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T.R. – Um fl oral designer é alguém que olha para
a pessoa, para o espaço, e sugere arranjos,
que depois podem ter de ser ajustados àquilo
que a pessoa pretende. Eu gostava que os
clientes olhassem para este trabalho como
olham para qualquer objeto de arte, um
quadro...
Lux – E a sua família também está envolvida
neste projeto?
T.R. – Toda a gente gosta imenso disto.
E como venho de uma família de óticos,
ajudou-me imenso saber de cor e de luz.
Mas só a minha fi lha, Filipa [de 28 anos],
é que está a trabalhar comigo.
Lux – Também como designer?
T.R. – Ela está na área de comunicação, e
está a fazer a parte de aprendizagem nesta
matéria toda. Foi ela que quis trabalhar comigo.
Dou-lhe cursos constantemente, porque ela
gosta imenso de aprender.
Lux – Ela deve olhar para si com admiração
pelo facto de ter conseguido, com sucesso,
mudar completamente a sua vida...
T.R. – Ela olha para mim com orgulho, mas
gostava mais que ela olhasse para mim como
uma pessoa com quem poderá aprender, mas
também que ela própria tenha vontade de
acrescentar alguma coisa.
Lux – Deve ser útil ela dedicar-se à comunicação,
afi nal não trabalham só uma área…
T.R. – Pois não. Temos uma área em
que damos cursos básicos, temáticos
e formamos profissionais na arte floral.
Todo o percurso curricular da empresa é
elaborado por mim e sujeito às entidades
competentes. Depois, temos outra área
de eventos, em que trabalho como event
planner, wedding planner... E temos a parte
da decoração fl oral.
Lux – E quais são os valores? Imaginemos para
um casamento com cerca de 100 pessoas, com
bouquet, decoração da igreja e do espaço
do copo-d’água?
T.R. – Trabalhamos à medida das possibilidades
de cada pessoa. Nesse caso, se for uma
decoração simples, fi caria a partir dos €500. ■
texto Vanessa Barros Cruz (redaccaolux@lux.iol.pt) fotos João Cabral
produção Xandinha Jardim cabelo e maquilhagem Carla Pinho
com produtos Guerlain agradecimentos Atelier Teresa Ribeiro
À esquerda, no seu espaço, em Lisboa,
onde montou uma árvore de Natal com
“elementos com uma linha condutora” e
luzes brancas “que não piscam”, pois
“podem criar danos a pessoas hipersensíveis”
“A minha fi lha está
a trabalhar comigo
e olha para mim
com orgulho„ Teresa Ribeiro