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Hipoadrenocorticismo primário no cão - UTL Repository ...

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hormona antidiurética, pela hipertensão arterial e pelo aumento da reabsorção de Na + pelos<br />

tubos renais. A renina é uma enzima que, em circulação, actua sobre o angiotensi<strong>no</strong>génio<br />

produzido <strong>no</strong> fígado, para dar origem à angiotensina I. Esta é depois convertida em<br />

angiotensina II por acção da enzima de conversão da angiotensina, a qual está localizada<br />

predominantemente <strong>no</strong> endotélio dos capilares pulmonares. A angiotensina II é um poderoso<br />

vasoconstritor e estimula a síntese de aldosterona pela zona glomerulosa. Pela sua acção <strong>no</strong>s<br />

tubos contornados distais, a aldosterona exerce um efeito de retroalimentação negativa sobre o<br />

aparelho justaglomerular. Por outro lado, o K + tem um efeito directo de estimulação da síntese<br />

de aldosterona. Na ausência de ACTH, a zona glomerulosa sofre uma atrofia parcial,<br />

resultando numa significativa deficiência na síntese de aldosterona em comparação com a<br />

quase total atrofia de outras zonas do córtex da adrenal (Herrtage, 1998).<br />

3. HIPOADRENOCORTICISMO PRIMÁRIO NO CÃO<br />

Das 30 hormonas produzidas pela adrenal, apenas duas são responsáveis pela maioria das<br />

funções glucocorticóides e mineralocorticóides: o cortisol é responsável por 95% da<br />

actividade glucocorticóide e a aldosterona é responsável por mais de 90% da actividade<br />

mineralocorticóide (Boysen, 2008). Uma deficiência na produção ou secreção de qualquer<br />

uma destas hormonas é de<strong>no</strong>minada HpoAC. Esta deficiente produção hormonal pode ter<br />

efeitos profundos <strong>no</strong> equilíbrio hídrico, electrolítico e de ácido-base, os quais em situação<br />

aguda requerem um rápido reconhecimento e tratamento agressivo de forma a evitar a morte<br />

do paciente (Boysen, 2008).<br />

3.1. Incidência<br />

O primeiro caso de HpoAC <strong>primário</strong>, ou DA, <strong>no</strong> <strong>cão</strong> foi descrito em 1953 (Lathan & Tyler,<br />

2005) e até há poucos a<strong>no</strong>s era considerada uma doença rara, com uma incidência de 36 casos<br />

por cada 100 000 cães (Reusch, 2005). Actualmente, estes números sofreram alterações, uma<br />

vez que houve uma melhoria significativa <strong>no</strong>s meios auxiliares ao diagnóstico disponíveis em<br />

medicina veterinária e na cooperação dos proprietários dos animais, aumentando a<br />

necessidade e o interesse dos mesmos em chegar a diagnósticos definitivos.<br />

O HpoAC <strong>primário</strong> <strong>no</strong> <strong>cão</strong> pode surgir entre os 2 meses e os 14 a<strong>no</strong>s de idade. No entanto, é<br />

mais comum em animais de meia-idade (média 4 a<strong>no</strong>s), sendo as fêmeas mais frequentemente<br />

afectadas (Church, 2004; Greco, 2007) com um rácio 2:1 (Mooney, 2007).<br />

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