Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
TERESA RIBEIRO partilha com a <strong>Lux</strong> dicas de decoração<br />
para a mesa da consoada, onde não devem faltar plantas e velas<br />
“As fl ores não devem fi car nos cantos<br />
das divisões. Devem fi car no centro„<br />
A fl oral designer gostaria que os clientes olhassem<br />
para o seu trabalho como se olha para uma obra de arte<br />
Em Portugal, a carreira académica<br />
na área de Línguas e Literatura não<br />
a satisfazia. Então, Teresa Ribeiro,<br />
que sempre gostou de fl ores, decidiu<br />
embarcar num novo desafi o, desta<br />
vez em fl oral design. No Floral Design Institute,<br />
em Seattle, nos EUA, completou o grau<br />
mais avançado do curso. Passou ainda por<br />
outras escolas, uma delas em Nova Iorque<br />
e, desde então, tem dedicado a vida a dar<br />
aulas, a planear eventos e a criar diferentes<br />
decorações, sempre com recurso a fl ores.<br />
Um dos últimos trabalhos que realizou foi o<br />
casamento de Pimpinha Jardim, em outubro.<br />
À <strong>Lux</strong>, a fl oral designer, de 50 anos, sugeriu<br />
uma decoração para a mesa da consoada.<br />
E deixa logo um recado: “As fl ores não são<br />
para fi car nos cantos das divisões. Devem<br />
fi car no centro para as pessoas poderem<br />
interagir com elas.”<br />
<strong>Lux</strong> – Em que é que consiste esta decoração<br />
para a consoada?<br />
Teresa Ribeiro – Ora bem, como se trata de<br />
uma ocasião em que vai estar toda a família<br />
à mesa, temos de optar por uma decoração<br />
que faça sentido, e não só porque é bonita.<br />
E aqui temos uma decoração quente. Neste<br />
caso, com coisas que facilmente podem<br />
apanhar-se no campo. Escolhi troncos, urze,<br />
pinhas e folhagens de árvore. E rosas, que<br />
Teresa Ribeiro defende que nas mesas<br />
os arranjos devem percorrer toda a<br />
superfície. No caso de ambientes mais<br />
formais, recomenda arranjos centrais,<br />
mas sempre “com as fl ores viradas<br />
para as pessoas e nunca para o teto”<br />
coloquei ao longo de toda a mesa. Porque,<br />
quando estamos a fazer uma refeição, vamos<br />
ter de partilhar as fl ores, por isso é importante<br />
que estejam perto de todas as pessoas.<br />
A colocação de fl ores não é feita só para<br />
embelezar os espaços, mas também para nos<br />
fazerem conviver num outro tipo de harmonia.<br />
Depois, para mim, é muito importante luz,<br />
daí ter colocado estas velas.<br />
<strong>Lux</strong> – Percebe-se que valoriza muito as fl ores.<br />
Quando é que começou esta paixão?<br />
T.R. – Eu estava numa carreira académica<br />
e cheguei a um ponto em que disse: ‘Acabou’.<br />
Foi em 1995 que pensei: ‘Vou para as fl ores.’<br />
Primeiro, fi z uma análise de tudo o que havia<br />
no mercado nacional. E deparei-me com um<br />
mercado com muito pouca variedade e com<br />
poucas espécies de fl ores. Achei que as pessoas<br />
ligadas à área das fl ores também tinham<br />
uma atitude pouco conhecedora do material<br />
que estavam a trabalhar.<br />
<strong>Lux</strong> – E o que é que fez para mudar isso?<br />
T.R. – Comecei a fazer pesquisa, a ser<br />
importadora de flores e, embora com<br />
alguma formação académica, decidi ir fazer<br />
formação específi ca no Instituto Internacional<br />
de Floral Designers, nos EUA. E já sou mestre<br />
e autora de trabalhos na área.<br />
<strong>Lux</strong> – Mas qual é a diferença entre um fl orista<br />
e um fl oral designer?