Dependências - Portal da Saúde

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VIII Congresso Nacional de Psiquiatria
“Os ensaios clínicos mostram
que os pacientes tratados com
“nalmefene” reduzem o consumo
de álcool em 60%.”
é agora recomendado seguir a escolha do paciente, entre reduçao ou abstinência
alcoólica. Se o paciente escolher a reduçao, ele poderá ter sucesso. Se nao,
esta falha pode abrir caminho para o objetivo da abstinência.
Será possível, num futuro próximo, usar tratamentos farmacológicos
para reduzir o nível de consumo de álcool em pacientes
dependentes de álcool?
HJA - Sim. A Agência Europeia do Medicamento aprovou recentemente
a “nalmefene” para a redução do consumo do álcool em pacientes dependentes.
Esta nova medicação deverá estar disponível para prescrição no
próximo ano.
Que ganhos poderá obter o paciente com os novos tratamentos
em comparação com a medicação existente para a dependência do
álcool?
HJA - Pelo menos 50% dos pacientes alcoólicos dependentes são relutantes
em se comprometerem com a abstinência. A nova medicação permitirá
a estes pacientes fazerem uma redução alcoólica, em vez de os
afastar do tratamento. Os ensaios clínicos mostram que os pacientes tratados
com “nalmefene” reduzem o consumo de álcool em 60%.
Em que medida poderá o estigma associado à dependência do álcool
e às estratégias de tratamento do álcool reduzir as chances de esses
pacientes serem tratados de forma otimizada? É capaz de sugerir uma
ação simples que possa contribuir para melhorar a imagem de pacientes
e médicos dedicados ao tratamento da dependência do álcool?
HJA - Sim, o estigma é uma barreira no tratamento. Notavelmente, a
abstinência é bastante estigmatizada, especialmente pelos homens das
nossas sociedades mediterrâneas ocidentais. A reduçao alcoólica é menos
estigmatizada do que a abstinência.