2 e H 2 O<br />

• Metabolismo do esqueleto de Carbono<br />

normalmente fornecem uni<strong>da</strong>des de três<br />

a quatro átomos de carbonos que são<br />

converti<strong>da</strong>s a glicose


Grupos<br />

amino e o<br />

esqueleto<br />

carbônico<br />

entram em<br />

vias<br />

separa<strong>da</strong>s<br />

<strong>Catabolismo</strong> de <strong>aminoácidos</strong> nos mamíferos


Remoção de nitrogênio<br />

• Estágio 1: transaminação com αcetogluturato<br />

para formar glutamato e<br />

um novo α-ceto ácido.<br />

• Estágio 2: glutamato é desaminado<br />

através de processo oxi<strong>da</strong>tivo<br />

envolvendo NAD +<br />

• Estágio3: formação de <strong>uréia</strong> através<br />

<strong>ciclo</strong> <strong>da</strong> <strong>uréia</strong>.<br />

transaminase desaminase


Transaminações catalisa<strong>da</strong>s por enzimas<br />

PLP pirodoxal fosfato é o cofator de to<strong>da</strong>s<br />

as aminotransferase


Reação catalisa<strong>da</strong> pela glutamato desidrogenase<br />

Glutamato desidrogenase de mamíferos pode<br />

empregar tanto o NAD + como NADP + como<br />

cofator, sendo regula<strong>da</strong> por ADP ou GTP


<strong>Catabolismo</strong> do grupo amino nofígado dos vertebrados


Animais<br />

amoniotélicos:maioria<br />

dos invertebrados<br />

aquáticos,como os peixes<br />

ósseos e larvas de<br />

anfíbios<br />

Animais<br />

ureotélicos:vertebr<br />

ados e tubarões<br />

Animais<br />

uricotélicos:passáros e<br />

répteis


Entra<strong>da</strong> de alimentos→estimula<br />

a mucosa gástrica a secretar<br />

gastrina(hormônio) →estimula<br />

produção de HCl pelas<br />

glândulas gástricas e<br />

pepsinogênio pelas células<br />

principais pH (1,0 a 2,5) age<br />

como antisséptico, matando<br />

bactérias e outras células<br />

estranhas e desenovela as<br />

proteínas para ação <strong>da</strong>s<br />

enzimas hidrolíticas<br />

pepsinogênio(precursor inativo<br />

ou zimogênio) é convertido em<br />

pepsina ativa<br />

Quando o conteúdo gástrico<br />

passa para o intestino delgado,<br />

ocorre secreção de secretina,<br />

a qual estimula o pâncreas a<br />

produzir bicarbonato no<br />

intestino delgado para<br />

neutralizar o HCl, aumentando<br />

o pH para 7,0


A entra<strong>da</strong> de <strong>aminoácidos</strong> na parte superior do intestino<br />

(duodeno) libera o hormônio colecistoquinina, o qual<br />

estimula a secreção de tripsina, quimotripsina e<br />

carboxipepti<strong>da</strong>ses A e B (pH 7,0 e 8,0) [secretado<br />

pelas células exócrinas do pâncreas]<br />

Os <strong>aminoácidos</strong> são absorvidos pela mucosa intestinal


Uso de Amônia<br />

• Amônia (NH 4 + ) é tóxica.<br />

• Não deve ser acumula<strong>da</strong> na célula.<br />

• Em humanos nível elevado está<br />

associado com letargia e retar<strong>da</strong>ção<br />

mental.<br />

• Mecanismo de toxici<strong>da</strong>de não é<br />

conhecido.


A amônia antes de ser<br />

transporta<strong>da</strong> para o<br />

fígado ou para os rins<br />

através do sangue é<br />

transforma<strong>da</strong> em um<br />

composto não tóxico a Lglutamina<br />

No fígado a glutaminase<br />

libera amônia e glutamato<br />

O glutamato no fígado<br />

pode suprir mais amônia<br />

através <strong>da</strong> glutamato<br />

desidrogenase


Alanina transporta amônia dos<br />

músculos para o fígado. Aminoácidos<br />

são degra<strong>da</strong>dos no músculo pra<br />

servir como combustível. Grupos<br />

aminos são coletados por<br />

transaminação na forma de<br />

glutamato. Glutamato pode ser<br />

transformado em glutamina ou<br />

transferir seu glupo amino pra o<br />

piruvato Através ação <strong>da</strong> alanina<br />

aminotransferase produz se alanina,<br />

a qual é transporta<strong>da</strong> pelo sangue<br />

até o fígado. No citosol a alanina<br />

aminotransferase transfere o grupo<br />

amino para o α-cetoglutarato,<br />

formando piruvato e glutamato. A<br />

reação <strong>da</strong> glutamato desidrogenase<br />

libera amônia


Mecanismos que levam a produção de<br />

amônia<br />

• Peixe excreta amônia para o ambiente<br />

aquoso através <strong>da</strong>s guelras.<br />

• Pássaros e répteis convertem amônia<br />

para ácido úrico e excretam o mesmo.<br />

• Mamíferos convertem amônia para <strong>uréia</strong><br />

no fígado e excretam na urina.<br />

• Uréia é solúvel e não possui carga, sendo<br />

de fácil excreção.<br />

H 2N<br />

H 2N<br />

C<br />

O<br />

O<br />

HN<br />

Uréia Ácido úrico<br />

O<br />

N<br />

H<br />

H<br />

N<br />

N<br />

H<br />

O


Ciclo <strong>da</strong> Uréia


Ciclo <strong>da</strong> <strong>uréia</strong> e reações que<br />

introduzem grupos aminos


Passos do <strong>ciclo</strong>: <strong>ciclo</strong> começa na mitocôndria, mas três<br />

passos ocorrem no citosol<br />

1-um grupo amino entra no <strong>ciclo</strong> através do carbamil<br />

fosfato(formado na matriz)<br />

2-outro é derivado do aspartado, formato na matriz por<br />

meio <strong>da</strong> transaminação do oxaloacetato com o glutamato,<br />

reação catalisa<strong>da</strong> pela aspartato aminotransferase<br />

3-formação <strong>da</strong> citrulina a partir <strong>da</strong> ornitina e carbamil<br />

fosfato, a citrulina passa para o citosol<br />

4-formação do argininossuccinato por meio de um<br />

intermediário citrulil-AMP<br />

5-formação de arginina a partri de argininossuccinato,<br />

liberando fumarato que entra no TCA<br />

6-formação <strong>da</strong> <strong>uréia</strong>


Interação entre <strong>ciclo</strong> <strong>da</strong> <strong>uréia</strong> e <strong>ciclo</strong> do ácido<br />

cítrico


Defeitos genéticos no <strong>ciclo</strong> <strong>da</strong> <strong>uréia</strong><br />

Pessoa com defeitos genéticos em qualquer uma <strong>da</strong>s<br />

enzimas do <strong>ciclo</strong> <strong>da</strong> <strong>uréia</strong> são intolerantes a uma dieta<br />

rica em proteínas. Aminoácidos desaminados no fígado<br />

geram amônia, sendo que a~mesma não pode ser<br />

convertido em <strong>uréia</strong>, resultando em acúmulo de amônia<br />

Por outro lado o homem precisa de <strong>aminoácidos</strong>, pois<br />

não sintetiza metade dos <strong>aminoácidos</strong> padrão e os<br />

essenciais precisam ser fornecidos na dieta<br />

Terapias emprega<strong>da</strong>s: administração de ácidos<br />

aromáticos como benzoato e fenilacetato podem aju<strong>da</strong>r<br />

a baixar o nível de amônia no sangue


Ambos compostos<br />

são atóxicos e<br />

excretados na<br />

urina<br />

Benzoil-CoA combina com<br />

glicina→Hipurato. Glicina<br />

precisa ser regenera<strong>da</strong>,<br />

consome amônia Fenilacetato combina com glutamina e<br />

aju<strong>da</strong> a retirar amônia


Ciclo <strong>da</strong> Uréia<br />

• Via metabólica cíclica com 5<br />

reações.<br />

• Envolve enzimas localiza<strong>da</strong>s na<br />

mitocôndria e citosol.<br />

• Dois grupos aminos usados são<br />

derivados <strong>da</strong> amônia e aspartato.<br />

• C e O derivado do bicarbonato<br />

H 2N<br />

H 2N<br />

C<br />

O


Estágio 1: Formação de Carbamoil<br />

Fosfato<br />

• Reação cataliza<strong>da</strong> pela carbamoil fosfato sintetase I<br />

• Enzima mais abun<strong>da</strong>nte na mitocôndria do fígado (mais<br />

que 20% <strong>da</strong> matriz proteica)<br />

• Alostericamente ativa<strong>da</strong> por N-acetilglutamato<br />

(acetil-CoA + glutamato N-acetilglutamato)<br />

• 2ATP + NH 3 + Bicarbonato carbamoil-P + 2ADP


Estágio 2: Ornitina Transcarbamiolase<br />

• Reação ocorre na matriz mitocondrial.<br />

• Produto citrulina é exportado para o citosol


Estágio 3:Argininosuccinato<br />

Sintetase<br />

• Enzima Citosólica<br />

• Incorpora um segundo grupo amônia<br />

a partir do aspartato<br />

• Reação dependente de ATP


Estágio 4:Argininosuccinase<br />

• Enzima Citosólica


Estágio 5: Arginase<br />

• Enzima Citosólica<br />

• Forma <strong>uréia</strong> e ornitina.<br />

• Uréia é excreta<strong>da</strong> e ornitina é reimporta<strong>da</strong><br />

para mitocôndria


Ciclo <strong>da</strong> Uréia<br />

• Requer 3 ATPs +<br />

Amônia +<br />

Aspartato +<br />

Bicarbonato<br />

• Produz <strong>uréia</strong> +<br />

fumarato +<br />

2ADP + 2 Pi +<br />

AMP + PPi.<br />

• Esqueleto<br />

Fumarato volta<br />

para TCA.


Ciclo Glucose Alanina<br />

• Aminoácido pode ser catabolizado no tecido do<br />

músculo onde o esqueleto carbono é oxi<strong>da</strong>do para<br />

energia.<br />

• Amônia (tóxica) deve ser removi<strong>da</strong> e<br />

transporta<strong>da</strong> ao fígado onde será converti<strong>da</strong> em<br />

<strong>uréia</strong>.<br />

• GrupoAmino do Glué transferidoparapiruvato<br />

para formar alanina.<br />

• Alanina é exporta<strong>da</strong> para o fígado via corrente<br />

sanguínea onde é desamina<strong>da</strong> à piruvato<br />

• Piruvato é convertido para glicose a qual retorna<br />

ao musculo como combustível.


Ciclo Glucose-Alanina


<strong>Catabolismo</strong> <strong>da</strong> cadeia de<br />

carbono oriun<strong>da</strong> de<br />

Aminoácidos


Pontos de entra<strong>da</strong><br />

de <strong>aminoácidos</strong> no<br />

<strong>ciclo</strong> do ácido<br />

cítrico


Esquemas <strong>da</strong>s vias<br />

catabólicas dos<br />

<strong>aminoácidos</strong>


Resumo dos<br />

destinos<br />

catabólicos dos<br />

<strong>aminoácidos</strong>


Esquema <strong>da</strong>s vias<br />

catabólicas para os<br />

<strong>aminoácidos</strong>


Esquema <strong>da</strong>s vias<br />

metabólicas

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!