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AMABILIS DE JESUS DA SILVA FIGURINO-PENETRANTE: UM ...

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Vestição e hábito<br />

3. Os irmãos da ordem devem trazer sempre consigo o pequeno escapulário e o cordão;<br />

quando não, privam-se dos favores e direitos inerentes a este uso.<br />

Qual o hábito da Ordem Terceira?<br />

1º O escapulário ou veste dos ombros, maior que o escapulário comum, deve ser de lã<br />

parda, castanha ou cinzenta, podendo as duas partes do mesmo ser ligadas por qualquer<br />

cordão. Deve ser usado à maneira de veste, caindo dos ombros, uma parte sobre o peito e<br />

a outra sobre as costas, e não apenas no bolso.<br />

Para os terceiros que também são da irmandade do Carmo, não basta um só e mesmo escapulário.<br />

2º O cordão, que pode ser de linho, cânhamo, lã ou algodão, cinge-se em torno da cintura.<br />

É uso ter três nós em honra à ss. Trindade, ou cinco, em memória das cinco chagas<br />

do Salvador.<br />

O escapulário e o cordão podem ser usados sob as roupas.<br />

Que significa o cordão da ordem?<br />

Não tendo nenhum fim usual, representa a loucura da cruz de Cristo, tão bem compreendida<br />

por Francisco. “Somos todos loucos por amor de Cristo” (1 Cr 4, 10).<br />

1º “Cingi vossos rins” (Lc 12, 35) aconselhou o Salvador, lembrando-nos que, como os<br />

israelitas no Egito, que comiam o cordeiro, de pé, com o bastão nas mãos e o cordão na<br />

cinta, assim devemos estar prontos para marchar e correr no caminho da virtude, que<br />

nos conduz até à terra da promissão;<br />

2º Segundo São Gregório, o cingir dos rins significa atar os intestinos menos dignos da<br />

natureza e das paixões do coração, por meio da mortificação e abnegação, a fim de que<br />

não se soltem como animais ferozes a ferir a alma com a sua mordedura;<br />

3º Tomando o cordão da ordem , deve todo o terceiro repetir com São Paulo: “Sou prisioneiro<br />

do Senhor” (Ef 4, 1), o que iguala a querer submeter-se à Deus, à sua vontade, às<br />

suas leis, à sua providência, com inquebrantável fidelidade;<br />

4º o cordão lembra, de modo particular, a corda com que os algozes ataram o divino Salvador<br />

como o último dos criminosos e o arrastaram à casa do juiz e, depois, à morte. Só<br />

à morte de Cristo devemos a nossa salvação e o não ouvirmos, um dia, as palavras da<br />

condenação: “Atai-os de pés e mãos e lançai-os nas trevas exteriores” (Mt 22, 13). Por<br />

isso, convém recordarmo-nos sempre do vínculo que nos une a Jesus Cristo.<br />

O terceiro que usar o cordão da ordem com essa intenção, poderá, um dia, quando a<br />

morte lhe romper os grilhões terrenos, exclamar com o salmista: “Os laços se cortaram e<br />

estamos salvos” 56 .<br />

Ou seja, o estímulo é simbólico e se dá como assinalação, como metáfora e como lem-<br />

brança e repetição, permanecendo num plano mental. Já a proposta de Artaud parece mesclar:<br />

treinamento do corpo em risco e as matérias como assinalação.<br />

Perniola traz polêmica quando diz não concordar que o pensamento ocidental seja caracterizado<br />

pelo dualismo entre corpo e alma: corpo e alma se parecem demasiado para<br />

constituir de fato uma oposição. Aqueles que defendem, hoje, os direitos do corpo, sempre o<br />

imaginam como algo vivo e animado, como um espírito que se pode ver e tocar, provar e sa-<br />

borear, lamber e chupar, não como uma coisa que sente 57 . Então, parece que de certa forma<br />

56 SCHLENGER, Frei Osvaldo (Org). Manual da Ordem Terceira de S. Francisco de Assiz. Petrópolis:<br />

Vozes, 1934, p. 39-44.<br />

57 PERNIOLA, ibdem, p. 61.<br />

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