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Hipoadrenocorticismo primário no cão - UTL Repository ...

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A prednisona e a prednisolona são esteróides sintéticos com actividade glucocorticóide<br />

moderada e são administrados a pacientes com HpoAC, por via oral, na dose de 0,2 a 1,0<br />

mg/kg/SID (Church, 2004; Koistra, 2007; Gaydos, 2008)<br />

O acetado de cortisona é também um esteróide sintético que, uma vez absorvido é<br />

rapidamente transformado em cortisol, razão pela qual permite alcançar uma resolução<br />

completa de qualquer carência em glucocorticóides. No que diz respeito à sua actividade<br />

mineralocorticóide, esta é também superior à da prednisona/prednisolona, mas com a grande<br />

vantagem de ter um tempo de semi-vida curto e a sua administração ter me<strong>no</strong>res<br />

probabilidades de causar os efeitos secundários típicos (Church, 2004).<br />

O ajuste da dose destes glucocorticóides, deverá ser baseada <strong>no</strong> desenvolvimento, ou não, de<br />

sintomatologia clínica associada à hipercortisolémia (PU/PD e polifagia). Uma contagem<br />

diferencial de leucócitos pode também ser útil para avaliar a dose administrada, não devendo<br />

os pacientes apresentar nem linfocitose nem eosi<strong>no</strong>filia (Church, 2004; Lathan & Tyler,<br />

2005). De salientar que a dose de manutenção poderá ter que ser aumentada, <strong>no</strong>rmalmente<br />

para o dobro, em todas as situações passíveis de causar stress a estes doentes, tais como<br />

tosquia, visitas ao veterinário, cirurgias e outras (Koistra, 2007).<br />

3.5.1.2.3. Pivalato de desoxicortisona (DOCP)<br />

Embora não disponível em Portugal está também descrito o uso de DOCP, um<br />

mineralocorticóide injectável selectivo de longa acção. O DOCP apresenta pouca ou mesmo<br />

nenhuma actividade glucocorticóide, o que faz com que seja obrigatória a suplementação com<br />

glucocorticóides (Church 2004, Lathan & Tyler, 2005).<br />

A dose inicial é de 2,2 mg/kg cada 25 dias, administrada IM ou SC em pacientes bem<br />

hidratados (Schaer, 2001; Church, 2004; Reusch, 2005; Greco, 2007). Os níveis de<br />

electrólitos devem ser reavaliados aos 14, 21 e 28 dias após a primeira administração de<br />

DOCP e posteriormente conforme seja necessário para determinar a duração da acção e a<br />

eficácia desta terapêutica (Kintzer & Nelson, 1997, Gaydos, 2008). O reajuste da dose deverá<br />

ser realizado do seguinte modo: se os valores de Na + se encontrarem baixos e o valores de K +<br />

elevados deve aumentar-se a dose de DOCP em 5 a 10%; se os valores K + estão baixos e os<br />

valores de Na + altos a dose deve ser diminuída; se os valores de K + estão elevados ou os<br />

valores de Na + baixos, devemos diminuir em um dia, o intervalo de administração (Lathan &<br />

Tyler, 2005; Gaydos, 2008).<br />

Após a estabilização inicial, a frequência da administração pode ser diminuída lentamente<br />

para 26 a 30 dias (Lathan & Tyler, 2005). Num estudo retrospectivo realizado num universo<br />

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