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Madeira: smartshops
Região Autónoma da Madeira
já sente efeitos da legislação
sobre smart drugs
Foi em 2008 que a Região Autónoma da Madeira
viu abrir a primeira smartshop. Até outubro de
2012, mês em que entrou em vigor o primeiro
decreto legislativo que proíbe o comércio das
substâncias designadas como “euforizantes legais”
ou “legal highs”, ainda abriram mais 5 lojas,
que contribuiriam para a emergência de
uma nova preocupação sanitária e política na
região, face ao crescente número de entradas
nas urgências e internamentos relacionados
com o consumo deste tipo de substâncias.
Contas feitas, só a Casa de Saúde São João de
Deus gastou cerca de 195 mil euros no ano 2012
com 206 doentes internados devido ao consumo
de legal highs. Já as entradas no serviço de
urgências do Hospital Dr. Nélio Mendonça representaram
gastos na ordem dos 70 mil euros.
De salientar que, entre em 2012, foram 290 os
episódios de urgência registados naquela unidade
hospitalar e que a média mensal, quer de
urgências quer de internamentos diminuíram
significativamente a partir de outubro, data da
entrada em vigor do decreto de lei sobre a venda
de euforizantes legais.
Também não será alheio a este sucesso a promoção
de campanhas de prevenção nos vários
contextos da comunidade, desde as escolas ao
meio laboral, desportivo, social e religioso. Só
entre setembro e dezembro de 2012 foram realizadas
campanhas que atingiram cerca de
2500 pessoas, enquanto as ações específicas
sobre estas drogas chegaram a 3 mil habitantes
ao longo do ano.