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Hipoadrenocorticismo primário no cão - UTL Repository ...

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3.3.3.1. Hemograma<br />

Na presença de sinais clínicos compatíveis, a suspeita de HpoAC aumenta na presença de<br />

linfocitose e/ou eosi<strong>no</strong>filia, ou então na ausência de um leucograma de stress (linfopénia e<br />

eosi<strong>no</strong>pénia) quando este deveria existir (pelo aumento do nível de cortisol) (Peterson et al.,<br />

1996; Church, 2004).<br />

A anemia não regenerativa, <strong>no</strong>rmocítica/<strong>no</strong>rmocrómica, é outra alteração comum <strong>no</strong><br />

hemograma destes pacientes tendo sido descrita entre 14% e 42% dos cães com HpoAC<br />

(Rakish & Lourenz, 1984; Willard, Refsal, Thacker, 1992). Esta alteração justifica-se por<br />

haver uma combinação entre doença crónica e perda de sangue por hemorragia<br />

gastrointestinal, melena e/ou hematemese, (Peterson et al., 1996) e também devido ao facto de<br />

os esteróides terem um papel relevante na estimulação da eritropoiese na medula óssea<br />

(Lathan & Tyler, 2005). É ainda importante referir que, em pacientes anémicos, o grau de<br />

diminuição do hematócrito é subestimado devido à concorrente hipovolémia e desidratação<br />

(Church, 2004).<br />

3.3.3.2. Análises bioquímicas<br />

As alterações laboratoriais clássicas dos cães com HpoAC são hiponatrémia e hipercalémia<br />

devido ao hipoaldosteronismo. Melian & Peterson (1996) avaliaram 42 cães com HpoAC e<br />

destes 92% apresentavam hipercalémia e 84% hiponatrémia. Apesar da percentagem elevada<br />

de animais com DA que manifestam estas alterações, não devemos basear-<strong>no</strong>s apenas nas<br />

mesmas para estabelecimento de um diagnóstico definitivo. Com efeito, muitas outras<br />

afecções, <strong>no</strong>meadamente a insuficiência renal, as alterações gastrointestinais, a insuficiência<br />

hepática e a insuficiência cardíaca em fase final, os derrames pleurais e os derrames<br />

peritoneais, a acidose metabólica e a destruição marcada dos tecidos, podem causar<br />

hipercalémia e hiponatrémia. Numa percentagem reduzida de casos (10%) os valores do<br />

io<strong>no</strong>grama não apresentam alterações, o que pode suceder na fase inicial da doença, em<br />

doença moderada e em HpoAC <strong>primário</strong> atípico (Peterson et al., 1996; Church, 2004).<br />

O rácio Na + /K + é utilizado como um indicador de HpoAC. Assim, os animais hiponatrémicos<br />

e hipercalémicos com um rácio Na + /K + inferior a 23, são considerados fortemente suspeitos<br />

da doença (Rakish & Lourenz, 1984; Neiger & Gunderson, 2003).<br />

No entanto, num estudo recente (Adler, Drobatz & Hess, 2007) concluiu-se que o uso de<br />

rácios Na + /K + inferiores a 27, classificava correctamente 95 % dos animais utilizados como<br />

“doentes” ou “não doentes”. Apesar de grande utilidade, este rácio quando inferior a 27,<br />

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