Dependências - Portal da Saúde

ção e avaliação das intervenções e da introdução de orientações de boas
práticas.
Na ótica dos autores desta avaliação, o desenvolvimento das intervenções
previstas no PNLCDT possibilitou obter em 2012 uma rede de res-
e níveis de intervenção, assegurando uma intervenção contínua e coerente.
A par, consideram que assenta no respeito pelos direitos humanos, não
marginalizando ou estigmatizando os consumidores mas sim apoiando-os
e fomentando a sua participação na interrupção da escalada para consumos
problemáticos de substâncias psicoativas ilícitas e na diminuição de
cos
da Gesaworld, os ganhos em saúde individual e pública. Embora Por-
nómeno
de consumo de heroína ter despontado, o intenso trabalho
desenvolvido permitiu alcançar resultados muito positivos em termos de
o país ter encetado intervenções que visam o aumento da segurança dos
criminalidade e à criminalidade organizada. Pode ler-se ainda que o sistema
português apostou no planeamento e na alocação dos recursos com
áreas de intervenção, apostou no reforço da coordenação e cooperação
intra e interinstitucional no território nacional e que promoveu a constituição
de redes de atores locais, favorecendo a congregação de esforços do
esforços na implementação de uma cultura de registo, monitorização e
avaliação dos resultados, que constitui as bases para um sistema de gestão
global baseado na qualidade e que promoveu a formação contínua e
a investigação.
Recomendações
Avaliação externa do PNLCD
As principais recomendações resultantes do
estudo são assentes em estratégias que
garantam:
7
- A manutenção da coordenação, a nível nacional,
da política no âmbito das substâncias psicoativas
e álcool e respetiva evolução para
coordenação dos comportamentos aditivos e
dependências;
- O planeamento adequado das intervenções
baseado na periódica atualização dos diagnósticos
de necessidades, de forma harmonizada e participada
a nível regional e local, tendo em consideração
a ampliação do objeto para intervenção em
comportamentos aditivos e dependências;
- A existência de uma oferta e carteira de serviços
diversificada, adaptada à introdução de
outros comportamentos aditivos e dependências,
garantindo-se a coerência das intervenções
e a equidade no acesso às respostas no
território nacional;
- A consolidação do sistema de acompanhamento,
monitorização e avaliação das intervenções,
estabilizando os indicadores e otimizando os
sistemas de registo e report;
- O impulso de um modelo global de gestão da
qualidade das intervenções, programas e projetos;
- A manutenção das estratégias de cooperação e
articulação a nível nacional e internacional;
- O fomento das ações de investigação, formação
e informação/sensibilização dos profissionais,
com especial enfoque nos profissionais não
especializados na abordagem a comportamentos
aditivos e dependências;
- O desenvolvimento da área de comunicação a
nível nacional e internacional sobre a política e
experiência portuguesa no âmbito dos comportamentos
aditivos e dependências, potenciando
a divulgação de boas práticas e dos resultados
obtidos;
- O financiamento adequado.