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depressão deverão desaparecer quando o desejo pela bebida estiver em
remissão.
A prevalência de duplo diagnóstico de transtornos psiquiátricos
e de transtorno por uso de álcool é bastante significativa na Europa.
Quais são os principais desafios para um psiquiatra para o
diagnosticar na prática clínica?
que uma intoxicação alcoólica aguda se manifesta em euforia, tristeza,
impulsividade, irritabilidade, nervosismo, agressividade, comportamento
antissocial, e uma intoxicação crónica produz anedonia, alterações de
peso, fadiga, insónia, retardação psicomotora, culpa e diminuiçao cognitiva.
Estes sintomas imitam os distúrbios de comportamento, ansiedade e
personalidade.
Entre diversos transtornos psiquiátricos, alguns dados epidemiológicos
indicam que os transtornos de depressão e ansiedade
têm a maior associação com o abuso de álcool. Que motivos poderão
justificar esse cenário?
HJA - Tem vindo a ser provado que o abuso/ dependência do álcool
partilha fatores de risco ambientais com distúrbios de ansiedade e grandes
depressões.
VIII Congresso Nacional de Psiquiatria
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“A Agência Europeia do
Medicamento aprovou recentemente
a “nalmefene” para a redução do
consumo do álcool em pacientes
dependentes”
Se o transtorno do uso de álcool não for tratado, poderá influenciar
o resultado do tratamento e prognóstico da doença psiquiátrica
co-existente?
HJA - Sim, se o distúrbio alcoólico não for tratado, a comorbidade com
o distúrbio psiquiátrico é pouco provável que melhore, mesmo que tratada
com farmacoterapia ou psicoterapia.
Ao estabelecer uma estratégia de tratamento para estes pacientes,
a abstinência total de ingestão de álcool é o único objetivo possível
do tratamento ou deverá o clínico rever outras opções?
HJA - A abstinência total é a melhor opção se a dependência alcoólica for severa,
especialmente no contexto de comorbidade psiquiátrica. Contudo, muitos